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SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO
                                                                            Gregório Benfica1


Palavras-chave: Educação – Sustentabilidade – Ecopedagogia




INTRODUÇÃO


Tornou-se um pressuposto consensual a idéia de que existe uma estreita relação entre
educação e desenvolvimento. Isso é de tal forma que, determinados modelos de
desenvolvimento e/ou objetivos econômicos direcionam políticas educacionais. Sendo
assim, a articulação entre educação e desenvolvimento não é novidade, no entanto, quando
se pensa um novo tipo de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentável ou
simplesmente sustentabilidade, o outro pólo do binômio, a educação, necessariamente deve
ser adjetivado. O desenvolvimento sustentável exige um novo modelo educacional.


Esse artigo pretende discutir a concepção de sustentabilidade, mais objetivamente as
perspectivas de Altvater e Sachs e se perguntar sobre o modelo educacional exigido pelo
atual momento de crise ecológica. Sabemos que as questões históricas, teóricas e éticas
envolvendo o desenvolvimento e a diferenciação entre países pobres e ricos são complexas,
no entanto, podemos, sem escamotear o problema, abordar com proveito a questão tanto do
desenvolvimento como da educação a partir das potencialidades dos modelos de um e de
outro.




1
  Historiador (UFBA), Mestre em Educação e Contemporaneidade (UNEB), Professor da Universidade do
Estado da Bahia. Endereço para correspondência: UNEB - Departamento de Educação, BR 110, km 03,
Alagoinhas – BA, CEP: 48.000-000. Fones: (075) 3421-4986; (75) 99714403; (71) 91031903;
gregoriobenfica@ig.com.br.



                                                                                               1
OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES ATUAIS




Vivemos uma situação limite. Pela primeira vez na história da humanidade - não por força
de armas nucleares, mas pelo modelo de desenvolvimento, podemos destruir todas as
formas de vida sobre o planeta. Podemos dizer que o modo de produção dominante é o
modo de destruição. Por isso, em todos os países, seja nos pobres ou nos ricos, vemos
manifestações questionando o atual modelo de desenvolvimento e chamando a atenção para
questões ambientais como o aquecimento global.


Mahatma Gandhi, há 50 anos na índia, dizia que a terra era suficiente para todos, mas não
para a voracidade dos consumistas. De fato, 42% das florestas tropicais do planeta já foram
destruídas. O que vemos claramente hoje é que a nossa evolução econômico-industrial está
em contradição com a natureza como fundamento de nossa vida e a velha crença na
ilimitada capacidade do homem em resolver os impasses do desenvolvimento pelo
incremento tecnológico já não encontra tantos seguidores.


Enquanto estruturalmente avança um modelo predatório, conjunturalmente, vivemos na era
da informação em tempo real, da globalização da economia, da realidade virtual, da quebra
de fronteiras entre nações, dos escritórios virtuais, da robótica e dos sistemas de produção
automatizados. Essas transformações afetam tanto o mundo da produção e do trabalho
como também o mundo da educação e da formação de tal sorte que ambos os mundos
começam a se interpenetrar. Gadotti resume assim o nosso contexto atual:
             “O cenário está dado: globalização provocada pelo avanço da revolução
             tecnológica, caracterizada pela internacionalização da produção e expansão
             dos fluxos financeiros; regionalização caracterizada pela formação de blocos
             econômicos; fragmentação que divide globalizadores e globalizados, centro e
             periferia, os que morrem de fome e os que morrem pelo consumo excessivo de
             alimentos, rivalidades regionais, confrontos políticos, étnicos e confessionais,
             terrorismo.” (GADOTTI, 2000, p. 34)




                                                                                            2
É nesse contexto, que devemos pensar sustentabilidade e educação. Um dos caminhos, é se
interrogar sobre as categorias que podem explicá-las. No que diz respeito a educação, não
podemos negar a atualidade de certas categorias freireanas e marxistas na discussão sobre a
educação, contudo, necessitamos de novas categorias explicitadoras da realidade
(GADOTTI, 2000, p. 34). Quanto ao termo sustentabilidade, ele sofreu um grande desgaste,
pois se tornou a própria expressão do "absurdo lógico": desenvolvimento e sustentabilidade
seriam logicamente incompatíveis (ALTVATER, 1995, p. 305).


Porém, se considerarmos a sustentabilidade na perspectiva de muitos autores atuais, onde
sustentabilidade é mais do que um qualificativo do desenvolvimento, ou seja, uma
perspectiva que vai além da preservação dos recursos naturais e da viabilidade de um
desenvolvimento sem agressão ao meio ambiente, implicando em integração harmônica
consigo mesmo, com o outro e com o ambiente, podemos fecundar a compreensão da
educação com o novo conceito de sustentabilidade.



SUSTENTABILIDADE



O conceito de desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez na Assembléia
Geral das Nações Unidas em 1979, indicando que o desenvolvimento poderia ser um
processo integral que inclui dimensões culturais, éticas, políticas, sociais, ambientais, e não
só econômicas. Esse conceito foi disseminado mundialmente pelos relatórios do
Worldwatch Institute na década de 80 e particularmente pelo relatório “Nosso Futuro
Comum”, produzido pela Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, em 1987.


Muitas foram as críticas feitas posteriormente a esse conceito, geralmente pelo seu uso
reducionista e sua trivialização, apesar de aparecer como “politicamente correto e
“moralmente nobre”. Há outras expressões que têm uma base conceptual comum e se
complementam, tais como: “desenvolvimento humano” (PNUD, 1993), “desenvolvimento
humano sustentável” (CORRAGIO, i996, p. 10) e “transformação produtiva com eqüidade”



                                                                                             3
(CEPAL/PNUD, 1990). A expressão “desenvolvimento humano” tem a vantagem de situar
o ser humano no centro do desenvolvimento. O conceito de desenvolvimento humano,
cujos eixos centrais são “eqüidade” e “participação” está ainda em evolução, e se opõe à
concepção neoliberal de desenvolvimento. Concebe a sociedade desenvolvida como uma
sociedade eqüitativa, possível somente pela participação das pessoas.


Como o conceito de desenvolvimento sustentável, o conceito de desenvolvimento humano
é muito amplo e, por vezes, ainda vago. As Nações Unidas, nos últimos anos, passaram a
usar a expressão "desenvolvimento humano" como indicador de qualidade de vida fundado
nos índices de saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente limpo,
espírito comunitário e lazer criativo, que são também os traços de uma “sociedade
sustentável”, isto é, uma sociedade capaz de satisfazer as necessidades das gerações de hoje
sem comprometer a capacidade e as oportunidades das gerações futuras.


As criticas ao conceito de desenvolvimento sustentável e à própria idéia de sustentabilidade
vêm do fato de que o ambientalismo trata separadamente as questões sociais das
ambientais. O sucesso da luta ecológica dependerá muito da capacidade dos ecologistas em
convencerem a população mais pobre de que se trata não apenas de limpar os rios,
despoluir o ar, reflorestar os campos devastados para vivermos num planeta melhor num
futuro distante, mas, também, de dar uma solução simultânea aos problemas ambientais e
aos problemas sociais. Os problemas de que trata a ecologia não afetam apenas o meio
ambiente. Afetam o ser mais complexo da natureza, o ser humano.


Elmar Aitvater considera a teoria do “desenvolvimento sustentável” do Relatório
Brundtland – “um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem colocar
em risco a possibilidade de satisfação das necessidades das gerações futuras” - uma
“fórmula vazia” (1995, p. 282). Via de regra, uma questão é deixada de lado no debate
sobre um desenvolvimento sustentável: as pessoas fazem de conta que seria possível cingir,
no plano nacional, uma economia que poupa o meio ambiente, eficiente e voltada para o
futuro, e que, simultaneamente, corresponda às restrições orçamentárias do fordismo
internacional” (idem P. 282-3).



                                                                                           4
Altvater concorda que o desenvolvimento “deve ser economicamente eficiente,
ecologicamente suportável, politicamente democrático e socialmente justo", mas não vê
como isso pode ser feito sob o modo de produção fordista, intrinsecamente insustentável.
Essa é a maior contradição da proposta do desenvolvimento sustentável: a organização das
estruturas econômicas e sociais só permitem ser sustentável apenas de modo condicional -
somente enquanto não se colide com as restrições sistêmicas externas, sobretudo o
princípio do lucro. A conclusão é simples e realista: ser sustentável constitui norma digna
de ser efetivada, mas que só se pode converter em realidade na medida em que as
instituições básicas da sociedade sejam modificadas. (p. 295-6).


Na perspectiva de Altvater, o sonho de um capitalismo ecológico é insustentável. O
conceito de “desenvolvimento” não é um conceito neutro. Ele tem um contexto bem preciso
dentro de uma ideologia do progresso, que supõe uma concepção de história, de economia,
de sociedade e do próprio ser humano. O conceito foi utilizado numa visão colonizadora,
durante muitos anos, na qual os países do globo foram divididos entre “desenvolvidos”,
“em desenvolvimento” e “subdesenvolvidos”, remetendo-se sempre a um padrão de
industrialização e de consumo. Ou seja, existe uma incompatibilidade de princípios entre
sustentabilidade e capitalismo. O fracasso da Agenda 21 o demonstra.


Levado às suas últimas conseqüências, a utopia ou projeto do “desenvolvimento
sustentável” coloca em questão não só o crescimento econômico ilimitado e predador da
natureza, mas o modo de produção capitalista. Ele só tem sentido numa economia solidária,
numa economia regida pela compaixão e não pelo lucro. A compaixão deve ser entendida
aqui na sua concepção etimológica original de “compartilhar o sofrimento”. Na produção
de sua existência, o ser humano divide o peso da dor de forma iníqua: para muitos, a dor e
para uma minoria, o máximo de prazer e consumo (GADOTTI, p. 60-61).

Uma outra perspectiva tem Ignacy Sachs. Ele faz suas as palavras de M. S. Swaminathan
quando este afirma: “Uma nova forma de civilização, fundamentada no aproveitamento
sustentável dos recursos renováveis, não é apenas possível, mas essencial.”(SACHS, 2000,
p. 29). Segundo Sachs, para criar essa nova forma de civilização é necessário transformar o


                                                                                          5
conhecimento dos povos antigos dos ecossistemas em um ponto e partida e não de chegada.
A questão não é retornar a um passado orgânico, mas inventar o futuro da civilização da
Biomassa. Como realizar essa proposta? A resposta é explorar o paradigma do “B ao cubo”,
ou seja, bio-bio-bio: biodiversidade-biomassa-biotécnicas.


Sachs se pergunta como planejar a sustentabilidade múltipla e desenhar uma estratégia onde
conservação e aproveitamento racional da natureza andem juntos. Uma da indicações de
Sachs é a proposta de Jyoti Parikh, o qual propôs o diagrama dos “5-F”: food, feed, fuel,
fertilizers e feedstock.(alimento, suprimento, combustível, fertilizantes e ração animal
industrializada) no qual a combinação certa dos “5-F” pode gerar uma otimização no uso da
biomassa (ídem, p. 32-33). Nesse processo de otimização, as bioctenologias terão papel
fundamental, ao aumentar a produtividade da biomassa e aumentar o número de produtos
dela derivados.


Para Sachs dois mitos devem ser derrubados: a natureza in natura (sem pessoas e suas
influências) e a reserva pela reserva. A base de seus argumentos é a inevitável simbiose
homem natureza que sempre existiu, ambos co-evoluem e biodiversidade deve se referir à
natureza e as diversas culturas. Sachs demonstra que o social, o cultural, o meio ambiente,
o econômico e a político, interna e externa, devem ser pensados juntos para uma efetiva
sustentabilidade.


A questão agora é o como. A proposta de Sachs é trina: identificar possibilidades
sustentáveis, conscientizar as pessoas e envolve-las no processo. Em outras palavras,
avaliação e educação ambiental. Sobre esta, falaremos agora.




POR UMA ECOPEDAGOGIA



Reproduzimos aqui a cronologia sintética de Gadotti que nos localiza historicamente na
relação sustentabilidade e educação:




                                                                                          6
“A Unesco patrocinou em 1997 na Tessalônica (Grécia) uma conferência
              internacional sobre ‘meio ambiente e sociedade’, centrada no tema da
              educação. A Conferência da Tessalônica seguiu os passos das reuniões
              anteriores da Unesco - Tbilisi (1977), Jomtien (1990), Toronto (1992),
              Istambul (1993) - e a série de conferências das Nações Unidas iniciada em
              1992 com a Rio-92, seguida pelas de 1994 no Cairo (população), em 1995
              em Copenhague (desenvolvimento social) e Beijing (sobre a mulher) e de
              1996 em Istambul (assentamentos humanos). Três anos antes, a Unesco
              havia lançado a iniciativa internacional sobre ‘educação para um futuro
              sustentável’,   reconhecendo    que   a   educação    era   a   ‘chave’      do
              desenvolvimento sustentável e autônomo.” (GADOTTI, 2000, p. 87)


O desenvolvimento sustentável tem um grande componente educativo: a preservação do
meio ambiente depende de uma consciência ecológica e a formação da consciência depende
da educação. É aqui que entra em cena a ecopedagogia. Ela é uma pedagogia da vivência
cotidiana com o outro, portanto, democrática e solidária. A pedagogia tradicional centrava-
se na espiritualidade, a pedagogia da escola nova, na democracia e a tecnicista, na
neutralidade científica. A ecopedagogia centra-se na relação entre os sujeitos que
aprendem juntos “em comunhão” na expressão de Paulo Freire.


A ecopedagogia é um movimento que ocorre muito mais fora da escola do que dentro dela,
tentando suprir uma lacuna que a educação ambiental deixou ao se limitar ao ambiente
externo, ao deixar de confrontar os valores sociais e ao não por em questão o aspecto
político da educação e do conhecimento.


Como se traduz na educação o princípio da sustentabilidade? Ele se traduz por perguntas
como: até que ponto há sentido no que fazemos? Até que ponto nossas ações contribuem
para a qualidade de vida dos povos e para a sua felicidade? A sustentabilidade é um
princípio reorientador da educação e principalmente dos currículos, objetivos e métodos.




                                                                                            7
Colocada neste sentido, a ecopedagogia não é uma pedagogia a mais, ao lado de outras
pedagogias. Ela só tem sentido como projeto alternativo global, em que a preocupação não
está apenas na preservação da natureza (ecologia natural) ou no impacto das sociedades
humanas sobre os ambientes naturais (ecologia social), mas num novo modelo de
civilização sustentável do ponto de vista ecológico (ecologia integral) que implica uma
mudança nas estruturas econômicas, sociais e culturais. Ela está ligada, portanto, a um
projeto utópico: mudar as relações humanas, sociais e ambientais que temos hoje. Aqui está
o sentido profundo da ecopedagogia, ou de uma pedagogia da Terra, como a chama
Gadotti.


Foi durante a realização do Fórum Global 92, no qual se discutiu muito a educação
ambiental, que se percebeu a importância de uma pedagogia do desenvolvimento
sustentável ou de uma ecopedagogia. Hoje, porém, a ecopedagogia tornou-se um
movimento e uma perspectiva da educação maior do que uma pedagogia do
desenvolvimento sustentável. Ela está mais para a educação sustentável, para uma eco-
educação, que é mais ampla do que a educação ambiental. A educação sustentável não se
preocupa apenas com uma relação saudável com o meio ambiente, mas com o sentido mais
profundo do que fazemos com a nossa existência, a partir da vida cotidiana. A
ecopedagogia não se opõe à educação ambiental. Ao contrário, para a ecopedagogia a
educação ambiental é um pressuposto. A ecopedagogia a incorpora e oferece estratégias,
propostas e meios para a sua realização concreta.




CONCLUSÃO


Reconhecemos que a educação sozinha não pode enfrentar os fatores mais determinantes da
insustentabilidade: o rápido crescimento da população mundial, a persistência da pobreza
generalizada, a expansão de processos industriais predatórios em todo o mundo, a negação
da democracia econômica e a violação dos direitos humanos. De maneira simples e direta, o




                                                                                         8
fato de que atualmente, 25 % da população do mundo consome 75% dos recursos naturais
do planeta.


No entanto, a educação concebida não como escolarização pode, e deve, ter um peso na luta
pela sustentabilidade econômica, política e social. Processos não formais, informais e
formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo positivamente. Reformas
educacionais como as de Toronto, no Canadá, já introduzem mudanças na forma de
conceberem os conteúdos curriculares, buscando novos elementos para uma alfabetização
ambiental. As pedagogias tradicionais, fundadas no princípio da competitividade, da
seleção e da classificação, não dão conta da formação de um cidadão que precisa ser mais
ativo, cooperativo e criativo. A sensibilização e a formação ético-política de setores, cada
vez maiores da opinião pública, são essenciais para deslanchar um processo mais sólido e
criar as condições sociais mais propícias que possibilitem a sustentabilidade social e
econômica. E essa é a tarefa da ecopedgogia.




BIBLIOGRAFIA


ALTVATER, Elmar. O preço da Riqueza: pilhagem ambiental e a nova (des)ordem
        mundial. São Paulo: UNESP, 1995.

CEPAL/PNUD. Transformación productiva com equidad. Chile, Santiago: CEPAL, 1990.

CORAGGIO, José Luiz. Desenvolvimento Humano e Educação. São Paulo: Cortez/IPF,
       1996.
FURTADO, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico, Rio de Janeiro: Paz e terra,
        1996. (versão da primeira edição de 1974)

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.

INSTITUTO Paulo Freire. Resumos do Primeiro Encontro Internacional da Carta da
         Terra na Perspectiva da Educação. São Paulo: IPF, 1999.

SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento Sustentável. Rio de janeiro:
          Garamound, 2000.


                                                                                           9

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Educação para a sustentabilidade

  • 1. SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO Gregório Benfica1 Palavras-chave: Educação – Sustentabilidade – Ecopedagogia INTRODUÇÃO Tornou-se um pressuposto consensual a idéia de que existe uma estreita relação entre educação e desenvolvimento. Isso é de tal forma que, determinados modelos de desenvolvimento e/ou objetivos econômicos direcionam políticas educacionais. Sendo assim, a articulação entre educação e desenvolvimento não é novidade, no entanto, quando se pensa um novo tipo de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentável ou simplesmente sustentabilidade, o outro pólo do binômio, a educação, necessariamente deve ser adjetivado. O desenvolvimento sustentável exige um novo modelo educacional. Esse artigo pretende discutir a concepção de sustentabilidade, mais objetivamente as perspectivas de Altvater e Sachs e se perguntar sobre o modelo educacional exigido pelo atual momento de crise ecológica. Sabemos que as questões históricas, teóricas e éticas envolvendo o desenvolvimento e a diferenciação entre países pobres e ricos são complexas, no entanto, podemos, sem escamotear o problema, abordar com proveito a questão tanto do desenvolvimento como da educação a partir das potencialidades dos modelos de um e de outro. 1 Historiador (UFBA), Mestre em Educação e Contemporaneidade (UNEB), Professor da Universidade do Estado da Bahia. Endereço para correspondência: UNEB - Departamento de Educação, BR 110, km 03, Alagoinhas – BA, CEP: 48.000-000. Fones: (075) 3421-4986; (75) 99714403; (71) 91031903; gregoriobenfica@ig.com.br. 1
  • 2. OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES ATUAIS Vivemos uma situação limite. Pela primeira vez na história da humanidade - não por força de armas nucleares, mas pelo modelo de desenvolvimento, podemos destruir todas as formas de vida sobre o planeta. Podemos dizer que o modo de produção dominante é o modo de destruição. Por isso, em todos os países, seja nos pobres ou nos ricos, vemos manifestações questionando o atual modelo de desenvolvimento e chamando a atenção para questões ambientais como o aquecimento global. Mahatma Gandhi, há 50 anos na índia, dizia que a terra era suficiente para todos, mas não para a voracidade dos consumistas. De fato, 42% das florestas tropicais do planeta já foram destruídas. O que vemos claramente hoje é que a nossa evolução econômico-industrial está em contradição com a natureza como fundamento de nossa vida e a velha crença na ilimitada capacidade do homem em resolver os impasses do desenvolvimento pelo incremento tecnológico já não encontra tantos seguidores. Enquanto estruturalmente avança um modelo predatório, conjunturalmente, vivemos na era da informação em tempo real, da globalização da economia, da realidade virtual, da quebra de fronteiras entre nações, dos escritórios virtuais, da robótica e dos sistemas de produção automatizados. Essas transformações afetam tanto o mundo da produção e do trabalho como também o mundo da educação e da formação de tal sorte que ambos os mundos começam a se interpenetrar. Gadotti resume assim o nosso contexto atual: “O cenário está dado: globalização provocada pelo avanço da revolução tecnológica, caracterizada pela internacionalização da produção e expansão dos fluxos financeiros; regionalização caracterizada pela formação de blocos econômicos; fragmentação que divide globalizadores e globalizados, centro e periferia, os que morrem de fome e os que morrem pelo consumo excessivo de alimentos, rivalidades regionais, confrontos políticos, étnicos e confessionais, terrorismo.” (GADOTTI, 2000, p. 34) 2
  • 3. É nesse contexto, que devemos pensar sustentabilidade e educação. Um dos caminhos, é se interrogar sobre as categorias que podem explicá-las. No que diz respeito a educação, não podemos negar a atualidade de certas categorias freireanas e marxistas na discussão sobre a educação, contudo, necessitamos de novas categorias explicitadoras da realidade (GADOTTI, 2000, p. 34). Quanto ao termo sustentabilidade, ele sofreu um grande desgaste, pois se tornou a própria expressão do "absurdo lógico": desenvolvimento e sustentabilidade seriam logicamente incompatíveis (ALTVATER, 1995, p. 305). Porém, se considerarmos a sustentabilidade na perspectiva de muitos autores atuais, onde sustentabilidade é mais do que um qualificativo do desenvolvimento, ou seja, uma perspectiva que vai além da preservação dos recursos naturais e da viabilidade de um desenvolvimento sem agressão ao meio ambiente, implicando em integração harmônica consigo mesmo, com o outro e com o ambiente, podemos fecundar a compreensão da educação com o novo conceito de sustentabilidade. SUSTENTABILIDADE O conceito de desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1979, indicando que o desenvolvimento poderia ser um processo integral que inclui dimensões culturais, éticas, políticas, sociais, ambientais, e não só econômicas. Esse conceito foi disseminado mundialmente pelos relatórios do Worldwatch Institute na década de 80 e particularmente pelo relatório “Nosso Futuro Comum”, produzido pela Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987. Muitas foram as críticas feitas posteriormente a esse conceito, geralmente pelo seu uso reducionista e sua trivialização, apesar de aparecer como “politicamente correto e “moralmente nobre”. Há outras expressões que têm uma base conceptual comum e se complementam, tais como: “desenvolvimento humano” (PNUD, 1993), “desenvolvimento humano sustentável” (CORRAGIO, i996, p. 10) e “transformação produtiva com eqüidade” 3
  • 4. (CEPAL/PNUD, 1990). A expressão “desenvolvimento humano” tem a vantagem de situar o ser humano no centro do desenvolvimento. O conceito de desenvolvimento humano, cujos eixos centrais são “eqüidade” e “participação” está ainda em evolução, e se opõe à concepção neoliberal de desenvolvimento. Concebe a sociedade desenvolvida como uma sociedade eqüitativa, possível somente pela participação das pessoas. Como o conceito de desenvolvimento sustentável, o conceito de desenvolvimento humano é muito amplo e, por vezes, ainda vago. As Nações Unidas, nos últimos anos, passaram a usar a expressão "desenvolvimento humano" como indicador de qualidade de vida fundado nos índices de saúde, longevidade, maturidade psicológica, educação, ambiente limpo, espírito comunitário e lazer criativo, que são também os traços de uma “sociedade sustentável”, isto é, uma sociedade capaz de satisfazer as necessidades das gerações de hoje sem comprometer a capacidade e as oportunidades das gerações futuras. As criticas ao conceito de desenvolvimento sustentável e à própria idéia de sustentabilidade vêm do fato de que o ambientalismo trata separadamente as questões sociais das ambientais. O sucesso da luta ecológica dependerá muito da capacidade dos ecologistas em convencerem a população mais pobre de que se trata não apenas de limpar os rios, despoluir o ar, reflorestar os campos devastados para vivermos num planeta melhor num futuro distante, mas, também, de dar uma solução simultânea aos problemas ambientais e aos problemas sociais. Os problemas de que trata a ecologia não afetam apenas o meio ambiente. Afetam o ser mais complexo da natureza, o ser humano. Elmar Aitvater considera a teoria do “desenvolvimento sustentável” do Relatório Brundtland – “um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem colocar em risco a possibilidade de satisfação das necessidades das gerações futuras” - uma “fórmula vazia” (1995, p. 282). Via de regra, uma questão é deixada de lado no debate sobre um desenvolvimento sustentável: as pessoas fazem de conta que seria possível cingir, no plano nacional, uma economia que poupa o meio ambiente, eficiente e voltada para o futuro, e que, simultaneamente, corresponda às restrições orçamentárias do fordismo internacional” (idem P. 282-3). 4
  • 5. Altvater concorda que o desenvolvimento “deve ser economicamente eficiente, ecologicamente suportável, politicamente democrático e socialmente justo", mas não vê como isso pode ser feito sob o modo de produção fordista, intrinsecamente insustentável. Essa é a maior contradição da proposta do desenvolvimento sustentável: a organização das estruturas econômicas e sociais só permitem ser sustentável apenas de modo condicional - somente enquanto não se colide com as restrições sistêmicas externas, sobretudo o princípio do lucro. A conclusão é simples e realista: ser sustentável constitui norma digna de ser efetivada, mas que só se pode converter em realidade na medida em que as instituições básicas da sociedade sejam modificadas. (p. 295-6). Na perspectiva de Altvater, o sonho de um capitalismo ecológico é insustentável. O conceito de “desenvolvimento” não é um conceito neutro. Ele tem um contexto bem preciso dentro de uma ideologia do progresso, que supõe uma concepção de história, de economia, de sociedade e do próprio ser humano. O conceito foi utilizado numa visão colonizadora, durante muitos anos, na qual os países do globo foram divididos entre “desenvolvidos”, “em desenvolvimento” e “subdesenvolvidos”, remetendo-se sempre a um padrão de industrialização e de consumo. Ou seja, existe uma incompatibilidade de princípios entre sustentabilidade e capitalismo. O fracasso da Agenda 21 o demonstra. Levado às suas últimas conseqüências, a utopia ou projeto do “desenvolvimento sustentável” coloca em questão não só o crescimento econômico ilimitado e predador da natureza, mas o modo de produção capitalista. Ele só tem sentido numa economia solidária, numa economia regida pela compaixão e não pelo lucro. A compaixão deve ser entendida aqui na sua concepção etimológica original de “compartilhar o sofrimento”. Na produção de sua existência, o ser humano divide o peso da dor de forma iníqua: para muitos, a dor e para uma minoria, o máximo de prazer e consumo (GADOTTI, p. 60-61). Uma outra perspectiva tem Ignacy Sachs. Ele faz suas as palavras de M. S. Swaminathan quando este afirma: “Uma nova forma de civilização, fundamentada no aproveitamento sustentável dos recursos renováveis, não é apenas possível, mas essencial.”(SACHS, 2000, p. 29). Segundo Sachs, para criar essa nova forma de civilização é necessário transformar o 5
  • 6. conhecimento dos povos antigos dos ecossistemas em um ponto e partida e não de chegada. A questão não é retornar a um passado orgânico, mas inventar o futuro da civilização da Biomassa. Como realizar essa proposta? A resposta é explorar o paradigma do “B ao cubo”, ou seja, bio-bio-bio: biodiversidade-biomassa-biotécnicas. Sachs se pergunta como planejar a sustentabilidade múltipla e desenhar uma estratégia onde conservação e aproveitamento racional da natureza andem juntos. Uma da indicações de Sachs é a proposta de Jyoti Parikh, o qual propôs o diagrama dos “5-F”: food, feed, fuel, fertilizers e feedstock.(alimento, suprimento, combustível, fertilizantes e ração animal industrializada) no qual a combinação certa dos “5-F” pode gerar uma otimização no uso da biomassa (ídem, p. 32-33). Nesse processo de otimização, as bioctenologias terão papel fundamental, ao aumentar a produtividade da biomassa e aumentar o número de produtos dela derivados. Para Sachs dois mitos devem ser derrubados: a natureza in natura (sem pessoas e suas influências) e a reserva pela reserva. A base de seus argumentos é a inevitável simbiose homem natureza que sempre existiu, ambos co-evoluem e biodiversidade deve se referir à natureza e as diversas culturas. Sachs demonstra que o social, o cultural, o meio ambiente, o econômico e a político, interna e externa, devem ser pensados juntos para uma efetiva sustentabilidade. A questão agora é o como. A proposta de Sachs é trina: identificar possibilidades sustentáveis, conscientizar as pessoas e envolve-las no processo. Em outras palavras, avaliação e educação ambiental. Sobre esta, falaremos agora. POR UMA ECOPEDAGOGIA Reproduzimos aqui a cronologia sintética de Gadotti que nos localiza historicamente na relação sustentabilidade e educação: 6
  • 7. “A Unesco patrocinou em 1997 na Tessalônica (Grécia) uma conferência internacional sobre ‘meio ambiente e sociedade’, centrada no tema da educação. A Conferência da Tessalônica seguiu os passos das reuniões anteriores da Unesco - Tbilisi (1977), Jomtien (1990), Toronto (1992), Istambul (1993) - e a série de conferências das Nações Unidas iniciada em 1992 com a Rio-92, seguida pelas de 1994 no Cairo (população), em 1995 em Copenhague (desenvolvimento social) e Beijing (sobre a mulher) e de 1996 em Istambul (assentamentos humanos). Três anos antes, a Unesco havia lançado a iniciativa internacional sobre ‘educação para um futuro sustentável’, reconhecendo que a educação era a ‘chave’ do desenvolvimento sustentável e autônomo.” (GADOTTI, 2000, p. 87) O desenvolvimento sustentável tem um grande componente educativo: a preservação do meio ambiente depende de uma consciência ecológica e a formação da consciência depende da educação. É aqui que entra em cena a ecopedagogia. Ela é uma pedagogia da vivência cotidiana com o outro, portanto, democrática e solidária. A pedagogia tradicional centrava- se na espiritualidade, a pedagogia da escola nova, na democracia e a tecnicista, na neutralidade científica. A ecopedagogia centra-se na relação entre os sujeitos que aprendem juntos “em comunhão” na expressão de Paulo Freire. A ecopedagogia é um movimento que ocorre muito mais fora da escola do que dentro dela, tentando suprir uma lacuna que a educação ambiental deixou ao se limitar ao ambiente externo, ao deixar de confrontar os valores sociais e ao não por em questão o aspecto político da educação e do conhecimento. Como se traduz na educação o princípio da sustentabilidade? Ele se traduz por perguntas como: até que ponto há sentido no que fazemos? Até que ponto nossas ações contribuem para a qualidade de vida dos povos e para a sua felicidade? A sustentabilidade é um princípio reorientador da educação e principalmente dos currículos, objetivos e métodos. 7
  • 8. Colocada neste sentido, a ecopedagogia não é uma pedagogia a mais, ao lado de outras pedagogias. Ela só tem sentido como projeto alternativo global, em que a preocupação não está apenas na preservação da natureza (ecologia natural) ou no impacto das sociedades humanas sobre os ambientes naturais (ecologia social), mas num novo modelo de civilização sustentável do ponto de vista ecológico (ecologia integral) que implica uma mudança nas estruturas econômicas, sociais e culturais. Ela está ligada, portanto, a um projeto utópico: mudar as relações humanas, sociais e ambientais que temos hoje. Aqui está o sentido profundo da ecopedagogia, ou de uma pedagogia da Terra, como a chama Gadotti. Foi durante a realização do Fórum Global 92, no qual se discutiu muito a educação ambiental, que se percebeu a importância de uma pedagogia do desenvolvimento sustentável ou de uma ecopedagogia. Hoje, porém, a ecopedagogia tornou-se um movimento e uma perspectiva da educação maior do que uma pedagogia do desenvolvimento sustentável. Ela está mais para a educação sustentável, para uma eco- educação, que é mais ampla do que a educação ambiental. A educação sustentável não se preocupa apenas com uma relação saudável com o meio ambiente, mas com o sentido mais profundo do que fazemos com a nossa existência, a partir da vida cotidiana. A ecopedagogia não se opõe à educação ambiental. Ao contrário, para a ecopedagogia a educação ambiental é um pressuposto. A ecopedagogia a incorpora e oferece estratégias, propostas e meios para a sua realização concreta. CONCLUSÃO Reconhecemos que a educação sozinha não pode enfrentar os fatores mais determinantes da insustentabilidade: o rápido crescimento da população mundial, a persistência da pobreza generalizada, a expansão de processos industriais predatórios em todo o mundo, a negação da democracia econômica e a violação dos direitos humanos. De maneira simples e direta, o 8
  • 9. fato de que atualmente, 25 % da população do mundo consome 75% dos recursos naturais do planeta. No entanto, a educação concebida não como escolarização pode, e deve, ter um peso na luta pela sustentabilidade econômica, política e social. Processos não formais, informais e formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo positivamente. Reformas educacionais como as de Toronto, no Canadá, já introduzem mudanças na forma de conceberem os conteúdos curriculares, buscando novos elementos para uma alfabetização ambiental. As pedagogias tradicionais, fundadas no princípio da competitividade, da seleção e da classificação, não dão conta da formação de um cidadão que precisa ser mais ativo, cooperativo e criativo. A sensibilização e a formação ético-política de setores, cada vez maiores da opinião pública, são essenciais para deslanchar um processo mais sólido e criar as condições sociais mais propícias que possibilitem a sustentabilidade social e econômica. E essa é a tarefa da ecopedgogia. BIBLIOGRAFIA ALTVATER, Elmar. O preço da Riqueza: pilhagem ambiental e a nova (des)ordem mundial. São Paulo: UNESP, 1995. CEPAL/PNUD. Transformación productiva com equidad. Chile, Santiago: CEPAL, 1990. CORAGGIO, José Luiz. Desenvolvimento Humano e Educação. São Paulo: Cortez/IPF, 1996. FURTADO, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico, Rio de Janeiro: Paz e terra, 1996. (versão da primeira edição de 1974) GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000. INSTITUTO Paulo Freire. Resumos do Primeiro Encontro Internacional da Carta da Terra na Perspectiva da Educação. São Paulo: IPF, 1999. SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento Sustentável. Rio de janeiro: Garamound, 2000. 9