Este documento discute as principais teorias da história, incluindo o positivismo, a Escola dos Annales e a Nova História. Também aborda como diferentes correntes ao longo da história interpretaram o conhecimento histórico, desde a Antiguidade até o século XIX.
2. • A Teoria da Historia é um
campo de estudo que busca
entender as diversas teorias que
envolve o conhecimento
Histórico. Justamente por não ter
uma concepção única de analisar
o passado, todas essas teorias
alimentam vários debates entres
várias concepções.
3. • As correntes mais famosas, e
principais são :
• Positivismo,
• Escola dos Annales,
• Nova História.
4. Positivismo
• foi elaborado por
Augusto Comte no século
XIX. Tal teoria acreditava
que os pesquisadores
deveriam encontrar um
fator que determinasse a
verdadeira história, ela
seria indiscutível e
encontrada nos
documentos
governamentais, que por
isso, nunca estariam
errados.
5. • De acordo com esse pensamento,
apenas as histórias políticas
teriam importância de serem
verificadas;
• Assim, os positivistas, excluem
tudo o que se refere a crenças,
supertiçoes, ou qualquer outra
coisa que não possa ser
comprovada cientificamente.
6. • Pode-se inclusive dizer que o Positivismo
reduz o papel do homem enquanto ser
pensante, crítico, para um mero coletor
de informações e fatos presentes nos
documentos, capazes de fazer-se
entender por sua conta. "Os fatos
históricos falam por si mesmos", dizia
Coulanges, historiador francês.
7. Escola dos Annales
• é uma corrente historiográfica
nascida na França, em torno
da revista “Annales d’histoire
économique et sociale”, e
criada por Marc Bloch e Lucien
Febvre que acreditavam que
era insuficientes a forma com
que a história era tratada.
8. • Tal corrente se destaca por
incorporar métodos das Ciências
Sociais à História, o que ampliou
o quadro das pesquisas históricas
com a incorporação de atividades
até então pouco investigadas,
rompendo assim com a
compartimentação das Ciências
Sociais (História, Sociologia,
Psicologia, Economia, Geografia)
e privilegiando os métodos
pluridisciplinares.
9. Lucien Febvre
• Lucien Febvre enfatiza, em
seu legado intelectual, a
importância e, não obstante,
a necessidade de uma
história engajada que
compreende e faz
compreender, isto é, uma
ciência humana constituída
por fatos e textos, capazes
de questionar e
problematizar a existência
humana…
10. Marc Bloch
• Bloch afirma que o "stock
de documentos", de que a
história dispõe não é
limitado; sugere não utilizar
exclusivamente os
documentos escritos e
recorrer a outros materiais:
arqueológicos, artísticos,
numismáticos, etc. Bloch
não entende apenas
explorar novos
documentos, que também
descobrir novos domínios.
11. Fernand Braudel
• Braudel, de maneira
geral, permanece fiel às
orientações de Lucien
Febvre e de Marc Bloch:
louva a unidade das
ciências humanas,
tenta edificar uma
"história total" e
mantém a ligação entre
o passado e o presente.
12. Nova História
• é a corrente historiográfica
correspondente a terceira
geração da “Escola dos
Annales”. Surgiu nos anos de
1970 e seu nome derivou da
publicação da obra “Fazer a
História”, organizadas pelos
historiógrafos Jacques Le Goff
e Pierre Nova.
13. • Tal corrente é acima de tudo a
historia das mentalidades. Seus
seguidores propõe que se
estabeleça uma historia serial das
estruturas mentais das
sociedades, e cabe ao historiador
a análise dos dados.
14. A História na
Antiguidade
• Os autores clássicos,
como Heródoto,
Tucídides e Políbio
entre os gregos, e Tito
Lívio e Tácito entre os
romanos, como nomes
maiores, incluiram o
facto histórico dentro
das leis imutáveis que
comandam a natureza e
os seus ritmos, à frente
das quais está o ciclo
biológico, pelo qual a
história é um ciclo sem
princípio nem fim .
15. • História Narrativa - O narrador contenta-se
em apresentar os acontecimentos sem
preocupações com as causas, os
resultados ou a própria veracidade
• História Pragmática - Expõe os
acontecimentos com visível preocupação
didática. O historiador quer mudar os
costumes políticos, corrigir os
contemporâneos e o caminho que utiliza é
o de mostrar os erros do passado. Os
gregos Heródoto e Tucídides e o romano
Cícero ("A Historia é a mestra da vida")
representam esta concepção.
16. A História na Idade
Média
• O Cristianismo bipolarizou a história,
concebendo duas linhas de projeção, a
natural e a sobrenatural No entanto,
estas duas projeções dependiam
sempre da vontade superior de Deus, o
que conferia um sentido
transcendental à historiografia de
matriz cristã. Este sentido não é
completamente percebido pelo homem,
mas encaixa-se na fé, ganhando um
sentido de história providencial de
matriz agostiniana.
17. PRINCIPAIS
CORRENTES
• As principais correntes
desta matriz
historiográfica são: a
bíblica, a patrística
(Santo Agostinho, por
exemplo, com a sua
filosofia da história) e a
escolástica, esta já
medieval, teorizada e
desenvolvida por São
Tomás de Aquino. Deus,
a Divina Providência,
era o grande regulador
do devir histórico, da
marcha do mundo na
patine dos tempos.
18. A História depois do
Renascimento
• No Renascimento, dá-se a
laicização da ciência histórica,
afastando-se o facto humano da
teologia, como fez Dante e
Maquiavel .A imprensa será o
grande suporte material, a par
de um certo enriquecimento dos
Estados e o aparecimento de
mecenas e protetores
abastados. Os descobrimentos
de novas terras, a Reforma e a
Reforma Católica pós-Trento
(1545-1563) serão outros
vetores essenciais na evolução
da historiografia renascentista e
na crescente difusão das suas
obras, cada vez em maior
número .
19. • o providencialismo histórico
manteve-se como principal
corrente mesmo nas Luzes, no
século XVIII, embora os
historiadores iluministas tenham
substituído Deus pela Razão e a
salvação espiritual pela natural.
Reforçava-se assim o progresso
do racionalismo baseado na
experiência desde o tempo da
barbárie irracional.
20. A História no século
XIX
• O debate sobre a história era
cada vez mais alargado, com os
filósofos do século XIX a
proporem novas interpretações
acerca do processo histórico. As
teorias idealistas de Kant, que
evidenciou a existência de leis
históricas acima das liberdades
individuais, ou de Fichte, que
baseava a evolução histórica
numa ideia única anterior aos
acontecimentos, realizável na
dialética entre a tese, a antítese e
a síntese e missionando o
historiador para acima de tudo
compreender o presente, foram
conjugadas e sintetizadas por
Hegel na sua Filosofia da História.
21. • História Científica - Agora há uma
preocupação com a verdade, com o
método, com a análise crítica de causas e
consequências, tempo e espaço. Esta
concepção se define a partir da
mentalidade oriunda das ideias filosóficas
que nortearam a Revolução Francesa de
1789. Toma corpo com a discussão
dialética (deHegel e Karl Marx) do século
XIX e se consolida com as teses de Leopold
Von Ranke, criador doRankeanismo, o qual
contesta o chamado "Positivismo Histórico
22. MARXISMO
• Marx, por exemplo,
também não deixou de
interpretar a história,
que considerava como
uma evolução dos
sistemas de produção e
das relações sociais,
apontando as
desigualdades de
repartição da riqueza
como geradores de
conflitos de relações, o
que define o progresso e
o curso da humanidade.
A conceção de história
oscilava, em finais do
século XIX, entre o
positivismo, o marxismo