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Modelos e Ferramentas para GTIC ∗
                                        [Models and Tools for ICTG]
                Daniel Barreto,Fabricio F. Carvalho,Laysa de Jesus Cruz,Marcel Lessa
                                             Universidade Federal de Sergipe
                                              Departamento de Computação
                                                      Sergipe, Brasil
      daniel.aspx@gmail.com,fabricfc@gmail.com,laydear@hotmail.com,marcel@gmail.com

RESUMO                                                          1.    INTRODUÇÃO
A Governan¸a em Tecnologia da Informa¸˜o e Comunica¸˜o
            c                            ca             ca      O mercado de tecnologia da informa¸˜o e comunica¸˜o vem
                                                                                                    ca             ca
´ uma abordagem que muda a forma como a informa¸˜o
e                                                       ca      aquecendo nas ultimas d´cadas, e junto com esse aqueci-
                                                                                ´        e
´ vista e gerida pelas organiza¸˜es. Este artigo traz uma
e                               co                              mento, surge a crescente necessidade de gerenciar essa nova
an´lise de modelos e metodologias que d˜o suporte ` gover-
   a                                     a          a           infraestrutura de ambientes, tecnologias, pessoas e, princi-
nan¸a, focando as abordagens de desenvolvimento de soft-
     c                                                          palmente, de informa¸˜o.
                                                                                     ca
ware (CMM), gerˆncia de projetos (PMBOK) e an´lise de
                  e                                 a
desempenho (Balanced Scorecard), como processos-chave.          Dentre as mudan¸as observadas nos ultimos anos, temos o
                                                                                 c                    ´
Esta an´lise ser´ dirigida ao estudo de caso do Tribunal de
         a      a                                               surgimento da chamada Governan¸a em TIC (Tecnologia da
                                                                                                  c
Justi¸a de Sergipe (TJSE) e ser´ proposto um conjunto de
       c                         a                              Informa¸˜o e Comunica¸˜o). Essa governan¸a traz s´rias
                                                                         ca             ca                    c       e
ferramentas de software que propicie sua implanta¸˜o.
                                                  ca            mudan¸as em como a informa¸˜o, tecnologia e comunica¸˜o
                                                                       c                     ca                         ca
                                                                s˜o vistas e gerenciadas pelas empresas, fazendo com que
                                                                 a
                                                                metodologias e modelos espec´ ıficos sejam criados para este
ABSTRACT                                                        fim.
Information and Communication Technology Governance is
an approach that changes the way how information is per-        Com o desenvolvimento de uma nova metodologia, segue o
ceived and managed by organizations. This paper brings an       desenvolvimento de ferramentas que dˆem o apoio necess´rio
                                                                                                     e                a
analysis of models and methodologies that provide support       a sua plena implanta¸˜o. Por´m, o baixo ritmo em que essas
                                                                                    ca      e
for governance, focusing on approaches for software deve-       ferramentas est˜o sendo disponibilizadas n˜o condiz com a
                                                                               a                           a
lopment (CMM), project management (PMBOK) and per-              velocidade com que as corpora¸˜es e empresas p´blicas vˆm
                                                                                              co               u       e
formance analysis (Balanced Scorecard), as key-processes.       aderindo a novas metodologias e modelos de governan¸a. c
This analysis will be directed to the case study of the Court   Em conseq¨ˆncia, necessitam de novas ferramentas que os
                                                                           ue
of Sergipe (TJSE) and will be proposed a set of software        suportem.
tools that provide their deployment.
                                                                O objetivo desse trabalho ´ conceituar de forma breve es-
                                                                                            e
General Terms                                                   sas metodologias e modelos, avaliando o estado-da-arte das
                                                                ferramentas dispon´ıveis para dar suporte aos mesmos. Adi-
Ferramentas para a aplica¸˜o da Governan¸a em Tecnologia
                         ca             c
                                                                cionalmente, diante de um estudo de caso local realizado no
                                                                TJ, prop˜e-se a utiliza¸˜o de ferramentas para tentar suprir
                                                                         o             ca
Keywords                                                        carˆncias identificadas no estudo de caso. O TJ tamb´m
                                                                   e                                                     e
Governan¸a, Tecnologia, Informa¸˜o, PETIC, TIC, CMM,
        c                      ca                               ser´ analisada quanto ao tipo de governo, ` maturidade da
                                                                   a                                       a
PMBOK, BSC, Ferramentas                                         organiza¸˜o e ao modelo operacional adotado. Todos estes
                                                                        ca
                                                                conceitos ser˜o melhor descritos na se¸˜o 2, a seguir.
                                                                             a                        ca


9∗A pesquisa completa na qual este documento foi em-
                                                                1.1   Estrutura do Documento
basado pode ser encontrada no blog Enchendo os Bolsos           Na se¸˜o 2 ser´ apresentada uma introdu¸˜o aos conceitos
                                                                       ca      a                            ca
http://governancaemtic.blogspot.com                             de GTIC e alguns de seus modelos e metodologias. Ser˜o     a
Copyright 2009.                                                 abordados modelos e metodologias como o CMM, PMBOK
                                                                e Balanced Scorecard, assim como uma vis˜o sistem´tica so-
                                                                                                            a       a
                                                                bre os tipos de governo, maturidade organizacional e mode-
                                                                los operacionais. Na se¸˜o 3 ser´ realizada uma an´lise geral
                                                                                       ca       a                 a
                                                                do Tribunal de Justi¸a de Sergipe, quanto aos fatores opera-
                                                                                    c
                                                                cionais descritos abordados pelos modelos e metodologias
                                                                vistos na se¸˜o anterior. Na se¸˜o 4 ser˜o vistas ferramen-
                                                                            ca                  ca        a
                                                                tas computacionais que podem auxiliar a suprir carˆncias na
                                                                                                                   e
                                                                gest˜o de TIC identificadas no estudo de caso da organiza-
                                                                     a
                                                                ¸˜o. Por fim, na se¸˜o 5 ser˜o apresentadas considera¸˜es
                                                                ca                  ca        a                          co
                                                                finais sobre o trabalho, contribui¸˜es e sugest˜es para tra-
                                                                                                   co          o
procuram fazer a an´lise do estado atual de uma organiza-
                                                                                    a
                                                                ¸˜o, com a finalidade de identificar problemas e de propor
                                                                ca
                                                                solu¸˜es de forma a obter um cen´rio mais adequado para a
                                                                    co                          a
                                                                empresa..

                                                                Com a existˆncia desse quadro de necessidades em rela¸˜o
                                                                             e                                           ca
                                                                ` gest˜o estrat´gica das TIC, modelos e metodologias foram
                                                                a     a        e
                                                                concebidos com o objetivo de reunir um conjunto de regras,
                                                                pr´ticas e sugest˜es capazes de subsidiar a governan¸a e ala-
                                                                  a              o                                  c
                                                                vancar o PETIC como forma de obter efic´cia, eficiˆncia e
                                                                                                             a        e
                                                                vantagem competitiva. Nas seguintes subse¸˜es s˜o apresen-
                                                                                                            co    a
                                                                tados alguns destes modelos e metodologias.

                                                                GOVERNANCA EM TECNOLOGIA DA INFORMACAO
                                                                                ¸                               ¸˜
                                                                                  ¸˜
                                                                E COMUNICACAO (colocar no final da subse¸˜o 2.1, como
                                                                                                       ca
   Figure 1: Hierarquia da Governan¸a em TIC
                                   c                            2.1.1, 2.1.2 e 2.1.3)

                                                                2.1.1    Tipos de Governos
balhos futuros.                                                 Tamb´m conhecidos como arqu´tipos, os tipos de governo
                                                                      e                          e
                                                                que s˜o utilizados para descrever como as companhias tomam
                                                                     a
                                                                decis˜es acerca das TIC [6]:
                                                                     o
1.2 Trabalhos Relacionados
[3] teoriza sobre a governan¸a, propondo um conjunto de
                             c
modelos para auxiliar a padroniza¸˜o de processos e o ali-
                                  ca                              1. Monarquia de Neg´cios: formada por um alto execu-
                                                                                        o
nhamento das TIC aos objetivos de uma institui¸˜o de en-
                                                ca                   tivo de neg´cios ou um grupo de altos executivos, in-
                                                                                o
sino superior, focando principalmente a an´lise do modelo
                                          a                          cluindo `s vezes o CIO (Chief Information Officer).
                                                                             a
CobiT.
                                                                  2. Monarquia de TIC: composta de indiv´
                                                                                                        ıduos ou grupos
J´ em [7], o autor prop˜e a integra¸˜o dos modelos CMM,
 a                      o           ca                               de executivos de TIC.
ISO 9001:2000, ITIL e CobiT em um framework unico, para
                                                ´                 3. Federal: inclui altos diretores e representantes de todos
criar uma boa infraestrutura de governan¸a em TIC. Nosso
                                          c                          os grupos de opera¸˜es ? podem contar com a parti-
                                                                                          co
trabalho se difere dos trabalhos supracitados, pois al´m de
                                                      e              cipa¸˜o da TIC (o equivalente a um governo central e
                                                                         ca
analisar um conjunto de modelos aplicados ` GTIC, prop˜e
                                            a            o           os estados que trabalham juntos).
um conjunto de ferramentas de software que possa conduzir
a plena implanta¸˜o da GTIC no Tribunal de Justi¸a.
                 ca                                 c             4. Duop´lio de TIC: formado por duas partes relacionadas
                                                                           o
                                                                     na tomada de decis˜es, com a participa¸˜o dos execu-
                                                                                        o                  ca
                                                                     tivos de TIC e um grupo de l´
                                                                                                 ıderes de neg´cio.
                                                                                                               o
2. TECNOLOGIAS E CONCEITOS
Ser˜o abordados nesta se¸˜o conceitos da governan¸a em
   a                       ca                        c            5. Feudal: forma de governo onde a unidade de neg´cio
                                                                                                                   o
TIC, metodologias, modelos e ferramentas espec´  ıficas. Nas          ou os l´
                                                                            ıderes de processo tomam decis˜es separadas
                                                                                                            o
se¸˜es seguintes, estes conceitos ser˜o aplicados na an´lise
  co                                 a                  a            baseadas nas necessidades de suas entidades.
do estudo de caso da Tribunal de Justi¸a.
                                        c                         6. Anarquia: cada indiv´
                                                                                         ıduo ou grupo pequeno toma as
                                                                     decis˜es.
                                                                          o
2.1 Governança em Tecnologia da Informação
    e Comunicação                                               2.1.2    Maturidade das Organizações
Cada vez mais as organiza¸˜es se d˜o conta de que a informa-
                           co      a                            Algumas companhias constroem sua arquitetura empresa-
¸˜o ´ o recurso estrat´gico mais importante a ser gerenciado
ca e                  e                                         rial atrav´s da troca gradual de seus investimentos em TIC
                                                                          e
em um neg´cio. E diante da necessidade de alinhar e integrar
           o                                                    e o reprojeto dos processos de neg´cio. Em particular, estas
                                                                                                   o
os objetivos deste neg´cio com as TIC surge a necessidade
                        o                                       companhias identificam quais s˜o as sinergias mais relevan-
                                                                                                a
de controlar processos, servi¸os, custos e pessoas atrav´s de
                              c                         e       tes que oferecem um valor maior que uma autonomia local.
um conjunto de modelos e metodologias que apresentem as         Desta forma, se tem que as organiza¸˜es se desenvolvem em
                                                                                                     co
melhores pr´ticas. A Figura 1 mostra a hierarquia da go-
             a                                                  quatro etapas de maturidade, nas quais se permite construir
vernan¸a como fator organizacional e os principais modelos
       c                                                        e buscar uma base para a execu¸˜o [Ross, Weill e Robertson
                                                                                                ca
e metodologias definidos como fatores operacionais.              2006]. Estas etapas s˜o:
                                                                                      a

A governan¸a em tecnologia da informa¸˜o e comunica¸˜o
           c                             ca            ca         1. Silos de Neg´cio: as companhias enfocam seus investi-
                                                                                 o
define que a tecnologia da informa¸˜o ´ um fator essencial
                                   ca e                              mentos em TIC sobre a entrega de solu¸˜es para prob-
                                                                                                          co
para a gest˜o financeira e estrat´gica de uma organiza¸˜o e
           a                    e                    ca              lemas e oportunidades locais.
n˜o apenas um suporte aos mesmos [Balbo 2007].
 a
                                                                  2. Tecnologia Padronizada: as companhias trocam ou mo-
Com o aumento da competitividade do mercado, as empre-               dificam algo de seus investimentos em TIC, desde uma
sas est˜o se preocupando cada vez mais com a elabora¸˜o
       a                                              ca             perspectiva de aplica¸˜es locais a uma infraestrutura
                                                                                          co
de planos estrat´gicos para as organiza¸˜es. Estes planos
                e                      co                            compartilhada.
3. Base Otimizada: as companhias se movem desde uma             exigem o comprimento de algumas metas no desenvolvi-
     perspectiva local de informa¸ao e aplica¸˜es a uma
                                 c˜          co                   mento de software. H´ tamb´m, embutidos em alguns n´
                                                                                       a      e                        ıveis
     perspectiva empresarial.                                     do CMM, KPAs (Key Process Areas), estas identificam ativi-
                                                                  dades que quando executadas em conjunto, objetivos impor-
  4. Neg´cio Modular: permite a agilidade estrat´gica atrav´s
         o                                      e          e      tantes s˜o alcan¸ados dentro do contexto do n´ em que a
                                                                          a       c                            ıvel
     de m´dulos personalizados e reus´veis. Esses m´dulos
          o                           a             o             organiza¸˜o se encontra.
                                                                           ca
     se estendem da essˆncia de neg´cio na constru¸˜o da
                        e           o               ca
     infraestrutura na etapa de Base Otimizada.
                                                                  2.2.1    Ferramenta CMM
                                                                  Para fazer uma avalia¸˜o em qual est´gio de CMM a organi-
                                                                                        ca            a
2.1.3 Modelos Operacionais                                        za¸˜o se encontra, a Management Information Systems bvba
                                                                    ca
Para dar melhor suporte a estrat´gia da companhia, [6] re-
                                   e                              disponibiliza gratuitamente uma aplica¸˜o chamada Interim
                                                                                                        ca
comenda que a companhia defina um modelo operacional.              Maturity Evaluation based on Capability Maturity Model V
Um modelo operacional ´ o n´ necess´rio de integra¸˜o e
                         e    ıvel       a            ca          1.1 [2].
padroniza¸˜o de processos de neg´cio, para entrega de bens
           ca                      o
e servi¸os a clientes. Um modelo operacional descreve como
       c                                                          A aplica¸˜o ´ constitu´ de um formul´rio, que deve ser
                                                                           ca e         ıda               a
a companhia deseja crescer e prosperar. Provendo uma vis˜o
                                                         a        aplicado na gerˆncia do setor de produ¸˜o de software, e
                                                                                  e                      ca
mais est´vel e ativa da companhia do que da estrat´gia, o
         a                                          e             uma aplica¸˜o que processa as respostas obtidas com o uso
                                                                              ca
modelo operacional conduz o projeto da base para a exe-           do formul´rio. Assim fornecendo um gr´fico diamante para
                                                                            a                           a
cu¸˜o. Este modelo operacional ser´ a base para o desen-
   ca                                a                            cada n´ no CMM, dando uma vis˜o da maturidade atual
                                                                         ıvel                        a
volvimento de um planejamento estrat´gico para a organi-
                                        e                         em que a organiza¸˜o est´, al´m de mostrar em quais ´reas,
                                                                                    ca    a e                         a
za¸˜o (por exemplo, o PETIC).
  ca                                                              do contexto, a empresa est´ fraca.
                                                                                            a

Existem quatro tipos de modelos operacionais, que repre-          2.3     PMBOK
sentam diferentes combina¸˜es dos n´
                            co         ıveis de integra¸˜o e
                                                        ca        O PMBOK(Project Managent body of knowledge) ´ um con-
                                                                                                                 e
padroniza¸˜o de processos de neg´cio. Cada organiza¸˜o
          ca                        o                      ca     junto de pr´ticas em gerˆncia de projetos levantado pelo
                                                                             a            e
deve posicionar-se em um desses tipos para esclarecer como        Project Managent Institute (PMI) e constituem a base da
ele se prop˜e a entregar bens e servi¸os a clientes. A seguir,
           o                         c                            metodologia em gerenciamento de projetos.
s˜o descritos os quatro tipos e suas respectivas caracter´
 a                                                        ısti-
cas.                                                              Este guia formaliza diversos conceitos em Gerenciamento de
                                                                  Projetos, como a pr´pria defini¸˜o de projeto e do seu ciclo
                                                                                      o           ca
                                                                  de vida; Reconhece cinco grupos de Processos de Gerencia-
  1. Diversifica¸˜o (baixa padroniza¸˜o, baixa integra¸˜o):
                ca                   ca              ca                                     ´
                                                                  mento de Projetos e nove Areas de conhecimento, definindo,
     modelo descentralizado no qual as unidades de neg´cio
                                                      o           assim, 44 processos para Gerenciamento de Projetos.
     perseguem diferentes mercados com diferentes produ-
     tos e servi¸os, atrav´s de uma autonomia local.
                c         e                                       O gerenciamento de projetos ´ a aplica¸˜o de conhecimento,
                                                                                                 e       ca
                                                                  habilidades, ferramentas e t´cnicas ´s atividades do projeto
                                                                                               e      a
  2. Coordena¸˜o (baixa padroniza¸˜o, alta integra¸˜o): cria
               ca                   ca             ca
                                                                  a fim de atender aos seus objetivos e ´ realizado atrav´s
                                                                                                           e                e
     uma unica empresa na vis˜o do cliente atrav´s de m´lti-
          ´                     a                e     u
                                                                  da integra¸˜o dos grupos de processos de gerenciamento de
                                                                            ca
     plos canais, sem a utiliza¸˜o de normas (padroniza¸˜o)
                               ca                      ca
                                                                  projetos e das ´reas de conhecimento em gerenciamento de
                                                                                  a
     de processos atrav´s das unidades de neg´cio.
                        e                      o
                                                                  projetos a eles relacionadas.
  3. Replica¸˜o (alta padroniza¸˜o, baixa integra¸˜o): este
             ca                ca                ca
     modelo foca na padroniza¸˜o dos modelos de neg´-
                               ca                        o        2.3.1    Ferramenta PMBOK
     cio, buscando eficiˆncia global, sem requerer alta in-
                        e                                         O Tasker ´ um software de gerenciamento de Projetos, Portf´-
                                                                            e                                                 o
     tegra¸˜o.
          ca                                                      lio, Backlog, Processos, Riscos, Recursos e Custos. Ele au-
                                                                  xilia na gest˜o de grande n´mero de demandas; faz cro-
                                                                                a               u
  4. Unifica¸˜o (alta padroniza¸˜o, alta integra¸˜o): as or-
             ca                 ca               ca               nograma de atividades; faz proje¸˜es de atrasos e desvios
                                                                                                      co
     ganiza¸˜es est˜o em busca de produtividade, previsi-
            co      a                                             de custos; d´ indicadores de desempenho; faz invent´rio de
                                                                               a                                        a
     bilidade, e baixar custos ao padronizar os processos de      riscos do projeto; controle de qualidade, entre outros aspec-
     neg´cio e integrar dados entre as unidades de neg´cio.
         o                                             o          tos do projeto que s˜o de essencial importˆncia para o gestor
                                                                                      a                     a
                                                                  de projetos.
2.2 CMM
Na ´rea de desenvolvimento de software, o PETIC utiliza o
   a                                                              2.4     BSC
CMM (Capability Maturity Model ) para organiza¸˜o.
                                              ca                  BSC (Balanced Scorecard ) ´ uma metodologia de gerencia-
                                                                                               e
                                                                  mento de desempenho organizacional. O BSC sugere que
[8] O CMM descreve os est´gios de maturidade atrav´s dos
                           a                         e            a organiza¸˜o seja dividida em quatro perspectivas: finan-
                                                                              ca
quais organiza¸˜es passam enquanto evoluem a sua forma de
              co                                                  ceira, de processos internos, de clientes e de inova¸˜o e apren-
                                                                                                                       ca
desenvolvimento de software, atrav´s de avalia¸˜o cont´
                                   e          ca       ınua,      dizado. [5] Ent˜o, tomando como base a estrat´gia da orga-
                                                                                  a                                  e
identifica¸˜o de problemas e a¸˜es corretivas dentro de uma
         ca                   co                                  niza¸˜o e sua vis˜o, s˜o definidos indicadores mais espec´
                                                                      ca            a    a                                     ıfi-
estrat´gia de melhoria dos processos.
      e                                                           cos, chamados de KPIs (Key Performance Indicators, Indi-
                                                                  cadores Chave de Performance).
Este caminho de evolu¸˜o sistem´tico ´ definido no CMM
                        ca        a     e
atrav´s de cinco n´
     e            ıveis de maturidade, sendo que tais n´
                                                       ıveis      Segundo [4], um KPI deve ser espec´
                                                                                                    ıfico, explicando clara-
mente ao empregado o que ele deve fazer para atingir um         Em rela¸˜o `s tecnologias estudadas, o TJSE n˜o as uti-
                                                                        ca a                                    a
bom desempenho, evitando termos vagos como “qualidade           liza do modo como s˜o concebidas. N˜o existe uma preocu-
                                                                                     a              a
de trabalho”; mensur´vel, fornecendo aos empregados um
                        a                                       pa¸˜o em medir a maturidade do desenvolvimento de soft-
                                                                   ca
retorno de como est˜o se saindo; alcan¸´vel, evitando ob-
                      a                  ca                     ware, com o CMM por exemplo, mas a cada novo sistema
jetivos ambiciosos que seriam irrelevantes e certamente n˜o
                                                          a     desenvolvido existe a preocupa¸˜o de refinar os processos
                                                                                                ca
seriam alcan¸ados; relevante, sendo essencial que todos en-
              c                                                 de desenvolvimento. Na parte de gest˜o existe o software
                                                                                                      a
tendam igualmente o significado daquele KPI; e “tempo-           da Secretaria de Tecnologia que cumpre uma pequena parte
riz´vel”, isto ´, ter um determinado limite de tempo para
   a            e                                               do que o PMBOK se prop˜e. E por fim, o desempenho do
                                                                                           o
ser cumprido. Essas caracter´ ısticas dos KPIs s˜o tamb´m
                                                 a       e      Tribunal ´ medido com o aux´ do SCP, por´m os indi-
                                                                          e                    ılio           e
referenciadas pelo acrˆnimo em inglˆs SMART.
                       o             e                          cadores vistos no sistema englobam apenas a perspectiva de
                                                                processos internos.
2.4.1 Ferramenta BSC
O Balanced Scorecard Designer [1] ´ um software propri-
                                     e                          4.    APLICANDO A GTIC NO ESTUDO DE
et´rio para o gerenciamento do BSC. Com ele o usu´rio pode
  a                                                a                  CASO
definir indicadores, atribuindo pesos e medindo ao longo do      O TJ-SE pode se beneficiar utilizando as ferramentas aqui
tempo o desempenho da organiza¸˜o. Este desempenho ´ vi-
                                 ca                     e       mostradas para cada ´rea espec´
                                                                                    a         ıfica.
sualizado atrav´s de valores percentuais e gr´ficos variados.
                e                            a
H´ tamb´m a possibilidade de tra¸ar o mapa estrat´gico da
  a      e                        c                 e
organiza¸˜o com base nos indicadores fornecidos.
         ca                                                     4.1   Software com CMM no TJSE
                                                                A ferramenta pode ser aplicada no TJ-SE para estabelecer o
                                                                n´ atual do CMM em que a organiza¸˜o se encontra, des-
                                                                 ıvel                                  ca
3. ESTUDO DE CASO                                               cobrir falhas nos processos de desenvolvimento existentes,
O TJ-SE(Tribunal de Justi¸a de Segipe) ´ o ´rg˜o m´ximo
                           c             e o a        a         encontrar necessidades antes invis´ıveis, perceber as ´reas
                                                                                                                      a
representante do poder judici´rio no estado. Composto por
                             a                                  cr´
                                                                  ıticas onde h´ necessidade de desenvolvimento e melhorar
                                                                               a
13 desembargadores e v´rios ju´
                        a       ızes que dependem dos SI        as pr´ticas ou at´ substituir pr´ticas obsoletas por outras
                                                                      a           e             a
atualmente desenvolvidos pela Secretaria de Tecnologia do       eficientes.
o a
´rg˜o. Existe ainda um call-center que concentra as liga¸˜es
                                                        co
dos usu´rio.
       a                                                        No entanto, visando um r´pido e unificado feedback, melho-
                                                                                         a
                                                                rias na forma que a ferramenta funciona podem ser imple-
A Secretaria de Tecnologia ´ dividida em quatro setores:
                           e                                    mentadas, assim ´ sugerido a adapta¸˜o da ferramenta de
                                                                                   e                  ca
                                                                modo que seja utiliz´vel pela web, onde os question´rios
                                                                                      a                                a
   • Diretoria de desenvolvimento sistemas judiciais            seriam direcionados aos gerentes de se¸˜o atrav´s de um
                                                                                                         ca       e
                                                                browser, o resultado obtido seria disponibilizado aos geren-
   • Diretoria de desenvolvimento sistemas gerenciais           tes da organiza¸˜o. Estes situando-se no contexto e elabo-
                                                                                ca
   • Diretoria de redes e banco de dados                        rando pol´ıticas para melhorar o desenvolvimento do soft-
                                                                ware.
   • Diretoria de suporte ao usu´rio
                                a
                                                                4.2   Projetos com PMBOK no TJSE
O Tribunal utiliza-se de dados estat´ ısticos para realizar a   No Tribunal de Justi¸a de Sergipe j´ existe um software
                                                                                       c               a
tomada de decis˜o, como por exemplo a cria¸˜o de novos
                  a                             ca              semelhante, que gerencia projetos em andamento e auxi-
f´runs ou varas. Esses dados s˜o obtidos atrav´s do SCP
 o                               a                 e            lia de forma indispens´vel o respons´vel pela gest˜o. Esse
                                                                                       a              a             a
(Sistema de Controle Processual ). O SCP ´ um sistema
                                               e                software, desenvolvido por colaboradores internos, d´ indi-
                                                                                                                      a
desenvolvido pela pr´pria Secretaria de Tecnologia do TJ e
                     o                                          cadores de desempenho, an´lise de custos, mede a execu¸˜o
                                                                                            a                            ca
´ respons´vel por controlar o fluxo dos processos, de forma
e         a                                                     das tarefas e das fases do projeto. Al´m disso, alimenta
                                                                                                         e
a agilizar os procedimentos jur´
                               ıdicos das varas. Ele tamb´m
                                                          e     automaticamente os indicadores de andamento e proje¸˜es co
possui indicadores que mostram o desempenho da vara tanto       dos prazos; Auxilia na intera¸˜o da equipe e d´ visualiza¸˜o
                                                                                              ca               a         ca
de forma absoluta, como de forma comparativa `s varas de
                                                  a             dos respons´veis pelo projeto e de como vai o andamento;
                                                                            a
mesmo tipo.                                                     Exibe o cronograma de atividades, faz proje¸˜es de atrasos e
                                                                                                            co
                                                                desvios de custos, entre outros aspectos que s˜o informa¸˜es
                                                                                                              a         co
Por sua vez, a Secretaria de Tecnologia possui um sistema       de grande valia.
para controle interno das atividades realizadas. Nesse sis-
tema o gerente pode visualizar as tarefas alocadas a cada       4.3   Desempenho com BSC no TJSE
funcion´rio com os prazos que foram definidos. Dessa forma
       a                                                        O TJ-SE possui uma ferramenta de an´lise de desempenho
                                                                                                        a
cada gerente tem um controle maior sobre o que est´ sendo
                                                  a             comparativo entra as varas, no Sistema de Controle Pro-
desenvolvido pela sua equipe.                                   cessual (SCP). Cada vara ´ comparada a outras do mesmo
                                                                                            e
                                                                tipo em rela¸˜o a diversos indicadores processuais como pro-
                                                                            ca
Na parte de hardware, o TJ adquiriu novos equipamentos          cessos em andamento, audiˆncias marcadas, entre outros.
                                                                                              e
de modo a melhorar a infraestrutura atual. Foram constru´ı-     Uma melhora visando o BSC ´ a defini¸˜o de outros indi-
                                                                                                e         ca
das novas instala¸˜es para o setor de inform´tica que con-
                 co                         a                   cadores representantes de outras perspectivas do BSC, visto
tam com uma sala cofre e equipamentos redundantes desde         que os indicadores processuais se enquadram na perspectivas
o fornecimento de energia at´ os servidores de aplica¸˜o.
                             e                        ca        de processos internos.
Al´m da seguran¸a, a ´rea de suporte foi atualizada com
  e              c     a
equipamentos modernos dedicados a essa fun¸˜o.
                                            ca                  J´ no ˆmbito interno da Secretaria de Tecnologia existe um
                                                                 a    a
sistema de controle de atividades dos funcion´rios, por´m
                                              a         e
n˜o h´ indicadores quantitativos que demonstrem a produ-
  a a
tividade da Secretaria de Tecnologia. Como h´ uma base
                                               a
de dados onde s˜o guardadas estas informa¸˜es, poderia ser
                a                         co
feito uma atualiza¸˜o no sistema de modo a resumir as ativi-
                  ca
dades em n´meros, para facilitar a tomada de decis˜o in-
            u                                        a
terna da Secretaria de Tecnologia.

5. CONCLUSÃO
Como contribui¸˜es deste trabalho, podemos citar: i) compi-
                co
la¸˜o de conceitos de governan¸a em TIC, e proposta original
  ca                           c
de um esquema hier´rquico de governan¸a divido em organi-
                    a                     c
za¸˜o, estrat´gia e opera¸˜o; ii) avalia¸˜o do estado-da-arte
  ca         e            ca            ca
de ferramentas de software capazes de dar suporte aos mo-
delos e metodologias vistos; iii) an´lise da Institui¸˜o X sob
                                    a                ca
uma ´tica de governan¸a em TIC (arqu´tipo, maturidade da
     o                 c                 e
organiza¸˜o e modelo operacional); iv) sugest˜o do uso das
         ca                                     a
ferramentas para apoiar a governan¸a em TIC no estudo de
                                      c
caso, sem a necessidade de reestrutura¸˜o da infraestrutura
                                         ca
de software da organiza¸˜o.
                         ca

Com este trabalho, pˆde-se observar que ainda h´ uma falta
                    o                          a
de vis˜o por parte da administra¸˜o da institui¸˜o da im-
      a                          ca            ca
portˆncia das TIC como fator estrat´gico definitivo, e que,
    a                               e
portanto, ainda h´ um longo caminho a ser percorrido.
                 a

Fica como trabalho futuro iminente, o estudo de ferramentas
para a aplica¸˜o dos modelos COBIT, ITIL e ISO27001.
             ca

6. REFERÊNCIAS
[1] AKS-Labs. Balanced scorecard designer. Dispon´     ıvel
    em: http://www.strategy2act.com/solutions/
    balanced_scorecard_designer.htm, 2009.
[2] bvba, M. I. S. Interim maturity evaluation. Dispon´    ıvel
    em: http://www.man-info-systems.com/index_
    files/FreeTools.htm. Acesso em: 10 maio 2009.
[3] Costa, F. G. da S., C. F. C. e. C. T. P. A.
    Governan¸a de ti em empresa p´blica: Um estudo de
               c                     u
    caso. Universidade de Taubat´, 2008.
                                   e
[4] Institute, T. G. C. Key performance indicators
    (kpis). Dispon´ em: http://swinburne.projects.
                  ıvel
    finpa.com.au/toolbox10/releases/final/toolbox/
    resources/res4040/res4040.htm.
[5] Intitute, B. S. What is the balanced scorecard.
    Dispon´ em:
            ıvel
    http://www.balancedscorecard.org/bscresources/
    aboutthebalancedscorecard/tabid/55/default.aspx,
    2009.
[6] Ross, J. W. e Weill, P. R. D. C. Enterprise
    architecture as strategy - creating a foundation for
    business execution. Harvard Business School Press,
    2006.
[7] Vasques, R. C. e. T. L. M. An it governance solution
    experiences using cmmi, iso9001:2000, itil, and cobit in
    an integrated framework. Universidade do Minho,
    Portugal, 2007.
[8] Wikipedia. Capability maturity model. Dispon´ em:ıvel
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Capability_
    Maturity_Model. Acesso em: 1 maio 2009.

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Modelos e Ferramentas para GTIC

  • 1. Modelos e Ferramentas para GTIC ∗ [Models and Tools for ICTG] Daniel Barreto,Fabricio F. Carvalho,Laysa de Jesus Cruz,Marcel Lessa Universidade Federal de Sergipe Departamento de Computação Sergipe, Brasil daniel.aspx@gmail.com,fabricfc@gmail.com,laydear@hotmail.com,marcel@gmail.com RESUMO 1. INTRODUÇÃO A Governan¸a em Tecnologia da Informa¸˜o e Comunica¸˜o c ca ca O mercado de tecnologia da informa¸˜o e comunica¸˜o vem ca ca ´ uma abordagem que muda a forma como a informa¸˜o e ca aquecendo nas ultimas d´cadas, e junto com esse aqueci- ´ e ´ vista e gerida pelas organiza¸˜es. Este artigo traz uma e co mento, surge a crescente necessidade de gerenciar essa nova an´lise de modelos e metodologias que d˜o suporte ` gover- a a a infraestrutura de ambientes, tecnologias, pessoas e, princi- nan¸a, focando as abordagens de desenvolvimento de soft- c palmente, de informa¸˜o. ca ware (CMM), gerˆncia de projetos (PMBOK) e an´lise de e a desempenho (Balanced Scorecard), como processos-chave. Dentre as mudan¸as observadas nos ultimos anos, temos o c ´ Esta an´lise ser´ dirigida ao estudo de caso do Tribunal de a a surgimento da chamada Governan¸a em TIC (Tecnologia da c Justi¸a de Sergipe (TJSE) e ser´ proposto um conjunto de c a Informa¸˜o e Comunica¸˜o). Essa governan¸a traz s´rias ca ca c e ferramentas de software que propicie sua implanta¸˜o. ca mudan¸as em como a informa¸˜o, tecnologia e comunica¸˜o c ca ca s˜o vistas e gerenciadas pelas empresas, fazendo com que a metodologias e modelos espec´ ıficos sejam criados para este ABSTRACT fim. Information and Communication Technology Governance is an approach that changes the way how information is per- Com o desenvolvimento de uma nova metodologia, segue o ceived and managed by organizations. This paper brings an desenvolvimento de ferramentas que dˆem o apoio necess´rio e a analysis of models and methodologies that provide support a sua plena implanta¸˜o. Por´m, o baixo ritmo em que essas ca e for governance, focusing on approaches for software deve- ferramentas est˜o sendo disponibilizadas n˜o condiz com a a a lopment (CMM), project management (PMBOK) and per- velocidade com que as corpora¸˜es e empresas p´blicas vˆm co u e formance analysis (Balanced Scorecard), as key-processes. aderindo a novas metodologias e modelos de governan¸a. c This analysis will be directed to the case study of the Court Em conseq¨ˆncia, necessitam de novas ferramentas que os ue of Sergipe (TJSE) and will be proposed a set of software suportem. tools that provide their deployment. O objetivo desse trabalho ´ conceituar de forma breve es- e General Terms sas metodologias e modelos, avaliando o estado-da-arte das ferramentas dispon´ıveis para dar suporte aos mesmos. Adi- Ferramentas para a aplica¸˜o da Governan¸a em Tecnologia ca c cionalmente, diante de um estudo de caso local realizado no TJ, prop˜e-se a utiliza¸˜o de ferramentas para tentar suprir o ca Keywords carˆncias identificadas no estudo de caso. O TJ tamb´m e e Governan¸a, Tecnologia, Informa¸˜o, PETIC, TIC, CMM, c ca ser´ analisada quanto ao tipo de governo, ` maturidade da a a PMBOK, BSC, Ferramentas organiza¸˜o e ao modelo operacional adotado. Todos estes ca conceitos ser˜o melhor descritos na se¸˜o 2, a seguir. a ca 9∗A pesquisa completa na qual este documento foi em- 1.1 Estrutura do Documento basado pode ser encontrada no blog Enchendo os Bolsos Na se¸˜o 2 ser´ apresentada uma introdu¸˜o aos conceitos ca a ca http://governancaemtic.blogspot.com de GTIC e alguns de seus modelos e metodologias. Ser˜o a Copyright 2009. abordados modelos e metodologias como o CMM, PMBOK e Balanced Scorecard, assim como uma vis˜o sistem´tica so- a a bre os tipos de governo, maturidade organizacional e mode- los operacionais. Na se¸˜o 3 ser´ realizada uma an´lise geral ca a a do Tribunal de Justi¸a de Sergipe, quanto aos fatores opera- c cionais descritos abordados pelos modelos e metodologias vistos na se¸˜o anterior. Na se¸˜o 4 ser˜o vistas ferramen- ca ca a tas computacionais que podem auxiliar a suprir carˆncias na e gest˜o de TIC identificadas no estudo de caso da organiza- a ¸˜o. Por fim, na se¸˜o 5 ser˜o apresentadas considera¸˜es ca ca a co finais sobre o trabalho, contribui¸˜es e sugest˜es para tra- co o
  • 2. procuram fazer a an´lise do estado atual de uma organiza- a ¸˜o, com a finalidade de identificar problemas e de propor ca solu¸˜es de forma a obter um cen´rio mais adequado para a co a empresa.. Com a existˆncia desse quadro de necessidades em rela¸˜o e ca ` gest˜o estrat´gica das TIC, modelos e metodologias foram a a e concebidos com o objetivo de reunir um conjunto de regras, pr´ticas e sugest˜es capazes de subsidiar a governan¸a e ala- a o c vancar o PETIC como forma de obter efic´cia, eficiˆncia e a e vantagem competitiva. Nas seguintes subse¸˜es s˜o apresen- co a tados alguns destes modelos e metodologias. GOVERNANCA EM TECNOLOGIA DA INFORMACAO ¸ ¸˜ ¸˜ E COMUNICACAO (colocar no final da subse¸˜o 2.1, como ca Figure 1: Hierarquia da Governan¸a em TIC c 2.1.1, 2.1.2 e 2.1.3) 2.1.1 Tipos de Governos balhos futuros. Tamb´m conhecidos como arqu´tipos, os tipos de governo e e que s˜o utilizados para descrever como as companhias tomam a decis˜es acerca das TIC [6]: o 1.2 Trabalhos Relacionados [3] teoriza sobre a governan¸a, propondo um conjunto de c modelos para auxiliar a padroniza¸˜o de processos e o ali- ca 1. Monarquia de Neg´cios: formada por um alto execu- o nhamento das TIC aos objetivos de uma institui¸˜o de en- ca tivo de neg´cios ou um grupo de altos executivos, in- o sino superior, focando principalmente a an´lise do modelo a cluindo `s vezes o CIO (Chief Information Officer). a CobiT. 2. Monarquia de TIC: composta de indiv´ ıduos ou grupos J´ em [7], o autor prop˜e a integra¸˜o dos modelos CMM, a o ca de executivos de TIC. ISO 9001:2000, ITIL e CobiT em um framework unico, para ´ 3. Federal: inclui altos diretores e representantes de todos criar uma boa infraestrutura de governan¸a em TIC. Nosso c os grupos de opera¸˜es ? podem contar com a parti- co trabalho se difere dos trabalhos supracitados, pois al´m de e cipa¸˜o da TIC (o equivalente a um governo central e ca analisar um conjunto de modelos aplicados ` GTIC, prop˜e a o os estados que trabalham juntos). um conjunto de ferramentas de software que possa conduzir a plena implanta¸˜o da GTIC no Tribunal de Justi¸a. ca c 4. Duop´lio de TIC: formado por duas partes relacionadas o na tomada de decis˜es, com a participa¸˜o dos execu- o ca tivos de TIC e um grupo de l´ ıderes de neg´cio. o 2. TECNOLOGIAS E CONCEITOS Ser˜o abordados nesta se¸˜o conceitos da governan¸a em a ca c 5. Feudal: forma de governo onde a unidade de neg´cio o TIC, metodologias, modelos e ferramentas espec´ ıficas. Nas ou os l´ ıderes de processo tomam decis˜es separadas o se¸˜es seguintes, estes conceitos ser˜o aplicados na an´lise co a a baseadas nas necessidades de suas entidades. do estudo de caso da Tribunal de Justi¸a. c 6. Anarquia: cada indiv´ ıduo ou grupo pequeno toma as decis˜es. o 2.1 Governança em Tecnologia da Informação e Comunicação 2.1.2 Maturidade das Organizações Cada vez mais as organiza¸˜es se d˜o conta de que a informa- co a Algumas companhias constroem sua arquitetura empresa- ¸˜o ´ o recurso estrat´gico mais importante a ser gerenciado ca e e rial atrav´s da troca gradual de seus investimentos em TIC e em um neg´cio. E diante da necessidade de alinhar e integrar o e o reprojeto dos processos de neg´cio. Em particular, estas o os objetivos deste neg´cio com as TIC surge a necessidade o companhias identificam quais s˜o as sinergias mais relevan- a de controlar processos, servi¸os, custos e pessoas atrav´s de c e tes que oferecem um valor maior que uma autonomia local. um conjunto de modelos e metodologias que apresentem as Desta forma, se tem que as organiza¸˜es se desenvolvem em co melhores pr´ticas. A Figura 1 mostra a hierarquia da go- a quatro etapas de maturidade, nas quais se permite construir vernan¸a como fator organizacional e os principais modelos c e buscar uma base para a execu¸˜o [Ross, Weill e Robertson ca e metodologias definidos como fatores operacionais. 2006]. Estas etapas s˜o: a A governan¸a em tecnologia da informa¸˜o e comunica¸˜o c ca ca 1. Silos de Neg´cio: as companhias enfocam seus investi- o define que a tecnologia da informa¸˜o ´ um fator essencial ca e mentos em TIC sobre a entrega de solu¸˜es para prob- co para a gest˜o financeira e estrat´gica de uma organiza¸˜o e a e ca lemas e oportunidades locais. n˜o apenas um suporte aos mesmos [Balbo 2007]. a 2. Tecnologia Padronizada: as companhias trocam ou mo- Com o aumento da competitividade do mercado, as empre- dificam algo de seus investimentos em TIC, desde uma sas est˜o se preocupando cada vez mais com a elabora¸˜o a ca perspectiva de aplica¸˜es locais a uma infraestrutura co de planos estrat´gicos para as organiza¸˜es. Estes planos e co compartilhada.
  • 3. 3. Base Otimizada: as companhias se movem desde uma exigem o comprimento de algumas metas no desenvolvi- perspectiva local de informa¸ao e aplica¸˜es a uma c˜ co mento de software. H´ tamb´m, embutidos em alguns n´ a e ıveis perspectiva empresarial. do CMM, KPAs (Key Process Areas), estas identificam ativi- dades que quando executadas em conjunto, objetivos impor- 4. Neg´cio Modular: permite a agilidade estrat´gica atrav´s o e e tantes s˜o alcan¸ados dentro do contexto do n´ em que a a c ıvel de m´dulos personalizados e reus´veis. Esses m´dulos o a o organiza¸˜o se encontra. ca se estendem da essˆncia de neg´cio na constru¸˜o da e o ca infraestrutura na etapa de Base Otimizada. 2.2.1 Ferramenta CMM Para fazer uma avalia¸˜o em qual est´gio de CMM a organi- ca a 2.1.3 Modelos Operacionais za¸˜o se encontra, a Management Information Systems bvba ca Para dar melhor suporte a estrat´gia da companhia, [6] re- e disponibiliza gratuitamente uma aplica¸˜o chamada Interim ca comenda que a companhia defina um modelo operacional. Maturity Evaluation based on Capability Maturity Model V Um modelo operacional ´ o n´ necess´rio de integra¸˜o e e ıvel a ca 1.1 [2]. padroniza¸˜o de processos de neg´cio, para entrega de bens ca o e servi¸os a clientes. Um modelo operacional descreve como c A aplica¸˜o ´ constitu´ de um formul´rio, que deve ser ca e ıda a a companhia deseja crescer e prosperar. Provendo uma vis˜o a aplicado na gerˆncia do setor de produ¸˜o de software, e e ca mais est´vel e ativa da companhia do que da estrat´gia, o a e uma aplica¸˜o que processa as respostas obtidas com o uso ca modelo operacional conduz o projeto da base para a exe- do formul´rio. Assim fornecendo um gr´fico diamante para a a cu¸˜o. Este modelo operacional ser´ a base para o desen- ca a cada n´ no CMM, dando uma vis˜o da maturidade atual ıvel a volvimento de um planejamento estrat´gico para a organi- e em que a organiza¸˜o est´, al´m de mostrar em quais ´reas, ca a e a za¸˜o (por exemplo, o PETIC). ca do contexto, a empresa est´ fraca. a Existem quatro tipos de modelos operacionais, que repre- 2.3 PMBOK sentam diferentes combina¸˜es dos n´ co ıveis de integra¸˜o e ca O PMBOK(Project Managent body of knowledge) ´ um con- e padroniza¸˜o de processos de neg´cio. Cada organiza¸˜o ca o ca junto de pr´ticas em gerˆncia de projetos levantado pelo a e deve posicionar-se em um desses tipos para esclarecer como Project Managent Institute (PMI) e constituem a base da ele se prop˜e a entregar bens e servi¸os a clientes. A seguir, o c metodologia em gerenciamento de projetos. s˜o descritos os quatro tipos e suas respectivas caracter´ a ısti- cas. Este guia formaliza diversos conceitos em Gerenciamento de Projetos, como a pr´pria defini¸˜o de projeto e do seu ciclo o ca de vida; Reconhece cinco grupos de Processos de Gerencia- 1. Diversifica¸˜o (baixa padroniza¸˜o, baixa integra¸˜o): ca ca ca ´ mento de Projetos e nove Areas de conhecimento, definindo, modelo descentralizado no qual as unidades de neg´cio o assim, 44 processos para Gerenciamento de Projetos. perseguem diferentes mercados com diferentes produ- tos e servi¸os, atrav´s de uma autonomia local. c e O gerenciamento de projetos ´ a aplica¸˜o de conhecimento, e ca habilidades, ferramentas e t´cnicas ´s atividades do projeto e a 2. Coordena¸˜o (baixa padroniza¸˜o, alta integra¸˜o): cria ca ca ca a fim de atender aos seus objetivos e ´ realizado atrav´s e e uma unica empresa na vis˜o do cliente atrav´s de m´lti- ´ a e u da integra¸˜o dos grupos de processos de gerenciamento de ca plos canais, sem a utiliza¸˜o de normas (padroniza¸˜o) ca ca projetos e das ´reas de conhecimento em gerenciamento de a de processos atrav´s das unidades de neg´cio. e o projetos a eles relacionadas. 3. Replica¸˜o (alta padroniza¸˜o, baixa integra¸˜o): este ca ca ca modelo foca na padroniza¸˜o dos modelos de neg´- ca o 2.3.1 Ferramenta PMBOK cio, buscando eficiˆncia global, sem requerer alta in- e O Tasker ´ um software de gerenciamento de Projetos, Portf´- e o tegra¸˜o. ca lio, Backlog, Processos, Riscos, Recursos e Custos. Ele au- xilia na gest˜o de grande n´mero de demandas; faz cro- a u 4. Unifica¸˜o (alta padroniza¸˜o, alta integra¸˜o): as or- ca ca ca nograma de atividades; faz proje¸˜es de atrasos e desvios co ganiza¸˜es est˜o em busca de produtividade, previsi- co a de custos; d´ indicadores de desempenho; faz invent´rio de a a bilidade, e baixar custos ao padronizar os processos de riscos do projeto; controle de qualidade, entre outros aspec- neg´cio e integrar dados entre as unidades de neg´cio. o o tos do projeto que s˜o de essencial importˆncia para o gestor a a de projetos. 2.2 CMM Na ´rea de desenvolvimento de software, o PETIC utiliza o a 2.4 BSC CMM (Capability Maturity Model ) para organiza¸˜o. ca BSC (Balanced Scorecard ) ´ uma metodologia de gerencia- e mento de desempenho organizacional. O BSC sugere que [8] O CMM descreve os est´gios de maturidade atrav´s dos a e a organiza¸˜o seja dividida em quatro perspectivas: finan- ca quais organiza¸˜es passam enquanto evoluem a sua forma de co ceira, de processos internos, de clientes e de inova¸˜o e apren- ca desenvolvimento de software, atrav´s de avalia¸˜o cont´ e ca ınua, dizado. [5] Ent˜o, tomando como base a estrat´gia da orga- a e identifica¸˜o de problemas e a¸˜es corretivas dentro de uma ca co niza¸˜o e sua vis˜o, s˜o definidos indicadores mais espec´ ca a a ıfi- estrat´gia de melhoria dos processos. e cos, chamados de KPIs (Key Performance Indicators, Indi- cadores Chave de Performance). Este caminho de evolu¸˜o sistem´tico ´ definido no CMM ca a e atrav´s de cinco n´ e ıveis de maturidade, sendo que tais n´ ıveis Segundo [4], um KPI deve ser espec´ ıfico, explicando clara-
  • 4. mente ao empregado o que ele deve fazer para atingir um Em rela¸˜o `s tecnologias estudadas, o TJSE n˜o as uti- ca a a bom desempenho, evitando termos vagos como “qualidade liza do modo como s˜o concebidas. N˜o existe uma preocu- a a de trabalho”; mensur´vel, fornecendo aos empregados um a pa¸˜o em medir a maturidade do desenvolvimento de soft- ca retorno de como est˜o se saindo; alcan¸´vel, evitando ob- a ca ware, com o CMM por exemplo, mas a cada novo sistema jetivos ambiciosos que seriam irrelevantes e certamente n˜o a desenvolvido existe a preocupa¸˜o de refinar os processos ca seriam alcan¸ados; relevante, sendo essencial que todos en- c de desenvolvimento. Na parte de gest˜o existe o software a tendam igualmente o significado daquele KPI; e “tempo- da Secretaria de Tecnologia que cumpre uma pequena parte riz´vel”, isto ´, ter um determinado limite de tempo para a e do que o PMBOK se prop˜e. E por fim, o desempenho do o ser cumprido. Essas caracter´ ısticas dos KPIs s˜o tamb´m a e Tribunal ´ medido com o aux´ do SCP, por´m os indi- e ılio e referenciadas pelo acrˆnimo em inglˆs SMART. o e cadores vistos no sistema englobam apenas a perspectiva de processos internos. 2.4.1 Ferramenta BSC O Balanced Scorecard Designer [1] ´ um software propri- e 4. APLICANDO A GTIC NO ESTUDO DE et´rio para o gerenciamento do BSC. Com ele o usu´rio pode a a CASO definir indicadores, atribuindo pesos e medindo ao longo do O TJ-SE pode se beneficiar utilizando as ferramentas aqui tempo o desempenho da organiza¸˜o. Este desempenho ´ vi- ca e mostradas para cada ´rea espec´ a ıfica. sualizado atrav´s de valores percentuais e gr´ficos variados. e a H´ tamb´m a possibilidade de tra¸ar o mapa estrat´gico da a e c e organiza¸˜o com base nos indicadores fornecidos. ca 4.1 Software com CMM no TJSE A ferramenta pode ser aplicada no TJ-SE para estabelecer o n´ atual do CMM em que a organiza¸˜o se encontra, des- ıvel ca 3. ESTUDO DE CASO cobrir falhas nos processos de desenvolvimento existentes, O TJ-SE(Tribunal de Justi¸a de Segipe) ´ o ´rg˜o m´ximo c e o a a encontrar necessidades antes invis´ıveis, perceber as ´reas a representante do poder judici´rio no estado. Composto por a cr´ ıticas onde h´ necessidade de desenvolvimento e melhorar a 13 desembargadores e v´rios ju´ a ızes que dependem dos SI as pr´ticas ou at´ substituir pr´ticas obsoletas por outras a e a atualmente desenvolvidos pela Secretaria de Tecnologia do eficientes. o a ´rg˜o. Existe ainda um call-center que concentra as liga¸˜es co dos usu´rio. a No entanto, visando um r´pido e unificado feedback, melho- a rias na forma que a ferramenta funciona podem ser imple- A Secretaria de Tecnologia ´ dividida em quatro setores: e mentadas, assim ´ sugerido a adapta¸˜o da ferramenta de e ca modo que seja utiliz´vel pela web, onde os question´rios a a • Diretoria de desenvolvimento sistemas judiciais seriam direcionados aos gerentes de se¸˜o atrav´s de um ca e browser, o resultado obtido seria disponibilizado aos geren- • Diretoria de desenvolvimento sistemas gerenciais tes da organiza¸˜o. Estes situando-se no contexto e elabo- ca • Diretoria de redes e banco de dados rando pol´ıticas para melhorar o desenvolvimento do soft- ware. • Diretoria de suporte ao usu´rio a 4.2 Projetos com PMBOK no TJSE O Tribunal utiliza-se de dados estat´ ısticos para realizar a No Tribunal de Justi¸a de Sergipe j´ existe um software c a tomada de decis˜o, como por exemplo a cria¸˜o de novos a ca semelhante, que gerencia projetos em andamento e auxi- f´runs ou varas. Esses dados s˜o obtidos atrav´s do SCP o a e lia de forma indispens´vel o respons´vel pela gest˜o. Esse a a a (Sistema de Controle Processual ). O SCP ´ um sistema e software, desenvolvido por colaboradores internos, d´ indi- a desenvolvido pela pr´pria Secretaria de Tecnologia do TJ e o cadores de desempenho, an´lise de custos, mede a execu¸˜o a ca ´ respons´vel por controlar o fluxo dos processos, de forma e a das tarefas e das fases do projeto. Al´m disso, alimenta e a agilizar os procedimentos jur´ ıdicos das varas. Ele tamb´m e automaticamente os indicadores de andamento e proje¸˜es co possui indicadores que mostram o desempenho da vara tanto dos prazos; Auxilia na intera¸˜o da equipe e d´ visualiza¸˜o ca a ca de forma absoluta, como de forma comparativa `s varas de a dos respons´veis pelo projeto e de como vai o andamento; a mesmo tipo. Exibe o cronograma de atividades, faz proje¸˜es de atrasos e co desvios de custos, entre outros aspectos que s˜o informa¸˜es a co Por sua vez, a Secretaria de Tecnologia possui um sistema de grande valia. para controle interno das atividades realizadas. Nesse sis- tema o gerente pode visualizar as tarefas alocadas a cada 4.3 Desempenho com BSC no TJSE funcion´rio com os prazos que foram definidos. Dessa forma a O TJ-SE possui uma ferramenta de an´lise de desempenho a cada gerente tem um controle maior sobre o que est´ sendo a comparativo entra as varas, no Sistema de Controle Pro- desenvolvido pela sua equipe. cessual (SCP). Cada vara ´ comparada a outras do mesmo e tipo em rela¸˜o a diversos indicadores processuais como pro- ca Na parte de hardware, o TJ adquiriu novos equipamentos cessos em andamento, audiˆncias marcadas, entre outros. e de modo a melhorar a infraestrutura atual. Foram constru´ı- Uma melhora visando o BSC ´ a defini¸˜o de outros indi- e ca das novas instala¸˜es para o setor de inform´tica que con- co a cadores representantes de outras perspectivas do BSC, visto tam com uma sala cofre e equipamentos redundantes desde que os indicadores processuais se enquadram na perspectivas o fornecimento de energia at´ os servidores de aplica¸˜o. e ca de processos internos. Al´m da seguran¸a, a ´rea de suporte foi atualizada com e c a equipamentos modernos dedicados a essa fun¸˜o. ca J´ no ˆmbito interno da Secretaria de Tecnologia existe um a a
  • 5. sistema de controle de atividades dos funcion´rios, por´m a e n˜o h´ indicadores quantitativos que demonstrem a produ- a a tividade da Secretaria de Tecnologia. Como h´ uma base a de dados onde s˜o guardadas estas informa¸˜es, poderia ser a co feito uma atualiza¸˜o no sistema de modo a resumir as ativi- ca dades em n´meros, para facilitar a tomada de decis˜o in- u a terna da Secretaria de Tecnologia. 5. CONCLUSÃO Como contribui¸˜es deste trabalho, podemos citar: i) compi- co la¸˜o de conceitos de governan¸a em TIC, e proposta original ca c de um esquema hier´rquico de governan¸a divido em organi- a c za¸˜o, estrat´gia e opera¸˜o; ii) avalia¸˜o do estado-da-arte ca e ca ca de ferramentas de software capazes de dar suporte aos mo- delos e metodologias vistos; iii) an´lise da Institui¸˜o X sob a ca uma ´tica de governan¸a em TIC (arqu´tipo, maturidade da o c e organiza¸˜o e modelo operacional); iv) sugest˜o do uso das ca a ferramentas para apoiar a governan¸a em TIC no estudo de c caso, sem a necessidade de reestrutura¸˜o da infraestrutura ca de software da organiza¸˜o. ca Com este trabalho, pˆde-se observar que ainda h´ uma falta o a de vis˜o por parte da administra¸˜o da institui¸˜o da im- a ca ca portˆncia das TIC como fator estrat´gico definitivo, e que, a e portanto, ainda h´ um longo caminho a ser percorrido. a Fica como trabalho futuro iminente, o estudo de ferramentas para a aplica¸˜o dos modelos COBIT, ITIL e ISO27001. ca 6. REFERÊNCIAS [1] AKS-Labs. Balanced scorecard designer. Dispon´ ıvel em: http://www.strategy2act.com/solutions/ balanced_scorecard_designer.htm, 2009. [2] bvba, M. I. S. Interim maturity evaluation. Dispon´ ıvel em: http://www.man-info-systems.com/index_ files/FreeTools.htm. Acesso em: 10 maio 2009. [3] Costa, F. G. da S., C. F. C. e. C. T. P. A. Governan¸a de ti em empresa p´blica: Um estudo de c u caso. Universidade de Taubat´, 2008. e [4] Institute, T. G. C. Key performance indicators (kpis). Dispon´ em: http://swinburne.projects. ıvel finpa.com.au/toolbox10/releases/final/toolbox/ resources/res4040/res4040.htm. [5] Intitute, B. S. What is the balanced scorecard. Dispon´ em: ıvel http://www.balancedscorecard.org/bscresources/ aboutthebalancedscorecard/tabid/55/default.aspx, 2009. [6] Ross, J. W. e Weill, P. R. D. C. Enterprise architecture as strategy - creating a foundation for business execution. Harvard Business School Press, 2006. [7] Vasques, R. C. e. T. L. M. An it governance solution experiences using cmmi, iso9001:2000, itil, and cobit in an integrated framework. Universidade do Minho, Portugal, 2007. [8] Wikipedia. Capability maturity model. Dispon´ em:ıvel http://pt.wikipedia.org/wiki/Capability_ Maturity_Model. Acesso em: 1 maio 2009.