O documento descreve a história da educação infantil no Brasil desde o século XIX, destacando:
1) As primeiras iniciativas de proteção à infância surgiram no final do século XIX com a criação de creches e asilos para crianças pobres.
2) No início do século XX, com o aumento da industrialização e urbanização, surgem as "fazedoras de anjos" e aumenta a mortalidade infantil.
3) Ao longo do século XX, houve maior regulamentação e investimento na educação infantil, visando
1. CURRÍCULO NOS ANOS INICIAIS
Profª Ms. Simone Peres
E-mail: simoneperes2@yahoo.com.br
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2. Introdução
• Ao longo da história o cuidado com as crianças
pequenas foram entendidos como tarefas de
responsabilidade familiar , paticularmente da
mãe e de outras mulheres da família. Logo após o
desmame, a criança era vista como um pequeno
adulto e, quando atravessava o período de
depêndencia de outros para ter atendidas suas
necessidades físicas passava a ajudar os adultos
nas atividades cotidianas, em que aprendia o
básico para sua integração no meio social.
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3. Introdução
• Nas classes mais privilegiadas as crianças eram vistas
como objeto divino, misterioso, cuja transformação
em adulto também se fazia pela direta imersão no
ambiente doméstico. Não considerava-se a
existência de uma identidade pessoal.
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4. Introdução
O termo francês “crechè” equivale a manjedoura,
presépio.
O termo “asilo nido” indica um ninho que abriga.
“Escola Materna” foi outra designação usada para
referir-se ao atendimento de guarda e educação fora da
família a crianças pequenas.
As idéias de abandono, pobreza, culpa, favor e caridade
impregnaram as formas precárias de atendimento a
menores nesse período e por muito tempo permearam
determinadas concepções acerca do que deve ser uma
instituição que cuida da educação infantil, acentuando o
lado negativo do atendimento fora da família.
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5. Introdução
Nos séculos XV e XVI, novos modelos educacionais
foram criados como consequência das
transformações que acontecia em toda EUROPA.
( Mercantilismo , Absolutismo, Reforma, Contra-
Reforma, Feudalismo x Capitalismo)
O desenvolvimento científico, a expansão comercial
e as atividades artísticas ocorridas no período do
Renascimento estimularam o surgimento de novas
visões sobre o universo infantil.
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6. Introdução
• Erasmo de Roterdam ( 1465-1530) e Montaigne
( 1483-1553) sustentavam que a Educação deveria
respeitar a natureza infantil, respeitar a natureza
infantil, estimular a atividade da criança e associar o
jogo à aprendizagem.
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7. Introdução
• Após a Revolução Industrial , os países da Europa
transformaram-se, de sociedade agrária- mercantil
em urbano-manufatureira. Com estas
transformações vieram também os conflitos e
guerras frequentes entre as noções , com a
consequência de condições adversas para a
população e principalmente para o segmento
infantil, já que muitas crianças eram vítimas da
pobreza, abandono e maus tratos.
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8. Introdução
Surgiram as “Charity Schools” ou “Dame Schools” ou
“ècoles petites” criadas para atender as crianças
pobres de 2 ou 3 anos, segundo o ideário dos
movimentos religiosos da época desenvolviam
atividades especialmente delineadas segundo o
destino social da criança atendida era pensado. Não
tinham uma proposta instrucional formal, embora
passasem a adotar atividades de canto, de
memorização de rezas ou passagens bíblicas e alguns
exercícios do que poderia ser uma pré- escrita ou
pré- leitura.
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9. Introdução
• Acreditava-se que as crianças nasciam do pecado e
que cabia à familia ou à sociedade corrigi-las desde
pequenas. As rotinas diárias eram observadas com
rigor, fundada na idéia de autodisciplina.
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10. Introdução
COMMÊNIO (1592- 1670) afirmava que o nível
inicial de ensino era o “colo da mãe” e deveria
ocorrer dentro dos lares. Em 1637 elaborou um
plano de escola maternal que recomendava o uso de
materiais audiovisuais, como livros de imagens,
instrumentos musicais, para educar crianças
pequenas.
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11. Introdução
• Afirmava que o cultivo dos sentidos e da
imaginação precedia o desenvolvimento do lado
racional da criança.Impressões sensoriais advindas
da experiência com o manuseio de objetos seriam
internalizadas e futuramente interpretadas pela
razão.
• DIMagna
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12. Histórico da Educação Infantil no Brasil
• 1ª Metade do século XIX: Não se tem muitos
registro sobre a Educação de crianças menores de
6 anos.
• 2ª Metade do século XIX: Época da abolição da
escravatura e Proclamação da República.
migração para zona urbana;
abandono de crianças;
desenvolvimento cultural e tecnológico;
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13. Iniciativas isoladas de proteção à infância Por
quê?
Grande índice de mortalidade infantil;
Abandono de crianças
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14. Qual seria a solução para o momento?
Criação de creches
Asilos
Internatos para crianças pobres.
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15. Final do século XIX
Produto estrangeiro “O Jardim-de-infância” foi
trazido para o Brasil pelos europeus - guarda de
crianças pobres, abandonadas ou órfãs.
Houve críticas e poucas vantagens para o
desenvolvimento infantil.
1875: RJ – Criação de Jardins-de-infância privados
1877: SP – Criação de Jardins-de-infância privados.
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16. 1889: Cresce a preocupação com a Proteção
e Assistência a Infância, então surgem várias
escolas infantis.
1896: SP e RJ – Jardins-de-infância públicos.
Destinados a crianças pobres e com
pedagogia inspirada em FROEBEL
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17. Início do século XX
Aumento da industrialização e urbanização.
As mães vão para a indústria em virtude dos pais
estarem na lavoura;
Surgem as criadeiras ou “fazedoras de anjos”.
Aumento da mortalidade infantil.
Escola Nova : John Dewey
1905: Jardins-de-infância públicos de Belo
Horizonte.
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18. 1930:
Reivindicações de melhores condições de
trabalho e locais para guarda e atendimento das
crianças durante o trabalho das mães.
Cria-se vilas operárias, clubes, creches e escolas
maternais para filhos de operários.
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19. 1943: Governo de Vargas – CLT-
Consolidação das Leis do Trabalho.
1961: LDB-Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (4024/61)
Art 23: “A Educação pré-primária destina-
se aos menores de 7 anos, e será
ministrada em escolas maternais e jardins-
de-infância”.
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20. 1932 : Manifesto dos Pioneiros da Educação
Educação pública, única, ensino ativo, laico,
gratuito e obrigatório.
Debate para a Renovação Pedagógica para
os jardins-de-infância privados.
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21. • 1971: LDB – (5692/71) “Os sistemas velarão para
que as crianças de idade inferior a 7 anos recebam
educação em escolas maternais, jardins-de-infância
ou instituições equivalentes”.
Cresce a urbanização e o ingresso das mães de
classe média no mercado de trabalho;
Creche para crianças pobres ( Públicas) –
Atendimento assistencialista.
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22. Classe média (Privadas) – Propostas de
desenvolvimento afetivo e cognitivo.
PROCESSO SEM HARMONIA
DESIGUALDADES SOCIAIS
22
23. 1972:
Com o aumento da demanda inicia:
Municipalização da Educação Pré-escolar
pública
Multiplicação de creches particulares
conveniadas com o governo municipal estadual
e federal.
Aparecimento de creches comunitárias;
Aparecimento de “mães crecheiras”, creches
“domiciliares” ou “creches lares”.
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24. Emenda Calmon à Constituição Federal
(1982), vinculava um percentual mínimo de
25% das receitasmunicipais a gastos com o
ensino em geral.
1985: fim da ditadura militar
1986: PND – Plano Nacional de
Desenvolvimento
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25. 1988: Constituição Federal:
Reconhece as creches e pré-escolas como um
direito da criança, dever do Estado a ser
cumprido nos sistemas de ensino.
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26. 1988:CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ESTABELECE:
“O dever do Estado com a Educação Infantil
será efetivado mediante a garantia de:
(...)
IV _ Atendimento em creche e pré-escola às
crianças de 0 a 6 anos de idade (...)
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27. Determinou que 50% da aplicação obrigatória
de recursos em educação fosse destinada a
programas de alfabetização.
Década de 90: promulgação do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
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28. Elaboração e promulgação da Lei , de
Diretrizes e bases da Educação (9394/96):
estabelece : a Educação Infantil como etapa
inicial da Educação Básica.
Aumenta a responsabilidade das unidades
escolares.
Determina que o profissional da Educação
Infantil, tenha no mínimo a formação de nível
médio em Magistério.
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29. Surgem Programas para atender as
crianças que não estão na escola
Projeto Curumim
Programa Rá-Tim-Bum
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31. Alguns Documentos foram criados :
RCNEI – Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil.
DCNEI _ Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil
Resolução nº 88 de 20/08/2003.
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32. Lei nº 11.114
de 16 de maio de 2005
( Ensino Fundamental de nove anos)
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33. Etapa da Educação Básica Idade prevista na matrícula Duração
Educação Infantil Até 5 anos de idade -
Creche Até 3 anos de idade -
Pré-escola 4 e 5 anos de idade -
Ensino Fundamental De 6 a 14 anos de idade 9 anos
Anos iniciais De 6 a 10 anos de idade 5 anos
Anos finais De 11 a 14 anos 4 anos
34. •Parecer CNE/CEB nº 20/2009, aprovado em 11 de novembro de 2009
Revisão das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil.
35. A função sociopolítica e pedagógica da
Educação Infantil
A função das instituições de Educação Infantil, a
exemplo de todas as instituições nacionais e
principalmente, como o primeiro espaço de
educação coletiva fora do contexto familiar, ainda
se inscreve no projeto de sociedade democrática
desenhado na Constituição Federal de 1988 (art.
3º, inciso I), com responsabilidades no
desempenho de um papel ativo na construção de
uma sociedade livre, justa, solidária e
socioambientalmente orientada.
36. A função sociopolítica e pedagógica da
Educação Infantil
Cumprir tal função significa:
• Primeiro lugar - que o Estado necessita
assumir sua responsabilidade na educação
coletiva das crianças, complementando a ação
das famílias.
• Segundo lugar - creches e pré-escolas
constituem-se em estratégia de promoção de
igualdade de oportunidades entre homens e
mulheres.
37. A função sociopolítica e pedagógica da
Educação Infantil
• Terceiro lugar- implica assumir a responsabilidade de torná-
las espaços privilegiados de convivência, de construção de
identidades coletivas e de ampliação de saberes e
conhecimentos de diferentes naturezas.
• Quarto lugar - requer oferecer as melhores condições e
recursos construídos histórica e culturalmente para que as
crianças usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais e
possam se manifestar e ver essas manifestações acolhidas, na
condição de sujeito de direitos e de desejos.
38. A função sociopolítica e pedagógica da
Educação Infantil
• Quinto lugar - considerar as creches e pré-
escolas na produção de novas formas de
sociabilidade e de subjetividades comprometidas
com a democracia e a cidadania, com a dignidade
da pessoa humana, com o reconhecimento da
necessidade de defesa do meio ambiente e com o
rompimento de relações de dominação etária,
socioeconômica, étnico-racial, de gênero,
regional, lingüística e religiosa que ainda marcam
nossa sociedade.
39. Uma definição de currículo
A proposta pedagógica, ou projeto pedagógico, é o
plano orientador das ações da instituição e define as
metas que se pretende para o desenvolvimento dos
meninos e meninas que nela são educados e
cuidados, as aprendizagens que se quer promovidas.
Na sua execução, a instituição de Educação Infantil
organiza seu currículo, que pode ser entendido como
as práticas educacionais organizadas em torno do
conhecimento e em meio às relações sociais que se
travam nos espaços institucionais, e que afetam a
construção das identidades das crianças.
40. Uma definição de currículo
O currículo da Educação Infantil é concebido
como um conjunto de práticas que buscam
articular as experiências e os saberes das crianças
com os conhecimentos que fazem parte do
patrimônio cultural, artístico, científico e
tecnológico. Tais práticas são efetivadas por meio
de relações sociais que as crianças desde bem
pequenas estabelecem com os professores e as
outras crianças, e afetam a construção de suas
identidades.
41. A visão de criança: o sujeito do processo
de educação
O conhecimento científico hoje disponível
autoriza a visão de que desde o nascimento a
criança busca atribuir significado a sua
experiência e nesse processo volta-se para
conhecer o mundo material e social, ampliando
gradativamente o campo de sua curiosidade e
inquietações, mediada pelas orientações,
materiais, espaços e tempos que organizam as
situações de aprendizagem e pelas explicações e
significados a que ela tem acesso.
42. A visão de criança: o sujeito do processo
de educação
Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de
colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar
emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir nas
diversas situações que vivencia desde o nascimento conforme
experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante
de aspectos novos que lhe geram necessidades e desejos, e lhe
exigem novas respostas. Assim busca compreender o mundo e
a si mesma, testando de alguma forma as significações que
constrói, modificando-as continuamente em cada interação,
seja com outro ser humano, seja com objetos.
43. Princípios básicos
Os princípios fundamentais nas Diretrizes anteriormente
estabelecidas (Resolução CNE/CEB nº 1/99 e Parecer CNE/CEB
nº 22/98) continuam atuais e estarão presentes nestas
diretrizes com a explicitação de alguns pontos que mais
recentemente têm se destacado nas discussões da área. São
eles:
a) Princípios éticos: valorização da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem
comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas,
identidades e singularidades.
44. Princípios básicos
b) Princípios políticos: dos direitos de
cidadania, do exercício da criticidade e do
respeito à ordem democrática.
c) Princípios estéticos: valorização da
sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e
da diversidade de manifestações artísticas e
culturais.
45. Objetivos e condições para a organização
curricular
• As instituições de Educação Infantil devem
assegurar a educação em sua integralidade,
entendendo o cuidado como algo
indissociável ao processo educativo.
• O combate ao racismo e às discriminações de
gênero, sócio-econômicas, étnico-raciais e
religiosas deve ser objeto de constante
reflexão e intervenção no cotidiano da
Educação Infantil.
46. Objetivos e condições para a organização
curricular
• As instituições necessariamente precisam
conhecer as culturas plurais que constituem
o espaço da creche e da pré-escola, a riqueza
das contribuições familiares e da
comunidade, suas crenças e manifestações, e
fortalecer formas de atendimento articuladas
aos saberes e às especificidades étnicas,
lingüísticas, culturais e religiosas de cada
comunidade.
47. Objetivos e condições para a organização
curricular
• A execução da proposta curricular requer
atenção cuidadosa e exigente às possíveis
formas de violação da dignidade da criança.
• O atendimento ao direito da criança na sua
integralidade requer o cumprimento do
dever do Estado com a garantia de uma
experiência educativa com qualidade a todas
as crianças na Educação Infantil.
48. A necessária e fundamental parceria com
as famílias na Educação Infantil
O trabalho com as famílias requer que as
equipes de educadores as compreendam
como parceiras, reconhecendo-as como
criadoras de diferentes ambientes e papéis
para seus membros, que estão em constante
processo de modificação de seus saberes,
fazeres e valores em relação a uma série de
pontos, dentre eles o cuidado e a educação
dos filhos.
49. A necessária e fundamental parceria com
as famílias na Educação Infantil
Outros pontos fundamentais do trabalho com
as famílias são propiciados pela participação
destas na gestão da proposta pedagógica e
pelo acompanhamento partilhado do
desenvolvimento da criança (...) Nesse
processo, os pais devem ser ouvidos tanto
como usuários diretos do serviço prestado
como também como mais uma voz das
crianças, em particular daquelas muito
pequenas.
50. A organização das experiências de
aprendizagem na proposta curricular
Na explicitação do ambiente de
aprendizagem, é necessário pensar “um
currículo sustentado nas relações, nas
interações e em práticas educativas
intencionalmente voltadas para as
experiências concretas da vida cotidiana, para
a aprendizagem da cultura, pelo convívio no
espaço da vida coletiva e para a produção de
narrativas, individuais e coletivas, através de
diferentes linguagens” (MEC, 2009a).
51. A organização das experiências de
aprendizagem na proposta curricular
As especificidades e os interesses singulares e
coletivos dos bebês e das crianças das demais faixas
etárias devem ser considerados no planejamento do
currículo, vendo a criança em cada momento como
uma pessoa inteira na qual os aspectos motores,
afetivos, cognitivos e lingüísticos integram-se,
embora em permanente mudança. Em relação a
qualquer experiência de aprendizagem que seja
trabalhada pelas crianças, devem ser abolidos os
procedimentos que não reconhecem a atividade
criadora e o protagonismo da criança pequena, que
promovam atividades mecânicas e não significativas
para as crianças.
52. A organização das experiências de
aprendizagem na proposta curricular
A organização curricular da Educação Infantil
pode se estruturar em eixos, centros, campos
ou módulos de experiências que devem se
articular em torno dos princípios, condições e
objetivos propostos nesta diretriz. Ela pode
planejar a realização semanal, mensal e por
períodos mais longos de atividades e projetos
fugindo de rotinas mecânicas.
53. O processo de avaliação
A observação sistemática, crítica e criativa do comportamento de cada
criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as
crianças no cotidiano, e a utilização de múltiplos registros realizados por
adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.), feita ao
longo do período em diversificados momentos, são condições necessárias
para compreender como a criança se apropria de modos de agir, sentir e
pensar culturalmente constituídos. Conhecer as preferências das crianças,
a forma delas participarem nas atividades, seus parceiros prediletos para
a realização de diferentes tipos de tarefas, suas narrativas, pode ajudar o
professor a reorganizar as atividades de modo mais adequado ao alcance
dos propósitos infantis e das aprendizagens coletivamente trabalhadas.
54. O acompanhamento da continuidade do
processo de educação
Na busca de garantir um olhar contínuo sobre
os processos vivenciados pela criança, devem
ser criadas estratégias adequadas aos
diferentes momentos de transição por elas
vividos. As instituições de Educação Infantil
devem assim:
a) planejar e efetivar o acolhimento das
crianças e de suas famílias quando do ingresso
na instituição;
55. O acompanhamento da continuidade do
processo de educação
b) priorizar a observação atenta das crianças e mediar as
relações que elas estabelecem entre si, entre elas e os
adultos, entre elas e as situações e objetos;
c) planejar o trabalho pedagógico reunindo as equipes da
creche e da pré-escola;
d) prever formas de articulação entre os docentes da
Educação Infantil e do Ensino Fundamental (encontros,
visitas, reuniões) e providenciar instrumentos de registro.
56. RECNEI – REFERENCIAL CURRICULAR
NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
VOLUME 1 – INTRODUÇÃO ( VISÃO
FILOSÓFICA)
VOLUME 2 – FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
( DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E
SOCIAL)
VOLUME 3 – CONHECIMENTO DE MUNDO
( MOVIMENTO, MÚSICA, ARTES VISUAIS,
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA, NATUREZA E
SOCIEDADE E MATEMÁTICA)
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57. OBJETIVOS
Crianças de 0 a 3 anos
Experimentar e utilizar recursos de que dispõem
para satisfação de suas necessidades;
Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, e
conhecendo seus limites;
Interessar-se progressivamente pelo cuidado
com seu corpo;
Brincar;
Relacionar-se progressivamente
com outras crianças;
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58. Crianças de 4 a 6 anos
• Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua
autoconfiança;
• Identificar e enfrentar situações de conflitos,
utilizando recursos pessoais;
• Brincar;
• Adotar hábitos de auto cuidado, valorizando
principalmente a higiene;
• Identificar e compreender a sua pertinência
aos diversos grupos dos quais participam;
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59. CONTEÚDOS
Crianças de 0 a 3 anos
Auto estima
A auto-estima da criança aos poucos desenvolve, disso
resulta a necessidade do adulto confiar e acreditar
na capacidade das crianças com quem trabalha.
Escolha
As crianças desde bebês manifestam suas
preferências são capazes de escolher,
cabe ao adulto interpretar as expressões
faciais ou o choro, que são os principais
indícios de insatisfação ou satisfação.
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60. Faz – de – conta
Organizar situações de interação
em que panos e fraldas
ou anteparos possam
ser utilizados para esconder
partes do corpo,
ou imitarem
personagens contados
em histórias.
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61. Interação
A capacidade de se relacionar depende de
oportunidades de interação com crianças da
mesma idade ou de diferentes idades e em
situações diversas.
Imagem
O espelho é muito importante na ajuda da
construção da identidade, a criança vê sua
imagem, reconhece suas características
físicas.
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62. Cuidados
Junto com a intervenção educativa deve se satisfazer as
necessidades de higiene, alimentação e descanso.
A medida que a criança cresce, a retirada de fraldas, o
controle das esfíncteres e da urina constituem um
processo complexo, que integram aspectos
biológicos, afetivos, emocionais e sociais.
Segurança
É recomendável que se oriente a criança a usarem
utensílios, brinquedos e objetos de forma segura,
sempre sob a orientação de um adulto, e com
objetos condizentes a idade.
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63. Crianças de 4 a 6 anos
Nome
O nome é um importante elemento na vida de uma
criança,
conhecer seu nome, sua origem, ajudam na construção
da
identidade da criança.
Imagem
O espelho é importante na
afirmação da imagem corporal
recém-formada. As crianças
poderão fantasiar-se,
assumir papéis, usar acessórios
que os adultos usam.
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64. Independência e Autonomia
Pode-se criar situações em que as crianças possam
fazer suas escolhas entre várias opções, em locais
distintos ou no mesmo espaço.
Para favorecer o desenvolvimento da autonomia é
necessário que o professor compreenda os modos
próprios das crianças se relacionarem, agirem,
sentirem, pensarem e construírem conhecimentos.
Respeito a diversidade
A atitude de aceitação outro em suas diferenças e
particularidades precisa estar presente nos atos e
atitudes dos adultos com quem convivem na
instituição, respeitando as diferenças de gênero,
etnia, religião e etc...
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65. IDENTIDADE DE GÊNERO
A atitude básica é transmitir por meios de ações e
encaminhamentos, valores de igualdade e respeito
entre as pessoas de sexo diferentes e permitir que a
criança brinque com as possibilidades relacionadas
tanto ao papel do homem como o da mulher.
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66. Interação
A ação do professor de educação infantil, como
mediador das relações entre as crianças e os diversos
universos sociais nos quais ela interage,
possibilitando a criação de decisões, construção de
regras e respeito aos outro.
Jogos e brincadeiras
Utilizar alguns jogos ou brincadeira, envolvendo o
reconhecimento do próprio corpo, do corpo do
outro, a imitação, podem se tornar atividades de
rotina.
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67. Cuidados pessoais
As crianças precisam de ser lembradas para
lavarem as mãos, é fundamental o acesso a água,
ao sabonete e a toalha.
Observar o estado de higiene
dos sanitários e utilizar
tamanhos compatíveis com
o tamanho das crianças.
Ajudar a criança na
realização de movimentos
corretos na escovação bucal. 67
68. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O
PROFESSOR
Jogos e brincadeiras
O professor deve saber como e quando intervir
nas brincadeiras de faz-de-conta, é
aparentemente contraditório com o caráter
imaginativo e de linguagem independente que
o brincar compreende, mas há alguns meios
que o professor pode utilizar para induzir a
brincadeira e enriquecer para que a
brincadeira se torne um aprendizado.
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70. Organizando um ambiente de cuidados essenciais
Uma criança para ser saudável não precisa só de estar
nutrida e limpa, mas sim aquela que pode utilizar e
desenvolver seu potencial biológico, emocional e
cognitivo.
Proteção
Conforto, segurança física e proteção, não significam
limitar a criança de explorar o ambiente e conquistar
novas habilidades, mas significa proporcionar um
ambiente seguro e confortável, avaliando e
acompanhando as capacidades de cada criança,
pesando os ricos e benefícios de cada atitude.
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71. Alimentação
Organizar os lanche de forma que as crianças possam
vivenciá-los de acordo com as diversas práticas
sociais em torno da alimentação, sempre
estimulando o prazer e a afetividade, permitindo que
as crianças conversem entre si.
Cuidado com os dentes
Prever uma rotina de escovação dos dentes, visando
desenvolver atitudes e construir habilidades de auto
cuidado com a boca e com os dentes.
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72. Banho
Para que a organização do
banho seja correta é
necessário prever as
condições materiais,
como banheiras seguras,
água limpa em temperatura
adequada, sabonete, toalha etc...
Troca de fraldas
Enquanto o professor executa o procedimento
de troca, é aconselhável que observe e
corresponda aos sorrisos, conversas, gestos e
movimentos da criança.
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73. Sono e repouso
O sono nas diferentes etapas da vida da criança
tem um importante papel na saúde, além de
oferecer um ambiente, cuidados e
oportunidades para que elas tenham suas
necessidades atendidas.
Para tornar o sono um
momento de descanso
pode-se contar histórias,
cantar cantigas, embalar,
fazer massagens e etc...
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74. Organização do tempo
Atividades Permanentes
A oferta permanente de atividades diversificadas
em um mesmo tempo e espaço, é uma
oportunidade de propiciar a escolha das crianças.
Sequência de atividades
Algumas atividades propostas de forma sequencial
ajudam a criança na construção da identidade e
na conquista da autonomia.
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