A pesca corresponde à captura de espécies aquáticas e seus produtos. Suas principais formas são a pesca artesanal perto da costa e a pesca industrial em alto-mar usando embarcações maiores. A abundância de recursos depende de fatores ambientais e a aquacultura surge como alternativa à pesca excessiva.
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
A pesca esrp
1. A Pesca
Corresponde à atividade económica
que se dedica à captura de espécies
aquáticas existentes na Terra.
2. A pesca não se limita apenas à captura
do peixe, mas à exploração de todos
os produtos e subprodutos aquáticos.
Plantas Aquáticas
Crustáceos
Peixes
Sal
Bivalves
Moluscos
3. A abundância em recursos biológicos
marinhos, depende das circunstâncias
favoráveis à produção e concentração de fito e
zooplâncton. Estes, por sua vez, dependem
do nível de profundidade, da luz e da
temperatura, da salinidade e do oxigénio
disponíveis.
As áreas litorais apresentam uma maior
riqueza em recursos biológicos marinhos, pelas
condições de iluminação, às quais se somam a
quantidade de elementos naturais e de matéria
orgânica, que lhes fornecem as águas fluviais.
O fenómeno Upwelling e o cruzamento de
duas correntes marítimas de características
diferentes, estão também associados à
riqueza biológica das águas marítimas.
4.
5. As plataformas continentais são
áreas de grande riqueza de recursos
piscatórios, devido:
• À fraca profundidade, que permite maior
penetração da luz solar e favorece a formação de
plâncton – organismos microscópios que são a
base alimentar de muitas espécies;
• Às águas mais agitadas e, por isso, mais ricas
em oxigénio e em plâncton;
• À menor salinidade das águas, graças à agitação
e às águas dos rios que nelas desaguam;
• À riqueza de nutrientes orgânicos e inorgânicos
que são transportados pelos rios.
6. O Fenómeno de Upwelling
Consiste na ascensão à superfície de
águas profundas e frias que trazem consigo
grandes quantidades de nutrientes
depositados nos fundos marinhos.
7. As Correntes Marítimas
São deslocações de
grandes massas de água
com a mesma densidade e
temperatura, “como que
rios dentro do oceano”, que
podem ser quentes ou frias.
Provocam uma
permanente renovação da
água e arrastam consigo
grandes quantidades de
plâncton e nutrientes.
Favorecem a reprodução
das espécies, sobretudo
nas áreas de contacto entre
correntes diferentes, onde a
quantidade e diversidade
de pescado são maiores.
8. A Pesca Tradicional ou Artesanal
Utiliza embarcações de pequena capacidade de carga,
por vezes sem motor e, geralmente, sem meios de
conservação do pescado;
Realiza capturas reduzidas, que têm de ser rapidamente
descarregadas;
É praticada predominantemente em águas interiores, (rios
e lagos) ou junto à costa, tendo uma duração normalmente
inferior a um dia;
Recorre a técnicas de captura artesanais, sendo
frequente o uso de anzóis e linha, armadilhas e redes de
pequena dimensão.
9. A Pesca Industrial
O peixe, depois de capturado, é submetido a uma série de
operações: lavagem, corte da cabeça, extração das vísceras e, se
for o caso disso, o arranque da pele e o corte de filetes. Depois é
necessário conservar, dependendo da técnica utilizada e do
destino do pescado.
O que for escolhido para a indústria das conservas tem de ser
cozido e colocado em latas com óleo vegetal. Se é para produzir
peixe fumado, é necessário salgar, secar, defumar. O que se
destina à congelação é armazenado em frigoríficos de grandes
dimensões. Depois de todas estas operações é ainda preciso
pesar e embalar. Tudo isto é, cada vez mais, feito a bordo. Um
navio de pesca transformou-se numa verdadeira fábrica flutuante.
10. Características da Pesca Industrial:
• Atividade que visa a comercialização do pescado, encontrando-
se intimamente ligada ao sector secundário (transformação) e
ao sector terciário (marketing, transporte e venda);
• Uso de técnicas de deteção dos cardumes, como o sonar, meios
aéreos e informação via satélite;
• O recurso a técnicas de captura, como o arrasto, o cerco e as
redes de deriva, que permitem obter grandes quantidades de
pescado;
• A utilização de frotas modernas constituídas por embarcações
especializadas, incluindo, muitas vezes, uma de maior
dimensão – o navio-fábrica – equipado com modernas técnicas
de conservação e de transformação do pescado;
• A longa permanência no mar, vários dias, semanas ou até
meses, quando a pesca se efetua em águas internacionais ou
em ZEE estrangeiras.
13. Principais Tipos de Pesca
(em função da distância à linha de costa)
Pesca local e costeira: efetua-se até às 12 milhas da linha de
costa por pequenas embarcações que utilizam,
predominantemente, técnicas tradicionais.
Pesca do alto: efetua-se para lá das 12 milhas da linha de costa,
por períodos de cerca de oito dias, utilizando um conjunto de
técnicas modernas e embarcações de maior dimensão.
Pesca de longa distância: efetua-se em águas internacionais ou
da ZEE de outros países e a duração prolonga-se por vários
meses. As embarcações são de grande tonelagem e equipadas
com meios sofisticados, como o sonar, processos de conservação
e de transformação em alto-mar.
ZEE- Zona Económica Exclusiva - Zona marítima até 200 milhas
(cerca de 350 km) a partir da linha de costa e sobre a qual, os respetivos
países têm direitos soberanos de exploração, conservação e gestão de
todos os recursos.
14. Principais Países Pesqueiros
“Com uma produção de
cerca de 7 milhões de
toneladas de peixe em
2005, provenientes da
pesca e da aquicultura, a
União Europeia [dos 25]
é a segunda maior
potência de pesca, após
a China.”
15. Algumas medidas tomadas para
minimizar as consequências da pesca
excessiva
• A intensificação do estudo e inventariação das espécies, de
modo a conhecer melhor os impactes que a ação humana tem
sobre elas;
• A definição de quotas – limites máximos para as capturas de
determinadas espécies – e de tamanhos mínimos de
desembarque de algumas espécies;
• A criação de normas que regulamentam os instrumentos de
pesca, como, por exemplo, a dimensão da malha das redes;
• A limitação do uso de técnicas como o arrasto nas épocas de
defeso – período em que determinada espécie não pode ser
pescada, para não perturbar a desova e o crescimento dos
peixes ainda jovens.
16. “É preciso entender os bens naturais do planeta como
meios para a subsistência e sobrevivência da
Humanidade, mas finitos, num determinado contexto.
Compete-nos pois velar pelo bom equilíbrio das
riquezas postas à nossa disposição (…). Uma coisa é a
colheita dos frutos disponíveis, sem colocarmos em
risco todo o equilíbrio que levou milénios a construir e
outra, é a depredação do meio ambiente, à vista, por
exemplo, nos mares da Europa”.
17. A Aquacultura
Surge como uma forma de preservar os recursos
marinhos, tendo em conta que se trata da produção de
espécies aquáticas (recursos piscícolas e vegetais
marinhos) em ambientes controlados pelo Homem, tanto em
água doce como em água salgada.
Tem contribuído para tornar mais acessíveis, a todas as
pessoas, espécies como o salmão, a dourada e o robalo e,
ao mesmo tempo, faz diminuir a pressão sobre estes
recursos no seu habitat natural.
18. A Aquacultura
Aquacultura extensiva de ostras,
explora ao máximo os recursos
naturais, em águas costeiras pouco
profundas.
Aquacultura semi-intensiva de trutas –
em espaço restrito. Inclui alimento
complementar (farinha e granulados).
Aquacultura intensiva em tanque
de plástico – utiliza tanques, em que
o alimento é fornecido pelo criador
mantendo as melhores condições
de vida em viveiro aos peixes,
crustáceos e moluscos.