2. Fauna
Conhecer o Pará é desvendar seus variados
ecossistemas, apreciar de perto a exuberância de suas
matas, passeando entre rios e igarapés e, com um olhar
mais atento, perceber os curiosos animais que habitam
essa região. Sob a sombra da Floresta Amazônica vivem
inúmeras espécies da fauna, que comprovam a rica
biodiversidade da região.
Tal é a grandeza desse universo verde, que com
frequência os pesquisadores ainda estão descobrindo
novos animais. São mais de 2 mil espécies de peixes,
cerca de 950 tipos de pássaros e 300 espécies de
mamíferos.
São animais exóticos como o peixe-boi, de mais de 2
metros de comprimento, ou ainda o Poraquê, peixe que
5. O Poraquê tem a
aparência de uma
enguia, mas de fato
pertence a um grupo de
peixes mais aparentado
com os bagres,
surubins e afins.
Enquanto seus
parentes utilizam a
eletricidade apenas
para se nortear nas
águas barrentas, o
Poraquê produz uma
descarga fortíssima,
entre 300 a 500 volts.
Tudo isso para imobilizar suas
presas, algo necessário para
garantir que a boca,
transformada em uma espécie
de pulmão, não seja danificada
quando engole os peixes que
são seu alimento preferido. Se
as presas relutassem,
poderiam até levar o Poraquê à
morte com as eventuais feridas
na boca.
7. O Peixe-Boi é um dócil
mamífero aquático de larga
distribuição na Amazônia.
Prefere os lagos e
meandros dos rios onde
quase não há correnteza.
Cresce até 2,5 metros de
comprimento e pode pesar
mais de 200 quilos. Come
principalmente vegetação
aquática, sendo a cabomba
seu alimento predileto.
Antigamente era muito
mais comum, mas a caça
predatória fez com que hoje
seja considerada uma
espécie ameaçada de
extinção. O filhote nasce
depois de 11 a 12 meses de
gestação e permanece uns
dois anos com a mãe. É
errado chamar a fêmea de
"peixe-vaca"; o certo é
"Peixe-Boi-Fêmea".
9. A Tartaruga Gigante é um
dos maiores bichos de
casco do mundo, sendo
superada apenas por
alguns parentes marinhos.
A fêmea é maior que o
macho. Alcança até 45
quilos e 80 centímetros de
casco, enquanto ele pesa,
no máximo, 25 quilos e
mede 50 centímetros.
Na época de água baixa
nos rios principais da
Amazônia, a fêmea vai até a
praia onde nasceu e bota
de 50 a 150 ovos.
Ameaçada de extinção, são
os programas de criação da
Tartaruga Gigante em
cativeiro que ajudam a
preservar a espécie e ainda
fornecer um produto
alimentar importante e
muito valorizado.
11. O Jacaré-açu é nosso
maior jacaré. Cresce até 5
metros e é a única espécie
de jacaré perigosa à
população da Amazônia. É
ameaçado de extinção,
pois, além do perigo que
representa às pessoas, tem
um couro, que antigamente
era muito cobiçado, e uma
carne saborosa, apreciada
por muitos moradores da
região.
Além do Jacaré-açu,
existem mais três espécies
de jacaré no Pará: o Jacaré-
tinga (Caiman crocodilus) e
duas espécies de Jacaré-
anão (gênero Paleosuchus).
Estes últimos vivem dentro
da floresta em pequenos
igarapés e muitos
confundem com filhotes
das outras espécies.
13. O Boto Cor-de-Rosa é um
dos mamíferos aquáticos
mais característicos da
Amazônia. Cresce até 2,5
metros de comprimento e
pode pesar até 90 quilos. É
da família dos cetáceos
(Platanistidae), que
antigamente teve grande
distribuição pelo mundo,
inclusive nos oceanos.Hoje seus membros são
limitados a poucos rios de
água doce, inclusive o
Amazonas/Solimões e o
Orinoco. Ele vive
especialmente em águas
relativamente rasas, onde
procura, de preferência,
A protuberância na cabeça
é um tipo de captador,
utilizado para receber os
reflexos dos sons que
fazem parte do sistema de
sonar que utiliza para
navegar e encontrar sua
comida. Assim, consegue
nadar até dentro da floresta
inundada na época da cheia
e se locomover sem
problemas nas águas
turvas da região.