O documento descreve a história da Grécia Antiga, desde a chegada dos primeiros povos até o período clássico. Destaca-se a formação das principais pólis, como Esparta e Atenas, com seus respectivos sistemas políticos e sociais. Em Esparta, os dórios impuseram um rígido domínio sobre os periecos e hilotas. Já em Atenas, as lutas sociais levaram à democracia sob o governo de Clístenes e apogeu com Péricles.
5. Resumo da Trajetória Grega
Chegada dos
Povos
Formadores
Dominação
Dórica
Diásporas
Eupátridas
Auge
G.Médicas
G.Peloponeso
Macedônicos
Helenismo
XX aC XII aC
Pólis
Colonização
XII aC VIII aC VIII aC VI aC V aC IV aC IV aC I aC
Pré-Homérico Homérico Arcaico Clássico
2000 aC 30 aC
Cultura
6. 3000 aC
2000 aC
1700 aC
1400 aC
1200 aC
1100 aC
Chegada dos
Povos
Formadores
Dominação
Dórica
XX aC XII aC
Pré-Homérico
Creta
Aqueus
Jônios
Eólios
Dórios
Civilização Cretense
Fundam Micenas no Sul
Creta : Destruição Natural
Aqueus Tomam Creta
Período Micênico
Tróia
Dominação Dórica e declínio
7. Período Homérico
A Grécia Antiga desenvolveu-se na península
Balcânica, local de solo pobre e costa bastante
recortada.
O homem grego foi o resultado da miscigenação dos
pelasgos com os indo-europeus (arianos): aqueus,
eólios, jônios e dórios.
A civilização cretense foi sucedida pela micênica
que, por sua vez, foi destruída pelos dórios,
causadores da primeira diáspora grega.
8.
9. A antiguidade clássica: Grécia
A primeira diáspora grega ocorreu devido
a invasão dos Dórios na região da Grécia. Eles
impuseram um violento domínio sobre a
região, causando não só o fim da civilização
micênica como também o deslocamento de
grupos humanos da Grécia continental
(jônios, eólios) para as ilhas do mar Egeu e o
litoral da Ásia menor, no período pré-
homérico da história grega
10. A antiguidade clássica: Grécia
A ordem gentílica era uma comunidade
primitiva, sem propriedade privada e
sem desigualdade social.
A desintegração gentílica deu origem à
segunda diáspora grega, à formação de
várias pólis e à colonização do
Mediterrâneo ocidental. Dando destaque
á Atenas e Esparta.
13. A antiguidade clássica: Grécia
“Guerra de Tróia”
Pelas narrativas mitológicas, a Guerra de Tróia foi
um conflito entre gregos e troianos entre 1300 a.C.
Disposto a se vingar do rapto de sua esposa Helena
por Páris (príncipe de Tróia, filho do rei Príamo),
Manelau, rei de Lacedemónia (Esparta), reuniu os
gregos em um exército comandado por seu irmão
mais velho, Agamenon, rei de Micenas. Aquiles e
Ulisses se destacaram entre a legião do exército, que
atravessou o mar Egeu a bordo de mais de mil
navios.
15. A antiguidade clássica: Grécia
Durante dez anos cercaram Tróia,
até que os gregos teriam construído
um grande cavalo de madeira e
fingindo o seu abandono. Por
considerarem o cavalo um animal
sagrado, os troianos recolheram o
presente, levando-o para a cidade.
16.
17. A antiguidade clássica: Grécia
De seu interior saíram
os guerreiros Ulisses,
sendo Tróia saqueada e
destruída. Príamo foi
morto e sua filha
Cassandra violentada:
21. A antiguidade clássica: Grécia
O herói troiano Enéias, filho de Vênus,
e alguns partidários se instalaram no
Lácio, dando origem ao povo romano.
Até a descoberta do sítio arqueológico
com sete cidades superpostas, na
Turquia no final do século XIX, por
Heinrich Schliemann, questionava-se a
existência real da cidade e da guerra
como um fato histórico e não mitológico.
22. A antiguidade clássica: Grécia
Com o fim das comunidades
gentílicas (genos – polis –
cidades-estado) teve início o
período arcaico, que se
caracterizou pela formação de
várias pólis.
25. A antiguidade clássica: Grécia
Esparta
A pólis de Esparta foi formada
na região do Peloponeso pelos
dórios, que detiveram o domínio
oligárquico da cidade-Estado.
26. Os dórios (espartanos) exerciam seu
domínio sobre os periecos e,
principalmente, sobre os hilotas.
Sua economia era a agricultura, e no
governo diarquia.
A sociedade espartana estava assim
constituída:
27. Espartanos -
Descendentes dos dórios e
únicos detentores de terra e
poder político.
Periecos: Aqueus livres, sem
direitos políticos, deveriam
participar do exército quando
necessário.
30. A formação política espartana
O governo espartano era exercido pelo Eforato (5
membros) pela Gerúsia (ou Senado) composta por 28
ou 30 senhores de mais de 60 anos de idade, a quem
cabiam funções legislativas e pela Ápela ou Assembleia
do povo.
Esparta era governada por uma diarquia e seu regime
politico tinha um caráter oligárquico-aristocrático.
31. A educação espartana
A educação espartana era basicamente militar.
“Das letras aprendiam apenas o indispensável; toda educação
restante dizia respeito a bem obedecer a ordens, resistir a fadigas e
vencer em combates. Por isso, ao chegar a idade, a exercitação era
mais extensa; seus cabelos eram cortados rente e habituavam-se a
marchar descalços e a brincar quase sempre nus. Aos doze anos
passavam a viver sem túnica, recebiam um manto por ano, andavam
sujos, desconhecendo os banhos e os unguentos (...) Dormiam
reunidos, em grupos ou por turmas, sobre palhas que eles mesmos
ajuntavam, quebrando com as mãos e sem facas as pontas dos caniços
que crescem nas ribas do Eurotas.”
(PLUTARCO)
“É belo morrer, caído na primeira fila, como bravo que combate pela
pátria”. (Tirteu)
“espero que meu filho volte com seu escudo ou deitado sobre ele”
(Mães espartanas)
33. A antiguidade clássica: Grécia
O estado também se encarregava da educação dos
espartanos, que inculcava nos indivíduos os seus principais
valores, enfatizando o aprimoramento físico. Soldado por
excelência, o espartano deveria estar sempre pronto para uma
provável revolta dos servos – daí a característica militarista da
cidade. O incentivo ao crescimento demográfico era inócuo,
pois o rigor da educação eliminava a maioria dos jovens,
sobrevivendo apenas os mais fortes e resistentes.
Quanto aos hilotas, uma das formas de controle sobre seu
crescimento populacional era a “kripitia”, que consistia na
eliminação sumária dos servos por espartanos que estavam
completando sua educação. Se esse recurso não fosse
suficiente, recorria-se à matança em massa.
35. Atenas: Situada na Ática, Atenas foi
comandada em seu início pelos
eupátridas, durante os governos
monárquico e oligárquico.
36. A antiguidade clássica: Grécia
As lutas sociais deram origem aos
legisladores: Drácon e Sólon.
37. A antiguidade clássica: Grécia
Depois de Sólon, Atenas foi governada
pelos tiranos (ditadores)
Com Clístenes criou-se a democracia
ateniense, destacando-se a prática do
ostracismo
38. A antiguidade clássica: Grécia
O apogeu da democracia aconteceu
durante o governo de Péricles, no século
V a.C., que ficou conhecido como Século
de Péricles ou a Idade de Ouro
Ateniense.
40. A antiguidade clássica: Grécia
Para ser considerado um cidadão em
Atenas, a pessoa deveria ser:
HOMEM
LIVRE
18 ANOS
GREGO
PAIS GREGOS
41. A antiguidade clássica: Grécia
Cidade de origem jônica, tornou-se padrão de
desenvolvimento para as cidades-Estado gregas.
Quando se deu a desintegração dos genos, seus
grupos sociais assim delinearam: os eupátridas, que
ficaram com as melhores terras; os georgóis, que
ficaram com as piores; e os thetas, que não
receberam terras.
Sem posses, desempregados devido ao aumento do
número de escravos por dívidas, os thetas passaram a
se dedicar ao comércio e ao artesanato (technay),
desenvolvendo um poderoso comércio marítimo,
com base no porto de Pireu.
42. A antiguidade clássica: Grécia
Entretanto, as desigualdades sociais e políticas do
início da história ateniense motivaram sucessivas
lutas e causaram permanente instabilidade.
A fundação da cidade coube à elite eupátrida (os
bem-nascidos), àqueles que ficaram com as
melhores e maiores terras da região. De início,
portanto, o comando político era exercido por um
eupátrida, o chamado “basileu” (rei), ficando desse
modo constituído a monarquia, a primeira foram de
governo ateniense. Depois, um conselho legislativo
eupátrida, o Areópago, assumiu o governo da cidade,
e seus nove membros, os arcontes, executavam todas
as decisões desse conselho.
43. A antiguidade clássica: Grécia
Assim, sem mudanças substanciais, Atenas
manteve-se nas mãos de uma minoria rica e
poderosa (aristocracia), caracterizando esse período
inicial como uma oligarquia.
O descontentamento popular dos georgóis e thetas,
apoiados pelos ricos demiurgos (comerciantes), foi
fortalecendo e impondo mudanças nessa ordem
política tradicional. No entanto, nem mesmo as
reformas criadas pelo legislador Drácon acabaram
com as insatisfações, pois sua legislação escrita, além
de ser rigorosíssima, favorecia – como sempre – a
aristocracia.
44. A antiguidade clássica: Grécia
Outro legislador importante foi Sólon, que pôs fim
aos privilégios tradicionais e a habitual escravidão
por dívidas. Sólon dividiu os cidadãos em 4 classes,
de acordo com suas rendas, definindo direitos
diferenciados, inaugurando uma verdadeira
“república censitária” (dos que têm rendas). Como o
critério de riqueza passou a definir direitos, os novos
ricos demiurgos ascenderam ao mando ateniense, o
que desagregou aos aristocratas, que reagiram
tomando o poder pela força (ilegalmente) e
instalando a tirania.
45. A antiguidade clássica: Grécia
Iniciou-se então o período da tirania,
com Psístrato, que usou todo o rigor que
faltara a Solón. Seus sucessores foram:
Hípias, Hiparco e Hiságoras. Mas foi
outro tirano, o legislador Clístenes, que,
ao aperfeiçoar a obra de Sólon fez nascer
a revolução democrática. Em 508 a.C, a
Eclésia (assembleia legislativa), em
conjunto com o Conselho dos 500,
tornou-se o órgão mais importante de
46. A antiguidade clássica: Grécia
A justiça seria aplicada pelos tribunais da
Heliae (tribunais de justiça), e o poder
executivo, inicialmente nas mãos dos
arcontes, passou gradativamente às
mãos dos estrategos (militares
executivos), que o exerciam
coletivamente. Clístenes criou também o
ostracismo (exílio por 10 anos), medida
que desestimulava o aparecimento de
novos tiranos, pois suspendia os direito
47. A antiguidade clássica: Grécia
O aperfeiçoamento desses
instrumentos democráticos coube ao
sucessor de Clístenes, Péricles, que,
apesar de ter governado apenas 15
anos, deixou seu nome ligado a todo
um século: o século chamado de
“SÉCULO DE PÉRICLES OU IDADE
DE OURO ATENIENSE”.
48. A antiguidade clássica: Grécia
Com o término das dissensões políticas
internas, Atenas prosperou economicamente,
sobretudo por suas relações comerciais nas
áreas dos mares Egeu e Negro e com as
colônias da Ásia Menor (Jônia), além das
explorações de minas, que dinamizaram e
fizeram do porto ateniense de Pireu um dos
mais importantes entrepostos comerciais da
Antiguidade.
52. A Antiguidade clássica: Grécia
Relativamente equilibradas no plano interno, as
cidade-Estado gregas buscaram, no final da
época arcaica, a ampliação de suas áreas de
influência, dando início à época das hegemonias
e dos imperialismos helênicos. As rivalidades
entre Atenas e Esparta acabariam por gerar lutas
fratricidas, que favoreciam os inimigos externos e
possibilitariam a hegemonia (supremacia)
macedônica, por exemplo.
53. A Antiguidade clássica: Grécia
O gatilho que disparou o processo encontra-se na
série de guerras pela conquista do território grego
em que se digladiaram gregos e persas: as Guerras
Médicas.
Em expansão desde a época de Ciro, no reinado de
Dario I os persas chegaram à Jônia e lá enfrentaram a
resistência de Mileto e outras cidades. Os atenienses,
procuraram auxiliar a resistência, mais foi em vão: os
persas ocuparam a Jônia, e o auxílio que os
atenienses deram aos jônios acabou servindo de
pretexto para a continuidade natural do
imperialismo persa: a invasão da Grécia.
54. A Antiguidade clássica: Grécia
Guerras Médicas: A primeira expedição, enviada
por Dario I, foi desbaratada em Maratona. Xerxes,
sucessor de Dário, esteve mais próximo da vitória,
após bater os espartanos de Leônidas nas
Termópilas. E arrasar Atenas, mas viu malograr seus
intentos com a derrota de sua esquadra em
Salamina. Sem suprimentos nem reforços, o exército
de Xerxes foi vencido na batalha de Plateia por forças
atenienses e espartanas, sob o comando de
Pausânias e Aristides.
Por duas vezes – em Maratona e Salamina – os
atenienses haviam decidido o futuro da Grécia.
55. A Antiguidade clássica: Grécia
Tal situação permitiu a Atenas elaborar
a composição de uma liga de cidades
gregas para levar a guerra até os persas.
Atenas assumiu o comando da chamada
Liga de Delos, instrumento de sua
supremacia, e liderou a guerra contra os
persas, libertando o Egeu e a Jônia e
impondo, a Paz de Címon, que lhe dava o
controle do Egeu. Os gregos haviam
vencido.
56.
57. A Antiguidade clássica: Grécia
A confederação de Delos firmou a liderança grega de
Atenas, que ampliou sua hegemonia e sua política
imperialista.
Esparta retirou-se da Liga de Delos e formou a Liga do
Peloponeso, rivalizando com Atenas.
A Guerra do Peloponeso representou o fim da
democracia ateniense e o esgotamento da Grécia.
58. O período Helenístico
Aproveitando-se da fraqueza das cidades helênicas,
e sob um pretexto religioso, Filipe II, rei da
Macedônia, interveio na Grécia. Foi assim o fim da
Grécia independente.
Filipe II, rei da
Macedônia
59. O período Helenístico
Um velho sonho dos macedônicos era conquistar o
Império Persa, mas Filipe II não concretizou esse
sonho. Foi assassinado em Pela, capital da
Macedônia, ele deixou a seu filho, Alexandre,
cognominado “o Grande” (Magno), a tarefa de
realizar esse sonho.
Alexandre “o Grande”
60. O período Helenístico
Educado por Aristóteles, Alexandre tinha uma
mentalidade tipicamente grega e profundo respeito e
admiração por essa brilhante civilização. Tal fato foi
determinante no caráter de suas conquistas e no seu
principal legado à posterioridade: a civilização
helenística.
Religião grega: Politeísta antropomórfica
Deuses imortais
Heróis
Mitos
65. Deuses e deusas
> Zeus: "pai de todos e o mais poderoso. Sentava-se
num trono com uma águia aos pés, tendo na mão um
raio, isto é, um ziguezague de fogo. Quando queria
vingar-se de alguém, arremessava este raio, seguido
de um trovão."
> Posseidon: "irmão de Zeus que governava os
mares num carro carro puxado por uma parelha de
cavalos-marinhos, tendo na mão o tridente."
> Hefesto: "o deus do fogo. Era um ferreiro manco,
que trabalhava numa oficina dentro da Terra."
> Hermes: "o mensageiro dos deuses, o leva-e-traz.
Tinha asas no capacete e usava uma vara mágica de
paz, que posta entre duas pessoas em luta
imediatamente as fazia amigas."
> Ártemis: "irmã gêmea de Apolo, deusa da Lua e