O documento discute como a Gradium desenvolve ideias de sucesso através de pesquisa e serendipidade, analisando fatores como percepção das expectativas do mercado, habilidade para executar a ideia e capacidade de entrega. Apresenta exemplos de como a empresa testa ideias inicialmente para validar a percepção do mercado e desenvolve soluções em equipe para assegurar a habilidade e capacidade de entrega.
Como transformar ideias em soluções de sucesso através de pesquisa, serendipidade e execução
1.
2. A Gradium é uma empresa de Software sob
demanda, especialista em .NET e Front End.
Também trabalhamos com Comunicação
Digital e Gameficação, tendo sido responsável
por todas as interações em Redes Sociais do
TDC Floripa 2017
3.
4. Esta palestra nasceu de um interesse
constante meu e da Gradium em estudar
nossos acertos. É comum pararmos para
refletir sobre nossos erros, mas decompor
nossos sucessos tornou-se um hábito no
nosso dia a dia.
5. É bom realizar um “disclaimer” sobre o
assunto , pois não é nenhum postulado sobre
Criatividade e Negócios. Não estamos
afirmando nenhuma verdade definitiva. São
algumas experiências que tivemos e como
lidamos com o assunto. Siga por sua conta e
risco.
6. A mistificação da ideia e das soluções
“mágicas” desenvolvidas por “gênios”, são a
regra da atualidade. Para nós, é uma questão
pragmática de processo. Um fenômeno
possível de ser estudado.
7. Acreditamos que a ideia seja a resultante de
dois tipos de processo, que são igualmente
efetivos em impulsionar mudanças.
8. A Pesquisa é motivada pela necessidade. É
uma resposta construída através de um
processo prescritivo. Isso é o “feijão com
arroz” para quem se interessa no Design
Thinking
9. A Serendipididade é o processo no qual você
“encontra” uma ideia em um contexto
inesperado. Você não tem necessariamente
um problema, mas possui uma solução
especial ou uma proposta. Acreditamos que
muitas das inovações que a Gradium produz
venham deste processo e tentamos entender
como aproveitar estas ideias.
10. Para entender como um ideia que “surge”
pode se transformar em uma solução, vale a
pena brincar com uma analogia que faz
referência ao meu primeiro emprego como
Chapista em um restaurante de Shopping.
11. Neste início de carreira, a maior preocupação
que eu tinha estava relacionada ao ponto do
bife de cada cliente. Isso porque, ao chegar no
início do bifê, o cliente pedia como preferia
sua carne e ficava a cargo do Chapista
entregar o grelhado quando o cliente
chegasse no caixa em um espaço curto de
tempo. Para piorar, na época não tínhamos
esta escala maravilhosa da foto e cada cliente
tinha um desejo e uma forma de expressar
seu desejo. “Quero no ponto pra mal”;
“Quero mal passado, mas bem cozidinho”;
“Quero bem passado, mas com bastante
caldo!”. Basicamente uma linguagem na qual
era impossível entender de forma explícita
qual era exatamente o desejo deles. Meu
truque? Servia todos os bifes ao ponto e
torcia para ninguém reclamar.
12. Para atender as demandas deles de alguma
forma eu dependia de alguns fatores:
Entender a EXPECTTIVA que eles tinham, seja
da forma que fosse. Ter HABILIDADE para
realizar a demanda e colocar o bife no ponto
esperado e, também, ter CAPACIDADE de
entrega, pois na hora de pico do Almoço, você
tinha que entregar mais de 20 bifes por
minuto, todos com especificações sobre o seu
ponto.
Agora você se pergunta: Como isso tem a ver
com criatividade e serendipidade? Pois são
questões análogas e vou explicar:
13. A evolução de uma ideia para uma execução
prática passa, trilhando o caminho que
resultará em um produto que encontrará os
desejos do mercado, peça pela avaliação
destes mesmos fatores, segundo nossa
observação.
14. Mas se são variáveis relevantes é
possível controlar todas elas? Será
que eu consigo ponderar sobre todas
estas variáveis sempre que tenho
uma ideia que considero, em
primeira vista, “genial”?
15. Sim e não.
Parte destas questões está
relacionada a fatores internos
controláveis e outra a externos
incontroláveis. Para entender essa
ambivalência, vamos falar um pouco
mais sobre como abordamos cada
um destes aspectos.
16. A questão da percepção da expectativa do seu
possível cliente é peça chave e muitas vezes
pode ser um túnel obscuro de se trilhar. É
natural que nossas ideias atendam nossas
expectativas e necessidades ou mesmo de
pessoas próximas. Isso leva a falhas perigosas
de percepção. É preciso chegar o mais rápido
possível a um entendimento que extrapole
suas percepções pessoais.
17. Quando desenvolvemos jogos, usamos muito
a ferramenta de “playtest” para trilhar esse
“túnel”. Quebramos nossa ideia em pequenas
ideias menores e prototipamos elas em várias
partes, tentando chegar rapidamente a um
conceito testável. Depois do teste e avaliação,
combinamos novas possibilidades com os
pedaços. Isso nada mais é que a ideia de MVP
(Minimum Viable Product). Chegando o mais
rápido nele, mais rápido você pode colocar
suas convicções a prova.
19. Acreditamos que mais do que “saber fazer” é
preciso “saber compartilhar” sua ideia.
Encontrar pessoas capazes e que podem
enriquecer a ideia é um dos fatores que tem
nos trazido mais retorno positivo. Para uma
grande batalha, não tentamos ser o pistoleiro
solitário. Montamos um esquadrão de elite!
20. Esse foi o problema que mais nos deparamos na nossa
jornada: Ideias que dão “certo demais”. Tenha claro o que
você fará se tudo der certo. Começamos sempre pensando
que algo pode dar errado. Mas você pode ver sua ideia
naufragar exatamente por que deu certo.
21. Tudo isso significa que, assim como a carne
que vai lhe trazer aquele prazer incrível e as
ideias que farão sucesso, dependem de uma
série de fatores
22. Um percepção da necessidade ou desejo do
mercado correta. Se está no seu tempo e
espaço devido.