1. Síntese da vida profissional
FACULDADE SÃO GERALDO
MANTIDA PELA: ESCOLA SÃO GERALDO LTDA
Prof. Ivan Arenque Passos
Credenciada pela Portaria MEC Nº 2738 de 12/12/2001 DOU DE 14/12/2001
Curso de Administração, Bacharelado,com Habilitação Comércio Exterior Portaria MEC Nº 2739 de 12/12/2001 (DOU
14/12/2001)
Curso de Pedagogia ,Licenciatura com Habilitações Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio, Supervisão
Ivan Arenque Passos, casado, 38 anos, Bacharel em Administração
Escolar, Orientação Educacional, Administração e Inspeção Escolar- Portaria MEC Nº 1839 de 20/06/2002 (DOU 21/06/2002)
em Comércio Exterior – UNIP/SP, MBA marketing – FGV/ES,
Administração Estratégica – University Central Florida EUA,
Mestrando Administração Estratégica. Membro do Programa de
Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS (FIA- USP)
Esteve trabalhando nas seguintes empresas:
MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Prof. Ivan Arenque Passos
Consultoria e treinamento em Adm. E Marketing – MKTPASSOS Se
E-mail: mktpassos@gmail.com especializou nas áreas:
Gestão da Qualidade Total, Marketing Varejo, Produto, Serviços,
Pessoal, Social e Cultural e Administração.
EMENTA:
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS CAPÍTULO I
MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Evolução e conceitos de administração de
materiais, Funções e objetivos da EVOLUÇÃO, CONCEITOS,
administração de materiais, Localização e
alcance da administração de materiais nas FUNÇÕES E OBJETIVOS
organizações, Normalização e qualidade,
Armazenamento de materiais, Logística, A DA ADMINISTRAÇÃO DE
função compras, A organização e o RECURSOS MATERIAIS E
pessoal de compras, Compra na
quantidade certa, Compra no preço certo, PATRIMONIAIS
Fontes de fornecimento, Organizações
alternativas para compras, Fabricar ou
comprar, Terceirização
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2. 1) UMA INTRODUÇÃO HISTÓRICA À A constante evolução fabril, o consumo, as exigências dos
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS. consumidores, o mercado concorrente e novas tecnologias
A atividade de material existe desde a mais remota época, deram novo impulso à Administração de Materiais, fazendo
através das trocas de caças e de utensílios até chegarmos aos com que a mesma fosse vista como uma arte e uma ciência
dias de hoje, passando pela Revolução Industrial. das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma
Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão organização, seja ela qualquer que fosse. Um dos fatos mais
antigo quanto a existência do ser humano. A Revolução marcantes e que comprovaram a necessidade de que
Industrial, meados dos séc. XVIII e XIX, acirrou a concorrência materiais devem ser administrados cientificamente foi, sem
de mercado e sofisticou as operações de comercialização dos dúvida, as duas grandes guerras mundiais, isso sem contar
produtos, fazendo com que “compras” e “estoques” com outros desejos de conquistas como, principalmente, o
ganhassem maior importância. Este período foi marcado por empreendimento de Napoleão Bonaparte. Em todos os
modificações profundas nos métodos do sistema de fabricação embates ficou comprovado que o fator abastecimento ou
e estocagem em maior escala. O trabalho, até então, suprimento se constituiu em elemento de vital importância e
totalmente artesanal foi em parte substituído pelas máquinas, que determinou o sucesso ou o insucesso dos
fazendo com a produção evoluísse para um estágio empreendimentos. Soldados e estratégias por mais eficazes
tecnologicamente mais avançado e os estoques passassem a que fossem, eram insuficientes para o alcance dos resultados
ser vistos sob um outro prisma pelas administrações. esperados.
2) CONCEITOS BÁSICOS: Empresa, Capital e
. Munições, equipamentos, víveres, vestuários adequados, Trabalho
combustíveis foram, são e serão necessários sempre, no
momento oportuno e no local certo, isto quer dizer que Toda produção depende da existência
administrar materiais é como administrar informações: “quem conjunta de três fatores de produção:
os têm quando necessita, no local e na quantidade necessária, natureza, capital e trabalho, integrados por
possui ampla possibilidade de ser bem sucedido”.
um quarto fator denominado empresa.
Para os economistas, todo processo
produtivo se fundamenta na conjunção
desses quatro fatores de produção desses
quatro fatores de produção.
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3. c) Trabalho: é o fator constituído pela mão-de-obra, que
Cada um dos quatro fatores de processa e transforma os insumos, através de operações
produção tem uma função específica, manuais ou de máquinas e ferramentas, em produtos
acabados ou serviços prestados. O trabalho representa o fator
a saber: de produção que atua sobre os demais, isto é, que aciona e
a) Natureza: é o fator que fornece os insumos necessários à agiliza os outros fatores de produção. É comumente
produção, como as matérias-primas, os materiais, a energia denominado mão-de-obra, porque se refere principalmente ao
etc. É o fator de produção que proporciona as entradas de operário manual ou braçal que realiza operações físicas obre
insumos para que a produção possa se realizar. as matérias-primas, com ou sem o auxílio de máquinas e
equipamentos;
Dentre os insumos, figuram os materiais e matérias-primas;
b) Capital: é o fator que fornece o dinheiro necessário para
adquirir os insumos e pagar o pessoal. O capital representa
o fator de produção que permite meios para comprar,
adquirir e utilizar os demais fatores de produção;
d) Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a Os principais recursos empresariais são:
natureza, o capital e o trabalho em um conjunto harmonioso Recursos Materiais,
que permite que o resultado alcançado seja muito maior do Recursos Financeiros,
que a soma dos fatores aplicados no negócio. A empresa Recursos Humanos,
constitui o sistema que aglutina e coordena todos os fatores Recursos Mercadológicos
de produção envolvidos, fazendo com que o resultado do Recursos Administrativos
conjunto supere o resultado que teria cada fator isoladamente.
Isto significa que a empresa tem um efeito multiplicador, capaz
de proporcionar um ganho adicional, que é o lucro. Mas
adiante, ao falarmos de sistemas, teremos a oportunidade de
conceituar esse efeito multiplicador, também denominado
efeito sinergístico ou sinergia. Modernamente, esses fatores
de produção costumam ser denominado recurso empresarial.
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4. 3. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: DEFINIÇÕES
Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa à
garantia de existência contínua de um estoque, organizado de
A Administração de Materiais é definida como sendo um modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem
conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, tornar excessivo o investimento total”.
de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas
unidades, com os materiais necessários ao desempenho A Administração de Materiais moderna é conceituada e
normal das respectivas atribuições. estudada como um Sistema Integrado em que diversos
subsistemas próprios interagem para constituir um todo
Tais atividades abrangem desde o circuito de organizado. Destina-se a dotar a administração dos meios
reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao
armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos funcionamento da organização, no tempo oportuno, na
órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor
estoques etc. custo.
A oportunidade, no momento certo para o suprimento de
materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade
do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, necessária, acarretam, se mal planejados, além de custos
acima das necessidades imediatas da organização. Por outro financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses
lado, a providência do suprimento após esse momento poderá decorrentes de quaisquer das situações assinaladas. Da
levar a falta do material Necessário ao atendimento de mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da
determinada necessidade da administração. Do mesmo modo, qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta
o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e
conseqüências: quantidades além do necessário representam oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque materiais,
inversões em estoques ociosos, assim como, quantidades nestas condições podem implicar em paradas de máquinas,
aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização de material,
o que é prejudicial à eficiência operacional da organização. compras adicionais, etc.
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5. 3.1 - Subsistemas Típicos: (normas e qualidade)
Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de
forma sistêmica, fornecem, portanto, os meios necessários à 3.1.1- Controle de Estoque - subsistema responsável pela
consecução das quatro condições básicas alinhadas acima, gestão econômica dos estoques, através do planejamento e
para uma boa Administração de material. da programação de material, compreendendo a análise, a
previsão, o controle e o ressuprimento de material. O estoque
Decompondo esta atividade através da separação e é necessário para que o processo de produção-venda da
identificação dos seus elementos componentes, encontramos empresa opere com um número mínimo de preocupações e
as seguintes subfunções típicas da Administração de desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos
Materiais, além de outras mais específicas de organizações em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de
mais complexas: estoque acompanha e controla o nível de estoque e o
investimento financeiro envolvido.
3.1.2- Classificação de Material - subsistema responsável 3.1.4- Armazenagem / Almoxarifado - subsistema
pela identificação (especificação), classificação, codificação, responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo
cadastramento e catalogação de material. as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e
3.1.3 - Aquisição / Compra de Material - subsistema expedição de material, segundo determinadas normas e
responsável pela gestão, negociação e contratação de métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o responsável
compras de material através do processo de licitação. O setor pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos
de Compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os
matéria-prima. É da responsabilidade de Compras assegurar produtos, para atender a produção e os materiais entregues
que as matérias-primas exigida pela Produção estejam à pelos fornecedores;
disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados.
Compras não é somente responsável pela quantidade e pelo 3.1.5- Movimentação de Material - subsistema encarregado
prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais do controle e normalização das transações de recebimento,
favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um fornecimento, devoluções, transferências de materiais e
componente fundamental no custo do produto. quaisquer outros tipos de movimentações de entrada e de
saída de material.
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6. 3.2 - Subsistemas Específicos:
3.1.6 - Inspeção de Recebimento - subsistema responsável 3.2.1 - Inspeção de Suprimentos - subsistema de apoio
pela verificação física e documental do recebimento de responsável pela verificação da aplicação das normas e dos
material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da
atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade. Administração de Materiais em toda a organização, analisando
os desvios da política de suprimento traçada pela
3.1.7 - Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento administração e proporcionando soluções.
de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.
3.2.2 - Padronização e Normalização - subsistema de apoio
ao qual cabe a obtenção de menor número de variedades
existentes de determinado tipo de material, por meio de
unificação e especificação dos mesmos, propondo medidas de
redução de estoques.
3.2.3 - Transporte de Material - subsistema de apoio que se
responsabiliza pela política e pela execução do transporte, Assim, quando um item de material é recebido do fornecedor,
movimentação e distribuição de material. A colocação do houve, antes, todo um conjunto de ações inter-relacionadas
produto acabado nos clientes e as entregas das matérias- para esse fim: o subsistema de Controle de Estoque aciona o
primas na fábrica é de responsabilidade do setor de subsistema de Compras que recorre ao subsistema de
Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Cadastro.
Administração da frota de veículos da empresa, e/ou onde
também são contratadas as transportadoras que prestam Quando do recebimento, do material pelo almoxarifado, o
serviços de entrega e coleta. subsistema de Inspeção é acionado, de modo que os itens
aceitos pela inspeção física e documental são encaminhados
A integração destas subfunções funciona como um sistema de ao subsistema de Armazenagem para guarda nas unidades de
engrenagens que aciona a Administração de Material e estocagem próprias e demais providências, ao mesmo tempo
permite a interface com outros sistemas da organização. que o subsistema de Controle de Estoque é informado para
proceder aos registros físicos e contábeis da movimentação
de entrada.
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7. . O subsistema de Cadastro também é informado, para
encerrar o dossiê de compras e processar as anotações
cadastrais pertinentes ao fornecimento.
Os materiais recusados pelo subsistema de Inspeção são
devolvidos ao fornecedor. A devolução é providenciada pelo
subsistema de Aquisição que aciona o fornecedor para essa
providência após ser informado, pela Inspeção, que o material
não foi aceito. Igualmente, o subsistema de Cadastro é
informado do evento para providenciar o encerramento do
processo de compra e processar, no cadastro de
fornecedores, os registros pertinentes.
Todos esses subsistemas não aparecem configurados na
Quando o material é requisitado dos estoques, este Administração de Materiais de qualquer organização. As
evento é comunicado ao subsistema de Controle de Estoque partes componentes desta função dependem do tamanho, do
pelo subsistema de Armazenagem. Este procede à tipo e da complexidade da organização, da natureza e de sua
baixa física e contábil, podendo, gerar com isso, uma ação de atividade-fim, e do número de itens do inventário.
reposição.
Neste caso, é emitida pelo subsistema de Controle de
Estoques uma ordem ao subsistema de Compras, para que o
material seja comprado de um dos fornecedores cadastrados
e habilitados junto à organização pelo subsistema de
Cadastro. Após a concretização da compra, o subsistema de
Cadastro também fica responsável para providenciar, junto
aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega
contratual, iniciando o ciclo, novamente, por ocasião do
recebimento de material.
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8. 4. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Seguem os principais objetivos da área de Administração de
a) Suprir, através de Compras, a empresa, de todos os Recursos Materiais e Patrimoniais:
materiais necessários ao seu funcionamento;
b) Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores; a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente
c) Supervisionar os almoxarifados da empresa; um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra
d) Controlar os estoques; implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma
e) Aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, qualidade;
fixando Estoques Mínimos, Lotes Econômicos e outros índices
necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do
critérios aprovados pela direção da empresa; capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e
f) Manter contato com as Gerências de Produção, Controle de reduzindo o valor do capital de giro;
Qualidade, Engenharia de Produto, Financeira etc.
g) Estabelecer sistema de estocagem adequado;
h) Coordenar os inventários rotativos.
c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem
fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de
f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores
Estoques, Armazenamento e Compras;
resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado
d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma com menor despesa - em ambos os casos o objetivo é obter
análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os maior lucro final. “ As vezes compensa investir mais em
custos de produção, expedição e transportes são afetados pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos,
diretamente por este item; propiciando maior benefício com relação aos custos
e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é
g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de
responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços
uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau
provenientes de fornecedores externos. Em algumas
determinada pela maneira como negocia com seus
empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços
fornecedores;
constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais;
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9. •Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos
existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização
h) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem
interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal; causar interrupções às unidades funcionais da organização;
i) Bons Registros - são considerados como o objetivo •Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações
primário, pois contribuem para o papel da Administração de quanto a quantidade, volume, peso e custo em conseqüência
Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de de entradas e saídas;
forma indireta.
•Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;
•Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de
determinado item, om utilização certa, comprometida • Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis -
previamente e que por alguma razão permanece constitui as quantidades de itens em estoque, novos ou
temporariamente em almoxarifado. Está disponível somente recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser
para uma aplicação ou unidade funcional específica; eliminados. Constitui um Estoque Morto;
•Estoque de Recuperação - quantidades de itens • Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado
constituídas por sobras de retiradas de estoque, salvados ( item existente em estoque, livre para uso;
retirados de uso através de desmontagens) etc., sem
condições de uso, mas passíveis de aproveitamento após • Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível
•recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou com a quantidade pedida, aguardando o fornecimento;
Estoque de Materiais Recuperados, após a obtenção de sua
condições normais;
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10. •Estoque Mínimo: é a menor quantidade de um artigo ou item •Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de
que deverá existir em estoque para prevenir qualquer Reposição: é a quantidade de item de estoque que ao ser
eventualidade ou emergência ( falta ) provocada por consumo atingida requer a análise para ressuprimento do item;
anormal ou atraso de entrega;
•Ponto de Chamada de Emergência: é a quantidade que
•Estoque Médio, Operacional: é considerado como sendo a quando atingida requer medidas especiais para que não
metade da quantidade necessária para um determinado ocorra ruptura no estoque. Normalmente é igual a metade do
período mais o Estoque de Segurança; Estoque Mínimo;
•Estoque Máximo: é a quantidade necessária de um item •Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de
para suprir a organização em um período estabelecido mais o determinado item zera ( E = 0 ). A continuação das
Estoque de Segurança; solicitações e o não atendimento a caracteriza;
•Freqüência - é o número de vezes que um item é solicitado
ou comprado em um determinado período; •Tempo de Reposição, Ressuprimento: tempo decorrido
desde a emissão do documento de compra ( requisição ) até o
•Quantidade a Pedir - é a quantidade de um item que deverá recebimento da mercadoria;
ser fornecida ou comprada;
•Requisição ou Pedido de Compra - documento interno que
•Tempo de Tramitação Interna: é o tempo que um desencadeia o processo de compra;
documento leva, desde o momento em que é emitido até o
momento em que a compra é formalizada; •Coleta ou Cotação de Preços: documento emitido pela
unidade de Compras, solicitando ao fornecedor Proposta de
•Prazo de Entrega: tempo decorrido da data de formalização Fornecimento. Esta Coleta deverá conter todas as
do contrato bilateral de compra até a data de recebimento da especificações que identifiquem individualmente cada item;
mercadoria;
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11. •Proposta de Fornecimento - documento no qual o •Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou
fornecedor explicita as condições nas quais se propõe a Armazenagem: são os custos decorrentes da existência do
atender (preço, prazo de entrega, condições de pagamento item ou artigo no estoque. Varia em função do número de
etc); vezes ou da quantidade comprada;
•Mapa Comparativo de Preços - documento que serve para
confrontar condições de fornecimento e decidir sobre a mais •Custo de Obtenção de Estoque, do Pedido ou Aquisição:
viável; é constituído pela somatória de todas as despesas
efetivamente realizadas no processamento de uma compra.
•Custo Fixo:- é o custo que independe das quantidades Varia em função do número de pedidos emitidos ou das
estocadas ou compradas ( mão-de-obra, despesas adm, de quantidades compradas.
manutenção etc. );
•Custo Variável - existe em função das variações de •Custo Total: é o resultado da soma do Custo Fixo com o
quantidade e de despesas operacionais; Custo de Posse e o Custo de Aquisição;
•Custo Ideal: é aquele obtido no ponto de encontro ou
interseção das curvas dos Custos de Posse e de Aquisição.
Representa o menor valor do Custo Total.
CAPÍTULO II
GESTÃO DE ESTOQUE
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12. Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem
A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir lucros. Entre estes estão as inversões de capital destinadas a
recursos ociosos cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de
possuidores de valor econômico e destinado ao solução imediata. É o caso dos investimentos em estoque, que
suprimento das necessidades futuras evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco
de material , numa organização. presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos
Os investimentos não são dirigidos por uma que levam a não realização de vendas, a paralisação de
organização somente para fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços etc.,
aplicações diretas que produzam lucros, tais como além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes
os investimentos em máquinas e em fatores, igualam, em importância estratégica e econômica, os
equipamentos destinados ao aumento da produção investimentos em estoque aos investimentos ditos diretos.
e, conseqüentemente, das vendas.
2 - NATUREZA DOS ESTOQUES
Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva Estoque é a composição de materiais - materiais em
de investimentos mais rentáveis uma organização industrial ou processamento, materiais semi-acabados, materiais
comercial. Numa organização pública, a privação é em relação acabados - que não é utilizada em determinado
a investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública. momento na empresa, mas que precisa existir em
função de futuras necessidades. Assim, o estoque
A gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira constitui todo o sortimento de materiais que a
abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo empresa possui e utiliza no processo de produção de
inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível seus produtos/serviços.
econômico ótimo dos investimentos. E isto é obtido mantendo Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma
estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em generalizada, como certa quantidade de itens
quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da mantidos em disponibilidade constante e
produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de renovados,permanentemente, para produzir lucros e
consumo. serviços. São lucros provenientes das vendas e
serviços, por permitirem a continuidade do processo
produtivo das organizações.
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13. A acumulação de estoques em níveis adequados é uma
Representam uma necessidade real em qualquer tipo necessidade para o normal funcionamento do sistema
de organização e, ao mesmo tempo, fonte produtivo. Em contrapartida, os estoques representam
permanente de problemas, cuja magnitude é função um enorme investimento financeiro. Deste ponto de
do porte, da complexidade e da natureza das vista, os estoques constituem um ativo circulante
operações da produção, das vendas ou dos serviços. necessário para que a empresa possa produzir e
vender com um mínimo risco de paralisação ou de
A manutenção dos estoques requer investimentos e
preocupação. Os estoques representam um meio de
gastos muitas vezes elevados. Evitar sua formação ou,
investimento de recursos e podem alcançar uma
quando muito, tê-los em número reduzido de itens e
respeitável parcela dos ativos totais da empresa.
em quantidades mínimas, sem que, em contrapartida,
aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos A administração dos estoques apresenta alguns aspectos
usuários ou dos consumidores em geral, representa financeiros que exigem um estreito relacionamento com a área
um ideal conflitante com a realidade do dia-a-dia e que de finanças, pois enquanto a Administração de Materiais
aumenta a importância da sua gestão. está voltada para a facilitação do fluxo físico dos materiais e o
abastecimento adequado à produção e a vendas, a área
financeira está preocupada com o lucro, a liquidez da empresa
e a boa aplicação dos recursos empresariais.
É essencial, entretanto, para a compreensão mais
nítida dos estoques, o conhecimento das principais
A incerteza de demanda futura ou de sua variação ao funções que os mesmos desempenham nos mais
longo do período de planejamento; da disponibilidade variados tipos de organização, e que conheçamos as
imediata de material nos fornecedores e do suas diferentes espécies. Ter noção clara das diversas
cumprimento dos prazos de entrega; da necessidade naturezas de inventário, dentro do estudo da
de continuidade operacional e da remuneração do Administração de Material, evita distorções no
capital investido, são as principais causas que exigem planejamento e indica à gestão a forma de tratamento
estoques permanentemente à mão para o pronto que deve ser dispensado a cada um deles, além de
atendimento do consumo interno e/ou das vendas. evitar que medidas corretas, aplicadas ao estoque
Isto mantém a paridade entre esta necessidade e as errado, levem a resultados desastrosos, sobretudo, se
exigências de capital de giro. considerarmos que, à vezes, consideráveis montantes
de recursos estão vinculados a determinadas
modalidades de estoque.
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14. Já outras naturezas de estoque podem apresentar
Cada espécie de inventário segue comportamentos características bem próprias que, não estão sujeitas a
próprios e sofre influências distintas, embora se influência alguma. É o caso dos estoques de sucata,
sujeitando, em regra, aos mesmos princípios e às não destinada ao reprocessamento ou beneficiamento
mesmas estruturas de controle. Assim, por exemplo, e formados de refugos de fabricação ou de materiais
os estoques destinados à venda são sensíveis às obsoletos e inservíveis destinados à alienação e outros
solicitações impostas pelo mercado e decorrentes das fins. Em uma indústria, estes estoques podem vir a
alterações da oferta e procura e da capacidade de formar-se aleatoriamente, ao longo do tempo,
produção, enquanto os destinados ao consumo interno
caracterizando-se como contingências de
da empresa são influenciados pelas necessidades Armazenagem.
contínuas da produção, manutenção, das oficinas e
dos demais serviços existentes.
Diante dos exemplos apresentados, surge,
naturalmente, outra classificação:
Acabam representando, mesmo, para algumas organizações,
estoques de venda e de consumo interno. Para uma
verdadeiras fontes de receitas ( extra-operacional), enquanto
indústria, os produtos de sua fabricação integrarão os
os estoques destinados ao consumo interno constituem-se,
estoques de venda e, para outra, que os utilizará na
tão somente, em despesas. Entretanto, esta divisão por si só,
produção de outro bem, integrarão os estoques de
pode trazer dúvidas a partir da definição da natureza de cada
material de consumo. Por sua vez, o estoque de venda
um destes estoques.
pode desdobrar-se em estoque de varejo e de atacado.
O estoque de consumo pode subdividir-se em estoque
de material específico e geral. Este último pode
desdobrar-se, ainda, em estoque de artigos de
escritório, de limpeza e conservação etc.
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15. 3 - FUNÇÕES DO ESTOQUE
Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os As principais funções do estoque são:
estoques, considerando a natureza, finalidade, uso ou
aplicação etc. dos materiais que os compõem. O a)Garantir o abastecimento de materiais à empresa,
importante, todavia, nestas classificações, que neutralizando os efeitos de:
procuram mostrar os diferentes tipos de estoque e o - demora ou atraso no fornecimento de materiais;
que eles representam para cada empresa, é que elas - sazonalidade no suprimento;
servem de subsídios valiosos para a (o): configuração - riscos de dificuldade no fornecimento.
de um sistema de material; estruturação dos
almoxarifados; estabelecimento do fluxo de b) Proporcionar economias de escala:
informação do sistema; estabelecimento de uma - através da compra ou produção em lotes
classificação de material; política de centralização e econômicos;
descentralização dos almoxarifados; dimensionamento - pela flexibilidade do processo produtivo;
das áreas de armazenagem; planejamento na forma - pela rapidez e eficiência no atendimento às
de controle físico e contábil. necessidades.
Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do
processo de compra e venda - no processo de 4 - CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES
comercialização em empresas comerciais - e entre as
etapas
a) Estoques de Matérias-Primas (MPs)
de compra, transformação e venda - no processo de
produção em empresas industrias.
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais
Em qualquer ponto do processo formado por essas
básicos que ingressam no processo produtivo da
etapas, os estoques desempenham um papel
empresa. São os ítens iniciais para a produção dos
importante na flexibilidade operacional da empresa.
produtos/serviços da empresa.
Funcionam como amortecedores das entradas e saídas
entre as duas etapas dos processos de
comercialização e de produção, pois minimizam os
efeitos de erros de planejamento e as oscilações
inesperadas de oferta e procura, ao mesmo tempo em
que isolam ou diminuem as interdependências das
diversas partes da organização empresarial.
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16. c) Estoques de Materiais Semi-acabados
b) Estoques de Materiais em Processamento ou
em Vias Os estoques de materiais semi-acabados referem-se
aos materiais parcialmente acabados, cujo
Os estoques de materiais em processamento - também processamento está em algum estágio intermediário
denominados materiais em vias - são constituídos de de acabamento e que se encontram também ao longo
materiais que estão sendo processados ao longo das das diversas seções que compõem o processo
diversas seções que compõem o processo produtivo da produtivo. Diferem dos materiais em processamento
empresa. Não estão nem no almoxarifado - por não pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram
serem mais MPs iniciais - nem no depósito - por ainda quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas
não serem Pas. Mais adiante serão transformadas em do processo produtivo para se transformarem em
Pas. materiais acabados ou em PAs.
5 - CONTROLE DE ESTOQUES
d) Estoques de Materiais Acabados ou Componentes O objetivo básico do controle de estoques é
Os estoques de materiais acabados - também denominados evitar a falta de material sem que esta diligência
componentes - referem-se a peças isoladas ou componentes resulte em estoque excessivos às reais necessidades
já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, da empresa.
na realidade, partes prontas ou montadas que, quando O controle procura manter os níveis
juntadas, constituirão o PA. estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de
consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.
e) Estoques de Produtos Acabados (Pas) Para mantermos este nível de água, no tanque, é
Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e preciso que a abertura ou o diâmetro do ralo permita
acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. vazão proporcional ao volume de água que sai pela
Constituem o estágio final do processo produtivo e já torneira. Se fecharmos com o ralo destampado,
passaram por todas as fases, como MP, materiais em interrompendo, assim, o fornecimento de água, o
processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados nível, em unidades volumétricas, chegará, após algum
e Pás. tempo, a zero. Por outro lado, se a mantivermos
aberta e fecharmos o ralo, impedindo a vazão, o nível
subirá até o ponto de transbordar.
16
17. Ou, se o diâmetro do raio permite a saída da água, em Se, em outro caso, não dimensionarmos bem as
volume maior que a entrada no tanque, precisaremos necessidades do estoque, poderemos chegar ao ponto
abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para de excesso de material ou ao transbordamento dos
compensar o excesso de escapamento e evitar o seus níveis em relação à demanda real, com prejuízos
esvaziamento do tanque. para a circulação de capital.
O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de
De forma semelhante, os níveis dos estoques material, onde atua , sobretudo, o controle de
estão sujeitos à velocidade da demanda. Se a estoque, é um dos objetivos da gestão.
constância da procura sobre o material for maior que o
tempo de reposição, ou estas providências não forem
tomadas em tempo oportuno, a fim de evitar a
interrupção do fluxo de reabastecimento, teremos a
situação de ruptura ou de esvaziamento do seu
estoque, com prejuízos visíveis para a produção,
manutenção, vendas etc.
6 - FUNÇÕES DO CONTROLE DE ESTOQUE f) controlar os estoques em termos de quantidade e
valor, e fornecer informações sobre a posição do
Para organizar um setor de controle de estoques, estoque;
inicialmente devemos descrever suas funções
principais que são: g) manter inventários periódicos para avaliação das
a) determinar quot;o quequot; deve permanecer em estoque. quantidades e estados dos materiais estocados;
Número de itens;
b) determinar quot;quandoquot; se devem reabastecer os h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e
estoques. Periodicidade; danificados
c) determinar quot;quantoquot; de estoque será necessário
para um período predeterminado; quantidade de
compra;
d) acionar o Depto de Compras para executar
aquisição de estoque;
e) receber, armazenar e atender os materiais
estocados de acordo com as necessidades;
17
18. 7 - CLASSIFICAÇÃO ABC
A curva ABC é um importante instrumento para A curva ABC tem sido usada para a
o administrador; ela permite identificar aqueles itens administração de estoques, para definição de políticas
que justificam atenção e tratamento adequados quanto de vendas, estabelecimento de prioridades para a
à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da programação da produção e uma série de outros
ordenação dos itens conforme a sua importância problemas usuais na empresa.
relativa.
Após os itens terem sido ordenados pela
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a importância relativa, as classes da curva ABC podem
seqüência dos itens e sua classificação ABC, disso ser definidas das seguintes maneiras:
resulta imediatamente a aplicação preferencial das
técnicas de gestão administrativas, conforme a
importância dos itens.
Exemplo:
Classe A: Grupo de itens mais importante que devem
ser trabalhados com uma atenção especial pela
administração.
Classe B: Grupo intermediário.
Classe C: Grupo de itens menos importantes em
termos de movimentação, noentanto, requerem
atenção pelo fato de gerarem custo de manter
estoque.
18
19. 7.1 - MONTAGEM DA CURVA ABC
- Relacionar os itens analisados no período que estiver
A classe quot;Aquot; são os itens que nesse caso dão a sendo analisado;
sustentação de vendas, podemos perceber que apenas - Número ou referencia do produto;
20% dos itens corresponde a 80% do - Nome do produto;
faturamento.(alta rotatividade). - Preços unitário atualizado;
- Valor total do consumo;
A classe “B” responde por 30% dos itens em - Arrume os itens em ordem decrescente de valor;
estoque e 15% do faturamento.(rotatividade média). - Some o total do faturamento;
-Defina os itens da classe quot;Aquot; = 80% do faturamento;
A classe quot;Cquot; compreende a sozinha 50% dos itens em - Fat. Classe quot;Aquot; = Fat. Total x 80;
estoque, respondendo por apenas 5% do faturamento. 100
8 - NÍVEIS DE ESTOQUES
- Defina os itens da classe quot;Bquot; = 15% do faturamento;
- Defina os itens da classe quot;Cquot; = 5% do faturamento; 8.1 - CURVA DENTE DE SERRA
- Após conhecidos esses valores define-se os itens de
cada classe.
19
20. O ciclo acima representado será sempre repetitivo e
constante se:
a) não existir alteração de consumo durante o tempo
T;
b) não existirem falhas adm. que provoquem um
esquecimento ao solicitar compra;
c) o fornecedor nunca atrasar;
d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo
controle de qualidade.
Como sabemos essa condição realmente não ocorre
para isso devemos prever essas possíveis falhas na No gráfico acima podemos notar, que durante os meses
operação como representado abaixo: de junho, julho e agosto e setembro, o estoque esteve a
zero e deixou de atender a uma quantidade de 80 peças.
A partir dessa análise concluímos que deveríamos então
estabelecer um estoque de segurança.
8 - TEMPO DE REPOSIÇÃO; PONTO DE PEDIDO
a)emissão do pedido - Tempo que se leva desde a
emissão do pedido de compras até ele chegar ao
fornecedor;
b) preparação do pedido - Tempo que leva o
fornecedor para fabricar os produtos, separar, emitir
faturamento e deixá-los em condições de serem
transportados.
c) Transportes - Tempo que leva da saída do
fornecedor até o recebimento pela empresa dos
materiais encomendados.
20
21. 8.1 - DETERMINAÇÃO DO PONTO DE PEDIDO
(PP).
PP = C x TR + E.min
Onde:
PP = Ponto de pedido
C = Consumo médio mensal / dia
TR = Tempo de reposição
E.min = Estoque mínimo
Em virtude de sua grande importância, este tempo deve
ser determinado de modo mais realista possível, pois as
variações ocorridas durante esse tempo podem alterar
toda a estrutura do sistema de estoques.
9 - ESTOQUE MÍNIMO 10 - SISTEMA DE MÁXIMOS MÍNIMOS:
É utilizado quando há muita dificuldade para
Emin = Er + Pe x C determinar o consumo ou quando ocorre variação no
tempo de reposição. Esse sistema consiste em estimar
Onde: os estoques máximos (Emax) e mínimo (Emin) para
ER= Estoque de Reserva ou de Segurança; cada ítem, em função de uma expectativa de consumo
Pe = Prazo de Entrega; previsto para determinado período de tempo. A partir
C = Consumo Diário daí, calcula-se o ponto de pedido (PP).
Estoque mínimo é uma quantidade em estoque que,
quando atingida, determina a necessidade de
encomendar um novo lote de material.
21
22. O Er, ou de segurança, é uma quantidade morta
em estoque que somente é consumida em caso de
extrema necessidade. Destina-se cobrir eventuais
atrasos e garantir a continuidade do abastecimento da
produção, sem o risco de falta de material, que
provoca o custo da ruptura, isto é, o custo de
paralisação da produção.
Ponto de pedido (PP) é uma quantidade de estoque
que, quando atingida, deverá provocar um novo
pedido de compra.
Intervalo de reposição (IR), é o período de tempo
entre duas reposições de material. È o intervalo de
tempo entre dois PPs.
Para representar os sistema máximos-mínimos,
utilizamos a chamada curva dente de serra.
11 - CUSTO DE PEDIDO (B)
O total das despesas que compõe o CTA é:
a) Mão-de-obra - para emissão e processamento;
b) Material- utilizado na confecção do pedido (papel,
Chamaremos de B o custo de um pedido de compra.
etc);
Para calcularmos o custo anual de todos os pedidos
c) Custos indiretos - despesas ligadas indiretamente
colocados no período de um ano é necessário
com o pedido( telefone, luz, etc).
multiplicar o custo de cada pedido pelo número de
vezes que, em um ano, foi processado.
Após apuração anual destas empresas teremos o custo
total anual dos pedidos.
Se (N) for o número de pedidos efetuados durante um
Para calcular o custo unitário é só dividir o CTA pelo
ano, o resultado será:
número total anual de pedidos.
B x N = custo total de pedidos (CTA)
B = CTA = Custo unitário do pedido
N
22
23. 12 - CUSTO DE ARMAZENAGEM (I)
-Método para cálculo do custo do pedido: Para calcular o custo de armazenagem de determinado
material, podemos utilizar a seguinte expressão:
1) Mão de obra : Salários e encargos + honorários do
pessoal envolvido, anual; Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x I
2) Material: Papel, caneta, envelope, material de
informática, etc, anual; Onde:
3) Custos indiretos: Telefone, luz, correios, Q = Quantidade de material em estoque no tempo
reprodução, viagens, custo de área ocupada, servidor considerado
de Internet, etc, anual. P = Preço unitário do material
I = Taxa de armazenamento, expressa geralmente em
termos de porcentagem do custo unitário.
T = Tempo considerado de armazenagem
13 - TAXA DE ARMAZENAMENTO
15 Fabricar ou Comprar ?
a) Taxa de retorno de capital Sumário
Ia = 100 x lucro
Valor estoques FABRICAR OU COMPRAR
CUSTO DE OPORTUNIDADE
b) Taxa de armazenamento físico
Ib = 100 x S xA CUSTOS PERDIDOS
CxP CUSTOS IMPUTADOS
Onde:
S = área ocupada pelo estoque CUSTO DE REPOSIÇÃO
A = custo anual do m² de armazenamento
C = consumo anual
P = preço unitário
23
24. Fornecimento externo é o processo de aquisição Algumas vezes os fatores qualitativos ditam as
de bens e serviços de vendedores externos, em vez decisões dos gerentes. A Dell Computers, por
de produzi-los ou executá-los na organização, o exemplo, precisa adquirir da Intel o chip Pentium
que se denomina fornecimento interno. dos seus computadores portáteis, porque não
A Kodak, por exemplo, prefere fabricar os seus dispõe do Know-how e de tecnologia para
próprios filmes (fornecimento interno), mas tem a produzi-lo.
IBM para efetuar o seu processamento de dados
(fornecimento externo).
Algumas vezes a empresa pode preferir fabricar Quais são os fatores mais importantes nas
para manter o controle do produto e da decisões de fabricar ou comprar ?
tecnologia. Com vistas a preservar a fórmula da
→ Qualidade
Coca-Cola, por exemplo, a companhia não
compra a produção do xarope. → Confiança nos Suprimentos
→ Custos
24
25. Exemplo Exemplo
Uma fábrica de tecidos produz dois tipos de camisas: Social e Uma outra empresa oferece a mesma camisa Social por R$ 5,50.
Sport. Trabalha com sua capacidade plena e apresenta os E agora, o que é melhor para esta empresa, produzir ou comprar
seguintes dados: esta camisa ?
Camisa Social Camisa Sport Fabricar Compensa Comprar
Matéria Prima $ 36.000 Matéria Prima $ 44.000 Custos Variáveis Preço Compra $ 5,50
MOD $ 24.000 MOD $ 15.000 Matéria-Prima $ 36.000
Outros Custos Var. $ 29.000 Outros Custos Var. $ 31.000 MOD $ 24.000 (X) Quantidade 16.750
Custos Fixos $ 45.000 Custos Fixos $ 58.000 Outros C. Variáveis $ 29.000
Total $ 134.000 Total $ 148.000 Total Custos Var. $ 89.000 Total $ 92.125
(÷) Quantidade 16.750
Produção 16.750 unidades Produção 40.000 unidades Custo variável Unit. $ 5,31 Diferença $ 3.125
Preço de Venda R$ 17,00 Preço de Venda R$ 7,20
Exemplo Repensar a possibilidade de fabricar ao invés
de comprar
Uma outra empresa oferece a mesma camisa Sport por R$ 2,35.
– aumento do prazo de entrega dos
E agora, o que é melhor para esta empresa, produzir ou comprar fornecedores;
esta camisa ? – diminuição da qualidade dos produtos dos
fornecedores;
Fabricar Compensa Comprar – aumento excessivo de preços pelos
fornecedores, por exemplo, devido à
Custos Variáveis Preço Compra $ 2,35 formação de cartéis;
Matéria-Prima $ 44.000 – aumento ou diminuição muito grande da
MOD $ 15.000 (X) Quantidade 40.000 demanda (muda a escala de produção do
produto);
Outros C. Variáveis $ 31.000
– diminuição da produção de outros itens (mão-
Total Custos Var. $ 90.000 Total $ 94.000 de-obra ociosa que é interessante não
(÷) Quantidade 40.000 dispensar);
Custo variável Unit. $ 2,25 Diferença $ 4.000 – aquisição de novos de equipamentos;
25
26. Repensar a possibilidade de fabricar ao invés Repensar a possibilidade de comprar ao
de comprar (continuação) invés de fabricar (continuação)
– aumento ou diminuição de instalações;
– existência de capacidade produtiva
– aumento da disponibilidade de mão-de-obra ociosa;
qualificada no mercado;
– retirada de algum fornecedor do mercado; – utilização, em outros produtos, das
– mudanças de estratégias (por exemplo, a matérias primas básicas para a
entrada no ramo daquele tipo de produção do item;
componente); – pagamento de royalties;
– vencimento dos prazos de validade de – máquinas, instalações e ferramental
patentes;
necessário;
– diminuição dos custos dos insumos
necessários para a fabricação do produto; – mão-de-obra especializada;
– segurança de fornecimento;
Repensar a possibilidade de comprar Vantagens habituais de fabricar
ao invés de fabricar (continuação) – manutenção de segredos
– know-how; – garantia do prazo de entrega
– impostos; – garantia da qualidade
– necessidade de segredo; – produto não padronizado no mercado
– prazo de entrega; – um só ou muito poucos fornecedores
– utilização de capacidade ociosa
– facilidade de mudanças
26
27. Vantagens habituais de comprar CONDIÇÕES DE COMPRA
– menos problemas com pessoal
– menos problemas em deixar de usar
- Entregas parceladas e respectivas
o componente
datas
– menos custos indiretos
– especialização no negócio (Ex.
- Quantidades e respectivas
rolamentos) tolerâncias
– maior elasticidade - Prazos limites de entrega
– não necessidade de investimentos - Frete
– dificuldade de obter mão-de-obra - Seguro
especializada
- Embalagem
15.1 - RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO DE
COMPRA
- Condições de pagamento
1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que
- Condições de reajuste passa a adotar o método em seus estoques, pode
deparar-se com o problema de falta de espaço, pois,
- Impostos às vezes, os lotes de compra recomendados pelo
- Local e horário de entrega sistema não coincidem coma capacidade de
armazenagem do almoxarifado;
- etc.
27
28. 2. Variações do Preço de Material - Em economias 3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade
inflacionarias, calcular e adquirir a quantidade ideal ou decorre, em grande parte, da falta de registros ou da
econômica de compra, com base nos preços atuais dificuldade de levantamento dos dados de custos.
para suprir o dia de amanhã, implicaria, de certa Entretanto, com referência a este aspecto, erros, por
forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas fossem maiores que sejam, na apuração destes custos não
as alterações de preços afetam de forma significativa o resultado ou a solução
sofridas pelo material ao longo do período, o que não final. São poucos sensíveis à alterações razoáveis nos
se verifica , com constância, nos países de economia fatores de custo considerados. Estes são, portanto,
relativamente estável, onde o preço permanece sempre de precisão
estacionário por períodos mais longos; relativa;
4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em
fator de dificuldade. O material poderá tornar-se Equipamentos de
obsoleto ou deteriorar-se;
5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote
econômico de compra pressupõe, em regra, um tipo,
Manuseio e
de demanda regular e constante, com distribuição
uniforme. Como isto nem sempre ocorre com relação à
boa parte dos itens, é possível que não consigamos Movimentação
resultados satisfatórios ou esperados com os materiais
cujo consumo seja de ordem aleatória e descontínua.
Podemos, nestas circunstâncias, obter uma quantidade
pequena que inviabilize a sua utilização.
28
29. Contextualização
A transformação da matéria-prima em produto acabado requer
que pelo menos um dos três elementos básicos de produção
(trabalhador, máquina e material) seja movimentado.
Para a maioria dos processos produtivos atuais, o material é o Benefícios potenciais do
elemento que se movimenta. Nesses casos, os custos de
movimentação de material têm grande impacto sobre o
emprego de Equipamentos de
custo final do produto. Manuseio e Movimentação
Obs.: Nas indústrias Civil, Aeronáutica e Naval, por exemplo, o
trabalhador e as máquinas se movimentam para onde está
o material a ser transformado em produto.
O trabalho braçal será realizado pelo
Redução da
equipamento, liberando o trabalhador para
mão de obra.
serviços mais nobres (!?)
Redução do Os equipamentos permitem melhor
custo de acondicionamento e um transporte mais seguro,
materiais. reduzindo as perdas. As 11 Leis da Movimentação
Aumento de Ocorre pela facilitação e aceleração do fluxo de
produção. materiais até o processo produtivo. de Materiais
Aumenta a
capacidade
Ocorre pelo melhor aproveitamento da altura
de
dos prédios destinados à estocagem.
armazenage
m.
Melhora a
distribuição Os dispositivos destinados à formação de carga
da unitária favorecem a arrumação e distribuição
armazenage das cargas.
m.
Melhora as
Os equipamentos proporcionam maior
condições
segurança e redução da fadiga.
trabalho.
29
30. Obediência ao fluxo das operações
Disponha a trajetória dos materiais de forma
que a mesma seja a seqüência de operações. Padronização
Ou seja, utilize sempre, dentro do possível, o Use equipamento padronizado na medida do
arranjo tipo linear. possível. O custo inicial é mais baixo, a
Mínima distância manutenção é mais fácil e mais barata e a
Reduza as distâncias e transporte pela utilização desse equipamento é mais variada
eliminação de zigue--zagues no fluxo dos por ser mais flexível que equipamentos
materiais. especializados.
Mínima manipulação Flexibilidade
Reduza a freqüência de transporte manual. O O valor de determinado equipamento para o
transporte mecânico custa menos que as usuário é proporcional à sua flexibilidade, isto
operações de carga e descarga, levantamento é, à capacidade de satisfazer ao transporte de
e armazenamento. Evite manipular os vários tipos de cargas, em condições variadas
materiais tanto quanto possível ao longo do de trabalho. Máxima utilização do
ciclo de processamento. equipamento
Segurança e satisfação
Leve sempre em conta a segurança dos
operadores e o pessoal circulante, quando
selecionar o equipamento de transporte de
materiais.
Máxima utilização do equipamento Método alternativo
Mantenha o equipamento ocupado tanto Faça uma previsão de um método alternativo de
quanto possível. Evite acúmulo de materiais movimentação em caso de falha do meio
nos terminais do ciclo de transporte. Se não mecânico de transporte. Essa alternativa pode
puder manter o equipamento de baixo ser bem menos eficiente que o processo
investimento, mantenha o quaociente definitivo de transporte, mas pode ser de
[CARGA ÚTIL / CARGA MORTA] tão baixo grande valor em casos de emergência.
quanto possível; ¼ é considerado o ideal. Exemplos: colocar pontos esparsos para
Máxima utilização da gravidade instalação de uma talha manual; prever espaço
Use a gravidade sempre que possível. para movimentação de uma empilhadeira
Pequenos trechos moto-rizados de numa área coberta por uma ponte rolante.
transportadores podem elevar a carga a Menor custo total
uma altura con-veniente para suprir trechos Selecione equipamentos na base de custos totais
longos de transportes por gravidade. e não somente do custo inicial mais baixo, ou
Máxima utilização do espaço disponível do custo operacional, ou somente de
Use o espaço “sobre cabeças” sempre que for manutenção. O equipamento escolhido deve
possível. Empilhe cargas ou utilize suportes ser o que apresenta o menor custo total para
especiais para isso. uma vida útil razoável e a uma taxa de retorno
do investimento adequado.
30
31. DESCRIÇÃO APLICAÇÃ DESCRIÇÃO APLICAÇÃ
O O
DESCRIÇÃO APLICAÇÃ
O DESCRIÇÃO APLICAÇÃ
O
31
32. Exemplos de Empilhadeiras Empilhador *
* Suporte móvel para empilhar em ambientes confinados.
Classificação de Materiais: o que é
e como se faz?
Classificação e Classificar um material é agrupá-lo utilizando
critérios como gênero, finalidade, tipo, forma,
dimensões etc. A boa classificação permite:
Codificação de 1. Perfeita identificação mesmo para materiais
muito parecidos;
2. Tratamento adequado para cada gênero de
Materiais material (produtos químicos versus alimentos).
A classificação é feita em etapas e gera o catálogo
(impresso ou não).
Catalogação: consiste na criação do catálogo do
estoque, onde constam todos os itens
apresentados em conjunto, porém por classes.
32
33. Exemplos de classificação de
Simplificação: consiste na racionalização dos
materiais, eliminando sempre que possível a materiais
diversidade de itens com uma mesma
finalidade.
PAPEL couché, 70g / m², bobina com 1,0 m
Especificação: descrição detalhada de cada largura.
item, com sua forma, material /
composição, tamanho, peso etc. A PARAFUSO de aço, M10 x 25 x 1,0, cabeça
especificação pode ser técnica e / ou sextavada.
comercial. A especificação facilita a compra
dos itens, a verificação no recebimento e a CANETA esferográfica, ponta grossa, azul, marca
identificação pelo requisitante / cliente. BIC.
Normalização e Padronização: define a maneira CANETA esferográfica, ponta grossa, preta, marca
que os materiais serão utilizados e a forma BIC.
única de identificação dos mesmos, tanto
pelo Almoxarifado / Depósito quanto pelo CANETA esferográfica, ponta fina, azul, marca
Requisitante / Cliente. PILOTO.
Sistemas de Classificação de
Materiais
Alfabético
Numérico
Alfa-numérico Inventário
33
34. Planejamento do INVENTÁRIO Contar e Atualizar os registros:
a) Todos os documentos emitidos um dia antes e um dia
depois do inventário deverão ser identificados como
Para atingir seus objetivos, o inventário deve ser tais.
planejado: b) Os saldos do dia do inventário deverão ser destacados
(sublinhados).
Convocar inventariantes antecipadamente. c) Cada item deverá ser contado obrigatoriamente duas
Montar duas equipes: vezes. A cada contagem, a respectiva parte do cartão
a)Primeira Contagem (ou de Reconhecimento). deverá ser entregue ao Coordenador, que verificará se
há diferenças. Se houver, uma 3ª equipe é montada
b)Segunda Contagem (ou de Revisão). na hora para recontar o item.
Explicar como será o trabalho: Emitir relatório de diferenças, justificando-as.
a)Providenciar cartões ( + ) ou listagens (SI) de
inventário.
b)Arrumar, limpar e identificar os itens com o cartão de
inventário.
c)Arrumar a área para permitir livre circulação do pessoal e
para separar os itens que não serão inventariados.
quot;A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma
profissão e cada vez menos um jogo de sortequot;.
CAPÍTULO III
quot;Em muitos casos não é o custo que determina o preço de
venda, mas o inverso. O preço de venda necessário determina
ADMINISTRAÇÃO DOS qual deve ser o custo.
Qualquer economia, resultando em redução de custo de
SERVIÇOS DE COMPRAS compra, que é uma parte de despesa de operação de uma
industria, é 100% lucro. Os lucros das compras são líquidosquot;.
(HENRY FORD)
34
35. 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2 CONCEITO DE COMPRA
Embora todos saibamos comprar, em função do cotidiano de É a função responsável pela obtenção do material no mercado
nossas vidas, é imprescindível a conceituação da atividade, fornecedor, interno ou externo, através da mais correta
que significa procurar e providenciar a entrega de materiais, tradução das necessidades em termos de fornecedor /
na qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço requisitante.
justo, para o funcionamento, a manutenção ou a ampliação da
empresa. É ainda, a unidade organizacional que, agindo em nome das
atividades requisitantes, compra o material certo1, ao preço
certo2, na hora certa3, na quantidade certa4 e da fonte certa5.
3 Material Certo
É importante que o comprador esteja em situação de certificar- Em hipótese alguma o comprador deve der inicio a um
se se o material comprado, de um fornecedor está de acordo processo de compras, sem ter idéia exata de que quer
com o solicitado. O comprador deve, portanto, desenvolver um comprar. Objetivando um melhor conhecimento do que
“sentido técnico a fim de descobrir eventuais discrepâncias vai comprar, o comprador, sempre que possível, deverá entrar
entre a cotações de um fornecedor e as especificações da em contato cem os setores que utilizam ou que vão utilizar o
Requisição de Compras. O comprador deve ter condições de material ou serviço a ser adquirido, de que maneira e se
reconhecer, em uma eventual alternativa de cotação, uma inteirar de todos os problemas e dificuldades que poderão
economia do custo potencial ou a idéia de melhoria do ocorrer ou ocorrem quando da utilização do item requisitado.
produto. Evidentemente, em tais circunstancias, a decisão final
não será do comprador mas ele deve ter habilidade para Em resumo: cada vez mais, hoje em dia, o comprador
encaminhar aos setores requisitantes ou técnicos da empresa deve ser um técnico.
essas sugestões. Toda vez que uma requisição não for
suficientemente clara, o comprador deverá solicitar
esclarecimentos ou, se for o caso, devolvê-la a fim de que seja
preenchida corretamente e de maneira que transmita
exatamente o que se deseja adquirir”.
35
36. 4 Preço Certo
Nas grandes empresas, subordinado a Compras, existe o O quot;preço objetivoquot; é que vai servir de orientação ao comprador
Setor de Pesquisa e Análise de Compras. Sua função é, entre quando de uma concorrência. No julgamento da concorrência
outras, a de calcular o quot;preço objetivoquot; do item (com base em duas são as possíveis situações:
desenhos e especificações) . O cálculo desse quot;preço objetivoquot;
é feito baseando-se no tempo de execução do item, na mão a) Preço muito mais alto do que o quot;preço objetivoquot;: nessas
de obra direta, no custo da matéria prima com mão de obra circunstâncias, eventualmente, o comprador poderá chamar o
média no mercado; a este valor deve-se acrescentar fornecedor e solicitar esclarecimentos ou uma justifica tive do
um valor, pré-calculado, de mão de obra indireta. Ao valor preço. O fornecedor ou está querendo ter um lucro excessivo,
encontrado deve-se somar o lucro. Todos estes valores ou possui sistemas onerosos de fabricação ou um mau
podem ser obtidos através de valores médios do mercado, e sistema de apropriação de custos;
do balanço e demonstrações de lucros e perdas dos diversos
fornecedores.
Portanto, se o preço for muito mais baixo que o preço objetivo,
b) Preço muito mais baixo que o quot;preço objetivoquot;: o menor o fornecedor deve ser chamado, a fim de prestar
preço não significa hoje em dia, o melhor negócio. Se o preço esclarecimentos. Deve-se sempre partir do princípio
do fornecedor for muito mais baixo, dois podem ser os fundamental de que toda empresa deve ter lucro,
motivos: 1) O fornecedor desenvolveu uma técnica de evidentemente um lucro comedido, e que, portanto, não nos
fabricação tal que conseguiu diminuir seus custos; 2) O interessa que qualquer fornecedor tenha prejuízos. Se a
fornecedor não soube calcular os seus custos e nessas empresa não tiver condições de determinar esse preço
circunstâncias dois problemas podem ocorrer: ou ele não objetivo, pelo menos, o comprador deve abrir a concorrência
descobre os seus erros e fatalmente entrará em dificuldades tendo uma idéia de que vai encontrar pela frente. Nessas
financeiras com possibilidades de interromper seu circunstâncias, ele deve tomar como base ou o último preço,
fornecimento, ou descobre o erro e então solicita um reajuste ou, se o item for um item novo, deverá fazer uma pesquisa
de preço que, na maioria das vezes, poderá ser maior que o preliminar de preços.
segundo preço na concorrência original.
36
37. 5 Hora.Certa
O desenvolvimento industrial atual e o aumente cada vez
maior do numero de empresas de produção em série, torna o
tempo de entrega, ou os prazos de entrega, um dos fatores
Em resumo: nunca o comprador deve dar mais importantes no julgamento de uma concorrência. As
diversas flutuações de preços do mercado e o perigo de
início a uma concorrência, sem ter estoques excessivos fazem cem que e comprador necessite
uma idéia do que vai receber como propostas. coordenar esses dois fatores da melhor maneira possível, a
fim de adquirir na hora certa o material para a empresa.
6 Quantidade Certa 7 Fonte Certa
A quantidade a ser adquirida é cada vez mais importante por De nada adiantará ao comprador saber exatamente o material
ocasião da compra. Até pouco tempo atrás aumentava-se a a adquirir, o preço certo, o prazo certo e a quantidade certa, se
quantidade a ser adquirida objetivando melhorar e preço; não puder encontrar uma fonte de fornecimento que possa
entretanto outros fatores como custo de armazenagem, capital agrupar todas as necessidades. A avaliação dos fornecedores
investido em estoques etc., fizeram com que maiores cuidados e o desenvolvimento de novas fontes de fornecimento são
fossem tornados na determinação da quantidade certa ou na fatores fundamentais para o funcionamento de compras.
quantidade mais econômica a ser adquirida. Para isso foram Devido a essas necessidades o comprador, exceto o setor
deduzidas fórmulas matemáticas objetivando facilitar a de vendas da empresa, é o elemento que mantém e deve
determinação da quantidade a ser adquirida. Entretanto, manter o maior número de contatos externos na busca cada
qualquer que seja, a fórmula ou método a ser adotado não vez mais intensa de ampliar o mercado de fornecimento. Tão
elimina a decisão final da Gerência de Compras com importante é este item que mais adiante vamos tratar com
eventuais alterações destas quantidades devido as situações detalhes como escolher e selecionar novos fornecedores.
peculiares do mercado.
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38. 8 FUNÇÃO DE COMPRA O custo de aquisição e o custo de manutenção dos estoques
A Função Compras é uma das engrenagem do grande de material devem, também, ser mantidos em um nível
conjunto denominado Sistema Empresa ou Organização e econômico. Essas considerações elementares são a base de
deve ser devidamente considerado no contexto, toda a função e ciência de Compras.
para que deficiências não venham a ocorrer, provocando
demoras onerosas, produção ineficiente, produtos inferiores, o A função Compras compreende:
não cumprimento de promessas de entregas e clientes - Cadastramento de Fornecedores;
insatisfeitos. - Coleta de Preços;
A competitividade no mercado, quanto a vendas, e em - Definição quanto ao transporte do material;
grande parte, assim como a obtenção de lucros satisfatórios, - Julgamento de Propostas;
devida a realização de boas compras, e para que isto ocorra é - Diligenciamento do preço, do prazo e da qualidade do
necessário que se adquira materiais ao mais baixo custo, material;
desde que satisfaçam as exigências de qualidade. - Recebimento e Colocação da Compra.
10 OBJETIVO DE COMPRAS
De uma maneira bastante ampla, e que demonstra que a
9 FLUXO SINTÉTICO DE COMPRAS função compras não existe somente no momento da compra
propriamente dita, mas que a mesma possui uma maior
1 Recebimento da Requisição de Compras amplitude, envolvendo a tomada de decisões, procedendo a
2 Escolha dos Fornecedores análises e, determinando ações que antecedem ao ato final,
3 Consulta aos Fornecedores podemos dizer que compras tem como objetivo quot;comprar os
4 Recebimento das Propostas materiais certos, com a qualidade exigida pelo produto, nas
5 Montagem do Mapa Comparativo de Preços quantidades necessárias, no tempo requerido, nas melhores
6 Análise das propostas e escolha condições de preço e na fonte certaquot;.
7 Emissão do documento contratual
8 Diligenciamento
9 Recebimento
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39. Para que estes objetivos sejam atingidos, deve-se buscar 11 TIPOS DE COMPRAS
alcançar as seguintes metas fundamentais: Toda e qualquer ação de compra é precedida por um desejo
de consumir algo ou investir. Existem pois, basicamente, dois
1 - Atender o cronograma de produção, através do tipos de compra:
fornecimento contínuo de materiais; - a compra para consumo e;
2 - Estocar ao mínimo, sem comprometer a segurança da -a compra para investimento.
produção desde que represente uma economia para a
organização; 11.1 Compra para investimento
3 - Evitar multiplicidade de itens similares, o desperdício, Enquadram-se as compras de bens e equipamentos que
deterioração e obsolescência; compõem o ativo da empresa (Recursos Patrimoniais ).
4 - Manter a qualidade dos materiais conforme especificações;
5 - Adquirir os materiais a baixo custo sem demérito a
qualidade;
6 - Manter atualizado o cadastro de fornecedores.
11.2 Compras para consumo 12 Materiais Produtivos
São de matérias primas e materiais destinados a produção, ‘ São aqueles materiais que integram o produto final, portanto,
incluindo-se a parcela de material de escritório. Algumas neste caso, matéria-prima e outros materiais que fazem parte
empresas denominam este tipo de aquisição do produto, sendo que estes diferem de indústria - em função
como compras de custeio. do que é produzido.
As compras para consumo, segundo alguns estudiosos do
assunto, subdividemse em: 12.1 Materiais improdutivos
São aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente,
- compras de materiais produtivo e; não integram o produto, o que quer dizer que é apenas
- compras de material improdutivo. material de consumo forçado ou de custeio.
Em função do local onde os materiais estão sendo adquiridos,
ou de suas origens, a compra pode ser classificada como:
Compras Locais ou Compras por Importação.
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40. 12.2 Compras Locais 12.3 Compras por Importação
As atividades de compras locais podem ser exercidas na As compras por importação envolvem a participação do
iniciativa privada e no serviço público. A diferença fundamental administrador com especialidade em comércio exterior, motivo
entre tais atividades é a formalidade no serviço público e a pelo qual não cabe aqui nos aprofundarmos a esse respeito.
informalidade na iniciativa privada, muito embora com Seus procedimentos encontram-se expostos a contínuas
procedimentos praticamente idênticos, independentemente modificações de regulamentos, que compreendem, entre
dessa particularidade. As Leis nº 8.666/93 e 8.883/94, que outras, as seguintes etapas:
envolvem as licitações no serviço público, exigem total
formalidade. Seus procedimentos e aspectos legais serão
detalhados em Compras no Serviço Público.
a. Processamento de faturas pro forma; 12.4 Compras Formais
b. Processamento junto ao Departamento de Comércio São as aquisições de materiais em que é obrigatória a
Exterior - DECEX – dos documentos necessários à emissão de um documento de formalização de compra. Estas
importação; compras são determinadas em função de valores pré -
c. Compra de câmbio, para pagamento contra carta de crédito estabelecidos e conforme o valor a formalidade e feita em
irrevogável; graus diferentes.
d. Acompanhamento das ordens de compra (purchase order)
no exterior; 12.5 Compras informais
e. Solicitação de averbações de seguro de transporte marítimo São compras que, por seu pequeno valor, não justificam maior
e/ou aéreo; processamento burocrático.
f. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto;
g. Pagamento de direitos alfandegários;
h. Reclamação à seguradora, quando for o caso.
Quanto a formalização das compras, as mesmas podem ser:
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