O documento descreve o Open Design, que une Design e código aberto para promover o desenvolvimento colaborativo e compartilhamento igualitário de conhecimento. A tecnologia avançada contribui para este processo criativo conectado. Exemplos como o Recetas Urbanas e o projeto Solar House do Fab Lab Barcelona ilustram como esta abordagem funciona na prática.
1. OPEN DESIGN
Diogo Francisco Silva
Claudiane da Silva Santos
Fabiano Bernarde
2. OPEN DESIGN é um termo que descreve a união do
Design ao conceito de open source (código aberto),
termo que originou-se no mundo da programação de
softwares e que tem como base a distribuição livre de
produto, inclusão de códigos fontes, permissão de
trabalhos derivativos, entre outras questões.
3. A proposta do Open Design é promover o
desenvolvimento da criação de projetos em design de
forma integrada, inteligente, colaborativa e aberta de
forma que o conhecimento seja disseminado de forma
igualitária, chegando até o usuário.
4. Um dos parceiros fundamentais do Open Design é a
Tecnologia Avançada, expressão essa que define o atual
desenvolvimento, dos softwares, maquinas, tecnologias
móveis, de internet e os artifícios que dela surgem
(twitters, blogs, sms, novos processos de fabricação e
distribuição), contribuindo para um processo criativo
conectado.
5. Segundo o arquiteto, professor e ativista José Peréz
Lama (2003).
“O tempo real, a emissão aberta e a participação desde
distintas geolocalizações são as chaves para redefinir a
arquitetura e ativar o novo espaço público”.
Espaços de fluxos, comunicação e organização em rede.
Este espaço revê também a produção de subjetividade
dos envolvidos, já que consiste na fusão e hibridização
com outras pessoas e com máquinas, as quais as
multitude está apropriando e re-inventando.
Este processo consiste, portanto em uma re-estruturação
criativa e mecânica, no sentido em que o sujeito se
transforma e encontra multiplicada a cooperação que o
constitui no próprio processo (LAMA 2006).
6. Segundo Carolien Hummels (2009), o Open Design é
uma frente específica para o design, onde um grupo de
pessoas de diversas áreas desenvolvem oportunidades
e soluções juntas em uma comunidade aberta, baseada
no respeito pelas habilidades e expertises individuais.
Paul Atkinson (2006) complementa dizendo que o Open
Design vai além da criação via um grupo de
especialistas por ser um exercício criativo que promove
troca de conhecimento entre profissionais e designers
amadores, quebrando barreiras desnecessárias.
7. Este tipo de compartilhamento de idéias permite maior
rapidez ao processo, ao mesmo tempo em que busca maior
fluidez, frescor às idéias e compartilhamento com o usuário.
Ou seja, quando uma idéia se torna coletiva logo no começo
de sua vida, ela pode ser discutida por mais pessoas.
8. Segundo Troxler (2011), esta abertura traz
benefícios ao projeto se apostarmos na premissa
de que quanto maior o número de mentes
colaborando, maior a possibilidade de boas
soluções aos problemas; visto que cada um dos
envolvidos irá perceber e interagir com o objeto de
acordo com sua realidade e referências
objetivando um acordo final coletivo.
9. Neste processo, que busca quantidade em um primeiro
momento, a internet e a tecnologia digital vem colaborando
e abrindo caminhos por possuir o poder de alcançar grande
quantidade de pessoas em diferentes lugares.
Com relação a qualidade dos produtos, procedimentos de
curadoria também vêem sendo pensados e realizados, visto
que se tornam extremamente relevantes para que a
quantidade não se sobreponha à qualidade dos projetos.
10. Este processo de compartilhamento de idéias não vem
acontecendo somente no campo do design. Muitos
outros campos já vêem há algum tempo trabalhando com
práticas colaborativas. Cada um a sua maneira porém
seguindo conceitos semelhantes. Empresas vêem se
abrindo ao usuário, compartilhando e criando ações
diretamente com seus clientes.
11. O Open Design é filosoficamente a aceitação de que a
criatividade e a inovação brotam mais fluentemente das
estruturas que abrigam novas formas de percepção e
ação. É adotar o sentido de co-criação ao invés de
originalidade porque se acredita que as idéias
pertencem ao mundo e que somente podemos dividir
seus créditos.
12. Recetas Urbanas
é um coletivo espanhol que resolveu encontrar brechas nas leis e no próprio
sistema político das cidades, desenvolvendo projetos colaborativos, onde
arquitetos e população passaram a desenvolver e executar conjuntamente
projetos efêmeros de ocupação do espaço.
http://www.recetasurbanas.net/v3/index.php/es/
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17. Solar House
Seguindo esta trilha da experimentação e colaboração, o
Fab Lab Barcelona criou o projeto Solar
House, apresentado apresentando em 2010 no Solar
Decathlon Europe por seus alunos.
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22. Fab Lab
É um programa educacional do Center for Bits and Atoms
(CBA) do MIT – Massachusetts Institute of Technology – e
cada um dos labs se caracteriza como uma plataforma de
prototipagem de ideias visando a inovação e invenção e
proporcionando estímulo para o empreendedorismo local.
É também uma plataforma para a aprendizagem: um lugar
para jogar, criar, aprender, orientar e inventar.