O documento apresenta as características centrais do sistema de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Discute os baixos investimentos em P&D, a dualidade entre produção científica e inovação industrial, e como poucas empresas lideram a inovação no país, apesar de serem numericamente poucas.
5. Um sistema dual
Produção científica brasileira 1,7% da mundial
Doutores – 10 mil/ano
Mestres – 40 mil/ano
patentes de invenção (USPTO)
• media 80s - 0,04% do total
• media 90s - 0,06% do total
6. Perguntas iniciais
• Em quais setores a economia brasileira tem
liderança internacional e por que?
• Por que tem em alguns e não em outros?
• Quais as características mais marcantes do
sistema de CTI do país?
8. I – a pesquisa pragmática
1808 Jardim Botânico do Rio de Janeiro
1808 Escola de Cirurgia da Bahia
Academia de Cirurgia e Medicina RJ
1827 Escolas de Direito (São Paulo e Vinculação entre economia
Recife) urbana, economia rural e
ciência e tecnologia
1885 Museu E. Goeldi
1887 Imperial Estação Agronômica de Soluções de problemas
práticos
Campinas (IAC)
1893 I. Bacteriológico (A. Lutz)
1900 Manguinhos
IPT
1901 Escola Agrícola Luiz de Queiroz
9. II – o ensino pragmático e pesquisa estratégica
1920 UFRJ (Universidade do Brasil)
1934 USP
Formação universitária superior
1930 - 160 IES no Brasil
1949
1948 - CTA - ITA Formação da pesquisa universitária
1951 SBPC
CBPF Ampliação dos centros de pesquisa
CAPES
CNPq Institucionalização da política de
C&T
1956 IPEN
1955; CENAP
1963 CENPES
CNAE (INPE)
10. III – o sistema de C&T
1961 UNB
1962 FAPESP
1966 UNICAMP Expansão do financiamento
1967 FINEP
Programas governamentais
multi-setoriais
1969 FNDCT
Generalização da pesquisa
1973 - EMBRAPA (73) científica
1985 PBDCTs I, II e III
CPqD (76) Ambição tecnológica
1985 - Criação MCT (85)
1999 PADCTs
11. IV – o sistema de C&T&I
1999 Fundos Setoriais Financiamento para
inovação
2004 - Lei de Inovação, lei de incentivos
2006 fiscais Entrada das associações
empresariais
2008 subvenção
2000 - Vários programas de inovação Ambição de inovação
2009
14. Alguns indicadores
• Investimento em P&D
• Investimento em P&D como % do PIB
• Patentes
• Publicações científicas
• Número de pós graduados
• Inovação
– para a organização, para o país, para o mundo
– novos produtos, novos processos, novos serviços
15. Dados comparados
• A distribuição global do gasto em P&D está
mudando:
– Crescimento dos países menos desenvolvidos
– China cresceu 19% aa entre 2001 to 2007
– Africa do Sul passou de 1.6 bi em 1997 para 3.7 bi em
2006
– Russia subiu de USD 9 bi em 1996 para USD 20 bi em
2006
– India chegou a USD 23.7 bi em 2004
– OCDE passou de 11,7 em 1996 para 18.4% in 2005
16. Gastos em P&D: tendências em países escolhidos
Participação no gasto mundial Mudança na participação global
entre 1996 e 2005 entre 1996 e 2005
17. Participação no patenteamento e na produção científica em países escolhidos
Participação de patentes de países Participação nas publicações
escolhidos nas patentes da tríade científicas
18. Tendências em gastos em P&D
entre 1996 e 2006
Gasto em P&D por país ou bloco Gasto em P&D como % do PIB
20. 2.1.1 Brasil: Investimentos nacionais em ciência e tecnologia (C&T)(1) 2000 -
2007 - MCT (2009)
Investimentos em C&T
% em relação
PIB em % em relação ao PIB
em milhões de R$ correntes ao total
milhões de
Ano
R$ Públicos Empresariais
Empresa Empresa
correntes Total Públicos
riais
Públicos
riais
Total
Federais2 Estaduais3 Total Estatais4 Privados5 Total
2000 1.179.482,0 5.795,4 2.854,3 8.649,7 1.183,2 5.455,6 6.638,8 15.288,5 56,58 43,42 0,73 0,56 1,30
2001 1.302.136,0 6.266,0 3.287,1 9.553,1 1.650,8 6.058,7 7.709,6 17.262,6 55,34 44,66 0,73 0,59 1,33
2002 1.477.822,0 6.522,1 3.473,3 9.995,4 2.593,1 6.688,7 9.281,8 19.277,2 51,85 48,15 0,68 0,63 1,30
2003 1.699.948,0 7.392,5 3.705,7 11.098,2 2.960,3 7.335,3 10.295,6 21.393,9 51,88 48,12 0,65 0,61 1,26
2004 1.941.498,0 8.688,2 3.900,5 12.588,6 3.510,2 7.941,3 11.451,6 24.040,2 52,36 47,64 0,65 0,59 1,24
2005 2.147.239,0 9.570,1 4.027,3 13.597,4 3.463,0 10.216,6 13.679,6 27.277,1 49,85 50,15 0,63 0,64 1,27
2006 2.369.797,0 11.476,6 4.282,1 15.758,6 3.076,0 11.548,6 14.624,6 30.383,2 51,87 48,13 0,66 0,62 1,28
2007 2.558.821,3 14.002,5 5.687,4 19.689,9 4.501,9 13.196,3 17.698,2 37.388,1 52,66 47,34 0,77 0,69 1,46
21. Quadro 2.4 – Percentual dos dispêndios Nacionais em P&D, públicos e privados, segundo fonte de
origem dos recursos , em países selecionados em anos mais recentes disponíveis:
País Anos Governo Empresas Ensino superior Privado sem fins lucrativos
Alemanha 2003 13,4 69,8 16,8 0,6
Argentina 2003 41,1 29,0 27,4 2,5
Brasil 2000 18,4 37,4 43,6 0,6
Canadá 2004 10,5 51,2 38,1 0,3
China 2003 27,1 62,4 10,5 -
Coréia 2003 12,6 76,1 10,1 1,2
Espanha 2003 15,4 54,1 30,3 0,2
Estados Unidos 2003 9,0 68,9 16,8 5,3
França 2003 17,1 62,3 19,3 1,4
Japão 2003 9,3 75,0 13,7 2,1
México 2001 39,1 30,3 30,4 0,2
Fonte: MCT (Indicadores Nacionais de Ciência e Tecnologia).
28. Produção científica (ISI) por área - % Brasil na produção mundial
Agrárias
Direito 3,50 Microbiologia
Educação 3,00 Animais/Plantas
Economia 2,50 Física
2,00
Psicologia Farmacologia
1,50
Computação 1,00 Espaciais
0,50
Sociais 0,00 Bio-Bioquímica
Engenharia Matemática
Clínica Médica Ecologia
Neurociências e C. Comportam. Imunologia
Geociências Química
Biol. Mol/Genética Multidisciplinar
Materiais
1981-1983 2002-2004 Pacheco (2008)
29. Indicadores de produção científica e tecnológica e de inovação no Brasil
comparados com a média dos países da OCDE
Média da OCDE
% pop entre 25 e 64 anos Gasto de P&D como % PIB
com terceiro grau Gasto privado P&D como
completo % PIB
% graduados em ciências
e engenharias Patentes na tríade por
milhão de habitantes
Pesquisadores por
milhares de Artigos publicados por
empregados milhão de pessoas
Patentes com co- % empresas com novos
inventores estrangeiros produtos no mercado
% empresas com % empresas com inovação
cooperação em P&D não tecnológica
31. Taxas de Inovação - PINTEC
1998‑2000 2001‑03 2003-05
Taxa de Inovação
Produto 6,3 6,4 6,5
Processo 13,9 12,9 13,8
Produto e processo 11,3 14,0 13,1
Qualquer tipo de inovação 31,5 33,3 33,4
Taxa de Inovação em produto
PME (10‑49 empregados) 14,1 19,3 17,0
Grandes empresas (+500 empregados) 59,4 54,3 58,1
Taxa de Inovação em Processo
PME (10‑49 empregados) 21,0 24,8 23,1
Grandes empresas (+500 empregados) 68,0 64,4 68,4
Fontes: IBGE, PINTEC 2000, 2003 e 2005 (apud Pacheco, 2008)
32.
33.
34. Total das Empresas e as que implementaram inovações e/ou com projetos, por Regiões e Unidade da Federação - 1998-2000
Empresa
Que implementaram inovações de
Produto Processo
Regiões Produ
Total Novo Novo to e
Total Novo Novo
para o para o proces
Total para a Total para a
mercado mercado so
empresa empresa
nacional nacional
Brasil 72005 22698 12658 10355 2975 18160 16753 2000 8120
Região Norte 1965 588 305 274 41 458 379 101 175
Região Nordeste 6799 2119 1012 935 116 1813 1672 161 706
Região Sudeste (excl. SP) 14905 3983 2097 1758 433 3206 3044 314 1320
Região Sul 18502 6349 3584 2995 719 5197 4869 451 2433
Região Centro-Oeste 3238 995 516 499 31 821 811 33 341
São Paulo 26597 8664 5144 3895 1634 6665 5978 941 3146
IBGE Pintec (2000)
35. Inovação e competitividade na
indústria brasileira
• As firmas que inovam e diferenciam produtos,
apesar de representarem numericamente
apenas 1,7% da indústria brasileira:
– responsáveis por 26% do faturamento industrial e
– por 13% do emprego gerado (IPEA, 2005)
36. Inovação e competitividade na
indústria brasileira
• Nas firmas que inovam e diferenciam
produtos cada pessoa ocupada é
responsável por:
– R$ 74,1 mil de valor adicionado na produção,
67,3% a mais do que um trabalhador das firmas
especializadas em produtos padronizados que
produz em média R$ 44,3 mil (IPEA, 2005)
37. Inovação e competitividade na
indústria brasileira
• Inovar e diferenciar produto implica:
– melhores salários e condições de trabalho (23% a
mais do que os que trabalham nas firmas que não
diferenciam
– geram postos de trabalho de melhor qualidade e
dão mais estabilidade ao trabalhador
– a escolaridade média do trabalhador é maior, de
9,13 anos (IPEA, 2005)
39. Algumas características gerais do
sistema de C,T&I no Brasil
• Quanto à ligação com o setor industrial
• Quanto à participação pública e privada
• Quanto à importância relativa para a
competitividade
• Quanto à estrutura de pesquisa e
desenvolvimento
• Quanto à formação de rrhh qualificado
• Quanto à estrutura de financiamento
40. • Outlook da OCDE
• http://www.oecd.org/document/36/0,3343,e
n_2649_33703_41546660_1_1_1_1,00.html