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DEFINIÇÃO DE TIPO E GÊNERO
TEXTUAL
Os Gêneros são definidos pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa como: formas relativamente
estáveis de enunciados, disponíveis na
cultura
BaKhtin define os gêneros do discurso como
tipos relativamente estáveis de enunciados
constituído históricamente e que mantêm uma
relação direta com a dimensão social.
Usamos essa expressão como uma noção
propositalmente vaga para referir os textos
materializados que encontramos em nossa
vida diária e que apresentam características
sócio-comunicativas definidas por
conteúdos, propriedades funcionais, estilo
e composição característica.
Usamos essa expressão para designar uma
espécie de seqüência teoricamente definida pela
natureza lingüística de sua composição (aspectos
lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
lógicas).
TIPO TEXTUAL
PARALELO
• TIPOS TEXTUAIS
• 1 – constructos teóricos
definidos por
propriedades lingüísticas
intrínsecas;
• 2 – constituem seqüências
lingüísticas ou seqüências
de enunciados no interior
dos gêneros e não são
textos empíricos;
• GÊNEROS TEXTUAIS
• 1 – realizações lingüísticas
concretas definidas por
propriedades sócio-
comunicativas;
• 2 – constituem textos
empiricamente cumprindo
funções em situações
comunicativas;
3 – sua nomeação
abrange um conjunto
limitado de categorias
teóricas determinadas
por aspectos lexicais,
sintáticos, relações
lógicas, tempo verbal;
3 – sua nomeação
abrange um
conjunto aberto e
praticamente
ilimitado de
designação
concretas
determinadas pelo
canal, estilo,
conteúdo,
composição e
função;
4– designações
teóricas dos tipos:
narração,
argumentação,
descrição, injunção e
exposição.
4 – exemplos de
gêneros:
telefonema,
sermão, carta
comercial, carta
pessoal, romance,
bilhete, reportagem
jornalística, aula
expositiva, notícia
jornalística reunião de
condomínio, cardápio,
instruções
horóscopo, receita
culinária, bula de
remédio,lista de compras,
car instruções de uso,
outdoor, inquérito policial,
resenha, edital de
concurso, piada,
conversação espontânea,
conferência, carta
eletrônica, bate-papo
virtual, aulas virtuais, etc.
Algumas observações sobre os tipos textuais
A expressão “tipo de texto” é equivocadamente
empregada e não designa um tipo, mas sim um
gênero de texto.
A carta pessoal não é um tipo de texto informal e sim
um gênero textual, assim como:
BILHETE
RECEITA DE BOLO
BULA DE REMÉDIO
LISTA TELEFONICA
CARTA COMERCIAL
SERMÃO
REVISTA
PIADA
LIVRO
E-MAIL
LISTA
HORÓSCOPO
POEMA
PREFÁCIO
JORNAIS
HISTÓRIA EM
QUADRINHO
MANUAL DE INSTRUÇÃO
Em todos estes gêneros também se está
realizando tipos textuais, podendo ocorrer
que o mesmo gênero realize dois ou mais
tipos.
Um texto é tipologicamente variado
(heterogêneo)
A carta pessoal pode conter uma seqüência
narrativa, uma argumentação, uma descrição e
assim por diante.
Seqüências
Tipológicas
Gênero textual
Descritiva Rio,
11/08/1991
_______________________________________________
Injuntiva Amiga A.P
________________________________________________
Descritiva Para ser mais preciso estou no
meu quarto, escrevendo na
escrivaninha, com um Micro
System ligado na minha frente
(bem alto, por sinal)
__________________________________________________
Expositiva Está ligado na Manchete
FM
– ou rádio dos funks – eu
adoro
funk, principalmente com
passos marcados.
Aqui no Rio é o ritmo
momento... e você, gosta?
Gosto também de house e
dance music, sou fascinado
por discotecas!
Narrativa Ontem mesmo (Sexta-feira)
eu fui e cheguei quase
quatro horas da madrugada.
____________________________________________
Expositiva Dançar é muito bom,
principalmente em uma
discoteca legal. Aqui no
condomínio onde moro têm
muitos jovens, somos todos
muito amigos e sempre
vamos todos juntos. É
muito maneiro!
Narrativa C. foi três vezes à K. I.,
______________________________________________I
Injuntiva pergunte só a ele como é!
______________________________________________
Expositiva Está tocando agora o “Melô
da Mina Sensual”, super
demais! Aqui ouço também
a Transamérica e RPC FM.
______________________________________________I
Injuntiva E você, quais rádios curte?
_____________________________________________
Expositiva Demorei um tempão pra
responder, espero sinceramente
que você não esteja chateada
comigo. Eu me amarrei de
verdade em vocês aí, do Recife,
principalmente a galera da ET,
vocês são muito maneiros! Meu
maior sonho é viajar, ficar um
tempo por aí, conhecer legal
vocês todos, saírmos juntos...
Só que não sei ao certo se vou
realmente no início de 1992.
todos, saírmos juntos... Só
que não sei ao certo se vou
realmente no início de 1992.
Mas pode ser que dê, quem
sabe! /........../
Não sei ao certo se vou ou
não, mas fique certa que
farei de tudo para conhecer
vocês o mais rápido possível.
Posso te dizer uma coisa?
Adoro muito vocês!
______________________________________________
Narrativa Agora, a minha rotina: às
segundas, quartas e sextas-
feiras trabalho de 8:00 às
17:00h, em Botafogo. De lá
vou para o T., minha aula
vai de 18:30 às 10:40h.
Chego aqui em casa quinze
para meia-noite. E às terças
e quintas fico 050 em F. só
de 8:00 às 12:30h. Vou para
o T.; às 13:30 começa o meu
curso de Francês (vou me
formar ano que vem) e vai
até 15:30h. 16:00h vou dar
aula e fico até 17:30h.
17:40h às 18:30h faço
natação (no T. também) e
até 22:40h tenho aula.
/........../ Ontem eu e Simone
fizemos três meses de
namoro;
________________________________________________
Injuntiva você sabia que eu estava
namorando?
Expositiva Ela mora aqui mesmo no
(ilegível) (nome do
condomínio). A gente se gosta
muito, às vezes eu acho que o
namoro não vai durar muito,
entende?
_______________________________________________
Argumentativa O problema é que ela é muito
ciumenta, principalmente
porque eu já fui afim da B.,
que mora aqui também. Nem
posso falar com a garota que
S. já fica com raiva.
Narrativa É acho que vou
terminando...
_____________________________________________________
Injuntiva Escreva!
Faz um favor? Diga pra M.,
A., P. e C. que esperem,
não demoro a escrever.
Adoro vocês!
Um beijão!
_____________________________________________
Narrativa Do amigo
P. P.
15:16h
ORGANIZAÇÃO DE TEXTO
NARRATIVOS
DESCRITIVOS
EXPOSITIVOS
ARGUMENTATIVO
INJUNTIVO
Seqüência temporal
Seqüências imperativas
Seqüências de localização
Seqüências analíticas ou analíticas
Seqüências contrastivas explícitas
Um gênero pode não ter uma determinada
propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero.
Ex. o artigo de opinião da folha de São Paulo:
Esse modo de análise pode ser desenvolvido com
todos os gêneros. Nota-se que há uma grande
heterogeneidade tipologica nos gêneros textuais.
Quando se nomeia um certo texto como narrativo,
descritivo ou argumentativo, não está se nomeando o
gênero e sim o predomínio de um tipo de seqüência
de base.
Um novo José
Josias de Souza
Calma José.
A festa não começou,
a luz não acendeu,
a noite não esquentou
O Malan não amoleceu, mas se voltar a pergunta:
e agora José
Diga: ora Drummond,
agora Camdessus.
Continua sem mulher,
continua sem discurso,
continua sem carinho, ainda não pode beber,
ainda não pode fumar,cuspir ainda não pode,
a noite é fria,
O dia ainda não veio,
o riso ainda não veio,
não veio ainda a utopia,
o Malan tem miopia,
mas nem tudo acabou,
nem tudo fugiu,
nem tudo mofou.
Se voltar a pergunta:
E agora josé?
Diga: ora Drummond, Agora FMI.
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
O Malan nada faria,
mas já há quem faça.
Ainda só, no escuro,
qual bicho do mato, ainda sem teogonia,
ainda sem parede nua, pra se encostar,
ainda sem cavalo preto,
que fuja a galope,
você ainda marcha José!
Se voltar a pergunta:
José para onde?
Diga: ora Drummond,
Por que tanta dúvida?
Elementar, elementar,
sigo pra Washington
e, por favor, poeta,
não me chame de José.
Me chame Joseph.
O texto apresenta uma configuração hibrída:
formato de um poema para o gênero artigo de
opinião. Estrutura inter-gêneros.
* Neste exemplo temos um gênero funcional (artigo de
opinião) com o formato de outro (poema)
A intertextualidade inter-gêneros não deve ser
confundida com a heterogeneidade tipologica do
gênero, que diz respeito ao fato de um gênero realizar
várias seqüências de tipos de textuais (a carta)
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
Todos os textos se manifestam sempre num ou outro
gênero textual.
Um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros
textuais é importante tanto para a produção como para a
compreensão .
Os PCN sugerem que o trabalho com o texto deve ser
feito na base dos Gêneros, sejam eles orais ou escritos.
Os gêneros distribuem-se pelas duas modalidades
num contínuo, desde os mais informais aos formais e
em todos os contextos e situações da vida cotidiana.
Há alguns gêneros que só são recebidos na forma oral:
notícias de televisão ou rádio.
Novenas e ladainhas , embora tenham sido escritas, seu
uso é sempre oral. Ninguém reza por escrito e sim
oralmente.
Os gêneros são modelos comunicativos, operam
prospectivamente, abrindo o caminho da compreensão.
(Bakhtin)
Os gêneros textuais fundam-se em critérios
externos (sócio-comunicativos e discursivos)
Os tipos textuais fundam-se em critérios internos
(lingüístico e formais).
Gêneros textuais não são frutos de invenções
individuais, mas formas socialmente maturadas em
práticas comunidades.
No ensino de uma maneira geral, em sala de aula
de modo particular, pode-se tratar dos gêneros,
nesta perspectiva, e levar os alunos a produzirem
ou analisarem eventos lingüísticos os mais
diversos, tanto escritos como orais, e identificarem
as características de gênero de cada um.
Poesia é um texto em que o significante não existe
meramente à serviço do significado.
ritmo
sonoridade
relação com as palavras
Aspecto visual
Poesia não é só significado. A
lógica da poesia vai além da
estrutura sintática e do
significado
Vejamos:
Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo chão
A menina quando dorme
Bota a mão no coração
Espinafrinho quando brota
Deixa sua raizinha debaixo
da terra,
A menina quando dorme
bota a mãozinha no
coração
Outras Definições de poesia
A poesia é a arte de comunicar a emoção humana pelo
verbo musical. (René Waltz)
A poesia é a expressão natural dos mais violentos modos de
emoção pessoal. (J. Middleton Murry)
A poesia é o extravasar espontâneo de poderosos
sentimentos. (William Wordsworth)
O texto poético é, pois,aquele em que a função poética se
sobrepõe às demais e delas se destaca, sem eliminálas.
(Mário Laranjeira- definição baseada nas funções da
linguagem)
Qual é esse universo
da poesia tão
misterioso e quase
intransponível de que
se fala tanto?
Poesia, se conhece através dos tempos é, antes de
qualquer coisa, a imaginação (reflexão) renovando
os sentidos da vida, os prazeres da vida, a emoção,
a estética.
O MUNDO PARTICULAR DA POESIA
Bibliotecas, nos depósitos de livros das escolas , em
algum canto da casa.
Encontra-se sempre alguém produzindo poesia, quem
faz poesia, recria o mundo.
A poesia dos Beatles, a poesia de Shakespeare, a poesia
de Cora Coralina, a poesia da vizinha Maria, a poesia da
música pop, a poesia da literatura clássica, de Augusto
dos Anjos, de Clarice Lispector e outros.
A Forma da Poesia Infantil
Não é aconselhável
apresentar ás crianças textos
“poéticos” que nada têm de
poesia, que apenas
representam uma caricatura
grosseira de fórmúlas de
linguagem materno-infantil. A criança acomoda-se às
limitações de seu
vocabulário e cresce
desconhecendo o potencial
de recursos que o seu
idioma coloca à sua
disposição.
“À tarde, o cavalinho branco
Está muito cansado:
Mas há um pedacinho de campo
onde é sempre feriado,
O cavalo sacode a crina
Loura e comprida,
E nas verdes ervas atira
Sua branca vida
Seu relincho
estremece as raízes
E ensina aos ventos
A alegria de sentir
livres seus
movimentos.
Trabalhou todo o
dia tanto
Desde a
madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco
de crina dourada.”
1- Qual é a cor do cavalinho?
2- Onde ele está?
3- Como é a sua crina?
4- Ele está dormindo ou acordado?
5- O que ele come?
Poema “O cavalinho Branco” de Cecília
Meireles
Este tipo de questionamento em atividades de trabalho
com a poesia comete dois desastres didático-literários:
- O poético foi inviabilizado
- A criança é condicionada a manter-se nas
informações secundárias, superficiais, impedida de se
emocionar ou recriar poema, numa co-autoria.
“ Oh! Aquele menininho me dizia
“Fessora, eu posso ir lá fora”?
Mas apenas fica um momento
Bebendo o vento azul...
Agora não preciso pedir licença a ninguém.
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Gêneros

  • 1.
  • 2. DEFINIÇÃO DE TIPO E GÊNERO TEXTUAL Os Gêneros são definidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa como: formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura
  • 3. BaKhtin define os gêneros do discurso como tipos relativamente estáveis de enunciados constituído históricamente e que mantêm uma relação direta com a dimensão social.
  • 4. Usamos essa expressão como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.
  • 5. Usamos essa expressão para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). TIPO TEXTUAL
  • 6. PARALELO • TIPOS TEXTUAIS • 1 – constructos teóricos definidos por propriedades lingüísticas intrínsecas; • 2 – constituem seqüências lingüísticas ou seqüências de enunciados no interior dos gêneros e não são textos empíricos; • GÊNEROS TEXTUAIS • 1 – realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sócio- comunicativas; • 2 – constituem textos empiricamente cumprindo funções em situações comunicativas;
  • 7. 3 – sua nomeação abrange um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal; 3 – sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designação concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função;
  • 8. 4– designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. 4 – exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, notícia jornalística reunião de condomínio, cardápio, instruções
  • 9. horóscopo, receita culinária, bula de remédio,lista de compras, car instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo virtual, aulas virtuais, etc.
  • 10. Algumas observações sobre os tipos textuais A expressão “tipo de texto” é equivocadamente empregada e não designa um tipo, mas sim um gênero de texto. A carta pessoal não é um tipo de texto informal e sim um gênero textual, assim como:
  • 18. PIADA
  • 19. LIVRO
  • 21. LISTA
  • 23. POEMA
  • 28. Em todos estes gêneros também se está realizando tipos textuais, podendo ocorrer que o mesmo gênero realize dois ou mais tipos. Um texto é tipologicamente variado (heterogêneo) A carta pessoal pode conter uma seqüência narrativa, uma argumentação, uma descrição e assim por diante.
  • 29. Seqüências Tipológicas Gênero textual Descritiva Rio, 11/08/1991 _______________________________________________ Injuntiva Amiga A.P ________________________________________________ Descritiva Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo na escrivaninha, com um Micro System ligado na minha frente
  • 30. (bem alto, por sinal) __________________________________________________ Expositiva Está ligado na Manchete FM – ou rádio dos funks – eu adoro funk, principalmente com passos marcados. Aqui no Rio é o ritmo momento... e você, gosta? Gosto também de house e dance music, sou fascinado por discotecas!
  • 31. Narrativa Ontem mesmo (Sexta-feira) eu fui e cheguei quase quatro horas da madrugada. ____________________________________________ Expositiva Dançar é muito bom, principalmente em uma discoteca legal. Aqui no condomínio onde moro têm muitos jovens, somos todos muito amigos e sempre vamos todos juntos. É muito maneiro!
  • 32. Narrativa C. foi três vezes à K. I., ______________________________________________I Injuntiva pergunte só a ele como é! ______________________________________________ Expositiva Está tocando agora o “Melô da Mina Sensual”, super demais! Aqui ouço também a Transamérica e RPC FM. ______________________________________________I Injuntiva E você, quais rádios curte? _____________________________________________
  • 33. Expositiva Demorei um tempão pra responder, espero sinceramente que você não esteja chateada comigo. Eu me amarrei de verdade em vocês aí, do Recife, principalmente a galera da ET, vocês são muito maneiros! Meu maior sonho é viajar, ficar um tempo por aí, conhecer legal vocês todos, saírmos juntos... Só que não sei ao certo se vou realmente no início de 1992.
  • 34. todos, saírmos juntos... Só que não sei ao certo se vou realmente no início de 1992. Mas pode ser que dê, quem sabe! /........../ Não sei ao certo se vou ou não, mas fique certa que farei de tudo para conhecer vocês o mais rápido possível. Posso te dizer uma coisa? Adoro muito vocês! ______________________________________________
  • 35. Narrativa Agora, a minha rotina: às segundas, quartas e sextas- feiras trabalho de 8:00 às 17:00h, em Botafogo. De lá vou para o T., minha aula vai de 18:30 às 10:40h. Chego aqui em casa quinze para meia-noite. E às terças e quintas fico 050 em F. só de 8:00 às 12:30h. Vou para
  • 36. o T.; às 13:30 começa o meu curso de Francês (vou me formar ano que vem) e vai até 15:30h. 16:00h vou dar aula e fico até 17:30h. 17:40h às 18:30h faço natação (no T. também) e até 22:40h tenho aula. /........../ Ontem eu e Simone fizemos três meses de namoro; ________________________________________________ Injuntiva você sabia que eu estava namorando?
  • 37. Expositiva Ela mora aqui mesmo no (ilegível) (nome do condomínio). A gente se gosta muito, às vezes eu acho que o namoro não vai durar muito, entende? _______________________________________________ Argumentativa O problema é que ela é muito ciumenta, principalmente porque eu já fui afim da B., que mora aqui também. Nem posso falar com a garota que S. já fica com raiva.
  • 38. Narrativa É acho que vou terminando... _____________________________________________________ Injuntiva Escreva! Faz um favor? Diga pra M., A., P. e C. que esperem, não demoro a escrever. Adoro vocês! Um beijão! _____________________________________________ Narrativa Do amigo P. P. 15:16h
  • 39. ORGANIZAÇÃO DE TEXTO NARRATIVOS DESCRITIVOS EXPOSITIVOS ARGUMENTATIVO INJUNTIVO Seqüência temporal Seqüências imperativas Seqüências de localização Seqüências analíticas ou analíticas Seqüências contrastivas explícitas
  • 40. Um gênero pode não ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Ex. o artigo de opinião da folha de São Paulo: Esse modo de análise pode ser desenvolvido com todos os gêneros. Nota-se que há uma grande heterogeneidade tipologica nos gêneros textuais. Quando se nomeia um certo texto como narrativo, descritivo ou argumentativo, não está se nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de seqüência de base.
  • 41. Um novo José Josias de Souza Calma José. A festa não começou, a luz não acendeu, a noite não esquentou O Malan não amoleceu, mas se voltar a pergunta: e agora José Diga: ora Drummond, agora Camdessus.
  • 42. Continua sem mulher, continua sem discurso, continua sem carinho, ainda não pode beber, ainda não pode fumar,cuspir ainda não pode, a noite é fria, O dia ainda não veio, o riso ainda não veio, não veio ainda a utopia, o Malan tem miopia, mas nem tudo acabou, nem tudo fugiu, nem tudo mofou. Se voltar a pergunta: E agora josé?
  • 43. Diga: ora Drummond, Agora FMI. Se você gritasse, se você gemesse, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... O Malan nada faria, mas já há quem faça. Ainda só, no escuro, qual bicho do mato, ainda sem teogonia, ainda sem parede nua, pra se encostar, ainda sem cavalo preto, que fuja a galope, você ainda marcha José!
  • 44. Se voltar a pergunta: José para onde? Diga: ora Drummond, Por que tanta dúvida? Elementar, elementar, sigo pra Washington e, por favor, poeta, não me chame de José. Me chame Joseph.
  • 45. O texto apresenta uma configuração hibrída: formato de um poema para o gênero artigo de opinião. Estrutura inter-gêneros. * Neste exemplo temos um gênero funcional (artigo de opinião) com o formato de outro (poema) A intertextualidade inter-gêneros não deve ser confundida com a heterogeneidade tipologica do gênero, que diz respeito ao fato de um gênero realizar várias seqüências de tipos de textuais (a carta)
  • 46. GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO Todos os textos se manifestam sempre num ou outro gênero textual. Um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto para a produção como para a compreensão . Os PCN sugerem que o trabalho com o texto deve ser feito na base dos Gêneros, sejam eles orais ou escritos.
  • 47. Os gêneros distribuem-se pelas duas modalidades num contínuo, desde os mais informais aos formais e em todos os contextos e situações da vida cotidiana. Há alguns gêneros que só são recebidos na forma oral: notícias de televisão ou rádio. Novenas e ladainhas , embora tenham sido escritas, seu uso é sempre oral. Ninguém reza por escrito e sim oralmente.
  • 48. Os gêneros são modelos comunicativos, operam prospectivamente, abrindo o caminho da compreensão. (Bakhtin) Os gêneros textuais fundam-se em critérios externos (sócio-comunicativos e discursivos) Os tipos textuais fundam-se em critérios internos (lingüístico e formais).
  • 49. Gêneros textuais não são frutos de invenções individuais, mas formas socialmente maturadas em práticas comunidades. No ensino de uma maneira geral, em sala de aula de modo particular, pode-se tratar dos gêneros, nesta perspectiva, e levar os alunos a produzirem ou analisarem eventos lingüísticos os mais diversos, tanto escritos como orais, e identificarem as características de gênero de cada um.
  • 50.
  • 51. Poesia é um texto em que o significante não existe meramente à serviço do significado. ritmo sonoridade relação com as palavras Aspecto visual Poesia não é só significado. A lógica da poesia vai além da estrutura sintática e do significado
  • 52. Vejamos: Batatinha quando nasce Se esparrama pelo chão A menina quando dorme Bota a mão no coração Espinafrinho quando brota Deixa sua raizinha debaixo da terra, A menina quando dorme bota a mãozinha no coração
  • 53. Outras Definições de poesia A poesia é a arte de comunicar a emoção humana pelo verbo musical. (René Waltz) A poesia é a expressão natural dos mais violentos modos de emoção pessoal. (J. Middleton Murry) A poesia é o extravasar espontâneo de poderosos sentimentos. (William Wordsworth) O texto poético é, pois,aquele em que a função poética se sobrepõe às demais e delas se destaca, sem eliminálas. (Mário Laranjeira- definição baseada nas funções da linguagem)
  • 54. Qual é esse universo da poesia tão misterioso e quase intransponível de que se fala tanto? Poesia, se conhece através dos tempos é, antes de qualquer coisa, a imaginação (reflexão) renovando os sentidos da vida, os prazeres da vida, a emoção, a estética.
  • 55. O MUNDO PARTICULAR DA POESIA Bibliotecas, nos depósitos de livros das escolas , em algum canto da casa. Encontra-se sempre alguém produzindo poesia, quem faz poesia, recria o mundo. A poesia dos Beatles, a poesia de Shakespeare, a poesia de Cora Coralina, a poesia da vizinha Maria, a poesia da música pop, a poesia da literatura clássica, de Augusto dos Anjos, de Clarice Lispector e outros.
  • 56. A Forma da Poesia Infantil Não é aconselhável apresentar ás crianças textos “poéticos” que nada têm de poesia, que apenas representam uma caricatura grosseira de fórmúlas de linguagem materno-infantil. A criança acomoda-se às limitações de seu vocabulário e cresce desconhecendo o potencial de recursos que o seu idioma coloca à sua disposição.
  • 57. “À tarde, o cavalinho branco Está muito cansado: Mas há um pedacinho de campo onde é sempre feriado, O cavalo sacode a crina Loura e comprida, E nas verdes ervas atira Sua branca vida Seu relincho estremece as raízes E ensina aos ventos A alegria de sentir livres seus movimentos. Trabalhou todo o dia tanto Desde a madrugada!
  • 58. Descansa entre as flores, cavalinho branco de crina dourada.” 1- Qual é a cor do cavalinho? 2- Onde ele está? 3- Como é a sua crina? 4- Ele está dormindo ou acordado? 5- O que ele come? Poema “O cavalinho Branco” de Cecília Meireles
  • 59. Este tipo de questionamento em atividades de trabalho com a poesia comete dois desastres didático-literários: - O poético foi inviabilizado - A criança é condicionada a manter-se nas informações secundárias, superficiais, impedida de se emocionar ou recriar poema, numa co-autoria.
  • 60. “ Oh! Aquele menininho me dizia “Fessora, eu posso ir lá fora”? Mas apenas fica um momento Bebendo o vento azul... Agora não preciso pedir licença a ninguém. Mesmo porque não existe paisagem lá fora: Somente cimento. O vento não mais me fareja a face com um cão amigo... Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.’