O documento descreve duas propriedades históricas em Sintra, Portugal - o Palácio da Regaleira e o Palácio de Monserrate. O Palácio da Regaleira foi projetado no estilo neomanuelino e inclui elementos de simbologia maçônica e alquímica. Já o Palácio de Monserrate mistura estilos mourisco, gótico e indiano, com decoração interior luxuosa inspirada na Índia.
11. Há ainda, na Regaleira, referências rosacrucianas, em alusão à corrente esotérica iniciada no séc. XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma:
18. O actual Palácio de Monserrate, mandado construir por Francis Cook, sob projecto do arquitecto inglês James Knowles Jr., entre 1860 e 1863, corresponde, em termos planimétricos e, parcialmente, em termos volumétricos, a um outro palácio que o primeiro arrendatário da Quinta, Gerard Devisme, aí mandara construir em 1791 A planta do Palácio ordena-se em torno de uma galeria interior que liga os dois torreões e é interrompida a meio por um átrio hexagonal que estabelece por sua vez a ligação com as fachadas Norte e Sul. Um vasto corredor - a meio pontuado por uma fonte - que se nota uma clara influência da espacialidade interior e da estética da arquitectura mourisca da Andaluzia: uma sucessão de arcos ultrapassados sobre colunas, preenchidos por bandeiras decoradas de arabescos, talhadas num fino lavor da pedra. Todavia, as arcarias, colunas e capitéis do átrio, evidenciam já uma influência de arquivoltas e vegetalismos de cariz goticizante.