O documento discute o diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes, destacando que está se tornando um problema de saúde pública em todo o mundo devido ao aumento da obesidade. A obesidade, fatores genéticos e a nutrição na vida fetal e na infância desempenham um papel importante no desenvolvimento da resistência à insulina e no diabetes tipo 2 nessa faixa etária. O documento também discute o papel da puberdade, raça, gênero e história familiar no risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2.
1. DIABETES TIPO 2 NAS
CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
FIMA Pediatric Endocrinology
2. Introdução
DM2 em crianças e adolescentes está se tornando
um problema de saúde pública crescente em todo o
mundo
Intimamente associado ao aumento da obesidade em
jovens de todas as etniasTec adiposo produz
adipocinas q aumentam a RI
DM2Relação clara c/ RI/SD Metabólica(Obesidade
abdominal, regulação de Glicose
alterada, Dislipidemia, HAS)
Problema de reconhecimento recente nessa faixa etária
muitos pacientes não diagnosticados, ou
erroneamente classificados como DM1
DM2Fatores de risco para DCV presentes já no
momento do diagóstico imediata normalização dos
3. Epidemiologia
DM2 foi identificado na faixa etária pediátrica
inicialmente em 1977,
A incidência vem aumentando exponencialmente
Inúmeros estudos apontam diferença de prevalência
entre etnias, sendo mais frequente nos Hispânicos e
Afro-Americanos
½ podem se apresentar com CAD
Na maior parte das etnias acomete mais
meninas, porém, pode ser equivalente
Não só a obesidade está aumentando
mundialmente, como a gravidade desta,
consequentemente as complicações como DM2
4. Etiologia
OBESIDADE + FATORES GENÉTICOS
Inúmeros estudos RI e capacidade limitada da cél beta de
responder ao aumento da demanda de insulina associada à
obesidade
RI afeta o metabolismo da Glicose, Lipídeos e Proteínas
Metabolismo normal da Glicose sensibilidade à [] de Gli pelas
células beta, a síntese e liberação da insulina, a ligação da
insulina aos seus receptores, e a ativação da insulina pós-
receptor da absorção de Glicose pelos tecidos
muscular, hepático, adiposo e da produção de glicose pelo
fígado
DM2 RI periférica nos músculos e tec adiposo + redução da
insulina pancreática + da produção de glicose hepática
Hiperglicemia
A hiperglicemia pode ser decorrente de uma proteína Tirosina-
fosfatase, defosforilando o receptor de insulina, ou da
proteínaTRB3, que age bloqueando as ações da insulina no
fígado
5.
6. O Papel da Nutrição na Vida Fetal
e na Infância
Associação entre baixo peso ao
nascimento, PC , magreza ao nascer com o
desenvolvimento de DM2 sugere
programação intra-útero c/ capacidade limitada
das céls beta e RI nos tecidos periféricos
Subnutrição materna baixo peso
desenvolvimento alterado do pâncreas
Relação entre subnutrição fetal e intolerância à
glicose confirmada em grandes estudos
realizados na Suíça e EUA
PN também está associado a uma ativação
maior do eixo do cortisol em adultos
7. O Papel da Nutrição na Vida Fetal
e na Infância
Estudo correlacionando peso atual ao peso de
nascimento e concentrações de glicose por 2
horas 3061 índios Pima, c/ idades entre 5 a
29 anos níveis mais de glicose ocorreram
em pacientes com PN alto ou baixo,
independente do peso atual
Estudo com 1492 pacientes acompanhados
do nascimento até a idade adulta
Intolerância à glicose e DM2 em adultos
jovens relacionados à magreza ao nascimento
8. O Papel da Nutrição na Vida Fetal
e na Infância
Estudo c/ 477 crianças Indianas de 8 anos de
idade RI, HAS e LDL fortemente
relacionados ao baixo PN, mais do que o
massa de gordura atual
Estudo c/ 139 crianças Caucasianas e Afro-
Americanas entre 4-14 anos diferenças
significativas entre as 2 raças no efeito do
baixo PN na obesidade visceral, função de
céls beta, insul de jejum e após infusão de
glicose, lipidograma Maior prevalência de
DM2 em afro-americanos
9. O Papel da Nutrição na Vida Fetal
e na Infância
A Nutrição precoce na infância parece desempenhar um papel importante no
desenvolvimento da RI
Há a hipótese de que uma alta ingesta proteica na infância esteja relacionada
à obesidade mais tarde
Seio materno Ingesta calórica mais apropriada para um período crítico de
desenvolvimento do que mamadeira, que está mais associada a uma
superalimentação e obesidade
Estudo com 720 índios Prima Teste de tolerância à glicose,10 a 39 anos,
-325: amamentados c/ mamadeira
-144:SME
-Restante: SM parcialmente nos 1os 2meses de vida
Os que foram alimentados c/ SME tiveram risco significativamente menos
de DM2
Estudo c/ 10000 crianças alemãs entre 5 e 6 anos:
- 3,8% das c/SME por 2m Sobrepeso
- 0,8% das c/ SME por mais de 12m Sobrepeso
Tais achados provavelmente se explicam:
- < resposta insulínica e ingesta calórica e proteica c/ SM x Mamadeira
- Sobrepeso frequente nas crianças amamentadas por mamadeira
10. O Papel da Nutrição na Vida Fetal
e na Infância
“The thrifty phenotype hypothesis”Ação
insulínica alterada in-úterocrescimento fetal
diminuído+ intolerância à glicose mais tarde em
associação c/ a obesidade
Fatores genéticos q afetam o PN e metabolismo
da Glicose:
-polimorfismo c/ mutações na cadeia da
insulinaComprimento, peso e PC ao
nascimento
-heterozigose para mutação no gene da
glicokinasePN
-Expressão do Glut 4 da glicose está alterada em
pacientes q tiveram subnutrição intra-útero
11. O Papel do Diabetes Materno
Inicialmente avaliado por estudos c índios
Prima, nos quais a prevalência de DN na prole de
mães c/ DM ou DMG era bem maior do que a da
prole de mães não diabéticas
Outro estudo 88 grávidas c/ dm prévio ou
gestacional Concentração de Insulina no líq
amniótico + TOTG após 18 meses de idade:
- 27 pacientes c/ concentração de ins no LA
normal apenas 1 desevolveu DM
- 1/3 dos outros c/ alteração na conc de insulina
DM
Risco cumulativo de DM de geração p/ geração
12. O Papel da Puberdade
RI na Puberdade é fisológica quando houver
função preservada das céls beta
Relatos de DM2 na puberdade são c/ idade
média de 13,5 anos, que é a época de maior
crescimento
Causa da RI fisiológica da puberdade
Aumento transitório na atividade do eixo GH-
IGFs
13. O Papel da Obesidade
Obesidade associada à RI
Obesidade visceral é mais importante no desenv de
RI do que a obesidade totalMais metabólicamente
ativa produz adipocinas q causam RI
Crianças obesas Hiperinsulinismo metabolismo
da glicose insulina-induzido 40% mais baixo do que
não obesos
A quantidade de gordura visceral em adolescentes
obesos é diretamente proporcional aos níveis de
insulina e inversamente proporcional à sensibilidade
insulínica
O metabolismo da glicose insulina-
induzidoinversamente proporcional ao IMC e níveis
de insulina
14. O Papel da Raça, Gênero e
História Familiar
Maior em afro-americanos do que em europa-
americanos lipólise mens nos afro-
americanos
Meninas mais Resistentes que meninos +
gordura subcutânea; genes ligados ao sexo
Crianças c/ história familiar de DM2 Podem
ter metabolismo da glicose alterado desde
pré-púberes Fator de Risco
15. Considerações Genéticas
Evidência se causa genética após estudos em
famílias, diferenças étnicas
DM2 em crianças e adolescentes
Poligênica c/ raras exceções
Estratégia p/ identificar genes suscetíveis p/
DM2 Estudar gene candidato ou escanear
todo o genoma humano
Mais de 20 loci estão associados a DM2 em
adultos NIDDM1 Mais importante