SlideShare a Scribd company logo
1 of 30
Download to read offline
FILO 
ONYCHOPHORA 
Peripathus capensis (Peripatidae)
PANARTHROPODA 
Compreende três filos considerados grupos irmãos, 
intimamente relacionados por análises morfológicas 
e moleculares: 
● Onychophora 
● Tardigrada 
● Arthropoda
O CONTEXTO DO SURGIMENTO DOS 
ONYCHOPHORA: O PRÉ-CAMBRIANO 
Lansdown Guilding foi a priemiro a descrever um 
onicófora vivo, em 1826. Há 605 milhões de anos, 
surgia a fauna ediacariana: os Porífera e os primeiros 
Metazoa (cnidários, poliquetos, onicóforos, 
braquiópodes, equinodermos e primeiros artrópodes). 
Xenusion espina
DIVERSIFICAÇÃO: O CAMBRIANO 
(570 MAA) 
Primeiros fósseis de trilobitas. Primeiros crustáceos. 
Primeiros foraminifera. Primeiros peixes agnatos. 
Aysheaia pedunculata 
(Cambriano Médio, Canadá) 
Hallucigenia sparsa
IRRADIAÇÃO DE ONICÓFOROS NO CAMBRIANO
Siberion 
lenaicus
Anomalocaris sp.
FILOGENIA EXTERNA 
São considerados um dos “elos perdidos” entre os 
anelídeos e os artrópodes. 
CARACTERÍSTICAS EM COMUM COM 
ANELÍDEOS: 
● Segmentação (porém sem septos intersegmentares); 
● A natureza carnosa e não segmentada da cabeça; 
● Estrutura das mandíbulas; 
● Pernas lobópodes não articuladas (na forma de lobos 
simples); 
● Cutícula não calcificada, fina, flexível, muito permeável e 
não dividida em placas articuladas; 
● Sistema nervoso metamérico.
Parapódio de um 
poliqueto 
Pernas lobopodiais 
de um onicóforo
CARACTERÍSTICAS EM COMUM COM 
ARTRÓPODES 
● Celoma reduzido às região das gônadas (hemocele); 
● Hemocele dividida em seios, incluindo seio pericárdico 
dorsal; 
● Sistema circulatório ligado ao Bauplan hemocelomático. 
● Corpo coberto com fina camada quitinosa que sofre 
mudas (ecdise). 
Onicófora sem nome do 
Cambriano inferior
FILOGENIA INTERNA ATUAL 
Estão distribuídos atualmente em duas famílias: 
● Peripatidae: distribuição circuntropical/equatorial 
(México Central, Mar do Caribe, ao norte até o 
Himalaia, África Central, Bornéo). Presença de 
órgãos coxais, glândulas crurais apenas nos machos; 
glândulas salivares com reservatório, gonóporo 
localizado entre o penúltimo par de pernas. 
● Peripatopsidae: distribuição circum-austral (região 
temperada da América do Sul, sul da África, 
Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné). Presença de 
glândulas crurais, gonóporos no último par de 
pernas e ovário com óvulo exógeno.
Distribuição atual das 110 espécies do filo 
Onychophora em duas famílias : 
Peripatidae e Peripatopsidae
Macroperipatus ohausi, membro da família Peripatidae, encontrado 
em Nova Iguaçu – RJ 
Epiperipatus diadenoproctus, membro da família Peripatidae, 
encontrado em Minas Gerais
Opisthopatus roseus, membro da família 
Peripatopsidae, encontrado na África do Sul.
Euperipatoides rowelli, membro da família Peripatopsidae, 
encontrado na Austrália
MORFOLOGIA 
- Superfície corpórea coberta por tubérculos em forma de papilas, 
cada uma coberta com diminutas escamas; 
- 13 a 43 pares de pernas carnosas não articuladas, que são 
extensões curtas e ocas da parede do corpo (lobópodes); 
- São dióicos e o macho é geralmente menor do que a fêmea; 
- Um olho na base de cada antena, cada um com uma lente quitinosa 
e retina relativamente bem desenvolvida.
Mandíbulas de Peripatus capensis 
Mandíbula interna Mandíbula externa
Os canais hemais são canais vasculares subcutâneos 
situados abaixo dos anéis que também podem ser 
importantes no funcionamento do esqueleto 
hidrostático. 
Cerdas sensoriais ou sensilas abastecem a superfície 
geral do corpo, especialmente os tubérculos maiores.
Reconstrução de Aysheaia pedunculata
Os muitos espiráculos estão 
localizados entre as faixas 
de tubérculos do corpo. 
Estas traquéias não são 
homólogas às dos outros 
artrópodes.
As pernas de alguns onicóforos apresentam vesículas eversíveis de 
parede fina que se abrem ao exterior perto dos nefridiopóros através 
de diminutos poros ou fendas, e que podem funcionar na tomada de 
umidade (como glândulas coxais de outros artrópodes), sendo 
evertidas pela pressão hemocelomática e puxada para dentro do 
corpo por músculos retratores. 
Anatomia generalizada de uma fêmea
Há um par de nefrídios 
em cada segmento do 
corpo que apresenta 
pernas (exceto 
abertura genital). Os 
nefridiopóros estão na 
base de cada 
perna.Internamente, os 
nefrídios estão 
conectados a um saco 
celomático de fundo 
cego (sáculo). Este 
conjunto é denominado 
“glândula segmentar”.
HISTÓRIA NATURAL 
● Habitam lugares úmidos, debaixo de troncos ou pedregulhos, 
peneirando o folhiço; 
● Durante a seca, abrigam-se tornam-se inativos; 
● Vivem vários anos (6 em média) e realizam ecdise periodicamente 
(uma vez a cada duas semanas em algumas espécies); 
● Quase todos são carnívoros e alimentam-se de pequenos 
invertebrados (caranguejos, vermes, cupins, besouros etc.); 
● O jato de adesivo expelido das papilas orais e produzidas pelas 
glândulas de muco (consideradas nefrídios modificados) pode 
chegar até 30 cm). As mandíbulas são usadas para agarrar e 
despedaçar a presa. As secreções das glândulas salivares passam 
para o corpo da presa, digerindo-o parcialmente. Os tecidos da 
presa são engolidos semiliquefeitos.
“Milk shake de besouro”
● Durante o acasalamento, o macho deposita espermatóforos ao 
acaso sobre a superfície do corpo da fêmea. Amebócitos especiais 
do sangue da fêmea decompõem o espermatóforo e os 
espermatozóides passam para o fluido hemocelomático e acabam 
alcançando os ovários onde ocorre a fertilização; 
● Podem ser ovíparos, viviparos ou ovovivíparos; 
● Todas as espécies vivíparas do Novo Mundo apresentam uma 
placenta que se liga à parede do oviduto (condição mais 
avançada); 
● O desenvolvimento é sempre direto.
BIBLIOGRAFIA 
BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ª edição. Rio de Janeiro – RJ: 
Guanabara Koogan, 2007. 
CHAGAS-JÚNIOR, A. & COSTA, C. S. Macroperipatus ohausi: redescription 
and taxonomic notes on its status (Onychophora: Peripatidae) Rev. Biol. 
Trop. (Int. J. Trop. Biol. ISSN-0034-7744) Vol. 62 (3): 977-985, 
September 2014 
DZIK, J. The xenusian-to-anomalocaridid transition within the lobopodians. 
Bollettino della Società Paleontologica Italiana, 50 (1), 2011, 65-74. 
Modena, 1 luglio 206115 
OLIVEIRA I. S.; LACORTE, G. A.; FONSECA, C. G.; WIELOCH, A. H.; 
MAYER, G. (2011) Cryptic Speciation in Brazilian Epiperipatus 
(Onychophora: Peripatidae) Reveals an Underestimated Diversity among the 
Peripatid Velvet Worms. PLoS ONE 6(6): e19973. 
doi:10.1371/journal.pone.0019973
RUPPERT, E. BARNES, R.D. Zoologia de Invertebrados. 6ª 
edição. São Paulo: Editora Roca, 1996. 
STORER, T.I.; USINGER, R.L.; STEBBINS, R.C.; NYBAKKEN, 
J.W. Zoologia Geral, 6ª edição. São Paulo – SP: Companhia Editora 
Nacional, 2007. 
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ 
album/2013/06/13/cientistas-pedem-protecao-de-animais- 
esquisitos.htm?mobile 
q

More Related Content

What's hot

Artropodes agronomia
Artropodes agronomiaArtropodes agronomia
Artropodes agronomia
Henrique Zini
 
Anelídeos (Power Point)
Anelídeos (Power Point)Anelídeos (Power Point)
Anelídeos (Power Point)
Bio
 
Hemichordata, anfíbios e répteis
Hemichordata, anfíbios e  répteisHemichordata, anfíbios e  répteis
Hemichordata, anfíbios e répteis
Sabrina Venceslau
 
7º ano cap 23 mamíferos
7º ano cap 23  mamíferos7º ano cap 23  mamíferos
7º ano cap 23 mamíferos
ISJ
 
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. RosaliaAula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
Rosalia Azambuja
 
Platelmintos (Power Point)
Platelmintos (Power Point)Platelmintos (Power Point)
Platelmintos (Power Point)
Bio
 

What's hot (20)

Angiospermas
AngiospermasAngiospermas
Angiospermas
 
Filo arthropoda crustacea
Filo arthropoda crustaceaFilo arthropoda crustacea
Filo arthropoda crustacea
 
2EM #11 Anelídeos
2EM #11 Anelídeos2EM #11 Anelídeos
2EM #11 Anelídeos
 
Os moluscos
Os moluscosOs moluscos
Os moluscos
 
Filo Mollusca
Filo MolluscaFilo Mollusca
Filo Mollusca
 
Artropodes agronomia
Artropodes agronomiaArtropodes agronomia
Artropodes agronomia
 
Cordados- Zoologia dos Vertebrados
Cordados- Zoologia dos VertebradosCordados- Zoologia dos Vertebrados
Cordados- Zoologia dos Vertebrados
 
Anelídeos (Power Point)
Anelídeos (Power Point)Anelídeos (Power Point)
Anelídeos (Power Point)
 
BIOLOGIA: Os peixes (COMPLETO)
BIOLOGIA: Os peixes (COMPLETO)BIOLOGIA: Os peixes (COMPLETO)
BIOLOGIA: Os peixes (COMPLETO)
 
Cnidários
CnidáriosCnidários
Cnidários
 
Hemichordata, anfíbios e répteis
Hemichordata, anfíbios e  répteisHemichordata, anfíbios e  répteis
Hemichordata, anfíbios e répteis
 
Filo annelida
Filo annelidaFilo annelida
Filo annelida
 
Filo Arthropoda
Filo ArthropodaFilo Arthropoda
Filo Arthropoda
 
7º ano cap 23 mamíferos
7º ano cap 23  mamíferos7º ano cap 23  mamíferos
7º ano cap 23 mamíferos
 
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. RosaliaAula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
Aula Anelídeos 2º Ensino Médio Prof. Rosalia
 
ReproduçãO Nas Angiospermas (1)
ReproduçãO Nas Angiospermas (1)ReproduçãO Nas Angiospermas (1)
ReproduçãO Nas Angiospermas (1)
 
Animais invertebrados- Poríferos
Animais invertebrados- PoríferosAnimais invertebrados- Poríferos
Animais invertebrados- Poríferos
 
Artrópodes
ArtrópodesArtrópodes
Artrópodes
 
Platelmintos (Power Point)
Platelmintos (Power Point)Platelmintos (Power Point)
Platelmintos (Power Point)
 
Reino plantae
Reino plantaeReino plantae
Reino plantae
 

Viewers also liked

Onicoforos y quelicerados
Onicoforos y queliceradosOnicoforos y quelicerados
Onicoforos y quelicerados
Valeria Balocco
 
Artrópodos 1ra parte Quelicerados
Artrópodos 1ra parte QueliceradosArtrópodos 1ra parte Quelicerados
Artrópodos 1ra parte Quelicerados
Arvi Radá
 
Phylum tardigrada
Phylum tardigradaPhylum tardigrada
Phylum tardigrada
dreicash
 
Onychophora
OnychophoraOnychophora
Onychophora
MrsTabor
 
Filo artrópodes 05 crustáceos - classificação
Filo artrópodes 05   crustáceos - classificaçãoFilo artrópodes 05   crustáceos - classificação
Filo artrópodes 05 crustáceos - classificação
prestao
 
Respiración en artrópodos
Respiración en artrópodosRespiración en artrópodos
Respiración en artrópodos
cuenterita
 
Archaeopteryx
ArchaeopteryxArchaeopteryx
Archaeopteryx
Mia02
 
Resumen phylum onychophora harold cuello
Resumen phylum onychophora harold cuelloResumen phylum onychophora harold cuello
Resumen phylum onychophora harold cuello
dreicash
 

Viewers also liked (20)

onychophora
onychophoraonychophora
onychophora
 
Características de tardigrada
Características de tardigradaCaracterísticas de tardigrada
Características de tardigrada
 
Onychophora
OnychophoraOnychophora
Onychophora
 
Onicoforos y quelicerados
Onicoforos y queliceradosOnicoforos y quelicerados
Onicoforos y quelicerados
 
Características de filum onicóforos
Características de filum onicóforosCaracterísticas de filum onicóforos
Características de filum onicóforos
 
Artrópodos 1ra parte Quelicerados
Artrópodos 1ra parte QueliceradosArtrópodos 1ra parte Quelicerados
Artrópodos 1ra parte Quelicerados
 
Phylum tardigrada
Phylum tardigradaPhylum tardigrada
Phylum tardigrada
 
Tardigrada
TardigradaTardigrada
Tardigrada
 
Onychophora
OnychophoraOnychophora
Onychophora
 
Filo artrópodes 05 crustáceos - classificação
Filo artrópodes 05   crustáceos - classificaçãoFilo artrópodes 05   crustáceos - classificação
Filo artrópodes 05 crustáceos - classificação
 
Arthropodos
ArthropodosArthropodos
Arthropodos
 
Filogenia arthropoda
Filogenia arthropodaFilogenia arthropoda
Filogenia arthropoda
 
Respiración en artrópodos
Respiración en artrópodosRespiración en artrópodos
Respiración en artrópodos
 
Lec 1 walking gait
Lec 1 walking gaitLec 1 walking gait
Lec 1 walking gait
 
Animal Movements guide for animators by sumida
Animal Movements guide  for animators by sumidaAnimal Movements guide  for animators by sumida
Animal Movements guide for animators by sumida
 
Zoologia de invertebrados 2
Zoologia de invertebrados 2Zoologia de invertebrados 2
Zoologia de invertebrados 2
 
Biología celomados moluscos
Biología celomados moluscosBiología celomados moluscos
Biología celomados moluscos
 
Archaeopteryx
ArchaeopteryxArchaeopteryx
Archaeopteryx
 
Resumen phylum onychophora harold cuello
Resumen phylum onychophora harold cuelloResumen phylum onychophora harold cuello
Resumen phylum onychophora harold cuello
 
Archaeopteryx
ArchaeopteryxArchaeopteryx
Archaeopteryx
 

Similar to Onychophora slides

Animais invertebrdos e vertebrados
Animais invertebrdos e vertebradosAnimais invertebrdos e vertebrados
Animais invertebrdos e vertebrados
SESI 422 - Americana
 
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivos
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivosTrabalho de biologia características gerais dos seres vivos
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivos
Alessandra Miranda
 
Características gerais dos seres vivos
Características gerais dos seres vivosCaracterísticas gerais dos seres vivos
Características gerais dos seres vivos
Alessandra Miranda
 

Similar to Onychophora slides (20)

Animais invertebrdos e vertebrados
Animais invertebrdos e vertebradosAnimais invertebrdos e vertebrados
Animais invertebrdos e vertebrados
 
Trab pronto
Trab prontoTrab pronto
Trab pronto
 
Artópodes e Equinodermos
Artópodes e EquinodermosArtópodes e Equinodermos
Artópodes e Equinodermos
 
Moluscos
MoluscosMoluscos
Moluscos
 
7 Nematodeos
7 Nematodeos7 Nematodeos
7 Nematodeos
 
Reino animal
Reino animalReino animal
Reino animal
 
Reino animal invertebrados
Reino animal   invertebradosReino animal   invertebrados
Reino animal invertebrados
 
Artrópodes
ArtrópodesArtrópodes
Artrópodes
 
RESUMO ESTUDOS - Phylum Arthropoda -SUBFILO: UNIRAMIA: MILÍPEDES E CENTIPEDES
RESUMO ESTUDOS - Phylum Arthropoda -SUBFILO: UNIRAMIA: MILÍPEDES E CENTIPEDESRESUMO ESTUDOS - Phylum Arthropoda -SUBFILO: UNIRAMIA: MILÍPEDES E CENTIPEDES
RESUMO ESTUDOS - Phylum Arthropoda -SUBFILO: UNIRAMIA: MILÍPEDES E CENTIPEDES
 
Poríferos e cnidários
Poríferos e cnidários Poríferos e cnidários
Poríferos e cnidários
 
APOSTILA ZOOLOGIA PARTE 2
APOSTILA ZOOLOGIA PARTE 2APOSTILA ZOOLOGIA PARTE 2
APOSTILA ZOOLOGIA PARTE 2
 
Vertebrados
VertebradosVertebrados
Vertebrados
 
Classe insecta
Classe insectaClasse insecta
Classe insecta
 
Anelídeos
AnelídeosAnelídeos
Anelídeos
 
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivos
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivosTrabalho de biologia características gerais dos seres vivos
Trabalho de biologia características gerais dos seres vivos
 
Filo chordata
Filo chordataFilo chordata
Filo chordata
 
Moluscos1
Moluscos1Moluscos1
Moluscos1
 
Moluscos
MoluscosMoluscos
Moluscos
 
.Classe Aves.
.Classe Aves..Classe Aves.
.Classe Aves.
 
Características gerais dos seres vivos
Características gerais dos seres vivosCaracterísticas gerais dos seres vivos
Características gerais dos seres vivos
 

More from Fábio Ianomami (6)

Transplantes
TransplantesTransplantes
Transplantes
 
A Origem da Aves
A Origem da AvesA Origem da Aves
A Origem da Aves
 
Circulação slides
Circulação slidesCirculação slides
Circulação slides
 
A respiração
A respiraçãoA respiração
A respiração
 
A célula cancerosa
A célula cancerosaA célula cancerosa
A célula cancerosa
 
Biomas do Brasil
Biomas do BrasilBiomas do Brasil
Biomas do Brasil
 

Recently uploaded

Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Geagra UFG
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
fabiolazzerini1
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
Faga1939
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
Judite Silva
 

Recently uploaded (9)

MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptxMACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
 
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
 
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
 
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
 
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfApresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
 
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARESBIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
 

Onychophora slides

  • 1. FILO ONYCHOPHORA Peripathus capensis (Peripatidae)
  • 2. PANARTHROPODA Compreende três filos considerados grupos irmãos, intimamente relacionados por análises morfológicas e moleculares: ● Onychophora ● Tardigrada ● Arthropoda
  • 3. O CONTEXTO DO SURGIMENTO DOS ONYCHOPHORA: O PRÉ-CAMBRIANO Lansdown Guilding foi a priemiro a descrever um onicófora vivo, em 1826. Há 605 milhões de anos, surgia a fauna ediacariana: os Porífera e os primeiros Metazoa (cnidários, poliquetos, onicóforos, braquiópodes, equinodermos e primeiros artrópodes). Xenusion espina
  • 4. DIVERSIFICAÇÃO: O CAMBRIANO (570 MAA) Primeiros fósseis de trilobitas. Primeiros crustáceos. Primeiros foraminifera. Primeiros peixes agnatos. Aysheaia pedunculata (Cambriano Médio, Canadá) Hallucigenia sparsa
  • 8. FILOGENIA EXTERNA São considerados um dos “elos perdidos” entre os anelídeos e os artrópodes. CARACTERÍSTICAS EM COMUM COM ANELÍDEOS: ● Segmentação (porém sem septos intersegmentares); ● A natureza carnosa e não segmentada da cabeça; ● Estrutura das mandíbulas; ● Pernas lobópodes não articuladas (na forma de lobos simples); ● Cutícula não calcificada, fina, flexível, muito permeável e não dividida em placas articuladas; ● Sistema nervoso metamérico.
  • 9.
  • 10. Parapódio de um poliqueto Pernas lobopodiais de um onicóforo
  • 11. CARACTERÍSTICAS EM COMUM COM ARTRÓPODES ● Celoma reduzido às região das gônadas (hemocele); ● Hemocele dividida em seios, incluindo seio pericárdico dorsal; ● Sistema circulatório ligado ao Bauplan hemocelomático. ● Corpo coberto com fina camada quitinosa que sofre mudas (ecdise). Onicófora sem nome do Cambriano inferior
  • 12. FILOGENIA INTERNA ATUAL Estão distribuídos atualmente em duas famílias: ● Peripatidae: distribuição circuntropical/equatorial (México Central, Mar do Caribe, ao norte até o Himalaia, África Central, Bornéo). Presença de órgãos coxais, glândulas crurais apenas nos machos; glândulas salivares com reservatório, gonóporo localizado entre o penúltimo par de pernas. ● Peripatopsidae: distribuição circum-austral (região temperada da América do Sul, sul da África, Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné). Presença de glândulas crurais, gonóporos no último par de pernas e ovário com óvulo exógeno.
  • 13. Distribuição atual das 110 espécies do filo Onychophora em duas famílias : Peripatidae e Peripatopsidae
  • 14. Macroperipatus ohausi, membro da família Peripatidae, encontrado em Nova Iguaçu – RJ Epiperipatus diadenoproctus, membro da família Peripatidae, encontrado em Minas Gerais
  • 15. Opisthopatus roseus, membro da família Peripatopsidae, encontrado na África do Sul.
  • 16. Euperipatoides rowelli, membro da família Peripatopsidae, encontrado na Austrália
  • 17. MORFOLOGIA - Superfície corpórea coberta por tubérculos em forma de papilas, cada uma coberta com diminutas escamas; - 13 a 43 pares de pernas carnosas não articuladas, que são extensões curtas e ocas da parede do corpo (lobópodes); - São dióicos e o macho é geralmente menor do que a fêmea; - Um olho na base de cada antena, cada um com uma lente quitinosa e retina relativamente bem desenvolvida.
  • 18.
  • 19. Mandíbulas de Peripatus capensis Mandíbula interna Mandíbula externa
  • 20.
  • 21. Os canais hemais são canais vasculares subcutâneos situados abaixo dos anéis que também podem ser importantes no funcionamento do esqueleto hidrostático. Cerdas sensoriais ou sensilas abastecem a superfície geral do corpo, especialmente os tubérculos maiores.
  • 23. Os muitos espiráculos estão localizados entre as faixas de tubérculos do corpo. Estas traquéias não são homólogas às dos outros artrópodes.
  • 24. As pernas de alguns onicóforos apresentam vesículas eversíveis de parede fina que se abrem ao exterior perto dos nefridiopóros através de diminutos poros ou fendas, e que podem funcionar na tomada de umidade (como glândulas coxais de outros artrópodes), sendo evertidas pela pressão hemocelomática e puxada para dentro do corpo por músculos retratores. Anatomia generalizada de uma fêmea
  • 25. Há um par de nefrídios em cada segmento do corpo que apresenta pernas (exceto abertura genital). Os nefridiopóros estão na base de cada perna.Internamente, os nefrídios estão conectados a um saco celomático de fundo cego (sáculo). Este conjunto é denominado “glândula segmentar”.
  • 26. HISTÓRIA NATURAL ● Habitam lugares úmidos, debaixo de troncos ou pedregulhos, peneirando o folhiço; ● Durante a seca, abrigam-se tornam-se inativos; ● Vivem vários anos (6 em média) e realizam ecdise periodicamente (uma vez a cada duas semanas em algumas espécies); ● Quase todos são carnívoros e alimentam-se de pequenos invertebrados (caranguejos, vermes, cupins, besouros etc.); ● O jato de adesivo expelido das papilas orais e produzidas pelas glândulas de muco (consideradas nefrídios modificados) pode chegar até 30 cm). As mandíbulas são usadas para agarrar e despedaçar a presa. As secreções das glândulas salivares passam para o corpo da presa, digerindo-o parcialmente. Os tecidos da presa são engolidos semiliquefeitos.
  • 27. “Milk shake de besouro”
  • 28. ● Durante o acasalamento, o macho deposita espermatóforos ao acaso sobre a superfície do corpo da fêmea. Amebócitos especiais do sangue da fêmea decompõem o espermatóforo e os espermatozóides passam para o fluido hemocelomático e acabam alcançando os ovários onde ocorre a fertilização; ● Podem ser ovíparos, viviparos ou ovovivíparos; ● Todas as espécies vivíparas do Novo Mundo apresentam uma placenta que se liga à parede do oviduto (condição mais avançada); ● O desenvolvimento é sempre direto.
  • 29. BIBLIOGRAFIA BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ª edição. Rio de Janeiro – RJ: Guanabara Koogan, 2007. CHAGAS-JÚNIOR, A. & COSTA, C. S. Macroperipatus ohausi: redescription and taxonomic notes on its status (Onychophora: Peripatidae) Rev. Biol. Trop. (Int. J. Trop. Biol. ISSN-0034-7744) Vol. 62 (3): 977-985, September 2014 DZIK, J. The xenusian-to-anomalocaridid transition within the lobopodians. Bollettino della Società Paleontologica Italiana, 50 (1), 2011, 65-74. Modena, 1 luglio 206115 OLIVEIRA I. S.; LACORTE, G. A.; FONSECA, C. G.; WIELOCH, A. H.; MAYER, G. (2011) Cryptic Speciation in Brazilian Epiperipatus (Onychophora: Peripatidae) Reveals an Underestimated Diversity among the Peripatid Velvet Worms. PLoS ONE 6(6): e19973. doi:10.1371/journal.pone.0019973
  • 30. RUPPERT, E. BARNES, R.D. Zoologia de Invertebrados. 6ª edição. São Paulo: Editora Roca, 1996. STORER, T.I.; USINGER, R.L.; STEBBINS, R.C.; NYBAKKEN, J.W. Zoologia Geral, 6ª edição. São Paulo – SP: Companhia Editora Nacional, 2007. http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ album/2013/06/13/cientistas-pedem-protecao-de-animais- esquisitos.htm?mobile q