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IMPOSIÇÃO DE MÃOS
A IMPOSIÇÃO DE MÃOS É UMA DOUTRINA BÁSICA
Poucas vezes se ouve em nossos dias estudos ou mensagens sobre o tema “imposição de
mãos”, mas ele é um dos rudimentos da fé cristã. O escritor da carta aos Hebreus o coloca
entre os “princípios elementares da doutrina de Cristo”,(Hb 6: 1,2). Ao que parece a igreja
primitiva incluía esse assunto em seu discipulado básico. Esta era uma das coisas que o novo
convertido aprendia logo, na teoria ou na prática. O que seria isso? A imposição de mãos é o
ato de colocar as mãos sobre alguém ou alguma coisa com intenção de transferir uma verdade
espiritual. Há gestos físicos que têm grandes significados espirituais. Quando nos curvamos ou
prostramos, por exemplo, estamos nos submetendo a alguém. Por isso a palavra fala para não
o fazermos diante de ídolos, pois isso seria uma infidelidade para com Deus. É nesse sentido
que a imposição de mãos se torna uma prática poderosa. Segundo o ensino bíblico, as mãos
representam a extensão da própria pessoa e colocadas sobre alguém têm o poder de
transferência ou impar tição. Isso quer dizer que quando alguém impõe as mãos com um
objetivo espiritual, está de fato lhe transferindo algo. Por isso é preciso zelo e entendimento
sobre o assunto.
DEUS OPEROU PELA IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Deus criou todas as coisas por sua palavra. Ele falou e tudo se fez. Mas com o ser humano foi
diferente. O Senhor o criou com suas próprias mãos. Ele o formou do pó da terra, modelando-
o segundo o seu querer. Houve contato. Esta é a primeira imposição de mãos na Bíblia, se
assim podemos dizer. A Bíblia faz referência à destra do Senhor operando proezas, (Sl 118: 15;
Êx 15: 6). Por muitas vezes lemos que “a mão do Senhor veio sobre alguém”, (I Re 18: 46; Ez 1:
3; 3: 22; 37: 1; 40: 1) e cada vez que isso acontecia, alguma experiência espiritual era
desencadeada.
JESUS OPEROU PELA IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Jesus trouxe consigo os sinais do reino de Deus, (Mt 11: 4,5). Estes milagres quase sempre
foram operados através da imposição de mãos, (Mc 1: 44; 6: 5; 8: 23; Lc 4: 40; 13: 13). Além de
estar abençoando pessoas, estava formando discípulos. Cada ministração era uma “aula
prática” de como operar no poder de Deus. Por isso, depois os apóstolos continuaram
praticando e ensinando a respeito da imposição de mãos.
UM PRINCÍPIO ESPIRITUAL
Na verdade a imposição de mãos é um princípio espiritual. Essa verdade é tão forte, que
Satanás procura imitá-la para o implemento do mal. Nos terreiros, nos rituais de feitiçaria e
mesmo nas práticas de Nova Era há uma ênfase forte no assunto. Como sempre, os demônios
tomam verdades de Deus e as distorcem, com o fim de enganar e prejudicar as pessoas. Por
isso não podemos permitir que servos do diabo ou pessoas mal intencionadas coloquem as
mãos sobre nós e, se um dia isso aconteceu, devemos quebrar toda maldição que possa ter
sido lançada. Pois até mesmo pecado se transfere por imposição de mãos, (Lv 4: 22-24; 16: 20-
22).
TRANSFERINDO BENÇÃO: Esse é o sentido mais básico do uso da imposição das mãos, seja de
uma forma geral ou específica. Praticada desde o antigo testamento, (Lv 9: 22), geralmente é
operada em conjunto com a verbalização do seu propósito, (Gn 48: 11-20). Jesus o fazia para
abençoar as crianças, (Mr 10: 13-16).
CURANDO OS ENFERMOS: Outro objetivo da imposição de mãos é a cura dos enfermos pelo
poder de Deus. Jesus o fez e os apóstolos também. Todos os que crêem devem impor as mãos
para liberar cura, (Mt 16: 17). Em Tiago 5: 14, 15 o termo “orem sobre eles” dá a entender a
imposição de mãos, neste caso também em conjunto com a unção com óleo.
LIBERANDO SINAIS E PRODÍGIOS: Jesus ressuscitou mortos tocando em seus corpos, ainda que
isto contra-ris a lei cerimonial dos judeus, (Lc 7: 11-15; 8: 54-55). Os apóstolos também
operaram sinais através da imposição de mãos, (At 5: 12), o que também ocorreu no
ministério de Moisés, (Êx 7: 19-20). Portanto a imposição de mãos é um canal para a operação
de grandes milagres.
MINISTRANDO O BATISMO NO ESPÍRITO: O Batismo no Espírito Santo pode acontecer
espontaneamente como em Pentecostes e na casa de Cornélio, (At 2: 1-4; 10: 44), sem
intervenção humana. Mas na maioria das vezes acontecerá através da ministração de
imposição de mãos, (At 8: 17-19; 9: 17; 19: 6).
TRANSMITINDO DONS ESPIRITUAIS: A imposição de mãos é um meio pelo qual se pode
transmitir dons espirituais e capacitações ministeriais, (I Tm 4: 14; II Tm 1: 6). Assim foi com
Josué, (Dt 34: 9). É óbvio que isto precisa ser feito debaixo de revelação, pois quem distribui
dons é o Espírito, conforme lhe apraz, (I Co 12: 11). Portanto devemos ministrar segundo sua
vontade.
DELEGANDO AUTORIDADE E SEPARANDO MINISTÉRIOS: Outro aspecto importante da
imposição de mãos, é a ordenação de ministros para a obra de Deus. Este é talvez o sentido
mais comprometedor, pois através da imposição de mãos pessoas recebem autoridade e se
não estiverem prontas para isso, causarão prejuízos ao Reino de Deus. Vemos os diáconos
sendo ordenados desta maneira (At 6: 1-6). Paulo e Barnabé recebem uma unção apostólica ao
serem ministrados pelos líderes de Antioquia (At 13: 1-4). É importante notar que isso sempre
é feito por autoridades constituídas por Deus e não pelos crentes em geral. (Tt 1: 5).
CUIDADOS COM A IMPOSIÇÃO DE MÃOS!!
Como já vimos há um tremendo poder quando, em fé, colocamos nossas mãos sobre alguém,
são necessários alguns cuidados no exercício desta prática. Em primeiro lugar, não devemos
permitir que pessoas de caráter e fé duvidosa nos toquem com a intenção de ministrar sobre
nós.
Em segundo lugar nós mesmos devemos cuidar para que não haja brechas de pecado ou falta
de fé em nossas vidas, especialmente quando vamos ministrar sobre pessoas oprimidas e
endemoninhadas. Ministrar com brechas na vida pode ser um perigo, pois influências podem
nos ser transmitidas na “contramão” do nosso toque. O terceiro cuidado deve ser o de não
tentar ministrar dons e ministérios sobre pessoas, sem uma direção de Deus. Nossa imposição
de mãos neste sentido deve ser para confirmar a vontade ministerial do Senhor sobre alguém
e não para determiná-la segundo nossa própria vontade. Finalmente devemos especialmente
os pastores, zelar para não delegar autoridade e estabelecer no ministério pessoas
despreparadas. É neste sentido que Paulo adverte para que neófitos não sejam ordenados, (I
Tm 3: 5-6), e para que não se imponha precipitadamente as mãos sobre alguém, (I Tm 5: 22).
IMPARTIÇÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA (ORDEM DIVINA)
SUMÁRIO:
Aqui está um exame mais profundo da ordem divina ao nível da igreja local. Nós impar timos e
comissionamos na base da revelação, não da eleição democrática. Por revelação nós
canalizamos a autoridade do Senhor para Seu povo. Somos responsáveis pelo que recebemos
por impartição e pelo que damos por impartição. Precisamos nos empenhar, com toda pureza
e exatidão, na revelação por imposição de mãos, para impartir e comissionar os servos do
Senhor.
Explicação: A palavra impartição é uma transliteração da palavra inglesa impart, utilizada na
passagem de Romanos 1:11. Nesta passagem, Paulo desejava
repartir,comunicar ou impartir dons espirituais com os cristãos romanos. Deus está
levantando hoje ministros que podem canalizar a outros aquilo que Deus quer lhes dar (dons,
sabedoria, revelação, etc). Impartição é o fluir da revelação de Deus através de um ministério.
Textos Bíblicos:
I Tm 5:17-22; I Pe 5:1-5; I Tm 3:1-7; Sl 133:1-2; Hb 13:17; Ef 4:16; At 13:2; Mt 18:16; Pv 4:18; I
Cr 16:22; Pv 6:19; Tg 3:1; Jo 21:16, 17; Dt 19:15; I Co 12:20, 21.
- x – x -
Estamos lutando para ver o Reino de Deus estabelecido na terra com pureza. Se nosso
empenho tem sido remisso em alguma área, provavelmente é porque não demos atenção
suficiente ao ensino dos princípios bíblicos de ordem divina, principalmente para aqueles que
realmente precisam ser ouvidos. É possível que pastores tenham sido estabelecidos sem que
lhes tenham sido mostrados os padrões bíblicos que os pastores devem seguir. Os presbíteros
devem ser admoestados e ensinados para serem presbíteros de fato.
Uma coisa é simular a ordem divina; outra bem diferente é ter o fluir do próprio Senhor, como
o santo óleo da unção. “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o
óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a
gola de suas vestes.” (Salmo 133:1-2). A unção precisa fluir livremente, do alto até embaixo; a
unção precisa vir do Senhor, o Cabeça, e descer até os pequeninos.
Temos visto impasses neste fluir. Como é possível que apesar de termos uma Palavra tão
maravilhosa do Senhor, em algumas igrejas há pequeninos definhando e até morrendo em
problemas avassaladores? Precisamos aderir mais intimamente à ordem divina que o Senhor
tem nos apresentado. A necessidade não é resolver problemas, mas abrir o fluir. Podemos
continuar a tratar de problemas, mas a verdadeira resposta encontra-se no fluir da unção.
Enquanto o fluir do Senhor não é impedido, e desce até cada um com a Palavra do Senhor
satisfazendo as necessidades, todos se beneficiam. Tudo que temos ouvido sobre comunicação
e relacionamentos tem sido dado para abrir o fluir a fim de que Deus possa agir com mais
eficácia e liberdade.
A não ser que o Senhor consagre os seus ouvidos para ouvirem e seu coração para perceber a
Palavra, é muito difícil receber essa Palavra sem sofrer conflitos na mente. Quando a Palavra é
uma revelação para você, não há conflito, mas quando não há uma revelação ao seu coração, a
Palavra lhe parece estranha e diferente e talvez você reaja: “Nunca pensei nisso antes. Preciso
analisá-lo para ver se tem lógica para mim”. Em última análise, a Palavra que aprendemos é
racional, no entanto muito poucos de nós entraram neste mover final do Espírito em virtude
do próprio raciocínio. Pelo contrário, nós entramos porque Deus trouxe uma revelação aos
nossos corações, e a revelação de Palavra deu-lhes vida. (I Coríntios 2:6-10).
Nem sempre fazemos tudo certo; nós cometemos muitos erros. Entretanto, o nosso progresso
geral demonstra que a vereda do justo vai “brilhando mais e mais até ser dia
perfeito” (Provérbios 4:18). Por exemplo, apesar das escolas do Reino talvez ainda não
estarem andando em todo ensino ou revelação que lhes foi apresentado, elas são bem
superiores a qualquer coisa que já tivemos ou sonhamos – e continuarão tornando-se ainda
melhores, assim como a vereda brilha mais e mais até ser dia perfeito. Deus suprirá as
necessidades enquanto nos sacrificarmos para construirmos as escolas. Nós prosseguiremos
em realizar a visão que o Senhor nos apresentou. Muitos milagrezinhos vivos já foram criados
em todo o país devido a estas escolas do Reino. Temos visto grande crescimento espiritual,
dedicação e sacrifício.
Isto acontece não apenas nas escolas, como também nas igrejas. Em seu zelo, alguns de nossos
presbíteros talvez tenha feito algumas coisas pouco ortodoxas. Eles não são profissionais;
nunca foram ensinados a fazer certas coisas. A única exigência tem sido que um presbítero
tenha uma revelação da Palavra do Reino, que a encare como Palavra Viva de Deus para esta
geração, e que a honre acima de tudo o mais.
Os livros do Novo Testamento podem ser classificados em quatro grupos: os evangelhos, o
livro histórico (Atos), as epístolas doutrinárias e as epístolas pastorais.As epístolas pastorais
são a Palavra apostólica para os que ministram e pastoreiam.Tito e I Timóteo são bons
exemplos. O livro de I Timóteo é uma epístola pastoral que, do começo ao fim, procura instruir
presbíteros a como pastorear o rebanho. Essas passagens contêm princípios e implicações
notáveis para tratar com os problemas de igrejas submissas à ordem divina. Qual é a melhor
coisa que podemos fazer para avançar sob as atuais circunstâncias? Ore para que haja em nós
uma unção do Senhor para receber a sabedoria das seguintes passagens:
“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem
bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara:
Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”. O
versículo seguinte requer nossa especial atenção, porque tem sido violado: “Não aceites
denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três
testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para
que também os demais temam. Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos,
que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade. A ninguém
imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.
Conserva-te a ti mesmo puro”. (II Timóteo 5:17-22).
Revelação, impartição e submissão estão interligadas. Primeiro, temos uma revelação de que
Ele é o Senhor. Depois, por Ele ser o Senhor, cremos que há uma forma pela qual o que Ele
pensa, o que Ele quer, e o que Ele deseja pode descer até nós. Nunca, em ponto nenhum, nós
dizemos de um presbítero: “Aqui está um homem que interpretará Deus para todos nós”.
Antes, dizemos: “Este homem, na melhor das hipóteses, será um canal de Deus para a Sua
revelação chegar até nós”. A melhor coisa que você pode fazer, à qualquer altura, é orar para
que aquele que está sobre você tenha revelação, e para você ter revelação dele e da sua
palavra. Nunca pense que qualquer homem, qualquer presbítero, ou qualquer grupo de
homens, como a Companhia Apostólica, terá capacidade de governar este mover de Deus sem
você. A revelação precisa chegar também até você!
Por esta razão, precisa haver um fluir livre. Quando dou uma Palavra numa igreja, ela chega
aos presbíteros, aos diáconos e até ao último membro do Corpo, alcançando até mesmo as
criancinhas. Se uma só pessoa que seja ficar cortada da Palavra, é porque o fluir não foi
adequado; ele não foi certo.
Sempre que uma pessoa se torna um canal bloqueado, é semelhante a uma artéria ou veia
bloqueada: o sangue pode correr, mas ele não consegue completar a circulação por causa de
um bloqueio que produz um estado doentio no corpo. Igualmente, a vida da Palavra Viva
precisa fluir do Cabeça e circular por meio de cada membro, para que o Corpo de Cristo seja
edificado e consolidado pelo auxílio de toda junta, de cada parte (Efésios 4:16).
Isto significa que cada um de nós fornece vida. Nós não fabricamos, nós nos tornamos canais
dela. Nós não vamos aos outros dizendo: “Vou lhe dar da minha capacidade de raciocínio e da
minha energia física. Vou lhe impartir a minha inteligência, minha experiência”. Nós não
precisamos de impartição nesse nível! Em vez disso, precisamos dizer uns aos outros: “Vou lhe
dar uma Palavra do Senhor. Eu venho em nome do Senhor e liberto você com o poder e a
autoridade dEle que fluem através de mim”.
É por isto que temos a imposição de mãos; elas são um canal de fluência.Somos responsáveis
pelo que recebemos por impartição e pelo que damos por impartição. Por toda a Bíblia, Deus
mostra-nos que está enviando a Sua Palavra de revelação até nós. Se este processo funcionar
direito, todos que entrarem serão avisados: “A chave para o seu crescimento não é o que você
conhece, nem o que aprenderá intelectualmente; é o que Deus lhe revelará. Ou você pode
sentar aqui seis meses esperando ter ouvidos para ouvir, ou nós simplesmente lhe imporemos
as mãos e oraremos por você para o Senhor abrir os seus ouvidos e começar a lhe dar a
revelação.”
No entanto precisamos lembrar que a imposição de mãos abrange não só impartição, como
também transferência. Nós damos e recebemos por impartição. Ela é uma via de mão dupla.
Certa época nós tínhamos semanalmente um culto específico para ministração. Formava-se
uma fila enorme de pessoas para receberem imposição de mãos, serem ministradas e
abençoadas. O Senhor dava muita revelação sobre elas, e quando saíam, provavelmente
pensavam: “Isto é maravilhoso!” Mas quando eu chegava em casa, estava completamente
exausto e drenado. Eu tinha impartido bênçãos positivas para as pessoas que, por sua vez,
freqüentemente me transferiam coisas negativas.
Paulo nos diz como considerar os presbíteros que devem ser um canal de fluência da parte do
Senhor. O fluir deve vir por eles até o povo, que depois poderá fluir para Deus. Paulo
mencionou um aspecto muito prático disto: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos
para que não participes dos pecados alheios” (I Timóteo 5:22). Não crie um presbítero, ou um
diácono, rápido demais. Primeiro ore a este respeito. Busque o Senhor (Gálatas 1:11, 12, 18;
2:1, 2,7-9).
Como compreendemos este princípio no início deste mover da restauração, nós nunca
“elegemos” presbíteros. A eleição de presbíteros nunca funcionará. O Corpo de Cristo não é
uma associação democrática. A Palavra não diz que o povo de uma certa igreja local deve votar
e levantar um homem baseando-se em seus votos – que o povo vota e assim cria um
presbítero, pastor ou apóstolo. Não é assim que Deus age quando quer levantar um homem de
Deus. O comissionamento não se faz a partir do povo. Ele desce do alto e depois é reconhecido
e confirmado pela igreja (Atos 13:1-4).
A revelação é um fator muito importante nisto. Suponhamos que tenhamos a revelação de
que certo homem deve ser um presbítero. Será que devemos impor as mãos sobre ele
precipitadamente e estabelecê-lo? Não, primeiro nós oramos para Deus poder tratar com ele e
prepará-lo. Depois, ficará evidente a todos que o virem e que o ouvirem, que a unção de Deus
está sobre ele. Então o povo terá uma revelação que este homem deve ser estabelecido como
presbítero. É surpreendente que no decorrer dos anos tenha havido poucas vozes contrárias a
este processo que Deus criou. Ele funciona muito melhor que eleições ou nomeações. Quando
um homem é estabelecido num ofício, é com o testemunho comum do povo que pode
discernir o espírito desse homem e que tem uma revelação dele.
O processo não é eleição, é confirmação (I Samuel 8:1, 7; 16:7-13). Quando impomos as mãos
em alguém não estamos pretendendo criar um presbítero; estamos confirmando o que Deus
revelou. De outra forma estaremos perdendo o objetivo inteiramente. Nós devemos apenas
confirmar o que Deus está fazendo. Você já imaginou porque não foi colocado num certo
ministério? Não pergunte a mim; pergunte ao Senhor. Eu trato um pouco da execução destas
questões; mas Ele é o chefão! Ele é o Senhor sobre todos nós (I Coríntios 12:18).
Você pode ter observado um temor sadio em mim. Quando me fazem uma pergunta, e não
conheço a vontade do Senhor para ela, eu fico de boca fechada. Limite os erros ao mínimo
porque o julgamento humano não deve interferir no que Deus está fazendo. Quando você
tiver interrogações sobre alguém, diga ao Senhor: “Mostra-me exatamente o que pensas deste
aqui. Mostra-me a Tua vontade para ele, o que escolheste para ele ser, o que queres que ele
faça, que direção a vida dele deve tomar”. Deus continua sendo capaz de dizer: “Profetas e
mestres, separai-Me a Barnabé e a Saulo para a obra a que Eu os tenho chamado” (Atos
13:2). É Ele Quem faz o chamado. É Ele Quem sussurra no ouvido dos profetas: “Imponham as
mãos nestes e enviem-nos”.
É muito importante entendermos como é necessária uma revelação ser confirmada. Já que
muitos não estavam presentes quando foi lançada a base original para todo este mover do
Espírito, é necessário voltarmos a esta visão básica e reafirmá-la. É bom constatar que ela é do
seguinte modo: Nós não temos uma hierarquia, mas temos homens de Deus. Durante o Seu
ministério aqui na terra, o Senhor passou por cima dos religiosos porque estavam
acostumados à autoridade sectária. Em vez disso, Ele encontrou alguns pescadores, um coletor
de impostos, um punhado de homens simples e disse: “Vinde e segui-Me” (Mateus 4:19). Eles
O seguiram e se tornaram pescadores de homens. Tornaram-se aqueles que puderam
trabalhar com o rebanho segundo a ordem de Cristo: “Tu Me amas? Apascenta as Minhas
ovelhas” (João 21:16, 17).
Há muitos homens de Deus que ainda vão surgir. Às vezes, ao observarmos o crescimento de
um homem, vemos que ele foi até onde podia naquela igreja local, naquele nível. Ele entrou
em certo nível espiritual que sustentou enquanto pode. Mas depois entrou num declínio e
agora parece preste a morrer em pé. Então percebemos que precisamos tomar alguma
providência quanto a ele. Precisamos colocá-lo em movimento. Precisamos lançá-lo num
campo maior. Quando se tem revelação sobre um homem, observam-se cuidadosamente
estas coisas. Alguém sem tal revelação pode ter olhado para este mesmo homem e dito: “É
melhor nós o corrigirmos; ele está começando a recuar um pouco”. Não, ele não está
recuando, ele está como um pugilista excessivamente treinado. Precisamos colocá-lo
rapidamente no ringue, colocá-lo esmurrando. É para isto que ele foi preparado e treinado,
portanto, vamos colocá-lo em ação.
Quando um homem já progrediu até onde podia, numa certa área ou igreja local, é errado
restringí-lo ali. Mas você também pode pecar na outra direção estabelecendo-o numa função
depressa demais. Primeiro deixe-o ser preparado porque se ele entrar nessa função sem a
preparação necessária no espírito, você será responsável pelos pecados dele. Isto não quer
dizer que devemos descobrir todos os seus pequenos vícios e coisas que ele fez. Não estamos
tão interessados nisso quanto no estado do seu coração, na qualidade do seu espírito. Já vi
casos onde presbíteros impuseram as mãos em um homem que estava despreparado. Sendo
ele colocado prematuramente numa situação de responsabilidade, o povo foi algumas vezes
profundamente ferido e o homem que recebeu a imposição de mãos foi destruído. Ele foi
lançado num nível de batalha espiritual que não pôde suportar e para o qual estava
despreparado.
Nós subimos de “glória em glória” (II Coríntios 3:18). “Crescemos na graça e no
conhecimento do Senhor Jesus Cristo” (II Pedro 3:18). Quando Paulo escreveu sobre as
qualificações do presbítero, disse que não se deveriam impor precipitadamente as mãos num
neófito para comissioná-lo como presbítero, para ele não se ensoberbecer e cair na
condenação do diabo (I Timóteo 3:6, 7). Mesmo um diácono não pode ser um neófito ou
iniciante. Será que isso significa que não podemos ser “santos instantâneos?” Talvez seja
possível tornar-se um santo instantâneo; mas não é provável e nem parece possível tornar-se
um presbítero instantâneo. Deus trata muito severamente com a vida de alguém com um
ministério de presbítero (ou bispo) ou de mestre (I Timóteo 3:1-7; Tiago 3:1).
È imperativo que abençoemos e ministremos a todos os presbíteros e diáconos em cada igreja
local e depois digamos aos membros do corpo local: “Aqui estão os ministros que Deus
colocou sobre vocês”. Se você pensa que sabe quem é e o que eles são, será que sabe mesmo?
Esta é a verdadeira questão. Mesmo quando você conhece tudo sobre um irmão, inclusive os
seus fracassos e fraquezas, você precisa continuar amando-o, aceitando o seu ministério e
crendo para Deus lhe abrir a porta para o que tem para ele.
Esta é uma revelação maravilhosa sobre ordem divina. É assim que a sua igreja deve funcionar.
Não deve fazer diferença se um presbítero fica fora um certo tempo. Os demais presbíteros e
diáconos devem ser capazes de dar continuidade ao fluir, todas as semanas ou meses da sua
ausência. Se eu desaparecesse amanhã e não voltasse por anos, as igrejas deveriam continuar
avançando porque estão edificadas sobre uma ordem divina. Lembre que as igrejas que
resistiram aos séculos de devastação e apostasia foram igrejas edificadas segundo a ordem
apostólica.
Vou repetir a advertência que Paulo dá: “Não imponha precipitadamente as mãos em
ninguém, para não se tornar cúmplice dos pecados de outrem”.Conseve-se livre disso; não
apanhe um montão de lixo agindo prematuramente.Entenda que todo o processo do
episcopado não envolve nem eleições nem ações precipitadas. Nós temos visto homens que
ficaram parados anos e anos até a preparação ser completa. Não é desconcertante? Sim, e
talvez seja exatamente isso o necessário. Deus talvez tenha que tratar profundamente com um
homem até ele reconhecer: “Há profecias sobre mim. Há um comissionamento de Deus
referente ao que devo ser. Tenho que andar nisso!” Então, enquanto ele vai buscando a Deus e
alcançando o Senhor, algo lhe acontece. Em pouco tempo os outros vêem a graça de Deus
abundando na sua vida e seus irmãos em Cristo reconhecem que devem impor-lhe as mãos e
estabelecê-lo no lugar que irá preencher. Você confirma, comissiona e imparte o que Deus deu
por revelação (I Timóteo 4:14).
Que mais Paulo disse sobre presbíteros? “Devem ser considerados merecedores de dobrados
honorários (ou honras) os presbíteros” (I Timóteo 5:17a). Penso que isso não significa apenas
honra espiritual, mas também bênção financeira. Eles podem necessitar ajuda financeira para
não precisarem se preocupar continuamente com a rotina de ganhar a vida. Em vez disso,
podem dedicar-se ao ministério. A Bíblia diz: “Não atarás a boca do boi, quando
debulha” (Deuteronômio 25:4). Para debulhar o trigo o boi pisava e repisava sobre ele para
separá-lo da palha. Depois os homens lançavam os grãos para o alto e malhavam um pouco
mais. Enquanto pisava, o boi tentava comer um pouco de trigo. Se ele pertencia a um
fazendeiro sovina, esse fazendeiro atava a boca do boi para impedí-lo de comer do grão. Mas
Deus deu uma lei por Moisés que o boi não deve ser atado enquanto debulha.
Essa lei tem uma aplicação ampla. Paulo citou-a em referência aos presbíteros. Disse que se
eles já tivessem demonstrado que não eram gananciosos, não haveria razão de amordaçá-los.
Permita-lhes virem livremente e dizerem: “Tenho uma necessidade; ajude-me”. Há presbíteros
que não são cooperadores de tempo integral, mas são muito eficazes. No entanto, aplicamos
este princípio aos que dão tempo integral à obra. Estes são homens com tamanha ocupação
no ministério que não têm tempo para trabalhar em mais nada, ou para ganhar um sustento.
Todo seu tempo é usado num ministério eficaz. Por outro lado, há uma economia que Deus
também ordena. Se um homem não emprega todo o seu tempo dedicando-se ao trabalho do
ministério, então deve ir trabalhar e sustentar-se em vez de ser sustentando pela igreja. A
ética de trabalho nunca é jogada fora no Reino de Deus. A ética de trabalho precisa estar
presente naqueles que trabalham com empenho na pregação e ensino. Se não forem
diligentes e devotar a sua última gota de energia para fazer a vontade do Senhor e ministrar a
Sua Palavra, então que se sustentem. Eles podem ser tão eficazes como presbíteros, estejam
num emprego secular ou não. Este é o princípio geral. Não é uma questão de julgarmos
ninguém; este é apenas o modo como a santa economia do Reino funciona.
Paulo continuou: “Não aceiteis denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o
depoimento de duas ou três testemunhas” (I Timóteo 5:19). Sobre o que exatamente Paulo
estava falando aqui? Parece que no Reino há um certo nível de imunidade diplomática que é
dada a um homem de Deus. Para entender porque isto é necessário, veja Moisés no Antigo
Testamento. Quando os filhos de Israel estavam no deserto, murmuraram conta o Senhor e
contra Moisés (Êxodo 16:7, 8). Por vezes eles murmuraram só contra Moisés (Êxodo 15:24;
17:3). É muito fácil apontar os líderes, julgá-los e exigir deles coisas quase absurdas. Contudo
você pode não ter idéia de sua responsabilidade ou de como eles se colocam na brecha por
você diante de Deus. Eles podem estar andando com muita humildade enquanto o povo fica
fazendo deles tiro ao alvo. É assim que era quando as pessoas preparavam “pregador assado”
para o jantar de domingo. Elas voltavam do culto para casa, sentavam em volta da mesa e
criticavam o pregador. Isso não deve acontecer. Nós não vamos levar essa culpa. Se houver
alguma coisa errada, apanhe duas ou três testemunhas do erro e confronte esse presbítero
com o seu erro.
Por que o senhor exige duas ou três testemunhas ao se confrontar um irmão? (Mateus 18:16).
Porque não devemos agir por boatos. Nunca iremos acusar um irmão sem provas absolutas.
Deus firmou esta exigência: Só pelo depoimento de duas ou três testemunhas se estabelecerá
o fato (Deuteronômio 19:15). Em essência, Ele disse que quando alguém acusar um servo Seu,
precisa ser uma Palavra exata de Deus e não uma palavra de um só homem.
Depois de duas ou três testemunhas confrontarem o pecador, o que acontece?“Quanto aos
que continuarem no pecado repreende-os na presença de todos, para que também os demais
temam” (I Timóteo 5:20). Nós também não temos feito isso, mas devemos. Na verdade, os
presbíteros devem acolher esse conselho. Quando surgir a ocasião, duas ou três testemunhas
devem repreender o transgressor. Depois devem encorajá-lo a se arrepender, as
conseqüências devem ser-lhe apresentadas.
Assim como os homens de Deus têm imunidades especiais, eles também estão numa posição
de especial perigo por causa do fogo que existe sobre eles. Um homem que recebe uma
posição espiritual recebe uma imunidade, pois Deus diz: “Não toqueis nos meus ungidos, nem
maltrateis os meus profetas” (I Crônicas 16:22). Isto significa que a não ser que haja algo
errado na vida dele, você deve fiar calado. Mas se ele fizer algo errado, ele tem uma
responsabilidade; irá arrepender-se ou ser exposto na situação diante de todos. Isto é justo.
Um homem não pode aceitar essa imunidade sem também assumir essa responsabilidade (2
Samuel 11:26, 27; 12:1, 12-14; Gl 2:11-14).
Será que isso soa um pouco velha ordem? A verdade é que a valha ordem nunca seguiu esta
ordem divina. Eles não tiveram a fé. Em vez disso, eles se destruíam com insinuações e
calúnias. Você não odeia isso? Deus diz que odeia. Sete coisas são abomináveis a Deus,
segundo Provérbios 6:16. Uma delas é o homem que “semeia contenda entre
irmãos” (versículo 19). Apenas fique calado quando se tratar de ungidos de Deus.
Essa é uma lição que quero ponderar novamente no meu coração. Alguém me deu uma
plaqueta com os dizeres: “Deus nos deu dois ouvidos que não podemos fechar e uma boca que
podemos. Será que Ele estava tentando nos dizer alguma coisa?” Para uma mente sábia, isso
diz algo importante.
Quando você se apercebe da ordem divina que está por trás deste ensinamento, você adquire
um senso de segurança. Isso faz o pequeno rebanho perceber. “É isso que os meus pastores
devem ser”. Assim você crê por eles, você intercede em oração por eles, você os fortalece.
Submeta-se àqueles que têm autoridade sobre você, pois são como quem deve prestar contas
(Hebreus 3:18). Eles precisam prestar contas da forma como lhe ministram e precisam prestar
contas de si mesmos.
Tiago 3 começa com a advertência: “Não vos torneis muitos de vós mestres. Não aspireis ser
mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo”. No momento em que você assume a
responsabilidade de dizer a outro homem a Palavra de Deus, é colocado numa categoria
especial que Deus julgará com mais severidade. Mas se for fiel, quando o Supremo Pastor Se
manifestar, você receberá uma coroa que não se pode murchar.
Pedro fala a este respeito na sua primeira epístola. “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre
vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-
participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós,
não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida
ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis
a imarcescível coroa da glória.” (I Pedro 5:1-4). Como o Bom Pastor ama os presbíteros! Como
Ele ama estes homens de Deus! Ele ama o modo como eles assumem a supervisão do rebanho,
não relutantemente ou por necessidade, mas ansiosamente, para poderem servir o povo do
Senhor. Isto precisa estar sempre em suas mentes.
Este mesmo capítulo prossegue dizendo como os mais jovens devem ser submissos aos mais
velhos, nunca com uma brecha entre gerações ou divisão no Corpo, mas todos aprendendo a
fluir e trabalhar juntos (I Pedro 5:5-9). É admirável como Deus cria unidade através da
diversidade de ministérios que Ele levanta. A unidade vem pela diversidade, não pela
conformidade. Repare quantos diferentes tipos de ministérios e quantos diferentes membros
o Corpo tem. Nenhum desses membros é igual ao outro. No entanto, nenhum pode dizer ao
outro: “Não preciso de você.” (I Coríntios 12:20, 21). O Corpo fluirá no Senhor com unidade. O
Reino virá por muitos membros com um só Espírito.
Você quer ser um melhor presbítero, um melhor diácono, um melhor membro, uma melhor
ovelha? Nós fluiremos juntos para podermos estar abertos a tudo que Deus está nos
dizendo. Esta ordem divina que Deus revelou e criou funciona bem. Como será maravilhoso
trazer à existência o Reino enquanto nos dedicamos inteiramente a esta ordem divina para a
Igreja!

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  • 1. IMPOSIÇÃO DE MÃOS A IMPOSIÇÃO DE MÃOS É UMA DOUTRINA BÁSICA Poucas vezes se ouve em nossos dias estudos ou mensagens sobre o tema “imposição de mãos”, mas ele é um dos rudimentos da fé cristã. O escritor da carta aos Hebreus o coloca entre os “princípios elementares da doutrina de Cristo”,(Hb 6: 1,2). Ao que parece a igreja primitiva incluía esse assunto em seu discipulado básico. Esta era uma das coisas que o novo convertido aprendia logo, na teoria ou na prática. O que seria isso? A imposição de mãos é o ato de colocar as mãos sobre alguém ou alguma coisa com intenção de transferir uma verdade espiritual. Há gestos físicos que têm grandes significados espirituais. Quando nos curvamos ou prostramos, por exemplo, estamos nos submetendo a alguém. Por isso a palavra fala para não o fazermos diante de ídolos, pois isso seria uma infidelidade para com Deus. É nesse sentido que a imposição de mãos se torna uma prática poderosa. Segundo o ensino bíblico, as mãos representam a extensão da própria pessoa e colocadas sobre alguém têm o poder de transferência ou impar tição. Isso quer dizer que quando alguém impõe as mãos com um objetivo espiritual, está de fato lhe transferindo algo. Por isso é preciso zelo e entendimento sobre o assunto. DEUS OPEROU PELA IMPOSIÇÃO DE MÃOS Deus criou todas as coisas por sua palavra. Ele falou e tudo se fez. Mas com o ser humano foi diferente. O Senhor o criou com suas próprias mãos. Ele o formou do pó da terra, modelando- o segundo o seu querer. Houve contato. Esta é a primeira imposição de mãos na Bíblia, se assim podemos dizer. A Bíblia faz referência à destra do Senhor operando proezas, (Sl 118: 15; Êx 15: 6). Por muitas vezes lemos que “a mão do Senhor veio sobre alguém”, (I Re 18: 46; Ez 1: 3; 3: 22; 37: 1; 40: 1) e cada vez que isso acontecia, alguma experiência espiritual era desencadeada. JESUS OPEROU PELA IMPOSIÇÃO DE MÃOS Jesus trouxe consigo os sinais do reino de Deus, (Mt 11: 4,5). Estes milagres quase sempre foram operados através da imposição de mãos, (Mc 1: 44; 6: 5; 8: 23; Lc 4: 40; 13: 13). Além de estar abençoando pessoas, estava formando discípulos. Cada ministração era uma “aula prática” de como operar no poder de Deus. Por isso, depois os apóstolos continuaram praticando e ensinando a respeito da imposição de mãos. UM PRINCÍPIO ESPIRITUAL Na verdade a imposição de mãos é um princípio espiritual. Essa verdade é tão forte, que Satanás procura imitá-la para o implemento do mal. Nos terreiros, nos rituais de feitiçaria e mesmo nas práticas de Nova Era há uma ênfase forte no assunto. Como sempre, os demônios tomam verdades de Deus e as distorcem, com o fim de enganar e prejudicar as pessoas. Por isso não podemos permitir que servos do diabo ou pessoas mal intencionadas coloquem as mãos sobre nós e, se um dia isso aconteceu, devemos quebrar toda maldição que possa ter sido lançada. Pois até mesmo pecado se transfere por imposição de mãos, (Lv 4: 22-24; 16: 20- 22).
  • 2. TRANSFERINDO BENÇÃO: Esse é o sentido mais básico do uso da imposição das mãos, seja de uma forma geral ou específica. Praticada desde o antigo testamento, (Lv 9: 22), geralmente é operada em conjunto com a verbalização do seu propósito, (Gn 48: 11-20). Jesus o fazia para abençoar as crianças, (Mr 10: 13-16). CURANDO OS ENFERMOS: Outro objetivo da imposição de mãos é a cura dos enfermos pelo poder de Deus. Jesus o fez e os apóstolos também. Todos os que crêem devem impor as mãos para liberar cura, (Mt 16: 17). Em Tiago 5: 14, 15 o termo “orem sobre eles” dá a entender a imposição de mãos, neste caso também em conjunto com a unção com óleo. LIBERANDO SINAIS E PRODÍGIOS: Jesus ressuscitou mortos tocando em seus corpos, ainda que isto contra-ris a lei cerimonial dos judeus, (Lc 7: 11-15; 8: 54-55). Os apóstolos também operaram sinais através da imposição de mãos, (At 5: 12), o que também ocorreu no ministério de Moisés, (Êx 7: 19-20). Portanto a imposição de mãos é um canal para a operação de grandes milagres. MINISTRANDO O BATISMO NO ESPÍRITO: O Batismo no Espírito Santo pode acontecer espontaneamente como em Pentecostes e na casa de Cornélio, (At 2: 1-4; 10: 44), sem intervenção humana. Mas na maioria das vezes acontecerá através da ministração de imposição de mãos, (At 8: 17-19; 9: 17; 19: 6). TRANSMITINDO DONS ESPIRITUAIS: A imposição de mãos é um meio pelo qual se pode transmitir dons espirituais e capacitações ministeriais, (I Tm 4: 14; II Tm 1: 6). Assim foi com Josué, (Dt 34: 9). É óbvio que isto precisa ser feito debaixo de revelação, pois quem distribui dons é o Espírito, conforme lhe apraz, (I Co 12: 11). Portanto devemos ministrar segundo sua vontade. DELEGANDO AUTORIDADE E SEPARANDO MINISTÉRIOS: Outro aspecto importante da imposição de mãos, é a ordenação de ministros para a obra de Deus. Este é talvez o sentido mais comprometedor, pois através da imposição de mãos pessoas recebem autoridade e se não estiverem prontas para isso, causarão prejuízos ao Reino de Deus. Vemos os diáconos sendo ordenados desta maneira (At 6: 1-6). Paulo e Barnabé recebem uma unção apostólica ao serem ministrados pelos líderes de Antioquia (At 13: 1-4). É importante notar que isso sempre é feito por autoridades constituídas por Deus e não pelos crentes em geral. (Tt 1: 5). CUIDADOS COM A IMPOSIÇÃO DE MÃOS!! Como já vimos há um tremendo poder quando, em fé, colocamos nossas mãos sobre alguém, são necessários alguns cuidados no exercício desta prática. Em primeiro lugar, não devemos permitir que pessoas de caráter e fé duvidosa nos toquem com a intenção de ministrar sobre nós. Em segundo lugar nós mesmos devemos cuidar para que não haja brechas de pecado ou falta de fé em nossas vidas, especialmente quando vamos ministrar sobre pessoas oprimidas e endemoninhadas. Ministrar com brechas na vida pode ser um perigo, pois influências podem nos ser transmitidas na “contramão” do nosso toque. O terceiro cuidado deve ser o de não tentar ministrar dons e ministérios sobre pessoas, sem uma direção de Deus. Nossa imposição de mãos neste sentido deve ser para confirmar a vontade ministerial do Senhor sobre alguém
  • 3. e não para determiná-la segundo nossa própria vontade. Finalmente devemos especialmente os pastores, zelar para não delegar autoridade e estabelecer no ministério pessoas despreparadas. É neste sentido que Paulo adverte para que neófitos não sejam ordenados, (I Tm 3: 5-6), e para que não se imponha precipitadamente as mãos sobre alguém, (I Tm 5: 22). IMPARTIÇÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA (ORDEM DIVINA) SUMÁRIO: Aqui está um exame mais profundo da ordem divina ao nível da igreja local. Nós impar timos e comissionamos na base da revelação, não da eleição democrática. Por revelação nós canalizamos a autoridade do Senhor para Seu povo. Somos responsáveis pelo que recebemos por impartição e pelo que damos por impartição. Precisamos nos empenhar, com toda pureza e exatidão, na revelação por imposição de mãos, para impartir e comissionar os servos do Senhor. Explicação: A palavra impartição é uma transliteração da palavra inglesa impart, utilizada na passagem de Romanos 1:11. Nesta passagem, Paulo desejava repartir,comunicar ou impartir dons espirituais com os cristãos romanos. Deus está levantando hoje ministros que podem canalizar a outros aquilo que Deus quer lhes dar (dons, sabedoria, revelação, etc). Impartição é o fluir da revelação de Deus através de um ministério. Textos Bíblicos: I Tm 5:17-22; I Pe 5:1-5; I Tm 3:1-7; Sl 133:1-2; Hb 13:17; Ef 4:16; At 13:2; Mt 18:16; Pv 4:18; I Cr 16:22; Pv 6:19; Tg 3:1; Jo 21:16, 17; Dt 19:15; I Co 12:20, 21. - x – x - Estamos lutando para ver o Reino de Deus estabelecido na terra com pureza. Se nosso empenho tem sido remisso em alguma área, provavelmente é porque não demos atenção suficiente ao ensino dos princípios bíblicos de ordem divina, principalmente para aqueles que realmente precisam ser ouvidos. É possível que pastores tenham sido estabelecidos sem que lhes tenham sido mostrados os padrões bíblicos que os pastores devem seguir. Os presbíteros devem ser admoestados e ensinados para serem presbíteros de fato. Uma coisa é simular a ordem divina; outra bem diferente é ter o fluir do próprio Senhor, como o santo óleo da unção. “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes.” (Salmo 133:1-2). A unção precisa fluir livremente, do alto até embaixo; a unção precisa vir do Senhor, o Cabeça, e descer até os pequeninos. Temos visto impasses neste fluir. Como é possível que apesar de termos uma Palavra tão maravilhosa do Senhor, em algumas igrejas há pequeninos definhando e até morrendo em problemas avassaladores? Precisamos aderir mais intimamente à ordem divina que o Senhor
  • 4. tem nos apresentado. A necessidade não é resolver problemas, mas abrir o fluir. Podemos continuar a tratar de problemas, mas a verdadeira resposta encontra-se no fluir da unção. Enquanto o fluir do Senhor não é impedido, e desce até cada um com a Palavra do Senhor satisfazendo as necessidades, todos se beneficiam. Tudo que temos ouvido sobre comunicação e relacionamentos tem sido dado para abrir o fluir a fim de que Deus possa agir com mais eficácia e liberdade. A não ser que o Senhor consagre os seus ouvidos para ouvirem e seu coração para perceber a Palavra, é muito difícil receber essa Palavra sem sofrer conflitos na mente. Quando a Palavra é uma revelação para você, não há conflito, mas quando não há uma revelação ao seu coração, a Palavra lhe parece estranha e diferente e talvez você reaja: “Nunca pensei nisso antes. Preciso analisá-lo para ver se tem lógica para mim”. Em última análise, a Palavra que aprendemos é racional, no entanto muito poucos de nós entraram neste mover final do Espírito em virtude do próprio raciocínio. Pelo contrário, nós entramos porque Deus trouxe uma revelação aos nossos corações, e a revelação de Palavra deu-lhes vida. (I Coríntios 2:6-10). Nem sempre fazemos tudo certo; nós cometemos muitos erros. Entretanto, o nosso progresso geral demonstra que a vereda do justo vai “brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4:18). Por exemplo, apesar das escolas do Reino talvez ainda não estarem andando em todo ensino ou revelação que lhes foi apresentado, elas são bem superiores a qualquer coisa que já tivemos ou sonhamos – e continuarão tornando-se ainda melhores, assim como a vereda brilha mais e mais até ser dia perfeito. Deus suprirá as necessidades enquanto nos sacrificarmos para construirmos as escolas. Nós prosseguiremos em realizar a visão que o Senhor nos apresentou. Muitos milagrezinhos vivos já foram criados em todo o país devido a estas escolas do Reino. Temos visto grande crescimento espiritual, dedicação e sacrifício. Isto acontece não apenas nas escolas, como também nas igrejas. Em seu zelo, alguns de nossos presbíteros talvez tenha feito algumas coisas pouco ortodoxas. Eles não são profissionais; nunca foram ensinados a fazer certas coisas. A única exigência tem sido que um presbítero tenha uma revelação da Palavra do Reino, que a encare como Palavra Viva de Deus para esta geração, e que a honre acima de tudo o mais. Os livros do Novo Testamento podem ser classificados em quatro grupos: os evangelhos, o livro histórico (Atos), as epístolas doutrinárias e as epístolas pastorais.As epístolas pastorais são a Palavra apostólica para os que ministram e pastoreiam.Tito e I Timóteo são bons exemplos. O livro de I Timóteo é uma epístola pastoral que, do começo ao fim, procura instruir presbíteros a como pastorear o rebanho. Essas passagens contêm princípios e implicações notáveis para tratar com os problemas de igrejas submissas à ordem divina. Qual é a melhor coisa que podemos fazer para avançar sob as atuais circunstâncias? Ore para que haja em nós uma unção do Senhor para receber a sabedoria das seguintes passagens: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”. O versículo seguinte requer nossa especial atenção, porque tem sido violado: “Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três
  • 5. testemunhas. Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam. Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade. A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro”. (II Timóteo 5:17-22). Revelação, impartição e submissão estão interligadas. Primeiro, temos uma revelação de que Ele é o Senhor. Depois, por Ele ser o Senhor, cremos que há uma forma pela qual o que Ele pensa, o que Ele quer, e o que Ele deseja pode descer até nós. Nunca, em ponto nenhum, nós dizemos de um presbítero: “Aqui está um homem que interpretará Deus para todos nós”. Antes, dizemos: “Este homem, na melhor das hipóteses, será um canal de Deus para a Sua revelação chegar até nós”. A melhor coisa que você pode fazer, à qualquer altura, é orar para que aquele que está sobre você tenha revelação, e para você ter revelação dele e da sua palavra. Nunca pense que qualquer homem, qualquer presbítero, ou qualquer grupo de homens, como a Companhia Apostólica, terá capacidade de governar este mover de Deus sem você. A revelação precisa chegar também até você! Por esta razão, precisa haver um fluir livre. Quando dou uma Palavra numa igreja, ela chega aos presbíteros, aos diáconos e até ao último membro do Corpo, alcançando até mesmo as criancinhas. Se uma só pessoa que seja ficar cortada da Palavra, é porque o fluir não foi adequado; ele não foi certo. Sempre que uma pessoa se torna um canal bloqueado, é semelhante a uma artéria ou veia bloqueada: o sangue pode correr, mas ele não consegue completar a circulação por causa de um bloqueio que produz um estado doentio no corpo. Igualmente, a vida da Palavra Viva precisa fluir do Cabeça e circular por meio de cada membro, para que o Corpo de Cristo seja edificado e consolidado pelo auxílio de toda junta, de cada parte (Efésios 4:16). Isto significa que cada um de nós fornece vida. Nós não fabricamos, nós nos tornamos canais dela. Nós não vamos aos outros dizendo: “Vou lhe dar da minha capacidade de raciocínio e da minha energia física. Vou lhe impartir a minha inteligência, minha experiência”. Nós não precisamos de impartição nesse nível! Em vez disso, precisamos dizer uns aos outros: “Vou lhe dar uma Palavra do Senhor. Eu venho em nome do Senhor e liberto você com o poder e a autoridade dEle que fluem através de mim”. É por isto que temos a imposição de mãos; elas são um canal de fluência.Somos responsáveis pelo que recebemos por impartição e pelo que damos por impartição. Por toda a Bíblia, Deus mostra-nos que está enviando a Sua Palavra de revelação até nós. Se este processo funcionar direito, todos que entrarem serão avisados: “A chave para o seu crescimento não é o que você conhece, nem o que aprenderá intelectualmente; é o que Deus lhe revelará. Ou você pode sentar aqui seis meses esperando ter ouvidos para ouvir, ou nós simplesmente lhe imporemos as mãos e oraremos por você para o Senhor abrir os seus ouvidos e começar a lhe dar a revelação.” No entanto precisamos lembrar que a imposição de mãos abrange não só impartição, como também transferência. Nós damos e recebemos por impartição. Ela é uma via de mão dupla. Certa época nós tínhamos semanalmente um culto específico para ministração. Formava-se
  • 6. uma fila enorme de pessoas para receberem imposição de mãos, serem ministradas e abençoadas. O Senhor dava muita revelação sobre elas, e quando saíam, provavelmente pensavam: “Isto é maravilhoso!” Mas quando eu chegava em casa, estava completamente exausto e drenado. Eu tinha impartido bênçãos positivas para as pessoas que, por sua vez, freqüentemente me transferiam coisas negativas. Paulo nos diz como considerar os presbíteros que devem ser um canal de fluência da parte do Senhor. O fluir deve vir por eles até o povo, que depois poderá fluir para Deus. Paulo mencionou um aspecto muito prático disto: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos para que não participes dos pecados alheios” (I Timóteo 5:22). Não crie um presbítero, ou um diácono, rápido demais. Primeiro ore a este respeito. Busque o Senhor (Gálatas 1:11, 12, 18; 2:1, 2,7-9). Como compreendemos este princípio no início deste mover da restauração, nós nunca “elegemos” presbíteros. A eleição de presbíteros nunca funcionará. O Corpo de Cristo não é uma associação democrática. A Palavra não diz que o povo de uma certa igreja local deve votar e levantar um homem baseando-se em seus votos – que o povo vota e assim cria um presbítero, pastor ou apóstolo. Não é assim que Deus age quando quer levantar um homem de Deus. O comissionamento não se faz a partir do povo. Ele desce do alto e depois é reconhecido e confirmado pela igreja (Atos 13:1-4). A revelação é um fator muito importante nisto. Suponhamos que tenhamos a revelação de que certo homem deve ser um presbítero. Será que devemos impor as mãos sobre ele precipitadamente e estabelecê-lo? Não, primeiro nós oramos para Deus poder tratar com ele e prepará-lo. Depois, ficará evidente a todos que o virem e que o ouvirem, que a unção de Deus está sobre ele. Então o povo terá uma revelação que este homem deve ser estabelecido como presbítero. É surpreendente que no decorrer dos anos tenha havido poucas vozes contrárias a este processo que Deus criou. Ele funciona muito melhor que eleições ou nomeações. Quando um homem é estabelecido num ofício, é com o testemunho comum do povo que pode discernir o espírito desse homem e que tem uma revelação dele. O processo não é eleição, é confirmação (I Samuel 8:1, 7; 16:7-13). Quando impomos as mãos em alguém não estamos pretendendo criar um presbítero; estamos confirmando o que Deus revelou. De outra forma estaremos perdendo o objetivo inteiramente. Nós devemos apenas confirmar o que Deus está fazendo. Você já imaginou porque não foi colocado num certo ministério? Não pergunte a mim; pergunte ao Senhor. Eu trato um pouco da execução destas questões; mas Ele é o chefão! Ele é o Senhor sobre todos nós (I Coríntios 12:18). Você pode ter observado um temor sadio em mim. Quando me fazem uma pergunta, e não conheço a vontade do Senhor para ela, eu fico de boca fechada. Limite os erros ao mínimo porque o julgamento humano não deve interferir no que Deus está fazendo. Quando você tiver interrogações sobre alguém, diga ao Senhor: “Mostra-me exatamente o que pensas deste aqui. Mostra-me a Tua vontade para ele, o que escolheste para ele ser, o que queres que ele faça, que direção a vida dele deve tomar”. Deus continua sendo capaz de dizer: “Profetas e mestres, separai-Me a Barnabé e a Saulo para a obra a que Eu os tenho chamado” (Atos 13:2). É Ele Quem faz o chamado. É Ele Quem sussurra no ouvido dos profetas: “Imponham as mãos nestes e enviem-nos”.
  • 7. É muito importante entendermos como é necessária uma revelação ser confirmada. Já que muitos não estavam presentes quando foi lançada a base original para todo este mover do Espírito, é necessário voltarmos a esta visão básica e reafirmá-la. É bom constatar que ela é do seguinte modo: Nós não temos uma hierarquia, mas temos homens de Deus. Durante o Seu ministério aqui na terra, o Senhor passou por cima dos religiosos porque estavam acostumados à autoridade sectária. Em vez disso, Ele encontrou alguns pescadores, um coletor de impostos, um punhado de homens simples e disse: “Vinde e segui-Me” (Mateus 4:19). Eles O seguiram e se tornaram pescadores de homens. Tornaram-se aqueles que puderam trabalhar com o rebanho segundo a ordem de Cristo: “Tu Me amas? Apascenta as Minhas ovelhas” (João 21:16, 17). Há muitos homens de Deus que ainda vão surgir. Às vezes, ao observarmos o crescimento de um homem, vemos que ele foi até onde podia naquela igreja local, naquele nível. Ele entrou em certo nível espiritual que sustentou enquanto pode. Mas depois entrou num declínio e agora parece preste a morrer em pé. Então percebemos que precisamos tomar alguma providência quanto a ele. Precisamos colocá-lo em movimento. Precisamos lançá-lo num campo maior. Quando se tem revelação sobre um homem, observam-se cuidadosamente estas coisas. Alguém sem tal revelação pode ter olhado para este mesmo homem e dito: “É melhor nós o corrigirmos; ele está começando a recuar um pouco”. Não, ele não está recuando, ele está como um pugilista excessivamente treinado. Precisamos colocá-lo rapidamente no ringue, colocá-lo esmurrando. É para isto que ele foi preparado e treinado, portanto, vamos colocá-lo em ação. Quando um homem já progrediu até onde podia, numa certa área ou igreja local, é errado restringí-lo ali. Mas você também pode pecar na outra direção estabelecendo-o numa função depressa demais. Primeiro deixe-o ser preparado porque se ele entrar nessa função sem a preparação necessária no espírito, você será responsável pelos pecados dele. Isto não quer dizer que devemos descobrir todos os seus pequenos vícios e coisas que ele fez. Não estamos tão interessados nisso quanto no estado do seu coração, na qualidade do seu espírito. Já vi casos onde presbíteros impuseram as mãos em um homem que estava despreparado. Sendo ele colocado prematuramente numa situação de responsabilidade, o povo foi algumas vezes profundamente ferido e o homem que recebeu a imposição de mãos foi destruído. Ele foi lançado num nível de batalha espiritual que não pôde suportar e para o qual estava despreparado. Nós subimos de “glória em glória” (II Coríntios 3:18). “Crescemos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo” (II Pedro 3:18). Quando Paulo escreveu sobre as qualificações do presbítero, disse que não se deveriam impor precipitadamente as mãos num neófito para comissioná-lo como presbítero, para ele não se ensoberbecer e cair na condenação do diabo (I Timóteo 3:6, 7). Mesmo um diácono não pode ser um neófito ou iniciante. Será que isso significa que não podemos ser “santos instantâneos?” Talvez seja possível tornar-se um santo instantâneo; mas não é provável e nem parece possível tornar-se um presbítero instantâneo. Deus trata muito severamente com a vida de alguém com um ministério de presbítero (ou bispo) ou de mestre (I Timóteo 3:1-7; Tiago 3:1).
  • 8. È imperativo que abençoemos e ministremos a todos os presbíteros e diáconos em cada igreja local e depois digamos aos membros do corpo local: “Aqui estão os ministros que Deus colocou sobre vocês”. Se você pensa que sabe quem é e o que eles são, será que sabe mesmo? Esta é a verdadeira questão. Mesmo quando você conhece tudo sobre um irmão, inclusive os seus fracassos e fraquezas, você precisa continuar amando-o, aceitando o seu ministério e crendo para Deus lhe abrir a porta para o que tem para ele. Esta é uma revelação maravilhosa sobre ordem divina. É assim que a sua igreja deve funcionar. Não deve fazer diferença se um presbítero fica fora um certo tempo. Os demais presbíteros e diáconos devem ser capazes de dar continuidade ao fluir, todas as semanas ou meses da sua ausência. Se eu desaparecesse amanhã e não voltasse por anos, as igrejas deveriam continuar avançando porque estão edificadas sobre uma ordem divina. Lembre que as igrejas que resistiram aos séculos de devastação e apostasia foram igrejas edificadas segundo a ordem apostólica. Vou repetir a advertência que Paulo dá: “Não imponha precipitadamente as mãos em ninguém, para não se tornar cúmplice dos pecados de outrem”.Conseve-se livre disso; não apanhe um montão de lixo agindo prematuramente.Entenda que todo o processo do episcopado não envolve nem eleições nem ações precipitadas. Nós temos visto homens que ficaram parados anos e anos até a preparação ser completa. Não é desconcertante? Sim, e talvez seja exatamente isso o necessário. Deus talvez tenha que tratar profundamente com um homem até ele reconhecer: “Há profecias sobre mim. Há um comissionamento de Deus referente ao que devo ser. Tenho que andar nisso!” Então, enquanto ele vai buscando a Deus e alcançando o Senhor, algo lhe acontece. Em pouco tempo os outros vêem a graça de Deus abundando na sua vida e seus irmãos em Cristo reconhecem que devem impor-lhe as mãos e estabelecê-lo no lugar que irá preencher. Você confirma, comissiona e imparte o que Deus deu por revelação (I Timóteo 4:14). Que mais Paulo disse sobre presbíteros? “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários (ou honras) os presbíteros” (I Timóteo 5:17a). Penso que isso não significa apenas honra espiritual, mas também bênção financeira. Eles podem necessitar ajuda financeira para não precisarem se preocupar continuamente com a rotina de ganhar a vida. Em vez disso, podem dedicar-se ao ministério. A Bíblia diz: “Não atarás a boca do boi, quando debulha” (Deuteronômio 25:4). Para debulhar o trigo o boi pisava e repisava sobre ele para separá-lo da palha. Depois os homens lançavam os grãos para o alto e malhavam um pouco mais. Enquanto pisava, o boi tentava comer um pouco de trigo. Se ele pertencia a um fazendeiro sovina, esse fazendeiro atava a boca do boi para impedí-lo de comer do grão. Mas Deus deu uma lei por Moisés que o boi não deve ser atado enquanto debulha. Essa lei tem uma aplicação ampla. Paulo citou-a em referência aos presbíteros. Disse que se eles já tivessem demonstrado que não eram gananciosos, não haveria razão de amordaçá-los. Permita-lhes virem livremente e dizerem: “Tenho uma necessidade; ajude-me”. Há presbíteros que não são cooperadores de tempo integral, mas são muito eficazes. No entanto, aplicamos este princípio aos que dão tempo integral à obra. Estes são homens com tamanha ocupação no ministério que não têm tempo para trabalhar em mais nada, ou para ganhar um sustento. Todo seu tempo é usado num ministério eficaz. Por outro lado, há uma economia que Deus
  • 9. também ordena. Se um homem não emprega todo o seu tempo dedicando-se ao trabalho do ministério, então deve ir trabalhar e sustentar-se em vez de ser sustentando pela igreja. A ética de trabalho nunca é jogada fora no Reino de Deus. A ética de trabalho precisa estar presente naqueles que trabalham com empenho na pregação e ensino. Se não forem diligentes e devotar a sua última gota de energia para fazer a vontade do Senhor e ministrar a Sua Palavra, então que se sustentem. Eles podem ser tão eficazes como presbíteros, estejam num emprego secular ou não. Este é o princípio geral. Não é uma questão de julgarmos ninguém; este é apenas o modo como a santa economia do Reino funciona. Paulo continuou: “Não aceiteis denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas” (I Timóteo 5:19). Sobre o que exatamente Paulo estava falando aqui? Parece que no Reino há um certo nível de imunidade diplomática que é dada a um homem de Deus. Para entender porque isto é necessário, veja Moisés no Antigo Testamento. Quando os filhos de Israel estavam no deserto, murmuraram conta o Senhor e contra Moisés (Êxodo 16:7, 8). Por vezes eles murmuraram só contra Moisés (Êxodo 15:24; 17:3). É muito fácil apontar os líderes, julgá-los e exigir deles coisas quase absurdas. Contudo você pode não ter idéia de sua responsabilidade ou de como eles se colocam na brecha por você diante de Deus. Eles podem estar andando com muita humildade enquanto o povo fica fazendo deles tiro ao alvo. É assim que era quando as pessoas preparavam “pregador assado” para o jantar de domingo. Elas voltavam do culto para casa, sentavam em volta da mesa e criticavam o pregador. Isso não deve acontecer. Nós não vamos levar essa culpa. Se houver alguma coisa errada, apanhe duas ou três testemunhas do erro e confronte esse presbítero com o seu erro. Por que o senhor exige duas ou três testemunhas ao se confrontar um irmão? (Mateus 18:16). Porque não devemos agir por boatos. Nunca iremos acusar um irmão sem provas absolutas. Deus firmou esta exigência: Só pelo depoimento de duas ou três testemunhas se estabelecerá o fato (Deuteronômio 19:15). Em essência, Ele disse que quando alguém acusar um servo Seu, precisa ser uma Palavra exata de Deus e não uma palavra de um só homem. Depois de duas ou três testemunhas confrontarem o pecador, o que acontece?“Quanto aos que continuarem no pecado repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam” (I Timóteo 5:20). Nós também não temos feito isso, mas devemos. Na verdade, os presbíteros devem acolher esse conselho. Quando surgir a ocasião, duas ou três testemunhas devem repreender o transgressor. Depois devem encorajá-lo a se arrepender, as conseqüências devem ser-lhe apresentadas. Assim como os homens de Deus têm imunidades especiais, eles também estão numa posição de especial perigo por causa do fogo que existe sobre eles. Um homem que recebe uma posição espiritual recebe uma imunidade, pois Deus diz: “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” (I Crônicas 16:22). Isto significa que a não ser que haja algo errado na vida dele, você deve fiar calado. Mas se ele fizer algo errado, ele tem uma responsabilidade; irá arrepender-se ou ser exposto na situação diante de todos. Isto é justo. Um homem não pode aceitar essa imunidade sem também assumir essa responsabilidade (2 Samuel 11:26, 27; 12:1, 12-14; Gl 2:11-14).
  • 10. Será que isso soa um pouco velha ordem? A verdade é que a valha ordem nunca seguiu esta ordem divina. Eles não tiveram a fé. Em vez disso, eles se destruíam com insinuações e calúnias. Você não odeia isso? Deus diz que odeia. Sete coisas são abomináveis a Deus, segundo Provérbios 6:16. Uma delas é o homem que “semeia contenda entre irmãos” (versículo 19). Apenas fique calado quando se tratar de ungidos de Deus. Essa é uma lição que quero ponderar novamente no meu coração. Alguém me deu uma plaqueta com os dizeres: “Deus nos deu dois ouvidos que não podemos fechar e uma boca que podemos. Será que Ele estava tentando nos dizer alguma coisa?” Para uma mente sábia, isso diz algo importante. Quando você se apercebe da ordem divina que está por trás deste ensinamento, você adquire um senso de segurança. Isso faz o pequeno rebanho perceber. “É isso que os meus pastores devem ser”. Assim você crê por eles, você intercede em oração por eles, você os fortalece. Submeta-se àqueles que têm autoridade sobre você, pois são como quem deve prestar contas (Hebreus 3:18). Eles precisam prestar contas da forma como lhe ministram e precisam prestar contas de si mesmos. Tiago 3 começa com a advertência: “Não vos torneis muitos de vós mestres. Não aspireis ser mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo”. No momento em que você assume a responsabilidade de dizer a outro homem a Palavra de Deus, é colocado numa categoria especial que Deus julgará com mais severidade. Mas se for fiel, quando o Supremo Pastor Se manifestar, você receberá uma coroa que não se pode murchar. Pedro fala a este respeito na sua primeira epístola. “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co- participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.” (I Pedro 5:1-4). Como o Bom Pastor ama os presbíteros! Como Ele ama estes homens de Deus! Ele ama o modo como eles assumem a supervisão do rebanho, não relutantemente ou por necessidade, mas ansiosamente, para poderem servir o povo do Senhor. Isto precisa estar sempre em suas mentes. Este mesmo capítulo prossegue dizendo como os mais jovens devem ser submissos aos mais velhos, nunca com uma brecha entre gerações ou divisão no Corpo, mas todos aprendendo a fluir e trabalhar juntos (I Pedro 5:5-9). É admirável como Deus cria unidade através da diversidade de ministérios que Ele levanta. A unidade vem pela diversidade, não pela conformidade. Repare quantos diferentes tipos de ministérios e quantos diferentes membros o Corpo tem. Nenhum desses membros é igual ao outro. No entanto, nenhum pode dizer ao outro: “Não preciso de você.” (I Coríntios 12:20, 21). O Corpo fluirá no Senhor com unidade. O Reino virá por muitos membros com um só Espírito. Você quer ser um melhor presbítero, um melhor diácono, um melhor membro, uma melhor ovelha? Nós fluiremos juntos para podermos estar abertos a tudo que Deus está nos dizendo. Esta ordem divina que Deus revelou e criou funciona bem. Como será maravilhoso
  • 11. trazer à existência o Reino enquanto nos dedicamos inteiramente a esta ordem divina para a Igreja!