O documento discute o contexto histórico da obra A Arte da Guerra de Sun Tzu na China antiga, durante o período dos Estados Guerreiros entre os séculos V e III a.C. Aborda os valores estratégicos pregados por Sun Tzu de evitar batalhas diretas e vencer sem lutar através da inteligência e da manipulação do inimigo.
1. A Arte da Guerra
Sun Tzu
A visão ética e estratégica das
batalhas
2. Arte da Guerra e Mundo Contemporâneo
Utilização da obra pra diversas áreas do conhecimento
Valores orientais na vida corporativa – questões práticas
para a vida social
A arte da Guerra é um livro prático (organização de
exércitos e desenvolvimento de conflitos bélicos)
Organização e Disciplina
3. Sun Tzu e Ho-lu (Rei de Wu)
“O rei aprecia apenas palavras ocas. É incapaz de as colocar
em prática”
“Que tuas palavras ilustrem teu comportamento e teu
comportamento, tuas palavras” Shakespeare
Arte da Guerra e Situações de Conflito, Tensão, Crises
4. Contextualização Histórica
Estados Guerreiros: A luta pelo poder
Dinastia Chou e os sete principados (Qi, Qin, Ch’u, Zhao, Han, Yan e
Wei)
470 – 221 a.C (Período de constantes guerras)
Decadência da Dinastia Chou:
- Declínio das obrigações feudais
- Erosão do poder central
6. A organização e o poder de Ch’in (vitória) unificação
da antiga China num só Império.
Centralização do poder, unificação do estado sob leis
rígidas legitimadora da violência, justificada na
manutenção da estrutura de poder do estado.
Desenvolvimento da ciência administrativa para
estabelecer uma estrutura burocrática eficiente,
sistema de coletorias, obras de infraestrutura,
contribuem para uma estrutura de poder que se
tornaria milenar.
8. O manual Arte da Guerra insere-se nesse
contexto histórico
Sun Tzu
9. Críticos da Guerra: Mo Tzu apresenta-a como futilidade de alto
custo para o estado e criminalidade legitimada por questões de
interesse
Desvalorização desses pensamentos moralistas
Valorização da figura dos estrategos (favorecidos pelo clima
político)
As ações reais eram baseadas nos imperativos do poder
Senhor Shang: “a guerra como ocupação fundamental”
10. “A Guerra é uma ocupação vital para
o Estado. Por ser o campo onde se
decidem a vida ou a morte, o
caminho para a sobrevivência ou
para ruína, torna-se de suma
importância estudá-la com muito
cuidado em todos os seus detalhes”
Sun Tzu
11. Os senhores e seus clãs, nesse período, pautavam suas ações a
partir das questões colocadas pelas circunstâncias da guerra.
Diplomacia: suborno, fraude, ludíbrio, espionagem intrigas
Procedimentos traiçoeiros eram tomados pelos generais como
vantagem estratégica.
Qualidades do general segundo a Arte da Guerra: segredo –
dissimulação – surpresa
Famoso general Wu Ch’i (Wei)
12. A guerra como parte integrante do poder
político
Numa época tão dinâmica exigia-se questões práticas para os
problemas políticos e de guerra
Consultores militares com seus manuais pululavam entre os
estados
O movimento de concentração de poder nas mãos de poucos
estados passam pelo desenvolvimento técnico de algumas
áreas, por exemplo, siderurgia.
14. Rei Ho-lu (Wu) e o mestre alfageme Kan Chiang e sua
esposa Mo Yeh
Os resultados desse progresso deram frutos em
diversas áreas: militar, agricultura, obras de
infraestrutura
O reino de Ch’in tinha nesse desenvolvimento
vantagens em relação a outros estados
15. Guerra
Moral x Eficiência
Confúcio tentava persuadir os governantes a finalizarem
essa luta pelo poder e conduzir suas ações através da moral.
Movimentos pacifistas e éticos eram vistos como perda de
tempo.
O objetivo da guerra era preservar o estado, ampliar seu
poder e enriquecê-lo.
A guerra é uma questão que deve ser pautada pela moral ou
eficiência?
16. Guerras anteriores ao período chamado de
Estados Guerreiros
Até 500 a.C: a guerra seguia um rito próprio, era um ritual, pautado
por códigos de moral que estabeleciam a postura dos combatentes
no campo de batalha:
- Hostilidades somente na estação certa;
- Interrupção da guerra em respeito ao período de nojo (morte do
senhor feudal)
- Proibido agressão (velhos, crianças e feridos)
- Governante tinha que ter uma boa índole não massacrando
cidades nem emboscando exércitos, não era oportunista, desleal
17. Quando a meta é a vitória,
ampliação do poder, aumento
da riqueza, expansão territorial,
a moral deve ser levada em
conta ou conduz ao fracasso?
“Não somos o Duque de Sung” Mao Tsé-Tung
18. Sun Tzu e a Guerra
“O verdadeiro objetivo da guerra é a paz”
“Sempre procura evitar conflitos, sendo estes inevitáveis,
procura vencê-los sem precisar lutar” (influencia confuciana e
taoísta: a filosofia do agir pelo não-agir)
“A eficiência máxima da Arte da Guerra era tornar o conflito
completamente desnecessário”
Não é o número de combates que torna um general habilidoso,
mas a sua capacidade de vitória com o mínimo de combates. A
guerra não deve ser física mas de inteligência e estratégia.
19. “Todos querem ser fortes
como uma árvore, mas num
vendaval, é a grama que se
curvando ao vento, sobrevive,
enquanto a árvores é
arrancada”
20. Discipulo: quem você levaria para auxiliá-lo numa
guerra?
Confúcio: O homem pronto pra enfrentar um tigre ou
um rio em fúria, sem se importar se iria viver ou morrer,
este eu não levaria, mas aquele que entendendo a
gravidade da situação olhasse os problemas com cautela e
que preferisse o sucesso por meio da estratégia, esse eu
levaria.
Este é Sun Tzu e sua Arte da Guerra
21. “Impossível Ganhar sem saber perder
Impossível andar sem saber cair
Impossível acertar sem saber errar
Impossível viver sem saber reviver”
Mário Benedetti