SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
Download to read offline
A ESTRUTURA EM REDE PARA TORNAR O ESTADO EFICIENTE E
EFICAZ NO BRASIL
Fernando Alcoforado*
1.

O imperativo da reforma do Estado e da Administração Pública no Brasil

Toda estratégia de um governo ou de uma empresa só terá sucesso na sua
implementação se os meios postos à disposição dos responsáveis por sua execução e o
projeto da estrutura organizacional estiverem com ela compatíveis. Além de carecer
hoje de uma estratégia de desenvolvimento nacional que contribua para viabilizar o
progresso econômico e social simultâneos da nação, o Brasil não aloca os recursos que
seriam necessários a seu desenvolvimento, haja vista destinar 50% do orçamento da
União ao pagamento do serviço das dívidas interna e externa em detrimento dos
investimentos em infraestrutura econômica e social e possui uma estrutura
organizacional hipertrofiada com a existência de órgãos públicos e pessoal excessivo
muitos deles desnecessários.
É imperiosa a necessidade de uma profunda reforma do Estado no Brasil em todos os
seus níveis (federal, estadual e municipal) porque a crise que atravessa o País no
momento e que tende a se agravar no futuro próximo está a exigir que ele realize com
eficiência e eficácia suas atribuições constitucionais visando o progresso econômico e
social simultâneos da nação. Grande parte da ineficiência e ineficácia atribuídas ao
Estado no Brasil é devida à falta de integração dos governos federal, estadual e
municipal na promoção do desenvolvimento nacional. Associe-se a este fato, a
existência de estruturas organizacionais inadequadas em cada um dos níveis federal,
estadual e municipal que inviabilizam o esforço integrativo nessas instâncias de
governo. A falta de integração das diversas instâncias do Estado é, portanto, total
fazendo com que a ação do poder público se torne caótica no seu conjunto gerando, em
consequência, deseconomias de toda ordem.
As estruturas organizacionais de governo em todos os seus níveis no Brasil estão
superadas. É inadmissível que estruturas de governo federal, estadual e municipal
superponham esforços, como ainda ocorre hoje em muitos setores, exaurindo os parcos
recursos colocados à sua disposição. Para solucionar este problema, seria necessário
fazer com que os governos federal e estaduais assumissem funções normativas e de
planejamento global, regional e setorial em bases integradas, enquanto as prefeituras
municipais, órgãos de desenvolvimento regional e empresas estatais fariam a parte
executiva também de forma articulada. Competiria, portanto, às prefeituras municipais,
aos organismos de desenvolvimento regional e às empresas estatais a grande
responsabilidade de colocar em prática todos os planos de desenvolvimento global,
regional, estadual, municipal e setorial elaborados em conjunto pelas diversas instâncias
de governo após auscultar os parlamentos nos seus níveis federal, estadual e municipal,
bem como a sociedade civil.
O novo modelo de gestão integrada do setor público no Brasil se contraporia ao que
prevalece na atualidade no qual os governos federal, estadual e municipal são
autônomos nas suas deliberações e ações e politicamente reativos à ideia de integração.
Os grandes instrumentos de execução dos planos de desenvolvimento nacional,
regional, local e setorial seriam as prefeituras municipais no âmbito de cada município,
1
as empresas estatais na esfera setorial e os órgãos de desenvolvimento regional na
integração de esforços de prefeituras e empresas estatais na implementação de
programas e projetos de desenvolvimento econômico e social. As mudanças nas
estruturas organizacionais e a utilização de métodos de racionalização administrativa
com o uso em larga escala da informática farão com que se elevem os níveis de
produtividade do Estado na prestação de seus serviços à sociedade brasileira. A
implantação de um modelo de gestão eficiente e eficaz para o Estado brasileiro fará com
que a sua capacidade de arrecadação de impostos seja ampliada. A corrupção e a evasão
de impostos, que hoje se verifica no Brasil, são devidas em grande medida à ineficiência
da máquina administrativa do Estado. O novo modelo de gestão baseado na
racionalização dos processos de trabalho levará inevitavelmente à redução dos custos de
operação do Estado e, consequentemente, da carga tributária sobre os contribuintes.
Para realizar uma verdadeira revolução nos processos de trabalho, torna-se
imprescindível, entretanto, reciclar todo o funcionalismo público, mudar toda a cultura
hoje dominante no aparelho de Estado e adotar uma política de remuneração do trabalho
compatível com suas novas responsabilidades. Quanto às empresas estatais, é preciso
que a relação entre seus dirigentes e os órgãos aos quais se reportam seja baseada em
contratos de gestão. Através desses contratos, as empresas estatais obteriam autonomia
relativa em relação ao Estado e assumiriam o compromisso de perseguir metas
preestabelecidas de eficiência e eficácia. Sem colocar em prática este conjunto de
medidas acima descrito e Estado brasileiro não recuperará na integridade sua
capacidade de regular o sistema econômico, de investir na expansão da economia e de
adotar políticas de compensação social para mitigar os efeitos negativos do processo de
acumulação de capital no Brasil. Ao invés de viabilizar o Estado Mínimo preconizado
pelos adeptos do neoliberalismo, devemos, ao contrário, reestruturar o Estado para
torná-lo eficiente e eficaz no Brasil.
O que se propõe, em síntese, é implantar uma estrutura organizacional do Estado no
Brasil em rede a fim que em cada município e região do País haja uma ação articulada e
integrada dos governos federal, estadual e municipal com a efetiva participação da
sociedade civil de cada município e de cada região. Repensar a reforma do Estado no
Brasil requer, portanto, uma ruptura com o paradigma ainda dominante Brasil que
privilegia o papel da tecnocracia na gestão governamental em detrimento da
manifestação de setores da sociedade civil. Não basta mais e mais concentração do
poder técnico, como ocorre na atualidade. É preciso levar em conta a dimensão política
da reforma do Estado, contemplando a participação de setores da sociedade civil através
de audiências públicas, plebiscitos e referendos nas tomadas de decisão sobre as
questões mais relevantes. A ênfase na política requer, fundamentalmente, o
fortalecimento das conexões do Estado com a sociedade e com as instituições
representativas, expandindo também os procedimentos de cobrança e de prestação de
contas, os meios de controle social externo, a transparência e a publicização dos atos do
governo.
Com a estrutura organizacional do Estado em rede no Brasil será possível maximizar o
desenvolvimento dos seus polos econômicos atuais e potenciais e aproveitar o potencial
de desenvolvimento endógeno de cada localidade e de cada região do País. O governo
federal deveria constituir sistemas de gestão para coordenar em conjunto com os
governos estaduais e municipais as ações nas regiões abrangidas pelos polos de
crescimento e desenvolvimento da economia nacional, especialmente nas zonas ou eixos
2
de desenvolvimento (Figura 1). No plano de cada eixo de desenvolvimento e localidade
deveriam existir estruturas de desenvolvimento regional e deveria haver um esforço
conjunto entre as três esferas de governo, as forças econômicas e a sociedade civil na
promoção do desenvolvimento econômico e social.
Figura 1- Eixos nacionais de integração e desenvolvimento

Fonte: Governo Federal- Brasil em Ação

2.

A estrutura organizacional em rede necessária ao Brasil

A Estrutura em Rede, ou Organização em Rede, é um tipo de macroestrutura
organizacional que funciona segundo uma lógica de organograma circular ou em forma
de estrela, no centro da qual está a organização principal que, no caso, seria o governo
federal. Em torno desta organização principal estariam diversas outras entidades
(governos estaduais e municipais, empresa estatais, órgãos de desenvolvimento regional
e representantes da sociedade civil). O funcionamento deste tipo de organização se
apoiaria em modernos sistemas informáticos e de telecomunicações que permitiriam a
centralização da gestão e o controle de todos os processos. Uma estrutura em rede
corresponde também ao que seu próprio nome indica, isto é, seus integrantes se ligam
3
vertical e horizontalmente a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam.
O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar
indefinidamente para todos os lados.
Os elos básicos que dão consistência a uma rede são as informações que transitam pelos
canais que interligam seus diversos órgãos. Nas redes, o poder se desconcentra, por isso
também a informação, que se distribui e se divulga para que todos a ela tenham acesso.
A livre circulação de informações, isto é, a livre intercomunicação horizontal torna-se
assim uma exigência essencial para o bom funcionamento de uma rede. Todos os seus
membros têm que ter acesso a todas as informações que nela circulem, pelos canais que
os interliguem. Não podem existir circuitos únicos ou reservados, para que canais que
eventualmente se bloqueiem não impeçam que a circulação da informação se faça, livre
e múltipla. Numa estrutura em rede, cada organização que dela faça parte é responsável
pelos seus efeitos na realização dos objetivos do conjunto.
O funcionamento democrático de uma organização em rede é medido pela real liberdade
de circulação de informações em seu interior e, portanto, pela inexistência de censuras,
controles, hierarquizações ou manipulação nessa circulação. Pode-se dizer que as redes
são estruturas que foram se tornando cada vez mais possíveis com o progresso
tecnológico: do correio e telégrafo ao avião, ao rádio, ao telefone, ao fax e aos meios de
comunicação de massa, o mundo se transformou numa imensa rede com cada vez
menos barreiras à livre circulação de informações. As atuais possibilidades oferecidas
pela informática – na rapidez da comunicação e na estocagem da informação – podem
dar uma extrema eficácia a redes constituídas com objetivos específicos, assim como
lhes assegurar efetivamente plena liberdade de circulação de informações.
Quem se associa a uma rede para instrumentalizá-la, com objetivos pessoais, grupais ou
partidários, logo perceberá que esse espaço não lhe será propício, porque ele não
contém nenhum “poder” a ser tomado haja vista que o “poder” numa rede pertence a
todos os seus integrantes. Ele é o “poder conjunto” de todos que a integram, e só é
efetivamente poder exatamente se não se concentrar em nenhum membro em particular,
ou seja, se todos os seus membros estiverem dispostos a “ceder” informação aos
demais. Uma estrutura em rede pode interligar tanto pessoas, como entidades. As
pessoas e/ou entidades interligadas numa rede podem ser do mesmo tipo ou
inteiramente heterogêneas. Tudo depende tão somente dos objetivos que a rede se
propõe alcançar.
Numa organização em rede só pode haver participação livre e consciente de seus
membros. Se não existir esse tipo de participação, a rede não se consolida nem se
mantém tendendo, pouco a pouco, a se desfazer. Ao contrário, se uma rede for
“assumida” por um número crescente de seus membros, que coloquem a serviço da
realização dos seus objetivos suas capacidades de iniciativa e de ação, ela se adensa e se
fortalece cada vez mais. Uma rede não se moverá porque uma voz de comando a
mobilizou. Ela se moverá quando todos e cada um de seus membros começarem, por
decisão própria, a se mover. Uma rede é como um corpo, isto é, todos os seus membros
a fazem funcionar, todos são a rede, nas suas ligações uns com os outros. A participação
assumida, livre e consciente dos que realizam uma ação coletiva será tanto maior quanto
mais forem preenchidas três condições básicas:


A realização do objetivo perseguido seja vital para quem participe da ação
4



O objetivo só possa ser alcançado se houver efetiva participação
A rede seja aceita como legítima, pelos participantes da ação

*Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional
pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico,
planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000),
Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the
Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe
Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e
combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e
Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre
outros.

5

More Related Content

What's hot

Implantação do SEI no Distrito Federal
Implantação do SEI no Distrito FederalImplantação do SEI no Distrito Federal
Implantação do SEI no Distrito FederalColaborativismo
 
Livreto mrosc web
Livreto mrosc webLivreto mrosc web
Livreto mrosc webAbenyLogun
 
Estrategia de Governança Digital do Governo Federal
Estrategia de Governança Digital do Governo FederalEstrategia de Governança Digital do Governo Federal
Estrategia de Governança Digital do Governo FederalColaborativismo
 
No Recife, prefeitos defendem reforma da Previdência
No Recife, prefeitos defendem reforma da PrevidênciaNo Recife, prefeitos defendem reforma da Previdência
No Recife, prefeitos defendem reforma da PrevidênciaPortal NE10
 
Politicas sociais aula 0
Politicas sociais aula 0Politicas sociais aula 0
Politicas sociais aula 0J M
 
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2CETUR
 
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...iicabrasil
 
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...Polibio Braga
 
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...Ziclaudio Costa
 
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)Edinho Silva
 
Eixo 1 programa de governo jhonatas50
Eixo 1 programa de governo jhonatas50Eixo 1 programa de governo jhonatas50
Eixo 1 programa de governo jhonatas50Donguto
 
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...fcmatosbh
 
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele Franzese
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele FranzeseGovernança Regional para o Desenvolvimento - Cibele Franzese
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele FranzeseCogepp CEPAM
 
3 governança regional para o desenvolvimento cibele franzese
3 governança regional para o desenvolvimento   cibele franzese3 governança regional para o desenvolvimento   cibele franzese
3 governança regional para o desenvolvimento cibele franzesegovcepamsp
 
Vi conferência de assistência social
Vi conferência de assistência socialVi conferência de assistência social
Vi conferência de assistência socialSocorro Lira
 
Marco regulatório das organizações da sociedade civil prof. msc. sérgio marian
Marco regulatório das organizações da sociedade civil   prof. msc. sérgio marianMarco regulatório das organizações da sociedade civil   prof. msc. sérgio marian
Marco regulatório das organizações da sociedade civil prof. msc. sérgio marianInstituto Comunitário Grande Florianópolis
 

What's hot (18)

Implantação do SEI no Distrito Federal
Implantação do SEI no Distrito FederalImplantação do SEI no Distrito Federal
Implantação do SEI no Distrito Federal
 
Livreto mrosc web
Livreto mrosc webLivreto mrosc web
Livreto mrosc web
 
Estrategia de Governança Digital do Governo Federal
Estrategia de Governança Digital do Governo FederalEstrategia de Governança Digital do Governo Federal
Estrategia de Governança Digital do Governo Federal
 
No Recife, prefeitos defendem reforma da Previdência
No Recife, prefeitos defendem reforma da PrevidênciaNo Recife, prefeitos defendem reforma da Previdência
No Recife, prefeitos defendem reforma da Previdência
 
Politicas sociais aula 0
Politicas sociais aula 0Politicas sociais aula 0
Politicas sociais aula 0
 
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2
Curso Gestores - Cidades Socialistas - Aula 5 Módulo 2
 
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...
Políticas Públicas, Atores Sociais e Desenvolvimento Territorial no Brasil - ...
 
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...
Confira abaixo o documento com as bases programáticas apresentados pelo psb e...
 
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...
Dec 8243 (20140523)/ institui a política nacional de participação social - pn...
 
Recentralizando a federação
Recentralizando a federaçãoRecentralizando a federação
Recentralizando a federação
 
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)
Balanço Final do Governo Lula - livro 6 (cap. 4)
 
Adm Pub
Adm PubAdm Pub
Adm Pub
 
Eixo 1 programa de governo jhonatas50
Eixo 1 programa de governo jhonatas50Eixo 1 programa de governo jhonatas50
Eixo 1 programa de governo jhonatas50
 
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...
A História da Municipalização em Moçambique: Atores, Estratégias e Implicaçõe...
 
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele Franzese
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele FranzeseGovernança Regional para o Desenvolvimento - Cibele Franzese
Governança Regional para o Desenvolvimento - Cibele Franzese
 
3 governança regional para o desenvolvimento cibele franzese
3 governança regional para o desenvolvimento   cibele franzese3 governança regional para o desenvolvimento   cibele franzese
3 governança regional para o desenvolvimento cibele franzese
 
Vi conferência de assistência social
Vi conferência de assistência socialVi conferência de assistência social
Vi conferência de assistência social
 
Marco regulatório das organizações da sociedade civil prof. msc. sérgio marian
Marco regulatório das organizações da sociedade civil   prof. msc. sérgio marianMarco regulatório das organizações da sociedade civil   prof. msc. sérgio marian
Marco regulatório das organizações da sociedade civil prof. msc. sérgio marian
 

Viewers also liked

Infosys Result Updated
Infosys Result UpdatedInfosys Result Updated
Infosys Result UpdatedAngel Broking
 
Pregunta desde la 11 hasta la 16
Pregunta desde la 11 hasta la 16Pregunta desde la 11 hasta la 16
Pregunta desde la 11 hasta la 16anderson
 
powerepointpresentation
powerepointpresentationpowerepointpresentation
powerepointpresentationaryasreegi
 
Leadership development and sustainable leadership among tvet student
Leadership development and sustainable leadership among tvet studentLeadership development and sustainable leadership among tvet student
Leadership development and sustainable leadership among tvet studentAlexander Decker
 
Third CRC 2012 Draft Budget Presentation
Third CRC  2012 Draft Budget PresentationThird CRC  2012 Draft Budget Presentation
Third CRC 2012 Draft Budget Presentationcascade_biker
 
42057156 production-diary
42057156 production-diary42057156 production-diary
42057156 production-diaryChloé
 

Viewers also liked (9)

Music magazine
Music magazineMusic magazine
Music magazine
 
Tema8 vocabulari
Tema8 vocabulariTema8 vocabulari
Tema8 vocabulari
 
Infosys Result Updated
Infosys Result UpdatedInfosys Result Updated
Infosys Result Updated
 
Pregunta desde la 11 hasta la 16
Pregunta desde la 11 hasta la 16Pregunta desde la 11 hasta la 16
Pregunta desde la 11 hasta la 16
 
powerepointpresentation
powerepointpresentationpowerepointpresentation
powerepointpresentation
 
Leadership development and sustainable leadership among tvet student
Leadership development and sustainable leadership among tvet studentLeadership development and sustainable leadership among tvet student
Leadership development and sustainable leadership among tvet student
 
Third CRC 2012 Draft Budget Presentation
Third CRC  2012 Draft Budget PresentationThird CRC  2012 Draft Budget Presentation
Third CRC 2012 Draft Budget Presentation
 
42057156 production-diary
42057156 production-diary42057156 production-diary
42057156 production-diary
 
4t eso esquemes - resum_ tema 2
4t eso esquemes - resum_ tema 24t eso esquemes - resum_ tema 2
4t eso esquemes - resum_ tema 2
 

Similar to A estrutura em rede para tornar o estado eficiente e eficaz no brasil

As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...
As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...
As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...Roberto Rabat Chame
 
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdf
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdfO GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdf
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdfFaga1939
 
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança Territorial
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança TerritorialDesenvolvimento Regional - Modelos de Governança Territorial
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança TerritorialNuno Antão
 
Inovação e empreendedorismo na gestão governamental
Inovação e empreendedorismo na gestão governamentalInovação e empreendedorismo na gestão governamental
Inovação e empreendedorismo na gestão governamentalFernando Alcoforado
 
Manifesto final
Manifesto finalManifesto final
Manifesto finalLuanapqt
 
Manifesto final
Manifesto finalManifesto final
Manifesto finalLuanapqt
 
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamental
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamentalInovacao e empreendedorismo na gestao governamental
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamentalRoberto Rabat Chame
 
Refencial básico de governança tcu
Refencial básico de governança  tcuRefencial básico de governança  tcu
Refencial básico de governança tcukikinhax
 
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010Eixos programáticos do psol para as eleições 2010
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010PortalCabo
 
Contas públicas das capitais brasileiras na web
Contas públicas das capitais brasileiras na webContas públicas das capitais brasileiras na web
Contas públicas das capitais brasileiras na webAngela Iara Zotti
 
Consorcio Realiza - As possibilidades de implementação do consórcio público
Consorcio Realiza -  As possibilidades de implementação do consórcio públicoConsorcio Realiza -  As possibilidades de implementação do consórcio público
Consorcio Realiza - As possibilidades de implementação do consórcio públicoJessica R.
 
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASF
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASFProjeto de Lei de educação fiscal da ABRASF
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASFEUROsociAL II
 

Similar to A estrutura em rede para tornar o estado eficiente e eficaz no brasil (20)

As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...
As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...
As eleicoes presidenciais e o imperativo das mudancas estruturais e de gestao...
 
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdf
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdfO GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdf
O GOVERNO LULA E A GESTÃO INTEGRADA DO BRASIL.pdf
 
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança Territorial
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança TerritorialDesenvolvimento Regional - Modelos de Governança Territorial
Desenvolvimento Regional - Modelos de Governança Territorial
 
Guia com orientações para o início de mandato - 2013
Guia com orientações para o início de mandato - 2013Guia com orientações para o início de mandato - 2013
Guia com orientações para o início de mandato - 2013
 
FINALFINALMROSC
FINALFINALMROSCFINALFINALMROSC
FINALFINALMROSC
 
Inovação e empreendedorismo na gestão governamental
Inovação e empreendedorismo na gestão governamentalInovação e empreendedorismo na gestão governamental
Inovação e empreendedorismo na gestão governamental
 
Manifesto final
Manifesto finalManifesto final
Manifesto final
 
Manifesto final
Manifesto finalManifesto final
Manifesto final
 
Modelo growing (2)
Modelo growing (2)Modelo growing (2)
Modelo growing (2)
 
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamental
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamentalInovacao e empreendedorismo na gestao governamental
Inovacao e empreendedorismo na gestao governamental
 
Refencial básico de governança tcu
Refencial básico de governança  tcuRefencial básico de governança  tcu
Refencial básico de governança tcu
 
Governo Digital
Governo DigitalGoverno Digital
Governo Digital
 
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010Eixos programáticos do psol para as eleições 2010
Eixos programáticos do psol para as eleições 2010
 
Contas Públicas Na Web
Contas  Públicas Na  WebContas  Públicas Na  Web
Contas Públicas Na Web
 
Contas públicas das capitais brasileiras na web
Contas públicas das capitais brasileiras na webContas públicas das capitais brasileiras na web
Contas públicas das capitais brasileiras na web
 
Consorcio Realiza - As possibilidades de implementação do consórcio público
Consorcio Realiza -  As possibilidades de implementação do consórcio públicoConsorcio Realiza -  As possibilidades de implementação do consórcio público
Consorcio Realiza - As possibilidades de implementação do consórcio público
 
Sistema PGLP básico
Sistema PGLP básicoSistema PGLP básico
Sistema PGLP básico
 
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades MelhoresGoverno Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
 
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades MelhoresGoverno Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
Governo Federal e Municípios - Brasil Forte, Cidades Melhores
 
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASF
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASFProjeto de Lei de educação fiscal da ABRASF
Projeto de Lei de educação fiscal da ABRASF
 

More from Fernando Alcoforado

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO Fernando Alcoforado
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENFernando Alcoforado
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?Fernando Alcoforado
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALFernando Alcoforado
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGEFernando Alcoforado
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALFernando Alcoforado
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDFernando Alcoforado
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE Fernando Alcoforado
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOFernando Alcoforado
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
 

More from Fernando Alcoforado (20)

O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO   O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
O INFERNO DAS CATÁSTROFES SOFRIDAS PELO POVO BRASILEIRO
 
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIENL'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
L'ENFER DES CATASTROPHES SUBIS PAR LE PEUPLE BRÉSILIEN
 
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
LE MONDE VERS UNE CATASTROPHE CLIMATIQUE?
 
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...
 
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHGLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTH
 
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...
 
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIALINONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
INONDATIONS DES VILLES ET CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL
 
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGECITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
CITY FLOODS AND GLOBAL CLIMATE CHANGE
 
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBALINUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL
 
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022
 
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...
 
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...
 
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...
 
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...
 
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLDTHE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
THE GREAT FRENCH REVOLUTION THAT CHANGED THE WORLD
 
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
LA GRANDE RÉVOLUTION FRANÇAISE QUI A CHANGÉ LE MONDE
 
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDOA GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
A GRANDE REVOLUÇÃO FRANCESA QUE MUDOU O MUNDO
 
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...
 
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELLES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUEL
 
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILSOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
 

A estrutura em rede para tornar o estado eficiente e eficaz no brasil

  • 1. A ESTRUTURA EM REDE PARA TORNAR O ESTADO EFICIENTE E EFICAZ NO BRASIL Fernando Alcoforado* 1. O imperativo da reforma do Estado e da Administração Pública no Brasil Toda estratégia de um governo ou de uma empresa só terá sucesso na sua implementação se os meios postos à disposição dos responsáveis por sua execução e o projeto da estrutura organizacional estiverem com ela compatíveis. Além de carecer hoje de uma estratégia de desenvolvimento nacional que contribua para viabilizar o progresso econômico e social simultâneos da nação, o Brasil não aloca os recursos que seriam necessários a seu desenvolvimento, haja vista destinar 50% do orçamento da União ao pagamento do serviço das dívidas interna e externa em detrimento dos investimentos em infraestrutura econômica e social e possui uma estrutura organizacional hipertrofiada com a existência de órgãos públicos e pessoal excessivo muitos deles desnecessários. É imperiosa a necessidade de uma profunda reforma do Estado no Brasil em todos os seus níveis (federal, estadual e municipal) porque a crise que atravessa o País no momento e que tende a se agravar no futuro próximo está a exigir que ele realize com eficiência e eficácia suas atribuições constitucionais visando o progresso econômico e social simultâneos da nação. Grande parte da ineficiência e ineficácia atribuídas ao Estado no Brasil é devida à falta de integração dos governos federal, estadual e municipal na promoção do desenvolvimento nacional. Associe-se a este fato, a existência de estruturas organizacionais inadequadas em cada um dos níveis federal, estadual e municipal que inviabilizam o esforço integrativo nessas instâncias de governo. A falta de integração das diversas instâncias do Estado é, portanto, total fazendo com que a ação do poder público se torne caótica no seu conjunto gerando, em consequência, deseconomias de toda ordem. As estruturas organizacionais de governo em todos os seus níveis no Brasil estão superadas. É inadmissível que estruturas de governo federal, estadual e municipal superponham esforços, como ainda ocorre hoje em muitos setores, exaurindo os parcos recursos colocados à sua disposição. Para solucionar este problema, seria necessário fazer com que os governos federal e estaduais assumissem funções normativas e de planejamento global, regional e setorial em bases integradas, enquanto as prefeituras municipais, órgãos de desenvolvimento regional e empresas estatais fariam a parte executiva também de forma articulada. Competiria, portanto, às prefeituras municipais, aos organismos de desenvolvimento regional e às empresas estatais a grande responsabilidade de colocar em prática todos os planos de desenvolvimento global, regional, estadual, municipal e setorial elaborados em conjunto pelas diversas instâncias de governo após auscultar os parlamentos nos seus níveis federal, estadual e municipal, bem como a sociedade civil. O novo modelo de gestão integrada do setor público no Brasil se contraporia ao que prevalece na atualidade no qual os governos federal, estadual e municipal são autônomos nas suas deliberações e ações e politicamente reativos à ideia de integração. Os grandes instrumentos de execução dos planos de desenvolvimento nacional, regional, local e setorial seriam as prefeituras municipais no âmbito de cada município, 1
  • 2. as empresas estatais na esfera setorial e os órgãos de desenvolvimento regional na integração de esforços de prefeituras e empresas estatais na implementação de programas e projetos de desenvolvimento econômico e social. As mudanças nas estruturas organizacionais e a utilização de métodos de racionalização administrativa com o uso em larga escala da informática farão com que se elevem os níveis de produtividade do Estado na prestação de seus serviços à sociedade brasileira. A implantação de um modelo de gestão eficiente e eficaz para o Estado brasileiro fará com que a sua capacidade de arrecadação de impostos seja ampliada. A corrupção e a evasão de impostos, que hoje se verifica no Brasil, são devidas em grande medida à ineficiência da máquina administrativa do Estado. O novo modelo de gestão baseado na racionalização dos processos de trabalho levará inevitavelmente à redução dos custos de operação do Estado e, consequentemente, da carga tributária sobre os contribuintes. Para realizar uma verdadeira revolução nos processos de trabalho, torna-se imprescindível, entretanto, reciclar todo o funcionalismo público, mudar toda a cultura hoje dominante no aparelho de Estado e adotar uma política de remuneração do trabalho compatível com suas novas responsabilidades. Quanto às empresas estatais, é preciso que a relação entre seus dirigentes e os órgãos aos quais se reportam seja baseada em contratos de gestão. Através desses contratos, as empresas estatais obteriam autonomia relativa em relação ao Estado e assumiriam o compromisso de perseguir metas preestabelecidas de eficiência e eficácia. Sem colocar em prática este conjunto de medidas acima descrito e Estado brasileiro não recuperará na integridade sua capacidade de regular o sistema econômico, de investir na expansão da economia e de adotar políticas de compensação social para mitigar os efeitos negativos do processo de acumulação de capital no Brasil. Ao invés de viabilizar o Estado Mínimo preconizado pelos adeptos do neoliberalismo, devemos, ao contrário, reestruturar o Estado para torná-lo eficiente e eficaz no Brasil. O que se propõe, em síntese, é implantar uma estrutura organizacional do Estado no Brasil em rede a fim que em cada município e região do País haja uma ação articulada e integrada dos governos federal, estadual e municipal com a efetiva participação da sociedade civil de cada município e de cada região. Repensar a reforma do Estado no Brasil requer, portanto, uma ruptura com o paradigma ainda dominante Brasil que privilegia o papel da tecnocracia na gestão governamental em detrimento da manifestação de setores da sociedade civil. Não basta mais e mais concentração do poder técnico, como ocorre na atualidade. É preciso levar em conta a dimensão política da reforma do Estado, contemplando a participação de setores da sociedade civil através de audiências públicas, plebiscitos e referendos nas tomadas de decisão sobre as questões mais relevantes. A ênfase na política requer, fundamentalmente, o fortalecimento das conexões do Estado com a sociedade e com as instituições representativas, expandindo também os procedimentos de cobrança e de prestação de contas, os meios de controle social externo, a transparência e a publicização dos atos do governo. Com a estrutura organizacional do Estado em rede no Brasil será possível maximizar o desenvolvimento dos seus polos econômicos atuais e potenciais e aproveitar o potencial de desenvolvimento endógeno de cada localidade e de cada região do País. O governo federal deveria constituir sistemas de gestão para coordenar em conjunto com os governos estaduais e municipais as ações nas regiões abrangidas pelos polos de crescimento e desenvolvimento da economia nacional, especialmente nas zonas ou eixos 2
  • 3. de desenvolvimento (Figura 1). No plano de cada eixo de desenvolvimento e localidade deveriam existir estruturas de desenvolvimento regional e deveria haver um esforço conjunto entre as três esferas de governo, as forças econômicas e a sociedade civil na promoção do desenvolvimento econômico e social. Figura 1- Eixos nacionais de integração e desenvolvimento Fonte: Governo Federal- Brasil em Ação 2. A estrutura organizacional em rede necessária ao Brasil A Estrutura em Rede, ou Organização em Rede, é um tipo de macroestrutura organizacional que funciona segundo uma lógica de organograma circular ou em forma de estrela, no centro da qual está a organização principal que, no caso, seria o governo federal. Em torno desta organização principal estariam diversas outras entidades (governos estaduais e municipais, empresa estatais, órgãos de desenvolvimento regional e representantes da sociedade civil). O funcionamento deste tipo de organização se apoiaria em modernos sistemas informáticos e de telecomunicações que permitiriam a centralização da gestão e o controle de todos os processos. Uma estrutura em rede corresponde também ao que seu próprio nome indica, isto é, seus integrantes se ligam 3
  • 4. vertical e horizontalmente a todos os demais, diretamente ou através dos que os cercam. O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados. Os elos básicos que dão consistência a uma rede são as informações que transitam pelos canais que interligam seus diversos órgãos. Nas redes, o poder se desconcentra, por isso também a informação, que se distribui e se divulga para que todos a ela tenham acesso. A livre circulação de informações, isto é, a livre intercomunicação horizontal torna-se assim uma exigência essencial para o bom funcionamento de uma rede. Todos os seus membros têm que ter acesso a todas as informações que nela circulem, pelos canais que os interliguem. Não podem existir circuitos únicos ou reservados, para que canais que eventualmente se bloqueiem não impeçam que a circulação da informação se faça, livre e múltipla. Numa estrutura em rede, cada organização que dela faça parte é responsável pelos seus efeitos na realização dos objetivos do conjunto. O funcionamento democrático de uma organização em rede é medido pela real liberdade de circulação de informações em seu interior e, portanto, pela inexistência de censuras, controles, hierarquizações ou manipulação nessa circulação. Pode-se dizer que as redes são estruturas que foram se tornando cada vez mais possíveis com o progresso tecnológico: do correio e telégrafo ao avião, ao rádio, ao telefone, ao fax e aos meios de comunicação de massa, o mundo se transformou numa imensa rede com cada vez menos barreiras à livre circulação de informações. As atuais possibilidades oferecidas pela informática – na rapidez da comunicação e na estocagem da informação – podem dar uma extrema eficácia a redes constituídas com objetivos específicos, assim como lhes assegurar efetivamente plena liberdade de circulação de informações. Quem se associa a uma rede para instrumentalizá-la, com objetivos pessoais, grupais ou partidários, logo perceberá que esse espaço não lhe será propício, porque ele não contém nenhum “poder” a ser tomado haja vista que o “poder” numa rede pertence a todos os seus integrantes. Ele é o “poder conjunto” de todos que a integram, e só é efetivamente poder exatamente se não se concentrar em nenhum membro em particular, ou seja, se todos os seus membros estiverem dispostos a “ceder” informação aos demais. Uma estrutura em rede pode interligar tanto pessoas, como entidades. As pessoas e/ou entidades interligadas numa rede podem ser do mesmo tipo ou inteiramente heterogêneas. Tudo depende tão somente dos objetivos que a rede se propõe alcançar. Numa organização em rede só pode haver participação livre e consciente de seus membros. Se não existir esse tipo de participação, a rede não se consolida nem se mantém tendendo, pouco a pouco, a se desfazer. Ao contrário, se uma rede for “assumida” por um número crescente de seus membros, que coloquem a serviço da realização dos seus objetivos suas capacidades de iniciativa e de ação, ela se adensa e se fortalece cada vez mais. Uma rede não se moverá porque uma voz de comando a mobilizou. Ela se moverá quando todos e cada um de seus membros começarem, por decisão própria, a se mover. Uma rede é como um corpo, isto é, todos os seus membros a fazem funcionar, todos são a rede, nas suas ligações uns com os outros. A participação assumida, livre e consciente dos que realizam uma ação coletiva será tanto maior quanto mais forem preenchidas três condições básicas:  A realização do objetivo perseguido seja vital para quem participe da ação 4
  • 5.   O objetivo só possa ser alcançado se houver efetiva participação A rede seja aceita como legítima, pelos participantes da ação *Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros. 5