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1
O FACIN na prática com o Projeto GEO
Ademilson Monteiro
Antonio Plais
Guttenberg Ferreira Passos
Leonardo Grandinetti Chaves
Sandro Laudares
A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP)
realizou uma oficina sobre o Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio
à Governança (FACIN), já utilizado entre diversos órgãos da administração pública federal.
A Oficina FACIN-ABEP ocorreu em quatro encontros, nos dias 13 e 30 de junho e 17 e 25 de julho,
no auditório da sede do SERPRO, em Brasília, com transmissão por videoconferência para as
regionais da empresa e participação remota das entidades estaduais de TIC.
Figura 1 – Oficina ABEP FACIN
O objetivo da oficina foi proporcionar, às empresas e órgãos estaduais de TIC, a oportunidade de
conhecer mais sobre o framework e implementá-lo em suas respectivas administrações. Desta forma,
elas poderão desenvolver aplicações com alto grau de interoperabilidade e reuso, custos mais baixos
e maior usabilidade por parte dos governos estaduais e dos cidadãos.
A oficina foi realizada com base em uma dinâmica de Análise de Cenário, compreendendo as
atividades de identificação do problema, modelagem, análise e construção dos cenários atual e
proposto (solução do problema).
O uso de cenários reais tem dois benefícios importante e diretos: o entendimento, aprendizado e uso
de métodos e modelos a partir de sua aplicação prática em um problema conhecido por todos, bem
como a construção de uma proposta real de solução para seu tratamento.
Nesta série de artigos abordaremos a aplicação dessa dinâmica no cenário levantado pela
PRODEMGE para implantar uma solução corporativa de geoprocessamento no Estado de Minas
Gerais, utilizando o FACIN.
O FACIN tem por objetivo construir uma visão consistente dos modelos de representação das
capacidades de cada organização governamental. Por meio do estabelecimento da Arquitetura
Corporativa e de padrões de interoperabilidade, o FACIN apoiará a Estratégia de Governança Digital
Brasileira, ampliando a colaboração entre as organizações do Governo Federal e melhorando a
eficiência dos serviços de governo eletrônico para a sociedade (cidadãos, governos, organizações e
empresas). Como padrão, incorporado à Arquitetura ePING de Interoperabilidade, o FACIN atuará
como uma referência para os diversos órgãos da Administração Pública.
2
Um framework de arquitetura corporativa, segundo o TOGAF
1
(The Open Group Architecture
Framework), é uma estrutura fundamental ou um conjunto de estruturas, que podem ser utilizadas
para o desenvolvimento de uma ampla gama de diferentes arquiteturas. O framework de arquitetura
deve descrever um método para a criação de um estado de destino da organização, em termos de
um conjunto de elementos de arquitetura (blocos de construção), e para mostrar como estes se
encaixam. Também, deve conter um conjunto de ferramentas e fornecer um vocabulário comum,
assim como, deve incluir uma lista de normas recomendadas e produtos compatíveis que podem ser
usados para implementar os elementos principais ou complementares de uma arquitetura.
A partir desta definição, um dos componentes principais é o metamodelo de elementos de arquitetura,
que define “o que” uma iniciativa que utiliza Arquitetura Corporativa deve considerar para o desenho,
desenvolvimento e implementação de uma solução de negócio baseada em TI, como uma lista de
verificação de itens e conteúdo. Entretanto, outros componentes são necessários a fim de suportar o
uso eficiente do Framework de Arquitetura Corporativa (AC) nesta lista:
● Como – Quais etapas e técnicas são necessárias para conduzir uma iniciativa de AC?
● Onde – Em que local são armazenadas e gerenciadas as informações produzidas ao
longo de todos os esforços de AC?
● Quem – Quais são os papéis e responsabilidades necessários para assegurar a
operacionalização bem-sucedida das etapas de uma AC?
● Quando – Em quais momentos, o uso de conhecimentos e padrões específicos de
domínios são utilizados e de que forma?
● Porque – Quais são os princípios, direcionadores, metas e mecanismos de tomada de
decisão a fim de conduzir as iniciativas de AC de forma que realize benefício para as partes
interessadas?
No desenvolvimento do FACIN, foram utilizadas, enquanto fonte de pesquisa e trabalhos iniciais, os
padrões de mercado em AC, que seguem descritos nos tópicos a seguir.
1. Zachman Framework
Mesmo na condição de um padrão proprietário, desenvolvido, mantido e disponibilizado por Zachman
International, Inc
2
, o Zachman Framework
3
é um dos mais antigos e mundialmente utilizados por
empresas e governos ao redor do mundo desde meados dos anos 80, quando John Zachman o criou
enquanto ainda atuava junto à IBM.
O Zachman Framework é um esquema que compreende a intersecção entre duas classificações
históricas que têm sido utilizadas por literalmente milhares de anos. A primeira corresponde a um
conjunto de fundamentos da comunicação encontrado nos questionamentos primitivos: Que, Como,
Quando, Quem, Onde e Porque. É a integração de respostas a estas perguntas que permitem a
descrição abrangente, composto de ideias complexas. A segunda é derivada de reificação, ou seja,
transformar algo abstrato em algo concreto, inicialmente postulada por antigos filósofos gregos e é
rotulado no Zachman Framework: Identificação, Definição, Representação, Especificação,
Configuração e Instanciação (figura 2).
1
http://pubs.opengroup.org/architecture/togaf9-doc/arch/chap01.html
2
http://www.zachman.com/
3
Zachman Framework® e Zachman International® são marcas registradas de Zachman International, Inc
3
Figura 2 – Zachman Framework
2. TOGAF® – The Open Group Architecture Framework
Entre os padrões colaborativos, desenvolvidos através de fórum de praticantes, fornecedores,
acadêmicos e especialistas na área de Arquitetura Corporativa, o TOGAF é o mais amplamente
conhecido e praticado mundialmente. O TOGAF é mantido e desenvolvido pelo The Open Group, que
suporta o desenvolvimento de outros padrões baseados em tecnologia, os quais potencializem a
interoperabilidade entre informações e serviços.
O TOGAF é uma estrutura e uma metodologia comprovada de Arquitetura Corporativa utilizada pelas
principais organizações ao redor do mundo para melhorar a eficiência dos negócios. Publicado pela
primeira vez em 1995, TOGAF foi baseado no Framework de Arquitetura Técnica para
Gerenciamento de Informação do Departamento de Defesa dos EUA, TAFIM (Technical Architecture
Framework for Information Management). A partir desta base desenvolvida, o The Open Group
desenvolve versões sucessivas do TOGAF em intervalos regulares e as publica em seu site de forma
pública (http://www.opengroup.org).
O TOGAF na edição atual (versão 9.1) é um framework de arquitetura corporativa que fornece uma
abordagem para o desenho, planejamento, implementação e governança de uma Arquitetura
Corporativa. Ele utiliza uma abordagem de alto nível para a desenho baseada em quatro domínios:
Negócios, Aplicações, Dados e Tecnologia. Seus componentes (figura 3) estão descritos a seguir:
4
Figura 3: Framework TOGAF
● O Método de Desenvolvimento da Arquitetura (ADM) é o núcleo do TOGAF e
descreve um método para desenvolver e gerenciar o ciclo de vida da arquitetura corporativa.
● O Framework de Conteúdo de Arquitetura descreve um metamodelo estruturado
para criação de artefatos de arquitetura e de Blocos de Construção de Arquitetura (BCA)
reutilizáveis, permitindo uma visão geral das entregas típicas de uma arquitetura.
● Os Modelos de Referência fornecem padrões e modelos de arquitetura como
referência aos trabalhos de desenvolvimento de artefatos. São sugeridas, minimamente, duas
referências, o Modelo de Referência Técnica do TOGAF (TRM) e o Modelo de Referência de
Infraestrutura de Informação Integrada (III-MR).
● As Orientações e Técnicas descrevem um conjunto de guias e práticas disponíveis
para uso na aplicação do ADM, em cada fase.
● O Continuum da Corporação descreve taxonomias apropriadas e ferramentas para
categorizar e armazenar os resultados das atividades de arquitetura em uma organização.
● O Framework de Capacidade de Arquitetura descreve a organização, processos,
habilidades, papéis e responsabilidades exigidas para estabelecer e operar a prática de
arquitetura corporativa dentro de uma organização.
3. ArchiMate®
De forma complementar, o The Open Group desenvolveu um padrão de linguagem de modelagem
livre e independente para Arquitetura Corporativa, denominada ArchiMate®. O padrão ArchiMate
(figura 4) fornece instrumentos para permitir que arquitetos corporativos possam descrever, analisar e
visualizar as relações entre os domínios de uma arquitetura de uma forma compreensiva e
inequívoca.
5
Figura 4: Padrão de Linguagem ArchiMate
O uso destes dois padrões de Arquitetura (TOGAF e ArchiMate) é amplamente utilizado, de forma
conjunta (figura 5), por organizações ao redor do mundo, ao longo do desenvolvimento e
implementação de seus próprios Frameworks, principalmente governos.
Figura 5: O uso do TOGAF e ArchiMate
6
4. Framework de Conteúdo do FACIN
O FACIN pretende ser o padrão de referência para apoio à governança, propiciando a oferta de
serviços eletrônicos interoperáveis e viabilizando a simplificação, a agilidade e a efetividade entre os
governos e destes com os cidadãos, organizações e empresas.
O Framework de Modelo de Conteúdo do FACIN é formado por visões que abrangem todo o
ambiente corporativo, como apresentado na figura 6.
Figura 6: Framework de Modelo de Conteúdo do FACIN
5. Projeto Geo
A Oficina ABEP-FACIN foi realizada com base em uma dinâmica de Análise de Cenário,
compreendendo as atividades de identificação do problema, modelagem, análise e construção dos
cenários atual e proposto (solução do problema).
Na PRODEMGE a dinâmica foi aplicada em uma solução corporativa de geoprocessamento no
Estado de Minas Gerais, aqui identificada apenas como Projeto GEO.
7
A figura 7 aborda o detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 7: Detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO
6. Descrição do problema
Os diversos órgãos do Estado de Minas Gerais trabalham com informações geoprocessadas,
entretanto, cada um utiliza ferramentas e informações diferentes e muitas vezes de difícil
compatibilização e integração. A PRODEMGE vem buscando aprimorar o uso de dados e padronizar
os serviços geoprocessados a partir da implantação de uma infraestrutura centralizada de dados
geoespaciais, disponível em http://geo.mg.gov.br.
No entanto, observa-se uma dificuldade na obtenção dos dados, bem como em compartilhar e
disponibilizar as informações de forma padronizada e que atenda às necessidades de cada órgão do
Estado.
O projeto contempla o desenvolvimento e implantação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais
(IDE) Corporativa, voltada para os sistemas do Estado de Minas Gerais de forma a permitir que os
dados geoespaciais estejam disponíveis, que sejam de fácil descoberta por novos usuários e que
possam ser integrados a outras IDEs beneficiando o cidadão.
A figura 8 ilustra o fragmento de um ponto de vista da “Motivação” do Projeto GEO, utilizando-se dos
padrões TOGAF e ArchiMate, que compartilham uma fundação comum na utilização dos conceitos de
visões e partes interessadas, juntamente com o conceito de um repositório comum de artefatos e
modelos de arquitetura.
8
Figura 8: Motivação da visão Estratégia
O modelo ArchiMate simplificado mostra duas partes interessadas (o Cidadão e o Governo de Minas
Gerais) e as suas preocupações, modeladas como motivadores.
Os serviços de geoprocessamento prestados de forma individualizada e as plataformas diferentes em
cada órgão são avaliações das partes interessadas em relação a estas preocupações, e levam ao
estabelecimento dos objetivos de Melhorar e ampliar a oferta de serviços de GEO, que inclui um
objetivo mais refinado de Manter uma plataforma única de GEO.
A solução proposta tem como meta manter uma plataforma única de processamento, ilustrada pela
figura 9, através de elementos de estratégia baseados em uma gestão por capacidades.
Capacidades focam nos resultados de negócio. Elas fornecem uma visão de alto nível das
habilidades atuais e desejadas de uma organização, em relação à sua estratégia e ao seu ambiente.
Elas são realizadas através de vários elementos (pessoas, processos, sistemas e assim por diante)
que podem ser descritos, projetados e implementados usando abordagens de Arquitetura
Corporativa.
Figura 9: Capacidade da visão Estratégia
9
Recursos são um conceito central no campo da gestão estratégica, economia, ciências da
computação, gerenciamento de portfólio e muito mais.
Recursos podem ser classificados em:
 ativos tangíveis (ativos financeiros; por exemplo, numerário, valores mobiliários, capacidade
de contrair empréstimos e ativos físicos; por exemplo, instalações, equipamentos, terrenos,
reservas minerais),
 ativos intangíveis (tecnologia; por exemplo, patentes, direitos autorais, segredos comerciais;
reputação, por exemplo, marca, relacionamentos; cultura) e
 ativos humanos (habilidades/conhecimentos, capacidade de comunicação e colaboração,
motivação).
Em se tratando de ativos humanos é preciso ter uma equipe dimensionada adequadamente para
atender à essa demanda com profissionais produtivos e qualificados, levando-se em consideração a
restrição de não contratação de equipe.
A figura 8 aborda o detalhamento da visão Negócios do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 8: Detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO
Uma capacidade de negócio define o que a organização faz, sem tentar explicar como, por que ou
onde é feito. Representa as habilidades funcionais e técnicas que uma empresa tem ao seu dispor
para executar seu modelo de negócio.
A figura 9 ilustra o fragmento de um ponto de vista de “Negócios” do Projeto GEO, no qual são
definidos os seguintes requisitos que devem ser atendidos para se manter uma plataforma única de
GEO:
 Criar um ambiente integrado de dados geoespaciais;
 Criar uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais
 Padronizar os serviços geoprocessados
10
Figura 9: Produto da visão Negócios
O mapa acima destaca as estruturas que descrevem o produto a ser elaborado para fornecer o
serviço de desenvolvimento e implantação de uma IDE (Infraestrutura de Dados Espaciais),
agregando:
1) Geoserviços: qualquer atividade de suporte ao desenvolvimento e à manutenção de uma
IDE, tais como, geocodificação, criação de camadas e desenvolvimento de novas
funcionalidades ou novos serviços de geoprocessamento.
2) Geovisualizador: acesso visual aos mapas e às camadas de dados geográficos, sejam
elas públicas ou privativas, de acordo com o perfil do usuário.
3) Integração: serviços que podem ser acessados, sem intervenção humana, por outras
aplicações que fazem uso dos dados geográficos disponíveis da IDE.
A estrutura organizacional proposta na figura 10 foi projetada para a identificação, análise, ordenação
e agrupamento das atividades e dos recursos visando ao alcance do objetivo estabelecido.
Figura 10: Estrutura organizacional
11
A visão Gestão do Conhecimento da figura 11 explora a capacidade de Gestão de Pessoas, atribuída
ao recurso Metodologia de Avaliação de Capacidade de Pessoal, realizado pela Etapa Experiência
dos Empregados, parte integrante do Modelo de Responsabilidade Organizacional.
O Relatório de necessidade de capacitação aponta o conhecimento exigido para que o funcionário
possa lidar com a complexidade da demanda.
Para isso é preciso, dentre outros fatores, que a empresa forneça a estrutura de capacitação que
subsidie a experiência adequada para que as pessoas executem corretamente suas atividades.
Figura 11: Visão Gestão do Conhecimento
A figura 12 aborda o detalhamento da visão Aplicações do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 12: Detalhamento da visão Aplicações do Projeto GEO
12
A Figura 13 representa um modelo correspondente à relação de interoperabilidade entre as visões de
Negócio e Aplicação do FACIN e apresenta um ponto de vista parcial e simplificado da situação
proposta para o desdobramento da camada de aplicativo do produto IDE (Infraestrutura de Dados
Espaciais) Corporativa.
Este modelo contém os processos de negócio (Business Process), os serviços de aplicativo
(Application Service) que dão suporte a execução dos processos, as funções de aplicativo
(Application function) que definem o seu comportamento, os sistemas (Application component) que
realizam os serviços e funções ou são acionados por eles.
A linguagem ArchiMate é construída a partir de três tipos de elementos, de acordo com Gerben
Wierda em seu livro Mastering ArchiMate – Edition III:
• Elementos que atuam (elementos ativos - estrutura - sujeito)
• Elementos que representam o comportamento dos elementos que atuam (elementos
comportamentais - comportamento - verbo)
• Elementos que não podem agir e que são postos em prática por esse comportamento
(elementos passivos - informação - objeto)
Os três tipos de elementos, conectados por relações, podem formar frases. Um batedor de carteiras
(o aplicativo) rouba (a função do aplicativo) uma carteira (os dados). Isto é o que torna o padrão
ArchiMate uma gramática / linguagem. Seu modelo é uma espécie de história. Ele conta ao leitor a
estrutura básica da história: quem age sobre o que. A estrutura da gramática do ArchiMate é
parcialmente baseada no padrão de sujeito-verbo-objeto do idioma natural.
Figura 13: IDE GEO - visão Aplicação
A função de ”Geração e atualização e dados geoespaciais” é a principal entidade que define o serviço
de “Desenvolvimento e manutenção do ambiente de dados geoespacais”, que por sua vez suporta os
processos de negócio de Geocodificação, Criação e camadas e de Funcionalidades de
Geoprocessamento, genericamente chamados de “Processos de Geoserviços”.
Em relação ao serviço de negócio “Geovisualizador”, esse se realiza pelo processo de “Acesso visual
aos mapas e às camadas de dados geográficos”, suportado pelo serviço de aplicação chamado
“Portal de Geoprocessamento”, cuja principal função é o “Visualizador de camadas”. Observa-se que
o GEO.MG é a interface do Portal de Geoprocessamento que generaliza as interfaces para cada
grupo de camadas a que o usuário tem acesso, sendo destacados aqui três desses grupos.
O serviço de “Integração”, por sua vez, se realiza pelo processo de integração das aplicações que
fazem uso de dados geográficos. O serviço de aplicação “Integração de Plataformas” permite que
13
outros sistemas se integrem e usem os dados e funcionalidades da IDE, independentemente da
tecnologia que esses sistemas utilizam.
A figura 14 destaca os processos relacionados a algumas etapas do Modelo de Responsabilidade
Organizacional que busca a melhoria da gestão e governança nas organizações públicas.
O modelo associa ao projeto IDE Corporativa os papéis, atividades, disciplinas e domínios de
conhecimento, identificados no plano de capacidade (TDABC Model), relacionados aos serviços
internos e executados pelas áreas, de acordo com o Caderno de Serviços, prestados aos clientes em
sua cadeia de valor.
Figura 14: Plataforma EAD - MRO - visão Aplicação
Em linhas gerais, a plataforma pode ser assim resumida: a Companhia define os produtos e serviços
que irá prestar, quais as áreas responsáveis por sua execução e como elas estão integradas (Modelo
de Inteligência Artificial - IA e o Modelo de Decisão - DMN). Dentro de cada uma destas áreas, define
o quantitativo de pessoal e as atividades necessárias para fazer com que estes serviços possam ser
executados.
Para cada uma das atividades relacionadas são apontados os níveis de conhecimento que as
pessoas devem possuir para a execução daquelas atividades. A partir dessa análise são definidas as
necessidades de treinamento (Plataforma EAD) e realizadas as capacitações, de forma que as
pessoas executem suas atividades de forma mais assertiva e, assim, a Companhia possa atingir seus
objetivos.
Acompanhe aqui as etapas implementadas do Modelo de Responsabilidade Organizacional.
A figura 15 aborda o detalhamento da visão Dados do Projeto GEO utilizando o FACIN.
14
Figura 15: Detalhamento da visão Dados do Projeto GEO
Entende-se por Política de Gestão da Informação o conjunto de diretrizes e normas com o objetivo de
viabilizar produção, tratamento e disponibilização adequados de informações geográficas,
econômicas e sociais do Estado de Minas Gerais, bem como de indicadores socioeconômicos
atualizados produzidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública direta, autárquica e
fundacional do Poder Executivo Estadual, conforme o disposto no Decreto nº 47.269, de 04 de
outubro de 2017.
Pelo Decreto, a Prodemge, respeitando as normas de ordenamento, gestão e integração das
plataformas de dados do Estado, poderá:
 Acessar todas as bases de dados, alfanuméricas, cartográficas e geoespaciais, no âmbito
da Administração Pública, para prover informações estratégicas ao Governo, consideradas
as situações de confidencialidade ou de características legalmente restritas;
 Prover mecanismos e soluções tecnológicas que viabilizem a produção, tratamento e
disponibilização adequados de informações geográficas, econômicas e sociais do Estado,
bem como de indicadores socioeconômicos atualizados produzidos pelos órgãos e
entidades da Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo.
A figura 16 ilustra a relação entre as bases de dados e camadas de dados geoespaciais com as
funções e os serviços de aplicativo, anteriormente definidos.
Figura 16: IDE Corporativa - visão Dados
15
A Governança de Dados é responsabilidade tanto do setor de Tecnologia da Informação de uma
empresa quanto de seus clientes internos e externos e envolve desde a alta direção, que utiliza dados
na geração de informações estratégicas, até profissionais de nível operacional, que muitas vezes são
responsáveis pela coleta e produção dos dados.
No post Alinhamento das ações aos pilares da Governança Corporativa é apresentado o DAMA,
figura 17, como proposta para essa Governança de Dados, em consonância com o segmento Áreas
de Integração para o Governo Eletrônico da ePING, que estabelece a padronização de
especificações técnicas para sustentar o intercâmbio de informações em áreas transversais da
atuação governamental, de forma a buscar a interoperabilidade de serviços de Governo Eletrônico
Brasileiro.
Figura 16: Governança de Dados - DAMA
O Data Management Body of Knowledge (DAMA DMBOK) trata da Gestão de Dados, visa controlar e
alavancar eficazmente o uso dos ativos de dados. Sua missão e objetivos são atender e exceder às
necessidades de informação de todos os envolvidos (stakeholders) da empresa em termos de
disponibilidade, segurança e qualidade.
O DAMA estrutura o processo de Gestão de Dados por meio de funções e atividades e está
distribuído por dez áreas de conhecimento.
A figura 17 ilustra a visão de dados da Plataforma EAD, parte do Modelo de Responsabilidade
Organizacional, tema abordado nessa apresentação, cuja Gestão de Recursos Humanos emergiu
como um capital fundamental e crítico nas organizações, principalmente quanto ao planejamento de
capacidade de recursos humanos, políticas de design, inteligência artificial e inovação.
Figura 17: Plataforma EAD - MRO - visão Dados
16
O processo começa com o levantamento dos dados de necessidade de pessoal, em seguida os
dados da análise de dispersão dos esforços e finalmente os dados de necessidade de capacitação.
Alguns estudos apontam que o processo permanente de treinamento profissional contribuiu
marcadamente para o empoderamento de equipes, levando a uma melhoria significativa nos
resultados.
A figura 18 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 18: Detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO
Podemos observar que a função de ”Geração e atualização e dados geoespaciais” é a principal
entidade que define o serviço de “Desenvolvimento e manutenção do ambiente de dados
geoespacais”.
A infraestrutura que suporta esse serviço de aplicativo é composta por ambientes de desenvolvimento
e produção, os quais permitem a criação de diferentes mapas temáticos, formados por camadas
sobrepostas de dados geoprocessados.
Permitem, também, a formulação de pesquisas e consultas sobre a localização, fotos e outras
informações dos órgãos do Estado, referenciadas geograficamente.
O “Portal de Geoprocessamento” é um ambiente suportado pelo ArcGIS GEO e composto por
servidores de aplicação, serviços e bando de dados, cuja principal função é o “Visualizador de
camadas”.
Observa-se que o GEO.MG é a interface do Portal de Geoprocessamento que generaliza as
interfaces para cada grupo de camadas a que o usuário tem acesso.
O usuário final é a população em geral que terá acesso à aplicação via internet. O sistema é baseado
na Arquitetura Internet (WEB), onde a aplicação do cliente ficará no Servidor WEB GEO P01, que terá
acesso direto ao servidor de banco de dados PostgreeSQL GEO P01.
A figura 19 ilustra a relação entre as camadas de aplicação e infraestrutura da IDE de
Geoprocessamento.
17
Figura 19: IDE de Geoprocessamento - visão Infraestrutura
O Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC do Estado de Minas Gerais
diz:
“Enquanto a governança de TIC é o sistema pelo qual a atual e a futura utilização da TIC é
dirigida e controlada, envolvendo avaliar e direcionar a utilização de TIC para apoiar o órgão e
o acompanhamento deste uso para realizar planos, incluindo a estratégia e as políticas de
utilização de TIC dentro de um órgão, a gestão de TIC é responsável pelo planejamento,
desenvolvimento, execução e monitoramento das atividades de TIC em consonância com a
direção.”
Para tanto o modelo de Governança de TIC atualmente em prática no Estado foi avaliado
considerando modelos de referência do Control Objectives for Information and Related Technologies
(COBIT 5) e a norma ISO/IEC 38500:2009. O modelo segue as recomendações e boas práticas de
mercado.
Diante disto a figura 20 ilustra a aplicação dessas boas práticas através dos processos de
governança e gestão priorizados pela Prodemge.
Figura 20: Governança de TI - COBIT 5
18
A aplicação na Prodemge das boas práticas de governança e gestão, em relação às atividades
recomendadas pelo COBIT 5, estão perfeitamente alinhadas às atividades desempenhadas pelas
pessoas nas diversas áreas da empresa e mapeadas no Plano de Capacidade TDABC Model.
As atividades mapeadas são disponibilizadas para toda a empresa, em consonância com a nossa
política de Gestão do Conhecimento, através da plataforma de EAD - Modelo de Responsabilidade
Organizacional, conforme ilustrado na figura 21.
Figura 21: Plataforma EAD - MRO - visão Infraestrutura
O ambiente de Produção EAD é suportado por servidores de aplicação e banco de dados MYSQL,
cuja principal função é o compartilhamento e o armazenamento da documentação das funções de
Plano de Capacidade, Otimização da Produtividade e Experiência dos Empregados.
O próximo passo é preparar a infraestrutura para suportar o ambiente do Repositório de arquivos na
plataforma DSPACE.
A figura 22 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 22: Detalhamento da visão Segurança do Projeto GEO
19
A Política de Segurança - Risco está plenamente alinhada ao The Open Group Standard for Risk
Taxonomy (O-RT), versão 2.0. É uma versão atualizada do Padrão de Taxonomia de Risco (Doc. No.
C081) que foi publicado em janeiro de 2009, figura 23.
O documento fornece a seguinte definição padrão de taxonomia para o risco de segurança da
informação:
Este Padrão de Taxonomia de Risco deve ser usado como uma referência fundamental do espaço do
problema que a profissão é encarregada de ajudar a gerenciar; isto é, risco. Com base nesta base,
métodos para análise, cálculo, comunicação e gerenciamento de risco podem ser desenvolvidos.
Os analistas de risco podem escolher fazer suas medidas e/ou estimativas em qualquer nível de
abstração dentro da taxonomia. Por exemplo, ao invés de medir a Frequência de Contato (CF), o
analista poderia subir uma camada de abstração e, em vez disso, medir a Frequência do Evento de
Ameaça (TEF). Essa escolha pode ser conduzida pela natureza ou volume de dados disponíveis, ou
o tempo disponível para realizar a análise (ou seja, as análises em camadas mais profundas de
abstração demoram).
Embora os termos "risco" e "gerenciamento de riscos" signifiquem coisas diferentes para pessoas
diferentes, este Padrão pretende ser aplicado ao problema de gerenciar a frequência e a magnitude
da perda que decorrem de uma ameaça (seja humano, animal ou evento natural). Em outras
palavras, gerenciar "a frequência com que as coisas ruins acontecem e o quão ruim elas são quando
ocorrem".
Figura 23: Política de Segurança ORT- visão Segurança
No contexto geral da gestão de riscos, é importante reconhecer que o objetivo do negócio em realizar
avaliações de risco é identificar e estimar níveis de exposição à probabilidade de perda, de modo que
os gerentes de negócios possam tomar decisões sobre como gerenciar esses riscos de perda -
aceitando cada risco ou mitigando-o - investindo em medidas de proteção interna apropriadas
julgadas suficientes para reduzir a perda potencial a um nível aceitável ou investindo em indenização
externa. Crítico para permitir uma boa tomada de decisões empresariais é, portanto, usar métodos de
avaliação de risco que ofereçam resultados objetivos, significativos e consistentes.
Um desses métodos pode ser obtido através da norma ISO/IEC 38500:2009, ilustrado na figura 24,
que é reconhecido pelo mercado e considerado como uma das melhores práticas da Gestão de
Riscos.
20
Figura 24: Gestão de Risco
O Processo de Gestão de Riscos é composto pelos seguintes Subprocessos:
 Estabelecimento do contexto - Captura os objetivos da organização, o ambiente em que ela
persegue esses objetivos, suas partes interessadas e a diversidade de critérios de risco.
 Identificação de riscos - Gera uma lista abrangente de riscos baseada nos eventos que
possam criar, aumentar, evitar, reduzir, acelerar ou atrasar a realização dos objetivos;
 Análise de riscos e Oportunidades - Envolve a apreciação das causas e das fontes de risco,
suas consequências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências
possam ocorrer.
 Avaliação de risco - A finalidade da avaliação de riscos é auxiliar na tomada de decisões com
base nos resultados da análise de riscos, sobre quais riscos necessitam de tratamento e a
prioridade para a implementação do tratamento.
 Tratamento de Risco - Envolve a seleção de uma ou mais opções para mitigar os riscos e a
implementação dessas opções. Uma vez implementado, o tratamento fornece novos
controles ou modifica os existentes.
A análise de riscos envolve desenvolver a compreensão dos riscos, como no Mapeamento dos
Riscos do Ambiente do Produto IDE (Infraestrutura de Dados Espaciais) Corporativa da figura 25.
21
Figura 25: Mapeamento do Risco do Ambiente do Produto IDE GEO
O mapeamento fornece uma entrada para a avaliação de riscos e para as decisões sobre a
necessidade dos riscos serem tratados, e sobre as estratégias e métodos mais adequados de
tratamento de riscos.
A análise de riscos envolve a apreciação das causas e as fontes de risco, suas consequências
positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências possam ocorrer. Um evento
pode ter várias consequências e pode afetar vários objetivos.
É preciso que os controles existentes e sua eficácia e eficiência também sejam levados em
consideração. A forma em que as consequências e a probabilidade são expressas e o modo com que
elas são combinadas para determinar um nível de risco reflitam o tipo de risco, as informações
disponíveis e a finalidade para a qual a saída do processo de avaliação de riscos será utilizada.
Convém que isso tudo seja compatível com os critérios de risco. É também importante considerar a
interdependência dos
A figura 26 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN.
Figura 26: Detalhamento das visões Programas e Projetos e Sociedade do Projeto GEO
22
A figura 27 apresenta uma visão de projeto simplificada da Implantação da Solução Corporativa de
Geoprocessamento: o estado atual e o objetivo pretendido, com as fases realizadas e seus
respectivos entregáveis.
Figura 27: Visão de projeto e os entregáveis da Solução GEO
1- Preparação da infraestrutura
Criação e implantação do projeto tecnológico para definição da infraestrutura necessária para
suportar a solução de geoprocessamento com os ambientes de desenvolvimento de dados
geoespaciais, ArcGIS e produção.
2- Visualizador de camadas e serviços de GEO
Criação do portal de geoprocessamento cuja principal função é a disponibilização dos serviços
através da interface GEO.MG para cada grupo de camadas a que o usuário tem acesso. À medida
que os novos serviços forem criados serão adicionados ao portal.
3- Integração de plataformas
O serviço de Integração das aplicações que fazem uso de dados geográficos permite que outros
sistemas se integrem e usem os dados e funcionalidades da IDE, independentemente da tecnologia
que esses sistemas utilizam.
A figura 28 apresenta uma visão de projeto simplificada da Implantação da Plataforma EAD - Modelo
de Responsabilidade Organizacional (MRO): o estado atual e o objetivo pretendido, com as fases
realizadas e seus respectivos entregáveis.
23
Figura 28: Visão de projeto e os entregáveis da Plataforma EAD - MRO
1- Preparação da infraestrutura
Criação e implantação do projeto tecnológico para definição da melhor configuração para os
hardwares necessários para suportar a solução (servidor de aplicação e Banco de dados) para os
ambientes de produção, homologação e desenvolvimento com foco em desenvolvimento de produtos
e evolução da Plataforma EAD.
2- Levantamento das informações
Definição dos processos de "Análise de dispersão dos esforços, Necessidade de capacitação e
Necessidade de pessoal", criação de artefatos e definição dos componentes da plataforma utilizando
a metodologia baseada no padrão ADDIE.
3- Disponibilização das informações na plataforma
Definição do perfil de usuários e da proposta de organização e disponibilização das informações no
AVA. Estruturação e publicação das informações na plataforma.
4 - Criação repositório DSPACE
Disponibilização dos objetos do MRO em repositório independente.
A Visão Sociedade do FACIN busca viabilizar o desenvolvimento e oferta de serviços digitais, a partir
da perspectiva dos demandantes, neste caso a sociedade e seus atores, através de práticas
centradas nos requisitos e necessidades constatadas, definidas e gerenciadas.
À medida que os serviços públicos são projetados em torno das necessidades do cidadão, como na
figura 29, ao invés de serem projetados somente para atender a conveniência do governo,
entendemos que as novas capacidades que viabilizam esta forma de atuação são compreendidas e
aplicadas.
24
Figura 29: Valor percebido pelo cidadão
Segundo a definição da Estratégia de Governança Digital (EGD) os serviços públicos digitais são:
“Conjunto de ações do Estado que envolvem interação em meios digitais com a sociedade
para atendimento direto às suas necessidades, visando o alcance de direitos ou
possibilitando o cumprimento de um dever. Estão associados ao resultado percebido pela
população, o que ela recebe como entrega útil, e abrangem o relacionamento com o usuário
(atual ou futuro), que lhe gera valor ou lhe resolve um problema, atendendo seus interesses,
inclusive o de estar quite com suas obrigações perante o Estado."
No projeto GEO o cidadão percebe o valor entregue pelo Governo do Estado de Minas Gerais em
"Ampliar e simplificar o acesso aos serviços públicos de Geoprocessamento através de um canal
único".
Figura 30: Mapeamento dos Stakeholders
25
No projeto GEO o cidadão percebe o valor entregue pelo Governo do Estado de Minas Gerais em
"Ampliar e simplificar o acesso aos serviços públicos de Geoprocessamento através de um canal
único".
O mapeamento da figura 5 oferece uma visão dos diversos órgãos do Estado de Minas Gerais que
trabalham com informações geoprocessadas e cuja padronização e integração vem sendo realizada
pela Prodemge.
A partir da implantação de uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais, disponível em
http://geo.mg.gov.br, os serviços são entregues ao cidadão gerando o valor esperado.
O modelo proposto utiliza-se de dois componentes: elementos e relacionamentos, descritos na tabela
1. As cores dos elementos representam as camadas do ArchiMate e sua respectiva correspondência
com o TOGAF, como vimos no artigo anterior.
26
Tabela 1: Elementos e Relacionamentos de Capacidade da visão Estratégia
27
Fonte: ArchiMate 3.0 – Um Guia de Bolso
No próximo artigo abordaremos o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o
FACIN, não percam!

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O facin na prática com o projeto geo

  • 1. 1 O FACIN na prática com o Projeto GEO Ademilson Monteiro Antonio Plais Guttenberg Ferreira Passos Leonardo Grandinetti Chaves Sandro Laudares A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) realizou uma oficina sobre o Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio à Governança (FACIN), já utilizado entre diversos órgãos da administração pública federal. A Oficina FACIN-ABEP ocorreu em quatro encontros, nos dias 13 e 30 de junho e 17 e 25 de julho, no auditório da sede do SERPRO, em Brasília, com transmissão por videoconferência para as regionais da empresa e participação remota das entidades estaduais de TIC. Figura 1 – Oficina ABEP FACIN O objetivo da oficina foi proporcionar, às empresas e órgãos estaduais de TIC, a oportunidade de conhecer mais sobre o framework e implementá-lo em suas respectivas administrações. Desta forma, elas poderão desenvolver aplicações com alto grau de interoperabilidade e reuso, custos mais baixos e maior usabilidade por parte dos governos estaduais e dos cidadãos. A oficina foi realizada com base em uma dinâmica de Análise de Cenário, compreendendo as atividades de identificação do problema, modelagem, análise e construção dos cenários atual e proposto (solução do problema). O uso de cenários reais tem dois benefícios importante e diretos: o entendimento, aprendizado e uso de métodos e modelos a partir de sua aplicação prática em um problema conhecido por todos, bem como a construção de uma proposta real de solução para seu tratamento. Nesta série de artigos abordaremos a aplicação dessa dinâmica no cenário levantado pela PRODEMGE para implantar uma solução corporativa de geoprocessamento no Estado de Minas Gerais, utilizando o FACIN. O FACIN tem por objetivo construir uma visão consistente dos modelos de representação das capacidades de cada organização governamental. Por meio do estabelecimento da Arquitetura Corporativa e de padrões de interoperabilidade, o FACIN apoiará a Estratégia de Governança Digital Brasileira, ampliando a colaboração entre as organizações do Governo Federal e melhorando a eficiência dos serviços de governo eletrônico para a sociedade (cidadãos, governos, organizações e empresas). Como padrão, incorporado à Arquitetura ePING de Interoperabilidade, o FACIN atuará como uma referência para os diversos órgãos da Administração Pública.
  • 2. 2 Um framework de arquitetura corporativa, segundo o TOGAF 1 (The Open Group Architecture Framework), é uma estrutura fundamental ou um conjunto de estruturas, que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de uma ampla gama de diferentes arquiteturas. O framework de arquitetura deve descrever um método para a criação de um estado de destino da organização, em termos de um conjunto de elementos de arquitetura (blocos de construção), e para mostrar como estes se encaixam. Também, deve conter um conjunto de ferramentas e fornecer um vocabulário comum, assim como, deve incluir uma lista de normas recomendadas e produtos compatíveis que podem ser usados para implementar os elementos principais ou complementares de uma arquitetura. A partir desta definição, um dos componentes principais é o metamodelo de elementos de arquitetura, que define “o que” uma iniciativa que utiliza Arquitetura Corporativa deve considerar para o desenho, desenvolvimento e implementação de uma solução de negócio baseada em TI, como uma lista de verificação de itens e conteúdo. Entretanto, outros componentes são necessários a fim de suportar o uso eficiente do Framework de Arquitetura Corporativa (AC) nesta lista: ● Como – Quais etapas e técnicas são necessárias para conduzir uma iniciativa de AC? ● Onde – Em que local são armazenadas e gerenciadas as informações produzidas ao longo de todos os esforços de AC? ● Quem – Quais são os papéis e responsabilidades necessários para assegurar a operacionalização bem-sucedida das etapas de uma AC? ● Quando – Em quais momentos, o uso de conhecimentos e padrões específicos de domínios são utilizados e de que forma? ● Porque – Quais são os princípios, direcionadores, metas e mecanismos de tomada de decisão a fim de conduzir as iniciativas de AC de forma que realize benefício para as partes interessadas? No desenvolvimento do FACIN, foram utilizadas, enquanto fonte de pesquisa e trabalhos iniciais, os padrões de mercado em AC, que seguem descritos nos tópicos a seguir. 1. Zachman Framework Mesmo na condição de um padrão proprietário, desenvolvido, mantido e disponibilizado por Zachman International, Inc 2 , o Zachman Framework 3 é um dos mais antigos e mundialmente utilizados por empresas e governos ao redor do mundo desde meados dos anos 80, quando John Zachman o criou enquanto ainda atuava junto à IBM. O Zachman Framework é um esquema que compreende a intersecção entre duas classificações históricas que têm sido utilizadas por literalmente milhares de anos. A primeira corresponde a um conjunto de fundamentos da comunicação encontrado nos questionamentos primitivos: Que, Como, Quando, Quem, Onde e Porque. É a integração de respostas a estas perguntas que permitem a descrição abrangente, composto de ideias complexas. A segunda é derivada de reificação, ou seja, transformar algo abstrato em algo concreto, inicialmente postulada por antigos filósofos gregos e é rotulado no Zachman Framework: Identificação, Definição, Representação, Especificação, Configuração e Instanciação (figura 2). 1 http://pubs.opengroup.org/architecture/togaf9-doc/arch/chap01.html 2 http://www.zachman.com/ 3 Zachman Framework® e Zachman International® são marcas registradas de Zachman International, Inc
  • 3. 3 Figura 2 – Zachman Framework 2. TOGAF® – The Open Group Architecture Framework Entre os padrões colaborativos, desenvolvidos através de fórum de praticantes, fornecedores, acadêmicos e especialistas na área de Arquitetura Corporativa, o TOGAF é o mais amplamente conhecido e praticado mundialmente. O TOGAF é mantido e desenvolvido pelo The Open Group, que suporta o desenvolvimento de outros padrões baseados em tecnologia, os quais potencializem a interoperabilidade entre informações e serviços. O TOGAF é uma estrutura e uma metodologia comprovada de Arquitetura Corporativa utilizada pelas principais organizações ao redor do mundo para melhorar a eficiência dos negócios. Publicado pela primeira vez em 1995, TOGAF foi baseado no Framework de Arquitetura Técnica para Gerenciamento de Informação do Departamento de Defesa dos EUA, TAFIM (Technical Architecture Framework for Information Management). A partir desta base desenvolvida, o The Open Group desenvolve versões sucessivas do TOGAF em intervalos regulares e as publica em seu site de forma pública (http://www.opengroup.org). O TOGAF na edição atual (versão 9.1) é um framework de arquitetura corporativa que fornece uma abordagem para o desenho, planejamento, implementação e governança de uma Arquitetura Corporativa. Ele utiliza uma abordagem de alto nível para a desenho baseada em quatro domínios: Negócios, Aplicações, Dados e Tecnologia. Seus componentes (figura 3) estão descritos a seguir:
  • 4. 4 Figura 3: Framework TOGAF ● O Método de Desenvolvimento da Arquitetura (ADM) é o núcleo do TOGAF e descreve um método para desenvolver e gerenciar o ciclo de vida da arquitetura corporativa. ● O Framework de Conteúdo de Arquitetura descreve um metamodelo estruturado para criação de artefatos de arquitetura e de Blocos de Construção de Arquitetura (BCA) reutilizáveis, permitindo uma visão geral das entregas típicas de uma arquitetura. ● Os Modelos de Referência fornecem padrões e modelos de arquitetura como referência aos trabalhos de desenvolvimento de artefatos. São sugeridas, minimamente, duas referências, o Modelo de Referência Técnica do TOGAF (TRM) e o Modelo de Referência de Infraestrutura de Informação Integrada (III-MR). ● As Orientações e Técnicas descrevem um conjunto de guias e práticas disponíveis para uso na aplicação do ADM, em cada fase. ● O Continuum da Corporação descreve taxonomias apropriadas e ferramentas para categorizar e armazenar os resultados das atividades de arquitetura em uma organização. ● O Framework de Capacidade de Arquitetura descreve a organização, processos, habilidades, papéis e responsabilidades exigidas para estabelecer e operar a prática de arquitetura corporativa dentro de uma organização. 3. ArchiMate® De forma complementar, o The Open Group desenvolveu um padrão de linguagem de modelagem livre e independente para Arquitetura Corporativa, denominada ArchiMate®. O padrão ArchiMate (figura 4) fornece instrumentos para permitir que arquitetos corporativos possam descrever, analisar e visualizar as relações entre os domínios de uma arquitetura de uma forma compreensiva e inequívoca.
  • 5. 5 Figura 4: Padrão de Linguagem ArchiMate O uso destes dois padrões de Arquitetura (TOGAF e ArchiMate) é amplamente utilizado, de forma conjunta (figura 5), por organizações ao redor do mundo, ao longo do desenvolvimento e implementação de seus próprios Frameworks, principalmente governos. Figura 5: O uso do TOGAF e ArchiMate
  • 6. 6 4. Framework de Conteúdo do FACIN O FACIN pretende ser o padrão de referência para apoio à governança, propiciando a oferta de serviços eletrônicos interoperáveis e viabilizando a simplificação, a agilidade e a efetividade entre os governos e destes com os cidadãos, organizações e empresas. O Framework de Modelo de Conteúdo do FACIN é formado por visões que abrangem todo o ambiente corporativo, como apresentado na figura 6. Figura 6: Framework de Modelo de Conteúdo do FACIN 5. Projeto Geo A Oficina ABEP-FACIN foi realizada com base em uma dinâmica de Análise de Cenário, compreendendo as atividades de identificação do problema, modelagem, análise e construção dos cenários atual e proposto (solução do problema). Na PRODEMGE a dinâmica foi aplicada em uma solução corporativa de geoprocessamento no Estado de Minas Gerais, aqui identificada apenas como Projeto GEO.
  • 7. 7 A figura 7 aborda o detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 7: Detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO 6. Descrição do problema Os diversos órgãos do Estado de Minas Gerais trabalham com informações geoprocessadas, entretanto, cada um utiliza ferramentas e informações diferentes e muitas vezes de difícil compatibilização e integração. A PRODEMGE vem buscando aprimorar o uso de dados e padronizar os serviços geoprocessados a partir da implantação de uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais, disponível em http://geo.mg.gov.br. No entanto, observa-se uma dificuldade na obtenção dos dados, bem como em compartilhar e disponibilizar as informações de forma padronizada e que atenda às necessidades de cada órgão do Estado. O projeto contempla o desenvolvimento e implantação de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) Corporativa, voltada para os sistemas do Estado de Minas Gerais de forma a permitir que os dados geoespaciais estejam disponíveis, que sejam de fácil descoberta por novos usuários e que possam ser integrados a outras IDEs beneficiando o cidadão. A figura 8 ilustra o fragmento de um ponto de vista da “Motivação” do Projeto GEO, utilizando-se dos padrões TOGAF e ArchiMate, que compartilham uma fundação comum na utilização dos conceitos de visões e partes interessadas, juntamente com o conceito de um repositório comum de artefatos e modelos de arquitetura.
  • 8. 8 Figura 8: Motivação da visão Estratégia O modelo ArchiMate simplificado mostra duas partes interessadas (o Cidadão e o Governo de Minas Gerais) e as suas preocupações, modeladas como motivadores. Os serviços de geoprocessamento prestados de forma individualizada e as plataformas diferentes em cada órgão são avaliações das partes interessadas em relação a estas preocupações, e levam ao estabelecimento dos objetivos de Melhorar e ampliar a oferta de serviços de GEO, que inclui um objetivo mais refinado de Manter uma plataforma única de GEO. A solução proposta tem como meta manter uma plataforma única de processamento, ilustrada pela figura 9, através de elementos de estratégia baseados em uma gestão por capacidades. Capacidades focam nos resultados de negócio. Elas fornecem uma visão de alto nível das habilidades atuais e desejadas de uma organização, em relação à sua estratégia e ao seu ambiente. Elas são realizadas através de vários elementos (pessoas, processos, sistemas e assim por diante) que podem ser descritos, projetados e implementados usando abordagens de Arquitetura Corporativa. Figura 9: Capacidade da visão Estratégia
  • 9. 9 Recursos são um conceito central no campo da gestão estratégica, economia, ciências da computação, gerenciamento de portfólio e muito mais. Recursos podem ser classificados em:  ativos tangíveis (ativos financeiros; por exemplo, numerário, valores mobiliários, capacidade de contrair empréstimos e ativos físicos; por exemplo, instalações, equipamentos, terrenos, reservas minerais),  ativos intangíveis (tecnologia; por exemplo, patentes, direitos autorais, segredos comerciais; reputação, por exemplo, marca, relacionamentos; cultura) e  ativos humanos (habilidades/conhecimentos, capacidade de comunicação e colaboração, motivação). Em se tratando de ativos humanos é preciso ter uma equipe dimensionada adequadamente para atender à essa demanda com profissionais produtivos e qualificados, levando-se em consideração a restrição de não contratação de equipe. A figura 8 aborda o detalhamento da visão Negócios do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 8: Detalhamento da visão Estratégia do Projeto GEO Uma capacidade de negócio define o que a organização faz, sem tentar explicar como, por que ou onde é feito. Representa as habilidades funcionais e técnicas que uma empresa tem ao seu dispor para executar seu modelo de negócio. A figura 9 ilustra o fragmento de um ponto de vista de “Negócios” do Projeto GEO, no qual são definidos os seguintes requisitos que devem ser atendidos para se manter uma plataforma única de GEO:  Criar um ambiente integrado de dados geoespaciais;  Criar uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais  Padronizar os serviços geoprocessados
  • 10. 10 Figura 9: Produto da visão Negócios O mapa acima destaca as estruturas que descrevem o produto a ser elaborado para fornecer o serviço de desenvolvimento e implantação de uma IDE (Infraestrutura de Dados Espaciais), agregando: 1) Geoserviços: qualquer atividade de suporte ao desenvolvimento e à manutenção de uma IDE, tais como, geocodificação, criação de camadas e desenvolvimento de novas funcionalidades ou novos serviços de geoprocessamento. 2) Geovisualizador: acesso visual aos mapas e às camadas de dados geográficos, sejam elas públicas ou privativas, de acordo com o perfil do usuário. 3) Integração: serviços que podem ser acessados, sem intervenção humana, por outras aplicações que fazem uso dos dados geográficos disponíveis da IDE. A estrutura organizacional proposta na figura 10 foi projetada para a identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos visando ao alcance do objetivo estabelecido. Figura 10: Estrutura organizacional
  • 11. 11 A visão Gestão do Conhecimento da figura 11 explora a capacidade de Gestão de Pessoas, atribuída ao recurso Metodologia de Avaliação de Capacidade de Pessoal, realizado pela Etapa Experiência dos Empregados, parte integrante do Modelo de Responsabilidade Organizacional. O Relatório de necessidade de capacitação aponta o conhecimento exigido para que o funcionário possa lidar com a complexidade da demanda. Para isso é preciso, dentre outros fatores, que a empresa forneça a estrutura de capacitação que subsidie a experiência adequada para que as pessoas executem corretamente suas atividades. Figura 11: Visão Gestão do Conhecimento A figura 12 aborda o detalhamento da visão Aplicações do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 12: Detalhamento da visão Aplicações do Projeto GEO
  • 12. 12 A Figura 13 representa um modelo correspondente à relação de interoperabilidade entre as visões de Negócio e Aplicação do FACIN e apresenta um ponto de vista parcial e simplificado da situação proposta para o desdobramento da camada de aplicativo do produto IDE (Infraestrutura de Dados Espaciais) Corporativa. Este modelo contém os processos de negócio (Business Process), os serviços de aplicativo (Application Service) que dão suporte a execução dos processos, as funções de aplicativo (Application function) que definem o seu comportamento, os sistemas (Application component) que realizam os serviços e funções ou são acionados por eles. A linguagem ArchiMate é construída a partir de três tipos de elementos, de acordo com Gerben Wierda em seu livro Mastering ArchiMate – Edition III: • Elementos que atuam (elementos ativos - estrutura - sujeito) • Elementos que representam o comportamento dos elementos que atuam (elementos comportamentais - comportamento - verbo) • Elementos que não podem agir e que são postos em prática por esse comportamento (elementos passivos - informação - objeto) Os três tipos de elementos, conectados por relações, podem formar frases. Um batedor de carteiras (o aplicativo) rouba (a função do aplicativo) uma carteira (os dados). Isto é o que torna o padrão ArchiMate uma gramática / linguagem. Seu modelo é uma espécie de história. Ele conta ao leitor a estrutura básica da história: quem age sobre o que. A estrutura da gramática do ArchiMate é parcialmente baseada no padrão de sujeito-verbo-objeto do idioma natural. Figura 13: IDE GEO - visão Aplicação A função de ”Geração e atualização e dados geoespaciais” é a principal entidade que define o serviço de “Desenvolvimento e manutenção do ambiente de dados geoespacais”, que por sua vez suporta os processos de negócio de Geocodificação, Criação e camadas e de Funcionalidades de Geoprocessamento, genericamente chamados de “Processos de Geoserviços”. Em relação ao serviço de negócio “Geovisualizador”, esse se realiza pelo processo de “Acesso visual aos mapas e às camadas de dados geográficos”, suportado pelo serviço de aplicação chamado “Portal de Geoprocessamento”, cuja principal função é o “Visualizador de camadas”. Observa-se que o GEO.MG é a interface do Portal de Geoprocessamento que generaliza as interfaces para cada grupo de camadas a que o usuário tem acesso, sendo destacados aqui três desses grupos. O serviço de “Integração”, por sua vez, se realiza pelo processo de integração das aplicações que fazem uso de dados geográficos. O serviço de aplicação “Integração de Plataformas” permite que
  • 13. 13 outros sistemas se integrem e usem os dados e funcionalidades da IDE, independentemente da tecnologia que esses sistemas utilizam. A figura 14 destaca os processos relacionados a algumas etapas do Modelo de Responsabilidade Organizacional que busca a melhoria da gestão e governança nas organizações públicas. O modelo associa ao projeto IDE Corporativa os papéis, atividades, disciplinas e domínios de conhecimento, identificados no plano de capacidade (TDABC Model), relacionados aos serviços internos e executados pelas áreas, de acordo com o Caderno de Serviços, prestados aos clientes em sua cadeia de valor. Figura 14: Plataforma EAD - MRO - visão Aplicação Em linhas gerais, a plataforma pode ser assim resumida: a Companhia define os produtos e serviços que irá prestar, quais as áreas responsáveis por sua execução e como elas estão integradas (Modelo de Inteligência Artificial - IA e o Modelo de Decisão - DMN). Dentro de cada uma destas áreas, define o quantitativo de pessoal e as atividades necessárias para fazer com que estes serviços possam ser executados. Para cada uma das atividades relacionadas são apontados os níveis de conhecimento que as pessoas devem possuir para a execução daquelas atividades. A partir dessa análise são definidas as necessidades de treinamento (Plataforma EAD) e realizadas as capacitações, de forma que as pessoas executem suas atividades de forma mais assertiva e, assim, a Companhia possa atingir seus objetivos. Acompanhe aqui as etapas implementadas do Modelo de Responsabilidade Organizacional. A figura 15 aborda o detalhamento da visão Dados do Projeto GEO utilizando o FACIN.
  • 14. 14 Figura 15: Detalhamento da visão Dados do Projeto GEO Entende-se por Política de Gestão da Informação o conjunto de diretrizes e normas com o objetivo de viabilizar produção, tratamento e disponibilização adequados de informações geográficas, econômicas e sociais do Estado de Minas Gerais, bem como de indicadores socioeconômicos atualizados produzidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual, conforme o disposto no Decreto nº 47.269, de 04 de outubro de 2017. Pelo Decreto, a Prodemge, respeitando as normas de ordenamento, gestão e integração das plataformas de dados do Estado, poderá:  Acessar todas as bases de dados, alfanuméricas, cartográficas e geoespaciais, no âmbito da Administração Pública, para prover informações estratégicas ao Governo, consideradas as situações de confidencialidade ou de características legalmente restritas;  Prover mecanismos e soluções tecnológicas que viabilizem a produção, tratamento e disponibilização adequados de informações geográficas, econômicas e sociais do Estado, bem como de indicadores socioeconômicos atualizados produzidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo. A figura 16 ilustra a relação entre as bases de dados e camadas de dados geoespaciais com as funções e os serviços de aplicativo, anteriormente definidos. Figura 16: IDE Corporativa - visão Dados
  • 15. 15 A Governança de Dados é responsabilidade tanto do setor de Tecnologia da Informação de uma empresa quanto de seus clientes internos e externos e envolve desde a alta direção, que utiliza dados na geração de informações estratégicas, até profissionais de nível operacional, que muitas vezes são responsáveis pela coleta e produção dos dados. No post Alinhamento das ações aos pilares da Governança Corporativa é apresentado o DAMA, figura 17, como proposta para essa Governança de Dados, em consonância com o segmento Áreas de Integração para o Governo Eletrônico da ePING, que estabelece a padronização de especificações técnicas para sustentar o intercâmbio de informações em áreas transversais da atuação governamental, de forma a buscar a interoperabilidade de serviços de Governo Eletrônico Brasileiro. Figura 16: Governança de Dados - DAMA O Data Management Body of Knowledge (DAMA DMBOK) trata da Gestão de Dados, visa controlar e alavancar eficazmente o uso dos ativos de dados. Sua missão e objetivos são atender e exceder às necessidades de informação de todos os envolvidos (stakeholders) da empresa em termos de disponibilidade, segurança e qualidade. O DAMA estrutura o processo de Gestão de Dados por meio de funções e atividades e está distribuído por dez áreas de conhecimento. A figura 17 ilustra a visão de dados da Plataforma EAD, parte do Modelo de Responsabilidade Organizacional, tema abordado nessa apresentação, cuja Gestão de Recursos Humanos emergiu como um capital fundamental e crítico nas organizações, principalmente quanto ao planejamento de capacidade de recursos humanos, políticas de design, inteligência artificial e inovação. Figura 17: Plataforma EAD - MRO - visão Dados
  • 16. 16 O processo começa com o levantamento dos dados de necessidade de pessoal, em seguida os dados da análise de dispersão dos esforços e finalmente os dados de necessidade de capacitação. Alguns estudos apontam que o processo permanente de treinamento profissional contribuiu marcadamente para o empoderamento de equipes, levando a uma melhoria significativa nos resultados. A figura 18 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 18: Detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO Podemos observar que a função de ”Geração e atualização e dados geoespaciais” é a principal entidade que define o serviço de “Desenvolvimento e manutenção do ambiente de dados geoespacais”. A infraestrutura que suporta esse serviço de aplicativo é composta por ambientes de desenvolvimento e produção, os quais permitem a criação de diferentes mapas temáticos, formados por camadas sobrepostas de dados geoprocessados. Permitem, também, a formulação de pesquisas e consultas sobre a localização, fotos e outras informações dos órgãos do Estado, referenciadas geograficamente. O “Portal de Geoprocessamento” é um ambiente suportado pelo ArcGIS GEO e composto por servidores de aplicação, serviços e bando de dados, cuja principal função é o “Visualizador de camadas”. Observa-se que o GEO.MG é a interface do Portal de Geoprocessamento que generaliza as interfaces para cada grupo de camadas a que o usuário tem acesso. O usuário final é a população em geral que terá acesso à aplicação via internet. O sistema é baseado na Arquitetura Internet (WEB), onde a aplicação do cliente ficará no Servidor WEB GEO P01, que terá acesso direto ao servidor de banco de dados PostgreeSQL GEO P01. A figura 19 ilustra a relação entre as camadas de aplicação e infraestrutura da IDE de Geoprocessamento.
  • 17. 17 Figura 19: IDE de Geoprocessamento - visão Infraestrutura O Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC do Estado de Minas Gerais diz: “Enquanto a governança de TIC é o sistema pelo qual a atual e a futura utilização da TIC é dirigida e controlada, envolvendo avaliar e direcionar a utilização de TIC para apoiar o órgão e o acompanhamento deste uso para realizar planos, incluindo a estratégia e as políticas de utilização de TIC dentro de um órgão, a gestão de TIC é responsável pelo planejamento, desenvolvimento, execução e monitoramento das atividades de TIC em consonância com a direção.” Para tanto o modelo de Governança de TIC atualmente em prática no Estado foi avaliado considerando modelos de referência do Control Objectives for Information and Related Technologies (COBIT 5) e a norma ISO/IEC 38500:2009. O modelo segue as recomendações e boas práticas de mercado. Diante disto a figura 20 ilustra a aplicação dessas boas práticas através dos processos de governança e gestão priorizados pela Prodemge. Figura 20: Governança de TI - COBIT 5
  • 18. 18 A aplicação na Prodemge das boas práticas de governança e gestão, em relação às atividades recomendadas pelo COBIT 5, estão perfeitamente alinhadas às atividades desempenhadas pelas pessoas nas diversas áreas da empresa e mapeadas no Plano de Capacidade TDABC Model. As atividades mapeadas são disponibilizadas para toda a empresa, em consonância com a nossa política de Gestão do Conhecimento, através da plataforma de EAD - Modelo de Responsabilidade Organizacional, conforme ilustrado na figura 21. Figura 21: Plataforma EAD - MRO - visão Infraestrutura O ambiente de Produção EAD é suportado por servidores de aplicação e banco de dados MYSQL, cuja principal função é o compartilhamento e o armazenamento da documentação das funções de Plano de Capacidade, Otimização da Produtividade e Experiência dos Empregados. O próximo passo é preparar a infraestrutura para suportar o ambiente do Repositório de arquivos na plataforma DSPACE. A figura 22 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 22: Detalhamento da visão Segurança do Projeto GEO
  • 19. 19 A Política de Segurança - Risco está plenamente alinhada ao The Open Group Standard for Risk Taxonomy (O-RT), versão 2.0. É uma versão atualizada do Padrão de Taxonomia de Risco (Doc. No. C081) que foi publicado em janeiro de 2009, figura 23. O documento fornece a seguinte definição padrão de taxonomia para o risco de segurança da informação: Este Padrão de Taxonomia de Risco deve ser usado como uma referência fundamental do espaço do problema que a profissão é encarregada de ajudar a gerenciar; isto é, risco. Com base nesta base, métodos para análise, cálculo, comunicação e gerenciamento de risco podem ser desenvolvidos. Os analistas de risco podem escolher fazer suas medidas e/ou estimativas em qualquer nível de abstração dentro da taxonomia. Por exemplo, ao invés de medir a Frequência de Contato (CF), o analista poderia subir uma camada de abstração e, em vez disso, medir a Frequência do Evento de Ameaça (TEF). Essa escolha pode ser conduzida pela natureza ou volume de dados disponíveis, ou o tempo disponível para realizar a análise (ou seja, as análises em camadas mais profundas de abstração demoram). Embora os termos "risco" e "gerenciamento de riscos" signifiquem coisas diferentes para pessoas diferentes, este Padrão pretende ser aplicado ao problema de gerenciar a frequência e a magnitude da perda que decorrem de uma ameaça (seja humano, animal ou evento natural). Em outras palavras, gerenciar "a frequência com que as coisas ruins acontecem e o quão ruim elas são quando ocorrem". Figura 23: Política de Segurança ORT- visão Segurança No contexto geral da gestão de riscos, é importante reconhecer que o objetivo do negócio em realizar avaliações de risco é identificar e estimar níveis de exposição à probabilidade de perda, de modo que os gerentes de negócios possam tomar decisões sobre como gerenciar esses riscos de perda - aceitando cada risco ou mitigando-o - investindo em medidas de proteção interna apropriadas julgadas suficientes para reduzir a perda potencial a um nível aceitável ou investindo em indenização externa. Crítico para permitir uma boa tomada de decisões empresariais é, portanto, usar métodos de avaliação de risco que ofereçam resultados objetivos, significativos e consistentes. Um desses métodos pode ser obtido através da norma ISO/IEC 38500:2009, ilustrado na figura 24, que é reconhecido pelo mercado e considerado como uma das melhores práticas da Gestão de Riscos.
  • 20. 20 Figura 24: Gestão de Risco O Processo de Gestão de Riscos é composto pelos seguintes Subprocessos:  Estabelecimento do contexto - Captura os objetivos da organização, o ambiente em que ela persegue esses objetivos, suas partes interessadas e a diversidade de critérios de risco.  Identificação de riscos - Gera uma lista abrangente de riscos baseada nos eventos que possam criar, aumentar, evitar, reduzir, acelerar ou atrasar a realização dos objetivos;  Análise de riscos e Oportunidades - Envolve a apreciação das causas e das fontes de risco, suas consequências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências possam ocorrer.  Avaliação de risco - A finalidade da avaliação de riscos é auxiliar na tomada de decisões com base nos resultados da análise de riscos, sobre quais riscos necessitam de tratamento e a prioridade para a implementação do tratamento.  Tratamento de Risco - Envolve a seleção de uma ou mais opções para mitigar os riscos e a implementação dessas opções. Uma vez implementado, o tratamento fornece novos controles ou modifica os existentes. A análise de riscos envolve desenvolver a compreensão dos riscos, como no Mapeamento dos Riscos do Ambiente do Produto IDE (Infraestrutura de Dados Espaciais) Corporativa da figura 25.
  • 21. 21 Figura 25: Mapeamento do Risco do Ambiente do Produto IDE GEO O mapeamento fornece uma entrada para a avaliação de riscos e para as decisões sobre a necessidade dos riscos serem tratados, e sobre as estratégias e métodos mais adequados de tratamento de riscos. A análise de riscos envolve a apreciação das causas e as fontes de risco, suas consequências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências possam ocorrer. Um evento pode ter várias consequências e pode afetar vários objetivos. É preciso que os controles existentes e sua eficácia e eficiência também sejam levados em consideração. A forma em que as consequências e a probabilidade são expressas e o modo com que elas são combinadas para determinar um nível de risco reflitam o tipo de risco, as informações disponíveis e a finalidade para a qual a saída do processo de avaliação de riscos será utilizada. Convém que isso tudo seja compatível com os critérios de risco. É também importante considerar a interdependência dos A figura 26 aborda o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN. Figura 26: Detalhamento das visões Programas e Projetos e Sociedade do Projeto GEO
  • 22. 22 A figura 27 apresenta uma visão de projeto simplificada da Implantação da Solução Corporativa de Geoprocessamento: o estado atual e o objetivo pretendido, com as fases realizadas e seus respectivos entregáveis. Figura 27: Visão de projeto e os entregáveis da Solução GEO 1- Preparação da infraestrutura Criação e implantação do projeto tecnológico para definição da infraestrutura necessária para suportar a solução de geoprocessamento com os ambientes de desenvolvimento de dados geoespaciais, ArcGIS e produção. 2- Visualizador de camadas e serviços de GEO Criação do portal de geoprocessamento cuja principal função é a disponibilização dos serviços através da interface GEO.MG para cada grupo de camadas a que o usuário tem acesso. À medida que os novos serviços forem criados serão adicionados ao portal. 3- Integração de plataformas O serviço de Integração das aplicações que fazem uso de dados geográficos permite que outros sistemas se integrem e usem os dados e funcionalidades da IDE, independentemente da tecnologia que esses sistemas utilizam. A figura 28 apresenta uma visão de projeto simplificada da Implantação da Plataforma EAD - Modelo de Responsabilidade Organizacional (MRO): o estado atual e o objetivo pretendido, com as fases realizadas e seus respectivos entregáveis.
  • 23. 23 Figura 28: Visão de projeto e os entregáveis da Plataforma EAD - MRO 1- Preparação da infraestrutura Criação e implantação do projeto tecnológico para definição da melhor configuração para os hardwares necessários para suportar a solução (servidor de aplicação e Banco de dados) para os ambientes de produção, homologação e desenvolvimento com foco em desenvolvimento de produtos e evolução da Plataforma EAD. 2- Levantamento das informações Definição dos processos de "Análise de dispersão dos esforços, Necessidade de capacitação e Necessidade de pessoal", criação de artefatos e definição dos componentes da plataforma utilizando a metodologia baseada no padrão ADDIE. 3- Disponibilização das informações na plataforma Definição do perfil de usuários e da proposta de organização e disponibilização das informações no AVA. Estruturação e publicação das informações na plataforma. 4 - Criação repositório DSPACE Disponibilização dos objetos do MRO em repositório independente. A Visão Sociedade do FACIN busca viabilizar o desenvolvimento e oferta de serviços digitais, a partir da perspectiva dos demandantes, neste caso a sociedade e seus atores, através de práticas centradas nos requisitos e necessidades constatadas, definidas e gerenciadas. À medida que os serviços públicos são projetados em torno das necessidades do cidadão, como na figura 29, ao invés de serem projetados somente para atender a conveniência do governo, entendemos que as novas capacidades que viabilizam esta forma de atuação são compreendidas e aplicadas.
  • 24. 24 Figura 29: Valor percebido pelo cidadão Segundo a definição da Estratégia de Governança Digital (EGD) os serviços públicos digitais são: “Conjunto de ações do Estado que envolvem interação em meios digitais com a sociedade para atendimento direto às suas necessidades, visando o alcance de direitos ou possibilitando o cumprimento de um dever. Estão associados ao resultado percebido pela população, o que ela recebe como entrega útil, e abrangem o relacionamento com o usuário (atual ou futuro), que lhe gera valor ou lhe resolve um problema, atendendo seus interesses, inclusive o de estar quite com suas obrigações perante o Estado." No projeto GEO o cidadão percebe o valor entregue pelo Governo do Estado de Minas Gerais em "Ampliar e simplificar o acesso aos serviços públicos de Geoprocessamento através de um canal único". Figura 30: Mapeamento dos Stakeholders
  • 25. 25 No projeto GEO o cidadão percebe o valor entregue pelo Governo do Estado de Minas Gerais em "Ampliar e simplificar o acesso aos serviços públicos de Geoprocessamento através de um canal único". O mapeamento da figura 5 oferece uma visão dos diversos órgãos do Estado de Minas Gerais que trabalham com informações geoprocessadas e cuja padronização e integração vem sendo realizada pela Prodemge. A partir da implantação de uma infraestrutura centralizada de dados geoespaciais, disponível em http://geo.mg.gov.br, os serviços são entregues ao cidadão gerando o valor esperado. O modelo proposto utiliza-se de dois componentes: elementos e relacionamentos, descritos na tabela 1. As cores dos elementos representam as camadas do ArchiMate e sua respectiva correspondência com o TOGAF, como vimos no artigo anterior.
  • 26. 26 Tabela 1: Elementos e Relacionamentos de Capacidade da visão Estratégia
  • 27. 27 Fonte: ArchiMate 3.0 – Um Guia de Bolso No próximo artigo abordaremos o detalhamento da visão Infraestrutura do Projeto GEO utilizando o FACIN, não percam!