Durante a segunda metade do século XX, a população portuguesa teve um pequeno crescimento irregular, com decréscimo na década de 1960 devido à emigração e crescimento na década de 1970 com o retorno dos emigrantes. As taxas de natalidade e mortalidade diminuíram, enquanto a esperança de vida aumentou. O saldo migratório teve um papel importante na evolução populacional.
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Resumos
1. Escola Secundária de Ermesinde
Geografia ‐ 10º Ano ‐
Ano Lectivo 2011/2012
Resumos – População Portuguesa
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‐ A evolução da população na 2.a metade do século XX
Durante a segunda metade do séc. XX, Portugal sofreu alterações significativas na
evolução da população total, nomeadamente de 1950 a 2005, tendo‐se verificado o
seguinte circunstancialismo:
De 1961 a 1970 – diminuição da população;
De 1971 a 1980 ‐ crescimento populacional a um ritmo muito acentuado;
De 1981 a 1990 ‐ estagnação do crescimento populacional;
De 1991 a 2009 – acentua‐se, novamente, o ritmo de crescimento populacional.
Foram vários os factores que estiveram na origem da evolução populacional
ocorrida desde a segunda metade do Séc. XX até inícios do século XXI, tais como:
Quebra significativa da população, na década de 60, originada pelo intenso fluxo
emigratório, refletindo uma taxa de saldo migratório bastante negativa.
Aumento da taxa do saldo migratório na década de 70, atingindo o seu valor mais
alto em 1975, provocada pelo regresso de grande número de portugueses das ex‐
colónias, na sequência do processo da independência após a revolução do 25 de
Abril de 1974.
Durante os anos 80, a taxa do saldo emigratório volta a ter valores negativos e a
descida da taxa de crescimento natural, o que explica a quase estagnação da
população portuguesa.
Na década de 90, a taxa do saldo migratório volta a aumentar mantendo‐se
positiva.
Ana Teté e Teresa Vasconcelos
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2. Na segunda metade do século XX, a população que residia em Portugal, teve um pequeno aumento
entre 1950 e 2005, pois em 1950 a população residente era cerca de 8,4 milhões de habitantes,
enquanto em 2005 a população residente já era mais de 10,5 milhões.
Porém, esse crescimento foi irregular, por exemplo na década de 60 registou‐se um decréscimo, e
na década de 70 já se registou um aumento significativo da população. Esta evolução deveu‐se ao
comportamento da taxa de crescimento natural (diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade) e do saldo migratório (diferença entre a emigração e a imigração).
Essa variação do ritmo de crescimento da população portuguesa, deve‐se à redução da taxa de
crescimento natural e aos valores bastante negativos do saldo migratório, o que levou a um
crescimento demográfico negativo na década de 60; deve‐se também à inversão da tendência do
saldo migratório, e à diminuição da emigração, o que provocou um aumento na década de 70;
deve‐se ainda pelo aumento do saldo migratório, à quebra da emigração e pela subida da
imigração, que compensando a tendência de diminuição da taxa de crescimento natural, permitiu
um ligeiro acréscimo da população nas últimas décadas.
O crescimento natural da população varia em função das alterações da natalidade e da
mortalidade, cujas taxas, no nosso país, sofreram uma acentuada redução durante o ultimo século.
Apesar da redução da taxa de mortalidade bruta, a taxa de mortalidade infantil manteve valores
bastante elevados até às últimas décadas do século XX, tendo sofrido um acentuado decréscimo, a
partir dos anos 60. A redução da taxa de mortalidade infantil ficou a dever‐se à melhoria das
condições de vida em Portugal, sobretudo, na assistência médica durante a gravidez e o parto e no
primeiro ano de vida, outro factor importante foi a difusão de informação sobre os cuidados a
dispensar às crianças.
Os movimentos migratórios, quer internos quer externos, influenciaram as características
demográficas e sociais do nosso país e determinaram algumas das assimetrias regionais que ainda
hoje existem. O saldo migratório apresentou valores bastante negativos na década de 60, em
resultado do maior surto de emigração da nossa história que, neste período, se dirigiu sobretudo
para alguns países da Europa Ocidental, destacando‐se a França e a República Federal da
Alemanha.
Considerando a crescente redução do crescimento natural, o saldo migratório tem sido a principal
componente do aumento da população em Portugal desde a década de 90, influenciando o
crescimento efectivo das regiões.
Continua…
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3. Entre 1991 e 2001, as taxas de crescimento efectivo variaram entre 15,8% no Algarve e ‐3,3% na
Região Autónoma dos Açores. O Alentejo, o Algarve e o Centro foram as regiões que apresentaram
taxa de crescimento natural negativa, em contraste com os Açores, Norte e Madeira, que
apresentaram os valores mais elevados na taxa de crescimento natural.
Quanto às taxas de crescimento migratório, foram positivas em todas as NUTS II do Continente,
compensando os valores negativos da taxa de crescimento natural, mas negativas nas regiões
autónomas.
As migrações externas são o principal factor a influenciar a variação populacional, neste período,
mas afectam também a estrutura da população.
Débora Cunha e Sónia Filipa
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‐ As estruturas e comportamentos sócio‐demográficos;
Estrutura Étária ‐ Com a diminuição da população jovem, as taxas de natalidade e
fecundidade baixaram significativamente, o que levou a que aumentasse o número de
idosos. No entanto, a esperança média de vida foi aumentado, devido ao aumento dos
centros de saúde (dado que na parte litoral o serviço de saúde é grande) e das farmácias
(fornecimento de medicamentos muitas vezes essenciais à saúde). Todos estes tópicos
levaram a que houvesse (e hajam) contrastes regionais, em que a população idosa é maior
no interior, pois os jovens vêm para a cidade onde têm melhores condições de vida.
Estrutura da População activa ‐ A taxa de actividade tem vindo a aumentar, com a
participação da mulher no setor secundário. Os setores de actividade foram‐se alterando
que na proporção quer na geografia. Neste contexto, o sector terciário é o que predomina.
Nível de instrução e qualificação ‐ O aumento da taxa de alfabetização levou a que
houvesse um aumento na taxa de escolaridade, o que levou ao alargamento da
escolaridade obrigatória e ao aumento da população com ensino superior. Com a formação
profissional, muitas pessoas passaram a ter a escolaridade obrigatória (12º ano) e com isso
conseguir melhores empregos.
Renato Marques e Ruben Vieira
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4. ‐ A estrutura da população ativa e a estrutura do emprego;
População activa é considerada o conjunto de pessoas que desempenham qualquer função
remunerada a partir dos 15 anos de idade, mas consideramos também população activa os
desempregados que actualmente não dispõem de um trabalho mas que estão activamente à
procura de emprego ou à espera de regressar ao trabalho.
População inactiva é o conjunto da população que não contribui economicamente para o
funcionamento do País, tal como estudantes, domésticos, reformados, entre outros.
Há vários motivos que causam diminuição da percentagem da população activa, entre os quais:
‐ Entrada de Portugueses das ex‐colónias.
‐ A crescente participação da mulher no trabalho.
‐ Crescente emigração.
‐ Prolongamento da escolaridade obrigatória.
‐ Entrada tardia dos jovens no mundo do trabalho.
‐ Antecipação da idade da reforma.
O sector primário está relacionado com a produção através da exploração de recursos da natureza.
Podemos exemplificar com atividades económicas do sector primário: agricultura, mineração,
pesca, pecuária, etc. É o sector primário que fornece a matéria‐prima para a indústria de
transformação.
Este sector da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenómenos da natureza
como, por exemplo, do clima.
O sector secundário é o sector da economia que transforma as matérias‐primas (produzidas pelo
sector primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos
industrializados, electrónicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos
produtos do sector secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com um
bom grau de desenvolvimento possuem uma boa base económica concentrada no sector
secundário. A exportação desses produtos também gera riquezas para as indústrias desses países.
O sector terciário é o sector económico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não
materiais em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas
necessidades. Como atividades económicas deste sector, podemos citar: comércio, educação,
saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza,
serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.
Cristiana Ferreira e Joana Faria
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5. A situação perante o trabalho é também um dado essencial para o conhecimento da
população de um país ou região. Importa, assim, conhecer a população activa e a
população inactiva. A proporção entre ambas é influenciada por alguns factores como a
estrutura etária, que determina o quantitativo da população activa, e o saldo migratório,
que pode fazer aumentar a população activa, quando é positivo, ou levar à sua diminuição,
quando é negativo.
Após a quebra motivada pela emigração nos anos 50 e 60, a taxa de actividade tem vindo a
aumentar devido, na década 70 a um saldo migratório positivo, pela chegada dos
portugueses das ex‐colónias; a crescente emancipação da mulher no mundo do trabalho e
mais recentemente ao crescimento da emigração.
A população activa está distribuída em três sectores de actividade económica: Sector
primário, actividades ligadas à exploração do solo, ou seja, agricultura, silvicultura,
pecuária, pesca e caça; Sector secundário, actividades que implicam a transformação, isto
é, industria, construção civil e obras públicas e produção de energia; Sector terciário,
actividades ligadas a prestação de serviços, ou seja, comércio, saúde, transportes, ensino,
administração pública, seguros, banca, etc.
O sector primário sofreu uma grande redução devido ao êxodo rural, a crescente
mecanização e modernização agrícolas e ao desenvolvimento dos outros sectores.
O sector secundário tende a empregar cada vez menos população devido ao
desenvolvimento tecnológico das indústrias e a deslocalização, para outros países, dos
ramos mais intensivos em mão‐de‐obra.
O sector terciário foi o que mais cresceu e, actualmente, emprega mais de metade da
população activa. Esta evolução acompanha a tendência de terciarização da economia, e
explica‐se pelo aparecimento de novos serviços, pelo desenvolvimento do comércio,
turismo, lazer e pela expansão dos serviços financeiros e dos serviços de educação, saúde e
apoio social.
O sector primário tem maior relevância na região do Alentejo; o sector secundário
emprega mais população no Norte, onde as industrias ainda são intensivas em mão‐de‐
obra; o sector terciário é o mais importante em todo o país, gerando mais de metade do
emprego em todas as regiões, salientando‐se o Algarve, Lisboa e as Regiões Autónomas.
Nicole Monteiro e Rodrigo Carvalho
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6. Para compreender a situação de emprego dos portugueses torna‐se necessário conhecer a
população activa (aqueles que constituem mão de obra disponível) e a população inactiva
(indivíduos que não podem ser considerados economicamente activos).
A estrutura etária e o saldo migratório influenciam a proporção entre ambas.
Em Portugal a taxa de actividade tem sofrido alterações e tem aumentado devido à
crescente participação da mulher no mundo do trabalho; à chegada dos portugueses das
ex‐colónias (na década de 70) e ao crescimento da imigração.
O prolongamento da escolaridade obrigatória e a entrada dos jovens no mundo do
trabalho influenciam a estrutura etária da população activa.
Esta distribui‐se por 3 sectores de actividade: primário (agricultura), devido à crescente
mecanização e modernização; o sector secundário (indústria) tem vindo a ter menos
importância devido ao desenvolvimento tecnológico; sector terciário (serviços e turismo)
tem vindo a aumentar e é o que emprega mais população.
O sector primário tem maior relevância na região do Alentejo; o sector secundário tem
maior relevância no norte e o terciário é importante em todo o país, incluindo os
arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Beatriz Maduro e Sofia Ferreira
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‐ O nível de instrução e de qualificação profissional
Nível de Instrução é a relação entre o número de pessoas que terminaram os seus estudos e
os que atingiram os graus mais elevados de escolaridade, enquanto que o nível de
qualificação profissional é o grau de preparação específico que uma pessoa tem para
desempenhar um cargo.
Um país relaciona‐se com a qualificação profissional da sua população, pois é esta que vai
levar ao processo de desenvolvimento socioeconómico. Já o nível de instrução e de
formação são fundamentais para que se possa desenvolver actividades tecnológicas mais
desenvolvidas e produtivas.
Se mais de metade da população de um país é analfabeta, revela que esse país não está
desenvolvido, ou seja, esta limitação vai constranger seriamente a inserção da sociedade e
do seu sistema de emprego na área do conhecimento e da inovação.
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Alexandra Lima e Dina Barros
7. A instrução da população de um determinado país relaciona‐se diretamente e
proporcionalmente com o nível de desenvolvimento do mesmo (quanto mais instruída for
a população, mais desenvolvido é o país).
O nível de instrução e qualificação da mão‐de‐obra é fundamental para que se possam
desenvolver atividades tecnologicamente mais modernas e produtivas, que promovam o
desenvolvimento.
Para medir essa instrução recorre‐se à: taxa de alfabetização, que é a percentagem da
população que pode, sem grandes dificuldades, ler e escrever; e à taxa de analfabetismo,
a percentagem da população com 10 anos ou mais que não sabe ler nem escrever.
Apesar de algumas melhorias verificadas com o passar dos anos, Portugal ainda
apresenta níveis de instrução da sua população ativa muito baixos comparados com os da
restante União Europeia, sendo um entrave ao desenvolvimento do nosso país. É nas
regiões do Alentejo, Madeira e Centro que se encontram os valores mais elevados da taxa
de analfabetismo, ao contrário de Lisboa e do Norte, que é onde se encontram os valores
mais baixos. Naturalmente, a mesma taxa tem valores mais elevados no sexo feminino,
visto que as mulheres têm uma maior esperança média de vida, vivendo assim mais tempo
que os homens.
O número médio de anos de escolaridade aumentou, também devido ao alargamento
da escolaridade obrigatória. Existem para as pessoas que queiram continuar a aprender, o
Centro de Novas Oportunidades, e também as mais diversas ações de formação.
Em suma, para um país ser considerado “desenvolvido”, tem obrigatoriamente de
mostrar uma boa capacidade de instruir a sua população e de lhe proporcionar boas e
frequentes oportunidades de aplicação dessa mesma instrução numa vida profissional.
Porém, a própria população também tem a obrigação (nem que apenas moral) de se
instruir e de complementar o seu nível de instrução com, por exemplo, ações de formação.
Ana Marta Ferreira e Rita Reis
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8. ‐ Os principais problemas sócio‐demográficos e possíveis soluções
As estruturas etárias e comportamentos sócio – demográficos da população portuguesa têm
reflexos sociais e económicos, alguns dos problemas portugueses têm subjacente a demografia.
O envelhecimento pode agravar‐se se a taxa de fecundidade continuar a diminuir causando um
aumento das despesas com os idosos, com:
O pagamento de impostos; o sistema de saúde; os serviços sociais e a construção e
manutenção de equipamentos de apoio a idosos.
A diminuição da taxa de fecundidade leva:
Diminuição da população activa; redução das contribuições para a Segurança Social o que
pode levar á ruptura do sistema de pensões e reformas; o receio de no futuro a actual
população activa não beneficiar das suas contribuições actuais e a necessidade de
introduzir reformas no funcionamento da Segurança Social, no regime de aposentação, na
idade de reforma, etc.
Aumento da dependência
Os jovens e os idosos constituem grupos etários dependentes pois encontram‐se em idade
não activa.
O Índice de dependência total é a relação entre a população jovem e idosa e a população
com 15 a 64 anos – muitas vezes expresso em percentagem ‐ que muitas vezes pode ser expresso
em separado – dependência dos jovens e dos idosos.
O índice de dependência tem vindo a diminuir em Portugal de 59% em 1981, para 48,5%
em 2005. Os índices de dependência diminuíram devido a diminuição do número de idosos, já que
o envelhecimento aumentou. O índice de dependência dos jovens diminuiu em todas as regiões. O
índice de dependência dos idosos apenas diminuiu nos Açores, enquanto o maior aumento se
verificou no Alentejo.
O índice de dependência e maior no Alentejo, no centro e no Algarve, devido ao maior
número de idosos, e é menor no Norte e na Madeira, pelo grande número de população activa. As
regiões com o índice de dependência total mais elevado poderão ter mais dificuldade em produzir
e obter riquezas, porém a situação e menos preocupante nas regiões onde o índice de dependência
dos jovens e maior pois estes integraram a população activa.
O nível educacional e a situação perante o emprego
Em Portugal apesar da evolução positiva, os níveis educacional e de qualificação
profissional são reduzidos.
O reduzido nível de instrução da população portuguesa reflecte‐se em baixos níveis de
qualificação o que dificulta o desenvolvimento económico, a reconversão profissional da mão‐de‐
obra pouco qualificada em mão‐de‐obra qualificada. Existem grupos com maior dificuldade de
inserção no mercado de trabalho: as mulheres e os jovens entre os 15 e os 24.
A taxa de desemprego e diferente nas diversas regiões, assim a taxa e maior no Alentejo,
no Norte e Lisboa e menor nas Regiões autónomas, no Algarve e no Centro. Em Portugal existem
outros problemas como a percentagem do desemprego de longa duração e o recurso ao emprego
temporário e ilegal.
Manuel Silva e Tiago Dias
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9. ‐ O rejuvenescimento e a valorização da população
O envelhecimento demográfico conduz a problemas socioeconómicos, pois provoca um grande
aumento das despesas com a saúde e Segurança Social; com o pagamento de reformas; gastos com
a assistência, isto é, alojamentos adaptados à diminuição das capacidades dos idosos.
Também o declínio da fecundidade contribui, e muito, para o envelhecimento da população, e as
causas desse mesmo declínio são: a modernização das sociedades e a melhoria do nível de vida; a
precariedade do emprego e o aumento da população urbana; o desenvolvimento do planeamento
familiar e a generalização da utilização de métodos contracetivos; a crescente entrada da mulher
no mercado do trabalho/aumento da taxa de população activa feminina; aumento do nível de
escolaridade das mulheres portuguesas; redução da taxa de nupcialidade e das uniões extra
maritais e o aumento do número de divórcios.
Por sua vez, temos necessidade de adoptar medidas que promovam o rejuvenescimento da
população, tais como: o aumento dos abonos de família; redução dos impostos; o desenvolvimento
de serviços de apoio à conciliação da vida familiar e profissional; o alargamento do período de
licença do parto; redução das taxas de juro e bonificação das tarifas de água, gás e electricidade
para as famílias mais numerosas.
A população e o seu rejuvenescimento poderá também aumentar com as migrações, dado que
estas não só deslocam um elevado número de pessoas, como são compostas, em termos de idade
e de sexo, por migrantes, que na sua maioria são jovens e adultos do sexo masculino, em idade de
procriar e de trabalhar.
O nosso País está relativamente atrasado, comparado com a maioria dos países da União Europeia,
devido principalmente aos baixos níveis de qualificação da população portuguesa. Então, para
aumentar a produtividade e o desenvolvimento do País, é fundamental valorizar a população,
tornando‐se necessário: melhorar o nível de instrução e qualificação profissional da população
activa (prevenindo assim o desemprego); a adequada transição dos jovens para a vida activa; a
formação em novas tecnologias; promover a igualdade de oportunidades de trabalho entre os
homens e mulheres; e melhorar as condições de trabalho.
Miguel Sousa e Ricardo Marques
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10. Nível de instrução ‐ Relação entre o nº de indivíduos que terminaram os seus estudos e os que
atingiram os graus mais elevados de escolaridade.
Nível de qualificação profissional ‐ É o grau de preparação específico para o desempenho de um
cargo.
A instrução e qualificação profissional são desta forma factores fundamentais para o
desenvolvimento sócio‐económico do nosso país, para que este possa alcançar os níveis de
desenvolvimento de outros países europeus.
Níveis de instruçãoGrau de Qualificação Obstáculo ao Desenvolvimento do País
Que soluções?
Reduzir o abandono escolar:
Reforçar o investimento na educação e Elevar a escolaridade obrigatória para o 12º ano.
Aumentar a qualificação profissional:
Incentivar a formação profissional e Investir nos cursos técnico‐profissionais.
Investimento em investigação e desenvolvimento:
Incentivar parcerias entre empresas e universidades e Criar bolsas dirigidas a novos
projectos de investigação científica.
O nível de instrução e formação da mão‐de‐obra é fundamental para que se possam desenvolver
actividades tecnologicamente mais modernas e produtivas para o desenvolvimento do país. Sendo
assim importante que ao longo da nossa vida completemos o nosso currículo com acções de
formação.
Em Portugal, a taxa de alfabetização – percentagem da população que pode, com compreensão, ler
e escrever um pequeno texto sobre o seu quotidiano – atingiu já valores elevados. Como
consequência, a taxa de analfabetismo – percentagem da população com 10 anos ou mais que não
sabe ler e escrever – tem vindo a diminuir. Os valores mais elevados da taxa de analfabetismo
relacionam‐se com o envelhecimento e com diferentes graus de desenvolvimento das regiões.
O número médio de anos de escolaridade também aumentou, o que se deve, principalmente, ao
alargamento da escolaridade obrigatória e ao considerável aumento da proporção da população
com ensino superior. Como consequência, o nível de instrução da população activa tem vindo a
melhorar nos últimos anos, ainda que de forma lenta.
Catarina Cardoso e Soraia Mesquita 10
11. A população está cada vez mais envelhecida, então foi necessário promover medidas para o
seu rejuvenescimento, que são o aumento dos abonos de família; redução dos impostos;
alargamento do período de licença de parto; serviço de apoio para a expansão das redes de
creches, jardins‐de‐infância e de atividades de tempos livres (ATL); redução das taxas de
juro e bonificação das tarifas da água, gás e eletricidade para as famílias numerosas.
Através da imigração houve um aumento do rejuvenescimento da população por
causa do reforço de jovens adultos e valores elevados das taxas de natalidade e
fecundidade.
A valorização da população é necessária para uma melhoria da qualificação da
população portuguesa. Para isso tomaram‐se as medidas de melhorar o nível de instrução e
de qualificação profissional da população ativa e prevenir o desemprego; formação no
domínio das novas tecnologias; melhorar a adaptabilidade para novas áreas profissionais;
promover a igualdade de oportunidades de trabalho entre homens e mulheres; melhorar as
condições de trabalho.
Catarina Dias e Joana Barreleiro
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