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DESINDUSTRIALIZAÇÃO NA ECONOMIAGAÚCHA:
EVIDÊNCIAS A PARTIR DE INDICADORES DE
ORIENTAÇÃO EXTERNA
Daniel Arruda Coronel
Reisoli Bender Filho
Porto Alegre - FEE
Junho 2017
Introdução
• a perda de participação da indústria na composição do Produto
Interno Bruto (no emprego e no produto) seria uma evidência da
desindustrialização (processo de transformação estrutural seria
prematuro) ou perda de competitividade?
• processo que não é consenso na literatura; porém, cada vez mais
encontra posicionamentos conflitantes
• Bresser-Pereira (2011) e Cano (2012) argumentam em favor da
desindustrialização
→ aumento das exportações de produtos primários e apreciação da
taxa de câmbio
→ relação de comércio exterior tem sido fonte importante destas
discussões
Introdução
• Barros e Pereira (2008) e Jank et al. (2008) argumentam no sentido
oposto
→ altos custos de transação, infraestrutura inadequada, problemas de
logística, baixa taxa de investimento público e elevada carga tributária
→ perda de competitividade
→ transformações globais
Introdução
• a maioria dos trabalhos, centra-se em analisar e discutir a
desindustrialização na economia brasileira, não considerando as
peculiaridades e a existência ou não deste processo nas regiões e/ou
estados brasileiros
• examinar o comportamento dos fluxos comerciais (exportações e
importações) do setor industrial do estado Rio Grande do Sul (RS),
no período entre 1998 e 2013
→ indicadores de orientação externa
Perfil industrial do Rio Grande do Sul
Perfil industrial do Rio Grande do Sul
Perfil industrial do Rio Grande do Sul
Metodologia
• Indicadores de orientação externa
• Coeficiente de Penetração das Importações (CPM)
• Coeficiente de Exportações (CX)
• CPM → quanto maior for o resultado, maior a maior será a parcela do
mercado doméstico atendida por produtos importados
• CX → quanto maior for seu resultado, maior será a dependência do
setor no mercado externo (maior vulnerabilidade externa)
i
t
i
t
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CX 
Metodologia
• Variáveis e fonte de dados
• setor industrial do Rio Grande do Sul → 1998 a 2013
• exportações e importações → site do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC) → AliceWeb
• produção total da indústria → Fundação de Economia e Estatística →
correção feita a partir do IGP-Di de março de 2014
• Agregação 1 → indústria total
• Agregação 2 → fator agregado: manufaturados e semimanufaturados
Análise e discussão dos resultados
Figura 1 – Coeficiente de Penetração das
Importações industriais do Rio Grande do Sul,
entre 1998 e 2013
Figura 4 – Coeficiente de Exportações industriais
do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013
Análise e discussão dos resultados
Figura 2 – Coeficiente de Penetração das
Importações industriais de bens manufaturados
do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013
Figura 3 – Coeficiente de Penetração das
Importações industriais de bens
semimanufaturados do Rio Grande do Sul, entre
1998 e 2013
Análise e discussão dos resultados
Figura 5 – Coeficiente de Exportações
industriais de bens manufaturados do Rio
Grande do Sul, entre 1998 e 2013
Figura 6 – Coeficiente de Exportações
industriais de bens semimanufaturados do Rio
Grande do Sul, entre 1998 e 2013
Conclusões
• a indústria local apresentou CPM e de CX cíclicos, geralmente
acompanhando o cenário externo, exceto nos últimos anos, quando
ocorreu um descolamento das exportações estaduais, as quais que
têm declinado continuamente
• constatou-se um padrão característico às M e X, especificamente
quanto aos bens manufaturados; enquanto as primeiras
recuperaram-se mais rapidamente em momentos de instabilidades,
as segundas são mais rígidas em sua recomposição
• processo de dependência maior no sentido da indústria gaúcha para
o mercado externo e menor no sentido contrário
Conclusões
• evidências de retração da indústria, sobremaneira, nos últimos três
anos
→ não se pode afirmar conclusivamente que a trajetória em curso se
refere a um processo de desindustrialização ou a um processo de
reestruturação produtiva
• concorre para o primeiro o aumento dos preços das commodities,
que tem determinado o crescimento da utilização de matérias-primas
e de componentes importados
• para o segundo, o enfraquecimento dos elos produtivos do setor
industrial, traduzido no menor adensamento da indústria gaúcha,
associado à retração da produtividade industrial estariam na base do
processo

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Desindustrialização na economia gaúcha: evidências a partir de indicadores de orientação externa

  • 1. DESINDUSTRIALIZAÇÃO NA ECONOMIAGAÚCHA: EVIDÊNCIAS A PARTIR DE INDICADORES DE ORIENTAÇÃO EXTERNA Daniel Arruda Coronel Reisoli Bender Filho Porto Alegre - FEE Junho 2017
  • 2. Introdução • a perda de participação da indústria na composição do Produto Interno Bruto (no emprego e no produto) seria uma evidência da desindustrialização (processo de transformação estrutural seria prematuro) ou perda de competitividade? • processo que não é consenso na literatura; porém, cada vez mais encontra posicionamentos conflitantes • Bresser-Pereira (2011) e Cano (2012) argumentam em favor da desindustrialização → aumento das exportações de produtos primários e apreciação da taxa de câmbio → relação de comércio exterior tem sido fonte importante destas discussões
  • 3. Introdução • Barros e Pereira (2008) e Jank et al. (2008) argumentam no sentido oposto → altos custos de transação, infraestrutura inadequada, problemas de logística, baixa taxa de investimento público e elevada carga tributária → perda de competitividade → transformações globais
  • 4. Introdução • a maioria dos trabalhos, centra-se em analisar e discutir a desindustrialização na economia brasileira, não considerando as peculiaridades e a existência ou não deste processo nas regiões e/ou estados brasileiros • examinar o comportamento dos fluxos comerciais (exportações e importações) do setor industrial do estado Rio Grande do Sul (RS), no período entre 1998 e 2013 → indicadores de orientação externa
  • 5. Perfil industrial do Rio Grande do Sul
  • 6. Perfil industrial do Rio Grande do Sul
  • 7. Perfil industrial do Rio Grande do Sul
  • 8. Metodologia • Indicadores de orientação externa • Coeficiente de Penetração das Importações (CPM) • Coeficiente de Exportações (CX) • CPM → quanto maior for o resultado, maior a maior será a parcela do mercado doméstico atendida por produtos importados • CX → quanto maior for seu resultado, maior será a dependência do setor no mercado externo (maior vulnerabilidade externa) i t i t i t i t i t i ti t XMVP M CA M CPM   i t i ti t VP X CX 
  • 9. Metodologia • Variáveis e fonte de dados • setor industrial do Rio Grande do Sul → 1998 a 2013 • exportações e importações → site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) → AliceWeb • produção total da indústria → Fundação de Economia e Estatística → correção feita a partir do IGP-Di de março de 2014 • Agregação 1 → indústria total • Agregação 2 → fator agregado: manufaturados e semimanufaturados
  • 10. Análise e discussão dos resultados Figura 1 – Coeficiente de Penetração das Importações industriais do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013 Figura 4 – Coeficiente de Exportações industriais do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013
  • 11. Análise e discussão dos resultados Figura 2 – Coeficiente de Penetração das Importações industriais de bens manufaturados do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013 Figura 3 – Coeficiente de Penetração das Importações industriais de bens semimanufaturados do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013
  • 12. Análise e discussão dos resultados Figura 5 – Coeficiente de Exportações industriais de bens manufaturados do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013 Figura 6 – Coeficiente de Exportações industriais de bens semimanufaturados do Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2013
  • 13. Conclusões • a indústria local apresentou CPM e de CX cíclicos, geralmente acompanhando o cenário externo, exceto nos últimos anos, quando ocorreu um descolamento das exportações estaduais, as quais que têm declinado continuamente • constatou-se um padrão característico às M e X, especificamente quanto aos bens manufaturados; enquanto as primeiras recuperaram-se mais rapidamente em momentos de instabilidades, as segundas são mais rígidas em sua recomposição • processo de dependência maior no sentido da indústria gaúcha para o mercado externo e menor no sentido contrário
  • 14. Conclusões • evidências de retração da indústria, sobremaneira, nos últimos três anos → não se pode afirmar conclusivamente que a trajetória em curso se refere a um processo de desindustrialização ou a um processo de reestruturação produtiva • concorre para o primeiro o aumento dos preços das commodities, que tem determinado o crescimento da utilização de matérias-primas e de componentes importados • para o segundo, o enfraquecimento dos elos produtivos do setor industrial, traduzido no menor adensamento da indústria gaúcha, associado à retração da produtividade industrial estariam na base do processo