O documento discute diferentes concepções de discurso e a diferença entre discurso e conversação. Também aborda como a análise do discurso e da conversação estudam esses fenômenos. Por fim, discute a relação entre autor e leitor e como a leitura é um ato cooperativo entre esses dois.
2. VII. QUEM DISCURSA? DISCURSO E DIÁLOGO
Diferentes concepções de discurso:
discurso como sinônimo de texto/discurso como o
conjunto das relações que caracterizam uma
formação social (Foucault)/discurso como objeto
apropriado aos estudos pragmáticos – teórico e
prático ou aplicado-contexto/
Discurso x Conversação
Análise do Discurso e Análise da Conversação
3. “Texto é algo produzido o tempo todo: literalmente, a produção
do texto, enquanto existirem produtores de textos, nunca chega
a uma parada”
•Organização da ‘gramática do texto’:
Categorias gramaticais=‘categorias do discurso’;
Conexões semânticas = ‘coerência’;
Conexões estruturais (sintáticas e outras)= ‘coesão’
•Análise crítica do discurso ‘a escola de Lancaster’
“Discurso não é simplesmente aquilo que traduz lutas ou
sistemas de dominação, mas é a coisa para a qual e pela qual há
lutas, o discurso é o poder a ser tomado”.
4. A(s) escola(s) ‘francesa(s)’:
Foucault e Bourdieu
• Foucault e Fairclough fundamentam suas teorias na
inteligibilidade de outras teorias e achados, e tentam fazêlas adequar-se ao mundo.
• Foucault teoriza a prática da linguagem e as relações de
poder.
• Fairclough efetiva a linguagem da prática.
• Bourdieu constrói suas teorias a partir das práticas que
observa entre as pessoas.
5. Conclusão sobre diálogo, discurso e sociedade
.
• “A pluralidade de discursos refletindo a complexidade interna de
nossa sociedade é o que distingue uma visão pragmática do uso da
linguagem de uma mais descritiva, mais tradicional.”
• “ O diálogo como esforço humano comum, é engendrado e
controlado pela sociedade na qual se origina”.
• “ O consumidor dependente, receptivo, é igualmente, um
processador independente e, como tal, um participante criativo na
empreitada do letramento.”
• A única forma de sair dessa determinação social é ser socialmente
engajado. Um processo revolucionário-cultural.
6. “ As vozes da sociedade, bem como as da literatura são, por sua própria
natureza, sempre potencialmente subversivas ( p. 194)
VIII : QUEM “ IMPLIC(IT)A” IMPLIC(IT)AÇÃO TEXTUAL
“ Como a literatura e a pragmática se relacionam?”(p. 196)
Autor e leitor: “ O estudo pragmático da atividade literária focaliza os
traços que caracterizam o aspecto dialético da produção literária: o texto
como um processo de expressão em palavras( wording) originado e
guiado pelo autor , mas simultaneamente orientado e ativado pelo
leitor”(p. 197)
Autor e narrador:
“A relevância pragmática da distinção entre autor e narrador está nas
diferentes abordagens dos leitores em relação à produção e,
respectivamente , ao consumo de um texto. É importante para os
leitores perceberem que a persona do narrador não se identifica à de
qualquer outro personagem. O autor a também não pode ser
identificado com as ações e opiniões dos personagens ” (p. 199)
7. Mecanismos textuais
Referência
“... ele voltou para casa somente para encontrá-la a esposa de seu odiado
primo e mãe de muitos pequenos com as características dele mas sem serem
dele.” (S. Byatt, Angels and Insects, p. 176)
Tempo verbal
“John já havia completado seu artigo na semana passada.”
Ehrlich propõe: TF – tempo de fala
TE – tempo do evento
TR – tempo de referência
“A leitura é um ato cooperativo; (…). Somente através de um ato pragmático
de leitura pode um texto se realizar como texto; na ausência de tal ato, e de
seu ator correspondente, o leitor, 'as letras da literatura' permanecerão
mortas para sempre.” (p. 206)
8. Leitura como ato pragmático
Atos de fala
para serem válidos, necessitam de
um contexto apropriado;
Atos pragmáticos
não dependem tanto das
palavras usadas quanto das circunstâncias que
conduzem, e acompanham, tais palavras.
- “(...) implica um convite em aberto ao leitor para
unir-se ao autor na co-criação de sua história,
preenchendo as lacunas que o texto deixa
abertas.”
9. Letramento
Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita
denomina-se letramento que implica habilidades várias, tais
como: capacidade de ler e escrever para atingir diferentes
objetivos.
O letramento não é o que torna as pessoas letradas, mas sim a
maneira como essas pessoas funcionam em um discurso societal
utilizando suas próprias vozes. O letramento é como a cultura:
não é um objeto, ou um objetivo em si; é uma função na
sociedade ou, mais precisamente, um meio de funcionamento.
10. Letramento
Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita
denomina-se letramento que implica habilidades várias, tais
como: capacidade de ler e escrever para atingir diferentes
objetivos.
O letramento não é o que torna as pessoas letradas, mas sim a
maneira como essas pessoas funcionam em um discurso societal
utilizando suas próprias vozes. O letramento é como a cultura:
não é um objeto, ou um objetivo em si; é uma função na
sociedade ou, mais precisamente, um meio de funcionamento.