2. OLÁ PESSOAL TUDO BEM!
TEMA DA SEMANA: RACISMO
#EscolaCaioSergioPelaVida
3. SEGUNDA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2020.
VOCÊ JÁ OUVI FALAR EM RACISMO ESTRUTURAL! SABE O QUE
ISSO SIGNIFICA?
Vamos refletir sobre o tema: clique no link para assistir o vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=Ia3NrSoTSXk
4. Terça- feira, 18 de agosto de 2020.
Racismo no Brasil: a escravidão e suas marcas na sociedade brasileira.
Para começar nossa conversa sobre o tema iremos utilizar dois trechos do artigo escrito
pela Professora Doutora Maria Teresa Manfredo no portal Geledés com o seguinte título:
“Desigualdade como legado da escravidão no Brasil:
”O primeiro ponto seria os aspectos formadores da cultura, da identidade e da etnicidade
brasileiras, pois o negro africano constitui um dos pilares étnicos de nossa formação social
e cultural. Sua contribuição está imbricada na cultura geral, na religiosidade, na
multiculturalidade étnica, na culinária, na musicalidade, na dança e nas demais expressões
artísticas.”
O segundo ponto seria a presença determinante do trabalho negro nos principais ciclos
produtivos da história brasileira: açúcar, ouro, pecuária, café, entre outros. O escravo
tornou-se imprescindível ao funcionamento da colônia e, mais tarde, do Brasil Imperial. Ao
mesmo tempo, a escravidão produziu mazelas históricas em nosso país que dificilmente
poderão ser reparadas. Uma dessas marcas é a segregação étnico-racial.
https://www.geledes.org.br/desigualdade-como-legado-da-escravidao-brasil/
5. OS ENGENHOS COLONIAIS.
As imagens no slides 2 e 3
representam partes do engenho de
açúcar, local a onde era produzido
esse produto.
.Como funcionava os engenhos
coloniais?
. Leia a explicação ao lado.
Primeiramente, as canas eram cultivadas em
grandes extensões de terra (latifúndios), depois
eram colhidas e levadas para a moenda, local
em que era retirado o caldo da cana.
Após esse processo, o produto era levado para
as caldeiras e depois, para a fornalha. Por
conseguinte, o melaço da cana era refinado na
casa de purgar. Por fim, o produto era ensacado
para ser transportado.
Parte dele, e sobretudo do açúcar mascavo
(que não passava pelo processo de refino) era
destinado ao comércio interno. No entanto, a
maior parte da produção era enviada para
abastecer o mercado consumidor europeu.
https://www.todamateria.com.br/engenho-de-acucar-no-brasil-
colonial/#:~:text=Ou%20seja%2C%20eram%20as%20fazendas,em%20meados%20do%20s%C3%A9culo%20XVI.
8. RELATO DO TRABALHO ESCRAVO NO ENGENHO.
André João Antonil, padre jesuíta que
esteve na Bahia no começo do século XVIII
e escreveu uma das mais importantes obras
sobre a economia no Brasil colonial, Cultura
e Opulência no Brasil, afirmou que “os
escravos são as mãos e os pés do senhor
de engenho, porque sem eles no Brasil não
é possível fazer, conservar ou aumentar
fazenda, nem ter engenho corrente.”
https://www.brasildefato.com.br/2019/08/09/acucar-o-doce-
da-sobremesa-e-o-inferno-da-escravidao/
Caldeiras quentes, sempre fervendo,
correntes, chicotes, rodas de moendas,
jornadas de até 20 horas sem descanso
na época na safra, que ia de agosto a
maio. A dinâmica do engenho levou outro
padre, Antonio Vieira, a descrever desta
forma um deles, no auge do seu
funcionamento, num de seus sermões:
“(...) Os ruídos das rodas, das cadeias, da
gente toda da cor da mesma noite,
trabalhando vivamente, e gemendo tudo
ao mesmo tempo, sem momento de
tréguas, nem de descanso [...] não
poderá duvidar, ainda que tenha visto
Etnas e Vesúvios [vulcões localizados na
Itália], que é uma semelhança do Inferno.”
9. ATIVIDADES.
1) Escolha uma das imagens, slide 2
ou slide 3, e descreva em seu
caderno o que você observou
levando em consideração os relatos
sobre o trabalho escravo no engenho.
2) Levando em consideração o que você já
estudou sobre a escravidão dos africanos no
Brasil responda:
Qual a relação entre a escravidão e o
preconceito em relação aos negros no Brasil?
#EscolaCaioSergioPelaVida
10. QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2020.
LUTA E RESISTÊNCIA A ESCRAVIDÃO NO BRASIL.
Os africanos trazidos para a Bahia e para outros estados do Brasil tentavam manter
suas tradições e resistir â escravidão. Os escravos tinham diferentes formas de se
revoltar contra a escravidão ou de resistir a ela. Todos sentiam muita saudade de seu
povo, da sua terra e da liberdade em que viviam, mas para alguns essa saudade era
tão forte que eles acabavam morrendo porque não se alimentavam e não reagiam.
Esse tipo de saudade era chamada de “banzo”. Havia casos de suicídio, um ato
praticamente desconhecido na costa africana.
No Brasil, os escravos se suicidavam para se livrar da escravidão e dar prejuízo ao
seu senhor. Uma outra forma de resistência se manifestava por meio das danças e
dos rituais praticados pelos africanos nos terreiros, nos canaviais e nas senzalas.
A capoeira, por exemplo, que nasceu como luta e era proibida, recebia
acompanhamento musical para simular uma dança. Houve ainda fugas em massa em
que os escravos não hesitavam em arriscar a vida para ter de volta sua liberdade. A
escravidão foi abolida, mas o preconceito e a discriminação contra o negro
permanecem em nossa sociedade.
11.
12. QUILOMBOS
Os escravos que conseguiam fugir dos engenhos embrenhavam-se pelas
matas e se reuniam, formando quilombos. Quilombo é uma palavra da língua
africana ioruba que significa “habitação”.
Os quilombos eram uma espécie de aldeia com uma organização
comunitária (composição, estrutura própria de comunidade, ou seja, de
população que vive num dado lugar ou região, geralmente ligada por
interesses comuns). Os moradores dessas aldeias eram chamados de
quilombolas. Um dos quilombos mais conhecidos foi o quilombo dos
Palmares, que se localizava em Alagoas e teve como líder Zumbi.
Na Bahia também existiram importantes quilombos, como o do Rio
Vermelho, o do Urubu, o de Jacuípe, etc. Os quilombos hoje Muitos
quilombolas continuaram morando nos quilombos depois da abolição da
escravatura, porque era muito difícil conseguir um trabalho assalariado e não
havia um plano do governo que apoiasse os escravos libertos.
Para saber mais: Movimentos de Resistência na Bahia
13.
14. A CAPOEIRA
A capoeira surge no Brasil por meio dos negros escravizados trazidos da
África como um mecanismo de luta e resistência. Muito utilizada no embate
direto com capatazes, capitães do mato e feitores, tanto em momentos de
negação aos castigos, quanto para momentos de fuga, ela foi essencial na
defesa militar dos quilombos. Os líderes dos grupos responsáveis em
proteger os quilombos e os líderes dos próprios quilombos eram
normalmente os melhores capoeiristas. Dois grandes exemplos foram
Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares.
Desde seu surgimento, pela repressão sobre os capoeiristas, a capoeira
vai incorporando as culturas trazidas pelos negros da África. A música e a
dança passam a ser parte dos momentos de treino e exercício. E mais do
que ter seu caráter de luta física, a capoeira passa a ser um elemento de
resistência cultural e da construção de uma identidade do povo negro em
nosso país.
A capoeira como elemento de resistência - Esquerda Online
15.
16. ATIVIDADES
1) Escreva em seu caderno um pequeno texto apontando a forma como os
escravizados lutaram contra a escravidão no Brasil.
2) Abaixo algumas dicas vídeos para você se aprofundar no estudo sobre
o tema:
https://youtu.be/MgNB_ff8-jM
https://youtu.be/yYJSbG7rETY
https://youtu.be/mIzfqrFxbmM
17. QUINTA-FEIRA, 20 DE AGOSTO DE 2020.
ARTE: REPRESENTATIVIDADE NEGRA
Você já ouviu falar do Thor, Deus do trovão, O Homem de Ferro e Os
Vingadores (The Avengers) que são personagens famosos de histórias em
quadrinhos e cinema. Já se perguntou se esses personagens ou outros
que conhecemos tem a ver com a nossa cultura ou ancestralidade. Você já
sentiu representando? Nós consumimos muita cultura internacional e na
maioria das vezes não vemos representatividade negra nos meios culturais,
na sociedade em geral. Conhecer a nossa história, raízes é importante
para saber quem nós somos e como foi formado nosso país e porquê não
temos representatividade negra.
“É necessário para entendermos nossa identidade como povo, e a lei
10.639/03, que versa sobre o ensino da cultura afro-brasileira e africana se
mostra fundamental, resgatando essa herança para as novas gerações”.
18.
19. O projeto “Os contos dos Orixás” adaptam os mitos e lendas sobre as
divindades da África Ocidental, para as histórias em quadrinhos,
retratam os orixás em linguagem artística e com respeito às tradições
dos povos Yorubás. As histórias são repletas de tradições ancestrais,
arquétipos milenares de força, coragem, sabedoria e beleza.
“Apesar das referências aos elementos ligados aos orixás, como por
exemplo: Oxum, a rainha dos rios e cachoeiras; Iansã, a senhora dos
ventos e tempestades, e Yemanjá, a senhora das águas, os Contos
dos Orixás não se tratam diretamente de uma obra religiosa”.
OS CONTOS DOS ORIXÁS
20. “Em um tempo antigo, deuses e
heróis caminharam entre os
homens. Travaram batalhas
com furor, ensinaram a curar e
lidar com a terra, o ferro e o
fogo, reinaram e amaram com a
mesma intensidade. Alguns
desceram do luminoso Orum
para realizar seus destinos,
enquanto outros nasceram no
Aiyê e pelos grandes feitos,
foram elevados a Orixás.,
marcando para sempre a
história de dois continentes.“
21. CONHECENDO O ARTISTA
O artista baiano Hugo Canuto é Ilustrador e roteirista, autor da
Graphic Novel Contos dos Orixás. Formado em Arquitetura pela
Universidade Federal da Bahia, expressa a relação entre arte,
tradição e mito em seus trabalhos, utilizando técnicas diversas, da
aquarela à pintura digital.
No site você pode conhecer mais sobre o artista e seus trabalhos!
https://hugocanuto.com/
22. Atividade:
No link abaixo assista a entrevista com o artista onde
relaciona seu processo de criação com representatividade
negra. Faça uma reflexão sobre o tema relacionando com
sua realidade e como você pode por em prática.
https://youtu.be/JqpCj5r5uRc
23. SEXTA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2020
A escravidão no Brasil chegou ao fim com a
promulgação da Lei Áurea, assinada pela Princesa
Isabel em 13 de maio de 1888, o comercio de escravos
e a escravidão são agora coisas do passado mas eles
deixaram em seu rastro o racismo um veneno
resistente que assola as nossas sociedades até hoje.
Para entender melhor esse processo assista ao vídeo
no YouTube: A Rota do Escravo - A Alma da
Resistência, clique no link abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=HbreAbZhN4Q
ESCRAVIDÃO / RACISMO
24. SINOPSE:
Uma elegante dama, Geórgia, recebe a notícia de
que sua filha e seu genro morreram em um
acidente de carro. Geórgia leva sua neta de seis
anos para viver em sua casa em uma pequena
cidade do sul. Seu maior desafio será enfrentar o
preconceito racial de seus amigos, assim como o
seu próprio, uma vez que seu genro era negro.
Agora vamos assistir o filme: A Cor do Amor: A história de Jacey, que
retrata um pouco sobre o racismo existente em nossa sociedade atual,
disponível no YouTube no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=A1r6Pl_v4XU
25. COVID-19 E A POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
Boletim Informativo:
Alto risco de morte por COVID-19 entre a população
negra no Brasil, é fato que durante a pandemia os
mais vulneráveis serão os mais atingidos, para
entender melhor vamos assistir o Boletim Covid-19,
disponível no YouTube no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=Ip6475SboR8
26. ATIVIDADE
Vamos realizar uma reflexão responda em seu caderno as seguintes questões:
1- Na sua opinião a escravidão deixou de existir ou somente foi mudado a forma
de se escravizar?
2- Sabemos que o racismo é fruto de anos de escravidão, hoje apesar das
varias lutas e movimentos que buscam uma maior representatividade negra na
sociedade atual, o racismo ainda é muito evidente em vários seguimentos, na
sua opinião o que deveria ser feito para mudar esta situação?
3- Faça uma pesquisa e escreva em seu caderno sobre: A DESIGUALDADE
RACIAL NO BRASIL.