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Francisco Ramos Corrêa




  A Raíz da Violência
 no campo brasileiro:

 Se cuida Brasil !


          Guaraí/TO
            2009
C824 v          Corrêa, Francisco Ramos.
                  A Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil!/ Francisco
                Ramos Corrêa. Guaraí: S. n., 2009.

                  64p.


	         	       Bibliografia.

                  1. Trabalho escravo. 2. Violência no campo. 3. Reforma
                agrária. 4. Direitos trabalhistas. I. Título.

                                                              CDD (21ª ed.)
                                                              362.042


    (Catalogação na fonte – Bibliotecária Ysabella C. G. Macêdo CRB2/1191)
PREFÁCIO
        Este trabalho consiste em duas partes, e a princí-
pio a nossa intenção seria publicação em separado, mas
devido o alto custo, resolvemos pela publicação conjun-
ta. Na primeira parte, denominada “A VIOLÊNCIA NO
CAMPO BRASILEIRO - Se cuida Brasil”, fomos mo-
tivados por discordarmos da maneira que o nosso País
considera e age a respeito do chamado TRABALHO
ESCRAVO;	por	considerarmos	exagerada	a	fiscalização	
trabalhista direcionada ao Campo brasileiro; por en-
tendermos que os direitos trabalhistas devem ser dife-
renciados	e	mais	flexíveis	para	o	campo	brasileiro.	Por	
entendermos	 que	 a	 violência	 no	 campo	 tem	 raízes	 no	
próprio sistema político/social que vem sendo praticado
na política fundiária nos últimos anos, e na proliferação
do MST, e de ONGs nacionais, subsidiadas pelo próprio
sistema	 organizacional	 federal,	 por	 entendermos	 que	 o	
Sistema federativo nacional poderá está praticando um
ilícito eleitoral aplicando os atuais programas sociais,
os conhecidos programas de transferências de bens e
renda.	E	por	fim,	por	percebermos		que	o	direito	de	pro-
priedade está vulnerável em nosso País.


        A segunda parte denominada SALVAÇÃO DA
ALMA – mito ou verdade? consiste na nossa manifes-
tação quanto à proliferação desordenada das diversas
seitas religiosas no Brasil, onde a ganância pelo dinheiro
ou pelo Poder Político Partidário (poder Estatal) se mis-
tura com a atividade religiosa, transformando a religião
em palco político e meio de comércio livre de impostos.
Como também percebe-se que a miscigenação da política
partidária com a religião está crescendo vertiginosamente
no País, onde o Poder Político é facilitado pelo corpora-
tivismo religioso, deixando prejudicados os cidadãos co-
muns que se inibem e recuam no processo eleitoral, sendo
que a sociedade está perdendo estímulo, e o País perden-
do na qualidade de uma boa parte de seus políticos. Con-
siste ainda em observar a interferência de algumas ONGs
religiosas	no	sistema	Estatal,	trazendo	sérios	transtornos	
sociais e incentivo à violência no Campo em nosso País..


                                      F R Corrêa :.
DEDICATÓRIA
       Dedico este trabalho à minha família. À esposa
Iracema da Silva Pinto Ramos, aos nossos Filhos; Hugo
Pinto Corrêa, advogado, Heitor Pinto Corrêa e Iara Pin-
to Corrêa, enfermeiros. A todos os Policiais brasileiros,
em especial aos colegas Policiais Rodoviários Federais,
colocando em primeiro lugar aqueles com os quais con-
vivi diuturnamente na Unidade Operacional de Guaraí
em toda a minha trajetória por mais de 29 anos, e os do
meu Distrito, no Tocantins.


        Agradeço imensamente a participação e o incen-
tivo daqueles que de alguma forma me ajudaram com
críticas	ou	elogios	como	os	meus	filhos,	,	e	porque	não;	
àqueles	que	são	a	razão	maior,	ou	os	anfitriões	deste	hu-
milde	 labor;	 às	 vítimas	 da	 violência,	 das	 invasões	 em	
geral, e aos camponeses incompreendidos e que sofrem
com peso do braço da Lei trabalhista brasileiros, àque-
les	 que	 se	 afligem	 	 e	 se	 desesperam	 com	 a	 vulnerabi-
lidade do direito de propriedade e/ou com a inércia do
sistema	agrário	na	regularização	fundiária.	Dedico	tam-
bém àqueles que no intuito de conhecer a verdade reli-
giosa,	às	vezes	são	vítimas	de	explorações	financeiras	e	
torturas psicológicas disfarçadas, praticados por seitas
que não primam realmente pelos ensinamentos que di-
recione ser humano no caminho da verdadeira Salvação
da alma. Não poderia deixar de agradecer e reconhecer a importantís-
sima participação voluntária e gratuita do ilustre amigo, Professor da
Língua Portuguesa, JOSÉ RODRIGUES COSTA (ZÉ CAPOTEIRO)
e	à	sua	filha	JOQUEBEDE	RODRIGUES	MOURÃO	que	fizeram	a	
revisão	ortográfica	deste	trabalho.


                                   OBRIGADO!


                                   F R Corrêa : .
SUMÁRIO

1 - Apresentacão ..............................................................................09
2 - A violência no campo brasileiro: se cuida Brasil.......................10
2.1 - Trabalho Escravo .................................................................... 11
2.2	-	A	Raiz	da	violência	no	campo	brasileiro ................................14
2.3	-	Os	direitos	trabalhistas	rurais	precisam	ser	flexibilizados ......19
2.4 - Reforma agrária e direito de propriedade ...............................21
2.5 - Responsabilidade Social e educação ......................................23
2.6 - Política partidária e os Bolsas Federais ..................................26
3 - Salvação da Alma: mito ou verdade ..........................................37
3.1 - Origem da vida dos seres animado .........................................42
3.2 - Batismo ...................................................................................43
3.3	-	Juízo	Final...............................................................................44
3.4 - A volta de Jesus.......................................................................46
3.5 - Mentir em nome de Deus........................................................49
3.6 - Espíritos bons e espíritos maus...............................................50
3.7 - Ministérios religiosos .............................................................52
3.8 - Igrejas e movimentos sociais ..................................................54
3.9 - Política partidária e sacerdócio ...............................................57
Francisco Ramos Corrêa                           9


          1 - Apresentacão do autor
        	O	meu	nome	é	FRANCISCO	RAMOS	CORRÊA,	sou	filho	
de camponês maranhense, nasci em 21 de março de 1948, sou casa-
do,	pai	de	três	filhos	e		trabalho	na	Polícia	Rodoviária	Federal	desde	
1979. Presto serviços na Unidade Operacional de Guaraí-TO. Toda
a tradição da minha família é camponesa. São pessoas que até hoje
vivem no campo. Tanto eu como meus pais e quase toda a nossa famí-
lia temos terras e atividades no Campo. Então, falo do que conheço,
principalmente a lavoura familiar manual. Sou técnico em contabili-
dade,	mas	não	cheguei	a	exercer	essa	profissão.	A	profissão	que	exerci	
por	 mais	 de	 dez	 anos,	 foi	 a	 de	 barbeiro/cabeleireiro,	 em	 Miracema	
do Norte, hoje Miracema do Tocantins, cujo estabelecimento tinha o
nome de “SALÃO CORRÊA”. Sou católico. Estudei em colégio de
freiras.	Quando	jovem	fiz	o	Chamado	TLC	–	Treinamento	de	Líderes	
Cristãos	e	depois	de	casado	fiz	o	CURSILHO	DE	CRISTANDADE,	
ambos feitos em Centro de Treinamento Católico, e admito que deva
parte de minha minúscula formação aos ensinamentos católicos, mas
hoje vou às missas esporadicamente. Entrei para o quadro da Polícia
Rodoviária Federal em 1º de outubro de 1979. Na minha função poli-
cial	respondi	periodicamente	pelo	menor	cargo	de	confiança	aqui	na	
Unidade Operacional de Guaraí-TO, e por pouco tempo. Sempre fui
o Policial que atuei apenas no operacional da PRF. Mas sempre gostei
de	me	manifestar	nas	questões	de	relevância	dessa	Instituição,	porém	
nunca	 fui	 ouvido	 por	 estar	 como	 aquele	 último	 na	 fila	 hierárquica,	
e como tenho dito por lá, acho que na PRF existe certa inversão de
valores que não possibilita o agente ser ouvido. Ainda que licenciado
temporariamente, faço parte da Grande Loja Maçônica do Estado do
Tocantins, tendo ingressado na Loja Mário Bering nº 08, Guaraí – TO
em 1995, na qual fui ao grau de Mestre Maçon.
10              A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !




      2 - A VIOLÊNCIA NO CAMPO
               BRASILEIRO

                   SE CUIDA BRASIL!!!
        Entendo que a VIOLÊNCIA no Brasil é um dos mais com-
plexos	 problemas	 a	 se	 resolver.	A	 origem	 e	 as	 razões	 da	 violência	
envolvem	uma	gama	de	fatores	de	ordem	organizacional	no	sistema	
brasileiro que precisariam ser revistos em nossa Constituição.
       Gostaria de me manifestar quanto a esse assunto, estendendo
ainda o meu ponto de vista a todas as autoridades deste País. Co-
meçando pelo chamado TRABALHO ESCRAVO tão badalado nos
últimos	tempos,	e	principalmente	sobre	a	raiz	da	violência	no	Campo	
Brasileiro.
       Caríssimo leitor, essa matéria ou o seu tema central foi ba-
sicamente escrito em setembro de 2006, pois na época eu pretendia
encaminhá-la a um evento que estaria ocorrendo em Palmas-TO so-
bre o trabalho escravo, mas ao longo do tempo venho inserindo ou
modificando	algum	tópico	para	melhor	complementá-la	ou	adequá-la	
conforme	o	tempo	passa,	ou	obtenho	mais	dados,	e	por	fim		resolvi	  	
torná-la de conhecimento público em forma de livro.
Francisco Ramos Corrêa                             11



               2.1 - Trabalho escravo
        Primeiro faço uma observação: Acredito que o assunto TRA-
BALHO ESCRAVO aqui no Brasil hoje, é algo sensacionalista e não
condiz	com	a	realidade.		Até	porque	são	casos	isolados.		Não	é	uma	
regra, ou uma tendência no País. Entendo que escravidão é outra coi-
sa... Tenho colegas Policiais Rodoviários Federais que participam de
planos	 estratégicos	 e	 operações	 de	 combate	 a	 este	 tipo	 de	 trabalho,	
e penso que é um exagero, por exemplo, considerar-se que somente
porque alguém não tem uma carteira de trabalho assinada, seja classi-
ficado	como	trabalhador	escravo,	pois	muitas	vezes	tais	trabalhadores	
recebem	pelo	que	fazem	até	numa	proporção	maior	do	que	o	salário	
mínimo	 oficial	 do	 Governo	 Federal.	 Exemplo:	 Um	 diarista	 aqui	 em	
nossa Região recebe não menos que 20 reais por dia. (época. Julho de
2007). Tirando os feriados, trabalha mais ou menos 25 dias cada mês.
Mas é apenas ponto de vista. Vamos ao que interessa, porque sei que
esse tipo de trabalho está relacionado ao que segue:
      Primeiramente vamos aos motivos pelos quais no meu pouco
entender houve nas três ou quatro últimas décadas passadas, uma fuga
quase em massa dos trabalhadores do campo para as periferias das
grandes cidades brasileiras.
        Isso ocorreu a meu ver, principalmente com o advento da Cons-
tituição de 88, devido às exageradas ou equivocadas conquistas dos
sindicalistas,	 associações	 e	 políticos	 radicais,	 que	 reduziram	 o	 tem-
po	para	a	aquisição	do	DIREITO	DE	POSSE.	Reduziram	também	os	
prazos	para	que	alguém	tenha	direito	à	USUCAPIÃO.	Leis	e	medidas	
trabalhistas diversas estenderam todos os encargos sociais trabalhistas
que antes eram aplicados somente no trabalho formal urbano, ao tra-
balho no Campo brasileiro.
12             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


       Tal	situação	fez	com	que	houvesse	um	esvaziamento	do	cam-
po, porque quem mantinha alguém em suas propriedades como sim-
ples	agregado	os	mandou	embora.	Muita	gente	vivia	nas	fazendas	sem	
contrato de parcerias e sem vínculo empregatício, (mas ali prestavam
serviços e se auto-sustentavam trabalhando na lavoura sob a ADMI-
NISTRAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DA FAZENDA). É verdade que
não existiam garantias ou vantagens trabalhistas, mas aquele povo
vivia	feliz	e	não	passava	fome.		Embora	a	demografia	do	país	fosse	
menor,	o	campo	era	mais	povoado.	Os	fazendeiros	tiveram	medo	de	
perderem	suas	propriedades	devido	à	redução	dos	prazos	para	Direito	
de Posse e ao Usucapião, também devido não suportarem o peso dos
encargos	trabalhistas,	somados	à	burocracia	para	a	regularização	dos	
trabalhadores no Sistema, se viram ameaçados e mandaram toda essa
gente embora. Esse povo foi para as periferias dos grandes centros ur-
banos brasileiros, sem escolaridade, e sem oportunidades de trabalho
ou opção de vida. Assim sendo partiram para o óbvio; sobreviver às
suas	próprias	custas.		Era	um	povo	sem	escolaridade,	sem	profissão	
nem	trabalho,	e	como	o	crime	dá	lucro	e	quase	sempre	fica	impune,	
muitos partiram para o crime. É o que entendo que houve.
       Atualmente,	 os	 fazendeiros	 que	 necessitam	 de	 um	 núme-
ro	maior	de	trabalhadores,	estão	terceirizando	o	serviço.	Em	vez	de	
contratar várias pessoas, contratam apenas uma pessoa, o chamado
“gato”, que é na verdade um empreiteiro e agenciador informal de
trabalhadores. Todos esses trabalhadores só gostam de se alojar o
mais perto possível do local de trabalho (que é no campo), ou melhor
dizendo,	no	mato!	Explicando	melhor,	é	que	para	se	abrir	uma	área	
no campo, primeiramente tem que se desmatar. Em locais de matas
mais densas esse serviço é quase sempre feito de forma manual ou
com	motos-serra.	Assim	sendo	as	condições	de	trabalho	e	alojamento	
são realmente muito rústicas, porém práticas. É ali que está a maior
parte do verdadeiro trabalho que a mídia o chama de TRABALHO
ESCRAVO.
Francisco Ramos Corrêa                        13
       Então só é feito assim. Eu mesmo quando morava na roça tra-
balhava assim com meus irmãos, o nosso pai e outros companheiros
de	fora,	na	maioria	das	vezes	os	nossos	agregados	é	que	eram	pagos	
para nos ajudar. Esses companheiros de fora, moravam como agrega-
dos	na	nossa	propriedade	ou	nas	propriedades	vizinhas.	Era	só	avisá-
los, administrá-los marcando o dia, a hora, e o serviço era feito.
       Quando	o	trabalhador	não	recebe,	aí	é	outra	história.	Está	erra-
do. Então vamos tomar providências. Neste caso não diria que o em-
pregador	seja	um	escravizador,	mas	sim	um	caloteiro.	Acho	que	não	
são	escravos	porque	fazem	a	única	coisa	que	às	vezes	sabem	fazer,	e	
o	que	querem	fazer.	O	que	eles	não	sabem	mesmo	é	se	autoadminis-
trarem.	Mas	se	receberem	em	proporções,	não	inferior	ao	salário	mí-
nimo	oficial	do	governo	federal,	paciência.	Não	pode	ser	escravidão	
até porque nem sempre é uma situação permanente. É UMA OPÇÃO
DE	TRABALHO	TEMPORÁRIO	QUE	A	PESSOA	FAZ,	PELO	LO-
CAL	E	POR	AQUELE	VALOR.		FOI	ALÍ	QUE	ELE	ENCONTROU	
TRABALHO,	 E	 SE	 FOSSE	TRABALHAR	 PARA	 SÍ	 PRÓPRIO	A	
SITUAÇÃO	 PODERIA	 SER	 PIOR!	 	 É	 MELHOR	 TER	 AQUELE	
TRABALHO	 FAZENDO	 O	 QUE	 SABE	 FAZER,	 DO	 QUE	 NÃO	
TER NADA.
14               A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !




          2.2 - A raiz da violência no
                campo brasileiro
       Pelos	 motivos	 expostos	 acima,	 começaram	 as	 invasões	 da	
coisa alheia, que hoje nada mais é do que “CULTURA DA INVA-
SÃO” no Brasil. Aqui, certamente está A RAIZ DA VIOLÊNCIA,
SEM CONTROLE E SEM PERSPECTIVA DE CONTROLE den-
tro da linhagem da atual política educacional, agrária, trabalhista e
de	segurança	pública	que	temos,	(novembro	de	2007).	Estou	dizendo	
isso porque sou de origem camponesa e trabalho no rol da segurança
pública	já	completando	três	décadas,	em	uma	das	regiões	do	País	que	
mais ocorre esse tipo de situação, e vejo que cada dia a coisa só vai
piorando. Falando-se de VIOLÊNCIA, NUNCA SE PODE DIZER:
HOJE	ESTÁ	MELHOR	QUE	ONTEM!	Então	não	há	mais	controle.	               	
Para reverter essa cruel situação, o País precisa de urgentes mudanças
ORGANIZACIONAIS NO SEU SISTEMA.
        O que vemos hoje são pessoas sem esclarecimentos intitula-
dos de trabalhadores, manipuladas por irresponsáveis inteligentes,
(líderes	 de	 Ong’s	 diversas)	 desafiando	 a	 polícia	 e	 o	 próprio	 Estado	
de Direitos. São invasores invadindo até o Congresso Nacional. O
nosso País caminha para uma situação em que em breve, as Institui-
ções	Policiais	precisariam	pedir	ajuda	do	Ministério	do	Trabalho		no	
sentido de exigir a sua própria segurança no exercício da função. E o
Ministério do Trabalho iria invocar a quem para dar proteção à Polí-
cia? Pergunta-se: como será o comportamento futuro, e o conceito
de direito de propriedade dessa geração de jovens que vivenciam as
invasões	como	se	fossem	algo	legítimo	e	atualmente	considerado	nor-
mal e até banal? Vejam que grande parte desses jovens chega aos as-
sentamentos pela via da invasão que a consideram como uma grande
Francisco Ramos Corrêa                         15
conquista e bravura. É a chamada “LUTA” tão divulgada nos meios
políticos partidários. Isso não é alimentar a violência? Mas é legítimo.
É	coisa	oficial	no	Brasil.	Se	cuida	Brasil!
       Ora,	ninguém	faz	o	que	está	ocorrendo	no	Brasil	sem	um	ideal,	
sem dinheiro e muito menos sem liderança ou orientação. Então tem
algo por trás... Com que objetivo?


       Trecho inserido em 08-03-08.
        “Cenas como as que foram mostradas pelo Jornal Nacional TV
Globo	em	instalações	da	VALE,	em	Açailândia	–	MA	e	no	Rio	de	Ja-
neiro, hoje, 08/03/08, nos preocupa sobremaneira. Chega-se a pensar
que o nosso querido Brasil não é mais o País que queremos morar. O
MST, COM SUAS BANDEIRAS VERMELHAS, INSTITUCIONA-
LIZOU	A	VIOLÊNCIA	NO	PAÍS!	Consigo	arrasta	as	demais	Ongs	
de todos os cantos do País, que se somam nos atos de vandalismo e
violência. Prevalecem-se de um discurso democrático em suas con-
turbadas	ações,	mas	agem	realmente	como	VÂNDALOS	E	MALFEI-
TORES. A violência é sempre divulgada pelos meios de comunicação
nacionais,	 mas	 QUALQUER	 PUNIÇÃO	 NUNCA	 É	 CONHECIDA	
PELA	 NAÇÃO.	 Configura-se	 uma	 tática	 para	 que	 cada	 vez	 mais	 o	
cidadão	de	bem	se	cale,	recue	ou	nunca	reaja.	Será	que	ficam	todos	
impunes mesmo? Chega-se a pensar: Um REGIME DEMOCRÁTI-
CO	PLENO	é	realmente	viável	para	um	país	nas	atuais	condições	do	
Brasil? Ou a democracia só funciona plenamente nos países de pri-
meiro mundo? Sinceramente essa situação nos dá arrepios de medo.
São cenas estarrecedoras, onde vândalos destroem ou se apossam do
que é alheio. Cadê o direito de propriedade? ---- Caro leitor, você ima-
gine:	esse	tipo	de	gente	é	que	fica	nas	margens	das	estradas	brasileiras	
e muitos recebem cestas alimentícias do Governo Federal através do
BOLSA	FAMÍLIA,	INCRA,	FOME	ZERO	etc.		Se	são	assistidos,	ou
16              A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


contemplados	pelos	programas	sociais	(bolsas)	porque	razões	promo-
vem tais atos de vandalismo? Com essa política, ainda que de forma
NÃO INTENCIONAL, na prática é como se o DINHEIRO PÚBLI-
CO	ESTIVESSE	FINANCIANDO	A	VIOLÊNCIA.	São	organizados,	
orientados pelas ONGs das quais muitas recebem dinheiro público
para	se	manterem,	(portanto,	coisa	oficial	ou	juridicamente	legal),	in-
clusive	ONGs	da		IGREJA	CATÓLICA.		Que	país	é	este?	Qual	seria	
o louco que atualmente se arriscaria a investir nesse País, na condição
de desordem que se encontra?
       SUGESTÃO – O Governo Federal tem que cortar toda e qual-
quer	 assistência	 para	 quem	 fizer	 parte	 desse	 tipo	 de	 ação.	 Precisa	
urgentemente	modificar	a	Constituição,	de	modo	a	proibir	terminan-
temente	 que	 qualquer	 cidadão	 que;	 RECONHECIDAMENTE	 fizer	
parte	de	alguma	ONG	OU	QUE	SEJA	FILIADO	A	ALGUM	PARTI-
DO	POLÍTICO,	e	que	venha	a	fazer	parte	direta ou indireta nos mo-
vimentos sociais que resultem em vandalismo, SE CANDIDATEM
a qualquer cargo eletivo no País, pois seriam candidatos ou militantes
que	estariam	concordando	ou	até	incentivando	ações	criminosas,	ti-
rando	 proveito	 de	 tais	 ONGs	 ou	 PARTIDOS,	 para	 se	 beneficiarem	
deixando	em	enorme	desvantagens	os	candidatos	que	não	fazem	parte	
desses movimentos.
        Como	também	não	há	nenhuma	razão	para	quem	está	sendo	as-
sistido ou amparado pela Nação através do DINHEIRO PÚBLICO, se
envolver	com	vandalismo	ou	ações	criminosas,	e	muito	menos	pode	
crescer	 politicamente	 às	 expensas	 do	 dinheiro	 público.	 Essas	 ações	
só existem porque alguém está levando vantagem. Se tiver vantagem,
todos querem e a coisa só vai aumentar!
      Se	 o	 governo	 não	 fizer	 algo	 para	 NEUTRALIZAR	 esse	 tipo	
de ação urgentemente, estará proporcionando incentivo à criação de
novas Ongs e Movimentos Sociais PARA AGIREM CONTRARIA-
Francisco Ramos Corrêa                          17
MENTE; pois uma ação, só se combate com uma ação contrária que
a	neutralize.		E	aqui	fico	a	imaginar:	O	artigo	1.210	do	Código	civil	
brasileiro	diz	o	seguinte:	“O	possuidor	turbado,	(seria	o	mesmo	que	
invadido) poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, con-
tanto que o faça logo; e os atos de defesa ou de esforço, não podem
ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse.” Ora,
se	o	MST	e	demais	Ongs	se	organizam,	dão	treinamentos,	cursos,	etc.	
Parece	que	já	têm	até	Faculdades	para	esse	fim,	e	vejam;	AGINDO	
SEMPRE NA SOMBRA DA DEMOCRACIA. O discurso é sempre
muito democrático. O bandido ignorante é muito perigoso, mas o sa-
bido ou inteligente é muito mais perigoso! Esse quadro social deverá
obrigar	os	fazendeiros,	o	agronegócio	e	por	fim	a	sociedade	de	bem	e	
organizada,	seguirem	o	mesmo	caminho.	Usarem	o	conhecido	discur-
so democrático e agirem para se defenderem. É lei natural de quem
se sente turbado, ameaçado, ou agredido! E não descarto a possibili-
dade de serem criadas ONGs e mais ONGs neste País para combater
as	 ações	 do	 MST.	 Seria	 o	 caso	 de	 criar-se	 por	 exemplo	 uma	 ONG	
com a seguinte sigla: MCI – MOVIMENTO DE COMBATE ÀS IN-
VASÕES, com abrangência nacional, com o objetivo de bloquear as
invasões	 do	 MST.	 Seriam	 ONGs	 legais	 e	 legítimas,	 podendo	 inclu-
sive ser subsidiadas pelos organismos governamentais e receberem
doações	privadas	diversas.	Porque	não,	se	apenas	estariam	seguindo	
o exemplo do MST, e garantidas pela nossa constituição e Código
Civil?
       Os	Estados	do	Sul	do	País	já	iniciaram	ações	nesse	sentido.	Já	
ouve	confronto	entre	organizações	de	fazendeiros	e	o	MST.	Isso ocor-
rendo será a total ausência do Estado de Direito responsável pela
garantia da ordem da Nação. O que poderá ocorrer daí para frete?
Não é esse o País que queremos. Queremos um “Brasil próspero, or-
ganizado, decente e ordeiro.”
       “ Nota do autor: Em 26 de fevereiro de 2009 esse trabalho es-
18             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


tava nas mãos do Professor JOSÉ RODRIGUES COSTA, tendo como
colaboradora	 a	 sua	 filha	 JOQUEBEDE	 RODRIGUES	 MOURÃO,	
procedendo	a	sua	revisão	ortográfica.
       Então, comungando com o nosso pensamento, o Brasil, e por-
que	não	dizer,	boa	parte	do	Mundo	assistiu	estarrecido	o	noticiário	da	
Rede Globo de Televisão, Programas Bom Dia Brasil e Jornal Nacio-
nal, onde na calada da noite, enquanto o povo brasileiro brincava o
carnaval/2009	o	MST	também	fazia	o	seu	carnaval	de	invasões	pelo	
País a fora, principalmente em São Paulo. Na oportunidade o Ex-
celentíssimo Dr. Gilmar Mendes, então Ministro do Supremo Tribu-
nal Federal brasileiro, falara que o repasse de dinheiro público para
o	MST	caracterizava	que	a	sociedade	brasileira	estava	financiando	a	
violência!
       No mesmo sentido, o respeitável jornalista Alexandre Garcia
ao comentar os fatos idênticos, onde mais uma invasão havia ocor-
rida em Xinguara –PA, dissera no Bom dia Brasil do dia 02/03/2009,
que	o	MST	não	respeita	a	Lei	e	se	antecipa	onde	bem	entende,	fazen-
do justiça com as próprias mãos.... Isso tudo me deixa convicto de
que	ainda	que	um	pouco	atrasado,	esse	humilde		trabalho	não	ficará	 	
em vão!”.
       Não concordamos que aqui no Brasil, o trabalhador do campo
seja enquadrado na Lei trabalhista, nos mesmos requisitos que os tra-
balhadores formais urbanos.
      Mas caríssimas autoridades brasileiras, como não se pode fa-
zer	uma	crítica	sem	pelo	menos	apontar	uma	opção	de	solução,	que-
remos dar a nossa sugestão e com a convicção de que o Sistema go-
vernamental	brasileiro	vai	ter	que	fazer	algo	semelhante	ao	que	esta-
mos sugerindo adiante, sob pena de em breve, vermos no Brasil uma
REVOLUÇÃO INTERNA! (ISTO É, DE FORMA DECLARADA
E	RECONHECIDA,	PORQUE	DE	FATO,	MAS	DE	FORMA	ABA-
FADA JÁ EXISTE HÁ MUITO TEMPO). PRESTEM ATENÇÃO.
Francisco Ramos Corrêa                            19
O efeito psicológico social em geral, principalmente para as partes
envolvidas,	 (polícia	 e	 traficantes	 e/ou	 criminosos	 e	 seus	 familiares)	
nas	operações	de	combate	ao	crime	organizado	no	Rio	e	São	Paulo	
não	fazem	nenhuma	diferença	dos	mesmos	efeitos	sofridos	pelas	par-
tes	 envolvidas,	 por	 exemplo,	 na	 recente	 Guerra	 deflagrada	 entre	 os	
Estados	Unidos	e	o	Iraque.	E	quanto	às	baixas	nas	duas	comparações	
também	não	faz	muita	diferença.	A	diferença	está	apenas	nas	origens	
dos	conflitos	dos	dois	exemplos.



    2.3 - Os direitos trabalhistas rurais
        precisam ser flexibilizados
        O governo federal precisa REVER URGENTEMENTE A LEI
TRABALHISTA DE FORMA DIFERENCIADA para o campo, de
maneira a garantir tão somente o seguro desemprego e as aposenta-
dorias aos trabalhadores rurais. Nada mais. Tem que mudar requisitos
da	Constituição,	aumentando	o	prazo	para	O	DIRIETO	DE	POSSE	
E PARA A USUCAPIÃO, quando envolver terrenos rurais, mesmo
para	 fins	 da	 agricultura	 familiar.	 	 Tem	 que	 transferir	 urgentemente	
para os Estados TODA A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. Porque
o INCRA, SE OS ESTADOS PODEM E TÊM MAIS ESTRUTURA
PARA FAZER ESSE TRABALHO? Sabemos que no passado os Es-
tados abusavam da distribuição de terras, mas hoje a situação é outra.
Para tanto existe aí o Ministério Público federal e estadual como guar-
diões	da	Lei	e	da	sociedade,	não	se	justificando	mais	somente	o	go-
verno federal através do INCRA distribuir terras. Não estaria a União
interferindo na a u t o n o m i a dos seus Estados, deixando somente
o INCRA com essa responsabilidade? Cada Unidade da Federação
não possui os seus respectivos Institutos de Terras? Essas medidas
com	 certeza	 fariam	 diminuir	 	 a	 violência	 no	 Campo.	Tranquilizaria	
o	empregador	rural.			Resumindo:	Três	coisas	estão	aterrorizando	o
20               A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


homem do campo no Brasil: Primeiro a inércia do Sistema Fundiário.
Temos	propriedades	esperando	regularização	há	mais	de	40	anos.	Se-
gunda coisa: O peso do braço da Lei trabalhista. E terceiro, as inva-
sões	promovidas	pelas	Ongs	diversas.		É	só	mexer	nesses	três	pontos	
e o campo vai se encher de gente. Se a iniciativa privada do agrone-
gócio absorver este pessoal, vai DESAFOGAR O GOVERNO, e em
pouco tempo não será mais necessário manter os programas sociais
de	combate	à	fome	e	à	miséria.		A	política	fundiária	ficando	somente	
na	alçada	do	governo	federal	caracteriza	ser	o	seu	maior	aliado	elei-
toral.	Queiramos	ou	não	é	sim	um	ilícito	eleitoral.	A	União	abraçou	
a	 responsabilidade	 de	 distribuição	 e	 regularização	 de	 terras	 para	 sí,	
o que é inviável ou quase impossível de resolver o problema, pois
NÃO	POSSUI	ESTRUTURA	FÍSICA	NEM	FINANCEIRA	para	re-
solver	o	problema	sozinha.		Hoje,	no	Brasil	temos	um	só	Ministro	de	
Desenvolvimento Agrário, um só Presidente do INCRA. O governo
precisa	REPASSAR	A	RESPONSABILIDADE	de	Regularizar	Terras	
para os seus respectivos Estados, pois estes conhecem mais de perto
as suas peculiaridades, desta forma o país terá em cada Estado, uma
cabeça	pensante	com	toda	uma	estrutura	física	e	financeira.		E	quanto	
à violência?
        Com a atual política fundiária, o Governo Federal está possibi-
litando	que	as	ações	do	MST	aconteçam	de	forma	unificada	nacional-
mente.	Ou	seja,	Ações	desencadeadas	em	uma	determinada	Unidade	
da Federação se somam a militantes dos demais Estados e dá no que
estamos	vendo.	INSTITUÍRAM	UM	MONSTRO	SEM	CONTROLE,	
A VIOLÊNCIA NO CAMPO, que se soma à violência urbana em todo
o País. Distribuindo-se estas responsabilidades, iremos enfraquecer as
ações	do	MST	e	demais	Ongs	a	nível	Nacional,	porque	em	vez	de	eles	
pressionarem somente o Presidente da República, voltarão suas aten-
ções	para	cada	governador	de	Estado.	Consequentemente	a	violência	
em geral diminuirá.
Francisco Ramos Corrêa                        21



           2.4 - Reforma Agrária e
            Direito de Propriedade
        As	invasões	e	ações	de	protestos	no	campo	estão	hoje	em	par-
te, ligadas à Reforma Agrária. Mas não é somente por isso. Com as
medidas apontadas acima, entendemos que se não acabar, diminuirão.
Reinará	a	paz	no	campo	e	desafoga	os	centros	urbanos,	e	o	direito	de	
propriedade	não	ficará	ameaçado	como	está.
        Falando-se do direito de propriedade, aqui abro um parênte-
se, para comentar um aspecto no mínimo curioso. Vejamos: Todo e
qualquer funcionário público; isto, do Federal ao Municipal, é impe-
dido por lei Federal a receber terras públicas, porque segundo a Lei,
eles	têm	dedicação	exclusiva	à	função	pública	e	já	estão	beneficiados	
pelo Estado, inclusive depois de aposentados, que não teria o menor
sentido, pois neste caso a pessoa não tem mais a obrigação pela de-
dicação exclusiva ao serviço, não havendo mais nada que o impeça
administrar o que possui, tenha o seu patrimônio a origem que tiver.
Neste caso o argumento seria somente o amparo do sistema Estatal.
Correto. Estão amparados, porém essa conquista muito raramente
vem pela via da ajuda do estado, mas sim dos esforços de cada um.
Porque então todos os contemplados dos programas sociais Federais,
cujo mérito é exclusivo do estado, os quais são na verdade uma es-
pécie	de	VITALÍCIOS	FEDERAIS,	portanto	também	amparados	pelo	
governo, podem receber terras públicas enquanto amparados? Vamos
ilustrar uma situação de discriminação realmente existente no nos-
so País. O cidadão foi inserido no programa do INCRA para receber
uma terra em Assentamento. Recebeu a terra, mas sem o documento
definitivo,	pois	este	só	é	entregue	após	cumprir	a	carência,	a	chamada	
Cláusula	Resolutiva.	Antes	de	receber	o	documento	definitivo,	com	o
22              A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


passar do tempo, adquiriu a condição de funcionário público (seria o
caso do professor lá nos assentamentos do INCRA). Aí estará impe-
dido	de	ficar	com	a	sua	terra.	Estamos	falando	de	situações	existentes	
da	qual	temos	conhecimento.	Isso	não	caracteriza	uma	discriminação	
ou	penalização	ao	funcionário	público?
        Falamos	no	parágrafo	anterior	que	as	invasões	estão	em	parte	
ligadas à reforma agrária, mas que não eram somente por isso. Cita-
mos em parte, porque está claro que o objetivo não é somente a busca
da tão falada transferência de bens e renda. É BRIGA PELO PODER
ESTATAL. O discurso é a distribuição ou transferência de renda. É
que A TERRA CUMPRA A SUA FUNÇÃO SOCIAL. O objetivo é
realmente outro. É político. E é aí onde está o perigo dessa coisa para
o	nosso	País,	caracterizando	um	enorme	desequilíbrio	eleitoral	onde	
usam a terra como trampolim para chegarem ao poder Estatal.
       Quem	 possui	 terras	 com	 áreas	 maiores	 hoje	 neste	 país	 está	
com	 o	 coração	 na	 mão,	 temendo	 invasões	 a	 qualquer	 momento,	 ou	
mesmo	a	visita	do	Ministério	do	Trabalho	que	muitas	vezes	revolta,	
desestimula,	ou	até	inviabiliza	o	camponês	a	continuar	a	sua	ativida-
de. Não só terras, mas também outros bens do cidadão ou do Estado,
principalmente os imóveis. Aliás, não há mais qualquer critério ou
alvo	para	as	invasões.	Há	muito	tempo,	GRUPOS	ORGANIZADOS	
DENOMINADOS SEM... SÃO OS SEM TUDO..., estão atacando
caminhões	carregados	seja	lá	do	que	for,	e	saqueando	as	mercadorias	
nas rodovias, depredando o bem ou a carga, dando demonstração clara
de que a luta não é mais somente para sobreviver...
        Percebe-se que o importante para esses malfeitores é DESA-
FIAR	 O	 SISTEMA	 ESTATAL!	 	 SÃO	 AQUELES	 DO	 QUANTO	
PIOR MELHOR. Hoje no Brasil para se investir no Campo tem que
pensar	duas	vezes,	porque	o	MST	invade	a	coisa	alheia	sem	nenhum	
critério. Acha que está acima da Lei de todos.
Francisco Ramos Corrêa                      23
      Enquanto o resto do mundo não mais tolera esse tipo de com-
portamento, isso ocorre a passos largos no Brasil.
                 Com as medidas sugeridas acima, com um só
                 ato, o governo estaria transferindo milhões de
                 trabalhadores urbanos para a iniciativa priva-
                 da no Campo, e os fixando na terra.




       2.5 - Responsabilidade social
               e educacão
        O governo federal está com um fardo muitíssimo pesado nas
costas,	querendo	carregar	toda	a	carência	social	sozinho,	como	se	o	
povo	brasileiro	fosse	propriedade	sua,	e	que	deles	faz	o	que	bem	qui-
ser.		Ora,	são	milhões	de	pessoas	com	baixa	escolaridade,	altamente	
carentes, (realmente presentes em nossa sociedade) que se encaixaria
muito bem na agricultura por ser ainda um mercado de trabalho me-
nos	exigente	na	qualificação	da	mão	de	obra.		Porque	não	proporcio-
nar isso ao País?
        Da forma que está, achamos que vai chegar um momento
que a “COISA PODERÁ ESTOURAR!” Para evitar esta conse-
quência o governo precisa DE IMEDIATO, DIVIDIR RESPON-
SABILIDADES. DEPOIS INVESTIR TUDO QUE PUDER NA
EDUCAÇÃO	como	já	falamos	várias	vezes.		É	claro	que	a	solução	
pela	via	da	educação	será	a	longo	prazo.	A	menor	prazo	será	a	dis-
tribuição de responsabilidades administrativas. A solução do país é
CONSTITUCIONAL, e está no campo e na educação.
24             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


       Trecho inserido em 23/10/2008.
       Matéria	que	foi	ao	ar	pela	TV	Globo	Jornal	Nacional:	confir-
mando o que dissemos acima, a TV Globo informa que uma recente e
confiável	pesquisa,	mostrou	que	77%	da	população	brasileira	é	urba-
na,	e	que	29%	deste	total	vive	nas	favelas	ou	periferias.	Sobram	então	
apenas	23%	para	o	campo.	“Se	somarmos	todas	as	áreas	urbanas	dos	
5.564 municípios brasileiros e diminuirmos dos 8.511.000 quilôme-
tros quadrados que tem o Brasil, veremos que o nosso campo está
realmente despovoado, e que a população favelada é muito grande.”
        Antes, não tão distantes propriedades rurais mantinham vários
agregados ou empregados. Atualmente quase não tem mais gente nas
fazendas,	exceto	os	assentamentos	do	INCRA	que	ainda	representa	um	
quantitativo muito pequeno em comparação com população do País. E
pior, NÃO TEM COMANDO. NÃO HÁ ADMINISTRADOR PARA
ESSE PESSOAL NOS ASSENTAMENTOS. Ficam à mercê de um
presidente de associação ou sindicato. Esses na verdade só servem de
ligação entre os assentados, os políticos, o INCRA e os bancos, anga-
riando	vantagens	financeiras	ou	políticas	para	si	ou	seus	apaniguados.	
Quase	todos	esses	líderes	viram	políticos,	tornando	esses	assentamen-
tos	em	verdadeiros	CURRAIS	ELEITORAIS	FECHADOS.	Quando	
não são candidatos, são cabos eleitorais. Em muitos casos tais assen-
tamentos são uma verdadeira FAVELIZAÇÃO RURAL. Ali proli-
fera a droga, todo tipo de violência e algo muito grave que é o des-
respeito	à	natureza.		Onde	existem	assentamentos	não	há	mais	peixe,	
nem caça, nem madeira. Outro aspecto que é importante observar-se.
Grande parte deles, (por não serem realmente pessoas do campo) não
se	fixa	por	lá.		Eles	são	uma	espécie	de	lançadeiras	de	tear.	Vão	e	vol-
tam, vão e voltam. Existem lotes de determinados assentamentos que
já passaram por inúmeras mãos.
       Enquanto as grandes cidades brasileiras estão com sua demo-
Francisco Ramos Corrêa                           25
grafia	inchada,	o	campo	está	vazio,	porque	os	fazendeiros	não	se	ar-
riscam a deixar consigo gente privilegiada com mecanismos legais,
que	 faculta	 tomar	 a	 propriedade	 de	 alguém,	 ou	 inviabiliza	 o	 lucro.	
                                                                            	
Ninguém se arrisca a jogar o que tem fora. Com a atual política de re-
forma agrária, tipo “conta gotas” (esta comparação se deve ao obser-
var a procura em relação à oferta no INCRA) como a que está sendo
praticada pelo INCRA, NÃO SE POVOA o campo brasileiro princi-
palmente com justo equilíbrio. As medidas federais têm que ser de
forma	que	com	um	ato	só,	atinja	a	todos	de	uma	só	vez,	onde	a	popu-
lação	escolhe	a	sua	opção	de	ir	para	o	campo	de	forma	generalizada,	
sem nenhuma espera imposta pelo sistema agrário, com garantias de
permanência para quem optar pelo campo, e garantias também de que
o proprietário (empregador) que vier absorver esse pessoal não corre
risco de perder o que possui. Daí para frente o papel do Estado, seria
dar educação, saúde e infra-estrutura, crédito, incentivos na agricultu-
ra,	pecuária;	em	fim,	ao	agronegócio	em	geral.		
        A	atual	política	do	INCRA	limita	as	áreas	a	serem	Regulariza-
das	em	áreas	pequenas.	Quando	por	pressão	da	política	agrícola	e	da	
sociedade	camponesa,	aumenta	o	tamanho	das	áreas	para	regulariza-
ção,	fica	só	no	papel.	O	governo	só	prioriza	os	assentamentos	ou	as	
menores áreas. A coisa existe na Lei, mas não existe de fato. O país
fica	 sempre	 amarrado,	 porque	 quanto	 mais	 o	 governo	 assenta	 gen-
te, mais os agenciadores arranjam gente para inserir nos programas
de	assentamentos,	ficando	sempre	as	áreas	maiores	para	trás.	Procure	
saber, caro leitor, se hoje, outubro de 2008 não existe mais gente na
listagem para serem assentados do que outubro do ano passado.
       Não seria melhor o governo liberar INCONDICIONALMEN-
TE o tamanho das áreas e incentivar o cidadão camponês com pro-
gramas	viáveis,	que	possibilite	os	menos	favorecidos	a	se	fixarem	no	
campo como agregados, comodatários, arrendatários ou outra moda-
lidade nas propriedades rurais com créditos para trabalharem? Não
26             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


seria	mais	fácil,	mais	prático	e	menos	oneroso	para	o	País,	em	vez	de	
só	o	INCRA	Regularizar	e/ou	assentar	colonos;	cada	Unidade	de	Fe-
deração	fazer	essa	função	e	resolver	bem	mais	rápido	a	sua	respectiva	
situação agrária de acordo com a peculiaridade local?
       Em que consiste cada Unidade da Federação? Um Estado,
subdivisão administrativa da Federação. Em tese estes são AUTÔ-
NOMOS. Têm o seu Governador, a sua Constituição a sua estrutura
organizacional,	mas	na	prática	são	parcialmente	autônomos.		Porque	
não assumirem autonomia total e administrarem suas respectivas Ter-
ras	em	seus	perímetros	geográficos?		Se	liga	Brasil!




        2.6 - Política Partidária e os
               Bolsas Federais
        Já imaginaram no momento em que o governo federal não pu-
der	mais	dar	comida	de	graça	para	os	milhões	de	carentes	que	estão	
recebendo hoje os benefícios advindos dos atuais programas sociais
de transferência de Renda? Entendemos que esse problema se agra-
vou após a INSTITUIÇÃO DA REELEIÇÃO No Brasil. Cada Presi-
dente da República que se elege vem com mais medidas populistas,
instituindo mais programas tipo os bolsas, com o objetivo de se reele-
gerem ou garantir a sucessão.
       Primeiro foi o chamado BPC – Benefício de Prestação Conti-
nuada.		Parece-nos	que	ele	atende	hoje	mais	ou	menos	quatro	milhões	
de	pessoas.	Não	teve	um	criador	específico,	neste	caso	tratou-se	de	um	
interesse social nacional. Foi criado pela constituição de 88, ou seja,
pelo país através da Constituinte. Tem vinte anos de criação e ainda
é pequeno. Em 2004, foi criado pelo sistema de governo federal, o
Bolsa Família. Essa é na verdade um situação diferente, pois trata-se
Francisco Ramos Corrêa                          27
de uma coisa partidário e não de interesse nacional. Tem atualmente,
em	dezembro	de	2008,	pouco	mais	de	quatro	anos	de	criação	e	já	tem	
mais	 de	 quarenta	 milhões	 de	 pessoas	 beneficiadas.	 É	 muito	 recente	
para já estar com esse volume de pessoas. Esse programa é uma via-
gem	sem	volta	que	o	País	fez.	Ninguém	hoje	pode	se	lançar	candida-
to a Presidente da República no Brasil com um discurso de que vai
mudar a política social e que esses programas serão substituídos por
outra coisa, pois estaria fatalmente fora da competição. Mas será que
esse	é	o	único	caminho	para	se	fazer	justiça	social,	ou	é	o	mais	fácil?	
--- É realmente bem cômodo. É só tirar de quem trabalha e distribuir
para	quem	não	trabalha.		---	Não	podemos	afirmar	se	por	isso,	mas	a	
verdade	é	que	temos	no	Brasil	uma	carga	tributária,	talvez	a	mais	cara	
do Globo Terrestre!
       Não se estaria no Brasil praticando um ilícito eleitoral ao dar
de graça benefícios e mais benefícios? A não ser que esses bolsistas
NÃO VOTASSEM, o que iria de encontro à nossa Constituição que
exceto	algumas	insignificantes	restrições,	garante	o	direito	de	todos	
votarem e serem votados. Se o Supremo Tribunal Eleitoral brasileiro
proibisse os bolsistas federais votarem, seria bem provável que ne-
nhum político falasse em fome no Brasil....
         Entendemos que culturalmente a Nação Brasileira não está
preparada para entender o que seja democracia plena, nem o que são
direitos	e	deveres	governamentais,	quando	dos	127,4	milhões	de	elei-
tores que temos, mais da metade sabem apenas ler e escrever ou não
concluiu o 1º grau (fonte – Jornal do Tocantins, edição de 20/01/2008,
fl.	3,	(Dora	Kramer).	Pergunta-se:	Quem	não	tem	discernimento,	tem	
capacidade de correta escolha em processo eleitoral? Vejamos que
dentro dessa parte menos esclarecida de nossa população é onde estão
todos os Bolsistas Federais e a grande maioria FILIADOS A PARTI-
DOS	POLÍTICOS,	PERTENCENTES	À	ANTIGA	ESQUEDA,	QUE	
HOJE	JÁ	TORNOU-SE	POLLÍTICA	DE	DIREITA.	Isto	demonstra
28             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


a grande facilidade de manobra ou manipulação do nosso povo pelos
políticos. Acorda Brasil! Existem sim, formas de políticas públicas
mais	eficientes	e	mais	justas	para	todos!
       Nós temos no Brasil uma Lei eleitoral que pune severamente
a questão da compra de votos. Parabéns! Deve ser realmente coibi-
da essa lamentável prática, principalmente porque um candidato não
sabe quanto o seu adversário tem no bolso, todavia pergunta-se:
        Do ponto de vista prático e objetivo quanto ao sistema eleito-
ral,	que	diferença	faz	as	cestas	básicas	oficiais	dos	atuais	programas	
assistenciais do governo federal e aquelas que os candidatos oferecem
aos	seus	submissos	eleitores	por	ocasião	das	eleições?	(As	cestas	con-
sideradas crimes eleitorais) Por acaso os criadores dos programas bol-
sas	NÃO	SOBEM	E	DISCURSAM	NOS	PALANQUES	DOS	SEUS	
PREFERIDOS CANDIDATOS, isso compreendidos aí do vereador
ao Presidente da República? Não foram, não são, ou não serão bene-
ficiados	por	isso?	Não	distribuem	bolsas	nas	vésperas	das	eleições?	
Não serão candidatos em alguma época? Porque somente o governo
federal COM O DINHEIRO PÚBLICO, o que é mais grave; pode dis-
tribuir	benefícios	em	vésperas	de	eleições?		Quando	em	alguma	época	
tornarem-se	candidatos	não	serão	beneficiados	por	isso?	Aquele	que	
recebe	um	benefício	não	ficará	eternamente	grato?		Qual	é	a	única	for-
ma de pagamento que esses pobres coitados têm para oferecer como
pagamento?
       Agradecidos	e	sem	discernimento	suficiente,	eles	querem	retri-
buir achando que o governo é bom porque está lhes dando as coisas,
e então, pagam com o voto! Aí, se não for compra é aliciamento, pode
ser troca, submissão etc. A consequência ou o resultado não seriam
diferentes; o voto na urna!	Políticas	públicas	nestas	condições	eviden-
ciam o que verdadeiramente pode se chamar de eleitores CATIVOS
OU DE CABRESTO!
Francisco Ramos Corrêa                        29
       ---	Já	dizia	o	saudoso	Luiz	Gonzaga:	“Dar	esmola	a	um	homem	
são é viciar o cidadão.” Como será o futuro do Brasil com essa ava-
lanche de cidadãos viciados a tudo receber de graça, principalmente
a	classe	jovem?		E	o	pior,	são	organizados	social,	político	e	financei-
ramente através de ONGS, para forçar o governo a lhes darem mais e
mais. É aquela história, tudo que vier é lucro, e se não der..., já sabe!
         Há outro aspecto interessante que se observa com essa prática
de política e que vale ressaltar: A quantidade de pessoas que são in-
cluídas nos programas sociais, os bolsas, é muito maior do que as que
saem. Pelo menos aqui na nossa Região, (Região Norte) são poucos os
que	deixam	de	fazer	parte	desses	programas	por	ter	conquistado	prin-
cipalmente através do governo, uma situação privilegiada que dispen-
se	o	tal	benefício.	ELES	PRATICAMENTE	SÓ	ENTRAM	E	NUNCA	
SAEM DOS BOLSAS. O que os fariam sair dos programas sociais?
Significativa	melhora	financeira	proporcionada	pelo	Estado,	ou	pela	
iniciativa privada, ou escolaridade à altura de poder competir no mer-
cado de trabalho. Sabemos que a alternativa por meio da educação só
poderia	ocorrer	a	longo	prazo.	Daqui	a	no	mínimo	vinte	anos.	Seria	
coisa	para	os	filhos	dos	atuais	bolsistas,	porque	eles	próprios	não	estu-
dam	mais	e	não	conseguem	significantes	melhora	financeira	por	si	só,	
que dispense o benefício. O que se observa na atualidade é que ainda
que	melhorem	de	condições	financeiras,	eles	permanecem.	São uma
espécie de vitalícios Federais. Então está claro que o objetivo não é
somente tirar os milhares de carentes e INESCLARECIDOS do Caos
da Necessidade Humana. O discurso é uma coisa, mas a realidade é
outra coisa. ACORDA BRASIL!...
       O sistema trabalhista brasileiro está impondo na marra, que o
agronegócio	se	responsabilize	a	carregar	esse	pesado	fardo,	que	é	a	
equiparação dos encargos trabalhistas formais urbanos, com o traba-
lho no campo. É uma espécie de ROLO COMPRESSOR do governo
federal agindo no campo, com o Ministério do Trabalho, Ministério
30             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


Público, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal integrados ainda
com os organismos Estaduais, com um discurso de que estão comba-
tendo	o	tal	“TRABALHO	ESCRAVO.”	Quem	mais	sofre	com	isso?	
O empregador rural e o próprio trabalhador que ainda não conseguiu
se encaixar nos Programas Sociais Federais, porque aquele que é re-
almente trabalhador se é vítima do mau empregador, é uma potencial
vítima do próprio sistema brasileiro, porque ainda que com uma car-
teira	de	trabalho	assinada,	quando	ocorre	essa	repressão	aí	sim	ele	fica	
realmente	desempregado.	Primeiro	porque	fica	mal	visto	pelo	empre-
gador que vai informando para os demais sobre o chamado “dedo
duro”. Aquele que denuncia. Aí, aquele não consegue mais trabalho
na Região. Nem pouco nem muito! (Caro leitor, não existe nada pior
para um cidadão, do que uma má informação que lhe desfavoreça.
Como também, ao contrário, nada melhor que uma boa informação!)
Qual	o	destino	dele?		Resta-lhe	alojar-se	às	margens	das	rodovias	ma-
nipuladas por um espertalhão chefe de grupos, geralmente aquele que
está sempre denunciando ou incentivando as denúncias trabalhistas,
com	o	objetivo	de	trazer	mais	gente	para	o	seu	grupo	ou	associação.	    	
Quem	passa	a	ser	o	maior	ganhador	nessa	questão,	o	cidadão	indivi-
dualmente ou os políticos que pretendem se perpetuarem no poder?
Acorda Brasil, acorda povo brasileiro! Você é o vilão dessa jogada e
não percebe quem é o ganhador?
       Porque igualar direitos, se no Campo o cidadão não paga:
ALUGUEL, IPTU, AGUA, ESCOLAS PARA FILHOS, E ATÉ A
LUZ quando existe é paga pelo patrão? No bojo da legislação tra-
balhista estão inseridos benefícios para os trabalhadores, que nem o
próprio empregador rural tem para si ou para a sua família. Exemplo:
banheiro	com	água	quente.	Na	maioria	das	fazendas	de	nossa	Região	
(centro do Tocantins) nem a energia elétrica existe.
      Se continuar assim, nós brasileiros poderemos ter uma grande
fome	no	Brasil.	Quando?	Não	sabemos,	mas	achamos	que	caminha-
Francisco Ramos Corrêa                       31
mos para essa situação. Porque se prevê isso? Ora, o pequeno agricul-
tor	não	se	garante.	O	que	ele	produz	não	excede	a	sua	alimentação,	e	
às	vezes	não	dá.	E	as	outras	necessidades?		---	Quem	abastece	o	País	
atualmente	é	a	lavoura	comercial	industrializada.	E	quando	a	lavoura	
comercial	parar	de	produzir	por	tornar-se	inviável,	o	que	pode	aconte-
cer? Observa-se que grande parte das terras que eram plantadas aqui
em nossa região já estão simplesmente abandonadas e pior; devastadas
porque	foram	desmatadas	e	não	se	recuperam	sem	reflorestamento.
        A	fome	generalizada	é	uma	coisa	plenamente	possível	de	acon-
tecer porque estão invadindo e saqueando áreas plantadas e produti-
vas aleatoriamente. Isso é revoltante e altamente desestimulante para
alguém investir! Pouco ou quase nunca sofrem uma punição. Se exis-
te	punições	o	País	não	conhece.	Mas	quando	há	uma	reação	por	parte	
das	vítimas	das	invasões	é	um	Deus	nos	acuda.	O	mundo	inteiro	toma	
conhecimento através da mídia e dos DIREITOS HUMANOS. Direi-
tos humanos devem ser praticados dessa forma mesmo?
        Sabemos que o País tem dados estatísticos quanto à real situ-
ação da nossa agricultura (pois só se ouve boas notícias as quais con-
trariam esse nosso pensamento) mas mesmo assim vamos ilustrar uma
situação	para		se	ter	maior	clareza	com	exemplos	dos	mais	simples	
possível:	Para	se	colher	um	saco	de	arroz	(em	casca)	hoje,	estamos	
gastando no mínimo 50 ou 60 reais. (situação de maio de 2006 no To-
cantins) Nesta mesma proporção estão os demais gêneros, milho, soja
etc. Na época da colheita ninguém os vende por mais da metade do
custo de produção. A questão da carne também não é muito diferente.
Isso é o que se constata na prática do mercado. Não tem meio termo.
É real.
       Conheço caso que o agricultor plantou e não colheu porque
não	compensava.	(Faz.	Cajá,	Município	de	Guaraí-TO.	Informação	in	
loco.) Ofereceu para alguém colher e levar tudo para si, mas ninguém
32              A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


quis colher, alegando que não compensaria. Ora, um diarista custa 25
reais	(novembro	de	2006).	O	fardo	com	5	quilos	de	arroz	limpo	custa	
até menos de cinco reais nas prateleiras dos supermercados. O feijão
e a carne idem. Tem mais os bolsas. Para que trabalhar? Claro que
essa não pode ser a regra nem a tendência nacional, mas o fato é que
existe esse tipo de situação. Conheço fatos, que o empregado NÃO
QUER	TER	A	CARTEIRA	DE	TRABALHO	–	CTPS,	ASSINADA	
PORQUE	RECEBE	UMA	BOLSA.	Se	tiver	carteira	assinada	perde	a	
bolsa	que	é	mais	cômoda.		Será	que	o	governo	vai	se	responsabilizar,	
começando	com	os	pais,	amanhã	com	os	filhos,	e	por	fim	cuidando	
de toda a descendência que vier? Aqui arriscamos uma previsão: É
provável que essa situação perdure somente até a próxima eleição pre-
sidencial que deverá ser em 2010.
       Senhores	 governantes	 e	 legisladores:	 Quem	 tem	 visão	 e	 tem	
realmente interesse de possuir terra neste País, TEM TERRAS. PARA
QUEM	 NÃO	 SABE	 SE	AUTO	ADMINISTRAR,	 NÃO	ADIANTA	
DAR TERRA. Mas a política agrária contemporânea acha que todos
que procuram ou que são agenciados para tanto, devem receber terras
do INCRA. Não se conhece uma política com critérios de seleção
para alguém receber terras. A única imposição é não ter terras em seu
nome. O resto é por ordem de chegada nos acampamentos de espera
nas margens das Rodovias, pois dessa forma chamam mais as aten-
ções	da	mídia,	reforçam	e	fundamentam	tal	política,	que	no	final	de-
ságua	com	milhões	de	votos	nas	campanhas	eleitorais,	principalmente	
as de Presidentes da República.
       Respeitáveis autoridades, vamos dar educação em primeiro lu-
gar, mas vamos proporcionar emprego acompanhado de orientação
técnica,	que	garanta	equilibro	financeiro	e	o	auto-	sustento	do	cida-
dão.	Para	tanto	e	a	menor	prazo,	só	vemos	como	saída	que	resolva	ou	
amenize	 este	 crítico	 quadro	 social	 se	 o	 governo	 der	 condições	 (por	
atacado, Isto é, com um só ato como foi sugerido ao longo desta maté-
Francisco Ramos Corrêa                           33
ria) para a iniciativa privada no campo brasileiro ajudar no RESGATE
DO TRABALHO E EMPREGO.
        Não	podemos	fazer	neste	País	a	CULTURA	DO	“TUDO	DAR	
DE GRAÇA”! É Constitucional: A coisa pública não pode ser de gra-
ça para ninguém. Será que o governo brasileiro pensa em reaver em
dinheiro	os	financiamentos	e	incentivos		gasto	pelo	INCRA	com	os	
assentados? Está na Lei, que existe uma carência para os assentados
começarem a pagar. Só que ninguém paga! Se alguns estão pagando
é com o objetivo de pegar mais dinheiro. Isto é; REFORMAR O SEU
FINANCIAMENTO AMPLIANDO-O PARA MAIOR VALOR. A
própria	 Constituição	 reza:	 “A	 pequena	 propriedade	 rural,	 assim	 de-
finida	 em	 Lei	 desde	 que	 trabalhada	 pela	 família	 não	 será	 objeto	 de	
penhora para pagamento de dívidas”... O governo está assentando
gente em latifúndios? Não, todos estão sendo assentados em peque-
nas propriedades. Então jamais irá receber. Não pagarão, até porque
não	conseguirão	condições	financeiras	para	tanto	por	si	só.	Pergun-
tamos: Por quanto tempo o País suportará tamanha responsabilidade
financeira?	Como	já	dissemos,	estamos	repetindo;	percebe-se	que	nos	
últimos	anos	o	INCRA	só	prioriza	os	assentamentos	e	pequenas	áreas	
para	serem	regularizadas.	Transparece	então,	haver	um	consenso	para	
um	 alinhamento	 apenas	 de	 pequenas	 ou	 mini	 propriedades,	 ficando	
evidente uma política ante-progressista. Com que objetivo? Se o cam-
po	brasileiro	proporcionasse	condições	de	empregar,	jamais	teríamos	
essa	caótica	situação	de	violência	e	miséria	no	País.	E	como	ficará	a	
aposentadoria futura desse povo que não são empregados, não contri-
buem com nenhuma previdência, e que tudo recebem de graça?
       Enquanto o governo der, eles entendem que têm direito a rece-
ber tudo de graça para o resto de suas vidas. Desta forma poderá ser
entendido	como	se	o	próprio	sistema	organizacional	brasileiro	esteja	
incentivando a vadiagem, que é uma contravenção penal prevista no
código penal brasileiro, e que daria cadeia se fosse levada a sério.
34             A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil !


Não	queremos	generalizar,	mas	a	grande	maioria	dos	chamados	SEM	
TERRAS	 que	 fica	 aglomerada	 nas	 margens	 de	 nossas	 rodovias	 são	
verdadeiros JOGUETES MANIPULADOS POR ESPERTALHÕES.
Muitos	têm	casas,	carros,	profissão,	e,	portanto	teriam	serviços,	po-
dendo viver por conta própria. Mas reconhecemos que outros são re-
almente carentes. Temos que separar o joio do trigo.
       As	invasões	são	um	constante	ciclo:	INVASÕES	ASSENTA-
MENTOS, INVASÕES ASSENTAMENTOS. Isso passa de geração
para	geração.	Os	pais	invadem,	os	filhos	invadem	e	deu	no	que	esta-
mos vendo. Criou-se um MONSTRO que não respeita mais nada. Até
parece que são superiores a tudo e a todos. Invadem, matam queimam,
depredam	e	fica	por	isso	mesmo.	O	INCRA	assenta	hoje	duas	famílias	
vizinhas,	cada	qual	com	vários	filhos.	Estes	se	casam,	se	multiplicam	e	
formam nova leva de SEM.... Repito: Essas ONGs nunca respeitam a
Lei. E ainda pior; recebem dinheiro de cada assentado para incluí-los
nos	grupos	ou	associações,	o	que	pode	ser	entendido	como	se	alguém	
esteja sendo remunerado COM O DINHEIRO PÚBLICO para não
respeitar a Lei, tumultuando a Ordem Pública, e causando enormes
despesas	para	a	Nação.		Por	fim	quase	todos	os	dirigentes	ou	lideres	
viram políticos como candidatos ou cabos eleitorais. Estes dispensam
comentários, mas provocam uma coisa bem mais grave: Inibe grande
parte dos cidadãos que são realmente de bem, e reconhecidos de bons
costumes, a NÃO SE PROPOREM NO PROCESSO ELEITORAL.
        Caríssimas autoridades, a “COISA EXISTE e corre frouxo”.
Quero	que	fique	bem	claro,	estamos	apenas	advertindo	como	agentes	
da Lei, e usando a nossa liberdade de expressão garantida constitu-
cionalmente. Somos um daqueles que nunca é ouvido por estarmos
na	ponta	da	fila	dos	que	trabalham	na	Segurança	Pública.	Já	ouvimos	
relatos estarrecedores. São pessoas doutrinadas para formar grupos e
mais grupos, e também doutriná-los e que estão ganhando e se man-
tendo	 financeiramente	 com	 esta	 prática.	 Será	 que	 nossas	 autorida-
Francisco Ramos Corrêa                      35
des não prevêem esse perigo? É aquela conhecida história: PARA O
TRIUNFO	DO	MAL,	BASTA	QUE	O	BEM	NÃO	FAÇA	NADA...	O	
que	nos	preocupa	não	são	tão	somente	as	ações	de	vandalismo	e	vio-
lência neste País, mas A INÉRCIA E A DEMORA de resposta à altura
por parte dos que dirigem a Nação!
        Queremos	ainda	ilustrar	uma	situação:	Imaginemos	que	alguém	
(que é líder) e está vivendo da renda advinda da prática de formação
de grupos e mais grupos que se aglomeram. De forma despercebida
e indireta, ele recebe vantagem de um terceiro que recebe legalmente
dinheiro	público,	mas	o	fato	concreto	é	que	por	fim,	esse	espertalhão	
põe	o	dinheiro	no	seu	bolso.		O	que	poderá	acontecer	no	momento	que	
ele não tiver mais tal fonte de renda? Veja que ele é um líder. É um
formador de opinião. Uma ordem ou opinião sua tem peso! Ele poderá
ter a grande massa à sua disposição a nível Nacional, no momento que
quiser. Acorda Brasil. Acorda enquanto é tempo!
36                 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?




            Caríssimo leitor, a partir deste capítulo, você

     verá um outro assunto que vai lhe parecer completa-

     mente estranho ou desconexo com o assunto que você

     acabara de ver, porém entendemos que também seria de

     interesse	do	leitor	conhecer	essa	Reflexão	a	qual	ainda	

     que não pareça ou realmente não tenha nada a ver com

     a violência, pensamos que tem muito a ver com o so-

     cial do nosso País. O nosso desejo seria publicá-las se-

     paradamente,	mas	ficaria	muito	mais	oneroso,	portanto	
     resolvemos	juntá-las	em	uma	peça.	Queremos	ressaltar	

     que	 esta	 matéria	 intitulada	 “Reflexão	 –	 Salvação	 da	

     Alma	Mito	ou	verdade?”,	foi	iniciada	em	dezembro	de	

     2005, até um pouco antes que essa denominada “Vio-

     lência no Campo brasileiro”, e que vem em primeiro

     lugar, mas doravante se juntam para publicação. Con-

     to com a compreensão do leitor.
37




                     RE F L E X Ã O

 3 • SALVACÃO DA ALMA
               MITO OU VERDADE?

       Após a leitura dessa matéria o leitor poderá ter outro con-
ceito referente à SALVAÇÃO DA ALMA SEM MUDAR DA SUA
RELIGIÃO. O nosso esforço é no sentido de mostrar a fé de forma
RACIOCINADA como realmente pensamos que deve ser vista.
       Queremos	 afirmar	 que	 não	 temos	 nada	 contra	 qualquer	 reli-
gião, quando agem de forma imparcial, incondicional, honesta e
sincera, muito menos temos a pretensão de desvirtuá-las, mas o nosso
ponto de vista, hoje quanto à SALVAÇÃO DA ALMA, é bem diferen-
te do que imaginávamos antes. Vemos qualquer religião que prega o
Cristianismo, ainda que de forma honesta e sincera, apenas como um
freio contra a perversão da humanidade, ou simplesmente como
uma satisfação que se dá à sociedade, mas nada a ver com a alme-
jada salvação da alma. Não acreditamos que o caminho seja por aí.
E vemos o lado vigarista, fanático, e/ou despreparado da religião
como algo muitíssimo prejudicial à nossa sociedade!
38                    Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


Vejamos:
      Vamos pensar, partindo do ponto de vista lógico e racional de
acordo com o que podemos ver e constatar no mundo em que vive-
mos, em se tratando do ser humano, ou seja, aquilo que existe, que
sempre existiu, e que sempre existirá na face da Terra SEM SE
CONSIDERAR QUALQUER OUTRO MEIO COMO FONTE
DE PESQUISA OU INFORMAÇÃO PARA ANÁLISE DO SER
HUMANO, e das diferentes condições de vidas existentes de pes-
soa para pessoa.
      Acreditamos sem a menor dúvida, que Deus existe. Claro, só
um Ser com poderes sobre todas as coisas poderia ter feito este Mun-
do	com	o	Sol,	a	Lua,	Planetas,	Galáxias	etc.	Fez	o	mundo	com	tudo	
que nele existe. Este Ser, que arquitetou o Universo, e que o rege, e
que não há outro sobre Ele, sem dúvidas, é o Pai que nos Criou.
       Pois	 bem,	 todo	 pai	 ama	 igualmente	 a	 seus	 filhos,	 principal-
mente se tudo pode, (como acredito que Deus pode) jamais daria tra-
tamento	diferenciado	aos	seus	filhos.		Mas o que vemos de fato, e de
forma continuada na face da terra, é que Deus dá tudo de bom e
toda felicidade, (saúde, bens materiais), a uns e a outros, dá a miséria,
a doença, para muitos até a loucura etc. Como vemos olhando ao nos-
so redor, tem gente que nasce em berço de ouro, esbanjando saúde e
dinheiro,	outros	nunca	vêem	a	luz	do	dia	nem	tem	o	prazer	de	andar	
com	as	próprias	pernas,	nem	conhecer	a	beleza	das	cores,	sendo	que	
muitos	vivem	na	extrema	precariedade	do	início	ao	fim	de	suas	vidas.	      	
Não é assim que a raça humana se apresenta na face da terra?
Claro que sim... Basta olharmos ao nosso redor! Tenhamos nós os
defeitos ou diferenças, que tivermos, mas todos somos filhos ou cria-
turas de um só responsável pela existência, que é DEUS.
       Caríssimo leitor, observando-se o texto acima, poderá transpa-
recer	que	estaríamos	criticando,	duvidando	ou	mesmo	zombando	de	
Deus!	Queremos	afirmar	que	jamais	teríamos	esse	propósito.	Deus	é
Francisco Ramos Corrêa                          39
bem maior que tudo que se possa imaginar. Todavia, temos que citar
isso	para	que	fique	mais	fácil	de	entender	o	que	vem	adiante.
       Então,	 somos	 filhos	 ou	 criaturas	 de	 um	 Pai	 ou	 Responsável	
que está acima de todas as coisas que se possa imaginar! É assim que
vemos e respeitamos o nosso Criador!
        Porém, o que citamos é inquestionável. O mundo é assim e está
aí	para	todos	vermos.	Sabemos	que	alguém	o	fez	é	comanda	a	huma-
nidade que nele vive. Então, se conclui que Este Pai Justo e Perfeito,
dará	 OPORTUNIDADES	 IGUAIS	 aos	 seus	 filhos.	 E	 é	 aqui	 aonde	
queremos chegar!
       Pois bem: sem citar qualquer capítulo ou versículo bíblico, (até
porque a nossa intenção aqui não é mostrar conhecimento bíblico,
mas	apenas	fazer	com	que	possamos	refletir) sabemos que as escritu-
ras	sagradas	dizem	que	para	que	o	homem	se	salve	é	preciso	“nascer
de novo”.
        No nosso humilde entender, eis aqui a grande razão que ex-
plica porque uns têm tudo e outros nada têm. Aqui está explicado
porque todos não têm a mesma sorte. Fica claro que ao nascer de
novo, existem várias oportunidades para que o espírito do ser humano
não seja discriminado. Isto é, para que todos sejam iguais. Ou seja,
aquele	que	não	teve	uma	vida	condizente	com	os	desejos	de	Deus	em	
uma de suas passagens pela terra, terá em outras passagens ao nascer
novamente. Mas este “nascer de novo”, deve ser nascimento físi-
co e biológico, onde o espírito do homem se incorpora ao corpo
físico; não o nascimento simbólico pelo batismo ou pela conversão,
como	ensinam	as	doutrinas	cristãs.	Inclusive	a	Bíblia	diz	que	o	pró-
prio	Cristo	veio	ao	à	Terra	assim,	nascendo	fisicamente	do	ventre	da		
virem Maria.
       A	 Bíblia	 diz	 que	 o	 espírito	 é	 apenas	 criação	 de	 Deus	 e	 não	
filho	de	Deus.	Vemos	esta	situação,	passível	de	discordância,	porque
40                   Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


em	todas	as	passagens	bíblicas	que	já	vimos	ou	ouvimos,	a	figura	de	
Jesus é citada e considerada como o FILHO DE DEUS. A mãe bio-
lógica de Jesus nasceu da forma convencional como todos os demais
seres humanos, e não concebida do Espírito Santo como Jesus. Porque
somente	o	espírito	de	Jesus	seria	filho	de	Deus	e	os	demais,	inclusive	
o	da	sua	própria	mãe	com	a	mesma	semelhança,	não	seria	filha	e	sim	
criatura?	De	qualquer	forma,	fazendo-se	uma	análise	mais	profunda,	
não	há	tanta	diferença	entre	o	homem	ser	filho	ou	criatura	de	Deus,	
até porque Jesus, o Filho de Deus, foi uma pessoa humana, nascido
de uma pessoa humana, CRIATURA de Deus. Ambos seriam OBRAS
DE DEUS, OU SEJA, A MESMA COISA. Existem ou existiram por
meio de Deus.
       Então,	a	Bíblia	diz	que	o	homem	é	que	tem	que	se	cuidar,	por-
que tem o livre arbítrio. Pois bem, a Bíblia é um ensinamento que
ficou	escrito.	Ninguém	nasce	sabendo	ler.	Neste	caso,	mesmo	usan-
do o livre arbítrio, (que nada mais é do que separar o bem do mal)
um analfabeto, que nunca teve o acesso ou conhecimento à leitura,
por si só, jamais saberia separar o “BEM DO mal” baseado em
conhecimentos bíblicos, pois NÃO SABE LER! Sendo assim, os
analfabetos, os índios selvagens, os loucos jamais irão chegar ao Rei-
no de Deus porque eles não têm o DISERNIMENTO adquirido pelo
conhecimento bíblico através da leitura.
        Vamos mais longe: O Novo Testamento foi escrito de Cristo
para cá. Tem então pouco mais de dois mil anos. O Velho Testamen-
to é bem mais antigo, mas salvo engano, nos parece que a história
religiosa, só reconhece a existência humana pouco mais de seis mil
anos atrás. Porém, a Ciência tem provado que o ser humano existiu
a	milhões	de	anos	antes	do	Velho	Testamento.	No	entanto	as	caracte-
rísticas do ser humano (Considerando-se apenas a Carne e o Espírito,
porque	no	resto	o	ser	humano	ao	longo	do	tempo	se	modifica	e	muito.)	
a partir do primeiro homem, são as mesmas do homem de hoje. Como
Francisco Ramos Corrêa                            41
ficaria	 a	 Salvação	 daqueles	 que	 nunca	 tiveram	 qualquer	 orientação	
bíblica nem mesmo do Velho Testamento?
       A	 razão	 nos	 leva	 a	 crer	 que	 quem	 existiu	 ou	 existe	 nesta	 si-
tuação não pode ter culpa por isso, e terem como destino o Inferno!
Então, a coisa não pode ser assim...
       Pergunta-se qual é o pai responsável que não cuida ou não edu-
ca	o	seu	filho?	Considerando-se	que	Deus	não	seja	Pai,	mas	o	Criador	
do	 homem:	 Qual	 o	 criador	 que	 não	 gostaria	 de	 ver	 a	 sua	 Obra	 na	
mais bela forma ou condição? Até os animais selvagens cuidam, e
só	abandonam	os	filhos	quando	os	mesmos	estão	preparados	para	a	
vida. Ora essa! Deus é o mais responsável Pai do Universo! Porque
deixaria o espírito do homem, criatura Dele, à mercê da própria sorte,
entregue	 ao	 livre	arbítrio,	sendo	 que	 Ele	tem	 Poder	 para	 fazer	 tudo	
que quiser?
        Então, a interpretação de que o “nascer de novo da água e do
espírito”, seja pelo batismo ou pela conversão, é um tanto duvidosa,
porque deixaria claro que Deus usaria dois pesos e duas medidas para
com	seus	filhos,	pois	dessa	forma	Deus	não	daria	ao	homem	oportu-
nidades iguais para se redimirem ou aperfeiçoarem-se ESPIRITUAL-
MRNTE,	INCLUSIVE	AQUELES	INOCENTES,	OS	QUAIS	MUI-
TOS	 MORREM	AINDA	 NO	 FETO,	 OU	APÓS	 O	 NASCIMENTO	
COM VIDAS, MUITOS MORREM INCONCIENTES POR DEFI-
CIÊNCIAS VÁRIAS. A Bíblia narra que todos serão julgados pelos
seus	atos.	Alguém	incapaz	de	raciocínio	e	consciência	poderia	respon-
der pelos seus atos?
42                   Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?




     3.1 - Origem da vida dos seres
                animados
        Vamos	pensar	mais	um	pouco:	o	espermatozóide	que	dá	ori-
gem	à	vida	dos	seres	animados,	e	de	cujo	grupo	faz	parte	o	homem,	É	
TRASNPORTADO para o ventre materno por um líquido CHAMA-
DO	 SEMEM	 no	 momento	 do	 ato	 sexual,	 (razão	 biológica	 da	 exis-
tência da vida.) Esse líquido é algo semelhante à ÁGUA. Ele molha
como a água molha. No mínimo a sua maior composição é água. O
feto sobrevive em uma bolsa de líquido semelhante à água no ven-
tre materno até o seu nascimento. E quando é que o FETO humano
recebe o seu espírito? Salvo ledo engano da nossa parte, entendemos
que ao primeiro sinal de vida. Ao ser gerado no ventre materno, a par-
tir da primeira batida do coração. O incontestável é que feto é gerado
na água! Ali começa a vida física, dentro da água, de onde vem a
nascer, e no caso do ser humano, acompanhada de um espírito INTE-
LIGENTE, (diferença entre os homens e os demais seres animados
terrestres). Este deve ser o verdadeiro nascer de novo da água e do
espírito. Há algo mais lógico ou racional como já citamos? Até
o próprio Cristo veio à Terra desta forma. Diz a história bíblica
que o nosso Pai Eterno enviou o Cristo que foi concebido por Ma-
ria, através do Espírito Santo e se fez pessoa humana no ventre
de sua mãe, a esposa de São José. Portanto, Jesus já existia para
Deus antes de nascer do ventre de Maria sua mãe carnal. Existia
como? Em espírito infinitamente evoluído. Tanto é que mereceu a
confiança do Pai Eterno para vir à Terra como filho biológico de
Maria com a missão de resgatar os outros filhos de Deus.
       Quem	ousaria	ou	poderia	provar	que	você	que	lê	esta	matéria	
já não existiu ou veio ao mundo em espírito no passado?
Francisco Ramos Corrêa                          43
       Caro leitor, isto é o que tentaremos defender como tese adian-
te. Vejamos:

                         3.2 - Batismo
        Todas	 as	 religiões	 que	 pregam	 e	 seguem	 o	 Cristianismo	 en-
sinam e interpretam que o “nascer de novo da água e do Espírito é
ser	 Batizado	 ou	 convertido	 a	 Jesus”.	 É	 ainda,	 entregar	 a	 vida	 para	
Deus,	de	coração,	recebendo-o	como	único	e	suficiente	salvador.	En-
tão,	 batiza-se	 ou	 converte-se	 uma	 pessoa,	 de forma identificada e
individual, com um nome. Do contrário, não se saberia quem estaria
sendo	batizado	ou	convertido	ou	entregue	a	Deus,	tanto	físico	ou	civil	
como espiritualmente.
        Vamos	então	exemplificar	melhor	aqui	usando	nomes	simbó-
licos para que possamos entender melhor: tomemos como exemplos,
João,	ou	Antônio,	ou	Miguel	etc.,	filho	de	José	e	de	Maria	ou	de	quem	
quer que seja, é nascido de novo pelo Batismo ou pela conversão,
com o nome de JOÃO, ou ANTÔNIO OU MIGUEL ou qualquer ou-
tro nome. Como o batismo ou a conversão devem ser algo exclusivo
para	o	espírito	de	cada	um,	o	nome	batizado	ou	convertido	prevalece-
rá para a eternidade. Então, o João vai existir em espírito BATIZADO
para sempre! A lógica nos mostra isso.
       Sendo João diferente de seus irmãos carnais, ou mesmo do res-
to	da	humanidade,	“dizemos	diferente	nos	referindo	às	diferenças	que	
estão aos nossos olhos como falamos anteriormente. DIFERENTE
EM	ESTADO	FÍSICO,	MENTAL,	E	CONDIÇÕES	DE	VIDA.”	
       Então, com essa diferença, se a raça humana só viesse ao mun-
do UMA ÚNICA VEZ, DEUS NÃO SERIA JUSTO, porque estaria
discriminando	alguns	de	seus	filhos.	Seria	um	Pai	muito	cruel.	Seria	
um Pai que ninguém queria ter.
       Mas	sabemos	que	Deus	é	Justo	e	infinitamente	Bondoso.	Por
44                   Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


isso, temos que acreditar que Ele quer o mesmo bem para todos os
seus	filhos	e/ou	CRIATURAS	ESPIRITUAIS,	da	mesma	forma	que	
um	pai	humano	deseja	o	mesmo	bem	para	os	seus	filhos	biológicos,	
tanto é que enviou seu Filho Jesus à Terra para resgatar os outros
filhos	que	estavam	em	estado	de	perversão.		
       Em sendo o nosso Pai Celestial justo, e desejando o mesmo
bem, tratando as suas criaturas espirituais, sem nenhuma discrimina-
ção, Ele deixará, SEM A MENOR DÚVIDA, que elas venham ao
mundo	tantas	vezes	quantas	forem	necessárias	até	que	todos	alcancem	
a	perfeição	que	Ele	quer	que	tenhamos	em	ESPÍRITO.	Essa é a tese
que defendo.
       Assim sendo, em cada passagem de um espírito pela Terra, com
diferentes datas de nascimentos	ele	poderá	ser	batizado	novamente	e,	
provavelmente, com nomes diferentes; ou seja, a cada nascimento físi-
co, uma outra data de nascimento, um novo batismo, um novo nome.



                    3.3 - Juízo final
       O	Cristianismo	ensina	que	haverá	um	dia	do	grande	juízo	final	
onde	serão	julgados	os	vivos	e	os	mortos.	Diz	que	os	mortos	ressur-
girão para serem julgados pelo nosso Pai. Aqui existem DUAS SI-
TUAÇÕES	QUE	SE	OPÕEM,	à	luz	da	tese	defendida	acima,	a	qual	
achamos	que	é	a	que	mais	se	aproxima	da	verdade,	com	razão	lógica.
        Primeira situação: Considerando-se que o espírito é realmente
imortal, que é uma criação de Deus que sempre existiu e existirá, que
o espírito não nasce com o feto material, mas se incorpora ao feto hu-
mano quando é gerado, e acompanha a sua evolução até a morte física.
Então, por vários corpos físicos passaria um só espírito imortal. Mas
nesse caso, no dia do juízo final, haveria mais de um corpo físico
(RESSUSCITADO) para um só espírito IMORTAL, (obviamente,
também presente para ser julgado.) Haveria corpo à procura de
Francisco Ramos Corrêa                       45
alma e vise-versa NA HORA DA RESSURREIÇÃO. Em resumo:
haveria mais corpo que espírito. A segunda situação, que é oposta
à	primeira:	Considerando-se	verdadeira	a	estória	do	Juízo	final,	e	de	
que	o	homem	só	vem	ao	mundo	uma	única	vez, nesse caso estaria
evidente a injustiça de Deus que usaria dois pesos e duas medidas
para seus filhos, de acordo com o que se pode constatar, observan-
do a raça humana na face da terra. Isto é de acordo com o nosso
mundo.		Pergunta-se:	O	espírito	humano	vem	ao	mundo	várias	vezes	
ou Deus é injusto?
                  O que se pode concluir de todo esse imbrólio?
                  Seria o batismo uma mera formalidade social?
                  De acordo as situações aqui delineadas, que
                  conclusão se pode tirar sobre o Grande dia do
                  Juízo final? Como se explicaria? Haverá ou
                  não haverá?
        A	Bíblia	estaria	com	a	razão	ao	afirmar	que	haverá	o	dia	do	
Juízo	final?	Não	seria	o	dia	do	Juízo	final,	o	dia	de	nossa	própria	morte	
física individual? Entendo que haveria ainda outro aspecto um tanto
injusto quanto à ressurreição: Imaginemos que a vinda de Jesus ocorra
no exato momento que você estiver lendo esta matéria. Pronto. Jesus
Veio!		Multidões	Ressuscitariam.	Só	que	após	o	Julgamento,	TODOS	
MORRERIAM NAVAMENTE para que o Universo seja habitado so-
mente	por	espíritos	como	dizem	as	escrituras	sagradas.		Veja	você,	que	
os ressuscitados teriam duas mortes físicas. A primeira que é infalível
e eles já a tiveram. E a segunda após o julgamento. Aqueles que tives-
sem a felicidade de estarem vivos na chegada de Jesus estariam em
vantagem, pois só teriam uma única morte física, e os já falecidos e
ressuscitados na Vinda de Cristo teriam duas agonias da morte física.
      Acreditando na Tese defendida anteriormente, entendo que para
que o homem chegue à perfeição desejada por Deus, nosso Grande
Arquiteto do Universo, tem realmente que vir ao mundo, física e
46                    Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


biologicamente,	 nem	 que	 seja	 ao	 longo	 de	 milhões	 de	 anos	 tantas	
vezes	forem	preciso	até	chegarem	à	perfeição	que	Deus	lhes	deseja.
         Então vamos deixar de acreditar em utopias, em falsos pas-
tores e/ou sacerdotes que estão condicionando as mentes dos seus
fiéis, e a grande maioria das seitas estão os extorquindo, moneta-
riamente!



              3.4 - A volta de Jesus
       Todas as seitas religiosas do Cristianismo intimidam os fiéis,
sendo que algumas até os aterrorizam com preleções assombrosas,
BRINCANDO COM A FÉ, com essa história de que Jesus estará vol-
tando para julgar a todos a qualquer momento (dia do juízo final).
DEPREENDE-SE QUE O DIA EM QUE JESUS VOLTAR SERÁ O
DIA DO FIM DA HUMANIDADE, OU FIM DO MUNDO. Que após
o julgamento final, todos, ressuscitados ou não, iremos morrer fisi-
camente, e o mundo será habitado somente por espíritos. Não é isso
que pregam nas igrejas cristãs? Dizem, então, que o fim do mundo
está próximo e que todos nós devemos estar preparados! Só que essa
história é antiga. Talvez ela já exista desde o rascunho da Bíblia.
       NÃO	PODEMOS	DUVIDAR	JAMAIS	DE	QUE	JESUS	VOL-
TE,	até	porque	SE	ELE	já	veio	uma	vez	pode	vir	mais	vezes.		E	NÃO	
PODEMOS	 DUVIDAR	 DE	 QUE	 O	 MUNDO	 SE	 ACABE,	 MAS	
UMA	GRANDE	E	INCONTESTÁVEL	VERDADE	QUE	ESTÁ	AO	
ALCANCE DOS NOSSOS OLHOS, PORTANTO NÃO HAVENDO
NENHUMA	DÚVIDA,	É	QUE	SE	O	MUNDO	NÃO	SE	ACABAR,	
NÓS	OS	MORTAIS	NOS	ACABAREMOS	PARA	O	MUNDO!	En-
tão,	NÃO	TEMOS	OUTRA	SAÍDA.		Precisa	maior	verdade	ou	razão	
QUE	A	INEVITÁVEL	MORTE	para	que	o	homem	esteja	sempre	pre-
parado, venha ela da forma que vier e quando vier?
Francisco Ramos Corrêa                         47
         Qual	é	a	média	de	vida	física	do	homem?	Sessenta	oitenta	anos	
ou	mais,	mas	a	verdade	é	que	nós	teremos	um	fim!	Toda	vida	física	
tem	fim.	Então,	devemos	à	medida	do	possível,	caminharmos	no	sen-
tido da perfeição desejada pelo nosso Criador. Mas não devemos nos
afligir,	porque	teremos	inúmeras	oportunidades,	as	quais	são	sempre	
definidas	por	Deus	no	momento	oportuno.
      Como se alcançar a perfeição? Simples! Com mente sadia e
com a prática daquilo que o Grande Arquiteto do Universo quer que
façamos. Amarmos e respeitarmos ao próximo como a nós mes-
mos.
        Caro	 leitor,	 gostaria	 de	 fazer	 ainda	 um	 esclarecimento:	 esta	
nossa	opinião	nos	parece	se	aproximar	da	filosofia	espírita.	Não	somos	
espírita.	Admiramos	 e	 respeitamos	 a	 filosofia	 espírita,	 porém,	 mais	
como ciência do que como religião. Nunca estivemos em um tem-
plo Espírita, muito embora já tenhamos lido algumas obras de Chico
Xavier, a quem passamos a admirar, como admiramos inúmeros es-
critores e pregadores de outras seitas religiosas. Mas este é o nosso
pensamento pessoal sem tendência a qualquer religião.
        O	 que	 faz	 manifestarmos	nesta	 questão	 é	 observar	 a	 enorme	
proliferação de igrejas em nosso País sendo que algumas sem qual-
quer critério legal. Observamos também que muitas destas seitas
estão usando a Bíblia e o nome de Deus como escada para anga-
riar dinheiro e promoção pessoal de falsos pastores ou sacerdotes,
os quais alguns viram políticos. São aqueles políticos que sempre dei-
xam a desejar...
        Não conhecemos legislação que regulamente a criação de Igre-
jas, principalmente na doutrina evangélica (que de regra denomina-se
popularmente como ‘protestantes’) nas quais, parte dos pastores não
são formados em Teologia ou mesmo qualquer outro curso superior.
Não questionamos a falta de um título em formatura superior que pre-
48                    Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


judique o conhecimento bíblico ou religioso, mas à questão psicoló-
gica	 como	 FORMADORES	 DE	 OPINIÕES.	 Vamos	 exemplificar	 o	
nosso questionamento:
       Coloquemos um leigo sem formação adequada para interpretar
um texto literário qualquer e, aí podemos conhecer a sua verdadei-
ra capacidade de discernimento e assimilação. Na maioria dos casos,
uma	 negação!	 Por	 que	 razão	 então,	 seriam	 esses	 Pastores,	 exímios	
intérpretes da Bíblia e na sua correta aplicação? Percebe-se que os
textos bíblicos podem sofrer INÚMEROS sentidos. É aqui que ques-
tionamos	a	formação	de	opiniões...		No	entanto,	basta	que	um	membro	
de uma determinada seita se sinta insatisfeito no seu meio, debanda-
se, Arranja um Templo, vai fundar outra igreja e torna-se “Pastor”.
        Ali é como se ele estivesse adquirindo uma coisa própria, a sua
Igreja. Passa a ser o seu meio de vida! Aliás, pouquíssimos pastores
têm outra atividade que não a atividade pastoral. Assim, também os
padres.	Muitos	condicionam	as	mentes	dos	fiéis	com	preleções	assom-
brosas,	usando	um	timbre	de	voz	chorosa,	piedosa,	melodiosa,	cujos	
adeptos passam a defendê-los por acreditar que somente eles estão
com	a	verdade	religiosa,	e	que	seu	Pastor	ou	o	seu	Padre	é	um	QUA-
SE DEUS... Aí existe apenas a FÉ EMOTIVA E NÃO A FÉ PELA
RAZÃO!		Onde	está	a	Salvação	da	Alma	nessas	condições?		
        Vemos com preocupação esse problema social, porque quei-
ramos ou não, estes sacerdotes são FORMADORES DE OPINIÕES!
Será	que	estão	formando	opiniões	adequadas	para	a	nossa	sociedade,	
principalmente para a nossa juventude? Não estariam praticando o
charlatanismo? Um dos temores que devemos ter é pelo fanatismo, o
que é muito perigoso... Observemos o exemplo dos homens bombas
que se explodem e matam aos milhares em nome de Deus, segundo as
suas doutrinas pelo mundo afora, onde a política partidária e o Poder
Estatal são miscigenados de religião.
Francisco Ramos Corrêa                       49



     3.5 - Mentir em nome de Deus
        Existe uma enorme leva de leigos agindo como Pastores e Pas-
toras.	Dizem	que	operam	milagres.	Têm	a	ousadia	de	PRÉ-ANUN-
CIAR	MILAGRES	nos	meios	de	comunicações,	mentindo em nome
de Deus. Sempre se aproveitando dos momentos de fragilidade das
pessoas,	impregnando-lhes	fortes	emoções.	É	o	que	se	pode	chamar	
de “FÉ EMOTIVA E OBSECADA.” Está ocorrendo uma mistura de
seitas religiosas. Pastores denominando-se Bispos. Igrejas evangéli-
cas	 usando	 a	 cruz	 nos	 seus	 templos	 como	 símbolo.	 Existem	 padres	
pregando o Evangelho com rituais de protestantes etc. Está ocorrendo
uma prática muito difundida atualmente, que é a prática da música
gospel ou sacra como maior fonte de renda em todas as igrejas. Tem
uma enorme quantidade de cantores tornando-se religiosos, levando
vantagens	nas	vendas	de	seus	produtos	musicais.	É	muita	gente	fican-
do rica, inclusive Padres, à custa da inocência dos outros. As missas e
os cultos não têm mais como ponto principal a aplicabilidade do Evan-
gelho, mas a apresentação de Shous artísticos com os mais diversos
rítimos musicais como chamariscos para atrair o público. Vê-se que
o que interessa mesmo é o dinheiro na Caixa de coleta da Igreja e na
conta bancária do cantor! Existem seitas que praticam verdadeiro
exorcismo! Será que esses leigos, usando a Bíblia e o nome de Deus,
têm	a	necessária	formação	e	condições	psicológicas	para	tanto?
        Quando	dizemos	que	alguém	está	mentindo	em	nome	de	Deus,	
poderia ser entendido como se quiséssemos tolher a liberdade de ex-
pressão dos pregadores ou intérpretes da Bíblia Sagrada. Longe de nós
esta pretensão, até porque reconhecemos que existem pessoas sérias, e
que	merecem	muito	respeito	no	meio	religioso.	O	que	queremos	dizer	
é que o falseamento da verdade é terrível e cruel quando alguém acre-
dita em algo mentiroso imaginando ser verdade. Bem disse o famoso
50                  Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


escritor Rubens Alves: “As coisas que são ditas ou pensadas têm que
corresponder às que são vistas ou percebidas, esta é a verdade”.



 3.6 - Espíritos Bons e Espíritos Maus.
        Atualmente ao ligarmos a TV em qualquer canal Evangélico
brasileiro, logo se vê um Pastor expulsando o diabo do corpo de al-
guém. Muda-se de canal e lá tem outro Pastor também expulsando o
diabo.	Quantos	canais	você	ligar	a	história	é	a	mesma.	Nunca	se	vê	
falar este nome no plural. Falam que É DO DIABO, sempre no singu-
lar.	UM	SÓ!		No	entanto,	tem	diabo	em	todo	lugar	e	ao	mesmo	tem-
po! No mesmo instante que tem um Capeta aqui, tem outro em outro
lugar. Alguns pastores falam mais no Diabo do que em Cristo em suas
pregações.		O	Diabo	também	é	onipotente,	onisciente	e	tem	poderes	
iguais aos de Deus? Não seria o Diabo, o Satanás, o Capeta, Espírito
Mau etc. uma mera invenção do pensamento humano? Se assim for,
nada mais é do que a invenção ou a condição psicológica de alguém.
Diabo	existe	mesmo?		A	Bíblia	diz	que	o	primeiro	homem	criado	por	
Deus foi Adão. A primeira mulher, Eva. Narra ainda que Adão foi
tentado por um Espírito Imundo, ou seja Adão foi tentado pelo Diabo.
Então, o Diabo já existia antes de Adão.
       Ora, Deus deve ter criado todos os Espíritos em estado puro,
santo e perfeito, e ANTES DE CRIAR O HOMEM. Portanto não se
explicaria haver espírito Imundo antes da criação do primeiro homem
porque Ele nunca teria sido incorporado em um corpo físico humano
para	desvirtuar-se	e	tornar-se	Mau.	É	O	QUE	PODERÍAMOS	DENO-
MINAR	DE	ESPÍRITO	EM	ESTADO	PURO	OU	VIRGEM,	aquele	
que nunca foi incorporado ou usado por Deus. Então logicamente um
Espírito só teria comportamento impuro, mau, ou satânico, após in-
corporar-se em uma pessoa má. Se não existiu ninguém antes de Adão
Francisco Ramos Corrêa                        51
porque aquele primeiro casal teria sido tentado por um Espírito Mau
ou demônio? Desta forma até transparece que o Diabo é anterior ou
superior a Deus! Segundo a Bíblia Sagrada, o Plano de Deus era que
o homem fosse Puro, e vivesse em estado Santo. Isto é sem pecado.
Teria Deus errado no seu Plano? Ora, Deus é o máximo em tudo.
Nada se passa no mundo que escape aos Olhos ou ao conhecimento
de Deus. Esse é o conceito que temos e devemos ter de Deus. Di-
zem	as	religiões,	que	o	homem	peca	por	pensamentos, palavras, atos
e	omissões. Portanto Deus sabe perfeitamente o que nós pensamos.
Porque não teria previsto que o casal Adão e Eva seria tentado e que
não resistiriam à tentação da Carne? Porque ainda não teria previsto
ou porque teria permitido que um Espírito mau os tentasse, se Ele tem
o controle de tudo que existe no Universo? Essa história está mesmo
bem contada? Foi assim mesmo que aconteceu? Não teria o ser hu-
mano surgido na face da terra tal e qual como sempre se apresentou,
do início até os nossos dias com as mesmas características físicas e
anatômicas? (Não se levando em consideração as diferentes carac-
terísticas decorrentes das misturas de raças existentes, e que estão em
constante evolução cultural em função da evolução do pensamento,
e	das	descobertas	científicas,	mas	as	características	raciais,	nas	suas	
originalidades	definidas	como	sejam	negros	e	brancos.)	Vejamos	que	
é	impossível	um	casal	negro	ou	branco	puro	sangue	conceber	filhos	
ou	descendentes	com	cores	ou	características	fisionômicas	diferentes.	
Assim também foi que surgiram os demais seres do reino animal na
face da terra, tal e qual como existem até os nossos dias. Nunca mu-
daram	as	características	de	suas	origens	raciais	definidas.	Só	existem	
diferenças	quando	há	cruzamentos	das	raças,	mas	sempre	existiram	e	
existem	os	puros	sangues	definidos	das	várias	espécies.
                  “Caríssimo leitor, não tenho a menor
                  pretensão de deixá-lo confuso. A Minha
                  intenção é mostrar a Fé de forma racio-
                  nal ou menos misteriosa.
52                     Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


       Seria o Diabo também uma criação de Deus? Deus teria criado
primeiro o MAL (o Diabo) para depois criar o HOMEM? Não seria
mais cômodo e lógico EXISTIR SOMENTE O BEM? Não teria Deus
poder para impedir que o Diabo tentasse a sua Criatura, o homem que,
segundo	a	Bíblia	é	a	sua	imagem	e	semelhança?		Que	sentido	teria	
isso? Deus doou ou vai ceder uma parte do seu Universo (O INFER-
NO) para o Diabo abrigar os seus? Deus não teria poder para elimi-
nar tudo que for prejudicial ao bem da humanidade e que Ele mesmo
criou e pode dominar?



              3.7 - Mistérios Religiosos
        No início desta matéria, falei que a mesma seria baseada no
que sempre existiu, que existe e que sempre existirá para análise e
avaliação	das	diferentes	condições	de	vida	do	ser	humano	na	face	da	
terra,	SEM	SE	CONSIDERAR	QUALQUER	OUTRO	MEIO	COMO	
FONTE DE INFORMAÇÃO. Disse também que não iria citar ne-
nhum capítulo ou versículo bíblico. Por quê? Porque Relatá-la aqui
seria	 reproduzi-la,	 e	 a	 Bíblia	 já	 existe,	 portando	 não	 teria	 nenhum	
sentido	copiá-la	de	novo.	Mas	entendo	que	se	fizéssemos	as	pergun-
tas	constantes	do	tópico	“ESPÍRITOS	BONS	E	ESPÍRITOS	MAUS”	
para as autoridades ou para os entendidos religiosos, provavelmente
elas	ficariam	sem	respostas,	ou	simplesmente	diriam	que	eram	mis-
térios religiosos. Bom, quero repetir: Sem citar qualquer capítulo ou
versículos da bíblia, porque não os guardo de memória, mas simples-
mente	os	analiso	à	medida	que	os	leio	ou	ouço	leituras	ou	pregações.	
Então, dentro do limite do meu raquítico conhecimento bíblico, ob-
servei	que	existem	inúmeras	contradições	ou	perguntas	sem	respostas,	
que	 poderiam	 ser	 entendidas	 como	 mistérios.	 São	 aquelas	 questões	
que se fossem ser interpretadas como uma prova de título qualquer,
não	seria	possível	uma	definição	concreta	porque	seriam	misteriosas.
Francisco Ramos Corrêa                      53
Mistérios deixam dúvidas. Dúvidas não são admitidas em provas. Em
provas, a coisa precisa ser exata como dois e dois são quatro, para
termos	a	certeza	do	conhecimento.	Quando	dizemos	que	conhecemos	
uma coisa, não pode haver dúvidas. Então, quando estudamos a bí-
blia é com objetivo de alcançarmos conhecimentos que irão nortear
a nossa conduta religiosa. Claro, não teria outro sentido. Mas que
caminho	 escolhermos	 sem	 absoluta	 certeza	 de	 onde	 precisamos	 ou	
gostaríamos	de	chegar?	Devemos	confiar	ou	nos	convencer	com	base	
em mistérios?
        Tirar o Diabo de alguém e pré anunciar milagres em cultos
religiosos é realmente mentir em Nome de Deus! Como um Sa-
cerdote poderia prevê acontecimentos de milagres, se os milagres só
acontecem pela fé em Deus; e se é impossível ele conhecer, calcular,
ou medir a intensidade da fé de quem ele desejaria que recebesse tal
milagre? Somente Deus pode operar milagres. O dia, a ora, o local e o
merecedor do milagre somente Deus pode saber. Esta é a forma como
se deve compreender e aceitar o verdadeiro milagre! São aqueles
milagres que perduram para o resto da vida de quem os alcançam.
Os milagres preanunciados pelos Falsos Pastores não acontecem. São
fabricados	por	eles	na	base	do	fervor	de	suas	pregações,	assim	como	o	
mágico	faz	a	sua	mágica.	Quando	dizem	que	acontecem	não	perduram.	
No dia seguinte, a situação volta ao que era antes. Milagres ocasionais
até poderão acontecer, porém ninguém jamais poderá prever se vai ou
não acontecer e nem tão pouco marcar o dia e a hora que este irá acon-
tecer! É muito cruel, a decepção de alguém que momentaneamente se
sente como se tivesse recebido um Milagre e no dia seguinte ou após
terminar o fervor da fé emotiva tudo voltar como era antes, porque
realmente NÃO HOUVE MILAGRE ALGUM! Pode até existirem
raríssimos casos, todavia, não por intermédio do Ser humano em vida,
mas por intermédio da Fé em Deus. Se os milagres preanunciados
existissem mesmo; não precisaríamos mais de médicos nem de hospi-
54                   Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


tais, e os pastores das Igrejas, Universal do Reino de Deus, Renascer e
Mundial	já	teriam	superado	a	Jesus	Cristo	em	realização	de	milagres.	
Teríamos	 várias	 figuras	 contemporâneas	 em	 carne	 e	 osso	 no	 nosso	
meio,	superiores	a	Jesus	Cristo	somente	no	Brasil!		Quem	neste	mun-
do, em carne e osso pode ter a ousadia de querer imitar ou superar a
Cristo? É isso que consideramos mentir em nome de Deus.



     3.8 - Igrejas e movimentos sociais
      A doutrina cristã ensina, condenando o assassinato como sen-
do	um	pecado	mortal.	Isto	significa	que	matar	um	ser	humano	é	real-
mente um pecado sem perdão. Pois bem:
       Parte da Igreja Católica vive se envolvendo com “movimentos
sociais: São os Sem Terra, Pastoral da Criança, Pastoral da Terra,
Sem Teto, sem isso sem aquilo etc.”.	O	catolicismo	realiza	constan-
tes	passeatas	e/ou	caminhadas	pela	PAZ.	Mas	as	ações	das	suas	Ongs	
são inversas ao que pregam.
      Estaria essa facção do Catolicismo usando a Bíblia Sagrada
como	degraus	para	promoções	pessoais,	e	acompanhando	a	tendência	
Mundial	onde	os	homens	de	quase	todas	as	Nações	PREGAM	A	PAZ	
ENQUANTO	SE	PREPARAM	PARA	A	GUERRA?


       Por vezes, líderes destes movimentos incentivam a invasão
da “coisa alheia”,(principalmente invasões de terras) gerando
violências, resultando ás vezes em inúmeras mortes de inocentes.
Isto é público e notório. O mundo inteiro conhece esta história.
Não há o que esconder ou negar. Pergunta-se: O “pecado mortal”
é de quem semeia a violência que resulte em morte, ou de quem exe-
cuta a morte? Em resumo: o pecado é de quem manda matar, de quem
fornece arma, ou de quem puxa o gatilho? Onde está a SALVAÇÃO
Francisco Ramos Corrêa                       55
DA ALMA nesta questão?
        Entendo que o correto papel da Igreja é ficar neutra, acon-
selhar e tentar corrigir o comportamento dos dois lados, quando
existirem conflitos.		O	que	faz	o	catolicismo	perder	espaço	para	ou-
tras	religiões	é	exatamente	a	preferência	declarada	pelos	menos	favo-
recidos, como se os mais aquinhoados (CUJOS BENS PARA MUI-
TOS, SÃO FRUTOS DO TRABALHO HONESTO E DOS SEUS
ESFORÇOS) não merecessem também a clemência de Deus. Dessa
forma,	o	catolicismo	está	sendo	parcial	e	promovendo	divisões	entre	
os povos. Ora, quando alguém perguntou para Jesus: “Senhor, na Lei
de	Moisés	está	escrito	que	devemos	perdoar	até	sete	vezes.	E	vós	o	
que	dizeis?”	Jesus	respondeu.	“Não	só	sete,	mas	setenta	vezes	sete”.	
Subtende-se	que	devemos	perdoar	tantas	vezes	quantas	forem	preciso.	
Por que então, renegar a uns e abraçar a outros? Não somos todos
humanos?	 Porque	 discriminar?	 Se	 a	 Doroth	 Stanght	 tivesse	 ficado	
neutra,	e	aconselhando	os	dois	lados	no	conflito	de	Anapú	no	Pará,	
certamente estaria viva e amada por todos. Da mesma forma o Padre
Josimo. Resumindo, estes Movimentos Sociais miscigenados ou pin-
celados	de	religiões	não	têm	nada	a	ver	com	a	salvação	da	alma,	mas	
sim almejam o poder Estatal ou o dinheiro. E o grave nesse aspecto é
que	estão	interferindo	no	Sistema	Organizacional	do	Estado	quando	
assim agem! -- Na alçada de um Governo Federal linha dura, a nossa
Nação	vai	ter	problemas	com	a	Paz	interna.		A	nossa	paz	interna	pode-
rá ter consequências imprevisíveis em breves tempos, e neste aspecto,
a Igreja Católica é cúmplice.
       São Francisco de Assis, que pelo teor de seu ensinamento, é
talvez	o	maior	conciliador	do	catolicismo,	ao	se	expressar	em	oração	
assim disse:
                  “Senhor, fazei de mim um instrumento
                  de Vossa paz”.
56                   Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade?


       Onde houver ódio, que eu leve o amor.
       Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
       Onde houver discórdia, que eu leve a união.
       Onde houver dúvidas, que leve a verdade.
       Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
       Onde	houver	tristeza,	que	eu	leve	a	alegria.
       Onde	houver	trevas,	que	eu	leve	a	luz.
       Ó	mestre!	Fazei	com	que	eu	procure	mais
      Consolar do que ser consolado, compreender, que ser compre-
endido; amar, que ser amado...
        Essa	belíssima	oração	é	uma	lição	de	retidão,	amor,	paz,	coe-
rência,	humildade,	sabedoria,	e	justiça.	Isso	é	tudo	que	as	religiões	de-
veriam	praticar!		Contudo,	esse	ensinamento,	da	maior	grandeza,	con-
tradiz	o	que,	na	prática,	fazem	alguns	militantes	do	catolicismo,	pois
estão sendo parciais	quando	insuflam	a	violência	incentivando	e/ou	
apoiando	invasões	de	terras	com	o	argumento	de	que	a	terra	precisa	
cumprir a função social. A Terra tem que cumprir a sua função social
sim,	proporcionando	condições	de	vida	digna	à	humanidade.	Todavia,	
isso não deve e não pode ser atribuição da Igreja e sim do Estado.
Com este tipo de comportamento, a igreja estará sempre construindo
divisões	entre	os	povos	e,	consequentemente,	a	violência.		Onde	está	
a Salvação da Alma?
       A	 grandeza	 da	 IGREJA	 É	ACONSELHAR	 E	APAZIGUAR,	
ENSINANDO SEMPRE O CAMINHO DA RETIDÃO! Para o bem
da “ordem social,” ela não deve ser parcial! Interferir na distribuição
de terras, por exemplo, é querer assumir o papel do Estado, pois o
dever de distribuir terras é único e exclusivo do SISTEMA ORGANI-
ZACIONAL	do	Estado	de	Direito	de	cada	Nação,	que	por	sua	vez	é
Francisco Ramos Corrêa                    57
quem PROMOVE A ORDEM, O BEM SOCIAL E FAZ CUMPRIR
AS	 LEIS.	 Qualquer	 Organização	 Não	 governamental,	 INCLUSIVE	
A IGREJA, que tente interferir no Estado, só promoverá baderna e
tumultua a ORDEM SOCIAL, pois não tem legitimidade para esse
fim.



3.9 - Política partidária e sacerdócio
       Ideologicamente a igreja Católica TRANSPARECE OU SE
APRESENTA COMO SOCIALISTA. Se assim é, então porque o
regime governamental do Vaticano não é Comunista ou Socialista?
Sabemos que o sistema governamental do Vaticano é uma espécie de
MONARQUIA	VIATALÍCIA	(PAPADO	VITALÍCIO)	É lá onde está
uma das maiores concentrações de renda do mundo. É um dos
maiores poderes econômicos do Mundo, e nos vem com a máscara
de distribuição de bens e renda, pregando a justiça social? Não
somos contra distribuição de renda. Mas pensamos que só se dis-
tribui renda realmente com justiça, pela via da EDUCAÇÃO DE
BOA QUALIDADE E IGUAL PARA TODOS! Sabemos que uma
das fortes atividades do catolicismo é o ensino privado, inclusive
é detentor de grandes estabelecimentos de ensino superior. É de-
tentor também de clinicas hospitalares privadas. Sempre renega
e fala mal da riqueza, mas habita os melhores e mais pomposos
Castelos, possuem os melhores veículos do mercado, e não dis-
pensam as doações dos ricos, inclusive cobrando em dinheiro as
orações. Não rezam para defuntos, não batizam, e nem casam de
graça. Abraçam os pobres e pregam a distribuição de bens e ren-
da, mas não dão do que possuem. Cadê a distribuição de bens e
renda? Cadê a justiça social? Cadê a Salvação da Alma?
       Entendo que Política partidária e Sacerdócio são frontalmen-
te incompatíveis. Mas isso é hoje uma prática bastante disseminada
Livro A Raiz da Violência no Campo Brasileiro - Autor: Francisco Ramos Corrêa
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Livro A Raiz da Violência no Campo Brasileiro - Autor: Francisco Ramos Corrêa

  • 1. Francisco Ramos Corrêa A Raíz da Violência no campo brasileiro: Se cuida Brasil ! Guaraí/TO 2009
  • 2. C824 v Corrêa, Francisco Ramos. A Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil!/ Francisco Ramos Corrêa. Guaraí: S. n., 2009. 64p. Bibliografia. 1. Trabalho escravo. 2. Violência no campo. 3. Reforma agrária. 4. Direitos trabalhistas. I. Título. CDD (21ª ed.) 362.042 (Catalogação na fonte – Bibliotecária Ysabella C. G. Macêdo CRB2/1191)
  • 3. PREFÁCIO Este trabalho consiste em duas partes, e a princí- pio a nossa intenção seria publicação em separado, mas devido o alto custo, resolvemos pela publicação conjun- ta. Na primeira parte, denominada “A VIOLÊNCIA NO CAMPO BRASILEIRO - Se cuida Brasil”, fomos mo- tivados por discordarmos da maneira que o nosso País considera e age a respeito do chamado TRABALHO ESCRAVO; por considerarmos exagerada a fiscalização trabalhista direcionada ao Campo brasileiro; por en- tendermos que os direitos trabalhistas devem ser dife- renciados e mais flexíveis para o campo brasileiro. Por entendermos que a violência no campo tem raízes no próprio sistema político/social que vem sendo praticado na política fundiária nos últimos anos, e na proliferação do MST, e de ONGs nacionais, subsidiadas pelo próprio sistema organizacional federal, por entendermos que o Sistema federativo nacional poderá está praticando um ilícito eleitoral aplicando os atuais programas sociais, os conhecidos programas de transferências de bens e renda. E por fim, por percebermos que o direito de pro- priedade está vulnerável em nosso País. A segunda parte denominada SALVAÇÃO DA ALMA – mito ou verdade? consiste na nossa manifes- tação quanto à proliferação desordenada das diversas seitas religiosas no Brasil, onde a ganância pelo dinheiro
  • 4. ou pelo Poder Político Partidário (poder Estatal) se mis- tura com a atividade religiosa, transformando a religião em palco político e meio de comércio livre de impostos. Como também percebe-se que a miscigenação da política partidária com a religião está crescendo vertiginosamente no País, onde o Poder Político é facilitado pelo corpora- tivismo religioso, deixando prejudicados os cidadãos co- muns que se inibem e recuam no processo eleitoral, sendo que a sociedade está perdendo estímulo, e o País perden- do na qualidade de uma boa parte de seus políticos. Con- siste ainda em observar a interferência de algumas ONGs religiosas no sistema Estatal, trazendo sérios transtornos sociais e incentivo à violência no Campo em nosso País.. F R Corrêa :.
  • 5. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família. À esposa Iracema da Silva Pinto Ramos, aos nossos Filhos; Hugo Pinto Corrêa, advogado, Heitor Pinto Corrêa e Iara Pin- to Corrêa, enfermeiros. A todos os Policiais brasileiros, em especial aos colegas Policiais Rodoviários Federais, colocando em primeiro lugar aqueles com os quais con- vivi diuturnamente na Unidade Operacional de Guaraí em toda a minha trajetória por mais de 29 anos, e os do meu Distrito, no Tocantins. Agradeço imensamente a participação e o incen- tivo daqueles que de alguma forma me ajudaram com críticas ou elogios como os meus filhos, , e porque não; àqueles que são a razão maior, ou os anfitriões deste hu- milde labor; às vítimas da violência, das invasões em geral, e aos camponeses incompreendidos e que sofrem com peso do braço da Lei trabalhista brasileiros, àque- les que se afligem e se desesperam com a vulnerabi- lidade do direito de propriedade e/ou com a inércia do sistema agrário na regularização fundiária. Dedico tam- bém àqueles que no intuito de conhecer a verdade reli- giosa, às vezes são vítimas de explorações financeiras e torturas psicológicas disfarçadas, praticados por seitas que não primam realmente pelos ensinamentos que di- recione ser humano no caminho da verdadeira Salvação
  • 6. da alma. Não poderia deixar de agradecer e reconhecer a importantís- sima participação voluntária e gratuita do ilustre amigo, Professor da Língua Portuguesa, JOSÉ RODRIGUES COSTA (ZÉ CAPOTEIRO) e à sua filha JOQUEBEDE RODRIGUES MOURÃO que fizeram a revisão ortográfica deste trabalho. OBRIGADO! F R Corrêa : .
  • 7. SUMÁRIO 1 - Apresentacão ..............................................................................09 2 - A violência no campo brasileiro: se cuida Brasil.......................10 2.1 - Trabalho Escravo .................................................................... 11 2.2 - A Raiz da violência no campo brasileiro ................................14 2.3 - Os direitos trabalhistas rurais precisam ser flexibilizados ......19 2.4 - Reforma agrária e direito de propriedade ...............................21 2.5 - Responsabilidade Social e educação ......................................23 2.6 - Política partidária e os Bolsas Federais ..................................26 3 - Salvação da Alma: mito ou verdade ..........................................37 3.1 - Origem da vida dos seres animado .........................................42 3.2 - Batismo ...................................................................................43 3.3 - Juízo Final...............................................................................44 3.4 - A volta de Jesus.......................................................................46 3.5 - Mentir em nome de Deus........................................................49 3.6 - Espíritos bons e espíritos maus...............................................50 3.7 - Ministérios religiosos .............................................................52 3.8 - Igrejas e movimentos sociais ..................................................54 3.9 - Política partidária e sacerdócio ...............................................57
  • 8.
  • 9. Francisco Ramos Corrêa 9 1 - Apresentacão do autor O meu nome é FRANCISCO RAMOS CORRÊA, sou filho de camponês maranhense, nasci em 21 de março de 1948, sou casa- do, pai de três filhos e trabalho na Polícia Rodoviária Federal desde 1979. Presto serviços na Unidade Operacional de Guaraí-TO. Toda a tradição da minha família é camponesa. São pessoas que até hoje vivem no campo. Tanto eu como meus pais e quase toda a nossa famí- lia temos terras e atividades no Campo. Então, falo do que conheço, principalmente a lavoura familiar manual. Sou técnico em contabili- dade, mas não cheguei a exercer essa profissão. A profissão que exerci por mais de dez anos, foi a de barbeiro/cabeleireiro, em Miracema do Norte, hoje Miracema do Tocantins, cujo estabelecimento tinha o nome de “SALÃO CORRÊA”. Sou católico. Estudei em colégio de freiras. Quando jovem fiz o Chamado TLC – Treinamento de Líderes Cristãos e depois de casado fiz o CURSILHO DE CRISTANDADE, ambos feitos em Centro de Treinamento Católico, e admito que deva parte de minha minúscula formação aos ensinamentos católicos, mas hoje vou às missas esporadicamente. Entrei para o quadro da Polícia Rodoviária Federal em 1º de outubro de 1979. Na minha função poli- cial respondi periodicamente pelo menor cargo de confiança aqui na Unidade Operacional de Guaraí-TO, e por pouco tempo. Sempre fui o Policial que atuei apenas no operacional da PRF. Mas sempre gostei de me manifestar nas questões de relevância dessa Instituição, porém nunca fui ouvido por estar como aquele último na fila hierárquica, e como tenho dito por lá, acho que na PRF existe certa inversão de valores que não possibilita o agente ser ouvido. Ainda que licenciado temporariamente, faço parte da Grande Loja Maçônica do Estado do Tocantins, tendo ingressado na Loja Mário Bering nº 08, Guaraí – TO em 1995, na qual fui ao grau de Mestre Maçon.
  • 10. 10 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! 2 - A VIOLÊNCIA NO CAMPO BRASILEIRO SE CUIDA BRASIL!!! Entendo que a VIOLÊNCIA no Brasil é um dos mais com- plexos problemas a se resolver. A origem e as razões da violência envolvem uma gama de fatores de ordem organizacional no sistema brasileiro que precisariam ser revistos em nossa Constituição. Gostaria de me manifestar quanto a esse assunto, estendendo ainda o meu ponto de vista a todas as autoridades deste País. Co- meçando pelo chamado TRABALHO ESCRAVO tão badalado nos últimos tempos, e principalmente sobre a raiz da violência no Campo Brasileiro. Caríssimo leitor, essa matéria ou o seu tema central foi ba- sicamente escrito em setembro de 2006, pois na época eu pretendia encaminhá-la a um evento que estaria ocorrendo em Palmas-TO so- bre o trabalho escravo, mas ao longo do tempo venho inserindo ou modificando algum tópico para melhor complementá-la ou adequá-la conforme o tempo passa, ou obtenho mais dados, e por fim resolvi torná-la de conhecimento público em forma de livro.
  • 11. Francisco Ramos Corrêa 11 2.1 - Trabalho escravo Primeiro faço uma observação: Acredito que o assunto TRA- BALHO ESCRAVO aqui no Brasil hoje, é algo sensacionalista e não condiz com a realidade. Até porque são casos isolados. Não é uma regra, ou uma tendência no País. Entendo que escravidão é outra coi- sa... Tenho colegas Policiais Rodoviários Federais que participam de planos estratégicos e operações de combate a este tipo de trabalho, e penso que é um exagero, por exemplo, considerar-se que somente porque alguém não tem uma carteira de trabalho assinada, seja classi- ficado como trabalhador escravo, pois muitas vezes tais trabalhadores recebem pelo que fazem até numa proporção maior do que o salário mínimo oficial do Governo Federal. Exemplo: Um diarista aqui em nossa Região recebe não menos que 20 reais por dia. (época. Julho de 2007). Tirando os feriados, trabalha mais ou menos 25 dias cada mês. Mas é apenas ponto de vista. Vamos ao que interessa, porque sei que esse tipo de trabalho está relacionado ao que segue: Primeiramente vamos aos motivos pelos quais no meu pouco entender houve nas três ou quatro últimas décadas passadas, uma fuga quase em massa dos trabalhadores do campo para as periferias das grandes cidades brasileiras. Isso ocorreu a meu ver, principalmente com o advento da Cons- tituição de 88, devido às exageradas ou equivocadas conquistas dos sindicalistas, associações e políticos radicais, que reduziram o tem- po para a aquisição do DIREITO DE POSSE. Reduziram também os prazos para que alguém tenha direito à USUCAPIÃO. Leis e medidas trabalhistas diversas estenderam todos os encargos sociais trabalhistas que antes eram aplicados somente no trabalho formal urbano, ao tra- balho no Campo brasileiro.
  • 12. 12 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! Tal situação fez com que houvesse um esvaziamento do cam- po, porque quem mantinha alguém em suas propriedades como sim- ples agregado os mandou embora. Muita gente vivia nas fazendas sem contrato de parcerias e sem vínculo empregatício, (mas ali prestavam serviços e se auto-sustentavam trabalhando na lavoura sob a ADMI- NISTRAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DA FAZENDA). É verdade que não existiam garantias ou vantagens trabalhistas, mas aquele povo vivia feliz e não passava fome. Embora a demografia do país fosse menor, o campo era mais povoado. Os fazendeiros tiveram medo de perderem suas propriedades devido à redução dos prazos para Direito de Posse e ao Usucapião, também devido não suportarem o peso dos encargos trabalhistas, somados à burocracia para a regularização dos trabalhadores no Sistema, se viram ameaçados e mandaram toda essa gente embora. Esse povo foi para as periferias dos grandes centros ur- banos brasileiros, sem escolaridade, e sem oportunidades de trabalho ou opção de vida. Assim sendo partiram para o óbvio; sobreviver às suas próprias custas. Era um povo sem escolaridade, sem profissão nem trabalho, e como o crime dá lucro e quase sempre fica impune, muitos partiram para o crime. É o que entendo que houve. Atualmente, os fazendeiros que necessitam de um núme- ro maior de trabalhadores, estão terceirizando o serviço. Em vez de contratar várias pessoas, contratam apenas uma pessoa, o chamado “gato”, que é na verdade um empreiteiro e agenciador informal de trabalhadores. Todos esses trabalhadores só gostam de se alojar o mais perto possível do local de trabalho (que é no campo), ou melhor dizendo, no mato! Explicando melhor, é que para se abrir uma área no campo, primeiramente tem que se desmatar. Em locais de matas mais densas esse serviço é quase sempre feito de forma manual ou com motos-serra. Assim sendo as condições de trabalho e alojamento são realmente muito rústicas, porém práticas. É ali que está a maior parte do verdadeiro trabalho que a mídia o chama de TRABALHO ESCRAVO.
  • 13. Francisco Ramos Corrêa 13 Então só é feito assim. Eu mesmo quando morava na roça tra- balhava assim com meus irmãos, o nosso pai e outros companheiros de fora, na maioria das vezes os nossos agregados é que eram pagos para nos ajudar. Esses companheiros de fora, moravam como agrega- dos na nossa propriedade ou nas propriedades vizinhas. Era só avisá- los, administrá-los marcando o dia, a hora, e o serviço era feito. Quando o trabalhador não recebe, aí é outra história. Está erra- do. Então vamos tomar providências. Neste caso não diria que o em- pregador seja um escravizador, mas sim um caloteiro. Acho que não são escravos porque fazem a única coisa que às vezes sabem fazer, e o que querem fazer. O que eles não sabem mesmo é se autoadminis- trarem. Mas se receberem em proporções, não inferior ao salário mí- nimo oficial do governo federal, paciência. Não pode ser escravidão até porque nem sempre é uma situação permanente. É UMA OPÇÃO DE TRABALHO TEMPORÁRIO QUE A PESSOA FAZ, PELO LO- CAL E POR AQUELE VALOR. FOI ALÍ QUE ELE ENCONTROU TRABALHO, E SE FOSSE TRABALHAR PARA SÍ PRÓPRIO A SITUAÇÃO PODERIA SER PIOR! É MELHOR TER AQUELE TRABALHO FAZENDO O QUE SABE FAZER, DO QUE NÃO TER NADA.
  • 14. 14 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! 2.2 - A raiz da violência no campo brasileiro Pelos motivos expostos acima, começaram as invasões da coisa alheia, que hoje nada mais é do que “CULTURA DA INVA- SÃO” no Brasil. Aqui, certamente está A RAIZ DA VIOLÊNCIA, SEM CONTROLE E SEM PERSPECTIVA DE CONTROLE den- tro da linhagem da atual política educacional, agrária, trabalhista e de segurança pública que temos, (novembro de 2007). Estou dizendo isso porque sou de origem camponesa e trabalho no rol da segurança pública já completando três décadas, em uma das regiões do País que mais ocorre esse tipo de situação, e vejo que cada dia a coisa só vai piorando. Falando-se de VIOLÊNCIA, NUNCA SE PODE DIZER: HOJE ESTÁ MELHOR QUE ONTEM! Então não há mais controle. Para reverter essa cruel situação, o País precisa de urgentes mudanças ORGANIZACIONAIS NO SEU SISTEMA. O que vemos hoje são pessoas sem esclarecimentos intitula- dos de trabalhadores, manipuladas por irresponsáveis inteligentes, (líderes de Ong’s diversas) desafiando a polícia e o próprio Estado de Direitos. São invasores invadindo até o Congresso Nacional. O nosso País caminha para uma situação em que em breve, as Institui- ções Policiais precisariam pedir ajuda do Ministério do Trabalho no sentido de exigir a sua própria segurança no exercício da função. E o Ministério do Trabalho iria invocar a quem para dar proteção à Polí- cia? Pergunta-se: como será o comportamento futuro, e o conceito de direito de propriedade dessa geração de jovens que vivenciam as invasões como se fossem algo legítimo e atualmente considerado nor- mal e até banal? Vejam que grande parte desses jovens chega aos as- sentamentos pela via da invasão que a consideram como uma grande
  • 15. Francisco Ramos Corrêa 15 conquista e bravura. É a chamada “LUTA” tão divulgada nos meios políticos partidários. Isso não é alimentar a violência? Mas é legítimo. É coisa oficial no Brasil. Se cuida Brasil! Ora, ninguém faz o que está ocorrendo no Brasil sem um ideal, sem dinheiro e muito menos sem liderança ou orientação. Então tem algo por trás... Com que objetivo? Trecho inserido em 08-03-08. “Cenas como as que foram mostradas pelo Jornal Nacional TV Globo em instalações da VALE, em Açailândia – MA e no Rio de Ja- neiro, hoje, 08/03/08, nos preocupa sobremaneira. Chega-se a pensar que o nosso querido Brasil não é mais o País que queremos morar. O MST, COM SUAS BANDEIRAS VERMELHAS, INSTITUCIONA- LIZOU A VIOLÊNCIA NO PAÍS! Consigo arrasta as demais Ongs de todos os cantos do País, que se somam nos atos de vandalismo e violência. Prevalecem-se de um discurso democrático em suas con- turbadas ações, mas agem realmente como VÂNDALOS E MALFEI- TORES. A violência é sempre divulgada pelos meios de comunicação nacionais, mas QUALQUER PUNIÇÃO NUNCA É CONHECIDA PELA NAÇÃO. Configura-se uma tática para que cada vez mais o cidadão de bem se cale, recue ou nunca reaja. Será que ficam todos impunes mesmo? Chega-se a pensar: Um REGIME DEMOCRÁTI- CO PLENO é realmente viável para um país nas atuais condições do Brasil? Ou a democracia só funciona plenamente nos países de pri- meiro mundo? Sinceramente essa situação nos dá arrepios de medo. São cenas estarrecedoras, onde vândalos destroem ou se apossam do que é alheio. Cadê o direito de propriedade? ---- Caro leitor, você ima- gine: esse tipo de gente é que fica nas margens das estradas brasileiras e muitos recebem cestas alimentícias do Governo Federal através do BOLSA FAMÍLIA, INCRA, FOME ZERO etc. Se são assistidos, ou
  • 16. 16 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! contemplados pelos programas sociais (bolsas) porque razões promo- vem tais atos de vandalismo? Com essa política, ainda que de forma NÃO INTENCIONAL, na prática é como se o DINHEIRO PÚBLI- CO ESTIVESSE FINANCIANDO A VIOLÊNCIA. São organizados, orientados pelas ONGs das quais muitas recebem dinheiro público para se manterem, (portanto, coisa oficial ou juridicamente legal), in- clusive ONGs da IGREJA CATÓLICA. Que país é este? Qual seria o louco que atualmente se arriscaria a investir nesse País, na condição de desordem que se encontra? SUGESTÃO – O Governo Federal tem que cortar toda e qual- quer assistência para quem fizer parte desse tipo de ação. Precisa urgentemente modificar a Constituição, de modo a proibir terminan- temente que qualquer cidadão que; RECONHECIDAMENTE fizer parte de alguma ONG OU QUE SEJA FILIADO A ALGUM PARTI- DO POLÍTICO, e que venha a fazer parte direta ou indireta nos mo- vimentos sociais que resultem em vandalismo, SE CANDIDATEM a qualquer cargo eletivo no País, pois seriam candidatos ou militantes que estariam concordando ou até incentivando ações criminosas, ti- rando proveito de tais ONGs ou PARTIDOS, para se beneficiarem deixando em enorme desvantagens os candidatos que não fazem parte desses movimentos. Como também não há nenhuma razão para quem está sendo as- sistido ou amparado pela Nação através do DINHEIRO PÚBLICO, se envolver com vandalismo ou ações criminosas, e muito menos pode crescer politicamente às expensas do dinheiro público. Essas ações só existem porque alguém está levando vantagem. Se tiver vantagem, todos querem e a coisa só vai aumentar! Se o governo não fizer algo para NEUTRALIZAR esse tipo de ação urgentemente, estará proporcionando incentivo à criação de novas Ongs e Movimentos Sociais PARA AGIREM CONTRARIA-
  • 17. Francisco Ramos Corrêa 17 MENTE; pois uma ação, só se combate com uma ação contrária que a neutralize. E aqui fico a imaginar: O artigo 1.210 do Código civil brasileiro diz o seguinte: “O possuidor turbado, (seria o mesmo que invadido) poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, con- tanto que o faça logo; e os atos de defesa ou de esforço, não podem ir além do indispensável à manutenção ou restituição da posse.” Ora, se o MST e demais Ongs se organizam, dão treinamentos, cursos, etc. Parece que já têm até Faculdades para esse fim, e vejam; AGINDO SEMPRE NA SOMBRA DA DEMOCRACIA. O discurso é sempre muito democrático. O bandido ignorante é muito perigoso, mas o sa- bido ou inteligente é muito mais perigoso! Esse quadro social deverá obrigar os fazendeiros, o agronegócio e por fim a sociedade de bem e organizada, seguirem o mesmo caminho. Usarem o conhecido discur- so democrático e agirem para se defenderem. É lei natural de quem se sente turbado, ameaçado, ou agredido! E não descarto a possibili- dade de serem criadas ONGs e mais ONGs neste País para combater as ações do MST. Seria o caso de criar-se por exemplo uma ONG com a seguinte sigla: MCI – MOVIMENTO DE COMBATE ÀS IN- VASÕES, com abrangência nacional, com o objetivo de bloquear as invasões do MST. Seriam ONGs legais e legítimas, podendo inclu- sive ser subsidiadas pelos organismos governamentais e receberem doações privadas diversas. Porque não, se apenas estariam seguindo o exemplo do MST, e garantidas pela nossa constituição e Código Civil? Os Estados do Sul do País já iniciaram ações nesse sentido. Já ouve confronto entre organizações de fazendeiros e o MST. Isso ocor- rendo será a total ausência do Estado de Direito responsável pela garantia da ordem da Nação. O que poderá ocorrer daí para frete? Não é esse o País que queremos. Queremos um “Brasil próspero, or- ganizado, decente e ordeiro.” “ Nota do autor: Em 26 de fevereiro de 2009 esse trabalho es-
  • 18. 18 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! tava nas mãos do Professor JOSÉ RODRIGUES COSTA, tendo como colaboradora a sua filha JOQUEBEDE RODRIGUES MOURÃO, procedendo a sua revisão ortográfica. Então, comungando com o nosso pensamento, o Brasil, e por- que não dizer, boa parte do Mundo assistiu estarrecido o noticiário da Rede Globo de Televisão, Programas Bom Dia Brasil e Jornal Nacio- nal, onde na calada da noite, enquanto o povo brasileiro brincava o carnaval/2009 o MST também fazia o seu carnaval de invasões pelo País a fora, principalmente em São Paulo. Na oportunidade o Ex- celentíssimo Dr. Gilmar Mendes, então Ministro do Supremo Tribu- nal Federal brasileiro, falara que o repasse de dinheiro público para o MST caracterizava que a sociedade brasileira estava financiando a violência! No mesmo sentido, o respeitável jornalista Alexandre Garcia ao comentar os fatos idênticos, onde mais uma invasão havia ocor- rida em Xinguara –PA, dissera no Bom dia Brasil do dia 02/03/2009, que o MST não respeita a Lei e se antecipa onde bem entende, fazen- do justiça com as próprias mãos.... Isso tudo me deixa convicto de que ainda que um pouco atrasado, esse humilde trabalho não ficará em vão!”. Não concordamos que aqui no Brasil, o trabalhador do campo seja enquadrado na Lei trabalhista, nos mesmos requisitos que os tra- balhadores formais urbanos. Mas caríssimas autoridades brasileiras, como não se pode fa- zer uma crítica sem pelo menos apontar uma opção de solução, que- remos dar a nossa sugestão e com a convicção de que o Sistema go- vernamental brasileiro vai ter que fazer algo semelhante ao que esta- mos sugerindo adiante, sob pena de em breve, vermos no Brasil uma REVOLUÇÃO INTERNA! (ISTO É, DE FORMA DECLARADA E RECONHECIDA, PORQUE DE FATO, MAS DE FORMA ABA- FADA JÁ EXISTE HÁ MUITO TEMPO). PRESTEM ATENÇÃO.
  • 19. Francisco Ramos Corrêa 19 O efeito psicológico social em geral, principalmente para as partes envolvidas, (polícia e traficantes e/ou criminosos e seus familiares) nas operações de combate ao crime organizado no Rio e São Paulo não fazem nenhuma diferença dos mesmos efeitos sofridos pelas par- tes envolvidas, por exemplo, na recente Guerra deflagrada entre os Estados Unidos e o Iraque. E quanto às baixas nas duas comparações também não faz muita diferença. A diferença está apenas nas origens dos conflitos dos dois exemplos. 2.3 - Os direitos trabalhistas rurais precisam ser flexibilizados O governo federal precisa REVER URGENTEMENTE A LEI TRABALHISTA DE FORMA DIFERENCIADA para o campo, de maneira a garantir tão somente o seguro desemprego e as aposenta- dorias aos trabalhadores rurais. Nada mais. Tem que mudar requisitos da Constituição, aumentando o prazo para O DIRIETO DE POSSE E PARA A USUCAPIÃO, quando envolver terrenos rurais, mesmo para fins da agricultura familiar. Tem que transferir urgentemente para os Estados TODA A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA. Porque o INCRA, SE OS ESTADOS PODEM E TÊM MAIS ESTRUTURA PARA FAZER ESSE TRABALHO? Sabemos que no passado os Es- tados abusavam da distribuição de terras, mas hoje a situação é outra. Para tanto existe aí o Ministério Público federal e estadual como guar- diões da Lei e da sociedade, não se justificando mais somente o go- verno federal através do INCRA distribuir terras. Não estaria a União interferindo na a u t o n o m i a dos seus Estados, deixando somente o INCRA com essa responsabilidade? Cada Unidade da Federação não possui os seus respectivos Institutos de Terras? Essas medidas com certeza fariam diminuir a violência no Campo. Tranquilizaria o empregador rural. Resumindo: Três coisas estão aterrorizando o
  • 20. 20 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! homem do campo no Brasil: Primeiro a inércia do Sistema Fundiário. Temos propriedades esperando regularização há mais de 40 anos. Se- gunda coisa: O peso do braço da Lei trabalhista. E terceiro, as inva- sões promovidas pelas Ongs diversas. É só mexer nesses três pontos e o campo vai se encher de gente. Se a iniciativa privada do agrone- gócio absorver este pessoal, vai DESAFOGAR O GOVERNO, e em pouco tempo não será mais necessário manter os programas sociais de combate à fome e à miséria. A política fundiária ficando somente na alçada do governo federal caracteriza ser o seu maior aliado elei- toral. Queiramos ou não é sim um ilícito eleitoral. A União abraçou a responsabilidade de distribuição e regularização de terras para sí, o que é inviável ou quase impossível de resolver o problema, pois NÃO POSSUI ESTRUTURA FÍSICA NEM FINANCEIRA para re- solver o problema sozinha. Hoje, no Brasil temos um só Ministro de Desenvolvimento Agrário, um só Presidente do INCRA. O governo precisa REPASSAR A RESPONSABILIDADE de Regularizar Terras para os seus respectivos Estados, pois estes conhecem mais de perto as suas peculiaridades, desta forma o país terá em cada Estado, uma cabeça pensante com toda uma estrutura física e financeira. E quanto à violência? Com a atual política fundiária, o Governo Federal está possibi- litando que as ações do MST aconteçam de forma unificada nacional- mente. Ou seja, Ações desencadeadas em uma determinada Unidade da Federação se somam a militantes dos demais Estados e dá no que estamos vendo. INSTITUÍRAM UM MONSTRO SEM CONTROLE, A VIOLÊNCIA NO CAMPO, que se soma à violência urbana em todo o País. Distribuindo-se estas responsabilidades, iremos enfraquecer as ações do MST e demais Ongs a nível Nacional, porque em vez de eles pressionarem somente o Presidente da República, voltarão suas aten- ções para cada governador de Estado. Consequentemente a violência em geral diminuirá.
  • 21. Francisco Ramos Corrêa 21 2.4 - Reforma Agrária e Direito de Propriedade As invasões e ações de protestos no campo estão hoje em par- te, ligadas à Reforma Agrária. Mas não é somente por isso. Com as medidas apontadas acima, entendemos que se não acabar, diminuirão. Reinará a paz no campo e desafoga os centros urbanos, e o direito de propriedade não ficará ameaçado como está. Falando-se do direito de propriedade, aqui abro um parênte- se, para comentar um aspecto no mínimo curioso. Vejamos: Todo e qualquer funcionário público; isto, do Federal ao Municipal, é impe- dido por lei Federal a receber terras públicas, porque segundo a Lei, eles têm dedicação exclusiva à função pública e já estão beneficiados pelo Estado, inclusive depois de aposentados, que não teria o menor sentido, pois neste caso a pessoa não tem mais a obrigação pela de- dicação exclusiva ao serviço, não havendo mais nada que o impeça administrar o que possui, tenha o seu patrimônio a origem que tiver. Neste caso o argumento seria somente o amparo do sistema Estatal. Correto. Estão amparados, porém essa conquista muito raramente vem pela via da ajuda do estado, mas sim dos esforços de cada um. Porque então todos os contemplados dos programas sociais Federais, cujo mérito é exclusivo do estado, os quais são na verdade uma es- pécie de VITALÍCIOS FEDERAIS, portanto também amparados pelo governo, podem receber terras públicas enquanto amparados? Vamos ilustrar uma situação de discriminação realmente existente no nos- so País. O cidadão foi inserido no programa do INCRA para receber uma terra em Assentamento. Recebeu a terra, mas sem o documento definitivo, pois este só é entregue após cumprir a carência, a chamada Cláusula Resolutiva. Antes de receber o documento definitivo, com o
  • 22. 22 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! passar do tempo, adquiriu a condição de funcionário público (seria o caso do professor lá nos assentamentos do INCRA). Aí estará impe- dido de ficar com a sua terra. Estamos falando de situações existentes da qual temos conhecimento. Isso não caracteriza uma discriminação ou penalização ao funcionário público? Falamos no parágrafo anterior que as invasões estão em parte ligadas à reforma agrária, mas que não eram somente por isso. Cita- mos em parte, porque está claro que o objetivo não é somente a busca da tão falada transferência de bens e renda. É BRIGA PELO PODER ESTATAL. O discurso é a distribuição ou transferência de renda. É que A TERRA CUMPRA A SUA FUNÇÃO SOCIAL. O objetivo é realmente outro. É político. E é aí onde está o perigo dessa coisa para o nosso País, caracterizando um enorme desequilíbrio eleitoral onde usam a terra como trampolim para chegarem ao poder Estatal. Quem possui terras com áreas maiores hoje neste país está com o coração na mão, temendo invasões a qualquer momento, ou mesmo a visita do Ministério do Trabalho que muitas vezes revolta, desestimula, ou até inviabiliza o camponês a continuar a sua ativida- de. Não só terras, mas também outros bens do cidadão ou do Estado, principalmente os imóveis. Aliás, não há mais qualquer critério ou alvo para as invasões. Há muito tempo, GRUPOS ORGANIZADOS DENOMINADOS SEM... SÃO OS SEM TUDO..., estão atacando caminhões carregados seja lá do que for, e saqueando as mercadorias nas rodovias, depredando o bem ou a carga, dando demonstração clara de que a luta não é mais somente para sobreviver... Percebe-se que o importante para esses malfeitores é DESA- FIAR O SISTEMA ESTATAL! SÃO AQUELES DO QUANTO PIOR MELHOR. Hoje no Brasil para se investir no Campo tem que pensar duas vezes, porque o MST invade a coisa alheia sem nenhum critério. Acha que está acima da Lei de todos.
  • 23. Francisco Ramos Corrêa 23 Enquanto o resto do mundo não mais tolera esse tipo de com- portamento, isso ocorre a passos largos no Brasil. Com as medidas sugeridas acima, com um só ato, o governo estaria transferindo milhões de trabalhadores urbanos para a iniciativa priva- da no Campo, e os fixando na terra. 2.5 - Responsabilidade social e educacão O governo federal está com um fardo muitíssimo pesado nas costas, querendo carregar toda a carência social sozinho, como se o povo brasileiro fosse propriedade sua, e que deles faz o que bem qui- ser. Ora, são milhões de pessoas com baixa escolaridade, altamente carentes, (realmente presentes em nossa sociedade) que se encaixaria muito bem na agricultura por ser ainda um mercado de trabalho me- nos exigente na qualificação da mão de obra. Porque não proporcio- nar isso ao País? Da forma que está, achamos que vai chegar um momento que a “COISA PODERÁ ESTOURAR!” Para evitar esta conse- quência o governo precisa DE IMEDIATO, DIVIDIR RESPON- SABILIDADES. DEPOIS INVESTIR TUDO QUE PUDER NA EDUCAÇÃO como já falamos várias vezes. É claro que a solução pela via da educação será a longo prazo. A menor prazo será a dis- tribuição de responsabilidades administrativas. A solução do país é CONSTITUCIONAL, e está no campo e na educação.
  • 24. 24 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! Trecho inserido em 23/10/2008. Matéria que foi ao ar pela TV Globo Jornal Nacional: confir- mando o que dissemos acima, a TV Globo informa que uma recente e confiável pesquisa, mostrou que 77% da população brasileira é urba- na, e que 29% deste total vive nas favelas ou periferias. Sobram então apenas 23% para o campo. “Se somarmos todas as áreas urbanas dos 5.564 municípios brasileiros e diminuirmos dos 8.511.000 quilôme- tros quadrados que tem o Brasil, veremos que o nosso campo está realmente despovoado, e que a população favelada é muito grande.” Antes, não tão distantes propriedades rurais mantinham vários agregados ou empregados. Atualmente quase não tem mais gente nas fazendas, exceto os assentamentos do INCRA que ainda representa um quantitativo muito pequeno em comparação com população do País. E pior, NÃO TEM COMANDO. NÃO HÁ ADMINISTRADOR PARA ESSE PESSOAL NOS ASSENTAMENTOS. Ficam à mercê de um presidente de associação ou sindicato. Esses na verdade só servem de ligação entre os assentados, os políticos, o INCRA e os bancos, anga- riando vantagens financeiras ou políticas para si ou seus apaniguados. Quase todos esses líderes viram políticos, tornando esses assentamen- tos em verdadeiros CURRAIS ELEITORAIS FECHADOS. Quando não são candidatos, são cabos eleitorais. Em muitos casos tais assen- tamentos são uma verdadeira FAVELIZAÇÃO RURAL. Ali proli- fera a droga, todo tipo de violência e algo muito grave que é o des- respeito à natureza. Onde existem assentamentos não há mais peixe, nem caça, nem madeira. Outro aspecto que é importante observar-se. Grande parte deles, (por não serem realmente pessoas do campo) não se fixa por lá. Eles são uma espécie de lançadeiras de tear. Vão e vol- tam, vão e voltam. Existem lotes de determinados assentamentos que já passaram por inúmeras mãos. Enquanto as grandes cidades brasileiras estão com sua demo-
  • 25. Francisco Ramos Corrêa 25 grafia inchada, o campo está vazio, porque os fazendeiros não se ar- riscam a deixar consigo gente privilegiada com mecanismos legais, que faculta tomar a propriedade de alguém, ou inviabiliza o lucro. Ninguém se arrisca a jogar o que tem fora. Com a atual política de re- forma agrária, tipo “conta gotas” (esta comparação se deve ao obser- var a procura em relação à oferta no INCRA) como a que está sendo praticada pelo INCRA, NÃO SE POVOA o campo brasileiro princi- palmente com justo equilíbrio. As medidas federais têm que ser de forma que com um ato só, atinja a todos de uma só vez, onde a popu- lação escolhe a sua opção de ir para o campo de forma generalizada, sem nenhuma espera imposta pelo sistema agrário, com garantias de permanência para quem optar pelo campo, e garantias também de que o proprietário (empregador) que vier absorver esse pessoal não corre risco de perder o que possui. Daí para frente o papel do Estado, seria dar educação, saúde e infra-estrutura, crédito, incentivos na agricultu- ra, pecuária; em fim, ao agronegócio em geral. A atual política do INCRA limita as áreas a serem Regulariza- das em áreas pequenas. Quando por pressão da política agrícola e da sociedade camponesa, aumenta o tamanho das áreas para regulariza- ção, fica só no papel. O governo só prioriza os assentamentos ou as menores áreas. A coisa existe na Lei, mas não existe de fato. O país fica sempre amarrado, porque quanto mais o governo assenta gen- te, mais os agenciadores arranjam gente para inserir nos programas de assentamentos, ficando sempre as áreas maiores para trás. Procure saber, caro leitor, se hoje, outubro de 2008 não existe mais gente na listagem para serem assentados do que outubro do ano passado. Não seria melhor o governo liberar INCONDICIONALMEN- TE o tamanho das áreas e incentivar o cidadão camponês com pro- gramas viáveis, que possibilite os menos favorecidos a se fixarem no campo como agregados, comodatários, arrendatários ou outra moda- lidade nas propriedades rurais com créditos para trabalharem? Não
  • 26. 26 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! seria mais fácil, mais prático e menos oneroso para o País, em vez de só o INCRA Regularizar e/ou assentar colonos; cada Unidade de Fe- deração fazer essa função e resolver bem mais rápido a sua respectiva situação agrária de acordo com a peculiaridade local? Em que consiste cada Unidade da Federação? Um Estado, subdivisão administrativa da Federação. Em tese estes são AUTÔ- NOMOS. Têm o seu Governador, a sua Constituição a sua estrutura organizacional, mas na prática são parcialmente autônomos. Porque não assumirem autonomia total e administrarem suas respectivas Ter- ras em seus perímetros geográficos? Se liga Brasil! 2.6 - Política Partidária e os Bolsas Federais Já imaginaram no momento em que o governo federal não pu- der mais dar comida de graça para os milhões de carentes que estão recebendo hoje os benefícios advindos dos atuais programas sociais de transferência de Renda? Entendemos que esse problema se agra- vou após a INSTITUIÇÃO DA REELEIÇÃO No Brasil. Cada Presi- dente da República que se elege vem com mais medidas populistas, instituindo mais programas tipo os bolsas, com o objetivo de se reele- gerem ou garantir a sucessão. Primeiro foi o chamado BPC – Benefício de Prestação Conti- nuada. Parece-nos que ele atende hoje mais ou menos quatro milhões de pessoas. Não teve um criador específico, neste caso tratou-se de um interesse social nacional. Foi criado pela constituição de 88, ou seja, pelo país através da Constituinte. Tem vinte anos de criação e ainda é pequeno. Em 2004, foi criado pelo sistema de governo federal, o Bolsa Família. Essa é na verdade um situação diferente, pois trata-se
  • 27. Francisco Ramos Corrêa 27 de uma coisa partidário e não de interesse nacional. Tem atualmente, em dezembro de 2008, pouco mais de quatro anos de criação e já tem mais de quarenta milhões de pessoas beneficiadas. É muito recente para já estar com esse volume de pessoas. Esse programa é uma via- gem sem volta que o País fez. Ninguém hoje pode se lançar candida- to a Presidente da República no Brasil com um discurso de que vai mudar a política social e que esses programas serão substituídos por outra coisa, pois estaria fatalmente fora da competição. Mas será que esse é o único caminho para se fazer justiça social, ou é o mais fácil? --- É realmente bem cômodo. É só tirar de quem trabalha e distribuir para quem não trabalha. --- Não podemos afirmar se por isso, mas a verdade é que temos no Brasil uma carga tributária, talvez a mais cara do Globo Terrestre! Não se estaria no Brasil praticando um ilícito eleitoral ao dar de graça benefícios e mais benefícios? A não ser que esses bolsistas NÃO VOTASSEM, o que iria de encontro à nossa Constituição que exceto algumas insignificantes restrições, garante o direito de todos votarem e serem votados. Se o Supremo Tribunal Eleitoral brasileiro proibisse os bolsistas federais votarem, seria bem provável que ne- nhum político falasse em fome no Brasil.... Entendemos que culturalmente a Nação Brasileira não está preparada para entender o que seja democracia plena, nem o que são direitos e deveres governamentais, quando dos 127,4 milhões de elei- tores que temos, mais da metade sabem apenas ler e escrever ou não concluiu o 1º grau (fonte – Jornal do Tocantins, edição de 20/01/2008, fl. 3, (Dora Kramer). Pergunta-se: Quem não tem discernimento, tem capacidade de correta escolha em processo eleitoral? Vejamos que dentro dessa parte menos esclarecida de nossa população é onde estão todos os Bolsistas Federais e a grande maioria FILIADOS A PARTI- DOS POLÍTICOS, PERTENCENTES À ANTIGA ESQUEDA, QUE HOJE JÁ TORNOU-SE POLLÍTICA DE DIREITA. Isto demonstra
  • 28. 28 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! a grande facilidade de manobra ou manipulação do nosso povo pelos políticos. Acorda Brasil! Existem sim, formas de políticas públicas mais eficientes e mais justas para todos! Nós temos no Brasil uma Lei eleitoral que pune severamente a questão da compra de votos. Parabéns! Deve ser realmente coibi- da essa lamentável prática, principalmente porque um candidato não sabe quanto o seu adversário tem no bolso, todavia pergunta-se: Do ponto de vista prático e objetivo quanto ao sistema eleito- ral, que diferença faz as cestas básicas oficiais dos atuais programas assistenciais do governo federal e aquelas que os candidatos oferecem aos seus submissos eleitores por ocasião das eleições? (As cestas con- sideradas crimes eleitorais) Por acaso os criadores dos programas bol- sas NÃO SOBEM E DISCURSAM NOS PALANQUES DOS SEUS PREFERIDOS CANDIDATOS, isso compreendidos aí do vereador ao Presidente da República? Não foram, não são, ou não serão bene- ficiados por isso? Não distribuem bolsas nas vésperas das eleições? Não serão candidatos em alguma época? Porque somente o governo federal COM O DINHEIRO PÚBLICO, o que é mais grave; pode dis- tribuir benefícios em vésperas de eleições? Quando em alguma época tornarem-se candidatos não serão beneficiados por isso? Aquele que recebe um benefício não ficará eternamente grato? Qual é a única for- ma de pagamento que esses pobres coitados têm para oferecer como pagamento? Agradecidos e sem discernimento suficiente, eles querem retri- buir achando que o governo é bom porque está lhes dando as coisas, e então, pagam com o voto! Aí, se não for compra é aliciamento, pode ser troca, submissão etc. A consequência ou o resultado não seriam diferentes; o voto na urna! Políticas públicas nestas condições eviden- ciam o que verdadeiramente pode se chamar de eleitores CATIVOS OU DE CABRESTO!
  • 29. Francisco Ramos Corrêa 29 --- Já dizia o saudoso Luiz Gonzaga: “Dar esmola a um homem são é viciar o cidadão.” Como será o futuro do Brasil com essa ava- lanche de cidadãos viciados a tudo receber de graça, principalmente a classe jovem? E o pior, são organizados social, político e financei- ramente através de ONGS, para forçar o governo a lhes darem mais e mais. É aquela história, tudo que vier é lucro, e se não der..., já sabe! Há outro aspecto interessante que se observa com essa prática de política e que vale ressaltar: A quantidade de pessoas que são in- cluídas nos programas sociais, os bolsas, é muito maior do que as que saem. Pelo menos aqui na nossa Região, (Região Norte) são poucos os que deixam de fazer parte desses programas por ter conquistado prin- cipalmente através do governo, uma situação privilegiada que dispen- se o tal benefício. ELES PRATICAMENTE SÓ ENTRAM E NUNCA SAEM DOS BOLSAS. O que os fariam sair dos programas sociais? Significativa melhora financeira proporcionada pelo Estado, ou pela iniciativa privada, ou escolaridade à altura de poder competir no mer- cado de trabalho. Sabemos que a alternativa por meio da educação só poderia ocorrer a longo prazo. Daqui a no mínimo vinte anos. Seria coisa para os filhos dos atuais bolsistas, porque eles próprios não estu- dam mais e não conseguem significantes melhora financeira por si só, que dispense o benefício. O que se observa na atualidade é que ainda que melhorem de condições financeiras, eles permanecem. São uma espécie de vitalícios Federais. Então está claro que o objetivo não é somente tirar os milhares de carentes e INESCLARECIDOS do Caos da Necessidade Humana. O discurso é uma coisa, mas a realidade é outra coisa. ACORDA BRASIL!... O sistema trabalhista brasileiro está impondo na marra, que o agronegócio se responsabilize a carregar esse pesado fardo, que é a equiparação dos encargos trabalhistas formais urbanos, com o traba- lho no campo. É uma espécie de ROLO COMPRESSOR do governo federal agindo no campo, com o Ministério do Trabalho, Ministério
  • 30. 30 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! Público, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal integrados ainda com os organismos Estaduais, com um discurso de que estão comba- tendo o tal “TRABALHO ESCRAVO.” Quem mais sofre com isso? O empregador rural e o próprio trabalhador que ainda não conseguiu se encaixar nos Programas Sociais Federais, porque aquele que é re- almente trabalhador se é vítima do mau empregador, é uma potencial vítima do próprio sistema brasileiro, porque ainda que com uma car- teira de trabalho assinada, quando ocorre essa repressão aí sim ele fica realmente desempregado. Primeiro porque fica mal visto pelo empre- gador que vai informando para os demais sobre o chamado “dedo duro”. Aquele que denuncia. Aí, aquele não consegue mais trabalho na Região. Nem pouco nem muito! (Caro leitor, não existe nada pior para um cidadão, do que uma má informação que lhe desfavoreça. Como também, ao contrário, nada melhor que uma boa informação!) Qual o destino dele? Resta-lhe alojar-se às margens das rodovias ma- nipuladas por um espertalhão chefe de grupos, geralmente aquele que está sempre denunciando ou incentivando as denúncias trabalhistas, com o objetivo de trazer mais gente para o seu grupo ou associação. Quem passa a ser o maior ganhador nessa questão, o cidadão indivi- dualmente ou os políticos que pretendem se perpetuarem no poder? Acorda Brasil, acorda povo brasileiro! Você é o vilão dessa jogada e não percebe quem é o ganhador? Porque igualar direitos, se no Campo o cidadão não paga: ALUGUEL, IPTU, AGUA, ESCOLAS PARA FILHOS, E ATÉ A LUZ quando existe é paga pelo patrão? No bojo da legislação tra- balhista estão inseridos benefícios para os trabalhadores, que nem o próprio empregador rural tem para si ou para a sua família. Exemplo: banheiro com água quente. Na maioria das fazendas de nossa Região (centro do Tocantins) nem a energia elétrica existe. Se continuar assim, nós brasileiros poderemos ter uma grande fome no Brasil. Quando? Não sabemos, mas achamos que caminha-
  • 31. Francisco Ramos Corrêa 31 mos para essa situação. Porque se prevê isso? Ora, o pequeno agricul- tor não se garante. O que ele produz não excede a sua alimentação, e às vezes não dá. E as outras necessidades? --- Quem abastece o País atualmente é a lavoura comercial industrializada. E quando a lavoura comercial parar de produzir por tornar-se inviável, o que pode aconte- cer? Observa-se que grande parte das terras que eram plantadas aqui em nossa região já estão simplesmente abandonadas e pior; devastadas porque foram desmatadas e não se recuperam sem reflorestamento. A fome generalizada é uma coisa plenamente possível de acon- tecer porque estão invadindo e saqueando áreas plantadas e produti- vas aleatoriamente. Isso é revoltante e altamente desestimulante para alguém investir! Pouco ou quase nunca sofrem uma punição. Se exis- te punições o País não conhece. Mas quando há uma reação por parte das vítimas das invasões é um Deus nos acuda. O mundo inteiro toma conhecimento através da mídia e dos DIREITOS HUMANOS. Direi- tos humanos devem ser praticados dessa forma mesmo? Sabemos que o País tem dados estatísticos quanto à real situ- ação da nossa agricultura (pois só se ouve boas notícias as quais con- trariam esse nosso pensamento) mas mesmo assim vamos ilustrar uma situação para se ter maior clareza com exemplos dos mais simples possível: Para se colher um saco de arroz (em casca) hoje, estamos gastando no mínimo 50 ou 60 reais. (situação de maio de 2006 no To- cantins) Nesta mesma proporção estão os demais gêneros, milho, soja etc. Na época da colheita ninguém os vende por mais da metade do custo de produção. A questão da carne também não é muito diferente. Isso é o que se constata na prática do mercado. Não tem meio termo. É real. Conheço caso que o agricultor plantou e não colheu porque não compensava. (Faz. Cajá, Município de Guaraí-TO. Informação in loco.) Ofereceu para alguém colher e levar tudo para si, mas ninguém
  • 32. 32 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! quis colher, alegando que não compensaria. Ora, um diarista custa 25 reais (novembro de 2006). O fardo com 5 quilos de arroz limpo custa até menos de cinco reais nas prateleiras dos supermercados. O feijão e a carne idem. Tem mais os bolsas. Para que trabalhar? Claro que essa não pode ser a regra nem a tendência nacional, mas o fato é que existe esse tipo de situação. Conheço fatos, que o empregado NÃO QUER TER A CARTEIRA DE TRABALHO – CTPS, ASSINADA PORQUE RECEBE UMA BOLSA. Se tiver carteira assinada perde a bolsa que é mais cômoda. Será que o governo vai se responsabilizar, começando com os pais, amanhã com os filhos, e por fim cuidando de toda a descendência que vier? Aqui arriscamos uma previsão: É provável que essa situação perdure somente até a próxima eleição pre- sidencial que deverá ser em 2010. Senhores governantes e legisladores: Quem tem visão e tem realmente interesse de possuir terra neste País, TEM TERRAS. PARA QUEM NÃO SABE SE AUTO ADMINISTRAR, NÃO ADIANTA DAR TERRA. Mas a política agrária contemporânea acha que todos que procuram ou que são agenciados para tanto, devem receber terras do INCRA. Não se conhece uma política com critérios de seleção para alguém receber terras. A única imposição é não ter terras em seu nome. O resto é por ordem de chegada nos acampamentos de espera nas margens das Rodovias, pois dessa forma chamam mais as aten- ções da mídia, reforçam e fundamentam tal política, que no final de- ságua com milhões de votos nas campanhas eleitorais, principalmente as de Presidentes da República. Respeitáveis autoridades, vamos dar educação em primeiro lu- gar, mas vamos proporcionar emprego acompanhado de orientação técnica, que garanta equilibro financeiro e o auto- sustento do cida- dão. Para tanto e a menor prazo, só vemos como saída que resolva ou amenize este crítico quadro social se o governo der condições (por atacado, Isto é, com um só ato como foi sugerido ao longo desta maté-
  • 33. Francisco Ramos Corrêa 33 ria) para a iniciativa privada no campo brasileiro ajudar no RESGATE DO TRABALHO E EMPREGO. Não podemos fazer neste País a CULTURA DO “TUDO DAR DE GRAÇA”! É Constitucional: A coisa pública não pode ser de gra- ça para ninguém. Será que o governo brasileiro pensa em reaver em dinheiro os financiamentos e incentivos gasto pelo INCRA com os assentados? Está na Lei, que existe uma carência para os assentados começarem a pagar. Só que ninguém paga! Se alguns estão pagando é com o objetivo de pegar mais dinheiro. Isto é; REFORMAR O SEU FINANCIAMENTO AMPLIANDO-O PARA MAIOR VALOR. A própria Constituição reza: “A pequena propriedade rural, assim de- finida em Lei desde que trabalhada pela família não será objeto de penhora para pagamento de dívidas”... O governo está assentando gente em latifúndios? Não, todos estão sendo assentados em peque- nas propriedades. Então jamais irá receber. Não pagarão, até porque não conseguirão condições financeiras para tanto por si só. Pergun- tamos: Por quanto tempo o País suportará tamanha responsabilidade financeira? Como já dissemos, estamos repetindo; percebe-se que nos últimos anos o INCRA só prioriza os assentamentos e pequenas áreas para serem regularizadas. Transparece então, haver um consenso para um alinhamento apenas de pequenas ou mini propriedades, ficando evidente uma política ante-progressista. Com que objetivo? Se o cam- po brasileiro proporcionasse condições de empregar, jamais teríamos essa caótica situação de violência e miséria no País. E como ficará a aposentadoria futura desse povo que não são empregados, não contri- buem com nenhuma previdência, e que tudo recebem de graça? Enquanto o governo der, eles entendem que têm direito a rece- ber tudo de graça para o resto de suas vidas. Desta forma poderá ser entendido como se o próprio sistema organizacional brasileiro esteja incentivando a vadiagem, que é uma contravenção penal prevista no código penal brasileiro, e que daria cadeia se fosse levada a sério.
  • 34. 34 A Raíz da Violência no campo brasileiro: se cuida Brasil ! Não queremos generalizar, mas a grande maioria dos chamados SEM TERRAS que fica aglomerada nas margens de nossas rodovias são verdadeiros JOGUETES MANIPULADOS POR ESPERTALHÕES. Muitos têm casas, carros, profissão, e, portanto teriam serviços, po- dendo viver por conta própria. Mas reconhecemos que outros são re- almente carentes. Temos que separar o joio do trigo. As invasões são um constante ciclo: INVASÕES ASSENTA- MENTOS, INVASÕES ASSENTAMENTOS. Isso passa de geração para geração. Os pais invadem, os filhos invadem e deu no que esta- mos vendo. Criou-se um MONSTRO que não respeita mais nada. Até parece que são superiores a tudo e a todos. Invadem, matam queimam, depredam e fica por isso mesmo. O INCRA assenta hoje duas famílias vizinhas, cada qual com vários filhos. Estes se casam, se multiplicam e formam nova leva de SEM.... Repito: Essas ONGs nunca respeitam a Lei. E ainda pior; recebem dinheiro de cada assentado para incluí-los nos grupos ou associações, o que pode ser entendido como se alguém esteja sendo remunerado COM O DINHEIRO PÚBLICO para não respeitar a Lei, tumultuando a Ordem Pública, e causando enormes despesas para a Nação. Por fim quase todos os dirigentes ou lideres viram políticos como candidatos ou cabos eleitorais. Estes dispensam comentários, mas provocam uma coisa bem mais grave: Inibe grande parte dos cidadãos que são realmente de bem, e reconhecidos de bons costumes, a NÃO SE PROPOREM NO PROCESSO ELEITORAL. Caríssimas autoridades, a “COISA EXISTE e corre frouxo”. Quero que fique bem claro, estamos apenas advertindo como agentes da Lei, e usando a nossa liberdade de expressão garantida constitu- cionalmente. Somos um daqueles que nunca é ouvido por estarmos na ponta da fila dos que trabalham na Segurança Pública. Já ouvimos relatos estarrecedores. São pessoas doutrinadas para formar grupos e mais grupos, e também doutriná-los e que estão ganhando e se man- tendo financeiramente com esta prática. Será que nossas autorida-
  • 35. Francisco Ramos Corrêa 35 des não prevêem esse perigo? É aquela conhecida história: PARA O TRIUNFO DO MAL, BASTA QUE O BEM NÃO FAÇA NADA... O que nos preocupa não são tão somente as ações de vandalismo e vio- lência neste País, mas A INÉRCIA E A DEMORA de resposta à altura por parte dos que dirigem a Nação! Queremos ainda ilustrar uma situação: Imaginemos que alguém (que é líder) e está vivendo da renda advinda da prática de formação de grupos e mais grupos que se aglomeram. De forma despercebida e indireta, ele recebe vantagem de um terceiro que recebe legalmente dinheiro público, mas o fato concreto é que por fim, esse espertalhão põe o dinheiro no seu bolso. O que poderá acontecer no momento que ele não tiver mais tal fonte de renda? Veja que ele é um líder. É um formador de opinião. Uma ordem ou opinião sua tem peso! Ele poderá ter a grande massa à sua disposição a nível Nacional, no momento que quiser. Acorda Brasil. Acorda enquanto é tempo!
  • 36. 36 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? Caríssimo leitor, a partir deste capítulo, você verá um outro assunto que vai lhe parecer completa- mente estranho ou desconexo com o assunto que você acabara de ver, porém entendemos que também seria de interesse do leitor conhecer essa Reflexão a qual ainda que não pareça ou realmente não tenha nada a ver com a violência, pensamos que tem muito a ver com o so- cial do nosso País. O nosso desejo seria publicá-las se- paradamente, mas ficaria muito mais oneroso, portanto resolvemos juntá-las em uma peça. Queremos ressaltar que esta matéria intitulada “Reflexão – Salvação da Alma Mito ou verdade?”, foi iniciada em dezembro de 2005, até um pouco antes que essa denominada “Vio- lência no Campo brasileiro”, e que vem em primeiro lugar, mas doravante se juntam para publicação. Con- to com a compreensão do leitor.
  • 37. 37 RE F L E X Ã O 3 • SALVACÃO DA ALMA MITO OU VERDADE? Após a leitura dessa matéria o leitor poderá ter outro con- ceito referente à SALVAÇÃO DA ALMA SEM MUDAR DA SUA RELIGIÃO. O nosso esforço é no sentido de mostrar a fé de forma RACIOCINADA como realmente pensamos que deve ser vista. Queremos afirmar que não temos nada contra qualquer reli- gião, quando agem de forma imparcial, incondicional, honesta e sincera, muito menos temos a pretensão de desvirtuá-las, mas o nosso ponto de vista, hoje quanto à SALVAÇÃO DA ALMA, é bem diferen- te do que imaginávamos antes. Vemos qualquer religião que prega o Cristianismo, ainda que de forma honesta e sincera, apenas como um freio contra a perversão da humanidade, ou simplesmente como uma satisfação que se dá à sociedade, mas nada a ver com a alme- jada salvação da alma. Não acreditamos que o caminho seja por aí. E vemos o lado vigarista, fanático, e/ou despreparado da religião como algo muitíssimo prejudicial à nossa sociedade!
  • 38. 38 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? Vejamos: Vamos pensar, partindo do ponto de vista lógico e racional de acordo com o que podemos ver e constatar no mundo em que vive- mos, em se tratando do ser humano, ou seja, aquilo que existe, que sempre existiu, e que sempre existirá na face da Terra SEM SE CONSIDERAR QUALQUER OUTRO MEIO COMO FONTE DE PESQUISA OU INFORMAÇÃO PARA ANÁLISE DO SER HUMANO, e das diferentes condições de vidas existentes de pes- soa para pessoa. Acreditamos sem a menor dúvida, que Deus existe. Claro, só um Ser com poderes sobre todas as coisas poderia ter feito este Mun- do com o Sol, a Lua, Planetas, Galáxias etc. Fez o mundo com tudo que nele existe. Este Ser, que arquitetou o Universo, e que o rege, e que não há outro sobre Ele, sem dúvidas, é o Pai que nos Criou. Pois bem, todo pai ama igualmente a seus filhos, principal- mente se tudo pode, (como acredito que Deus pode) jamais daria tra- tamento diferenciado aos seus filhos. Mas o que vemos de fato, e de forma continuada na face da terra, é que Deus dá tudo de bom e toda felicidade, (saúde, bens materiais), a uns e a outros, dá a miséria, a doença, para muitos até a loucura etc. Como vemos olhando ao nos- so redor, tem gente que nasce em berço de ouro, esbanjando saúde e dinheiro, outros nunca vêem a luz do dia nem tem o prazer de andar com as próprias pernas, nem conhecer a beleza das cores, sendo que muitos vivem na extrema precariedade do início ao fim de suas vidas. Não é assim que a raça humana se apresenta na face da terra? Claro que sim... Basta olharmos ao nosso redor! Tenhamos nós os defeitos ou diferenças, que tivermos, mas todos somos filhos ou cria- turas de um só responsável pela existência, que é DEUS. Caríssimo leitor, observando-se o texto acima, poderá transpa- recer que estaríamos criticando, duvidando ou mesmo zombando de Deus! Queremos afirmar que jamais teríamos esse propósito. Deus é
  • 39. Francisco Ramos Corrêa 39 bem maior que tudo que se possa imaginar. Todavia, temos que citar isso para que fique mais fácil de entender o que vem adiante. Então, somos filhos ou criaturas de um Pai ou Responsável que está acima de todas as coisas que se possa imaginar! É assim que vemos e respeitamos o nosso Criador! Porém, o que citamos é inquestionável. O mundo é assim e está aí para todos vermos. Sabemos que alguém o fez é comanda a huma- nidade que nele vive. Então, se conclui que Este Pai Justo e Perfeito, dará OPORTUNIDADES IGUAIS aos seus filhos. E é aqui aonde queremos chegar! Pois bem: sem citar qualquer capítulo ou versículo bíblico, (até porque a nossa intenção aqui não é mostrar conhecimento bíblico, mas apenas fazer com que possamos refletir) sabemos que as escritu- ras sagradas dizem que para que o homem se salve é preciso “nascer de novo”. No nosso humilde entender, eis aqui a grande razão que ex- plica porque uns têm tudo e outros nada têm. Aqui está explicado porque todos não têm a mesma sorte. Fica claro que ao nascer de novo, existem várias oportunidades para que o espírito do ser humano não seja discriminado. Isto é, para que todos sejam iguais. Ou seja, aquele que não teve uma vida condizente com os desejos de Deus em uma de suas passagens pela terra, terá em outras passagens ao nascer novamente. Mas este “nascer de novo”, deve ser nascimento físi- co e biológico, onde o espírito do homem se incorpora ao corpo físico; não o nascimento simbólico pelo batismo ou pela conversão, como ensinam as doutrinas cristãs. Inclusive a Bíblia diz que o pró- prio Cristo veio ao à Terra assim, nascendo fisicamente do ventre da virem Maria. A Bíblia diz que o espírito é apenas criação de Deus e não filho de Deus. Vemos esta situação, passível de discordância, porque
  • 40. 40 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? em todas as passagens bíblicas que já vimos ou ouvimos, a figura de Jesus é citada e considerada como o FILHO DE DEUS. A mãe bio- lógica de Jesus nasceu da forma convencional como todos os demais seres humanos, e não concebida do Espírito Santo como Jesus. Porque somente o espírito de Jesus seria filho de Deus e os demais, inclusive o da sua própria mãe com a mesma semelhança, não seria filha e sim criatura? De qualquer forma, fazendo-se uma análise mais profunda, não há tanta diferença entre o homem ser filho ou criatura de Deus, até porque Jesus, o Filho de Deus, foi uma pessoa humana, nascido de uma pessoa humana, CRIATURA de Deus. Ambos seriam OBRAS DE DEUS, OU SEJA, A MESMA COISA. Existem ou existiram por meio de Deus. Então, a Bíblia diz que o homem é que tem que se cuidar, por- que tem o livre arbítrio. Pois bem, a Bíblia é um ensinamento que ficou escrito. Ninguém nasce sabendo ler. Neste caso, mesmo usan- do o livre arbítrio, (que nada mais é do que separar o bem do mal) um analfabeto, que nunca teve o acesso ou conhecimento à leitura, por si só, jamais saberia separar o “BEM DO mal” baseado em conhecimentos bíblicos, pois NÃO SABE LER! Sendo assim, os analfabetos, os índios selvagens, os loucos jamais irão chegar ao Rei- no de Deus porque eles não têm o DISERNIMENTO adquirido pelo conhecimento bíblico através da leitura. Vamos mais longe: O Novo Testamento foi escrito de Cristo para cá. Tem então pouco mais de dois mil anos. O Velho Testamen- to é bem mais antigo, mas salvo engano, nos parece que a história religiosa, só reconhece a existência humana pouco mais de seis mil anos atrás. Porém, a Ciência tem provado que o ser humano existiu a milhões de anos antes do Velho Testamento. No entanto as caracte- rísticas do ser humano (Considerando-se apenas a Carne e o Espírito, porque no resto o ser humano ao longo do tempo se modifica e muito.) a partir do primeiro homem, são as mesmas do homem de hoje. Como
  • 41. Francisco Ramos Corrêa 41 ficaria a Salvação daqueles que nunca tiveram qualquer orientação bíblica nem mesmo do Velho Testamento? A razão nos leva a crer que quem existiu ou existe nesta si- tuação não pode ter culpa por isso, e terem como destino o Inferno! Então, a coisa não pode ser assim... Pergunta-se qual é o pai responsável que não cuida ou não edu- ca o seu filho? Considerando-se que Deus não seja Pai, mas o Criador do homem: Qual o criador que não gostaria de ver a sua Obra na mais bela forma ou condição? Até os animais selvagens cuidam, e só abandonam os filhos quando os mesmos estão preparados para a vida. Ora essa! Deus é o mais responsável Pai do Universo! Porque deixaria o espírito do homem, criatura Dele, à mercê da própria sorte, entregue ao livre arbítrio, sendo que Ele tem Poder para fazer tudo que quiser? Então, a interpretação de que o “nascer de novo da água e do espírito”, seja pelo batismo ou pela conversão, é um tanto duvidosa, porque deixaria claro que Deus usaria dois pesos e duas medidas para com seus filhos, pois dessa forma Deus não daria ao homem oportu- nidades iguais para se redimirem ou aperfeiçoarem-se ESPIRITUAL- MRNTE, INCLUSIVE AQUELES INOCENTES, OS QUAIS MUI- TOS MORREM AINDA NO FETO, OU APÓS O NASCIMENTO COM VIDAS, MUITOS MORREM INCONCIENTES POR DEFI- CIÊNCIAS VÁRIAS. A Bíblia narra que todos serão julgados pelos seus atos. Alguém incapaz de raciocínio e consciência poderia respon- der pelos seus atos?
  • 42. 42 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? 3.1 - Origem da vida dos seres animados Vamos pensar mais um pouco: o espermatozóide que dá ori- gem à vida dos seres animados, e de cujo grupo faz parte o homem, É TRASNPORTADO para o ventre materno por um líquido CHAMA- DO SEMEM no momento do ato sexual, (razão biológica da exis- tência da vida.) Esse líquido é algo semelhante à ÁGUA. Ele molha como a água molha. No mínimo a sua maior composição é água. O feto sobrevive em uma bolsa de líquido semelhante à água no ven- tre materno até o seu nascimento. E quando é que o FETO humano recebe o seu espírito? Salvo ledo engano da nossa parte, entendemos que ao primeiro sinal de vida. Ao ser gerado no ventre materno, a par- tir da primeira batida do coração. O incontestável é que feto é gerado na água! Ali começa a vida física, dentro da água, de onde vem a nascer, e no caso do ser humano, acompanhada de um espírito INTE- LIGENTE, (diferença entre os homens e os demais seres animados terrestres). Este deve ser o verdadeiro nascer de novo da água e do espírito. Há algo mais lógico ou racional como já citamos? Até o próprio Cristo veio à Terra desta forma. Diz a história bíblica que o nosso Pai Eterno enviou o Cristo que foi concebido por Ma- ria, através do Espírito Santo e se fez pessoa humana no ventre de sua mãe, a esposa de São José. Portanto, Jesus já existia para Deus antes de nascer do ventre de Maria sua mãe carnal. Existia como? Em espírito infinitamente evoluído. Tanto é que mereceu a confiança do Pai Eterno para vir à Terra como filho biológico de Maria com a missão de resgatar os outros filhos de Deus. Quem ousaria ou poderia provar que você que lê esta matéria já não existiu ou veio ao mundo em espírito no passado?
  • 43. Francisco Ramos Corrêa 43 Caro leitor, isto é o que tentaremos defender como tese adian- te. Vejamos: 3.2 - Batismo Todas as religiões que pregam e seguem o Cristianismo en- sinam e interpretam que o “nascer de novo da água e do Espírito é ser Batizado ou convertido a Jesus”. É ainda, entregar a vida para Deus, de coração, recebendo-o como único e suficiente salvador. En- tão, batiza-se ou converte-se uma pessoa, de forma identificada e individual, com um nome. Do contrário, não se saberia quem estaria sendo batizado ou convertido ou entregue a Deus, tanto físico ou civil como espiritualmente. Vamos então exemplificar melhor aqui usando nomes simbó- licos para que possamos entender melhor: tomemos como exemplos, João, ou Antônio, ou Miguel etc., filho de José e de Maria ou de quem quer que seja, é nascido de novo pelo Batismo ou pela conversão, com o nome de JOÃO, ou ANTÔNIO OU MIGUEL ou qualquer ou- tro nome. Como o batismo ou a conversão devem ser algo exclusivo para o espírito de cada um, o nome batizado ou convertido prevalece- rá para a eternidade. Então, o João vai existir em espírito BATIZADO para sempre! A lógica nos mostra isso. Sendo João diferente de seus irmãos carnais, ou mesmo do res- to da humanidade, “dizemos diferente nos referindo às diferenças que estão aos nossos olhos como falamos anteriormente. DIFERENTE EM ESTADO FÍSICO, MENTAL, E CONDIÇÕES DE VIDA.” Então, com essa diferença, se a raça humana só viesse ao mun- do UMA ÚNICA VEZ, DEUS NÃO SERIA JUSTO, porque estaria discriminando alguns de seus filhos. Seria um Pai muito cruel. Seria um Pai que ninguém queria ter. Mas sabemos que Deus é Justo e infinitamente Bondoso. Por
  • 44. 44 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? isso, temos que acreditar que Ele quer o mesmo bem para todos os seus filhos e/ou CRIATURAS ESPIRITUAIS, da mesma forma que um pai humano deseja o mesmo bem para os seus filhos biológicos, tanto é que enviou seu Filho Jesus à Terra para resgatar os outros filhos que estavam em estado de perversão. Em sendo o nosso Pai Celestial justo, e desejando o mesmo bem, tratando as suas criaturas espirituais, sem nenhuma discrimina- ção, Ele deixará, SEM A MENOR DÚVIDA, que elas venham ao mundo tantas vezes quantas forem necessárias até que todos alcancem a perfeição que Ele quer que tenhamos em ESPÍRITO. Essa é a tese que defendo. Assim sendo, em cada passagem de um espírito pela Terra, com diferentes datas de nascimentos ele poderá ser batizado novamente e, provavelmente, com nomes diferentes; ou seja, a cada nascimento físi- co, uma outra data de nascimento, um novo batismo, um novo nome. 3.3 - Juízo final O Cristianismo ensina que haverá um dia do grande juízo final onde serão julgados os vivos e os mortos. Diz que os mortos ressur- girão para serem julgados pelo nosso Pai. Aqui existem DUAS SI- TUAÇÕES QUE SE OPÕEM, à luz da tese defendida acima, a qual achamos que é a que mais se aproxima da verdade, com razão lógica. Primeira situação: Considerando-se que o espírito é realmente imortal, que é uma criação de Deus que sempre existiu e existirá, que o espírito não nasce com o feto material, mas se incorpora ao feto hu- mano quando é gerado, e acompanha a sua evolução até a morte física. Então, por vários corpos físicos passaria um só espírito imortal. Mas nesse caso, no dia do juízo final, haveria mais de um corpo físico (RESSUSCITADO) para um só espírito IMORTAL, (obviamente, também presente para ser julgado.) Haveria corpo à procura de
  • 45. Francisco Ramos Corrêa 45 alma e vise-versa NA HORA DA RESSURREIÇÃO. Em resumo: haveria mais corpo que espírito. A segunda situação, que é oposta à primeira: Considerando-se verdadeira a estória do Juízo final, e de que o homem só vem ao mundo uma única vez, nesse caso estaria evidente a injustiça de Deus que usaria dois pesos e duas medidas para seus filhos, de acordo com o que se pode constatar, observan- do a raça humana na face da terra. Isto é de acordo com o nosso mundo. Pergunta-se: O espírito humano vem ao mundo várias vezes ou Deus é injusto? O que se pode concluir de todo esse imbrólio? Seria o batismo uma mera formalidade social? De acordo as situações aqui delineadas, que conclusão se pode tirar sobre o Grande dia do Juízo final? Como se explicaria? Haverá ou não haverá? A Bíblia estaria com a razão ao afirmar que haverá o dia do Juízo final? Não seria o dia do Juízo final, o dia de nossa própria morte física individual? Entendo que haveria ainda outro aspecto um tanto injusto quanto à ressurreição: Imaginemos que a vinda de Jesus ocorra no exato momento que você estiver lendo esta matéria. Pronto. Jesus Veio! Multidões Ressuscitariam. Só que após o Julgamento, TODOS MORRERIAM NAVAMENTE para que o Universo seja habitado so- mente por espíritos como dizem as escrituras sagradas. Veja você, que os ressuscitados teriam duas mortes físicas. A primeira que é infalível e eles já a tiveram. E a segunda após o julgamento. Aqueles que tives- sem a felicidade de estarem vivos na chegada de Jesus estariam em vantagem, pois só teriam uma única morte física, e os já falecidos e ressuscitados na Vinda de Cristo teriam duas agonias da morte física. Acreditando na Tese defendida anteriormente, entendo que para que o homem chegue à perfeição desejada por Deus, nosso Grande Arquiteto do Universo, tem realmente que vir ao mundo, física e
  • 46. 46 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? biologicamente, nem que seja ao longo de milhões de anos tantas vezes forem preciso até chegarem à perfeição que Deus lhes deseja. Então vamos deixar de acreditar em utopias, em falsos pas- tores e/ou sacerdotes que estão condicionando as mentes dos seus fiéis, e a grande maioria das seitas estão os extorquindo, moneta- riamente! 3.4 - A volta de Jesus Todas as seitas religiosas do Cristianismo intimidam os fiéis, sendo que algumas até os aterrorizam com preleções assombrosas, BRINCANDO COM A FÉ, com essa história de que Jesus estará vol- tando para julgar a todos a qualquer momento (dia do juízo final). DEPREENDE-SE QUE O DIA EM QUE JESUS VOLTAR SERÁ O DIA DO FIM DA HUMANIDADE, OU FIM DO MUNDO. Que após o julgamento final, todos, ressuscitados ou não, iremos morrer fisi- camente, e o mundo será habitado somente por espíritos. Não é isso que pregam nas igrejas cristãs? Dizem, então, que o fim do mundo está próximo e que todos nós devemos estar preparados! Só que essa história é antiga. Talvez ela já exista desde o rascunho da Bíblia. NÃO PODEMOS DUVIDAR JAMAIS DE QUE JESUS VOL- TE, até porque SE ELE já veio uma vez pode vir mais vezes. E NÃO PODEMOS DUVIDAR DE QUE O MUNDO SE ACABE, MAS UMA GRANDE E INCONTESTÁVEL VERDADE QUE ESTÁ AO ALCANCE DOS NOSSOS OLHOS, PORTANTO NÃO HAVENDO NENHUMA DÚVIDA, É QUE SE O MUNDO NÃO SE ACABAR, NÓS OS MORTAIS NOS ACABAREMOS PARA O MUNDO! En- tão, NÃO TEMOS OUTRA SAÍDA. Precisa maior verdade ou razão QUE A INEVITÁVEL MORTE para que o homem esteja sempre pre- parado, venha ela da forma que vier e quando vier?
  • 47. Francisco Ramos Corrêa 47 Qual é a média de vida física do homem? Sessenta oitenta anos ou mais, mas a verdade é que nós teremos um fim! Toda vida física tem fim. Então, devemos à medida do possível, caminharmos no sen- tido da perfeição desejada pelo nosso Criador. Mas não devemos nos afligir, porque teremos inúmeras oportunidades, as quais são sempre definidas por Deus no momento oportuno. Como se alcançar a perfeição? Simples! Com mente sadia e com a prática daquilo que o Grande Arquiteto do Universo quer que façamos. Amarmos e respeitarmos ao próximo como a nós mes- mos. Caro leitor, gostaria de fazer ainda um esclarecimento: esta nossa opinião nos parece se aproximar da filosofia espírita. Não somos espírita. Admiramos e respeitamos a filosofia espírita, porém, mais como ciência do que como religião. Nunca estivemos em um tem- plo Espírita, muito embora já tenhamos lido algumas obras de Chico Xavier, a quem passamos a admirar, como admiramos inúmeros es- critores e pregadores de outras seitas religiosas. Mas este é o nosso pensamento pessoal sem tendência a qualquer religião. O que faz manifestarmos nesta questão é observar a enorme proliferação de igrejas em nosso País sendo que algumas sem qual- quer critério legal. Observamos também que muitas destas seitas estão usando a Bíblia e o nome de Deus como escada para anga- riar dinheiro e promoção pessoal de falsos pastores ou sacerdotes, os quais alguns viram políticos. São aqueles políticos que sempre dei- xam a desejar... Não conhecemos legislação que regulamente a criação de Igre- jas, principalmente na doutrina evangélica (que de regra denomina-se popularmente como ‘protestantes’) nas quais, parte dos pastores não são formados em Teologia ou mesmo qualquer outro curso superior. Não questionamos a falta de um título em formatura superior que pre-
  • 48. 48 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? judique o conhecimento bíblico ou religioso, mas à questão psicoló- gica como FORMADORES DE OPINIÕES. Vamos exemplificar o nosso questionamento: Coloquemos um leigo sem formação adequada para interpretar um texto literário qualquer e, aí podemos conhecer a sua verdadei- ra capacidade de discernimento e assimilação. Na maioria dos casos, uma negação! Por que razão então, seriam esses Pastores, exímios intérpretes da Bíblia e na sua correta aplicação? Percebe-se que os textos bíblicos podem sofrer INÚMEROS sentidos. É aqui que ques- tionamos a formação de opiniões... No entanto, basta que um membro de uma determinada seita se sinta insatisfeito no seu meio, debanda- se, Arranja um Templo, vai fundar outra igreja e torna-se “Pastor”. Ali é como se ele estivesse adquirindo uma coisa própria, a sua Igreja. Passa a ser o seu meio de vida! Aliás, pouquíssimos pastores têm outra atividade que não a atividade pastoral. Assim, também os padres. Muitos condicionam as mentes dos fiéis com preleções assom- brosas, usando um timbre de voz chorosa, piedosa, melodiosa, cujos adeptos passam a defendê-los por acreditar que somente eles estão com a verdade religiosa, e que seu Pastor ou o seu Padre é um QUA- SE DEUS... Aí existe apenas a FÉ EMOTIVA E NÃO A FÉ PELA RAZÃO! Onde está a Salvação da Alma nessas condições? Vemos com preocupação esse problema social, porque quei- ramos ou não, estes sacerdotes são FORMADORES DE OPINIÕES! Será que estão formando opiniões adequadas para a nossa sociedade, principalmente para a nossa juventude? Não estariam praticando o charlatanismo? Um dos temores que devemos ter é pelo fanatismo, o que é muito perigoso... Observemos o exemplo dos homens bombas que se explodem e matam aos milhares em nome de Deus, segundo as suas doutrinas pelo mundo afora, onde a política partidária e o Poder Estatal são miscigenados de religião.
  • 49. Francisco Ramos Corrêa 49 3.5 - Mentir em nome de Deus Existe uma enorme leva de leigos agindo como Pastores e Pas- toras. Dizem que operam milagres. Têm a ousadia de PRÉ-ANUN- CIAR MILAGRES nos meios de comunicações, mentindo em nome de Deus. Sempre se aproveitando dos momentos de fragilidade das pessoas, impregnando-lhes fortes emoções. É o que se pode chamar de “FÉ EMOTIVA E OBSECADA.” Está ocorrendo uma mistura de seitas religiosas. Pastores denominando-se Bispos. Igrejas evangéli- cas usando a cruz nos seus templos como símbolo. Existem padres pregando o Evangelho com rituais de protestantes etc. Está ocorrendo uma prática muito difundida atualmente, que é a prática da música gospel ou sacra como maior fonte de renda em todas as igrejas. Tem uma enorme quantidade de cantores tornando-se religiosos, levando vantagens nas vendas de seus produtos musicais. É muita gente fican- do rica, inclusive Padres, à custa da inocência dos outros. As missas e os cultos não têm mais como ponto principal a aplicabilidade do Evan- gelho, mas a apresentação de Shous artísticos com os mais diversos rítimos musicais como chamariscos para atrair o público. Vê-se que o que interessa mesmo é o dinheiro na Caixa de coleta da Igreja e na conta bancária do cantor! Existem seitas que praticam verdadeiro exorcismo! Será que esses leigos, usando a Bíblia e o nome de Deus, têm a necessária formação e condições psicológicas para tanto? Quando dizemos que alguém está mentindo em nome de Deus, poderia ser entendido como se quiséssemos tolher a liberdade de ex- pressão dos pregadores ou intérpretes da Bíblia Sagrada. Longe de nós esta pretensão, até porque reconhecemos que existem pessoas sérias, e que merecem muito respeito no meio religioso. O que queremos dizer é que o falseamento da verdade é terrível e cruel quando alguém acre- dita em algo mentiroso imaginando ser verdade. Bem disse o famoso
  • 50. 50 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? escritor Rubens Alves: “As coisas que são ditas ou pensadas têm que corresponder às que são vistas ou percebidas, esta é a verdade”. 3.6 - Espíritos Bons e Espíritos Maus. Atualmente ao ligarmos a TV em qualquer canal Evangélico brasileiro, logo se vê um Pastor expulsando o diabo do corpo de al- guém. Muda-se de canal e lá tem outro Pastor também expulsando o diabo. Quantos canais você ligar a história é a mesma. Nunca se vê falar este nome no plural. Falam que É DO DIABO, sempre no singu- lar. UM SÓ! No entanto, tem diabo em todo lugar e ao mesmo tem- po! No mesmo instante que tem um Capeta aqui, tem outro em outro lugar. Alguns pastores falam mais no Diabo do que em Cristo em suas pregações. O Diabo também é onipotente, onisciente e tem poderes iguais aos de Deus? Não seria o Diabo, o Satanás, o Capeta, Espírito Mau etc. uma mera invenção do pensamento humano? Se assim for, nada mais é do que a invenção ou a condição psicológica de alguém. Diabo existe mesmo? A Bíblia diz que o primeiro homem criado por Deus foi Adão. A primeira mulher, Eva. Narra ainda que Adão foi tentado por um Espírito Imundo, ou seja Adão foi tentado pelo Diabo. Então, o Diabo já existia antes de Adão. Ora, Deus deve ter criado todos os Espíritos em estado puro, santo e perfeito, e ANTES DE CRIAR O HOMEM. Portanto não se explicaria haver espírito Imundo antes da criação do primeiro homem porque Ele nunca teria sido incorporado em um corpo físico humano para desvirtuar-se e tornar-se Mau. É O QUE PODERÍAMOS DENO- MINAR DE ESPÍRITO EM ESTADO PURO OU VIRGEM, aquele que nunca foi incorporado ou usado por Deus. Então logicamente um Espírito só teria comportamento impuro, mau, ou satânico, após in- corporar-se em uma pessoa má. Se não existiu ninguém antes de Adão
  • 51. Francisco Ramos Corrêa 51 porque aquele primeiro casal teria sido tentado por um Espírito Mau ou demônio? Desta forma até transparece que o Diabo é anterior ou superior a Deus! Segundo a Bíblia Sagrada, o Plano de Deus era que o homem fosse Puro, e vivesse em estado Santo. Isto é sem pecado. Teria Deus errado no seu Plano? Ora, Deus é o máximo em tudo. Nada se passa no mundo que escape aos Olhos ou ao conhecimento de Deus. Esse é o conceito que temos e devemos ter de Deus. Di- zem as religiões, que o homem peca por pensamentos, palavras, atos e omissões. Portanto Deus sabe perfeitamente o que nós pensamos. Porque não teria previsto que o casal Adão e Eva seria tentado e que não resistiriam à tentação da Carne? Porque ainda não teria previsto ou porque teria permitido que um Espírito mau os tentasse, se Ele tem o controle de tudo que existe no Universo? Essa história está mesmo bem contada? Foi assim mesmo que aconteceu? Não teria o ser hu- mano surgido na face da terra tal e qual como sempre se apresentou, do início até os nossos dias com as mesmas características físicas e anatômicas? (Não se levando em consideração as diferentes carac- terísticas decorrentes das misturas de raças existentes, e que estão em constante evolução cultural em função da evolução do pensamento, e das descobertas científicas, mas as características raciais, nas suas originalidades definidas como sejam negros e brancos.) Vejamos que é impossível um casal negro ou branco puro sangue conceber filhos ou descendentes com cores ou características fisionômicas diferentes. Assim também foi que surgiram os demais seres do reino animal na face da terra, tal e qual como existem até os nossos dias. Nunca mu- daram as características de suas origens raciais definidas. Só existem diferenças quando há cruzamentos das raças, mas sempre existiram e existem os puros sangues definidos das várias espécies. “Caríssimo leitor, não tenho a menor pretensão de deixá-lo confuso. A Minha intenção é mostrar a Fé de forma racio- nal ou menos misteriosa.
  • 52. 52 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? Seria o Diabo também uma criação de Deus? Deus teria criado primeiro o MAL (o Diabo) para depois criar o HOMEM? Não seria mais cômodo e lógico EXISTIR SOMENTE O BEM? Não teria Deus poder para impedir que o Diabo tentasse a sua Criatura, o homem que, segundo a Bíblia é a sua imagem e semelhança? Que sentido teria isso? Deus doou ou vai ceder uma parte do seu Universo (O INFER- NO) para o Diabo abrigar os seus? Deus não teria poder para elimi- nar tudo que for prejudicial ao bem da humanidade e que Ele mesmo criou e pode dominar? 3.7 - Mistérios Religiosos No início desta matéria, falei que a mesma seria baseada no que sempre existiu, que existe e que sempre existirá para análise e avaliação das diferentes condições de vida do ser humano na face da terra, SEM SE CONSIDERAR QUALQUER OUTRO MEIO COMO FONTE DE INFORMAÇÃO. Disse também que não iria citar ne- nhum capítulo ou versículo bíblico. Por quê? Porque Relatá-la aqui seria reproduzi-la, e a Bíblia já existe, portando não teria nenhum sentido copiá-la de novo. Mas entendo que se fizéssemos as pergun- tas constantes do tópico “ESPÍRITOS BONS E ESPÍRITOS MAUS” para as autoridades ou para os entendidos religiosos, provavelmente elas ficariam sem respostas, ou simplesmente diriam que eram mis- térios religiosos. Bom, quero repetir: Sem citar qualquer capítulo ou versículos da bíblia, porque não os guardo de memória, mas simples- mente os analiso à medida que os leio ou ouço leituras ou pregações. Então, dentro do limite do meu raquítico conhecimento bíblico, ob- servei que existem inúmeras contradições ou perguntas sem respostas, que poderiam ser entendidas como mistérios. São aquelas questões que se fossem ser interpretadas como uma prova de título qualquer, não seria possível uma definição concreta porque seriam misteriosas.
  • 53. Francisco Ramos Corrêa 53 Mistérios deixam dúvidas. Dúvidas não são admitidas em provas. Em provas, a coisa precisa ser exata como dois e dois são quatro, para termos a certeza do conhecimento. Quando dizemos que conhecemos uma coisa, não pode haver dúvidas. Então, quando estudamos a bí- blia é com objetivo de alcançarmos conhecimentos que irão nortear a nossa conduta religiosa. Claro, não teria outro sentido. Mas que caminho escolhermos sem absoluta certeza de onde precisamos ou gostaríamos de chegar? Devemos confiar ou nos convencer com base em mistérios? Tirar o Diabo de alguém e pré anunciar milagres em cultos religiosos é realmente mentir em Nome de Deus! Como um Sa- cerdote poderia prevê acontecimentos de milagres, se os milagres só acontecem pela fé em Deus; e se é impossível ele conhecer, calcular, ou medir a intensidade da fé de quem ele desejaria que recebesse tal milagre? Somente Deus pode operar milagres. O dia, a ora, o local e o merecedor do milagre somente Deus pode saber. Esta é a forma como se deve compreender e aceitar o verdadeiro milagre! São aqueles milagres que perduram para o resto da vida de quem os alcançam. Os milagres preanunciados pelos Falsos Pastores não acontecem. São fabricados por eles na base do fervor de suas pregações, assim como o mágico faz a sua mágica. Quando dizem que acontecem não perduram. No dia seguinte, a situação volta ao que era antes. Milagres ocasionais até poderão acontecer, porém ninguém jamais poderá prever se vai ou não acontecer e nem tão pouco marcar o dia e a hora que este irá acon- tecer! É muito cruel, a decepção de alguém que momentaneamente se sente como se tivesse recebido um Milagre e no dia seguinte ou após terminar o fervor da fé emotiva tudo voltar como era antes, porque realmente NÃO HOUVE MILAGRE ALGUM! Pode até existirem raríssimos casos, todavia, não por intermédio do Ser humano em vida, mas por intermédio da Fé em Deus. Se os milagres preanunciados existissem mesmo; não precisaríamos mais de médicos nem de hospi-
  • 54. 54 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? tais, e os pastores das Igrejas, Universal do Reino de Deus, Renascer e Mundial já teriam superado a Jesus Cristo em realização de milagres. Teríamos várias figuras contemporâneas em carne e osso no nosso meio, superiores a Jesus Cristo somente no Brasil! Quem neste mun- do, em carne e osso pode ter a ousadia de querer imitar ou superar a Cristo? É isso que consideramos mentir em nome de Deus. 3.8 - Igrejas e movimentos sociais A doutrina cristã ensina, condenando o assassinato como sen- do um pecado mortal. Isto significa que matar um ser humano é real- mente um pecado sem perdão. Pois bem: Parte da Igreja Católica vive se envolvendo com “movimentos sociais: São os Sem Terra, Pastoral da Criança, Pastoral da Terra, Sem Teto, sem isso sem aquilo etc.”. O catolicismo realiza constan- tes passeatas e/ou caminhadas pela PAZ. Mas as ações das suas Ongs são inversas ao que pregam. Estaria essa facção do Catolicismo usando a Bíblia Sagrada como degraus para promoções pessoais, e acompanhando a tendência Mundial onde os homens de quase todas as Nações PREGAM A PAZ ENQUANTO SE PREPARAM PARA A GUERRA? Por vezes, líderes destes movimentos incentivam a invasão da “coisa alheia”,(principalmente invasões de terras) gerando violências, resultando ás vezes em inúmeras mortes de inocentes. Isto é público e notório. O mundo inteiro conhece esta história. Não há o que esconder ou negar. Pergunta-se: O “pecado mortal” é de quem semeia a violência que resulte em morte, ou de quem exe- cuta a morte? Em resumo: o pecado é de quem manda matar, de quem fornece arma, ou de quem puxa o gatilho? Onde está a SALVAÇÃO
  • 55. Francisco Ramos Corrêa 55 DA ALMA nesta questão? Entendo que o correto papel da Igreja é ficar neutra, acon- selhar e tentar corrigir o comportamento dos dois lados, quando existirem conflitos. O que faz o catolicismo perder espaço para ou- tras religiões é exatamente a preferência declarada pelos menos favo- recidos, como se os mais aquinhoados (CUJOS BENS PARA MUI- TOS, SÃO FRUTOS DO TRABALHO HONESTO E DOS SEUS ESFORÇOS) não merecessem também a clemência de Deus. Dessa forma, o catolicismo está sendo parcial e promovendo divisões entre os povos. Ora, quando alguém perguntou para Jesus: “Senhor, na Lei de Moisés está escrito que devemos perdoar até sete vezes. E vós o que dizeis?” Jesus respondeu. “Não só sete, mas setenta vezes sete”. Subtende-se que devemos perdoar tantas vezes quantas forem preciso. Por que então, renegar a uns e abraçar a outros? Não somos todos humanos? Porque discriminar? Se a Doroth Stanght tivesse ficado neutra, e aconselhando os dois lados no conflito de Anapú no Pará, certamente estaria viva e amada por todos. Da mesma forma o Padre Josimo. Resumindo, estes Movimentos Sociais miscigenados ou pin- celados de religiões não têm nada a ver com a salvação da alma, mas sim almejam o poder Estatal ou o dinheiro. E o grave nesse aspecto é que estão interferindo no Sistema Organizacional do Estado quando assim agem! -- Na alçada de um Governo Federal linha dura, a nossa Nação vai ter problemas com a Paz interna. A nossa paz interna pode- rá ter consequências imprevisíveis em breves tempos, e neste aspecto, a Igreja Católica é cúmplice. São Francisco de Assis, que pelo teor de seu ensinamento, é talvez o maior conciliador do catolicismo, ao se expressar em oração assim disse: “Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa paz”.
  • 56. 56 Salvacão da Alma ! “ Mito ou Verdade? Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó mestre! Fazei com que eu procure mais Consolar do que ser consolado, compreender, que ser compre- endido; amar, que ser amado... Essa belíssima oração é uma lição de retidão, amor, paz, coe- rência, humildade, sabedoria, e justiça. Isso é tudo que as religiões de- veriam praticar! Contudo, esse ensinamento, da maior grandeza, con- tradiz o que, na prática, fazem alguns militantes do catolicismo, pois estão sendo parciais quando insuflam a violência incentivando e/ou apoiando invasões de terras com o argumento de que a terra precisa cumprir a função social. A Terra tem que cumprir a sua função social sim, proporcionando condições de vida digna à humanidade. Todavia, isso não deve e não pode ser atribuição da Igreja e sim do Estado. Com este tipo de comportamento, a igreja estará sempre construindo divisões entre os povos e, consequentemente, a violência. Onde está a Salvação da Alma? A grandeza da IGREJA É ACONSELHAR E APAZIGUAR, ENSINANDO SEMPRE O CAMINHO DA RETIDÃO! Para o bem da “ordem social,” ela não deve ser parcial! Interferir na distribuição de terras, por exemplo, é querer assumir o papel do Estado, pois o dever de distribuir terras é único e exclusivo do SISTEMA ORGANI- ZACIONAL do Estado de Direito de cada Nação, que por sua vez é
  • 57. Francisco Ramos Corrêa 57 quem PROMOVE A ORDEM, O BEM SOCIAL E FAZ CUMPRIR AS LEIS. Qualquer Organização Não governamental, INCLUSIVE A IGREJA, que tente interferir no Estado, só promoverá baderna e tumultua a ORDEM SOCIAL, pois não tem legitimidade para esse fim. 3.9 - Política partidária e sacerdócio Ideologicamente a igreja Católica TRANSPARECE OU SE APRESENTA COMO SOCIALISTA. Se assim é, então porque o regime governamental do Vaticano não é Comunista ou Socialista? Sabemos que o sistema governamental do Vaticano é uma espécie de MONARQUIA VIATALÍCIA (PAPADO VITALÍCIO) É lá onde está uma das maiores concentrações de renda do mundo. É um dos maiores poderes econômicos do Mundo, e nos vem com a máscara de distribuição de bens e renda, pregando a justiça social? Não somos contra distribuição de renda. Mas pensamos que só se dis- tribui renda realmente com justiça, pela via da EDUCAÇÃO DE BOA QUALIDADE E IGUAL PARA TODOS! Sabemos que uma das fortes atividades do catolicismo é o ensino privado, inclusive é detentor de grandes estabelecimentos de ensino superior. É de- tentor também de clinicas hospitalares privadas. Sempre renega e fala mal da riqueza, mas habita os melhores e mais pomposos Castelos, possuem os melhores veículos do mercado, e não dis- pensam as doações dos ricos, inclusive cobrando em dinheiro as orações. Não rezam para defuntos, não batizam, e nem casam de graça. Abraçam os pobres e pregam a distribuição de bens e ren- da, mas não dão do que possuem. Cadê a distribuição de bens e renda? Cadê a justiça social? Cadê a Salvação da Alma? Entendo que Política partidária e Sacerdócio são frontalmen- te incompatíveis. Mas isso é hoje uma prática bastante disseminada