SlideShare a Scribd company logo
1 of 38
Análise de (do) Discurso
 O que é Análise de Discurso (AD)
 Para que serve
Linguagem
 Segundo Kock (1997) há três concepções de linguagem
no decorrer da história da humanidade:
como representação(“espelho”) do mundo e do
pensamento;” 
como instrumento(“ferramenta”) de comunicação;” 
como forma (“lugar”) de ação ou interação;”
 linguagem seria fruto de uma interação entre
enunciador/ enunciatário, falante/ouvinte, autor/leitor,
etc.
 Saussure e a concepção dicotômica da língua
e da fala. São coisas diferentes.
 Estudos linguísticos entendiam a língua como
um fato social, mas excluíram a fala.
 Saussure entendia que o enunciado era um ato
individual, não relevante linguisticamente.
 Bakhtin também entendia a língua era
um fato social, cuja existência se funda
na necessidade de comunicação. No
entanto, ele vê a língua como algo
concreto, fruto da manifestação
individual de cada falante, valorizando,
assim, a fala.
 Bakhtin atribui um lugar privilegiado à
enunciação enquanto realidade da
linguagem: “A matéria linguística é
apenas uma parte do enunciado; existe
também uma outra parte, não verbal,
que corresponde ao contexto da
enunciação”.
 Bakhtin coloca o enunciado como objeto dos
estudos da linguagem e da a ele o Papel de
componente necessário para a compreensão e
explicação da estrutura semântica de qualquer
ato de comunicação verbal.
 O interlocutor não é um elemento passivo na
constituição do significado
 Nessa visão da linguagem como interação
social, em que o outro desempenha papel
fundamental na constituição do significado,
integra todo o ato de enunciação individual
num contexto mais amplo, revelando as
relações intrínsecas entre o linguístico e o social.
 O percurso que o indivíduo faz da elaboração mental
do conteúdo a ser expresso à objetivação externa – a
enunciação – desse conteúdo é orientado socialmente,
buscando adaptar-se ao contexto imediato ao ato de
fala, sobretudo, a interlocutores concretos.
 Nessa perspectiva, a linguagem é um distanciamento
entre a coisa representada e o signo que a representa.
 A palavra é o lugar privilegiado para a
manifestação da ideologia; retrata as diferentes
formas de significar a realidade, segundo vozes
e pontos de vista daqueles que a empregam
 Bakhtin: “Todo fenômeno que funciona como
signo ideológico tem uma encarnação
material, seja como som, como massa física,
como cor, como movimento do corpo ou como
outra coisa qualquer.
 Barthes : “O alcance ideológico dos
conteúdos é algo percebido desde há
muito tempo, mas o conteúdo ideológico
das formas constitui , de certo modo,
uma das possibilidades de trabalho do
século”.
Entre a língua e a fala: o discurso.
 O ponto de articulação dos processos ideológicos
e dos fenômenos linguísticos é o discurso.
 Estudiosos passam a buscar uma compreensão do
fenômeno da linguagem não mais centrado
apenas na língua, que é um sistema
ideologicamente neutro, mas sim, num nível situado
fora desse polo da dicotomia saussuriana (língua X
fala). Essa instância da linguagem é o discurso.
 O discurso opera a ligação entre o nível linguístico e o
extralinguístico.: “o liame que liga as significações de
um texto às condições sócio-históricas deste texto não é
de forma alguma secundário, mas constitutivo das
próprias significações”.
 Para Eni Orlandi, o discurso “caracteriza-se como o que
vem a mais, o que vem depois, o que se acrescenta”.
(Orlandi, 1986, p. 108)
 A linguagem como discurso não é apenas uma
reunião de signos que servem como suporte ao
pensamento. A linguagem como discurso é
interação; um modo de produção social. Ela
não é neutra, inocente e nem natural – por isso,
o lugar privilegiado de manifestação da
ideologia
 A linguagem enquanto discurso é o lugar do
conflito, do confronto, não podendo ser
estudada fora da sociedade. Seu estudo,
portanto, não pode estar desvinculado das suas
condições de produção. E é esse pensamento
que dará corpo à nova tendência dos estudos
da língua que inicia-se nos anos 1960 – a análise
do discurso.
Anos 50 – abordagem inicial (mas não definitiva) da análise de discurso.
Definida inicialmente como “o estudo linguístico das condições de
produção de um enunciado”, entendeu-se que a linguística, por si só,
não daria conta de marcar sua especificidade dentro dos estudos da
linguagem. Era necessário considerar outras dimensões
(Mainguineau):
 o quadro das instituições onde o discurso é produzido, as quais
delimitam a enunciação;
 os embates históricos e sociais que se cristalizam no discurso;
 o espaço prpoprio que cada discuros configura para si mesmo
no interior do interdiscurso
 Harris (abordagem americana), por um lado.
Jakobson e Benveniste (europeia) por outro.
Harris X Benveniste
 Harris – ainda mais próximo da linguística tradicional
 Benveniste: “o locutor se apropria do aparelho
formal da língua e anuncia sua posição de locutor
por índices específicos”
 Ao falar em “posição “ do locutor, ele levanta a
questão que se estabelece entre locutor, seu
enunciado e o mundo; relação que estará no centro
das reflexões da análise de discurso, em que o enfoque
da posição sócio-histórica dos enunciadores ocupa um
lugar primordial.
 Orlandi (1986) destaca essa tendência europeia , que ,
partindo “de uma relação necessária entre o dizer e as
condições da produção desse dizer”, coloca a
exterioridade como marca fundamental da AD
ANÁLISE DO DISCURSO DE LINHA ANGLO-AMERICANA
a vertente anglo-americana teve uma perspectiva mais intervencionista
sobre o discurso. Acreditavam na análise do discurso para mudar certas
práticas. Para, a partir do conhecimento de como os discursos circulam e se
estruturam, poder transformar em algo prático.
ANÁLISE DO DISCURSO DE LINHA FRANCESA
Procura entender como os discurso se constroem, são distribuídos na
sociedade, como eles falam sobre nós, sobre a história, sobre as condições
de sua produção sem, necessariamente, querer intervir nessas condições.
Não cabe ao analista produzir qualquer intervenção.
 Mainguineau, representante da escola francesa
da análise do discurso, defende a AD como
uma articulação multidisciplinar entre linguistas,
historiadores e psicólogos (elementos da
linguística, marxismo e psicanálise)
AD - desenvolvimento da escola francesa criou duas
vertentes –
A da ideologia – Althusser (funções de mediadora da integração
social/coesão do grupo; dominação; deformação
A do discurso – Foucault – (o discurso como jogo estratégico de ação e
reação; de dominação e esquiva; de luta).
 Foucault: O discurso é o espaço em que saber e poder
se articulam, pois quem fala, fala de algum lugar, a
partir de um direito reconhecido institucionalmente. Esse
discurso, que passa por verdadeiro, que veicula o saber
institucional, é gerador de poder.
 Foucault : a produção desse discurso gerador de poder
é controlada, selecionada, organizada e redistribuída
por certos procedimentos que têm por função eliminar
toda e qualquer ameaça à permanência desse poder.
 Pêcheux, um dos expoentes da AD da escola francesa,
absorveu conceitos dos dois autores.
Sentido e sujeito na AD
 Relação deixa de estar centrada no EU ou no TU,
assumindo uma dinâmica entre identidade e
alteridade.
 Para a AD, o que importa não é o EU ou o TU, mas o
espaço discursivo criado entre ambos.
 O domínio de cada interlocutor é parcial é só tem
unidade no texto, e só adquire significação no espaço
discursivo entre os dois locutores.
 Esta concepção mostra que tanto sentido como sujeito
não são dados à priori (toujours déjà donné),mas
constituídos no discurso. Não existe um “ponto de
partida”.
 Segundo Pêcheux “ o sentido de uma palavra, expressão,
proposição não existe em si mesmo, (isto é, em sua relação
transparente com a literalidade do significante), mas é
determinada pelas posições ideológicas colocadas em jogo
no processo sócio-histórico em que palavras, expressões,
proposições são produzidas”.
 “as palavras, expressões, proposições, mudam de sentido
segundo posições sustentadas por aqueles que as
empregam, o que significa que elas tomam o seu sentido em
referência a estas posições, isto é, em referência às
formações ideológicas nas quais essas posições se
inscrevem”.
Principais conceitos
a) Assujeitamento Ideológico: consiste em fazer com que cada
indivíduo, inconscientemente, seja levado a ocupar seu lugar na
sociedade, identificando, assim, com grupos ou classes sociais.
b) Autor: função social do sujeito que pode e deve ser definido.
c) Condições de Produção: instância verbal da produção do
discurso, determinadas pelo contexto sócio-histórico-ideológico, os
interlocutores, o lugar de onde falam à imagem que fazem de si e
do outro e do referente.
Principais conceitos
d) Diálogo: em sentido estrito, comunicação verbal entre duas
pessoas; em sentido amplo, é toda comunicação verbal, qualquer
forma de interação. Compreende, assim, estritamente, um
enunciado, um enunciador e um enunciatário.
e) Enunciação: emissão de um conjunto de enunciados que é
produto da interação verbal de indivíduos socialmente organizados.
A enunciação se dá no aqui e agora sem jamais se repetir, marca-se,
exclusivamente, embora não somente, pela singularidade.
f) Enunciador: é o produtor do enunciado, isto é, o ponto de vista do
locutor dependendo da posição social que ocupa.
Principais conceitos
g) Formação Discursiva: é o que pode e deve ser dito a partir de um
lugar social historicamente determinado e atravessado por uma
formação ideológica. Num mesmo texto podem aparecer
formações discursivas diferentes, acarretando, dessa forma,
variações de sentido.
h) Formação Social: é o lugar onde se estabelecem as relações entre
as classes sociais historicamente definidas, mantendo entre si
relações de aliança, antagonismo ou dominação.
i) Interdiscursividade: relação de um discurso com outros discursos.
Principais conceitos
 j) Interlocução: processo de interação entre os indivíduos os quais
podem usar tanto a linguagem verbal, quanto a não-verbal.
 k) Intertexto: relação de um texto com outros textos.
 l) Língua: sob uma perspectiva discursiva, seria a realização concreta da
fala, resultante de uma relação não-excludente, ou seja, porque não há
língua sem fala, e nem fala sem língua, uma depende da outra para
existir, a saber; a língua está para a fala, assim como a fala está para a
língua.
 m) Linguagem: sob uma perspectiva do discurso, seria fruto da interação
entre sujeitos socialmente, historicamente e ideologicamente
constituídos.
Principais conceitos
 n) Locutor: função enunciativa que o sujeito falante exerce.
 o) Polifonia: conceito criado, inicialmente, por Bakhtin que o aplicou
à literatura, retomado, posteriormente, por Ducrot que lhe deu um
tratamento linguístico, ou melhor, refere-se ao fato de todo discurso
está construído pelo discurso do outro, toda fala atravessada pela
fala do outro.
 p) Pré-construído: todo discurso pressupõe outro discurso que lhe é
anterior.
Principais conceitos
 q) Regras de formação: regras constitutivas de uma formação
discursiva, conceitos e diversas estratégias capazes de explicitar,
descrever uma formação discursiva, permitindo ou excluindo certos
temas ou teorias.
 r) Sentido: está intrinsecamente ligado com a formação discursiva da
qual participa, produzido no processo de interlocução e atravessado
pelas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico) do
discurso.
 s) Sujeito: o sujeito da linguagem não é o sujeito em si, mas tal como
existe socialmente e interpelado pela ideologia, ou seja, não há
ideologia sem sujeito, nem sujeito sem ideologia. Por isso, o sujeito não
é a fonte.
Principais conceitos
 t) Forma sujeito: conceito criado por Pêcheux para
indicar que o sujeito é afetado pela ideologia.
 u) Superfície discursiva: constituída por um conjunto de
enunciados pertencentes a uma mesma formação
discursiva.
Principais conceitos
 v) Texto: unidade complexa constituída de regularidades e
irregularidades cuja análise implica suas condições de produção
(contexto sócio-histórico-ideológico, situação, interlocução).
 Conforme Orlandi de natureza intervalar.
Análise de discurso francesa
 Procura no discurso os prováveis sentidos
que assume ou pode assumir, sem deixar
de considerar o sujeito, sua história, a
ideologia e o contexto social no qual este
sujeito está inserido.
Procedimentos da AD francesa
 a - através de paráfrases e metáforas, tentar-se-á mostrar os prováveis e
até “improváveis” efeitos de sentidos do discurso (matéria prima do
analista). No que se refere principalmente à pluralidade, várias
possibilidades de leituras que um discurso pode assumir ou não;
 b- através da compreensão e do entendimento das relações de inserção e
de inter-ação estabelecidas do sujeito com o Contexto sócio-histórico-
ideológico, ou seja, a história de cada sujeito, o papel que desempenha
na sociedade, a posição social e a ideologia que permeia as relações
humanas, influenciando os sujeitos a tomarem certas atitudes e não
outras. 
 “Não é só a cabeça do leitor da
Folha que é mais aberta.
A mão também.”
(Imprensa, ano V, mês 11, nº 51, P 101. Folha de São Paulo).
 Paráfrase
 Metáfora
 Contexto sócio-histórico-ideológico (quem escreveu, lugar da escrita,
sobre quem, para quem)
 o discurso dessa propaganda pretende atingir o sujeito/Leitor que está
inserido na história da humanidade, concomitantemente, com a sua
própria história.
Sendo assim, torna-se imprescindível e relevante que este sujeito esteja
(supostamente) bem informado e não se importe com o preço que tem
de pagar por informações de alto nível e de excelente qualidade que
(talvez) só poderão ser encontradas na Folha de São Paulo, além disso o
que se pretende, praticamente, é aumentar de forma significativa o
número de assinantes desse Jornal, ou seja, a vendagem desse periódico.
Aplicação da AD em minha pesquisa
 Análises das entrevistas com os presidentes de três conselhos de classe.
 Medicina
 Enfermagem
 Fisioterapia
Referências
 MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. Cortez:São
Paulo. 2008.
 MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso.
Pontes: Campinas. 1997.

More Related Content

What's hot

VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
Elza Silveira
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
marlospg
 
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+FalaLinguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
jayarruda
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
Valeria Nunes
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
Edna Brito
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
Ana Castro
 

What's hot (20)

Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
 
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTOAULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação  - PRONTO
AULA 03 - Introdução - Diversas formas de iniciar uma redação - PRONTO
 
Variedades linguísticas
Variedades linguísticasVariedades linguísticas
Variedades linguísticas
 
Variedades linguísticas
Variedades linguísticasVariedades linguísticas
Variedades linguísticas
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+FalaLinguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas
 
Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual
 
Minicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFV
Minicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFVMinicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFV
Minicurso | Análise de Discurso Crítica e Mídia | Semana de Letras - UFV
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentos
 
Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto Interpretação e Compreensão de Texto
Interpretação e Compreensão de Texto
 
O que é Literatura?
O que é Literatura?O que é Literatura?
O que é Literatura?
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Figuras de linguagem slide
Figuras de linguagem   slideFiguras de linguagem   slide
Figuras de linguagem slide
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Análise de Discurso
Análise de DiscursoAnálise de Discurso
Análise de Discurso
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 

Similar to Análise de (do) discurso

Introducao analise do discurso
Introducao  analise do discursoIntroducao  analise do discurso
Introducao analise do discurso
Airton Ferreira
 
Palestra discurso e poder
Palestra discurso e poderPalestra discurso e poder
Palestra discurso e poder
Nadia Biavati
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
Atitude Digital
 
Gêneros textuais marcuschi
Gêneros textuais   marcuschiGêneros textuais   marcuschi
Gêneros textuais marcuschi
Sonia Nudelman
 

Similar to Análise de (do) discurso (20)

anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
 
Introducao analise do discurso
Introducao  analise do discursoIntroducao  analise do discurso
Introducao analise do discurso
 
Análise do discurso
Análise do discursoAnálise do discurso
Análise do discurso
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
 
Palestra discurso e poder
Palestra discurso e poderPalestra discurso e poder
Palestra discurso e poder
 
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtinConcepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
 
AULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências SociaisAULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
AULA- Análises de Discurso em Ciências Sociais
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
 
Artigo Conceito de enunciado por Focault
Artigo Conceito de enunciado por  FocaultArtigo Conceito de enunciado por  Focault
Artigo Conceito de enunciado por Focault
 
Discurso - Foucault.pptx
Discurso - Foucault.pptxDiscurso - Foucault.pptx
Discurso - Foucault.pptx
 
Texto-discurso.ppt
Texto-discurso.pptTexto-discurso.ppt
Texto-discurso.ppt
 
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoBronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
 
Estudos da linguagem
Estudos da linguagemEstudos da linguagem
Estudos da linguagem
 
Análise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penhaAnálise discursiva da lei maria da penha
Análise discursiva da lei maria da penha
 
Gêneros textuais marcuschi
Gêneros textuais   marcuschiGêneros textuais   marcuschi
Gêneros textuais marcuschi
 
Texto e discurso as vozes presentes no texto
Texto e discurso   as vozes presentes no textoTexto e discurso   as vozes presentes no texto
Texto e discurso as vozes presentes no texto
 
ANÁLISE DO DISCURSO: UM ITINERÁRIO HISTÓRICO
ANÁLISE DO DISCURSO: UM ITINERÁRIO HISTÓRICOANÁLISE DO DISCURSO: UM ITINERÁRIO HISTÓRICO
ANÁLISE DO DISCURSO: UM ITINERÁRIO HISTÓRICO
 
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s)  língua(s)
Resenha: Entre o desejo e a impossibilidade: o sujeito e a(s) língua(s)
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
1ª Aula de cultura e sujeito
1ª Aula de cultura e sujeito1ª Aula de cultura e sujeito
1ª Aula de cultura e sujeito
 

More from COMPOL - Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Política

More from COMPOL - Grupo de Pesquisa Comunicação Pública e Política (20)

Gil, patricia g. a voz da escola capitulo tese
Gil, patricia g. a voz da escola capitulo teseGil, patricia g. a voz da escola capitulo tese
Gil, patricia g. a voz da escola capitulo tese
 
Habermas, j. remarks on the conception of communicative action
Habermas, j. remarks on the conception of communicative actionHabermas, j. remarks on the conception of communicative action
Habermas, j. remarks on the conception of communicative action
 
Heloiza Matos em defesa da tv publica final
Heloiza Matos em defesa da tv publica finalHeloiza Matos em defesa da tv publica final
Heloiza Matos em defesa da tv publica final
 
BUCY_HOLBERT_Conclusao
BUCY_HOLBERT_ConclusaoBUCY_HOLBERT_Conclusao
BUCY_HOLBERT_Conclusao
 
BUCY_HOLBERT_Introducao
BUCY_HOLBERT_Introducao  BUCY_HOLBERT_Introducao
BUCY_HOLBERT_Introducao
 
Pragmatismo no campo da comunicação (1)
Pragmatismo no campo da comunicação (1)Pragmatismo no campo da comunicação (1)
Pragmatismo no campo da comunicação (1)
 
Apresentação Teoria Sociocultural
Apresentação Teoria SocioculturalApresentação Teoria Sociocultural
Apresentação Teoria Sociocultural
 
Interacionismo Simbólico
Interacionismo SimbólicoInteracionismo Simbólico
Interacionismo Simbólico
 
Apresentação COMPOL - Seminário dos Grupos de Pesquisa da ECA-USP
Apresentação COMPOL - Seminário dos Grupos de Pesquisa da ECA-USPApresentação COMPOL - Seminário dos Grupos de Pesquisa da ECA-USP
Apresentação COMPOL - Seminário dos Grupos de Pesquisa da ECA-USP
 
Introdução matriz craig encontro 25022015
Introdução matriz craig encontro 25022015Introdução matriz craig encontro 25022015
Introdução matriz craig encontro 25022015
 
Cap. 15 O Uso de Grupos Focais em Pesquisa de Comunicação Política
Cap. 15   O Uso de Grupos Focais em  Pesquisa de Comunicação PolíticaCap. 15   O Uso de Grupos Focais em  Pesquisa de Comunicação Política
Cap. 15 O Uso de Grupos Focais em Pesquisa de Comunicação Política
 
Cap. 10 expressar versus revelar preferências na pesquisa experimental
Cap. 10   expressar versus revelar preferências na pesquisa experimentalCap. 10   expressar versus revelar preferências na pesquisa experimental
Cap. 10 expressar versus revelar preferências na pesquisa experimental
 
Cap. 12 análise das imagens do candidato político
Cap. 12   análise das imagens do candidato políticoCap. 12   análise das imagens do candidato político
Cap. 12 análise das imagens do candidato político
 
Cap. 26 além do auto-report survey de opinião pública baseada na web
Cap. 26   além do auto-report survey de opinião pública baseada na webCap. 26   além do auto-report survey de opinião pública baseada na web
Cap. 26 além do auto-report survey de opinião pública baseada na web
 
Cap. 5 análise secundária em comunciação política vista como um ato criativo
Cap. 5   análise secundária em comunciação política vista como um ato criativoCap. 5   análise secundária em comunciação política vista como um ato criativo
Cap. 5 análise secundária em comunciação política vista como um ato criativo
 
Cap8 Metodos Experimentales Comunicacion Politica
Cap8 Metodos Experimentales Comunicacion PoliticaCap8 Metodos Experimentales Comunicacion Politica
Cap8 Metodos Experimentales Comunicacion Politica
 
Análise de Redes Sociais
Análise de Redes SociaisAnálise de Redes Sociais
Análise de Redes Sociais
 
Capital social 01102014
Capital social 01102014Capital social 01102014
Capital social 01102014
 
Cap. 4 survey em comunicação política desafios tendências e oportunidades
Cap. 4   survey em comunicação política desafios tendências e oportunidadesCap. 4   survey em comunicação política desafios tendências e oportunidades
Cap. 4 survey em comunicação política desafios tendências e oportunidades
 
Análise de conteúdo categorial e da enunciação
Análise de conteúdo categorial e da enunciaçãoAnálise de conteúdo categorial e da enunciação
Análise de conteúdo categorial e da enunciação
 

Recently uploaded

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 

Recently uploaded (20)

Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 

Análise de (do) discurso

  • 1. Análise de (do) Discurso
  • 2.  O que é Análise de Discurso (AD)  Para que serve
  • 3. Linguagem  Segundo Kock (1997) há três concepções de linguagem no decorrer da história da humanidade: como representação(“espelho”) do mundo e do pensamento;”  como instrumento(“ferramenta”) de comunicação;”  como forma (“lugar”) de ação ou interação;”  linguagem seria fruto de uma interação entre enunciador/ enunciatário, falante/ouvinte, autor/leitor, etc.
  • 4.  Saussure e a concepção dicotômica da língua e da fala. São coisas diferentes.  Estudos linguísticos entendiam a língua como um fato social, mas excluíram a fala.  Saussure entendia que o enunciado era um ato individual, não relevante linguisticamente.
  • 5.  Bakhtin também entendia a língua era um fato social, cuja existência se funda na necessidade de comunicação. No entanto, ele vê a língua como algo concreto, fruto da manifestação individual de cada falante, valorizando, assim, a fala.
  • 6.  Bakhtin atribui um lugar privilegiado à enunciação enquanto realidade da linguagem: “A matéria linguística é apenas uma parte do enunciado; existe também uma outra parte, não verbal, que corresponde ao contexto da enunciação”.
  • 7.  Bakhtin coloca o enunciado como objeto dos estudos da linguagem e da a ele o Papel de componente necessário para a compreensão e explicação da estrutura semântica de qualquer ato de comunicação verbal.
  • 8.  O interlocutor não é um elemento passivo na constituição do significado  Nessa visão da linguagem como interação social, em que o outro desempenha papel fundamental na constituição do significado, integra todo o ato de enunciação individual num contexto mais amplo, revelando as relações intrínsecas entre o linguístico e o social.
  • 9.  O percurso que o indivíduo faz da elaboração mental do conteúdo a ser expresso à objetivação externa – a enunciação – desse conteúdo é orientado socialmente, buscando adaptar-se ao contexto imediato ao ato de fala, sobretudo, a interlocutores concretos.  Nessa perspectiva, a linguagem é um distanciamento entre a coisa representada e o signo que a representa.
  • 10.  A palavra é o lugar privilegiado para a manifestação da ideologia; retrata as diferentes formas de significar a realidade, segundo vozes e pontos de vista daqueles que a empregam  Bakhtin: “Todo fenômeno que funciona como signo ideológico tem uma encarnação material, seja como som, como massa física, como cor, como movimento do corpo ou como outra coisa qualquer.
  • 11.  Barthes : “O alcance ideológico dos conteúdos é algo percebido desde há muito tempo, mas o conteúdo ideológico das formas constitui , de certo modo, uma das possibilidades de trabalho do século”.
  • 12. Entre a língua e a fala: o discurso.  O ponto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos linguísticos é o discurso.  Estudiosos passam a buscar uma compreensão do fenômeno da linguagem não mais centrado apenas na língua, que é um sistema ideologicamente neutro, mas sim, num nível situado fora desse polo da dicotomia saussuriana (língua X fala). Essa instância da linguagem é o discurso.
  • 13.  O discurso opera a ligação entre o nível linguístico e o extralinguístico.: “o liame que liga as significações de um texto às condições sócio-históricas deste texto não é de forma alguma secundário, mas constitutivo das próprias significações”.  Para Eni Orlandi, o discurso “caracteriza-se como o que vem a mais, o que vem depois, o que se acrescenta”. (Orlandi, 1986, p. 108)
  • 14.  A linguagem como discurso não é apenas uma reunião de signos que servem como suporte ao pensamento. A linguagem como discurso é interação; um modo de produção social. Ela não é neutra, inocente e nem natural – por isso, o lugar privilegiado de manifestação da ideologia
  • 15.  A linguagem enquanto discurso é o lugar do conflito, do confronto, não podendo ser estudada fora da sociedade. Seu estudo, portanto, não pode estar desvinculado das suas condições de produção. E é esse pensamento que dará corpo à nova tendência dos estudos da língua que inicia-se nos anos 1960 – a análise do discurso.
  • 16. Anos 50 – abordagem inicial (mas não definitiva) da análise de discurso. Definida inicialmente como “o estudo linguístico das condições de produção de um enunciado”, entendeu-se que a linguística, por si só, não daria conta de marcar sua especificidade dentro dos estudos da linguagem. Era necessário considerar outras dimensões (Mainguineau):  o quadro das instituições onde o discurso é produzido, as quais delimitam a enunciação;  os embates históricos e sociais que se cristalizam no discurso;  o espaço prpoprio que cada discuros configura para si mesmo no interior do interdiscurso
  • 17.  Harris (abordagem americana), por um lado. Jakobson e Benveniste (europeia) por outro. Harris X Benveniste  Harris – ainda mais próximo da linguística tradicional  Benveniste: “o locutor se apropria do aparelho formal da língua e anuncia sua posição de locutor por índices específicos”
  • 18.  Ao falar em “posição “ do locutor, ele levanta a questão que se estabelece entre locutor, seu enunciado e o mundo; relação que estará no centro das reflexões da análise de discurso, em que o enfoque da posição sócio-histórica dos enunciadores ocupa um lugar primordial.  Orlandi (1986) destaca essa tendência europeia , que , partindo “de uma relação necessária entre o dizer e as condições da produção desse dizer”, coloca a exterioridade como marca fundamental da AD
  • 19. ANÁLISE DO DISCURSO DE LINHA ANGLO-AMERICANA a vertente anglo-americana teve uma perspectiva mais intervencionista sobre o discurso. Acreditavam na análise do discurso para mudar certas práticas. Para, a partir do conhecimento de como os discursos circulam e se estruturam, poder transformar em algo prático. ANÁLISE DO DISCURSO DE LINHA FRANCESA Procura entender como os discurso se constroem, são distribuídos na sociedade, como eles falam sobre nós, sobre a história, sobre as condições de sua produção sem, necessariamente, querer intervir nessas condições. Não cabe ao analista produzir qualquer intervenção.
  • 20.  Mainguineau, representante da escola francesa da análise do discurso, defende a AD como uma articulação multidisciplinar entre linguistas, historiadores e psicólogos (elementos da linguística, marxismo e psicanálise)
  • 21. AD - desenvolvimento da escola francesa criou duas vertentes – A da ideologia – Althusser (funções de mediadora da integração social/coesão do grupo; dominação; deformação A do discurso – Foucault – (o discurso como jogo estratégico de ação e reação; de dominação e esquiva; de luta).
  • 22.  Foucault: O discurso é o espaço em que saber e poder se articulam, pois quem fala, fala de algum lugar, a partir de um direito reconhecido institucionalmente. Esse discurso, que passa por verdadeiro, que veicula o saber institucional, é gerador de poder.  Foucault : a produção desse discurso gerador de poder é controlada, selecionada, organizada e redistribuída por certos procedimentos que têm por função eliminar toda e qualquer ameaça à permanência desse poder.  Pêcheux, um dos expoentes da AD da escola francesa, absorveu conceitos dos dois autores.
  • 23. Sentido e sujeito na AD  Relação deixa de estar centrada no EU ou no TU, assumindo uma dinâmica entre identidade e alteridade.  Para a AD, o que importa não é o EU ou o TU, mas o espaço discursivo criado entre ambos.  O domínio de cada interlocutor é parcial é só tem unidade no texto, e só adquire significação no espaço discursivo entre os dois locutores.  Esta concepção mostra que tanto sentido como sujeito não são dados à priori (toujours déjà donné),mas constituídos no discurso. Não existe um “ponto de partida”.
  • 24.  Segundo Pêcheux “ o sentido de uma palavra, expressão, proposição não existe em si mesmo, (isto é, em sua relação transparente com a literalidade do significante), mas é determinada pelas posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio-histórico em que palavras, expressões, proposições são produzidas”.  “as palavras, expressões, proposições, mudam de sentido segundo posições sustentadas por aqueles que as empregam, o que significa que elas tomam o seu sentido em referência a estas posições, isto é, em referência às formações ideológicas nas quais essas posições se inscrevem”.
  • 25. Principais conceitos a) Assujeitamento Ideológico: consiste em fazer com que cada indivíduo, inconscientemente, seja levado a ocupar seu lugar na sociedade, identificando, assim, com grupos ou classes sociais. b) Autor: função social do sujeito que pode e deve ser definido. c) Condições de Produção: instância verbal da produção do discurso, determinadas pelo contexto sócio-histórico-ideológico, os interlocutores, o lugar de onde falam à imagem que fazem de si e do outro e do referente.
  • 26. Principais conceitos d) Diálogo: em sentido estrito, comunicação verbal entre duas pessoas; em sentido amplo, é toda comunicação verbal, qualquer forma de interação. Compreende, assim, estritamente, um enunciado, um enunciador e um enunciatário. e) Enunciação: emissão de um conjunto de enunciados que é produto da interação verbal de indivíduos socialmente organizados. A enunciação se dá no aqui e agora sem jamais se repetir, marca-se, exclusivamente, embora não somente, pela singularidade. f) Enunciador: é o produtor do enunciado, isto é, o ponto de vista do locutor dependendo da posição social que ocupa.
  • 27. Principais conceitos g) Formação Discursiva: é o que pode e deve ser dito a partir de um lugar social historicamente determinado e atravessado por uma formação ideológica. Num mesmo texto podem aparecer formações discursivas diferentes, acarretando, dessa forma, variações de sentido. h) Formação Social: é o lugar onde se estabelecem as relações entre as classes sociais historicamente definidas, mantendo entre si relações de aliança, antagonismo ou dominação. i) Interdiscursividade: relação de um discurso com outros discursos.
  • 28. Principais conceitos  j) Interlocução: processo de interação entre os indivíduos os quais podem usar tanto a linguagem verbal, quanto a não-verbal.  k) Intertexto: relação de um texto com outros textos.  l) Língua: sob uma perspectiva discursiva, seria a realização concreta da fala, resultante de uma relação não-excludente, ou seja, porque não há língua sem fala, e nem fala sem língua, uma depende da outra para existir, a saber; a língua está para a fala, assim como a fala está para a língua.  m) Linguagem: sob uma perspectiva do discurso, seria fruto da interação entre sujeitos socialmente, historicamente e ideologicamente constituídos.
  • 29. Principais conceitos  n) Locutor: função enunciativa que o sujeito falante exerce.  o) Polifonia: conceito criado, inicialmente, por Bakhtin que o aplicou à literatura, retomado, posteriormente, por Ducrot que lhe deu um tratamento linguístico, ou melhor, refere-se ao fato de todo discurso está construído pelo discurso do outro, toda fala atravessada pela fala do outro.  p) Pré-construído: todo discurso pressupõe outro discurso que lhe é anterior.
  • 30. Principais conceitos  q) Regras de formação: regras constitutivas de uma formação discursiva, conceitos e diversas estratégias capazes de explicitar, descrever uma formação discursiva, permitindo ou excluindo certos temas ou teorias.  r) Sentido: está intrinsecamente ligado com a formação discursiva da qual participa, produzido no processo de interlocução e atravessado pelas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico) do discurso.  s) Sujeito: o sujeito da linguagem não é o sujeito em si, mas tal como existe socialmente e interpelado pela ideologia, ou seja, não há ideologia sem sujeito, nem sujeito sem ideologia. Por isso, o sujeito não é a fonte.
  • 31. Principais conceitos  t) Forma sujeito: conceito criado por Pêcheux para indicar que o sujeito é afetado pela ideologia.  u) Superfície discursiva: constituída por um conjunto de enunciados pertencentes a uma mesma formação discursiva.
  • 32. Principais conceitos  v) Texto: unidade complexa constituída de regularidades e irregularidades cuja análise implica suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico, situação, interlocução).  Conforme Orlandi de natureza intervalar.
  • 33. Análise de discurso francesa  Procura no discurso os prováveis sentidos que assume ou pode assumir, sem deixar de considerar o sujeito, sua história, a ideologia e o contexto social no qual este sujeito está inserido.
  • 34. Procedimentos da AD francesa  a - através de paráfrases e metáforas, tentar-se-á mostrar os prováveis e até “improváveis” efeitos de sentidos do discurso (matéria prima do analista). No que se refere principalmente à pluralidade, várias possibilidades de leituras que um discurso pode assumir ou não;  b- através da compreensão e do entendimento das relações de inserção e de inter-ação estabelecidas do sujeito com o Contexto sócio-histórico- ideológico, ou seja, a história de cada sujeito, o papel que desempenha na sociedade, a posição social e a ideologia que permeia as relações humanas, influenciando os sujeitos a tomarem certas atitudes e não outras. 
  • 35.  “Não é só a cabeça do leitor da Folha que é mais aberta. A mão também.” (Imprensa, ano V, mês 11, nº 51, P 101. Folha de São Paulo).  Paráfrase  Metáfora  Contexto sócio-histórico-ideológico (quem escreveu, lugar da escrita, sobre quem, para quem)
  • 36.  o discurso dessa propaganda pretende atingir o sujeito/Leitor que está inserido na história da humanidade, concomitantemente, com a sua própria história. Sendo assim, torna-se imprescindível e relevante que este sujeito esteja (supostamente) bem informado e não se importe com o preço que tem de pagar por informações de alto nível e de excelente qualidade que (talvez) só poderão ser encontradas na Folha de São Paulo, além disso o que se pretende, praticamente, é aumentar de forma significativa o número de assinantes desse Jornal, ou seja, a vendagem desse periódico.
  • 37. Aplicação da AD em minha pesquisa  Análises das entrevistas com os presidentes de três conselhos de classe.  Medicina  Enfermagem  Fisioterapia
  • 38. Referências  MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. Cortez:São Paulo. 2008.  MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. Pontes: Campinas. 1997.