Os textos literários se diferenciam dos não literários principalmente pela função: os literários tem função estética enquanto os não literários tem função utilitária. A função estética se caracteriza pela plurissignificação, conotação e desautomatização da linguagem, permitindo múltiplas interpretações. Já a função utilitária prioriza a denotação, unissignificação e automatização da linguagem para garantir clareza e objetividade.
9. Estética
A função estética contém em si vários traços:
Plurissignificação
Conotação
Desautomatização da linguagem
10. Plurissignificação
Se: Pluri = vários
Plurissignificação é a representação de vários
significados, sendo assim, o texto literário permite
ao leitor as mais diversas interpretações, e a
mistura de vários planos de leitura, onde pode-se
ler apenas o que está escrito e também imaginar o
que está nas “entrelinhas”.
11. Conotação
É a propriedade que um significante tem de se
referir a vários significados.
É o sentido figurado, que ocorre por associações
linguísticas diversas, seja por conhecimentos
prévios, por estilística, pela fonética, distanciando
a palavra de seu sentido literal, tangível, real.
Para a conotação são usados mecanismos de
linguagem que chamamos de figuras de linguagem
12. Desautomatização da linguagem
É a retirada do sentido mais óbvio e
automático da linguagem para dar-lhe
um significado mais surpreendente, em
oposição ao texto não-literário,
causando assim reações de
estranhamento, surpresa, graça,
tristeza... Etc...
14. O texto não-literário tem a função utilitária, como
o próprio nome já diz, ele precisa ser útil,
objetivo, sendo assim suas características
principais serão opostas às dos textos literários.
Os textos não-literários são: as bulas de remédio,
receitas, textos jornalísticos, estudos científicos,
nos quais é de extrema importância que o
significado seja o mais unívoco possível.
16. Denotação
É o sentido verdadeiro e original da
palavra, é o sentido mais próximo do
seu sentido literal.
17. Unissignificação
Se uni = UM, unissignificação é a característica de
reduzir o entendimento, ou de fazer com que o
entendimento de determinada frase/expressão
seja apenas um, impossibilitando, ou restringindo,
sua livre interpretação.
18. Automatização da linguagem
É a linguagem usada de forma mais
linear, reta, coerente, de forma que o
leitor capte com rapidez o sentido do
enunciado.
Não tem o objetivo de propiciar
emoção, estranhamento, graça, tristeza,
etc.