1. 10 livros para se ler
David Ferreira de Souza Nº 14
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2. 10 livros
• Vidas Secas – Graciliano Ramos
• Eu - Augusto dos Anjos
• O Cortiço - Aluísio Azevedo
• O Vampiro de Curitiba - Dalton Trevisan
• O Analista de Bagé – Luiz Fernando Veríssimo
• Nova Antologia Poética – Mário Quintana
• Baú de Ossos - Pedro Nava
• O Ateneu – Raul Pompéia
• 200 Crônicas Escolidas – Rubem Braga
• Poema Sujo – Ferreira Gullar
3. Vidas Secas – Graciliano Ramos
• "Vidas Secas", romance publicado em 1938, retrata a
vida miserável de uma família de retirantes sertanejos
obrigada a se deslocar de tempos em tempos para
áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à
segunda fase modernista, conhecida como regionalista,
e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas
criações da época.
O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa
principalmente por meio do uso econômico dos
adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus
efeitos sobre as pessoas que ali estão.
4. Eu - Augusto dos Anjos
• Eu, única obra de Augusto dos Anjos, reúne sua obra poética. De
linguagem cientificista (a minha edição tem "só" 373 notas de fim), o
poeta mostra uma obsessão com a morte simultânea a sua aversão
a ela. Fala de si mesmo, da doença que o vitimou (tuberculose), da
humanidade, dos sentimentos, do banal; tudo pessimismo,
linguagem e técnica impecável.
• O vocabulário e as imagens poéticas, que incluem expressões
como "escarra esta boca que te beija", levaram os críticos da época
a considerá-lo um poeta de mau gosto; não é verdade. Augusto dos
Anjos em Eu demonstra uma visão de mundo como a de Machado
que não se manifesta do mesmo modo sutil, mas é igualmente
poderosa. Parnasiano na forma e simbolista nas imagens, Augusto
dos Anjos é um pré-modernista e mostra nesta obra por seu estilo
único e inconfundível.
5. O Cortiço - Aluísio Azevedo
• O Cortiço é um livro que foi escrito no ano de 1890, por Aluísio de
Azevedo. Na época do seu lançamento, chegou a ofuscar livros de autores
como Machado de Assis, devido a pertencer a escola naturalista, de grande
prestígio na Europa.
• A obra O Cortiço é narrada em terceira pessoa, com o narrador onisciente,
ou seja, que tem conhecimento de todos os acontecimentos. O narrador
tem total poder na estrutura da história e aparentemente parece ser
imparcial, mas na realidade ele entra diretamente em diversos pontos da
narrativa.
• O tempo é trabalhado de modo linear, com início, desenvolvimento e final
da narrativa. A história se passa no Brasil, durante o século XIX, sem data
precisas. Há dois ambientes que são explorados no livro: o cortiço e o
sobrado do comerciante Miranda e sua família, que fica ao lado do cortiço.
• O Cortiço conta a história do caminho que João Romão percorre para ficar
rico. Para conseguir atingir esse objetivo, ele, que é o dono do cortiço,
explora os seus empregados e até comete furtos. A sua amante, Bertoleza,
trabalha continuamente, sem folgas ou descansos.
6. • Ao lado do cortiço mora Miranda, um comerciante bem sucedido, que entra
em disputacom João Romão por uma braça de terra que quer comprar para
aumentar o seu quintal. Como eles não entram em acordo, eles rompem
relações. Movido por uma extrema inveja de Miranda, João passa a
trabalhar arduamente para conseguir ficar mais rico do que o seu rival.
Quando Miranda recebe o título de barão, aos poucos João percebe que
não basta apenas ganhar dinheiro, mas também participar ativamente da
vida burguesa, como ler livros e ir ao teatro, por exemplo.
• O relacionamento entre Miranda e João Romão melhora quando João
passa a tentar imitar as conquistas do rival, tanto que o cortiço passa a ser
um lugar mais organizado e agradável e passa a se chamar Vila João
Romão. João começa uma amizade com Miranda e pede a mão de sua
filha em casamento, mas tem Bertoleza atrapalhando os seus planos.
• Dessa forma, João a denuncia como escrava fugida, e em um ato de
desespero, ela acaba cometendo o suicídio. Assim, ele fica livre para se
casar e se encerra O Cortiço.
7. O Vampiro de Curitiba - Dalton
Trevisan
• Dedicando-se quase exclusivamente ao conto, Dalton Trevisan acabou
consagrando-se como mestre da narrativa curta. Com inúmeros prêmios na
bagagem, continua recusando a fama. Estima a reclusão e o anonimato.
Enclausura-se na sua casa, não cede o número do telefone e não recebe
visitas. Cerca-o tamanho ar de mistério que recebeu o apelido de O
Vampiro de Curitiba, título de seu livro mais famoso.
A obra apresenta uma série de relatos em torno do protagonista Nelsinho,
rapaz que vaga pela cidade em busca de sexo e de afeto. Ele segue e
assedia velhinhas, matronas, viúvas de preto, normalistas e prostitutas. O
jovem, assim como o vampiro, é vítima da repetição infinita de seus
desejos, o que só lhe agrava o quadro de solidão: "Tem piedade, Senhor,
são tantas, eu tão sozinho". Nelsinho tanto pode ser um único personagem
como vários, representados pelo mesmo nome. De todo modo, por meio
desse anti-herói vampiresco, ao leitor descortina-se o panorama de uma
cidade decaída, onde se esconde um vampiro no fundo de cada "filho de
família". Na forma, um estilo ferino e cortante:
8. • "Ai, me dá vontade até de morrer. Veja só a boquinha dela como está pedindo beijo-
beijo de virgem é mordida de taturana. Você grita vinte e quatro horas e desmaia
feliz. É das que molham os lábios com a ponta da língua para ficar mais excitante
(...). Se eu fosse me chegando perto, como quem não quer nada-ah, querida, é
apenas uma folha seca ao vento-e me encostasse bem devagar na safadinha..."
Nascido em Curitiba em 1925, Dalton Jérson Trevisan estudou direito, profissão que
logo abandonou. Trabalhando depois na fábrica da família, foi vítima de um acidente
grave, que o levou ao hospital por um mês. O episódio marcou-lhe a vida: ainda sob
o efeito do medo de morrer, escreveu sua primeira novela. Em 1946, fundou a revista
literária Joaquim. Além de apresentar traduções de Proust, Joyce, Kafka e Gide, a
publicação reunia ensaios assinados por Antonio Candido, Mário de Andrade e Otto
Maria Carpeaux e poemas até então inéditos, como O Caso do Vestido, de Carlos
Drummond de Andrade. Em 1959, a editora José Olympio publica suas Novelas
Nada Exemplares, compilando uma produção de duas décadas com a qual
conquistou público e crítica. Várias outras coletâneas se seguiram: Cemitério de
Elefantes (1964) e O Vampiro de Curitiba (1965).
9. • Com o passar do tempo, as histórias de Trevisan se
tornam cada vez mais curtas; sua linguagem, mais
breve e concisa. Nesse estilo cada vez mais
condensado, muitos de seus personagens são
chamados simplesmente de João e Maria: são ao
mesmo tempo qualquer pessoa e cada um de nós. No
entender do tradutor Gregory Rabassa, "Trevisan segue
o caminho de Machado de Assis, que considera o
escritor um clássico da língua portuguesa e que, em
nome da realidade, detestava o realismo, essa
convenção cinzenta que aprendemos a confundir com o
real". Entre seus outros escritos acham-se Guerra
Conjugal (1969), A Polaquinha (1985) e Pico na Veia
(2002).
10. O Analista de Bagé – luiz Fernando
Veríssimo
• Poucos personagens, em toda a história da literatura brasileira, alcançaram a
repercussão e a admiração popular como o analista de Bagé, que se declara
"freudiano de colá decalco” e "mais ortodoxo do que rótulo de Maizena”. Apenas oito
meses depois que Luis Fernando Verissimo lançou O Analista de Bagé, em 1981, a
obra atingiu a marca da 50a edição e de 160 mil exemplares vendidos.
Irônicos e diretos, com algumas pitadas de reflexão social, os textos de O Analista de
Bagé trazem à tona os bastidores do consultório de um hilário psicanalista gaúcho,
que faz uso de conhecimentos pseudocientíficos aliados à sabedoria popular dos
pampas para auxiliar seus pacientes a resolver seus anseios. O analista sempre os
recepciona com um quente chimarrão ("pra clarear a urina e as idéias”), de
bombachas e "pé no chão”, e até recorre a técnicas mais heterodoxas, para
dinamizar a sessão. Por exemplo, não concebe mais que o paciente fale enquanto o
analista cochila. Também inventou a análise em grupo com gaiteiro, "pra indiada se
soltá”. Não hesita em utilizar métodos ainda menos convencionais, como joelhaços,
em alguns casos mais recalcitrantes. E costuma recorrer aos bons préstimos de sua
benévola assistente, Lindaura, a que "recebe e dá”.
11. • Politicamente correto? Nem pensar! É do choque entre a fala e os costumes regionais e a
sociedade pretensamente moderna e científica que deriva grande parte da graça das crônicas,
nas quais se percebe também uma crítica velada aos falsos valores morais, à política e ao
machismo. Como em todos os textos de Verissimo, a linguagem é muito clara, direta, coloquial,
beirando o estilo jornalístico, mas sem que se abra mão do estilo humorístico inconfundível. O
autor é mestre na criação do diálogo ágil e de tipos antológicos. Além do analista, podem ser
citados a Mulher do Silva e a Velhinha de Taubaté, uma boa senhora que passa grande parte de
seus dias numa cadeira de balanço assistindo ao Brasil pela televisão e é (ou era, pois acabou
morrendo de desgosto diante do quadro político do país, em 2005) "o último bastião da
credulidade nacional”.
Nascido em 1936, filho do escritor Erico Verissimo, Luis Fernando é gaúcho de Porto Alegre e
um dos mais conhecidos cronistas contemporâneos do país. Cursou o Instituto Porto Alegre e a
Theodore Roosevelt High School, em Washington. Começou a carreira na imprensa em 1966,
trabalhando no jornal Zero Hora. Foi tradutor, redator publicitário e quase se dedicou a tocar
saxofone. No início da década de 70, passou a trabalhar na Folha da Manhã, jornal que viria a
se tornar Folha de S.Paulo. Em 1973 lançou seu primeiro livro, O Popular, uma coleção de
crônicas e charges. Daí em diante, o sucesso editorial cresceu vertiginosamente. Vieram os
êxitos de O Amor Brasileiro (1977), O Analista de Bagé e O Gigolô das Palavras (1982). O autor
se tornou ainda mais conhecido pelo público quando passou a assinar uma página na revista
Veja, em 1982. Seus livros estão entre os mais vendidos do Brasil.
12. Nova Antologia Poética – Mario
Quintana
• O poeta gaúcho Mario Quintana, cujo centenário se comemorou em 2006, foi se
tornando, a partir dos anos 1960, cada vez mais conhecido e cada vez mais
apreciado por um número maior de leitores - o que sua morte, em 1994, apenas
reforçou. Foi por isso, e em respeito a sua vasta obra, que a Editora Globo passou a
reeditá-la, a partir de 2005, de modo sistemático, na Coleção Mário Quintana,
coordenada por Tânia Franco Carvalhal, que responde, nesta Nova antologia poética
(17º. título da coleção, 220 pp.), também pela bibliografia e pela cronologia. O
volume conta, ainda, com um alentado prefácio do poeta Eucanaã Ferraz. A extensa
obra de Mario Quintana não é fácil de classificar, por ter adotado todas as formas da
poesia verbal, do soneto ao poema em prosa, passando pelo verso livre. Se isto é
verdade para a obra em geral, é ainda mais verdade para uma antologia. Mario
Quintana é filho do modernismo de 1922. Daí o coloquialismo, a variedade formal, a
ironia, a urbanidade. Não por acaso, seu estilo tem algo de Bandeira, mas também
de Drummond. Ao mesmo tempo, deles se afasta, e também se afasta do próprio
modernismo (ao menos sob um aspecto), ao eliminar o ceticismo que o marca.
Quintana é um poeta que crê na poesia. Quintana tem na palavra poética uma amiga
e uma aliada. Essa aliança, ele a transmite a seu público, que não tem, portanto, de
“lutar” para lê-lo, como com os demais poetas modernos, em graus variados de atrito
com as asperezas do texto. Não há asperezas emQuintana. Sua suavidade, porém,
é temperada pela lucidez. Há, na verdade, uma iconoclastia suave em Quintana,
apesar de iconoclastia e suavidade não serem comumente miscíveis. Daí se começa
a perceber onde está sua arte.
13. Baú de Ossos - Pedro Nava
• Pletórico e envolvente na melhor tradição dos grandes ciclos romanescos, Baú de
ossosreconstitui a genealogia dos antepassados e os primeiros anos da infância do
autor. Amigo de escritores, políticos e intelectuais eminentes como Carlos
Drummond de Andrade, Juscelino Kubitschek e Afonso Arinos de Melo Franco,
descendente de famílias ilustres de Minas Gerais e do Ceará, testemunha
privilegiada da história do Brasil no século XX, médico respeitado no país e no
exterior, o juiz-forano Pedro Nava deu início à redação de suas memórias em 1968,
aos 65 anos. Até então um “poeta bissexto” - na célebre designação de Manuel
Bandeira -, quase desconhecido fora dos restritos círculos modernistas, Nava
assombrou o país em 1972 com a publicação da primeira parte da saga, Baú de
ossos. O livro, ao qual se seguiriam outros cinco extensos títulos e um volume
póstumo, impressionou público e crítica pela maestria de sua escrita, que em muitos
momentos se aproxima da melhor ficção, e pela precisão da reconstituição dos
detalhes do passado mais remoto.
Muito além de uma mera crônica autobiográfica, Nava realiza um vasto panorama da
sociedade e da cultura brasileiras no século XIX e no início do século XX. Baú de
ossos se inicia com a descrição dos antecedentes genealógicos da família do autor,
divididos entre Minas, o Nordeste e os burgos e castelos europeus onde viveram
seus antepassados aristocráticos. Em seguida, sempre entremeando fatos históricos,
observações pitorescas e anedotas familiares com suas primeiras lembranças, o
autor narra acontecimentos vividos até seus oito anos de idade, marcados pela
traumática morte de seu pai.
14. O Ateneu – Raul Pompéia
• O texto é em primeira pessoa e Sérgio, já adulto, relata a
convivência em um internato, intitulado Ateneu, um ambiente
corrupto e moralista, sendo dirigido pelo Dr. Aristarco, um homem
que visava apenas o lucro e o ganho de bens materiais, então
diretor do colégio. A cena pioneira do romance relata a ida do
jovem para o internato. Seu pai o leva de encontro a um novo
ambiente. Ele irá encontrar novas pessoas, até então imaturas nas
suas ações, e Sérgio deve “encontrar o mundo” como afirmava o
pai. É a típica cena de paternidade da época: o pai anseia em ver o
filho pródigo com um futuro promissor, procura um internato para
enquadrá-lo às cobranças de um mundo exigente e esmagador.
“Coragem para a luta”, dizia seu pai.
15. 200 Crônicas Escolhidas – Rubem
Braga
• As Meninas e Eu
• Estava de pé na praia. Podia ser um momento feliz, em si mesmo talvez
fosse; e aquele singelo quadro de beleza me fez bem; mas uma fina,
indefinível tido azul, as duas meninas rindo, saltando com seus vestidos
colados ao corpo, brilhando ao sol; o vento. . .
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• Quando ele foi repórter da frente de batalha.
• A Menina Silvana
• A menina estava quase inteiramente nua, porque cinco ou seis estilhaços
de uma granada alemã a haviam atingido em várias partes do corpo. Os
médicos e os enfermeiros, acostumados a cuidar rudes corpos de homens,
inclinavam-se sob a lâmpada para extrair os pedaços de aço que haviam
dilacerado aquele corpo branco e delicado como um lírio agora marcado de
sangue.
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• São recordações de momentos marcantes de sua infância e de sua
juventude com os amigos.
16. • A equipe
• Uma velha, amarelada fotografia de nosso time. No primeiro plano, vê-se a linha
intrépida, ajoelhada sobre o joelho esquerdo, prestes a erguer-se, uma vez batida a
chapa, e atacar com fúria. A defesa está atrás de pé pelo Brasil.
• São casos de amor e amizade com mulheres fantásticas que marcaram sua vida.
• As Luvas
• Só ontem o descobri, atirado atrás de uns livros, o pequeno par de luvas pretas.
Fiquei um instante a imaginar de quem poderia ser, e logo concluí que sua dona é
aquela mulher miúda, de risada clara e brusca e lágrimas fáceis, que veio duas
vezes, nunca me quis dar o telefone nem o endereço, e sumiu há mais de uma
semana.
• São cenas que retratam o convívio diário com outras pessoas, os choques de
opiniões e interesses, o dia-a-dia do trabalho de um jornalista que precisa escrever
sua crônica diária para sobreviver.
• O telefone
• Honrado Senhor Diretor da Companhia Telefônica: Quem vos escreve é um desses
desagradáveis sujeitos chamados assinantes; e do tipo mais baixo: dos que
atingiram essa qualidade depois de uma longa espera na fila.
• Acima de tudo, Rubem Braga tenta redescobrir o lado humano na selva urbana de
pedra, busca despertar nas pessoas a amizade e cordialidade na convivência.
17. Poema Sujo – Ferreira Gullar
• Poema sujo fala de São Luís e de seu autor, Ferreira Gullar. Mas,
falando de São Luís, fala do Brasil; falando de Ferreira Gullar, fala
do brasileiro. É uma síntese da vida do poeta, mas pretende ser
mais do que isso: ser a síntese da vida do brasileiro.
Como obra de grande poeta, é uma comovente reconstituição não
só da infância e da adolescência de Ferreira Gullar, mas de toda
sua experiência de vida e poesia. Retrata, com a particularidade do
reflexo estético, sua experiência de vida em São Luís do Maranhão
até os 21 anos. Ele parte de sua experiência pessoal para chegar
ao universal.
Em seus versos, ele relembra o seu primeiro amor, o cotidiano na
cidade; reflete sobre seu corpo, sua identidade; lembra de seu pai.
Fala muito de sua cidade, São Luís, e de saudade. Ele mesmo
disse: “se não estivesse tanto tempo fora, jamais teria escrito este
poema”. Trata-se, sem dúvida, da melhor obra de Ferreira Gullar, e
uma das melhores em nossa poesia em muito tempo