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Computação Brasil                                                                 março/abril e maio 2006
 Tutorial Técnico

                        Gerenciamento de Dados XML
               * Vanessa P. Braganholo                        estilo. Os dados permanecem inalterados. Por exemplo, um
                                                              portal Web pode desejar trocar o layout de suas páginas
    O surgimento de XML [1], em 1996, revolucionou a          dependendo da estação do ano. Para isso, basta que ele uti-
Web e a forma como as aplicações trocam e representam         lize quatro estilos diferentes, um para cada estação do ano.
dados. Apesar de seu grande sucesso, é muito comum que
pessoas não iniciadas tenham uma idéia errada sobre XML.          Troca de Dados. Grandes empresas trocam dados o
Afinal, o que é XML? Uma linguagem de programação? Um         tempo todo (pedidos, ordens de compra, ordens de pa-
substituto do HTML? Nada disso. XML é uma linguagem           gamento, etc.). XML facilita enormemente essa tarefa,
de representação de dados cujo foco é a semântica dos da-     uma vez que é possível definir classes de documentos
dos representados e não sua forma de apresentação.            usando um esquema (DTD ou XML Schema). Deste
    XML é uma linguagem de marcação extensível                modo, se a empresa A quer com-
(eXtensible Markup Language), derivada da SGML, de            prar da empresa B, ela deve en-
onde também veio o HTML (daí a confusão). Ao contrário        viar pedidos que sigam a classe
de HTML, em XML as tags não são pré-definidas. As tags        de documentos determinada pela
podem ser definidas de acordo com o significado do dado       empresa B. Assim, os aplicativos
que se quer representar. Por exemplo, para representar o      da empresa B saberão como pro-
nome de uma pessoa, poderíamos usar a seguinte marca-         cessar o pedido. Por exemplo, a
ção: <nome>João</nome> ou então <name>João</                  empresa B pode determinar que
name>. Documentos XML são organizados em elemen-              os pedidos que ela aceita devem
tos hierarquicamente dispostos, o que permite definir es-     respeitar a estrutura mostrada na
truturas complexas. Como um exemplo, suponha que João         Figura ao lado.
é um autor e sua instituição é a UFRJ. Para representar tal       Antigamente, isso era feito
informação, poderíamos definir uma estrutura hierárquica      através de um padrão chamado
da seguinte forma:                                            EDI, onde os dados eram envia-
                                                              dos em pacotes e cada campo do
   <autor>
                                                              pacote tinha um significado. O
       <nome>João</nome>
                                                              processamento de tais dados dependia de softwares espe-
       <instituição>UFRJ</instituição>
                                                              cíficos, o que não acontece mais hoje em dia. Existe inclu-
   </autor>
                                                              sive um padrão para substituir o EDI, chamado XML/EDI
    Tal estrutura pode ser vista como uma árvore, onde        [2], que fornece um framework baseado em XML, EDI,
autor é a raiz, e nome e instituição são seus filhos. É       templates, agentes e repositórios para a construção de apli-
possível aumentar mais essa hierarquia em quantos níveis      cações de comércio eletrônico.
forem necessários. Cada marcação <> e </> delimita um             O processamento de documentos XML pode ser feito
elemento em XML. Portanto, nome é um elemento e seu           usando uma das APIs padrão: DOM [1] (API que trans-
conteúdo é João. Do mesmo modo, autor também é um             forma o documento XML em uma árvore de objetos em
elemento e seu conteúdo (complexo) são os elementos           memória) ou SAX [3] (API que dispara eventos à medida
nome e instituição. Note que as tags devem seguir uma         em que o documento XML é processado – tais eventos
estrutura “bem formada”. Toda tag tem que ser fechada e       devem ser tratados pela aplicação).
não é possível fechar a tag do elemento pai sem antes
fechar todas as tags de seus filhos.                             Representação de dados. A linguagem XML tam-
                                                              bém é capaz de representar relacionamentos entre os
          Aplicando XML na prática                            dados. Tais relacionamentos podem ser expressos por
                                                              aninhamentos (relações pai/filho entre elementos) ou
    Apresentação de Dados. O fato de XML não se preo-         por referência (usando ID/IDREF ou XLink/XPointer
cupar com a apresentação dos dados traz uma grande van-       [1]). Outro aspecto importante se refere ao tamanho
tagem. Os dados ficam separados da forma de apresenta-        dos documentos XML, já que seu formato é baseado
ção, que pode ser definida por protocolos de estilos como     em texto e, por isso, mais verboso. Por um lado, os
CSS (Cascading Style Sheets) ou XSLT (        Extensible      dados descritos em documentos XML têm maior se-
Stylesheet Language Transformations) [1]. Toda vez que        mântica devido à presença das tags. Por outro, o ta-
se deseja alterar a forma de apresentação, basta mudar o      manho pode se tornar um problema, já que o uso


                                                                                                                             15

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  • 1. Computação Brasil março/abril e maio 2006 Tutorial Técnico Gerenciamento de Dados XML * Vanessa P. Braganholo estilo. Os dados permanecem inalterados. Por exemplo, um portal Web pode desejar trocar o layout de suas páginas O surgimento de XML [1], em 1996, revolucionou a dependendo da estação do ano. Para isso, basta que ele uti- Web e a forma como as aplicações trocam e representam lize quatro estilos diferentes, um para cada estação do ano. dados. Apesar de seu grande sucesso, é muito comum que pessoas não iniciadas tenham uma idéia errada sobre XML. Troca de Dados. Grandes empresas trocam dados o Afinal, o que é XML? Uma linguagem de programação? Um tempo todo (pedidos, ordens de compra, ordens de pa- substituto do HTML? Nada disso. XML é uma linguagem gamento, etc.). XML facilita enormemente essa tarefa, de representação de dados cujo foco é a semântica dos da- uma vez que é possível definir classes de documentos dos representados e não sua forma de apresentação. usando um esquema (DTD ou XML Schema). Deste XML é uma linguagem de marcação extensível modo, se a empresa A quer com- (eXtensible Markup Language), derivada da SGML, de prar da empresa B, ela deve en- onde também veio o HTML (daí a confusão). Ao contrário viar pedidos que sigam a classe de HTML, em XML as tags não são pré-definidas. As tags de documentos determinada pela podem ser definidas de acordo com o significado do dado empresa B. Assim, os aplicativos que se quer representar. Por exemplo, para representar o da empresa B saberão como pro- nome de uma pessoa, poderíamos usar a seguinte marca- cessar o pedido. Por exemplo, a ção: <nome>João</nome> ou então <name>João</ empresa B pode determinar que name>. Documentos XML são organizados em elemen- os pedidos que ela aceita devem tos hierarquicamente dispostos, o que permite definir es- respeitar a estrutura mostrada na truturas complexas. Como um exemplo, suponha que João Figura ao lado. é um autor e sua instituição é a UFRJ. Para representar tal Antigamente, isso era feito informação, poderíamos definir uma estrutura hierárquica através de um padrão chamado da seguinte forma: EDI, onde os dados eram envia- dos em pacotes e cada campo do <autor> pacote tinha um significado. O <nome>João</nome> processamento de tais dados dependia de softwares espe- <instituição>UFRJ</instituição> cíficos, o que não acontece mais hoje em dia. Existe inclu- </autor> sive um padrão para substituir o EDI, chamado XML/EDI Tal estrutura pode ser vista como uma árvore, onde [2], que fornece um framework baseado em XML, EDI, autor é a raiz, e nome e instituição são seus filhos. É templates, agentes e repositórios para a construção de apli- possível aumentar mais essa hierarquia em quantos níveis cações de comércio eletrônico. forem necessários. Cada marcação <> e </> delimita um O processamento de documentos XML pode ser feito elemento em XML. Portanto, nome é um elemento e seu usando uma das APIs padrão: DOM [1] (API que trans- conteúdo é João. Do mesmo modo, autor também é um forma o documento XML em uma árvore de objetos em elemento e seu conteúdo (complexo) são os elementos memória) ou SAX [3] (API que dispara eventos à medida nome e instituição. Note que as tags devem seguir uma em que o documento XML é processado – tais eventos estrutura “bem formada”. Toda tag tem que ser fechada e devem ser tratados pela aplicação). não é possível fechar a tag do elemento pai sem antes fechar todas as tags de seus filhos. Representação de dados. A linguagem XML tam- bém é capaz de representar relacionamentos entre os Aplicando XML na prática dados. Tais relacionamentos podem ser expressos por aninhamentos (relações pai/filho entre elementos) ou Apresentação de Dados. O fato de XML não se preo- por referência (usando ID/IDREF ou XLink/XPointer cupar com a apresentação dos dados traz uma grande van- [1]). Outro aspecto importante se refere ao tamanho tagem. Os dados ficam separados da forma de apresenta- dos documentos XML, já que seu formato é baseado ção, que pode ser definida por protocolos de estilos como em texto e, por isso, mais verboso. Por um lado, os CSS (Cascading Style Sheets) ou XSLT ( Extensible dados descritos em documentos XML têm maior se- Stylesheet Language Transformations) [1]. Toda vez que mântica devido à presença das tags. Por outro, o ta- se deseja alterar a forma de apresentação, basta mudar o manho pode se tornar um problema, já que o uso 15