O documento discute a promessa de Jesus no Evangelho de João sobre o envio do Consolador e como o Espiritismo preenche as condições desse Consolador prometido. Afirma que o Espiritismo veio completar a revelação cristã, conforme prometido, ensinando o que o Evangelho não explicou e consolando os que sofrem.
O Espiritismo como o Consolador prometido por Jesus
1.
2. O Evangelho de João
registra da seguinte
forma a promessa de
Jesus relativa ao
Consolador:
3. "Se me amais, guardai
meus mandamentos. E
rogarei a meu Pai e ele
vos dará outro
Consolador, a fim de que
fique eternamente
convosco:
4. o Espírito da Verdade
que o mundo não pode
receber, porque não o vê e
absolutamente não o
conhece. Mas, quanto a
vós, conhecê-lo-eis,
porque ficará convosco e
estará em vós" (João,
14:15 a 17).
5. Um pouco mais
adiante, o mesmo
Evangelista atribui
a Jesus as seguintes
palavras:
6. "Eu vos tenho dito estas coisas
enquanto permaneço convosco.
Mas o Paráclito, o Santo
Espírito, que meu Pai vos
enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar o que vos disse"
(João, 14:25 e 26). (N.R.:
Paráclito ou paracleto significa
mentor, defensor, protetor.)
7. Verifica-se por essas palavras que o
Consolador prometido por Jesus,
também chamado de Santo Espírito
e de Espírito da Verdade, seria
enviado à Terra com a missão de
consolar, lembrar o que ele dissera e
ensinar todas as coisas.
8. O Consolador, como Espírito da
Verdade, teria, pois, de dar ao
homem o conhecimento de sua
origem, da necessidade de sua
estada na Terra e do seu destino,
espalhando por todo o lado a
consolação que advém da fé e da
esperança.
9. Seu compromisso com a verdade (o
ensino de todas as coisas) o eleva à
condição de uma nova Revelação (a
terceira) da lei de Deus aos homens.
10. Ora, o Espiritismo, procedendo de
Espíritos sábios e bondosos, num
verdadeiro derramamento da
mediunidade na carne, preenche
integralmente essas condições, visto que:
12. 2o - ensina-nos muitas coisas que o
Evangelho não pôde explicar
adequadamente;
13. 3o - consola e conforta os que
sofrem ao mostrar-lhes a causa e a
finalidade dos sofrimentos
humanos.
14. A revelação cristã
sucedeu à revelação
mosaica; a revelação
dos Espíritos veio
completá-la.
15. O Espiritismo é, pois,
segundo os próprios
Espíritos superiores, o
Consolador prometido
pelo Cristo.
16. Várias foram as razões que justificaram
a promessa do Cristo, relativamente ao
advento do Espírito da Verdade.
17. Uma delas seria a
inoportunidade de
uma revelação total e
completa pelo
Cristo, numa época
em que o homem
não estaria
amadurecido para
compreendê-la.
18. Outra razão seria o
esquecimento e a falta
de vivência das
verdades apregoadas
no Evangelho.
19. E mais do que isto,
destacam-se como
forte razão as
distorções
premeditadas que a
mensagem
evangélica sofreu ao
longo dos tempos.
20. Kardec afirma, em "A
Gênese", terem sido dois
mil anos de fermentação
e de criminosas
deformações da
mensagem cristã.
21. A relação entre o
Espiritismo e o
Consolador prometido
está no fato de a
Doutrina Espírita
preencher todas as
condições inerentes ao
Paráclito anunciado
por Jesus.
22. Como assinala Kardec, o Espiritismo
vem abrir os olhos e os ouvidos de
toda gente, pois fala sem figuras,
nem alegorias, e levanta o véu
intencionalmente lançado sobre
certos mistérios, trazendo a
consolação suprema aos deserdados
da Terra e a todos os que sofrem.
23. Se, de um lado, o Espírito da
Verdade se apresentava aos homens,
à frente de elevadas Entidades
espirituais, que voltaram à Terra para
completar a obra do Cristo, de outro
Kardec se punha a postos, à frente de
criaturas espiritualizadas, dispostas a
colaborar na imensa tarefa.
24. Cumpria-se, assim,
uma promessa do
Cristo, por meio de
todo um imenso
processo de
amadurecimento
espiritual do
homem.
25. Kardec foi, portanto, o
instrumento de que se
serviu o Alto para
completar a mensagem do
Cristo, como ele mesmo
havia prometido, por
intermédio de uma
Doutrina altamente
consoladora e intimamente
ligada ao ensino moral
contido no Evangelho de
Jesus, que
permanecerá para sempre
conosco.
26. 1. Em que Evangelho
está consignada a promessa de Jesus
relativa ao Consolador?
R.: No Evangelho de João, cap. 14.
27. 2. O Consolador prometido por Jesus
deveria apresentar algumas
características especiais. Quais são
elas?
R.: Além, evidentemente, da tarefa de
consolar, ele deveria lembrar o que
Jesus havia ensinado e, ultrapassando
o próprio ensino do Cristo, ensinar ao
homem todas as coisas.
28. 3. Por que motivo o Espiritismo se
apresenta como o Consolador
prometido por Jesus?
R.: A revelação cristã sucedeu à
revelação mosaica, e a revelação dos
Espíritos veio completá-la.
29. O Espiritismo é, segundo afirmam
os próprios Espíritos superiores, o
Consolador prometido pelo Cristo.
30. E ele, de fato, preenche
integralmente as condições
mencionadas na promessa do Cristo,
visto que:
1o - procura lembrar-nos o que Jesus
ensinou;
31. 2o - ensina-nos muitas coisas que o
Evangelho não pôde explicar
adequadamente;
3o - consola e conforta os que sofrem
ao mostrar-lhes a causa e a
finalidade dos sofrimentos
humanos.
32. 4. Que razões justificariam a
promessa do Cristo, relativamente
ao advento do Espírito da Verdade?
R.: Várias foram as razões que
justificaram a promessa do Cristo,
relativamente ao advento do Espírito
da Verdade.
33. Uma delas seria a inoportunidade de
uma revelação total e completa pelo
Cristo, numa época em que o
homem não estaria amadurecido
para compreendê-la.
34. Outra razão seria o esquecimento e a
falta de vivência das verdades
apregoadas no Evangelho.
E mais do que isto, destacam-se
como forte razão as distorções
premeditadas que a mensagem
evangélica sofreu ao longo dos
tempos.
35. 5. Você acha que o Espiritismo
preenche todas as condições
inerentes ao Consolador prometido
por Jesus?
R.: Sim. Inexiste dúvida quanto a
isso.
36. Como assinala Kardec, o Espiritismo veio
abrir os olhos e os ouvidos de toda gente,
pois fala sem figuras, nem alegorias, e
levanta o véu intencionalmente lançado
sobre certos mistérios, trazendo a
consolação suprema aos deserdados da
Terra e a todos os que sofrem e
cumprindo, desse modo, todas as
condições citadas por Jesus em sua
promessa.
37. "O Evangelho segundo o Espiritismo", de
Allan Kardec, cap. 2.
"A Gênese", de Allan Kardec, itens 37 e
40.
"O Espírito e o Tempo", de J. Herculano
Pires