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Interpretação Historicista do livro de
Daniel




Interpretação Historicista
Aproximadamente no ano de 606 AC, o Império Babilônico dominava o mundo de
então. Nabucodonosor, o rei deste império, havia subjugado o povo de Israel e muitos
foram levados para o cativeiro. Dentre os cativos estava o jovem Daniel, da Tribo de
Judá. Babilônia era uma cidade de beleza e luxo. Seus palácios e Jardins Suspensos se
tornaram uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era cercada por imensos muros e
gigantescas portas, além de um profundo fosso rodeando os muros. Babilônia era
considerada uma cidade inexpugnável. O Rio Eufrates cortava a cidade em diagonal,
sob os muros, fertilizando os maravilhosos jardins. O território que Nabucodonosor
governava tinha tido uma longa e variada história e estado sob o governo de diferentes
povos e reinos. De acordo com o Gênesis, a cidade de Babilônia foi parte do reino
fundado por Nimrod, bisneto de Noé.[1] Nabopolasar (626-605 ac) foi o fundador do que
se chama o Império Caldeu ou Império Neo-Babilônico, o qual teve sua idade de ouro
nos dias do rei Nabucodonosor e durou até que Babilonia caiu nas mãos dos medos-
persas no ano 539.
Nabucodonosor se orgulhava de "sua Babilônia", que ele dizia ter criado por suas
próprias mãos, com a força de seu poder, para glória de sua magnificência.[2] Mas ele se
preocupava em como seria quando ele não fosse mais o governante.
Profecia da estátua de Nabucodonosor

Os estudiosos que defendem esta linha de raciocínio entendem que tema do capítulo 2
de Daniel é essencialmente político. Foi dado, em primeiro lugar, para informar a
Nabucodonosor e assim conseguir sua cooperação com o plano divino. Já a profecia do
capítulo 7, como as do resto do livro, foram dadas especialmente para que o plano
divino, através de todos os séculos, pudesse ser entendido e revelado. Estas profecias
tem como pano de fundo a luta do bem contra o mal. Antes de prosseguir nesta leitura
veja os artigos Simbologia Bíblica e Tabela de Símbolos Bíblicos.

A Cabeça de Ouro

Ele deu ao senhor o domínio em todo o mundo sobre os seres humanos, os animais e as
aves. O senhor é a cabeça feita de ouro.[8]




Os jardins suspensos da Babilónia, como imaginados por Martin Heemskerck.

O Primeiro Reino

Nabucodonosor era a personificação do Império Neobabilônico. As conquistas militares
e o esplendor arquitetônico de Babilonia se deviam, em grande parte, a suas proezas.
Literalmente, Daniel diz que a destacada cabeça de ouro da estátua era o Império
Babilônico representado por seu governante Nabucodonosor.

Ouro

Para embelezar a cidade de Babilonia se tinha usado ouro em abundância. Herodoto
descreve com profusão de termos o resplendor do ouro nos templos sagrados da cidade.
A imagem do deus, o trono sobre o qual estava sentado, a mesa e o altar estavam feitos
de ouro.

Cabeça

Nabucodonosor sobressaía entre os reis da antigüidade.

Peito e Braços de Prata

Depois do seu reino haverá outro, que não será tão poderoso como o seu…[9]
O Segundo Reino




Ciro II permitindo aos Hebreus o retorno e reconstrução de Jerusalém

Este segundo reino da profecia de Daniel é chamado as vezes Império Medo-Persa,
incluía o mais antigo Império Medo e as aquisições mais recentes do conquistador persa
Ciro II. É pouco provável que o segundo reino seja somente o Império Medo, como
alguns sustentam, o que converteria a Império Persa no terceiro reino. O Império Medo
foi contemporâneo do Império Neobabilônico, não seu sucessor. Império Medo caiu
ante Ciro o persa antes da queda da Babilônia. Dario reinou em Babilônia por permissão
do verdadeiro conquistador, Ciro, que derrotou Belsasar da Babilônia. O livro de Daniel
se refere várias vezes à nação que conquistou a Babilônia, à qual Darío representava,
como "os medos e os persas". Segundo Herodoto, Ciro havia dito que era parte Persa e
parte Medo. Ciro, que tinha chegado a ser rei da Persia, derrotou a Astíages dos Medos
no ano 553 ou 550 AC. Assim os persas que anteriormente estavam subordinados aos
medos, chegaram a ter o poder dominante no que tinha sido o Império Medo. Já que os
persas governaram desde o tempo de Ciro em adiante, se os menciona normalmente
como Império Persa. Mas o prestígio mais antigo se refletia na frase "Medos e Persas"
que se aplicava aos conquistadores da Babilonia no tempo de Daniel e ainda mais tarde.
A posição honrosa de Darío depois da conquista da Babilonia demonstra o respeito de
Ciro para com os Medos, ainda que o mesmo detinha realmente o poder.

Prata

Como a prata é inferior ao ouro, o Império Medo-Persa foi inferior ao Neobabilônico.
Ao contrastar os dois reinos, notamos apesar do segundo ter durado mais tempo,
certamente foi inferior em luxo e magnificencia. Os conquistadores medos e persas
adotaram a cultura da complexa civilização babilônica, porque a sua estava muito
menos desenvolvida.
Ventre e Coxas de Bronze

…e depois desse reino haverá ainda outro, um reino de bronze, que dominará o mundo
inteiro. [9]

O Terceiro Reino

O sucessor do Império Medo-Persa foi o Império de Alexandre, o Grande e seus
sucessores. Grécia estava dividida em pequenas cidades-estados que tinham um idioma
comum mas pouca ação unificada. Ao pensar na Grécia antiga, pensamos
principalmente na idade de ouro da civilização grega sob a liderança de Atenas, no
século V ac. Este florecimento da cultura grega seguiu ao período de maior esforço
unido das cidades-estados autônomas, a exitosa defesa de Grécia contra Persia, ao redor
do tempo da rainha Ester. A "Grécia" de Daniel 8:21[10] não se refere às cidades-estados
autônomas do período da Grécia clássica, mas ao posterior reino macedónico que
venceu a Persia. Macedônia, uma nação consanguínea situada ao norte de Grécia
propriamente dita, conquistou as cidades gregas e as incorporou pela primeira vez a um
Estado forte e unificado. Alexandre, depois de ter herdado de seu pai o recém
engrandecido reino grecomacedônico se pôs em marcha para estender a dominação
macedónica e a cultura grega para o oriente e venceu ao Império Persa. A profecia
aprepresenta o reino da Grécia como um reino que viria depois da Persia, porque Grécia
nunca se uniu para formar um reino até a formação do Império Macedónico que
substituiu a Persia como principal poder do mundo desse tempo. O último rei do
Império Persa foi Darío III, que foi derrotado por Alexandre nas batalhas de Granico
(334 ac), Issos (333 ac), e Batalha de Gaugamela (331 ac).

Bronze




O Império de Alexandre Magno

Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos
e machados eram de bronze. Herodoto nos diz que Psamético I do Egito viu nos piratas
gregos que invadiam suas costas o cumprimento de um oráculo que predizia a "homens
de bronze que saem do mar".

Dominará o Mundo Inteiro
A história registra que o domínio de Alexandre se estendeu sobre Macedônia, Grécia e o
Império Persa. Incluiu a Egito e se expandiu pelo oriente até a Índia. Foi o império mais
extenso do mundo antigo até esse tempo. Seu domínio foi "sobre toda a terra" no
sentido de que nenhum poder da terra era igual a ele, e não porque cobrisse todo mundo,
nem ainda toda a terra conhecida nesse tempo. Um "poder mundial" pode definir-se
como aquele que está acima de todos os demais, invencível; não necessariamente
porque governe a todo mundo. As afirmações superlativas eram comumente usadas
pelos reis da antigüidade. Ciro denomina a si mesmo "rei do mundo… e dos quatro
bordes (regiões da terra)".

Pernas de Ferro

Depois, virá um quarto reino, e este será forte como o ferro, que quebra e despedaça
tudo. E assim como o ferro quebra tudo, esse reino destruirá completamente todos os
outros reinos do mundo.[11]
O Quarto Reino




O Coliseu de Roma, Itália

Esta não é a etapa posterior quando se dividiu o império de Alexandre, mas império que
conquistou o mundo macedónico. Muito antes da tradicional data de 753 ac, Roma tinha
sido estabelecida por tribos latinas que tinham vindo a Itália em ondas sucessivas
arredor do tempo em que outras tribos indoeuropeas se tinham estabelecido na Grécia.
Desde aproximadamente no século VIII ac até o V ac a cidade-estado latina foi
governada por reis etruscos vizinhos. A civilização romana foi muito influída pelos
etruscos, que vieram a Itália no século X ac, e especialmente pelos gregos que chegaram
dois séculos mais tarde. Pelo ano 500 ac o Estado romano se converteu em república, e
seguiu sendo-o por quase 500 anos. Em 265 ac toda Itália estava sob o domino romano.
Em 200 ac Roma saiu vitoriosa da luta a morte que tinha sustentado com sua poderosa
rival do norte de África, Cartago (originalmente uma colônia fenicia). Desde então
Roma se fez dona do Mediterrâneo Ocidental e era mais poderosa do que qualquer dos
estados do oriente. Desde então Roma primeiro dominou e depois absorveu, um a um,
os três reinos que sobraram dos sucessores de Alexandre, e assim chegou a ser o
seguinte grande poder mundial depois de Alexandre. Este quarto império foi o que mais
durou e o mais extenso dos quatro, pois no século II dc estendia-se desde Inglaterra até
o Eufrates.
Ferro

Edward Gibbon chamou muito adequadamente Roma de a "monarquia de ferro", ainda
que não era monarquia no tempo em que chegou a ser o principal poder do mundo.

Quebra e Despedaça Tudo

Tudo o que se pôde reconstruir da história romana confirma esta descrição. Roma
ganhou seu território pela força ou pelo temor que infundia seu poderío armado. Ao
princípio interveio em conflitos internacionais numa luta por sobreviver contra seu
rival, Cartago, e se viu assim envolvida numa guerra depois de outra. Achatando a um
adversário depois de outro, chegou a ser finalmente a agressiva e irresistível
conquistadora do mundo mediterrâneo e da Europa Ocidental. No princípio da era
cristã, e um pouco mais tarde, o poder de ferro das legiões romanas respaldava à Pax
Romana (a paz de Roma). Roma era o império maior e mais forte do que o mundo tinha
conhecido até então.

Dedos de Ferro e Barro

Na estátua que o senhor viu, os pés e os dedos dos pés eram metade de ferro e metade
de barro. Isso quer dizer que esse reino será dividido, mas terá alguma coisa da força
do ferro; pois, como o senhor viu, o ferro estava misturado com barro.[12]

O Quinto Reino

Ainda que menciona aos dedos, Daniel não chama especificamente atenção a seu
número. Declara que o reino seria dividido.Isso significa que esse Reino representa a
forma de governo em que se encontra a sociedade humana dividida, com alguns reinos
fortes como o ferro e outros frágeis como o barro.

Barro e Ferro, Fraco e Forte

Roma tinha perdido sua tenacidade e força férreas, e seus sucessores eram
manifestamente débeis, isto significa que Roma permaneceria até os dias de hoje,
contudo como mistura dela (Ferro)com o barro, sabemos que não existe mais
atualmente o império Romano, e sim o que sobrou dele, o papado. Também existia uma
parte forte. Os reinos bárbaros diferiam grandemente em valor militar, como o diz
Gibbon ao referir-se a "as poderosas monarquias dos francos e os visigodos, e os reinos
subordinados dos suevos e burgundios".

Não Ficarão Unidos

Os versos 42[13] e 43[14] dizem: "Como os artelhos dos pés eram, em parte de ferro e em
parte de barro, assim, por uma parte o reino será forte e, por outra, será frágil.
Quando ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante
casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o
barro.".

A profecia de Daniel suportou a prova do tempo. Algumas potências mundiais foram
débeis, outras fortes. O nacionalismo continuou com vigor. As tentativas de converter
num império único e grande as diversas nações que surgiram do quarto império
terminaram no fracasso. Certas seções se uniram transitoriamente, mas a união não
resultou nem pacífica nem permanente. Existiram também muitas alianças políticas
entre as nações. Mas todas essas tentativas se frustraram. A profecia não declara
especificamente que não poderia ter uma união transitória de vários elementos, por meio
da força das armas ou de uma dominação política. No entanto, afirma que se tentasse ou
se conseguisse formar tal união, as nações que a integrassem não funcionariam
organicamente, e continuariam com seus receios mútuos e hostis. Uma federação
formada sobre tal fundamento está condenada à ruína. O sucesso passageiro de algum
ditador ou de alguma nação não deve assinalar-se como o fracasso da profecia de
Daniel.

A Pedra

O verso 44 diz: No tempo desses reis, o Deus do céu fará aparecer um reino que nunca
será destruído, nem será conquistado por outro reino. Pelo contrário, esse reino
acabará com todos os outros e durará para sempre.[15]
É isso o que quer dizer a pedra que o rei viu soltar-se da montanha, sem que ninguém a
tivesse empurrado, e que despedaçou a estátua feita de ferro, bronze, prata, barro e
ouro. O Grande Deus está revelando ao senhor o que vai acontecer no futuro. Foi este
o sonho que o senhor teve, e esta é a explicação certa.[16]

Fará Aparecer um Reino

Alguns estudiosos apresentam este detalhe da profecia uma predição da primeira
chegada de Cristo e da posterior conquista do mundo pelo Evangelho. Outros estudiosos
afirmam que isto é improvável porque este novo "Reino" não devia coexistir com
nenhum daqueles quatro reinos; devia suceder à fase do ferro e barro misturados, que
ainda não existiam quando Cristo esteve na terra. Segundo eles o reino de Deus ainda
estava por vir, como Jesus afirmou a seus discípulos. Esta linha de interpretação
defende a idéia que este último Reino será estabelecido quando Cristo voltar para
resgatar aqueles que O aceitaram como
Salvador.http://www.sbb.org.br/bibliaonline/biblia_completa2.asp?cv=2&livro=121&ca
p=4&ver=1 II Timóteo. 4:1]; Mat.25:31-34. Também há a possibilidade de esta pedra
ser um movimento intelectual como foi o helenismo, pode ser o domínio religioso
universal, pode ser um movimento político de nacionalismo, há muitas possiblidades
não avaliadas pelos estudiosos que aceitam a interpretação cristã .

Significado para 'Pedra'

Em Aramaico 'ében', é uma palavra idêntica a palavra 'ében' do Hebraico. Sua tradução
é "pedra", e é usada para referir-se a lousas, pedras para atirar com funda, pedras
talhadas, vasilhas de pedra, pedras preciosas. A palavra 'rocha' é usada freqüentemente
na bíblia como uma referência a Deus (Deut. 32:4, 18;1 Sam. 2:2; etc.). Esta palavra
'rocha' vem da palavra hebraica 'tsur'. A palavra usada no original por Daniel foi 'tsur' e
não 'eben'. Daniel é claro em sua interpretação para Nabucodonosor pois apresenta e
descreve todos os símbolos usados na profecia.

Sem que Ninguém a Tivesse Empurrado
Muitos comentatistas acreditam que este é um indício de que este último reino tem
origem sobrehumana. Acreditam que o último Reino não será fundado pelas hábeis
mãos dos homens, mas pela poderosa mão de Deus. Assim como todo reino é
estabelecido por Deus, este novo movimento também será estabelecido por Deus… Não
precisará necessáriamente ser sobrenatural, mas certamente será universal…

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Interpretação historicista do livro de daniel

  • 1. Interpretação Historicista do livro de Daniel Interpretação Historicista Aproximadamente no ano de 606 AC, o Império Babilônico dominava o mundo de então. Nabucodonosor, o rei deste império, havia subjugado o povo de Israel e muitos foram levados para o cativeiro. Dentre os cativos estava o jovem Daniel, da Tribo de
  • 2. Judá. Babilônia era uma cidade de beleza e luxo. Seus palácios e Jardins Suspensos se tornaram uma das sete maravilhas do mundo antigo. Era cercada por imensos muros e gigantescas portas, além de um profundo fosso rodeando os muros. Babilônia era considerada uma cidade inexpugnável. O Rio Eufrates cortava a cidade em diagonal, sob os muros, fertilizando os maravilhosos jardins. O território que Nabucodonosor governava tinha tido uma longa e variada história e estado sob o governo de diferentes povos e reinos. De acordo com o Gênesis, a cidade de Babilônia foi parte do reino fundado por Nimrod, bisneto de Noé.[1] Nabopolasar (626-605 ac) foi o fundador do que se chama o Império Caldeu ou Império Neo-Babilônico, o qual teve sua idade de ouro nos dias do rei Nabucodonosor e durou até que Babilonia caiu nas mãos dos medos- persas no ano 539. Nabucodonosor se orgulhava de "sua Babilônia", que ele dizia ter criado por suas próprias mãos, com a força de seu poder, para glória de sua magnificência.[2] Mas ele se preocupava em como seria quando ele não fosse mais o governante.
  • 3.
  • 4. Profecia da estátua de Nabucodonosor Os estudiosos que defendem esta linha de raciocínio entendem que tema do capítulo 2 de Daniel é essencialmente político. Foi dado, em primeiro lugar, para informar a Nabucodonosor e assim conseguir sua cooperação com o plano divino. Já a profecia do capítulo 7, como as do resto do livro, foram dadas especialmente para que o plano divino, através de todos os séculos, pudesse ser entendido e revelado. Estas profecias tem como pano de fundo a luta do bem contra o mal. Antes de prosseguir nesta leitura veja os artigos Simbologia Bíblica e Tabela de Símbolos Bíblicos. A Cabeça de Ouro Ele deu ao senhor o domínio em todo o mundo sobre os seres humanos, os animais e as aves. O senhor é a cabeça feita de ouro.[8] Os jardins suspensos da Babilónia, como imaginados por Martin Heemskerck. O Primeiro Reino Nabucodonosor era a personificação do Império Neobabilônico. As conquistas militares e o esplendor arquitetônico de Babilonia se deviam, em grande parte, a suas proezas. Literalmente, Daniel diz que a destacada cabeça de ouro da estátua era o Império Babilônico representado por seu governante Nabucodonosor. Ouro Para embelezar a cidade de Babilonia se tinha usado ouro em abundância. Herodoto descreve com profusão de termos o resplendor do ouro nos templos sagrados da cidade. A imagem do deus, o trono sobre o qual estava sentado, a mesa e o altar estavam feitos de ouro. Cabeça Nabucodonosor sobressaía entre os reis da antigüidade. Peito e Braços de Prata Depois do seu reino haverá outro, que não será tão poderoso como o seu…[9]
  • 5. O Segundo Reino Ciro II permitindo aos Hebreus o retorno e reconstrução de Jerusalém Este segundo reino da profecia de Daniel é chamado as vezes Império Medo-Persa, incluía o mais antigo Império Medo e as aquisições mais recentes do conquistador persa Ciro II. É pouco provável que o segundo reino seja somente o Império Medo, como alguns sustentam, o que converteria a Império Persa no terceiro reino. O Império Medo foi contemporâneo do Império Neobabilônico, não seu sucessor. Império Medo caiu ante Ciro o persa antes da queda da Babilônia. Dario reinou em Babilônia por permissão do verdadeiro conquistador, Ciro, que derrotou Belsasar da Babilônia. O livro de Daniel se refere várias vezes à nação que conquistou a Babilônia, à qual Darío representava, como "os medos e os persas". Segundo Herodoto, Ciro havia dito que era parte Persa e parte Medo. Ciro, que tinha chegado a ser rei da Persia, derrotou a Astíages dos Medos no ano 553 ou 550 AC. Assim os persas que anteriormente estavam subordinados aos medos, chegaram a ter o poder dominante no que tinha sido o Império Medo. Já que os persas governaram desde o tempo de Ciro em adiante, se os menciona normalmente como Império Persa. Mas o prestígio mais antigo se refletia na frase "Medos e Persas" que se aplicava aos conquistadores da Babilonia no tempo de Daniel e ainda mais tarde. A posição honrosa de Darío depois da conquista da Babilonia demonstra o respeito de Ciro para com os Medos, ainda que o mesmo detinha realmente o poder. Prata Como a prata é inferior ao ouro, o Império Medo-Persa foi inferior ao Neobabilônico. Ao contrastar os dois reinos, notamos apesar do segundo ter durado mais tempo, certamente foi inferior em luxo e magnificencia. Os conquistadores medos e persas adotaram a cultura da complexa civilização babilônica, porque a sua estava muito menos desenvolvida.
  • 6. Ventre e Coxas de Bronze …e depois desse reino haverá ainda outro, um reino de bronze, que dominará o mundo inteiro. [9] O Terceiro Reino O sucessor do Império Medo-Persa foi o Império de Alexandre, o Grande e seus sucessores. Grécia estava dividida em pequenas cidades-estados que tinham um idioma comum mas pouca ação unificada. Ao pensar na Grécia antiga, pensamos principalmente na idade de ouro da civilização grega sob a liderança de Atenas, no século V ac. Este florecimento da cultura grega seguiu ao período de maior esforço unido das cidades-estados autônomas, a exitosa defesa de Grécia contra Persia, ao redor do tempo da rainha Ester. A "Grécia" de Daniel 8:21[10] não se refere às cidades-estados autônomas do período da Grécia clássica, mas ao posterior reino macedónico que venceu a Persia. Macedônia, uma nação consanguínea situada ao norte de Grécia propriamente dita, conquistou as cidades gregas e as incorporou pela primeira vez a um Estado forte e unificado. Alexandre, depois de ter herdado de seu pai o recém engrandecido reino grecomacedônico se pôs em marcha para estender a dominação macedónica e a cultura grega para o oriente e venceu ao Império Persa. A profecia aprepresenta o reino da Grécia como um reino que viria depois da Persia, porque Grécia nunca se uniu para formar um reino até a formação do Império Macedónico que substituiu a Persia como principal poder do mundo desse tempo. O último rei do Império Persa foi Darío III, que foi derrotado por Alexandre nas batalhas de Granico (334 ac), Issos (333 ac), e Batalha de Gaugamela (331 ac). Bronze O Império de Alexandre Magno Os soldados gregos se distinguiam por sua armadura de bronze. Seus capacetes, escudos e machados eram de bronze. Herodoto nos diz que Psamético I do Egito viu nos piratas gregos que invadiam suas costas o cumprimento de um oráculo que predizia a "homens de bronze que saem do mar". Dominará o Mundo Inteiro
  • 7. A história registra que o domínio de Alexandre se estendeu sobre Macedônia, Grécia e o Império Persa. Incluiu a Egito e se expandiu pelo oriente até a Índia. Foi o império mais extenso do mundo antigo até esse tempo. Seu domínio foi "sobre toda a terra" no sentido de que nenhum poder da terra era igual a ele, e não porque cobrisse todo mundo, nem ainda toda a terra conhecida nesse tempo. Um "poder mundial" pode definir-se como aquele que está acima de todos os demais, invencível; não necessariamente porque governe a todo mundo. As afirmações superlativas eram comumente usadas pelos reis da antigüidade. Ciro denomina a si mesmo "rei do mundo… e dos quatro bordes (regiões da terra)". Pernas de Ferro Depois, virá um quarto reino, e este será forte como o ferro, que quebra e despedaça tudo. E assim como o ferro quebra tudo, esse reino destruirá completamente todos os outros reinos do mundo.[11] O Quarto Reino O Coliseu de Roma, Itália Esta não é a etapa posterior quando se dividiu o império de Alexandre, mas império que conquistou o mundo macedónico. Muito antes da tradicional data de 753 ac, Roma tinha sido estabelecida por tribos latinas que tinham vindo a Itália em ondas sucessivas arredor do tempo em que outras tribos indoeuropeas se tinham estabelecido na Grécia. Desde aproximadamente no século VIII ac até o V ac a cidade-estado latina foi governada por reis etruscos vizinhos. A civilização romana foi muito influída pelos etruscos, que vieram a Itália no século X ac, e especialmente pelos gregos que chegaram dois séculos mais tarde. Pelo ano 500 ac o Estado romano se converteu em república, e seguiu sendo-o por quase 500 anos. Em 265 ac toda Itália estava sob o domino romano. Em 200 ac Roma saiu vitoriosa da luta a morte que tinha sustentado com sua poderosa rival do norte de África, Cartago (originalmente uma colônia fenicia). Desde então Roma se fez dona do Mediterrâneo Ocidental e era mais poderosa do que qualquer dos estados do oriente. Desde então Roma primeiro dominou e depois absorveu, um a um, os três reinos que sobraram dos sucessores de Alexandre, e assim chegou a ser o seguinte grande poder mundial depois de Alexandre. Este quarto império foi o que mais durou e o mais extenso dos quatro, pois no século II dc estendia-se desde Inglaterra até o Eufrates.
  • 8. Ferro Edward Gibbon chamou muito adequadamente Roma de a "monarquia de ferro", ainda que não era monarquia no tempo em que chegou a ser o principal poder do mundo. Quebra e Despedaça Tudo Tudo o que se pôde reconstruir da história romana confirma esta descrição. Roma ganhou seu território pela força ou pelo temor que infundia seu poderío armado. Ao princípio interveio em conflitos internacionais numa luta por sobreviver contra seu rival, Cartago, e se viu assim envolvida numa guerra depois de outra. Achatando a um adversário depois de outro, chegou a ser finalmente a agressiva e irresistível conquistadora do mundo mediterrâneo e da Europa Ocidental. No princípio da era cristã, e um pouco mais tarde, o poder de ferro das legiões romanas respaldava à Pax Romana (a paz de Roma). Roma era o império maior e mais forte do que o mundo tinha conhecido até então. Dedos de Ferro e Barro Na estátua que o senhor viu, os pés e os dedos dos pés eram metade de ferro e metade de barro. Isso quer dizer que esse reino será dividido, mas terá alguma coisa da força do ferro; pois, como o senhor viu, o ferro estava misturado com barro.[12] O Quinto Reino Ainda que menciona aos dedos, Daniel não chama especificamente atenção a seu número. Declara que o reino seria dividido.Isso significa que esse Reino representa a forma de governo em que se encontra a sociedade humana dividida, com alguns reinos fortes como o ferro e outros frágeis como o barro. Barro e Ferro, Fraco e Forte Roma tinha perdido sua tenacidade e força férreas, e seus sucessores eram manifestamente débeis, isto significa que Roma permaneceria até os dias de hoje, contudo como mistura dela (Ferro)com o barro, sabemos que não existe mais atualmente o império Romano, e sim o que sobrou dele, o papado. Também existia uma parte forte. Os reinos bárbaros diferiam grandemente em valor militar, como o diz Gibbon ao referir-se a "as poderosas monarquias dos francos e os visigodos, e os reinos subordinados dos suevos e burgundios". Não Ficarão Unidos Os versos 42[13] e 43[14] dizem: "Como os artelhos dos pés eram, em parte de ferro e em parte de barro, assim, por uma parte o reino será forte e, por outra, será frágil. Quando ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.". A profecia de Daniel suportou a prova do tempo. Algumas potências mundiais foram débeis, outras fortes. O nacionalismo continuou com vigor. As tentativas de converter
  • 9. num império único e grande as diversas nações que surgiram do quarto império terminaram no fracasso. Certas seções se uniram transitoriamente, mas a união não resultou nem pacífica nem permanente. Existiram também muitas alianças políticas entre as nações. Mas todas essas tentativas se frustraram. A profecia não declara especificamente que não poderia ter uma união transitória de vários elementos, por meio da força das armas ou de uma dominação política. No entanto, afirma que se tentasse ou se conseguisse formar tal união, as nações que a integrassem não funcionariam organicamente, e continuariam com seus receios mútuos e hostis. Uma federação formada sobre tal fundamento está condenada à ruína. O sucesso passageiro de algum ditador ou de alguma nação não deve assinalar-se como o fracasso da profecia de Daniel. A Pedra O verso 44 diz: No tempo desses reis, o Deus do céu fará aparecer um reino que nunca será destruído, nem será conquistado por outro reino. Pelo contrário, esse reino acabará com todos os outros e durará para sempre.[15] É isso o que quer dizer a pedra que o rei viu soltar-se da montanha, sem que ninguém a tivesse empurrado, e que despedaçou a estátua feita de ferro, bronze, prata, barro e ouro. O Grande Deus está revelando ao senhor o que vai acontecer no futuro. Foi este o sonho que o senhor teve, e esta é a explicação certa.[16] Fará Aparecer um Reino Alguns estudiosos apresentam este detalhe da profecia uma predição da primeira chegada de Cristo e da posterior conquista do mundo pelo Evangelho. Outros estudiosos afirmam que isto é improvável porque este novo "Reino" não devia coexistir com nenhum daqueles quatro reinos; devia suceder à fase do ferro e barro misturados, que ainda não existiam quando Cristo esteve na terra. Segundo eles o reino de Deus ainda estava por vir, como Jesus afirmou a seus discípulos. Esta linha de interpretação defende a idéia que este último Reino será estabelecido quando Cristo voltar para resgatar aqueles que O aceitaram como Salvador.http://www.sbb.org.br/bibliaonline/biblia_completa2.asp?cv=2&livro=121&ca p=4&ver=1 II Timóteo. 4:1]; Mat.25:31-34. Também há a possibilidade de esta pedra ser um movimento intelectual como foi o helenismo, pode ser o domínio religioso universal, pode ser um movimento político de nacionalismo, há muitas possiblidades não avaliadas pelos estudiosos que aceitam a interpretação cristã . Significado para 'Pedra' Em Aramaico 'ében', é uma palavra idêntica a palavra 'ében' do Hebraico. Sua tradução é "pedra", e é usada para referir-se a lousas, pedras para atirar com funda, pedras talhadas, vasilhas de pedra, pedras preciosas. A palavra 'rocha' é usada freqüentemente na bíblia como uma referência a Deus (Deut. 32:4, 18;1 Sam. 2:2; etc.). Esta palavra 'rocha' vem da palavra hebraica 'tsur'. A palavra usada no original por Daniel foi 'tsur' e não 'eben'. Daniel é claro em sua interpretação para Nabucodonosor pois apresenta e descreve todos os símbolos usados na profecia. Sem que Ninguém a Tivesse Empurrado
  • 10. Muitos comentatistas acreditam que este é um indício de que este último reino tem origem sobrehumana. Acreditam que o último Reino não será fundado pelas hábeis mãos dos homens, mas pela poderosa mão de Deus. Assim como todo reino é estabelecido por Deus, este novo movimento também será estabelecido por Deus… Não precisará necessáriamente ser sobrenatural, mas certamente será universal…