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   QUÍMICA PARA

    ENGENHARIA


                           AULA 1:
                   • Introdução
                   • Estrutura Atômica

                       Professor:
       Geoffroy Roger Pointer Malpass (DEQ/ICTE)




        QUÍMICA PARA ENGENHARIA

OBJETIVO GERAL

A disciplina visa fornecer a descrição e compreensão qualitativa e
quantitativa dos fenômenos químicos relacionados às ciências exatas, em
particular aos cursos de engenharia, visando dessa forma, introduzir ao
aluno os fundamentos do método científico e o exercício do pensamento
crítico.




                                                                                  1
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                       QUÍMICA PARA ENGENHARIA
                                           Livro Texto:


                                                        PRINCIPAL

                                           Química - A Ciência Central - Theodore
                                           L. Brown, H. Eugene Lemay, Bruce E.
                                           Bursten, 9ª. edição, Pearson.




                                                      COMPLEMENTAR

                                           Princípios de Química: Questionando a
                                           Vida Moderna e o Meio Ambiente - Peter
                                           Atkins; Loretta Jones




                       QUÍMICA PARA ENGENHARIA

Ementa:
1º. Semestre:
1. Estrutura atômica:
(Introdução a teoria atômica; átomo de Dalton; natureza elétrica da matéria; modelo de Thonsom e
Rutherford; Radiação eletromagnética e o espectro atômico; Teoria de Bohr e o átomo de hidrogênio;
Números quânticos e Orbitais atômicos; O átomo de hidrogênio de Bohr).
2. Tabela periódica e propriedades gerais dos elementos:
(A lei periódica e a tabela periódica moderna; Configuração eletrônica dos elementos - estrutura eletrônica;
Propriedades periódicas dos elementos: Raio atômico, Volume atômico, Densidade, Pontos de fusão e
ebulição, Potencial ou energia de ionização, Afinidade eletrônica e Eletronegatividade).
3. Estrutura molecular:
(Ligação Química: Conceitos Gerais; As formas das moléculas e dos íons; Teoria da ligação de valência;
Teoria do orbital molecular).
4. Os estados da matéria e forças intermoleculares:
(Comparação entre as propriedades dos gases e líquidos; Forças de atração intermoleculares; Calor Latente
de vaporização; Pressão de Vapor; Ponto de ebulição; Ponto de congelamento; Sólidos cristalinos, Redes;
Raios atômicos e iônicos; Tipos de cristais; Curvas de aquecimento e resfriamento, mudanças de estado;
Diagramas de fases).
5. Soluções:
(Tipos de soluções; Unidades de concentração; O processo de dissolução em soluções líquidas; Calor de
dissolução; Solubilidade e temperatura; Efeito da pressão sobre a solubilidade; Pressões de vapor de
solução; Destilação fracionada; Propriedades coligativas das soluções).




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Ementa:
2º. Semestre:
6. Reações e equações químicas:
(Tipos de reações químicas não-redox e redox envolvendo substâncias nos três possíveis estados da
matéria; Tipos de equações químicas: moleculares, iônicas completas e simplificadas (líquidas); Critérios
para estabelecer equações químicas baseados nas propriedades das substâncias em soluções aquosas;
Balanceamento de equações químicas não-redox e redox em meio aquoso).
7. Cálculos estequiométricos:
(O mol; Peso molecular e peso-formula; Composição centesimal; Formulas químicas; Formulas
moleculares; Balanceamento de equações químicas; Cálculos baseados em equações químicas; Cálculos
com agentes limitantes; Rendimento teórico e centesimal; Concentração molar).
8. Equilíbrio químico:
(O Estado de equilíbrio; A constante de equilíbrio; O quociente reacional; Usos e aplicações das
constantes de equilíbrio; Fatores que afetam o equilíbrio; Pressões parciais e a constante de equilíbrio:
relação entre Kc e Kp; O equilíbrio químico nas reações; Grandezas termodinâmicas e a constante de
equilíbrio; Como estimar o valor de Kc para qualquer tipo de reação química; Estimar constantes de
equilíbrio em qualquer temperatura).
9. Cinética química:
(Fatores que afetam a velocidade das reações; As Leis de velocidade e a ordem de reação; Modelos de
reações: O efeito da temperatura, a teoria das colisões e a teoria do complexo ativado; Mecanismos de
reação; Catálise).
10. Eletroquímica:
(Reações espontâneas e semi-reações; Células galvânicas; Diagramas de células, representação de uma
célula; Tipos de eletrodos nas células galvânicas; Tensão na célula e espontaneidade; Potencial padrão
de uma célula; Termodinâmica da célula; Eletrólise; Corrosão).




                  QUÍMICA PARA ENGENHARIA
    Avaliação:

    -4 Provas (70%) + Relatórios (20%) + Avaliação Contínua (10%).

    -Exame Final (60%).
                                                                     -fluxograma da prática;
                                                                     -anotar dados da prática;

                                                                     Verificação do professor




                           -comportamento no laboratório;
                           -saber trabalhar em equipe;
                           -otimizar o trabalho/tempo no laboratório;
                           -limpeza e organização;
                           -desperdício de reagentes/solventes/equipamentos/vidrarias, etc;




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  Avaliação:

   Prática: 30% do total: relatórios (25%) / participação (5%)
     • 12,5 pontos de relatório (em cada semestre)
     • 2,5 pontos de participação (em cada semestre)
     • Aula prática de reposição - Apresentação de atestado
     • As aulas práticas serão avisadas com no mínimo uma semana de
       antecedência

Datas das avaliações:
        1°AVALIAÇÃO: 30/04/2011 (17,5 pontos)
        2°AVALIAÇÃO: 02/07/2011 (17,5 pontos)
        3°AVALIAÇÃO: 24/09/2011 (17,5 pontos)
        4°AVALIAÇÃO: 10/12/2011 (17,5 pontos)
            PROVA SUBSTITUTIVA: (17,5 pontos)
            CONDIÇÕES: Apresentação de atestado médico (NASS) e o aluno
            deverá fazer a prova da matéria do semestre todo.
            EXAME FINAL:




         QUÍMICA PARA ENGENHARIA

Regras:
Regras:


 - Respeitar para ser respeitado – regra de boa educação;

 - Não será permitida a utilização de computadores ou qualquer
 outro equipamento eletrônico nas aulas e provas;

 - Lista de presença;

 - Faltou na Prova - O aluno somente poderá ter uma segunda
 chance para fazer a prova perdida trazendo atestado médico
 do NASS. Entretanto o aluno fará a prova no final do semestre
 e a matéria será a do semestre todo;
 - Nas aulas práticas somente será tolerado atraso de 5
 minutos, em caso de atrasos maiores o aluno não fará a
 prática e não poderá fazer aula de reposição;




                                                                                  4
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           QUÍMICA PARA ENGENHARIA

Regras:
Regras:
- Nas aulas práticas os alunos deverão usar calça comprida
(jeans de preferência), sapato fechado com meia, jaleco de
manga comprida de algodão e óculos de segurança. AS
MENINAS – CABELOS PRESOS E NADA DE PULSEIRAS, ANÉIS
OU COLARES COMPRIDOS;

- No laboratório os alunos devem manter a ordem e trabalhar
com responsabilidade – laboratório não é lugar para
brincadeiras, bagunça, etc – vidraria, equipamentos, fogo,
solventes, etc;

            - Na parte prática o (s) aluno (s) somente poderá
            (ão) repor a prática trazendo atestado médico do
            NASS, caso contrário não poderá repor a prática
            e ficará com 0;




     QUÍMICA PARA ENGENHARIA




               Errado X Certo




                                                                        5
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  QUÍMICA PARA ENGENHARIA




  QUÍMICA PARA ENGENHARIA




RESULTADO
 28 mortos
100 feridos




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                          INTRODUÇÃO




                        POR QUE ESTUDAR A QUÍMICA?

                          A INDÚSTRIA QUÍMICA

    É DIFÍCIL IMAGINAR A VIDA SEM A CONTRIBUIÇÃO DA
    QUÍMICA ...

                               QUÍMICA
       → Transporte: Produção de gasolina/diesel, aditivos
             → Roupas: materiais sintéticos, corantes
                → Alimentação: Refrigeração, embalagens,
                             conservantes
                  → Medicina: Anestesia, desinfetantes,
                                remédios, vacinas, contraceptivos
               → Escritório: Toner, tinta, monitores LCD
             → Agricultura: Fertilizantes, pesticidas
         → Segurança: capacetes (policarbonato), retardantes de
         incêndio

Mais de 96% dos bens manufaturados tem ligação direta com a indústria química




                                                                                        7
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                       ALGUMAS ESTATÍSTICAS




                   Contribuição de 2,6 % do PIB em 2009




            Classificações da matéria

                          Estados da matéria
•   A matéria pode ser um gás, um líquido ou um sólido.
•   Esses são os três estados da matéria.
•   Os gases não têm forma nem volume definidos.
•   Os gases podem ser comprimidos para formarem líquidos.
•   Os líquidos não têm forma, mas têm volume.
•   Os sólidos são rígidos e têm forma e volume definidos.




                                                                     8
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           Classificações da matéria

                   Substâncias puras e misturas
• Os átomos consistem de apenas um tipo de elemento.

• As moléculas podem consistir de mais de um tipo de elemento.

   – As moléculas podem ter apenas um tipo de átomo (um elemento).

   – As moléculas podem ter mais de um tipo de átomo (um composto).

• Se mais de um átomo, elemento ou composto são encontrados juntos,
  então a substância é uma mistura.




           Classificações da matéria

              Substâncias puras e misturas




                                                                              9
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             Classificações da matéria

                                 Elementos
•   Se uma substância pura não pode ser decomposta em algo mais, então ela é
    um elemento.
•   Existem 114 elementos conhecidos.
•   A cada elemento é dado um único símbolo químico (uma ou duas letras).
•   Os elementos são a base de constituição da matéria.
•   A crosta terrestre consiste de 5 elementos principais.
•   O corpo humano consiste basicamente de 3 elementos principais.




             Classificações da matéria




                                                                                      10
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              Classificações da matéria

                                 Misturas
•   As misturas heterogêneas não são totalmente uniformes.
•   As misturas homogêneas são totalmente uniformes.
•   As misturas homogêneas são chamadas de soluções.




                                                                    11
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            Propriedades da matéria

                  Mudanças físicas e químicas
• Quando uma substância sofre uma mudança física, sua aparência física
  muda.
   – O derretimento do gelo: um sólido é convertido em um líquido.


• As mudanças físicas não resultam em uma mudança de composição.
• Quando uma substância muda sua composição, ela sofre uma alteração
  química:
   – Quando o hidrogênio puro e o oxigênio puro reagem completamente,
     eles formam água pura. No frasco contendo água não há sobra de
     oxigênio nem de hidrogênio.




            Propriedades da matéria




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                Propriedades da matéria

                   Alterações físicas e químicas

•   As propriedades físicas intensivas não dependem da quantidade de
    substância presente.
     – Exemplos: densidade, temperature e ponto de fusão.
•   As propriedades físicas extensivas dependem da quantidade de substância
    presente.
     – Exemplos: massa, volume e pressão.




                Propriedades da matéria

                        Separação de misturas
•   As misturas podem ser separadas se suas propriedades físicas são diferentes.

•   Os sólidos podem ser separados dos líquidos através de filtração.

•   O sólido é coletado em papel de filtro, e a solução, chamada de filtrado, passa
    pelo papel de filtro e é coletada em um frasco.




                                                                                             13
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                  Propriedades da matéria

                       Separação de misturas
•   As misturas homogêneas de líquidos podem ser separadas através de destilação.

•   A destilação necessita que os diferentes líquidos tenham pontos de ebulição
    diferentes.

•   Basicamente, cada componente da mistura é fervido e coletado.

•   A fração com ponto de ebulição mais baixo é coletada primeiro.




                      Mistura




                                                                                           14
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                        Unidades de medida

                                              Unidades SI
•   Existem dois tipos de unidades:
     – Unidades fundamentais (ou básicas);
     – Unidades derivadas.
•   Existem 7 unidades básicas no sistema SI.




                        Unidades de medida

                                              Unidades SI




•   As potências de dez são utilizadas por conveniência com menores ou maiores unidades no sistema SI.




                                                                                                                15
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               Unidades de medida

                            Unidades SI




               Unidades de medida

                            Unidades SI
• Observe que a unidade SI para comprimento é o metro (m), enquanto a
  unidade SI para massa é o quilograma (kg).
   – 1 kg tem 2,2046 lb.


                           Temperatura
                  Existem três escalas de temperatura:
• Escala Kelvin
   – Usada em ciência.
   – Mesmo incremento de temperatura como escala Celsius.
   – A menor temperatura possível (zero absoluto) é o zero Kelvin.
   – Zero absoluto: 0 K = 273,15 oC.




                                                                               16
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               Unidades de medida

                            Temperatura
• Escala Celsius
   – Também utilizada em ciência.
   – A água congela a 0 oC e entra em ebulição a 100 oC.
   – Para converter: K = oC + 273,15.

• Escala Fahrenheit
   – Geralmente não é utilizada em ciência.
   – A água congela a 32 oF e entra em ebulição a 212 oF.
   – Para converter:


                 5                         9
          °C =     (°F - 32 )       °F =     (°C ) + 32
                 9                         5




               Unidades de medida




                                                                   17
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              Unidades de medida
                                Volume
• As unidades de volume são
  dadas por (unidades de
  comprimento)3.
   – A unidade SI de volume
   é o 1 m3.
• Normalmente usamos
  1 mL = 1 cm3.
• Outras unidades de volume:
   – 1 L = 1 dm3 = 1000 cm3 =
     1000 mL.




              Unidades de medida




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                 Unidades de medida

                                 Densidade
•   Usada para caracterizar as substâncias.
•   Definida como massa dividida por volume:




•   Unidades: g/cm3.




                  A incerteza na medida

                        A incerteza na medida
• Todas as medidas científicas estão sujeitas a erro.
• Esses erros são refletidos no número de algarismos informados para a
  medida.
• Esses erros também são refletidos na observação de que duas medidas
  sucessivas da mesma quantidade são diferentes.


                         Precisão e exatidão
• As medidas que estão próximas do valor “correto” são exatas.
• As medidas que estão próximas entre si são precisas.




                                                                                19
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A incerteza na medida

   Precisão e exatidão




          Aula 1
    ESTRUTURA ATÔMICA




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                     CONTEÚDO
• Introdução a teoria atômica,
• Átomo de Dalton,
• Natureza elétrica da matéria,
• Modelo de Thomson e Rutherford.
• Radiação eletromagnética e o espectro atômico.
• Teoria de Bohr e o átomo de hidrogênio.
• Números quânticos e orbitais atômicos
• O átomo de hidrogênio de Bohr




                 CONCEITOS BÁSICOS




                                                   O Átomo

                                            •   Núcleo: Prótons (+)
                                                e nêutrons
                                            •   Elétrons (-)




              Como chegamos neste ponto?




                                                                             21
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       A idéia que a matéria é formada por pequenas partículas é
       natural...



        Quando a água num copo evapora ela não deixa de
                            existir




      A água se separa em partículas tão pequenas que não
                        podemos vê-las




      Como não podem ser vistos diretamente, os átomos são
                explicados por modelos teóricos




                                    HISTÓRICO

Muitas sociedades antigas desenvolveram teorias sobre a estrutura da
matéria:
    • Índia: Século 6 AC conceitos de átomos e moléculas
    • Grécia; século 5 AC: Leucipo e seu discípulo Democritus os primeiros a
      sugerir a existência dos átomos:



Democritus usou a palavra atamos (ἄτοµος) - indivisível
   – Ele acreditava que os átomos eram indivisíveis e
                                                                    Democritus
      indestrutíveis;




     As idéias dele não explicavam o comportamento químico e não se baseava em
       métodos científicos – somente filosóficos.




                                                                                        22
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                ROBERT BOYLE: SÉCULO 17




              Até o século 17, pessoas acreditavam que o mundo era
                     composto dos quatro elementos clássicos:
                              Água, Terra, Fogo e Ar.




           •1661, filosofo natural Robert Boyle publicou
           o livro The Sceptical Chymist (O Químico
           Cético);
           •Propos que matéria é composta de
           combinações de átomos.




                         DALTON




         John Dalton


                                                            John Dalton
                                                           (1766 – 1844)
• Químico;
• Físico;
• Meteorologista;
• Famoso para descrever
  “Daltonismo”;
• Sugeriu um modelo atômico.




                                                                                  23
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                  TEORIA ATÔMICA DE DALTON

Para Dalton:
• Todos os elementos são compostos de minúsculas partículas
   indivisíveis, chamadas átomos;
• Átomos de diferentes elementos se combinam para formar
   compostos químicos;
• Nas reações químicas os átomos são combinados, separados ou         John Dalton
   rearranjados – mas nunca se transformam em átomos de outro        (1766 – 1844)

   elemento.
• Átomos não podem ser criados, divididos em partículas menores
   ou destruídos. Uma reação química só altera a forma em que os
   átomos estão ligados



       Teoria atômica moderna é um pouco mais complexa, mas a
                         essência é a mesma.




                                             TEORIA ATÔMICA DE DALTON
                                        • Dalton imaginou átomos maciços.
                                        • Isso é suficiente para entender e
                                          explicar a composição das substâncias
                                          e as relações entre massas de
                                          reagentes e produtos.
                                                   2H2 + O2 → 2H2O
                                         • Na época não se conhecia a
                                           composição exata das substâncias, a
                                           geometria das moléculas e o tamanho
                                           relativo dos átomos.




                                                                                            24
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                       ESTRUTURA DO ÁTOMO




                           O ELÉTRON



No dia a dia, existem vários exemplos que comprovam
a natureza elétrica da matéria:
  • Um relâmpago durante uma tempestade;
  • Levar choque da maçaneta de um carro.                    J.J. Thomson


 Os primeiros estudos científicos sobre a estrutura do átomo foram feitos
                        estudando-se os gases:

O trabalho do físico Joseph John Thomson usando um tubo de raios
                             catódicos




                                                                                   25
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                        O ELÉTRON: DESCOBERTA

Em 1897, J.J. Thomson, usando um tubo de raios catódicos, descobriu a
presença de partículas carregadas negativamente: o elétron.

     -Tubo parcialmente evacuado;
     -Aplica-se uma alta tensão nos eletrodos:              Cathode Ray Tube (1).flv




   Thomson concluiu que:
       • O feixe era composto de partículas (não de luz);
       • As partículas eram carregadas negativamente.

    O tubo de raios de catódicos é, basicamente, a tecnologia usada em
                          televisores tradicionais




                           MASSA DO ELÉTRON




                        1916 – Robert Millikan determinou a
                        massa do elétron como sendo
                        1/1840 da massa de um átomo de
                        hidrogêni e tem uma unidade de
                        carga negativa.




            A Massa do elétron é
               9.11 x 10-28 g




                                                                                              26
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                    CONCLUSÕES DO ESTUDO DO ELÉTRON



    •    Os raios catódicos têm propriedades idênticas independentemente do
         material (eletrodo) utilizado para produzi-lo – Todos os elementos
         devem conter elétrons carregados idênticos;
    •    Os átomos são neutros, então devem haver partículas positivas nos
         átomos, para balancear a carga negativa dos elétrons;
    •    Os elétrons têm uma massa tão pequena que os átomos devem conter
         outras partículas que representam a maioria da massa.




                        PRÓTONS E NEUTRONS




•       Em 1886, Eugen Goldstein, observou o que hoje é
        chamado de “próton” – partículas com carga positiva
        e peso relativo de 1 (ou 1840 vezes a massa do
        elétron)




                          • Em 1932, James Chadwick confirmou a existência do
                            “nêutron” – partícula sem carga, mas com a massa
                            aproximadamente igual à do próton.




                                                                                       27
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                      Partículas Subatômicas




            Partícula                 Carga      Massa (g)
            ELÉTRON                    -1       9.11 x 10-28
            PRÓTON                     +1       1.67 x 10-24
           NÊUTRON                     0        1.67 x 10-24




              Modelo Atômico de Thomson



Thomson acreditava que os elétrons
eram como ameixas em um pudim– por
isso esse modelo é conhecido como
“pudim de ameixas” (“plum pudding”)




• Modelo de Thomson teve uma vida curta, mas foi o primeiro modelo a
  considerar que o átomo é composto de partículas menores–
  subatômicas;
• Para saber como a estrutura atômica foi desvendada, temos que saber
  um pouco sobre a historia da radioatividade.




                                                                               28
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                                     Radioatividade


    Considere o seguinte experimento:
        •   Uma substância radioativa é colocada em um anteparo contendo um
            pequeno orifício de tal forma que um feixe de radiação seja emitido
            pelo orifício.
        •   A radiação passa entre duas chapas eletricamente carregadas e é
            detectada.
        •   Três pontos são observados no detector:
             – um ponto no sentido da chapa positiva,
             – um ponto que não é afetado pelo campo elétrico,
             – um ponto no sentido da chapa negativa.




                                     Radioatividade

•    Um alto desvio no sentido da chapa positiva corresponde à radiação que é negativamente carregada e
     tem massa baixa. Essa se chama radiação β (consiste de elétrons).
•    Nenhum desvio corresponde a uma radiação neutra. Essa se chama radiação γ.
•    Um pequeno desvio no sentido da chapa carregada negativamente corresponde à radiação carregada
     positivamente e de massa alta. Essa se chama radiação α




                                                                                                                 29
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                     O EXPERIMENTO DE RUTHERFORD - 1911

Rutherford executou o seguinte experimento:
•    Uma fonte de partículas α foi colocada na boca de um detector
     circular.
•    As partículas α foram lançadas através de um pedaço de chapa de
     ouro.


      RESULTADO SUPREENDENTE
•    A maioria das partículas α passaram
     diretamente através da chapa, sem desviar
                            chapa,     desviar.

•    Algumas partículas α foram desviadas
     com ângulos grandes.
                 grandes.

•    Se o modelo do átomo de Thomson
     estivesse correto, o resultado de
     Rutherford seria impossível.




                        Conclusões:
    O núcleo é pequeno, denso e carregado positivamente.




                                                                              30
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                                  O ÁTOMO COM NÚCLEO



                                       •   Rutherford modificou o modelo de Thomson
                                           da seguinte maneira:
                                            – Suponha que o átomo é esférico mas a
                                               carga positiva deve estar localizada no
                                               centro, com uma carga negativa difusa
                                               em torno dele.




                                 O ÁTOMO COM NÚCLEO



•   O átomo consite de entidades neutras, positivas e negativas (prótons, elétrons e nêutrons).
•   Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo do átomo, que é pequeno. A maior
    parte da massa do átomo se deve ao núcleo.
•   Os elétrons estão localizados fora do núcleo. Grande parte do volume do átomo se deve
    aos elétrons.




Assim, temos um modelo do átomo mais próximo
de nosso entendimento atual, mas como é que os
       elétrons ficam em volta do núcleo?




                                                                                                         31
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                          ESTRUTURA
                        ELETRÔNICA DOS
                            ÁTOMOS




                      MODELO DE RUTHERFORD: PROBLEMAS


•   Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os
    planetas orbitam em torno do sol.

•   Entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve
    perder energia.

•   Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de
    Rutherford.

•   Para explicar isso, temos que pensar um pouco sobre a natureza da luz:

         •   Natureza ondulatória

         •   Natureza particulada

• Vamos considerar primeiro a natureza ondulatória




                                                                                         32
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• A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da
  radiação com a matéria
• A luz que podemos ver com os nossos olhos (luz visível) é um tipo de
  radiação eletromagnética (ondas).
• As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes às
  ondas que se movem na água.
• Radiação eletromagnética é uma forma de transportar energia pelo espaço.
• Existem diferentes formas além de luz visível:
        Ondas de rádio
        Calor (infravermelho)
        Ultravioleta
        Microondas
        Raios X


Todas tem as seguintes características:
        1. Amplitude (A)
        2. Comprimento de onda (λ - lambda) – unidade: metros (m)
        3. Freqüência (ν - ni) – unidade: Hertz (Hz) s-1
        4. Viagem em uma velocidade, c (3,00 x 10 8 m s-1) – valor constante




  Qto. mais curto o λ, maior a freqüência, ν.


                       λν = c



                                                                                      33
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 A radiação visível tem λ entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho).




O modelo ondulatório da luz explica muito bem o comportamento da luz, mas existem três
fenômenos importantes que ele não pode explicar satisfatoriamente:
1. A emissão de luz por objetos quentes (radiação de corpo preto); Objetos
   aquecidos passam por várias cores “quente vermelho” e “quente branco”:
         •   O físico alemão, Max Planck, sugeriu que energia pode ser liberada em
             “pedaços” e aplicou o nome quanta (quantidade fixa). A energia, E, de um
             quanta é igual a freqüência (ν) muliplicada por uma constante.
         •   Esta constante é a constante de Planck (h) – 6,63 x 10-34 J s.

                                             E=hν




A noção de quanta é esquisita e passa despercebida em nosso dia-a-dia
devido ao fato que a energia de um único quantum é muito pequena. Por
outro lado seu impacto em nível atômico é muito mais significativo.




                                                                                                34
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     2. Emissão de elétrons de uma superfícies metálica onde a luz
        coincide (efeito fotoelétrico - Einstein);




1. Einstein bombardeou uma amostra de
   metal com luz.
2. Ao receber a luz de uma dada energia o
   metal emite um elétron – abaixo deste valor
   de energia nada acontece.
3. O comprimento de onda mínimo para isso
   acontecer é diferente para cada metal.
    •Einstein supôs que a luz trafega em
    pacotes de energia denominados fótons.
    •A energia de um fóton: E = h ν




      3. A emissão de luz a partir de um gás excitado eletronicamente (espectro
          de emissão)


•   A luz branca pode ser separada
    em um espectro contínuo de cores.
•   Observe que não       há manchas
    escuras no espectro   contínuo que
    corresponderiam        a     linhas
    diferentes – isso é   um espectro
    contínuo
•   Nem todos as fontes de irradiaçào
    produzem espectros contínuos.
•   Quando se confina um gás a alta
    pressão e aplicar um potencial, os
    gases emitem cores diferentes




                                                                                         35
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•   O físico dinamarquês Niels Bohr observou o espectro de linhas de
    determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados
    em estados específicos de energia. Esses foram denominados órbitas.




                               1913 - Niels Bohr


                   Bohr refinou a idéia de Rutherford - elétrons
                   encontram-se     em    orbitas,     como    os
                   planetas orbitando o sol, onde cada orbita
                   pode conter um número fixo de elétrons.




  Niels Bohr
(1885 – 1962)




                                                                                 36
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                             1913 - Niels Bohr



• O elétron se movimenta em órbitas circulares em volta de um núcleo.
• A energia de um elétron não pode apresentar qualquer valor, mas, sim,
   valores múltiplos de um quantum (plural de quanta)
• Apenas algumas órbitas eletrônicas são permitidas para o elétron e ele
   não emite energia ao percorrê-las
• Quando um elétron passa de uma órbita para outra, ele emite ou absorve
   uma quantidade finita de energia (um quantum)




                           1913 - Niels Bohr

• O modelo de Bohr estabelece que os átomos possuem regiões específicas
 para acomodar seus elétrons – camadas eletrônicas
• No seu estado fundamental, os elétrons ocupam o nível mais baixo
• Quando o átomo recebe energia suficiente de uma fonte externa um ou mais
 elétrons “pulam” para níveis energéticos maiores, formando um estado
 excitado




                                                                                    37
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                               1913 - Niels Bohr

     • Quando o elétron “pula” para outro nível de energia, ele cria um espaço livre.




                               1913 - Niels Bohr




•   A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1,
    é a mais próxima do núcleo e convencionou-se
    que ela tem energia negativa.
•   A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n
    próximo ao infinito e corresponde à energia
    zero.
•   Os elétrons no modelo de Bohr podem se
    mover apenas      entre órbitas através da
    absorção e da emissão de energia em quantum
    (hv).
•   A limitação do modelo do Bohr é que ele
    somente descreve o comportamento do elétron
    em termos de um partícula e desconsidera seu
    comportamento ondulatória.




                                                                                               38
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                       ESTRUTURA ELETRÔNICA




•   Sabendo-se que a luz tem uma natureza de partícula, parece razoável
    perguntar se a matéria tem natureza ondulatória.

•   Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie mostrou:


                                  h
                            λ=
                                  mv
•   O momento, mv, é uma propriedade de partícula, enquanto λ é uma
    propriedade ondulatória.

•   de Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas.




                       O PRINCÍPIO DA INCERTEZA



•   O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de
    partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a
    direção do movimento e a velocidade simultaneamente.

•   Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição
    simultaneamente.

•   Se ∆x é a incerteza da posição e ∆mv é a incerteza do momento, então:




                                          h
                           ∆x·∆mv ≥
                                         4π




                                                                                   39
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                             Schröedinger




                         •   Schrödinger propôs uma equação que
                             contém os termos onda e partícula.
                         •   A resolução da equação leva às funções de
                             onda (Ψ).
                         •   A função de onda fornece o contorno do
                             orbital eletrônico.
                         •   O quadrado da função (Ψ2) de onda fornece
                             a probabilidade de se encontrar o elétron,
                             isto é, dá a densidade eletrônica para o
                             átomo




                   ESTRUTURA ELETRÔNICA



• Depois de muitos estudos – terão que acreditar – foram determinadas
 sete “camadas eletrônicas” – números quânticos principais (n): 1, 2, 3
 4 ... n
• Cada camada é dividida em sub-camadas (s, p, d, f, g, h, i) - número
 quântico azimutal (l)
• Essa divisão depende da distância do núcleo.

               1ª camada – 1s
               2ª camada – 2s 2p
               3ª camada – 3s 3p 3d
               4ª camada – 4s 4p 4d 4f
               5ª camada – 5s 5p 5d 5f 5g
               6ª camada – 6s 6p 6d 6f 6g 6h
               7ª camada – 7s 7p 7d 7f 7g 7h 7i

  ...e tem mais.




                                                                                 40
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                       ESTRUTURA ELETRÔNICA



 Os elétrons são arranjados em Níveis de Energia ou Camadas ao redor do

 núcleo de átomo.


    •     1a. camada                   máximo de 2 elétrons

    •     2a. camada                   máximo de 8 elétrons


    •     3a. camada                   máximo de 18 elétrons




 ...mas




                           ESTRUTURA ELETRÔNICA


• O princípio de exclusão de Pauli: dois
  elétrons só podem ocupar o mesmo orbital se
  tiver “spins” opostos;

• Spin é uma medida do movimento rotacional
  de um elétron ao redor do seu próprio eixo
  (horário e anti-horário);
• Este movimento faz que ele cria campo
  magnético;
• Usa-se a convenção ↑↓ para indicar o “spin”
• Num mesmo orbital:

• Por convenção é dado com ms, e pode ter os
  valores de +1/2 e -1/2 são números
  quânticos de spin (ms).


   Isso leva a outras conseqüências – como pode ter mais de 2 elétrons no
   orbital p?




                                                                                   41
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                      ORBITAIS E NÚMEROS QUÂNTICOS


1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n
 aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante
                                     do núcleo.

2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor
    de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente
    utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos
    referimos aos orbitais s, p, d e f.

3. Número quântico de spin, ms: -1/2 ou +1/2

4. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O
    número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a
    orientação do orbital no espaço.



                                                                                   83




                      ORBITAIS E NÚMEROS QUÂNTICOS




                                                                                   84




                                                                                               42
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                          Estrutura eletrônica


      Portanto, cada orbital é dividida em sub-orbitais....

                    1ª camada – 1s: 1 orbital (2 e-)
                    2ª camada – 2s: 1 orbital (2 e-)
                                2p: 3 orbitais (6 e-)
                    3ª camada – 3s: 1 orbital (2 e-)
                               3p: 3 orbitais (6 e-)
                               3d: 5 orbitais (10 e-)
                    4ª camada – 4s: 1 orbital (2 e-)
                               4p: 3 orbitais (6 e-)
                               4d: 5 orbitais (10 e-)
                               4f: 7 orbitais (14 e-)

•Elétrons em cada sub-orbital tem uma orbita (distribuição) distinta e
 uma energia associada
•Para um átomo os elétrons preenchem os orbitais com maior
 energia primeiro (menor número quântico)




                       ESTRUTURA ELETRÔNICA

                            Energia de orbitais
         1s > 2s > 2p > 3s > 3p > 4s > 3d > 4p > 5s >4d > 5p > 6s




Agora podemos estabelecer a distribuição eletrônica para qualquer átomo




                                                                                 43
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                                       ÁTOMO DE HÉLIO



                                                                 camada
        próton



                                                N
                                           +             -
                                                +
                            -               N




                                                             nêutron
        elétron



2 eletrons, 2 protons, e 2 neutrons.




                                DEFINIÇÃO DE TERMOS




                   O número atômico (Z) é o número de prótons
                   (indicado na parte inferior do símbolo)



                   O número de massa (A) é o número de prótons
                   + o número de nêutrons (indicado na parte
                   superior do símbolo)




      Por convenção, para um elemento X, escreve-se
                           Z X
                            A




                                                                                 44
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                           ÁTOMO DE HÉLIO




                   4

                   2  He
   Quando existe o mesmo elemento, mas com um número de nêutrons
   (portanto número de massa) diferente, este é denominado isótopo.




                     ESTRUTURA ELETRÔNICA




Lembrando ZAX, onde Z é o número de prótons:




         1H:  1s1
         2He:  1s2
         3Li: 1s 2s
                2   1

         4 Be: 1s2 2s2
         5B: 1s 2s 2p
                2   2  1




                                                                             45
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                                            EXERCÍCIO



Escrever a configuração eletrônica dos seguintes elementos:



           40                 23             16
a)   Ca20           b)    Na11         c)   O8



           35                   28              5
d)   Cl              e)    Si          f)   B   11
           17                   14




                                     ESTRUTURA ATÔMICA




     Existem 3 maneiras de representar a estrutura atômica de um elemento

     ou composto:


      1.        Configuração Eletrônica (já vista);
      2.        Diagramas de bolas;
      3.        Diagrama usando a regra de Hund;




                                                                                   46
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                                DIAGRAMAS DOT & CROSS

   Com o diagrama de Dot & Cross os elétrons são representados bolas ou “x”

   para mostrar as diferentes camadas eletrônicas de um elemento:




                                                   X


                                                                      14
   Nitrogênio
                                                                            N
                                        X X         N       X X

                                                                        7

                                                   XX




                                   DIAGRAMA DE SETAS



Regra de Hund: Os elétrons preencherão, preferencialmente, os orbitais vazios:


          1H:    1s1       ↑

          2He:             ↑↓
                  1s2
          3Li:   1s2 2s1   ↑↓      ↑



    5B:   1s2 2s2 2p1      ↑↓      ↑↓        ↑


    6C:   1s2 2s2 2p2      ↑↓      ↑↓        ↑     ↑


    7N:   1s2 2s2 2p3      ↑↓      ↑↓        ↑     ↑    ↑       Menor nível de energia


Esta forma de apresentar os orbitais atende melhor o princípio de exclusão de Pauli




                                                                                                47
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               REPRESENTAÇÃO DO ORBITAIS




                                 ORBITAIS

   • Até este momento temos falado em termos de orbitais s, p, d, f, g, h, i.
   • Para a maioria das substâncias entendimento dos orbitais s, p, d é
     suficiente;
   • Então, o que são estes orbitais?




                                            Orbital s
• No início o Bohr imaginou que um
  elétron orbita o núcleo como um
  planeta orbita em volta do sol;

• Na interpretação moderna um
  orbital é uma região do espaço na
  qual a probabilidade de encontrar
  o elétron é elevada.




                                                                                       48
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                                       Orbital s

No caso do orbital s, o tamanho aumenta com cada camada elétrica, pois o
elétron se torna mais energético (portanto aumenta a probabilidade de se
afastar o núcleo)




                                       Orbital p




                                    Orbitais p
•   Existem três orbitais p, px, py, e pz.
•   Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema
    cartesiano.
•   As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1.
•   À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores.




                                                                               98




                                                                                           49
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                                      Orbital p


    Cada nível p é formada por 3 sub-níveis:




                                     Orbital d e f


                               Orbitais d e f
•   Existem cinco orbitais d e sete orbitais f.
•   Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z.
•   Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-,
    y- e z.
•   Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada.
•   Um orbital d tem dois lóbulos e um anel.




                                                                                100




                                                                                             50
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                                   Orbital d

     Cada nível d é formada por 5 sub-níveis:




IMPORTANTE: Orbitais simplesmente representam a probabilidade de
encontrar um elétron com uma dada energia.




                  ISÓTOPOS, NÚMEROS ATÔMICOS E
                       NÚMEROS DE MASSA.




                                                                          51
29/03/2011




                                         O ÁTOMO



     • Sabemos que átomos são feitas de elétrons, prótons e nêutrons.

     • O que torna o átomo de uma substância diferente de um átomo
       outra substância?




                                O número de prótons

          (O número de elétrons deve ser igual ao número de prótons)




           Vamos considerar o átomo de Hélio




                                       ÁTOMO DE HÉLIO



                                                                   camada
        próton



                                                N
                                           +               -
                                                +
                            -               N




                                                               nêutron
        elétron



2 eletrons, 2 protons, e 2 neutrons.




                                                                                   52
29/03/2011




                        DEFINIÇÃO DE TERMOS




             O número atômico (Z) é o número de prótons
             (indicado na parte inferior do símbolo)



             O número de massa (A) é o número de prótons
             + o número de nêutrons (indicado na parte
             superior do símbolo)




Por convenção, para um elemento X, escreve-se
                     Z X
                      A




                             ISÓTOPOS



• Muitos elementos são encontrados como uma mistura de

  isótopos Muitos isótopos são importantes:

• Carbono existe com 4 isótopos11C, 12C, 13C, e 14C.

                       12
                         C = 99% do total


14C   (carbono quatorze) é usado para estimar a idade de fósseis




                                                                          53
29/03/2011




                                            EXERCÍCIO


    Quantos prótons, nêutrons e elétrons existem em um átomo de 197Au?


    Resposta: 79 prótons, 79 elétrons e 118 nêutrons


    E 138Ba e 28Si?

                            Elemento                  Número atômico
                            Au                        79
                            Ba                        56
                            Si                        14
                            Mg                        12




                                            EXERCÍCIO


   O magnésio (No Atômico = 12) tem isótopos com massas 24, 25 e 26.

   (a) escreva o símbolo completo para cada um.
   (b) Quantos nêutrons tem em cada núcleo?




Resposta: (a) 2412Mg; 2512Mg e   26
                                   12Mg;   (b) 12, 13, 14




                                                                                54
29/03/2011




                         PESO ATÔMICO




                    Conceito de pesos atômicos


• Devemos lembrar que o número de massa é somente uma soma dos
  prótons e nêutrons presentes no núcleo.

• Devemos lembrar que prótons e nêutrons têm massa...



                              Vamos pensar
 • 100 g de água (H2O) contem 88,9 g de Oxigênio e 1,1 g de Hidrogênio;
 • Água contem ~8 vezes mais Oxigênio que hidrogênio (por massa)
 • Ao saber que a água tem a proporção de 2H:1O, ao H foi dado o valor
   1 e ao O o valor 16 (2x8).
 • Daí descobriram um isótopo de Oxigênio (17O) ...




                                                                                 55
29/03/2011




                          Conceito de pesos atômicos


                                           12
    Assim, um padrão que usa a massa de C       foi estabelecido em 1964.


•    Definiu-se a “unidade atômica”, u.
•    Definiu-se: u = 1/12 da massa de um átomo de 12C.
•    Usando unidades de massa atômica:


                             1 u = 1,66054 x 10-24 g
                             1 g = 6,02214 x 1023 u



                Neste sistema, o peso atômico de H é 1,0078 u




                          Conceito de pesos atômicos




                                                                                   56
29/03/2011




                       FORMAÇÃO DE ÍONS




                                   ÍONS



• Íon: uma espécie com um número de elétrons diferente (a mais ou a

 menos) do número de prótons. Existem dois tipos:

• Ânion: carregado negativamente (ganhou e-)

• Cátion: carregado positivamente (perdeu e-)

• A tendência de formar ânions ou cátions depende da natureza

 química de cada elemento/substância – mais para frente no curso.




                                                                             57
29/03/2011




                   SUMÁRIO DA AULA




• Introdução à disciplina

• Histórico do desenvolvimento da Estrutura do átomo

• Estrutura atômica moderna




               geoffroy.malpassuftm@gmail.com




                                                              58

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  • 1. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA AULA 1: • Introdução • Estrutura Atômica Professor: Geoffroy Roger Pointer Malpass (DEQ/ICTE) QUÍMICA PARA ENGENHARIA OBJETIVO GERAL A disciplina visa fornecer a descrição e compreensão qualitativa e quantitativa dos fenômenos químicos relacionados às ciências exatas, em particular aos cursos de engenharia, visando dessa forma, introduzir ao aluno os fundamentos do método científico e o exercício do pensamento crítico. 1
  • 2. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA Livro Texto: PRINCIPAL Química - A Ciência Central - Theodore L. Brown, H. Eugene Lemay, Bruce E. Bursten, 9ª. edição, Pearson. COMPLEMENTAR Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente - Peter Atkins; Loretta Jones QUÍMICA PARA ENGENHARIA Ementa: 1º. Semestre: 1. Estrutura atômica: (Introdução a teoria atômica; átomo de Dalton; natureza elétrica da matéria; modelo de Thonsom e Rutherford; Radiação eletromagnética e o espectro atômico; Teoria de Bohr e o átomo de hidrogênio; Números quânticos e Orbitais atômicos; O átomo de hidrogênio de Bohr). 2. Tabela periódica e propriedades gerais dos elementos: (A lei periódica e a tabela periódica moderna; Configuração eletrônica dos elementos - estrutura eletrônica; Propriedades periódicas dos elementos: Raio atômico, Volume atômico, Densidade, Pontos de fusão e ebulição, Potencial ou energia de ionização, Afinidade eletrônica e Eletronegatividade). 3. Estrutura molecular: (Ligação Química: Conceitos Gerais; As formas das moléculas e dos íons; Teoria da ligação de valência; Teoria do orbital molecular). 4. Os estados da matéria e forças intermoleculares: (Comparação entre as propriedades dos gases e líquidos; Forças de atração intermoleculares; Calor Latente de vaporização; Pressão de Vapor; Ponto de ebulição; Ponto de congelamento; Sólidos cristalinos, Redes; Raios atômicos e iônicos; Tipos de cristais; Curvas de aquecimento e resfriamento, mudanças de estado; Diagramas de fases). 5. Soluções: (Tipos de soluções; Unidades de concentração; O processo de dissolução em soluções líquidas; Calor de dissolução; Solubilidade e temperatura; Efeito da pressão sobre a solubilidade; Pressões de vapor de solução; Destilação fracionada; Propriedades coligativas das soluções). 2
  • 3. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA Ementa: 2º. Semestre: 6. Reações e equações químicas: (Tipos de reações químicas não-redox e redox envolvendo substâncias nos três possíveis estados da matéria; Tipos de equações químicas: moleculares, iônicas completas e simplificadas (líquidas); Critérios para estabelecer equações químicas baseados nas propriedades das substâncias em soluções aquosas; Balanceamento de equações químicas não-redox e redox em meio aquoso). 7. Cálculos estequiométricos: (O mol; Peso molecular e peso-formula; Composição centesimal; Formulas químicas; Formulas moleculares; Balanceamento de equações químicas; Cálculos baseados em equações químicas; Cálculos com agentes limitantes; Rendimento teórico e centesimal; Concentração molar). 8. Equilíbrio químico: (O Estado de equilíbrio; A constante de equilíbrio; O quociente reacional; Usos e aplicações das constantes de equilíbrio; Fatores que afetam o equilíbrio; Pressões parciais e a constante de equilíbrio: relação entre Kc e Kp; O equilíbrio químico nas reações; Grandezas termodinâmicas e a constante de equilíbrio; Como estimar o valor de Kc para qualquer tipo de reação química; Estimar constantes de equilíbrio em qualquer temperatura). 9. Cinética química: (Fatores que afetam a velocidade das reações; As Leis de velocidade e a ordem de reação; Modelos de reações: O efeito da temperatura, a teoria das colisões e a teoria do complexo ativado; Mecanismos de reação; Catálise). 10. Eletroquímica: (Reações espontâneas e semi-reações; Células galvânicas; Diagramas de células, representação de uma célula; Tipos de eletrodos nas células galvânicas; Tensão na célula e espontaneidade; Potencial padrão de uma célula; Termodinâmica da célula; Eletrólise; Corrosão). QUÍMICA PARA ENGENHARIA Avaliação: -4 Provas (70%) + Relatórios (20%) + Avaliação Contínua (10%). -Exame Final (60%). -fluxograma da prática; -anotar dados da prática; Verificação do professor -comportamento no laboratório; -saber trabalhar em equipe; -otimizar o trabalho/tempo no laboratório; -limpeza e organização; -desperdício de reagentes/solventes/equipamentos/vidrarias, etc; 3
  • 4. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA Avaliação: Prática: 30% do total: relatórios (25%) / participação (5%) • 12,5 pontos de relatório (em cada semestre) • 2,5 pontos de participação (em cada semestre) • Aula prática de reposição - Apresentação de atestado • As aulas práticas serão avisadas com no mínimo uma semana de antecedência Datas das avaliações: 1°AVALIAÇÃO: 30/04/2011 (17,5 pontos) 2°AVALIAÇÃO: 02/07/2011 (17,5 pontos) 3°AVALIAÇÃO: 24/09/2011 (17,5 pontos) 4°AVALIAÇÃO: 10/12/2011 (17,5 pontos) PROVA SUBSTITUTIVA: (17,5 pontos) CONDIÇÕES: Apresentação de atestado médico (NASS) e o aluno deverá fazer a prova da matéria do semestre todo. EXAME FINAL: QUÍMICA PARA ENGENHARIA Regras: Regras: - Respeitar para ser respeitado – regra de boa educação; - Não será permitida a utilização de computadores ou qualquer outro equipamento eletrônico nas aulas e provas; - Lista de presença; - Faltou na Prova - O aluno somente poderá ter uma segunda chance para fazer a prova perdida trazendo atestado médico do NASS. Entretanto o aluno fará a prova no final do semestre e a matéria será a do semestre todo; - Nas aulas práticas somente será tolerado atraso de 5 minutos, em caso de atrasos maiores o aluno não fará a prática e não poderá fazer aula de reposição; 4
  • 5. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA Regras: Regras: - Nas aulas práticas os alunos deverão usar calça comprida (jeans de preferência), sapato fechado com meia, jaleco de manga comprida de algodão e óculos de segurança. AS MENINAS – CABELOS PRESOS E NADA DE PULSEIRAS, ANÉIS OU COLARES COMPRIDOS; - No laboratório os alunos devem manter a ordem e trabalhar com responsabilidade – laboratório não é lugar para brincadeiras, bagunça, etc – vidraria, equipamentos, fogo, solventes, etc; - Na parte prática o (s) aluno (s) somente poderá (ão) repor a prática trazendo atestado médico do NASS, caso contrário não poderá repor a prática e ficará com 0; QUÍMICA PARA ENGENHARIA Errado X Certo 5
  • 6. 29/03/2011 QUÍMICA PARA ENGENHARIA QUÍMICA PARA ENGENHARIA RESULTADO 28 mortos 100 feridos 6
  • 7. 29/03/2011 INTRODUÇÃO POR QUE ESTUDAR A QUÍMICA? A INDÚSTRIA QUÍMICA É DIFÍCIL IMAGINAR A VIDA SEM A CONTRIBUIÇÃO DA QUÍMICA ... QUÍMICA → Transporte: Produção de gasolina/diesel, aditivos → Roupas: materiais sintéticos, corantes → Alimentação: Refrigeração, embalagens, conservantes → Medicina: Anestesia, desinfetantes, remédios, vacinas, contraceptivos → Escritório: Toner, tinta, monitores LCD → Agricultura: Fertilizantes, pesticidas → Segurança: capacetes (policarbonato), retardantes de incêndio Mais de 96% dos bens manufaturados tem ligação direta com a indústria química 7
  • 8. 29/03/2011 ALGUMAS ESTATÍSTICAS Contribuição de 2,6 % do PIB em 2009 Classificações da matéria Estados da matéria • A matéria pode ser um gás, um líquido ou um sólido. • Esses são os três estados da matéria. • Os gases não têm forma nem volume definidos. • Os gases podem ser comprimidos para formarem líquidos. • Os líquidos não têm forma, mas têm volume. • Os sólidos são rígidos e têm forma e volume definidos. 8
  • 9. 29/03/2011 Classificações da matéria Substâncias puras e misturas • Os átomos consistem de apenas um tipo de elemento. • As moléculas podem consistir de mais de um tipo de elemento. – As moléculas podem ter apenas um tipo de átomo (um elemento). – As moléculas podem ter mais de um tipo de átomo (um composto). • Se mais de um átomo, elemento ou composto são encontrados juntos, então a substância é uma mistura. Classificações da matéria Substâncias puras e misturas 9
  • 10. 29/03/2011 Classificações da matéria Elementos • Se uma substância pura não pode ser decomposta em algo mais, então ela é um elemento. • Existem 114 elementos conhecidos. • A cada elemento é dado um único símbolo químico (uma ou duas letras). • Os elementos são a base de constituição da matéria. • A crosta terrestre consiste de 5 elementos principais. • O corpo humano consiste basicamente de 3 elementos principais. Classificações da matéria 10
  • 11. 29/03/2011 Classificações da matéria Misturas • As misturas heterogêneas não são totalmente uniformes. • As misturas homogêneas são totalmente uniformes. • As misturas homogêneas são chamadas de soluções. 11
  • 12. 29/03/2011 Propriedades da matéria Mudanças físicas e químicas • Quando uma substância sofre uma mudança física, sua aparência física muda. – O derretimento do gelo: um sólido é convertido em um líquido. • As mudanças físicas não resultam em uma mudança de composição. • Quando uma substância muda sua composição, ela sofre uma alteração química: – Quando o hidrogênio puro e o oxigênio puro reagem completamente, eles formam água pura. No frasco contendo água não há sobra de oxigênio nem de hidrogênio. Propriedades da matéria 12
  • 13. 29/03/2011 Propriedades da matéria Alterações físicas e químicas • As propriedades físicas intensivas não dependem da quantidade de substância presente. – Exemplos: densidade, temperature e ponto de fusão. • As propriedades físicas extensivas dependem da quantidade de substância presente. – Exemplos: massa, volume e pressão. Propriedades da matéria Separação de misturas • As misturas podem ser separadas se suas propriedades físicas são diferentes. • Os sólidos podem ser separados dos líquidos através de filtração. • O sólido é coletado em papel de filtro, e a solução, chamada de filtrado, passa pelo papel de filtro e é coletada em um frasco. 13
  • 14. 29/03/2011 Propriedades da matéria Separação de misturas • As misturas homogêneas de líquidos podem ser separadas através de destilação. • A destilação necessita que os diferentes líquidos tenham pontos de ebulição diferentes. • Basicamente, cada componente da mistura é fervido e coletado. • A fração com ponto de ebulição mais baixo é coletada primeiro. Mistura 14
  • 15. 29/03/2011 Unidades de medida Unidades SI • Existem dois tipos de unidades: – Unidades fundamentais (ou básicas); – Unidades derivadas. • Existem 7 unidades básicas no sistema SI. Unidades de medida Unidades SI • As potências de dez são utilizadas por conveniência com menores ou maiores unidades no sistema SI. 15
  • 16. 29/03/2011 Unidades de medida Unidades SI Unidades de medida Unidades SI • Observe que a unidade SI para comprimento é o metro (m), enquanto a unidade SI para massa é o quilograma (kg). – 1 kg tem 2,2046 lb. Temperatura Existem três escalas de temperatura: • Escala Kelvin – Usada em ciência. – Mesmo incremento de temperatura como escala Celsius. – A menor temperatura possível (zero absoluto) é o zero Kelvin. – Zero absoluto: 0 K = 273,15 oC. 16
  • 17. 29/03/2011 Unidades de medida Temperatura • Escala Celsius – Também utilizada em ciência. – A água congela a 0 oC e entra em ebulição a 100 oC. – Para converter: K = oC + 273,15. • Escala Fahrenheit – Geralmente não é utilizada em ciência. – A água congela a 32 oF e entra em ebulição a 212 oF. – Para converter: 5 9 °C = (°F - 32 ) °F = (°C ) + 32 9 5 Unidades de medida 17
  • 18. 29/03/2011 Unidades de medida Volume • As unidades de volume são dadas por (unidades de comprimento)3. – A unidade SI de volume é o 1 m3. • Normalmente usamos 1 mL = 1 cm3. • Outras unidades de volume: – 1 L = 1 dm3 = 1000 cm3 = 1000 mL. Unidades de medida 18
  • 19. 29/03/2011 Unidades de medida Densidade • Usada para caracterizar as substâncias. • Definida como massa dividida por volume: • Unidades: g/cm3. A incerteza na medida A incerteza na medida • Todas as medidas científicas estão sujeitas a erro. • Esses erros são refletidos no número de algarismos informados para a medida. • Esses erros também são refletidos na observação de que duas medidas sucessivas da mesma quantidade são diferentes. Precisão e exatidão • As medidas que estão próximas do valor “correto” são exatas. • As medidas que estão próximas entre si são precisas. 19
  • 20. 29/03/2011 A incerteza na medida Precisão e exatidão Aula 1 ESTRUTURA ATÔMICA 20
  • 21. 29/03/2011 CONTEÚDO • Introdução a teoria atômica, • Átomo de Dalton, • Natureza elétrica da matéria, • Modelo de Thomson e Rutherford. • Radiação eletromagnética e o espectro atômico. • Teoria de Bohr e o átomo de hidrogênio. • Números quânticos e orbitais atômicos • O átomo de hidrogênio de Bohr CONCEITOS BÁSICOS O Átomo • Núcleo: Prótons (+) e nêutrons • Elétrons (-) Como chegamos neste ponto? 21
  • 22. 29/03/2011 A idéia que a matéria é formada por pequenas partículas é natural... Quando a água num copo evapora ela não deixa de existir A água se separa em partículas tão pequenas que não podemos vê-las Como não podem ser vistos diretamente, os átomos são explicados por modelos teóricos HISTÓRICO Muitas sociedades antigas desenvolveram teorias sobre a estrutura da matéria: • Índia: Século 6 AC conceitos de átomos e moléculas • Grécia; século 5 AC: Leucipo e seu discípulo Democritus os primeiros a sugerir a existência dos átomos: Democritus usou a palavra atamos (ἄτοµος) - indivisível – Ele acreditava que os átomos eram indivisíveis e Democritus indestrutíveis; As idéias dele não explicavam o comportamento químico e não se baseava em métodos científicos – somente filosóficos. 22
  • 23. 29/03/2011 ROBERT BOYLE: SÉCULO 17 Até o século 17, pessoas acreditavam que o mundo era composto dos quatro elementos clássicos: Água, Terra, Fogo e Ar. •1661, filosofo natural Robert Boyle publicou o livro The Sceptical Chymist (O Químico Cético); •Propos que matéria é composta de combinações de átomos. DALTON John Dalton John Dalton (1766 – 1844) • Químico; • Físico; • Meteorologista; • Famoso para descrever “Daltonismo”; • Sugeriu um modelo atômico. 23
  • 24. 29/03/2011 TEORIA ATÔMICA DE DALTON Para Dalton: • Todos os elementos são compostos de minúsculas partículas indivisíveis, chamadas átomos; • Átomos de diferentes elementos se combinam para formar compostos químicos; • Nas reações químicas os átomos são combinados, separados ou John Dalton rearranjados – mas nunca se transformam em átomos de outro (1766 – 1844) elemento. • Átomos não podem ser criados, divididos em partículas menores ou destruídos. Uma reação química só altera a forma em que os átomos estão ligados Teoria atômica moderna é um pouco mais complexa, mas a essência é a mesma. TEORIA ATÔMICA DE DALTON • Dalton imaginou átomos maciços. • Isso é suficiente para entender e explicar a composição das substâncias e as relações entre massas de reagentes e produtos. 2H2 + O2 → 2H2O • Na época não se conhecia a composição exata das substâncias, a geometria das moléculas e o tamanho relativo dos átomos. 24
  • 25. 29/03/2011 ESTRUTURA DO ÁTOMO O ELÉTRON No dia a dia, existem vários exemplos que comprovam a natureza elétrica da matéria: • Um relâmpago durante uma tempestade; • Levar choque da maçaneta de um carro. J.J. Thomson Os primeiros estudos científicos sobre a estrutura do átomo foram feitos estudando-se os gases: O trabalho do físico Joseph John Thomson usando um tubo de raios catódicos 25
  • 26. 29/03/2011 O ELÉTRON: DESCOBERTA Em 1897, J.J. Thomson, usando um tubo de raios catódicos, descobriu a presença de partículas carregadas negativamente: o elétron. -Tubo parcialmente evacuado; -Aplica-se uma alta tensão nos eletrodos: Cathode Ray Tube (1).flv Thomson concluiu que: • O feixe era composto de partículas (não de luz); • As partículas eram carregadas negativamente. O tubo de raios de catódicos é, basicamente, a tecnologia usada em televisores tradicionais MASSA DO ELÉTRON 1916 – Robert Millikan determinou a massa do elétron como sendo 1/1840 da massa de um átomo de hidrogêni e tem uma unidade de carga negativa. A Massa do elétron é 9.11 x 10-28 g 26
  • 27. 29/03/2011 CONCLUSÕES DO ESTUDO DO ELÉTRON • Os raios catódicos têm propriedades idênticas independentemente do material (eletrodo) utilizado para produzi-lo – Todos os elementos devem conter elétrons carregados idênticos; • Os átomos são neutros, então devem haver partículas positivas nos átomos, para balancear a carga negativa dos elétrons; • Os elétrons têm uma massa tão pequena que os átomos devem conter outras partículas que representam a maioria da massa. PRÓTONS E NEUTRONS • Em 1886, Eugen Goldstein, observou o que hoje é chamado de “próton” – partículas com carga positiva e peso relativo de 1 (ou 1840 vezes a massa do elétron) • Em 1932, James Chadwick confirmou a existência do “nêutron” – partícula sem carga, mas com a massa aproximadamente igual à do próton. 27
  • 28. 29/03/2011 Partículas Subatômicas Partícula Carga Massa (g) ELÉTRON -1 9.11 x 10-28 PRÓTON +1 1.67 x 10-24 NÊUTRON 0 1.67 x 10-24 Modelo Atômico de Thomson Thomson acreditava que os elétrons eram como ameixas em um pudim– por isso esse modelo é conhecido como “pudim de ameixas” (“plum pudding”) • Modelo de Thomson teve uma vida curta, mas foi o primeiro modelo a considerar que o átomo é composto de partículas menores– subatômicas; • Para saber como a estrutura atômica foi desvendada, temos que saber um pouco sobre a historia da radioatividade. 28
  • 29. 29/03/2011 Radioatividade Considere o seguinte experimento: • Uma substância radioativa é colocada em um anteparo contendo um pequeno orifício de tal forma que um feixe de radiação seja emitido pelo orifício. • A radiação passa entre duas chapas eletricamente carregadas e é detectada. • Três pontos são observados no detector: – um ponto no sentido da chapa positiva, – um ponto que não é afetado pelo campo elétrico, – um ponto no sentido da chapa negativa. Radioatividade • Um alto desvio no sentido da chapa positiva corresponde à radiação que é negativamente carregada e tem massa baixa. Essa se chama radiação β (consiste de elétrons). • Nenhum desvio corresponde a uma radiação neutra. Essa se chama radiação γ. • Um pequeno desvio no sentido da chapa carregada negativamente corresponde à radiação carregada positivamente e de massa alta. Essa se chama radiação α 29
  • 30. 29/03/2011 O EXPERIMENTO DE RUTHERFORD - 1911 Rutherford executou o seguinte experimento: • Uma fonte de partículas α foi colocada na boca de um detector circular. • As partículas α foram lançadas através de um pedaço de chapa de ouro. RESULTADO SUPREENDENTE • A maioria das partículas α passaram diretamente através da chapa, sem desviar chapa, desviar. • Algumas partículas α foram desviadas com ângulos grandes. grandes. • Se o modelo do átomo de Thomson estivesse correto, o resultado de Rutherford seria impossível. Conclusões: O núcleo é pequeno, denso e carregado positivamente. 30
  • 31. 29/03/2011 O ÁTOMO COM NÚCLEO • Rutherford modificou o modelo de Thomson da seguinte maneira: – Suponha que o átomo é esférico mas a carga positiva deve estar localizada no centro, com uma carga negativa difusa em torno dele. O ÁTOMO COM NÚCLEO • O átomo consite de entidades neutras, positivas e negativas (prótons, elétrons e nêutrons). • Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo do átomo, que é pequeno. A maior parte da massa do átomo se deve ao núcleo. • Os elétrons estão localizados fora do núcleo. Grande parte do volume do átomo se deve aos elétrons. Assim, temos um modelo do átomo mais próximo de nosso entendimento atual, mas como é que os elétrons ficam em volta do núcleo? 31
  • 32. 29/03/2011 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS MODELO DE RUTHERFORD: PROBLEMAS • Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol. • Entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve perder energia. • Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de Rutherford. • Para explicar isso, temos que pensar um pouco sobre a natureza da luz: • Natureza ondulatória • Natureza particulada • Vamos considerar primeiro a natureza ondulatória 32
  • 33. 29/03/2011 • A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da radiação com a matéria • A luz que podemos ver com os nossos olhos (luz visível) é um tipo de radiação eletromagnética (ondas). • As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes às ondas que se movem na água. • Radiação eletromagnética é uma forma de transportar energia pelo espaço. • Existem diferentes formas além de luz visível: Ondas de rádio Calor (infravermelho) Ultravioleta Microondas Raios X Todas tem as seguintes características: 1. Amplitude (A) 2. Comprimento de onda (λ - lambda) – unidade: metros (m) 3. Freqüência (ν - ni) – unidade: Hertz (Hz) s-1 4. Viagem em uma velocidade, c (3,00 x 10 8 m s-1) – valor constante Qto. mais curto o λ, maior a freqüência, ν. λν = c 33
  • 34. 29/03/2011 A radiação visível tem λ entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). O modelo ondulatório da luz explica muito bem o comportamento da luz, mas existem três fenômenos importantes que ele não pode explicar satisfatoriamente: 1. A emissão de luz por objetos quentes (radiação de corpo preto); Objetos aquecidos passam por várias cores “quente vermelho” e “quente branco”: • O físico alemão, Max Planck, sugeriu que energia pode ser liberada em “pedaços” e aplicou o nome quanta (quantidade fixa). A energia, E, de um quanta é igual a freqüência (ν) muliplicada por uma constante. • Esta constante é a constante de Planck (h) – 6,63 x 10-34 J s. E=hν A noção de quanta é esquisita e passa despercebida em nosso dia-a-dia devido ao fato que a energia de um único quantum é muito pequena. Por outro lado seu impacto em nível atômico é muito mais significativo. 34
  • 35. 29/03/2011 2. Emissão de elétrons de uma superfícies metálica onde a luz coincide (efeito fotoelétrico - Einstein); 1. Einstein bombardeou uma amostra de metal com luz. 2. Ao receber a luz de uma dada energia o metal emite um elétron – abaixo deste valor de energia nada acontece. 3. O comprimento de onda mínimo para isso acontecer é diferente para cada metal. •Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados fótons. •A energia de um fóton: E = h ν 3. A emissão de luz a partir de um gás excitado eletronicamente (espectro de emissão) • A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores. • Observe que não há manchas escuras no espectro contínuo que corresponderiam a linhas diferentes – isso é um espectro contínuo • Nem todos as fontes de irradiaçào produzem espectros contínuos. • Quando se confina um gás a alta pressão e aplicar um potencial, os gases emitem cores diferentes 35
  • 36. 29/03/2011 • O físico dinamarquês Niels Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de energia. Esses foram denominados órbitas. 1913 - Niels Bohr Bohr refinou a idéia de Rutherford - elétrons encontram-se em orbitas, como os planetas orbitando o sol, onde cada orbita pode conter um número fixo de elétrons. Niels Bohr (1885 – 1962) 36
  • 37. 29/03/2011 1913 - Niels Bohr • O elétron se movimenta em órbitas circulares em volta de um núcleo. • A energia de um elétron não pode apresentar qualquer valor, mas, sim, valores múltiplos de um quantum (plural de quanta) • Apenas algumas órbitas eletrônicas são permitidas para o elétron e ele não emite energia ao percorrê-las • Quando um elétron passa de uma órbita para outra, ele emite ou absorve uma quantidade finita de energia (um quantum) 1913 - Niels Bohr • O modelo de Bohr estabelece que os átomos possuem regiões específicas para acomodar seus elétrons – camadas eletrônicas • No seu estado fundamental, os elétrons ocupam o nível mais baixo • Quando o átomo recebe energia suficiente de uma fonte externa um ou mais elétrons “pulam” para níveis energéticos maiores, formando um estado excitado 37
  • 38. 29/03/2011 1913 - Niels Bohr • Quando o elétron “pula” para outro nível de energia, ele cria um espaço livre. 1913 - Niels Bohr • A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima do núcleo e convencionou-se que ela tem energia negativa. • A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao infinito e corresponde à energia zero. • Os elétrons no modelo de Bohr podem se mover apenas entre órbitas através da absorção e da emissão de energia em quantum (hv). • A limitação do modelo do Bohr é que ele somente descreve o comportamento do elétron em termos de um partícula e desconsidera seu comportamento ondulatória. 38
  • 39. 29/03/2011 ESTRUTURA ELETRÔNICA • Sabendo-se que a luz tem uma natureza de partícula, parece razoável perguntar se a matéria tem natureza ondulatória. • Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie mostrou: h λ= mv • O momento, mv, é uma propriedade de partícula, enquanto λ é uma propriedade ondulatória. • de Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas. O PRINCÍPIO DA INCERTEZA • O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. • Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente. • Se ∆x é a incerteza da posição e ∆mv é a incerteza do momento, então: h ∆x·∆mv ≥ 4π 39
  • 40. 29/03/2011 Schröedinger • Schrödinger propôs uma equação que contém os termos onda e partícula. • A resolução da equação leva às funções de onda (Ψ). • A função de onda fornece o contorno do orbital eletrônico. • O quadrado da função (Ψ2) de onda fornece a probabilidade de se encontrar o elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo ESTRUTURA ELETRÔNICA • Depois de muitos estudos – terão que acreditar – foram determinadas sete “camadas eletrônicas” – números quânticos principais (n): 1, 2, 3 4 ... n • Cada camada é dividida em sub-camadas (s, p, d, f, g, h, i) - número quântico azimutal (l) • Essa divisão depende da distância do núcleo. 1ª camada – 1s 2ª camada – 2s 2p 3ª camada – 3s 3p 3d 4ª camada – 4s 4p 4d 4f 5ª camada – 5s 5p 5d 5f 5g 6ª camada – 6s 6p 6d 6f 6g 6h 7ª camada – 7s 7p 7d 7f 7g 7h 7i ...e tem mais. 40
  • 41. 29/03/2011 ESTRUTURA ELETRÔNICA Os elétrons são arranjados em Níveis de Energia ou Camadas ao redor do núcleo de átomo. • 1a. camada máximo de 2 elétrons • 2a. camada máximo de 8 elétrons • 3a. camada máximo de 18 elétrons ...mas ESTRUTURA ELETRÔNICA • O princípio de exclusão de Pauli: dois elétrons só podem ocupar o mesmo orbital se tiver “spins” opostos; • Spin é uma medida do movimento rotacional de um elétron ao redor do seu próprio eixo (horário e anti-horário); • Este movimento faz que ele cria campo magnético; • Usa-se a convenção ↑↓ para indicar o “spin” • Num mesmo orbital: • Por convenção é dado com ms, e pode ter os valores de +1/2 e -1/2 são números quânticos de spin (ms). Isso leva a outras conseqüências – como pode ter mais de 2 elétrons no orbital p? 41
  • 42. 29/03/2011 ORBITAIS E NÚMEROS QUÂNTICOS 1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. 2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. 3. Número quântico de spin, ms: -1/2 ou +1/2 4. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. 83 ORBITAIS E NÚMEROS QUÂNTICOS 84 42
  • 43. 29/03/2011 Estrutura eletrônica Portanto, cada orbital é dividida em sub-orbitais.... 1ª camada – 1s: 1 orbital (2 e-) 2ª camada – 2s: 1 orbital (2 e-) 2p: 3 orbitais (6 e-) 3ª camada – 3s: 1 orbital (2 e-) 3p: 3 orbitais (6 e-) 3d: 5 orbitais (10 e-) 4ª camada – 4s: 1 orbital (2 e-) 4p: 3 orbitais (6 e-) 4d: 5 orbitais (10 e-) 4f: 7 orbitais (14 e-) •Elétrons em cada sub-orbital tem uma orbita (distribuição) distinta e uma energia associada •Para um átomo os elétrons preenchem os orbitais com maior energia primeiro (menor número quântico) ESTRUTURA ELETRÔNICA Energia de orbitais 1s > 2s > 2p > 3s > 3p > 4s > 3d > 4p > 5s >4d > 5p > 6s Agora podemos estabelecer a distribuição eletrônica para qualquer átomo 43
  • 44. 29/03/2011 ÁTOMO DE HÉLIO camada próton N + - + - N nêutron elétron 2 eletrons, 2 protons, e 2 neutrons. DEFINIÇÃO DE TERMOS O número atômico (Z) é o número de prótons (indicado na parte inferior do símbolo) O número de massa (A) é o número de prótons + o número de nêutrons (indicado na parte superior do símbolo) Por convenção, para um elemento X, escreve-se Z X A 44
  • 45. 29/03/2011 ÁTOMO DE HÉLIO 4 2 He Quando existe o mesmo elemento, mas com um número de nêutrons (portanto número de massa) diferente, este é denominado isótopo. ESTRUTURA ELETRÔNICA Lembrando ZAX, onde Z é o número de prótons: 1H: 1s1 2He: 1s2 3Li: 1s 2s 2 1 4 Be: 1s2 2s2 5B: 1s 2s 2p 2 2 1 45
  • 46. 29/03/2011 EXERCÍCIO Escrever a configuração eletrônica dos seguintes elementos: 40 23 16 a) Ca20 b) Na11 c) O8 35 28 5 d) Cl e) Si f) B 11 17 14 ESTRUTURA ATÔMICA Existem 3 maneiras de representar a estrutura atômica de um elemento ou composto: 1. Configuração Eletrônica (já vista); 2. Diagramas de bolas; 3. Diagrama usando a regra de Hund; 46
  • 47. 29/03/2011 DIAGRAMAS DOT & CROSS Com o diagrama de Dot & Cross os elétrons são representados bolas ou “x” para mostrar as diferentes camadas eletrônicas de um elemento: X 14 Nitrogênio N X X N X X 7 XX DIAGRAMA DE SETAS Regra de Hund: Os elétrons preencherão, preferencialmente, os orbitais vazios: 1H: 1s1 ↑ 2He: ↑↓ 1s2 3Li: 1s2 2s1 ↑↓ ↑ 5B: 1s2 2s2 2p1 ↑↓ ↑↓ ↑ 6C: 1s2 2s2 2p2 ↑↓ ↑↓ ↑ ↑ 7N: 1s2 2s2 2p3 ↑↓ ↑↓ ↑ ↑ ↑ Menor nível de energia Esta forma de apresentar os orbitais atende melhor o princípio de exclusão de Pauli 47
  • 48. 29/03/2011 REPRESENTAÇÃO DO ORBITAIS ORBITAIS • Até este momento temos falado em termos de orbitais s, p, d, f, g, h, i. • Para a maioria das substâncias entendimento dos orbitais s, p, d é suficiente; • Então, o que são estes orbitais? Orbital s • No início o Bohr imaginou que um elétron orbita o núcleo como um planeta orbita em volta do sol; • Na interpretação moderna um orbital é uma região do espaço na qual a probabilidade de encontrar o elétron é elevada. 48
  • 49. 29/03/2011 Orbital s No caso do orbital s, o tamanho aumenta com cada camada elétrica, pois o elétron se torna mais energético (portanto aumenta a probabilidade de se afastar o núcleo) Orbital p Orbitais p • Existem três orbitais p, px, py, e pz. • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. 98 49
  • 50. 29/03/2011 Orbital p Cada nível p é formada por 3 sub-níveis: Orbital d e f Orbitais d e f • Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. • Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. 100 50
  • 51. 29/03/2011 Orbital d Cada nível d é formada por 5 sub-níveis: IMPORTANTE: Orbitais simplesmente representam a probabilidade de encontrar um elétron com uma dada energia. ISÓTOPOS, NÚMEROS ATÔMICOS E NÚMEROS DE MASSA. 51
  • 52. 29/03/2011 O ÁTOMO • Sabemos que átomos são feitas de elétrons, prótons e nêutrons. • O que torna o átomo de uma substância diferente de um átomo outra substância? O número de prótons (O número de elétrons deve ser igual ao número de prótons) Vamos considerar o átomo de Hélio ÁTOMO DE HÉLIO camada próton N + - + - N nêutron elétron 2 eletrons, 2 protons, e 2 neutrons. 52
  • 53. 29/03/2011 DEFINIÇÃO DE TERMOS O número atômico (Z) é o número de prótons (indicado na parte inferior do símbolo) O número de massa (A) é o número de prótons + o número de nêutrons (indicado na parte superior do símbolo) Por convenção, para um elemento X, escreve-se Z X A ISÓTOPOS • Muitos elementos são encontrados como uma mistura de isótopos Muitos isótopos são importantes: • Carbono existe com 4 isótopos11C, 12C, 13C, e 14C. 12 C = 99% do total 14C (carbono quatorze) é usado para estimar a idade de fósseis 53
  • 54. 29/03/2011 EXERCÍCIO Quantos prótons, nêutrons e elétrons existem em um átomo de 197Au? Resposta: 79 prótons, 79 elétrons e 118 nêutrons E 138Ba e 28Si? Elemento Número atômico Au 79 Ba 56 Si 14 Mg 12 EXERCÍCIO O magnésio (No Atômico = 12) tem isótopos com massas 24, 25 e 26. (a) escreva o símbolo completo para cada um. (b) Quantos nêutrons tem em cada núcleo? Resposta: (a) 2412Mg; 2512Mg e 26 12Mg; (b) 12, 13, 14 54
  • 55. 29/03/2011 PESO ATÔMICO Conceito de pesos atômicos • Devemos lembrar que o número de massa é somente uma soma dos prótons e nêutrons presentes no núcleo. • Devemos lembrar que prótons e nêutrons têm massa... Vamos pensar • 100 g de água (H2O) contem 88,9 g de Oxigênio e 1,1 g de Hidrogênio; • Água contem ~8 vezes mais Oxigênio que hidrogênio (por massa) • Ao saber que a água tem a proporção de 2H:1O, ao H foi dado o valor 1 e ao O o valor 16 (2x8). • Daí descobriram um isótopo de Oxigênio (17O) ... 55
  • 56. 29/03/2011 Conceito de pesos atômicos 12 Assim, um padrão que usa a massa de C foi estabelecido em 1964. • Definiu-se a “unidade atômica”, u. • Definiu-se: u = 1/12 da massa de um átomo de 12C. • Usando unidades de massa atômica: 1 u = 1,66054 x 10-24 g 1 g = 6,02214 x 1023 u Neste sistema, o peso atômico de H é 1,0078 u Conceito de pesos atômicos 56
  • 57. 29/03/2011 FORMAÇÃO DE ÍONS ÍONS • Íon: uma espécie com um número de elétrons diferente (a mais ou a menos) do número de prótons. Existem dois tipos: • Ânion: carregado negativamente (ganhou e-) • Cátion: carregado positivamente (perdeu e-) • A tendência de formar ânions ou cátions depende da natureza química de cada elemento/substância – mais para frente no curso. 57
  • 58. 29/03/2011 SUMÁRIO DA AULA • Introdução à disciplina • Histórico do desenvolvimento da Estrutura do átomo • Estrutura atômica moderna geoffroy.malpassuftm@gmail.com 58