Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Poluição de água eutrofização
1. Fenômeno causado pelo excesso de
nutrientes numa massa de água, provocando
um aumento excessivo de algas.
2. Conceito
Os charcos, os lagos e as albufeiras são mais vulneráveis à
poluição do que os cursos de água superficiais e oceanos. Os
contaminantes sofrem uma diluição menos acentuada
devido ao menor volume de água e de corrente
Aos lagos e albufeiras chegam escorrências de terrenos
circundantes, ricas em sedimentos e nutrientes. O
enriquecimento dos lagos em nutrientes denomina-se
eutrofização.
3. Eutrofização natural
Ocorre ao longo de grandes
períodos de tempo, como parte
do processo de sucessão
ecológica que se verifica durante
a evolução dos ecossistemas.
4. Eutrofização Cultural
Resulta de atividades
humanas e verifica-se
junto a zonas urbanas ou
agrícolas. Os nutrientes
que atingem o lago são
principalmente nitratos e
fosfatos com origem na
agricultura e na pecuária,
na erosão do solo e nos
efluentes das estações de
tratamento.
5. Para além dos efeitos sobre os ecossistemas, a
eutrofização reduz o valor estético e recreativo dos
lagos e albufeiras.
6. Processo de eutrofização
Quando uma determinada massa de água pobre em
nutrientes (oligotrófica) os adquire, há toda uma série
de alterações que ocorrerão:
o aumento da concentração de nutrientes favorece o
crescimento e a multiplicação do fitoplâncton, o
que provoca o aumento da turbidez da água;
devido a tal, a luz solar não chega às plantas que se
encontram submersas, não ocorrendo a
fotossíntese;
7. embora os lagos eutróficos possuam elevada
quantidade de fitoplâncton, que produz oxigénio
através da fotossíntese, a sua distribuição superficial
provoca nesse sector uma saturação em oxigénio, que
se escapa para a atmosfera, pelo que não restabelece o
oxigénio dissolvido ao nível das águas profundas;
8. o fitoplâncton tem taxas de crescimento e reprodução
muito elevadas, formando «tapetes» verdes à
superfície dos cursos de água, principalmente nos
sectores com correntes fracas. Quando estes
organismos morrem, depositam-se no fundo,
formando espessos depósitos;
9. o aumento de detritos leva a um aumento de
decompositores (essencialmente bactérias), cujo
crescimento exponencial provoca uma diminuição do
oxigénio dissolvido (consumido na respiração);
o esgotamento do oxigénio leva à morte por asfixia
de peixes e crustáceos, mas não de bactérias, que
recorrem à fermentação e respiração anaeróbia;
10. as bactérias proliferam e aproveitam o oxigénio,
cada vez que este está disponível, mantendo a água
com permanente carência em oxigénio;
pode ainda ocorrer oxidação da matéria orgânica e de
outros compostos, contribuindo também para a
diminuição do oxigénio dissolvido e agravamento da
eutrofização;
11. Carência Bioquímica de Oxigénio (CBO):
Quantidade de oxigénio necessária aos decompositores
aeróbios para decompor os materiais orgânicos presentes
num certo volume de água. É um indicador da
quantidade de matéria orgânica biodegradável presente
na água, uma vez que, quanto maior a concentração de
matéria orgânica de uma água, maior será a quantidade
de oxigénio utilizada pelos decompositores.
12. Combate à eutrofização
A eutrofização pode ser combatida essencialmente em
dois níveis:
1. Evitar a entrada nos cursos de água de elevadas
quantidades de nutrientes e sedimentos (longo
prazo);
2. Implementar medidas de recuperação de lagos e
cursos de água eutrofizados.
Veremos a seguir algumas dicas detalhadas de como
podemos combater, nos dois tipos de níveis.
13. 1.
identificar as principais fontes de eutrofização, com
destaque para as do dia-a-dia;
proibir o uso de detergentes fosfatados, pois o fosfato é um
dos principais nutrientes responsáveis pelo
desenvolvimento do fitoplâncton;
modernizar os processos de tratamento das águas residuais,
que permitam recolher a maioria dos nutrientes, evitando a
eutrofização a jusante(vazante de mar) do ponto de
descarga;
controlar as águas de escorrência das explorações agrícolas
e pecuárias, pois apresentam elevadas concentrações de
nutrientes, entre outros;
14. 2.
tratamentos químicos à base de herbicidas, pouco
eficazes, uma vez que são necessárias grandes
concentrações para destruir o fitoplâncton, tornando-
se extremamente tóxico para os outros seres vivos..
arejamento artificial – introdução de oxigénio, através
de uma rede de tubos plásticos numa massa de água
que se pretende tratar;
15. Remoção das plantas arrancadas devido ao rolamento
dos sedimentos ao longo do leito do rio, e que ficaram
à superfície.
Dragagens dos sedimentos – remoção dos depósitos
que cobrem as plantas aquáticas. Poderá aumentar a
eutrofização, uma vez que, ao mexer-se nos
sedimentos, aumenta-se a turbação da água.