1) O documento discute as religiões de matriz africana no Brasil, como o Candomblé, e seu processo de hibridismo cultural.
2) Apresenta o panteão dos orixás da tradição iorubá e jeje-nagô, divindades ligadas às forças da natureza.
3) Explica que as religiões africanas no Brasil preservaram mais suas tradições nas regiões que tiveram menos influência do catolicismo, como Ketu e Jeje.
2. RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Ementa: Religiões de matriz africana no
Brasil, os significados e os sentidos dos
orixás, processo de hibridismo,
constituição de identidades África/Brasil.
Prof. Msc. Francisco Alfredo Braun Neto
5. Tráfico de Escravos para a América e a Diáspora Africana
Rota do tráfico de escravos entre 1500-1866. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/01.jsp
6. Regiões ligadas ao tráfico de escravos. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/05.jsp
7. Países envolvidos no tráfico. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/intro-maps/05.jsp
8. Estimativa do Tráfico de escravos para a América
Escravos deslocados para a América entre 1500-1866. Disponível em:
http://www.slavevoyages.org/tast/assessment/estimates.faces
10. Olorum
Orixá maior, senhor do universo
e de todos os orixás.
Oxalá
Obatalá, como também é
conhecido, foi o filho escolhido por
Olorum para comandar a criação e a
povoação do Aiê. Para procriar teve
que se materializar aqui sendo
conhecido por Oxalá.
Nanã
Nanã é a deusa das chuvas, senhora da
morte, e responsável pelo portais de
entrada (reencarnação) e saída
(desencarne).
Senhora das doenças cancerígenas,
está sempre ao lado do seu filho
Omulu.
Protetora dos idosos, desabrigados,
doentes e deficientes visuais.
Iemanjá
Iemanjá foi escolhida pelos orixás para ser
a mãe de todos (simbolicamente), por isso
todas as nações a veneram, estendendo o
titulo para mãe de todos os mortais
também.
Com sua pureza e sabedoria, predomina
nos lares, para que haja a paz espiritual,
ameniza as dores e sofrimento das
mulheres na hora do parto.
Omulu, Exumarê, Euá e OssãeElegbará, Ogum e Xangô
11. Elegbará
Filho de Oxalá com
Iemanjá e irmão gêmeo
de Ogum, Elegbará
sempre aprontava para
chamar a atenção, devido
seu ciúme.
É aquele que vive no plano
intermediário entre Orum e o Aiê.
Ele é o protetor dos aventureiros,
jogadores e todos aqueles que gostam
de viver.
Ogum
Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é
aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas,
o desbravador que busca a evolução.
Defensor dos desamparados, Ogum andava pelo mundo
comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e
benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das
armas e dono das estradas.
Iansã
Logum Edé
12. Iansã: Senhora do fogo, dos raios e da guerra, é ela
quem traz as tempestades e a ventania para varrer a
maldade humana da face da Terra. Iansã andava
pelo mundo se aventurado, onde quer que ela
soubesse haver algo impossível para se fazer, lá
estava ela se propondo a obter mais uma conquista.
Logum Edé
Orixá multifacetado, príncipe da
herança, da floresta, da guerra e da
vaidade, pois é filho de quatro orixás,
Ogum, Iansã, Oxossê e Oxum,
comandando assim junto com todos.
Obá: é Filha de Afefé com
Iroco e irmã gêmea de Iansã,
e a senhora das estrelas e
encarregada de mandar
luminosidade para aureolar
os seres na Terra.
13. Oxum: Dona de suprema beleza, dotada
de grande vidência, Oxum vive nas
cachoeiras e rios cantando e admirando-
se em seu espelho.
Oxossê
Oxossê, o caçador invencível, com sua
flecha conseguiu vencer Adja Odum Aini,
trazendo a prosperidade, tornando-se
assim o rei de Ketu.
14. Os Orixás segundo a tradição Ketu
Os reinos de Ketu e Jeje tiveram pouca intervenção do catolicismo, o
que os diferencia dos africanos de Angola e Congo.
Nas casas de Candomblé da tradição Ketu é utilizado o idioma, iorubá.
Nas casas de Candomblé da tradição Jeje é utilizado o idioma Fon.
Nas casas de Angola o idioma é kimbundo.
15. Os Orixás são as energias primais da natureza.
Energia eólica dos ventos, energia telúrica da terra, e a
energia térmica do fogo.
São os ancestrais divinizados.
Algumas representações dos orixás:
Oyá (oxigênio) Oyá Onira é o primeiro suspiro da criança.
Oyá Igbalê é o último suspiro.
Ogum (ferro) X Oyá (oxigênio) = Ferrugem.
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21. Referências:
ISAIA, Arthur Cesar, MANOEL, Ivan Aparecido (Org.)
Espiritismo e religiões afro-brasileiras: história e
ciências sociais. São Paulo: Unesp, 2012.
RAMOS, Eurico. Revendo o Candomblé: respostas as
mais frequentes perguntas sobre religião. Rio de janeiro:
Mauad, 2011.
ROCHA, Agenor Miranda. As Nações Kêtu: origens, ritos
e crenças: os candomblés antigos do Rio de Janeiro. Rio
de Janeiro: mauad, 2000.
SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e Umbanda:
caminhos da devoção brasileira. São Paulo: Selo Negro,
2005.
22. Referências:
GRIN, Monica. “Raça” – Debate Público no Brasil. Rio
de Janeiro: mauad/faperj, 2010.
HEYWOOD, Linda M. Diáspora Negra no Brasil. São
Paulo: Contexto, 2013.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças:
cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-
1930. São Paulo: Cia das Letras, 2010.