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ESTUDO DE CASO DE TUTORIA DE APOIO A ALUNO COM DEFICIÊNCIA 
VISUAL  NO  ENSINO  SUPERIOR  NA  MODALIDADE  DE  EDUCAÇÃO  À 
DISTÂNCIA 
ANDRADE, Cristiano César dos Santos. 1 
­ Pólo CEDERJ/UAB Belford Roxo; 
FERNANDES, Edicléa Mascarenhas 2 
­ UERJ; 
Eixo Temático:1 –  Alunos com necessidades especiais no ensino superior 
Categoria. : Comunicação Oral 
RESUMO: 
O  trabalho  apresenta  um  estudo  de  caso  de  aluno  com  deficiência  visual 
matriculado no curso de superior de Tecnologia de Sistemas de Computação 
da Universidade Federal Fluminense no Pólo CEDERJ/UAB de Belford Roxo, 
RJ  na  modalidade  à  distância  (EAD).  O  objetivo  do  estudo  foi  identificar  as 
ferramentas adequadas para a produção de material didático acessível para as 
disciplinas.  Foram  realizadas  entrevistas  com  o  aluno  e  sua  mãe  para 
identificar  as  modalidades  de  aprendizagem  do  mesmo,  as  melhores  formas 
para a transmissão do conteúdo das disciplinas e as ferramentas que o aluno 
utilizou  durante  a  sua  formação  no  ensino  fundamental  e  no  ensino  médio. 
Foram utilizados  como  referenciais  teóricos  as  metodologias  de  adequações 
curriculares  previstas  na  Educação  Especial  e  a  interlocução  interdisciplinar 
com a tutoria de Educação Especial do pólo. Os questionamentos permitiram 
três maneiras de transmitir conhecimentos e conceitos referentes às disciplinas 
cursadas: material tátil, texto sucinto e gravação de aulas. 
Palavras­Chaves:  Necessidades  Educacionais  Especiais;  Adaptação  de 
Materiais Didáticos, Práticas Inclusivas no Ensino Superior. 
1 
Tecnólogo em Processamento de Dados, formado pela Faculdade de Belford Roxo (FABEL), 
pós­graduando  Lato  Sensu em  Análise  de  Sistemas pela Pontífice Universidade Católica  do 
Rio de Janeiro (PUC­Rio) e Tutor Presencial do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de 
Computação  da  Universidade  Federal  Fluminense  no  Pólo  CEDERJ/UAB Belford  Roxo,  RJ– 
cristianocesar@operamail.com. 
2 
Professora Adjunta do Departamento de Educação Inclusiva e Continuada da Faculdade de 
Educação / Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Coordenadora do Núcleo de 
Estudos e Pesquisas em Educação Inclusiva (NEEI/UERJ) Rio de Janeiro – Coordenadora da 
disciplina  de  Educação  Especial  da  Licenciatura  em  Pedagogia  Consórcio  CEDERJ­ 
Presidente da Comissão encarregada de estabelecer as normas que regerão os procedimentos 
a  serem  adotados  pelo  Consórcio  CEDERJ  em  relação  aos  seus  alunos  com  deficiência  e 
necessidades educacionais especiais ­ professoraediclea.uerj@gmail.com.
ISSN 1984-2279
3324
1.  INTRODUÇÃO 
A  Educação  Inclusiva  é  atualmente  um  dos  maiores  desafios  do  sistema 
educacional. Ela é o processo em que se amplia a participação de todos os 
estudantes nos estabelecimentos de ensino dito “regular”. Sua abordagem tem 
como  objetivos  o  crescimento,  a  satisfação  pessoal  e  a  inserção  social  de 
todos. 
A Educação Inclusiva atenta à diversidade inerente à espécie humana, busca 
perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos­ 
alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma 
a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. 
Sendo  a  Educação  Inclusiva  um  processo  dinâmico  que  está  em  evolução 
constante  e  tendo  suas  estruturas,  sistemas  e  metodologias  de  ensino  que 
atender as necessidades das pessoas com limitações especiais, ela não deve 
ser restrita ou limitada, nem por salas de aula numerosas e nem por falta de 
recursos materiais. 
Para  isso,  a  Lei  nº  9394/96 3 
,  determina,  dentre  outras  coisas,  que  haverá, 
quando  necessário,  serviços  de  apoio  especializado,  na  escola  regular,  para 
atender  às  peculiaridades  da  clientela  de  educação  especial  e  deve  ser 
assegurado  aos  educandos  com  necessidades  especiais  professores  com 
especialização  adequada  em  nível  médio  ou  superior,  para  atendimento 
especializado,  bem  como  professores  do  ensino  regular  capacitados  para  a 
integração desses educandos nas classes comuns. 
De forma indireta a Educação Inclusiva visa à promoção de ações eficazes que 
propiciem a inserção, nos setores públicos e privados, de pessoas portadoras 
de deficiência.  Medida que os órgãos e entidades da administração direta e 
indireta  devem  dispensar,  no  âmbito  de  sua  competência  e  finalidade, 
conforme previsto na Lei 7.853/89 4 
. 
A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais 
“promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). Define, no artigo 
3 
Lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Capitulo 5. 
4 
Lei que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social. 
Alínea c do item I do parágrafo único do Art. 2º.
ISSN 1984-2279
3325
205,  a  educação  como  um  direito  de  todos,  garantindo  o  pleno 
desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o 
trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de 
acesso  e  permanência  na  escola”  como  um  dos  princípios  para  o  ensino  e 
garante,  como  dever  do  Estado,  a  oferta  do  atendimento  educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). 
Educação  Inclusiva  visa  também  preparar  o  a  pessoa  deficiente  para  o 
mercado de trabalho. Por isso, [NAMBU,2003] afirma que a inclusão da pessoa 
portadora de deficiência ao mercado de trabalho é um direito, independente do 
tipo  de  deficiência  que  apresente  e  de  seu  grau  de  comprometimento.  No 
entanto,  ainda  presenciamos  inúmeros  casos  de  discriminação  e  exclusão, 
talvez,  pela  falta  de  conhecimento  da  sociedade  de  que  esse  cidadão  tem 
direito à convivência não segregada e ao acesso aos recursos disponíveis aos 
demais cidadãos. 
O  Decreto  5296  de  2004  estabeleceu  os  princípios  e  a  garantia  de 
acessibilidade  a  todas  as  pessoas  com  deficiências  no  âmbito  das  barreiras 
físicas, comunicacionais e atitudinais no acesso aos bens e serviços, no campo 
da educação, saúde, transporte, trabalho, esporte e lazer. Entende­se a partir 
deste enfoque que a acessibilidade é um fator decisivo para minorar e extinguir 
as desvantagens a que uma pessoa com deficiência fica exposta em um meio 
ambiente inacessível. 
No que tange a legislação implementada pelo Ministério da Educação e 
Cultura  uma  definição  específica  relacionada  aos  suportes  necessários  a 
alunos com deficiência no âmbito universitário, como é o caso da Portaria nº 
1.679  de  1999,  trata  de  dispositivos  legais  para  “acessibilidade  de  pessoas 
portadoras  de  deficiências  para  instruir  os  processos  de  autorização  e  de 
reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições”. 
Outro destaque é a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os 
Direitos  das  Pessoas  com  Deficiência  que  foi  incorporada  à  legislação 
brasileira pelo Decreto 6949 de 25 de agosto de 2009. A Convenção desloca a 
ideia  da  limitação  presente  na  pessoa  com  deficiência  para  o  resultante  da 
interação com o  meio ambiente, sendo assim a deficiência é o resultante da
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ausência de suportes. A Convenção aponta assegura um sistema de educação 
inclusivo em todos os níveis de ensino por meio da oferta de ambientes que 
maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos e no que tange à 
educação a garantia do acesso a todos os níveis de ensino até o superior. 
No que concerne à inclusão no ensino superior em universidades, o Ministério 
da  Educação  e  Cultura  instituiu  a  Portaria  nº  1.679  de  1999,  que  tratava  de 
dispositivos legais para “acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências 
para instrução dos processos de autorização e de reconhecimento de cursos e 
de credenciamento de instituições de ensino. 
Atualmente  o  Ministério  da  Educação  implantou  em  2005  o  Programa  de 
Acessibilidade na Educação para as universidades federais. A partir desta data 
começaram a ser implantados editais fomentando a implantação de núcleos de 
acessibilidade com o objetivo de reduzir as barreiras físicas e comunicacionais 
facilitando  a  permanência  do  aluno  no  sistema.  Porque  repetência  e  evasão 
destes  alunos  vinculam­se  a  causas  não  intrínsecas  às  incapacidades  dos 
mesmos,  mas  a  inadequação  do  ambiente  universitário;  seja  nos  aspectos 
físicos ou nos suportes oferecidos aos mesmos. 
A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do 
Rio de Janeiro (CEDERJ) é um consórcio de universidades públicas federais e 
estaduais  que  oferece  educação  superior  à  distância,  tendo  como  missão 
promover  a  expansão  e  interiorização  do  ensino  público  e  de  qualidade  no 
Estado.  Os  cursos  são  semipresenciais  com  tutores  de  acompanhamento  à 
distância  e  presenciais  nos  34  (trinta  e  quatro)  pólos  disponíveis  ao 
acompanhamento dos alunos. 
A  partir  da  perspectiva  de  interiorização,  nos  últimos  anos  vêm  crescendo  o 
número de alunos com necessidades educacionais especiais participando do 
sistema,  o  que  vem  demandando  no  Consórcio  a  necessidade  de  estruturar 
metodologias para acompanhamento destes alunos. 
Para atender a esta demanda a presidência do CEDERJ instituiu por meio da 
portaria 183, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 16 de 
agosto de 2011, uma comissão encarregada de estabelecer normas para reger
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procedimentos  a  serem  adotados  em  relação  aos  alunos  com  deficiência  e 
necessidades educacionais especiais. 
Atualmente a comissão vem instituindo um modelo de trabalho em que garante 
carga  horária  de  tutoria  presencial  para  apoio aos  alunos  com  necessidades 
educacionais  especiais  e  grupos  de  discussão  participantes  para  identificar 
metodologias, sistematização de ações e produção de conhecimento científico. 
O  Consórcio  CEDERJ  nos  últimos  anos  investindo  em  ações  tais  como  a 
compra  de  impressora  Braille  para  produção  do  material  para  alunos  cegos; 
ampliação  de  material  para  alunos  com  visão  subnormal  e  estudos  de 
adequação ao ambiente virtual. 
Porém a produção de material para alunos cegos envolve não só a transcrição 
para o Braille, mas o material tátil para que os mesmos possam ter acesso ao 
conteúdo, para que possam apreender por meio tátil os conceitos da disciplina 
e para atender esta demanda foi criada uma carga horária de tutoria no pólo 
para execução desta tarefa pedagógica. 
2.  REFERENCIAIS TEÓRICOS 
Os  referenciais  teóricos  pautam­se  na  triangulação  dentre  os  conceitos  de 
acessibilidade, acessibilidade ao currículo, e a fenomenologia da cegueira. 
Segundo  Fernandes  e  Orrico  (2011)  a  acessibilidade  é  a  possibilidade  da 
pessoa  com  deficiência  utilizar  com  autonomia  e  segurança  os  espaços  e 
artefatos culturais. Neste sentido, a acessibilidade ao currículo é fundamental 
para o aluno cego e um de seus canais de recepção é o tato. Como afirmam 
Fernandes, Orrico e Redig (2006): 
“é importante que o significado das palavras e objetos, já 
estejam constituídos no pensamento do aluno cego e para 
que isto ocorra, é necessário que o educando tenha um 
contato  com  o  objeto  concreto,  desta  forma,  ele  poderá 
construir seu pensamento” (FERNANDES et alli, 2006:3). 
O processo de compreensão da fenomenologia do universo do aluno cego é 
fator preponderante para a construção de materiais acessíveis. Lima (2007) em 
seu  artigo  A  Preeminência  da  Visão:  Crença,  Filosofia,  Ciência  e  o  Cego
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ressalta a pouca utilização de desenhos e mapas hápticos para alunos cegos, 
constata que esta ausência deve­se a: 
“crença  e  no  embasamento  filosófico  das  teorias  que 
sustentam  a  superioridade  da  visão  sobre  os  demais 
sentidos, inclusive o tato; na crença da incapacidade de 
os  cegos  compreenderem  padrões  bidimensionais  pelo 
tato, uma vez que não tem experiência visual; e na crença 
de  que  só  a  visão  poderia  oferecer  informações  que 
permitiriam  ao  sujeito  reconhecer  figuras,  mapas  e 
gráficos adequadamente”. (2007:2) 
3.  OBJETIVOS 
Demonstrar as práticas inclusivas aplicadas a um aluno do curso superior de 
Tecnologia em Sistemas de Computação da Universidade Federal Fluminense, 
na modalidade EAD, no Consórcio CEDERJ e apresentar os resultados obtidos 
com a aplicação dessas práticas. 
4.  METODOLOGIA 
A  metodologia  do  trabalho é  o estudo  de  caso,  em  que  foram  coletadas  por 
meio  de  entrevistas  informações  relacionadas  às  modalidades  de 
aprendizagem do aluno e os suportes que o mesmo utilizou ao longo de sua 
vida  acadêmica  na  educação  básica,  bem  como  as  intervenções 
sistematizadas  utilizadas  com  o  aluno  para  a  produção  de  metodologias 
institucionais e operacionais de apoio. 
Foram  concedidas,  para  o  tutor,  03  (três)  horas  de  tutoria  remuneradas, 
destinadas  para  orientação  pedagógica  que  é  ministrada  na  modalidade 
presencial, onde o tutor ensina os assuntos pertinentes às disciplinas. 
A  fim  de  alcançar  os  objetivos  propostos  de  cada  disciplina,  o  tutor  realiza 
tutoria à distância fazendo uso da ferramenta skipe pelo período de uma hora 
por dia, cinco dias por semana. 
Os alunos da computação têm o privilégio de, em complemento as sugestões 
bibliográficas, terem disponibilizado no ambiente virtual, as aulas gravadas em 
vídeo  pelo  professor  da  disciplina;  porém  ainda  carecem  de  tecnologia  de 
áudiodescrição o que dificulta o acesso direto a alunos cegos.
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As  avaliações  não  são  completamente  adaptadas,  o  braile  não  é  suficiente 
para  descrever  o  conteúdo  específico  das  disciplinas  deste  campo  de 
conhecimento por envolver gráficos de grande complexidade; mesmo o texto 
reproduzido em modo disponível para leitura em ledores de tela também não 
consegue suprir esta necessidade. 
No  segundo  semestre  de  2010,  o  pólo  CEDERJ  de  Belford  Roxo  recebeu  a 
matricula  de  um  aluno  com  deficiência  visual.  O  pólo  não  tinha  tido  a 
oportunidade de ter um discente com esta condição. 
O  aluno  possuía  cegueira  total,  sendo  assim  seus  suportes  deveriam  ser  o 
Braille e o uso de softwares com sintetizadores de voz para leitura de textos e 
apoio de orientação e mobilidade. Contava ainda com a dificuldade de morar 
distante do pólo com sua mãe, que trabalhava, e ele necessitava de apoio para 
o deslocamento para o pólo. 
No  primeiro  período  o  aluno  matriculou­se  nas  seguintes  disciplinas:  Inglês 
Instrumental,  Introdução  à  Informática  e  Construção  de  Páginas  Web.  No 
segundo  período  matriculou­se  em:  Fundamentos  de  Algoritmo  para 
Computação;  Projeto  de  Desenvolvimento  de  Algoritmos  e  Introdução  à 
Informática. 
Os  desafios  seriam  grandes,  porém  as  barreiras  atitudinais  já  estavam 
vencidas  porque  a  direção  do  pólo,  coordenação  e  tutores  buscaram  meios 
para  redução  dos  obstáculos  a  sua  aprendizagem  e  que  facilitassem  a 
assimilação do conteúdo. 
Porém,  como  já  explicitado,  havia  a  necessidade  de  produzir  um  material 
didático acessível ao aluno, pois nem sempre os ledores de tela eram capazes 
de traduzir os conceitos. Os vídeos aula precisavam de melhor adequação para 
sua plena compreensão. 
A seguir apresentamos a descrição das disciplinas da grade curricular cursadas 
pelo aluno cego, seu desempenho e análise das possíveis barreiras restritivas.
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3330
DISCIPLINAS CURSADAS NO PRIMEIRO PERÍODO
· INGLÊS 
Não houve orientação pedagógica específica, mas foi fornecido ao aluno 
arquivo em mídia do material de estudo. O aluno conseguiu imprimi­lo em 
braile,  o  que  contribuiu  para  que  perseguisse  os  estudos  e  obtivesse 
aprovação nesta disciplina.
· INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA 
Não houve orientação pedagógica específica e nem foi fornecido ao aluno 
material de estudo apropriado. O aluno teve dificuldades em compreender 
a  disciplina,  principalmente  no  que  diz  respeito  a  reconhecimento  de 
peças, entendimento dos conceitos de portas lógicas e simplificação de 
funções. O aluno não conseguiu resultados satisfatórios nas avaliações e 
foi reprovado nesta disciplina.
· CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS WEB 
Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  tutor  da  disciplina 
desenvolveu  todo  material  fornecido  e,  por  indicação  da  diretoria  e 
coordenação  de  tutores  do  pólo,  tornou­se  orientador  pedagógico  do 
aluno. 
Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para 
permitir leitura através de software sintetizador de voz; aulas gravadas em 
arquivos  mp3;  tabelas  e  frames  confeccionados  artesanalmente  com 
barbante e cola; exemplos de avaliações adaptadas pelo orientador (para 
fins de treinamento de aplicação das mesmas), etc. 
O aluno obteve êxito na primeira e segunda  AD 5 
, foi abaixo da média na 
primeira e segunda AP 6 
, porém na realização da 3ª AP foi acima da média 
e conseguiu a aprovação nesta disciplina. 
5 
Avaliação à Distância. Realizada pelo aluno no, com prazo estipulado pelo CEDERJ. 
6 
Avaliação Presencial. Realizada pelo aluno no pólo em data específica, para cada disciplina, 
estipulada pelo CEDERJ.
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3331
A seguir apresentamos o modelo tátil de material construído pelo tutor para que 
o aluno pudesse apreender os conceitos. A produção do material inicial contou 
com a participação do próprio aluno avaliando o modelo e a interlocução com a 
tutora da disciplina de Educação Especial da Licenciatura em Pedagogia, que 
possui  domínio  técnico  de  produção  de  material  adaptado  para  as  séries 
iniciais do Ensino Fundamental. 
MATERIAL DESENVOLVIDO PARA CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS WEB 
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<TABLE BORDER> 
<TR> 
<TD>Coluna 1 Linha 1</TD> 
<TD>Coluna 2 Linha 1</TD> 
<TD>Coluna 3 Linha 1</TD> 
</TR> 
<TR> 
<TD>Coluna 1 Linha 2</TD> 
<TD>Coluna 2 Linha 2</TD> 
<TD>Coluna 3 Linha 2</TD> 
</TR> 
</TABLE> 
Reprodução em alto relevo de uma tabela com c em HTML 
7 
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<TABLE BORDER> 
<TR> 
<TD ROWSPAN=2>Col 1 Lin 1</TD> 
<TD>Col 2 Lin 1</TD> 
<TD>Col 3 Lin 1</TD> 
</TR> 
<TR> 
<TD COLSPAN=2>Col 2 Lin 2</TD> 
</TR> 
</TABLE> 
Reprodução em alto relevo de uma tabela com c em HTML 
7 
Linguagem de marcação utilizada para confecção de páginas web.
ISSN 1984-2279
3332
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<FRAMESET COLS=”50%, 50%”> 
<FRAME> 
<FRAMESET ROWS=”50%, 50%”> 
<FRAME> 
<FRAME> 
</FRAMESET> 
</FRAMESET> 
Reprodução em alto relevo de três frames em HTML duas colunas 
posteriormente dividida a coluna da direita em duas linhas 
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<FRAMESET COLS=”50%, 50%”> 
<FRAME> 
<FRAMESET ROWS=”50%, 50%”> 
<FRAME> 
<FRAME> 
</FRAMESET> 
</FRAMESET> 
Reprodução em alto relevo de três frames em HTML duas linhas 
posteriormente dividida a linha de baixo em duas colunas.
ISSN 1984-2279
3333
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<IMG SRC= “imagem.jpg” ALIGN = 
“LEFT”> 
Reprodução em alto relevo do alinhamento de uma imagem à esquerda. 
CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO 
<IMG SRC= “imagem.jpg” ALIGN = 
“RIGHT”> 
Reprodução em alto relevo do alinhamento de uma imagem à direita. 
DISCIPLINAS CURSADAS NO SEGUNDO PERÍODO
· INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA 
Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  orientador  pedagógico 
desenvolveu todo material fornecido ao aluno. 
Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para 
permitir leitura através de software sintetizador de voz; Portas lógicas e 
exercícios  de  fixação  confeccionados  artesanalmente  com  barbante  e 
cola;  mapas  de  Karnaugh  de  2,  3  e  4  variáveis  confeccionados  com
ISSN 1984-2279
3334
barbante, cola alfinetes e miçangas e  exemplos de avaliações adaptadas 
pelo orientador (para fins de treinamento de aplicação das mesmas). 
Não houve a necessidade de fornecer ao aluno aulas gravadas. 
O aluno foi abaixo da média nas primeira e segunda AD, abaixo da média 
na  primeira  AP  1,  foi  mediano  na  segunda  AP,  realizou  a  terceira  AP, 
obteve a média geral e conseguiu sua aprovação. 
MATERIAL DESENVOLVIDO PARA INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA 
Portas Lógicas 
Circuítos Lógicos
ISSN 1984-2279
3335
Mapa de Veitch Karnaugh
· PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS 
Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  orientador  pedagógico 
desenvolveu todo material fornecido ao aluno. 
Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para 
permitir  leitura  através  de  software  sintetizador  de  voz;  exercícios  de 
fixação  adaptados pelo  orientador  e  exemplos  de  avaliações  adaptadas 
pelo orientador (para fins de treinamento de aplicação das mesmas). 
O aluno foi mediano na primeira AD  e abaixo da média na primeira AP , 
mas  foi  acima  da  média  na  segunda  AD    e segunda  AP,  obtendo  sua 
aprovação sem a necessidade de realizar a terceira AP.
· FUNDAMENTOS DE ALGORITMOS PARA COMPUTAÇÃO 
Não houve orientação pedagógica específica e nem foi fornecido ao aluno 
material de estudo apropriado. O aluno teve dificuldades em compreender 
a  disciplina,  não  conseguiu  resultados  satisfatórios  nas  ADs  e  nem  na 
APs e consequentemente não conseguiu sua aprovação. 
5.  RESULTADOS 
Por  meio  da  análise  dos  dois  semestres  cursados  pelo  aluno  obtivemos  os 
seguintes  resultados:  no  segundo  semestre  de  2010,  na  disciplina  Inglês
ISSN 1984-2279
3336
Instrumental  não houve  orientação  pedagógica  específica,  mas  a  entrega  ao 
aluno  do  arquivo  em  mídia  do  material  de  estudo  e  posterior  impressão  do 
mesmo  em  braile,  o que  contribuiu  para  aprovação  dele  nesta disciplina.  Na 
disciplina Introdução à Informática não houve orientação pedagógica específica 
e  nem  foi  fornecido  ao  aluno  material  de  estudo  apropriado.  O  aluno  teve 
dificuldades em compreender a disciplina, principalmente no que diz respeito a 
reconhecimento  de  peças  de  computador,  entendimento  de  portas  lógicas  e 
simplificação de funções. Consequentemente o aluno não conseguiu resultados 
satisfatórios  nas  avaliações  e  ficou  reprovado;  na  disciplina  Construção  de 
Páginas  Web  houve  acompanhamento  pedagógico  específico  onde  foram 
produzidos os materiais auxiliares e aluno obteve êxito nas avaliações e obteve 
a  aprovação;  no  primeiro  semestre  de  2011,  na  disciplina  de  Projeto  de 
Desenvolvimento de Algoritmos houve orientação pedagógica; e foi oferecido 
pelo  orientador  pedagógico,  material  específico  permitindo  que  o  aluno 
obtivesse as médias necessárias sua aprovação; na disciplina de Introdução à 
Informática  houve  orientação  pedagógica  e  foi  desenvolvido  pelo  orientador 
pedagógico  material  específico  o  que  contribuiu  para  sua  aprovação;  na 
disciplina  de  Fundamentos  de  Algoritmo  para  Computação  não  houve 
orientação  pedagógica  específica  e  nem  foi  fornecido  ao  aluno  material  de 
estudo apropriado o que resultou na sua reprovação. 
6.  CONCLUSÃO 
Considerando os resultados obtidos na realização destas práticas, por meio da 
utilização de matéria de estudo tátil, gravação de aulas e adaptação de textos 
para serem reproduzidos em sintetizador de voz, verifica­se que, apesar das 
dificuldades existentes para condução das tutorias frente aos desafios impostos 
pela educação inclusiva na superação da segregação na escola e na tentativa 
de  encaminhar  o  aluno  com  deficiência  visual  ao  mercado  de  trabalho, 
encontraram­se soluções favoráveis e facilitadoras no processo do ensino da 
computação  na  EAD.  Contudo,  é  possível  observar  que, sem  a  orientação e 
distribuição  de  material  apropriado,  torna­se  impossível  permanência  de  um
ISSN 1984-2279
3337
aluno  deficiente  visual  no  ensino  superior,  e  em  particular  na  modalidade  da 
Educação à Distância. 
Por  isso  preparação  técnica  dos  tutores  para  a  condução  de  uma  tutoria 
voltada para alunos deficientes visuais de ser considerada, e o material didático 
deve  ser  construído  sob  a  orientação  dos  tutores  com  formação  teórica  no 
campo de conhecimento e orientações ou interlocuções no campo da educação 
especial  para  que  possa  conduzir  a  orientação  pedagógica  do  aluno  com 
deficiência visual. 
O estudo aponta também para a necessidade da expansão de cursos de Pós 
Graduação  Stricto  Sensu,  de  natureza  multidisciplinar  para  produções 
científicas  neste  campo  emergente  de  conhecimento  no  cenário  do  ensino 
superior. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2007. 
FERNANDES, Edicléa; ORRICO, Helio. Acessibilidade e inclusão social. Rio de 
Janeiro: Deescubra, 2011. 
FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Helio Ferreira & REDIG, Annie 
Gomes.  A  importância  da  utilização  de  adaptações  curriculares 
tridimensionais na construção do conhecimento de alunos cegos. Anais 
do  Congresso  Ibero­americano  de  Educação.  São  Paulo:UNESP  de 
Araraquara, 2007 
____. Lei Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Lei que Dispõe sobre o 
apoio  às  pessoas  portadoras  de  deficiência,  sua  integração  social,  sobre  a 
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência ­ 
Corde, institui  a  tutela  jurisdicional  de  interesses  coletivos  ou  difusos  dessas 
pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras 
providências. 
____. Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9.394/96. Brasília: MEC, 1996. 
LIMA, Francisco José de; LIMA, Rosângela A. Ferreira & SILVA, José 
Aparecido da. A preeminência da visão: crença, filosofia, ciência e o cego. 
Disponibilizado em: 23/08/2007. Disponível em: http://www.bengalalegal.com. 
Acesso em: 20/06/2012.
ISSN 1984-2279
3338
_____. Ministério da Educação. Portaria n. 1.679, de 2 de dezembro de 1999. 
Dispõe  sobre  requisitos  de  acessibilidade  de  pessoas  portadoras  de 
deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de 
cursos,  e  de  credenciamento  de  instituições.  Disponível  em: 
<portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/c1_1679.pdf>. Acesso em: 3 mar. 1999. 
NAMBU,  Tais  Suemi.  Construindo  um  Mercado  de  Trabalho  Inclusivo:  Guia 
Prático para Profissionais de Recursos Humanos. São Paulo: SORRI­BRASIL; 
Brasília: CORDE, 2003 
_____. Programa Incluir. Disponível em 
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Incluir/incluir2008.pdf. Acesso 
realizado em  3 de  maio de 2012 
RODRIGUES, R. V; RODRIGUES, S da R & FERNANDES, E. M. Oficinas de 
Acessibilidade ao Currículo: pensando na inclusão da diversidade. Anais do IV 
Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE). UFSCar, 2010
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ESTUDO DE CASO DE TUTORIA DE APOIO A ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO SUPERIOR NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

  • 1. ESTUDO DE CASO DE TUTORIA DE APOIO A ALUNO COM DEFICIÊNCIA  VISUAL  NO  ENSINO  SUPERIOR  NA  MODALIDADE  DE  EDUCAÇÃO  À  DISTÂNCIA  ANDRADE, Cristiano César dos Santos. 1  ­ Pólo CEDERJ/UAB Belford Roxo;  FERNANDES, Edicléa Mascarenhas 2  ­ UERJ;  Eixo Temático:1 –  Alunos com necessidades especiais no ensino superior  Categoria. : Comunicação Oral  RESUMO:  O  trabalho  apresenta  um  estudo  de  caso  de  aluno  com  deficiência  visual  matriculado no curso de superior de Tecnologia de Sistemas de Computação  da Universidade Federal Fluminense no Pólo CEDERJ/UAB de Belford Roxo,  RJ  na  modalidade  à  distância  (EAD).  O  objetivo  do  estudo  foi  identificar  as  ferramentas adequadas para a produção de material didático acessível para as  disciplinas.  Foram  realizadas  entrevistas  com  o  aluno  e  sua  mãe  para  identificar  as  modalidades  de  aprendizagem  do  mesmo,  as  melhores  formas  para a transmissão do conteúdo das disciplinas e as ferramentas que o aluno  utilizou  durante  a  sua  formação  no  ensino  fundamental  e  no  ensino  médio.  Foram utilizados  como  referenciais  teóricos  as  metodologias  de  adequações  curriculares  previstas  na  Educação  Especial  e  a  interlocução  interdisciplinar  com a tutoria de Educação Especial do pólo. Os questionamentos permitiram  três maneiras de transmitir conhecimentos e conceitos referentes às disciplinas  cursadas: material tátil, texto sucinto e gravação de aulas.  Palavras­Chaves:  Necessidades  Educacionais  Especiais;  Adaptação  de  Materiais Didáticos, Práticas Inclusivas no Ensino Superior.  1  Tecnólogo em Processamento de Dados, formado pela Faculdade de Belford Roxo (FABEL),  pós­graduando  Lato  Sensu em  Análise  de  Sistemas pela Pontífice Universidade Católica  do  Rio de Janeiro (PUC­Rio) e Tutor Presencial do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de  Computação  da  Universidade  Federal  Fluminense  no  Pólo  CEDERJ/UAB Belford  Roxo,  RJ–  cristianocesar@operamail.com.  2  Professora Adjunta do Departamento de Educação Inclusiva e Continuada da Faculdade de  Educação / Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Coordenadora do Núcleo de  Estudos e Pesquisas em Educação Inclusiva (NEEI/UERJ) Rio de Janeiro – Coordenadora da  disciplina  de  Educação  Especial  da  Licenciatura  em  Pedagogia  Consórcio  CEDERJ­  Presidente da Comissão encarregada de estabelecer as normas que regerão os procedimentos  a  serem  adotados  pelo  Consórcio  CEDERJ  em  relação  aos  seus  alunos  com  deficiência  e  necessidades educacionais especiais ­ professoraediclea.uerj@gmail.com. ISSN 1984-2279 3324
  • 2. 1.  INTRODUÇÃO  A  Educação  Inclusiva  é  atualmente  um  dos  maiores  desafios  do  sistema  educacional. Ela é o processo em que se amplia a participação de todos os  estudantes nos estabelecimentos de ensino dito “regular”. Sua abordagem tem  como  objetivos  o  crescimento,  a  satisfação  pessoal  e  a  inserção  social  de  todos.  A Educação Inclusiva atenta à diversidade inerente à espécie humana, busca  perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos­  alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma  a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.  Sendo  a  Educação  Inclusiva  um  processo  dinâmico  que  está  em  evolução  constante  e  tendo  suas  estruturas,  sistemas  e  metodologias  de  ensino  que  atender as necessidades das pessoas com limitações especiais, ela não deve  ser restrita ou limitada, nem por salas de aula numerosas e nem por falta de  recursos materiais.  Para  isso,  a  Lei  nº  9394/96 3  ,  determina,  dentre  outras  coisas,  que  haverá,  quando  necessário,  serviços  de  apoio  especializado,  na  escola  regular,  para  atender  às  peculiaridades  da  clientela  de  educação  especial  e  deve  ser  assegurado  aos  educandos  com  necessidades  especiais  professores  com  especialização  adequada  em  nível  médio  ou  superior,  para  atendimento  especializado,  bem  como  professores  do  ensino  regular  capacitados  para  a  integração desses educandos nas classes comuns.  De forma indireta a Educação Inclusiva visa à promoção de ações eficazes que  propiciem a inserção, nos setores públicos e privados, de pessoas portadoras  de deficiência.  Medida que os órgãos e entidades da administração direta e  indireta  devem  dispensar,  no  âmbito  de  sua  competência  e  finalidade,  conforme previsto na Lei 7.853/89 4  .  A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais  “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade  e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º, inciso IV). Define, no artigo  3  Lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Capitulo 5.  4  Lei que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social.  Alínea c do item I do parágrafo único do Art. 2º. ISSN 1984-2279 3325
  • 3. 205,  a  educação  como  um  direito  de  todos,  garantindo  o  pleno  desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o  trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de  acesso  e  permanência  na  escola”  como  um  dos  princípios  para  o  ensino  e  garante,  como  dever  do  Estado,  a  oferta  do  atendimento  educacional  especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).  Educação  Inclusiva  visa  também  preparar  o  a  pessoa  deficiente  para  o  mercado de trabalho. Por isso, [NAMBU,2003] afirma que a inclusão da pessoa  portadora de deficiência ao mercado de trabalho é um direito, independente do  tipo  de  deficiência  que  apresente  e  de  seu  grau  de  comprometimento.  No  entanto,  ainda  presenciamos  inúmeros  casos  de  discriminação  e  exclusão,  talvez,  pela  falta  de  conhecimento  da  sociedade  de  que  esse  cidadão  tem  direito à convivência não segregada e ao acesso aos recursos disponíveis aos  demais cidadãos.  O  Decreto  5296  de  2004  estabeleceu  os  princípios  e  a  garantia  de  acessibilidade  a  todas  as  pessoas  com  deficiências  no  âmbito  das  barreiras  físicas, comunicacionais e atitudinais no acesso aos bens e serviços, no campo  da educação, saúde, transporte, trabalho, esporte e lazer. Entende­se a partir  deste enfoque que a acessibilidade é um fator decisivo para minorar e extinguir  as desvantagens a que uma pessoa com deficiência fica exposta em um meio  ambiente inacessível.  No que tange a legislação implementada pelo Ministério da Educação e  Cultura  uma  definição  específica  relacionada  aos  suportes  necessários  a  alunos com deficiência no âmbito universitário, como é o caso da Portaria nº  1.679  de  1999,  trata  de  dispositivos  legais  para  “acessibilidade  de  pessoas  portadoras  de  deficiências  para  instruir  os  processos  de  autorização  e  de  reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições”.  Outro destaque é a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os  Direitos  das  Pessoas  com  Deficiência  que  foi  incorporada  à  legislação  brasileira pelo Decreto 6949 de 25 de agosto de 2009. A Convenção desloca a  ideia  da  limitação  presente  na  pessoa  com  deficiência  para  o  resultante  da  interação com o  meio ambiente, sendo assim a deficiência é o resultante da ISSN 1984-2279 3326
  • 4. ausência de suportes. A Convenção aponta assegura um sistema de educação  inclusivo em todos os níveis de ensino por meio da oferta de ambientes que  maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos e no que tange à  educação a garantia do acesso a todos os níveis de ensino até o superior.  No que concerne à inclusão no ensino superior em universidades, o Ministério  da  Educação  e  Cultura  instituiu  a  Portaria  nº  1.679  de  1999,  que  tratava  de  dispositivos legais para “acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências  para instrução dos processos de autorização e de reconhecimento de cursos e  de credenciamento de instituições de ensino.  Atualmente  o  Ministério  da  Educação  implantou  em  2005  o  Programa  de  Acessibilidade na Educação para as universidades federais. A partir desta data  começaram a ser implantados editais fomentando a implantação de núcleos de  acessibilidade com o objetivo de reduzir as barreiras físicas e comunicacionais  facilitando  a  permanência  do  aluno  no  sistema.  Porque  repetência  e  evasão  destes  alunos  vinculam­se  a  causas  não  intrínsecas  às  incapacidades  dos  mesmos,  mas  a  inadequação  do  ambiente  universitário;  seja  nos  aspectos  físicos ou nos suportes oferecidos aos mesmos.  A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do  Rio de Janeiro (CEDERJ) é um consórcio de universidades públicas federais e  estaduais  que  oferece  educação  superior  à  distância,  tendo  como  missão  promover  a  expansão  e  interiorização  do  ensino  público  e  de  qualidade  no  Estado.  Os  cursos  são  semipresenciais  com  tutores  de  acompanhamento  à  distância  e  presenciais  nos  34  (trinta  e  quatro)  pólos  disponíveis  ao  acompanhamento dos alunos.  A  partir  da  perspectiva  de  interiorização,  nos  últimos  anos  vêm  crescendo  o  número de alunos com necessidades educacionais especiais participando do  sistema,  o  que  vem  demandando  no  Consórcio  a  necessidade  de  estruturar  metodologias para acompanhamento destes alunos.  Para atender a esta demanda a presidência do CEDERJ instituiu por meio da  portaria 183, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro de 16 de  agosto de 2011, uma comissão encarregada de estabelecer normas para reger ISSN 1984-2279 3327
  • 5. procedimentos  a  serem  adotados  em  relação  aos  alunos  com  deficiência  e  necessidades educacionais especiais.  Atualmente a comissão vem instituindo um modelo de trabalho em que garante  carga  horária  de  tutoria  presencial  para  apoio aos  alunos  com  necessidades  educacionais  especiais  e  grupos  de  discussão  participantes  para  identificar  metodologias, sistematização de ações e produção de conhecimento científico.  O  Consórcio  CEDERJ  nos  últimos  anos  investindo  em  ações  tais  como  a  compra  de  impressora  Braille  para  produção  do  material  para  alunos  cegos;  ampliação  de  material  para  alunos  com  visão  subnormal  e  estudos  de  adequação ao ambiente virtual.  Porém a produção de material para alunos cegos envolve não só a transcrição  para o Braille, mas o material tátil para que os mesmos possam ter acesso ao  conteúdo, para que possam apreender por meio tátil os conceitos da disciplina  e para atender esta demanda foi criada uma carga horária de tutoria no pólo  para execução desta tarefa pedagógica.  2.  REFERENCIAIS TEÓRICOS  Os  referenciais  teóricos  pautam­se  na  triangulação  dentre  os  conceitos  de  acessibilidade, acessibilidade ao currículo, e a fenomenologia da cegueira.  Segundo  Fernandes  e  Orrico  (2011)  a  acessibilidade  é  a  possibilidade  da  pessoa  com  deficiência  utilizar  com  autonomia  e  segurança  os  espaços  e  artefatos culturais. Neste sentido, a acessibilidade ao currículo é fundamental  para o aluno cego e um de seus canais de recepção é o tato. Como afirmam  Fernandes, Orrico e Redig (2006):  “é importante que o significado das palavras e objetos, já  estejam constituídos no pensamento do aluno cego e para  que isto ocorra, é necessário que o educando tenha um  contato  com  o  objeto  concreto,  desta  forma,  ele  poderá  construir seu pensamento” (FERNANDES et alli, 2006:3).  O processo de compreensão da fenomenologia do universo do aluno cego é  fator preponderante para a construção de materiais acessíveis. Lima (2007) em  seu  artigo  A  Preeminência  da  Visão:  Crença,  Filosofia,  Ciência  e  o  Cego ISSN 1984-2279 3328
  • 6. ressalta a pouca utilização de desenhos e mapas hápticos para alunos cegos,  constata que esta ausência deve­se a:  “crença  e  no  embasamento  filosófico  das  teorias  que  sustentam  a  superioridade  da  visão  sobre  os  demais  sentidos, inclusive o tato; na crença da incapacidade de  os  cegos  compreenderem  padrões  bidimensionais  pelo  tato, uma vez que não tem experiência visual; e na crença  de  que  só  a  visão  poderia  oferecer  informações  que  permitiriam  ao  sujeito  reconhecer  figuras,  mapas  e  gráficos adequadamente”. (2007:2)  3.  OBJETIVOS  Demonstrar as práticas inclusivas aplicadas a um aluno do curso superior de  Tecnologia em Sistemas de Computação da Universidade Federal Fluminense,  na modalidade EAD, no Consórcio CEDERJ e apresentar os resultados obtidos  com a aplicação dessas práticas.  4.  METODOLOGIA  A  metodologia  do  trabalho é  o estudo  de  caso,  em  que  foram  coletadas  por  meio  de  entrevistas  informações  relacionadas  às  modalidades  de  aprendizagem do aluno e os suportes que o mesmo utilizou ao longo de sua  vida  acadêmica  na  educação  básica,  bem  como  as  intervenções  sistematizadas  utilizadas  com  o  aluno  para  a  produção  de  metodologias  institucionais e operacionais de apoio.  Foram  concedidas,  para  o  tutor,  03  (três)  horas  de  tutoria  remuneradas,  destinadas  para  orientação  pedagógica  que  é  ministrada  na  modalidade  presencial, onde o tutor ensina os assuntos pertinentes às disciplinas.  A  fim  de  alcançar  os  objetivos  propostos  de  cada  disciplina,  o  tutor  realiza  tutoria à distância fazendo uso da ferramenta skipe pelo período de uma hora  por dia, cinco dias por semana.  Os alunos da computação têm o privilégio de, em complemento as sugestões  bibliográficas, terem disponibilizado no ambiente virtual, as aulas gravadas em  vídeo  pelo  professor  da  disciplina;  porém  ainda  carecem  de  tecnologia  de  áudiodescrição o que dificulta o acesso direto a alunos cegos. ISSN 1984-2279 3329
  • 7. As  avaliações  não  são  completamente  adaptadas,  o  braile  não  é  suficiente  para  descrever  o  conteúdo  específico  das  disciplinas  deste  campo  de  conhecimento por envolver gráficos de grande complexidade; mesmo o texto  reproduzido em modo disponível para leitura em ledores de tela também não  consegue suprir esta necessidade.  No  segundo  semestre  de  2010,  o  pólo  CEDERJ  de  Belford  Roxo  recebeu  a  matricula  de  um  aluno  com  deficiência  visual.  O  pólo  não  tinha  tido  a  oportunidade de ter um discente com esta condição.  O  aluno  possuía  cegueira  total,  sendo  assim  seus  suportes  deveriam  ser  o  Braille e o uso de softwares com sintetizadores de voz para leitura de textos e  apoio de orientação e mobilidade. Contava ainda com a dificuldade de morar  distante do pólo com sua mãe, que trabalhava, e ele necessitava de apoio para  o deslocamento para o pólo.  No  primeiro  período  o  aluno  matriculou­se  nas  seguintes  disciplinas:  Inglês  Instrumental,  Introdução  à  Informática  e  Construção  de  Páginas  Web.  No  segundo  período  matriculou­se  em:  Fundamentos  de  Algoritmo  para  Computação;  Projeto  de  Desenvolvimento  de  Algoritmos  e  Introdução  à  Informática.  Os  desafios  seriam  grandes,  porém  as  barreiras  atitudinais  já  estavam  vencidas  porque  a  direção  do  pólo,  coordenação  e  tutores  buscaram  meios  para  redução  dos  obstáculos  a  sua  aprendizagem  e  que  facilitassem  a  assimilação do conteúdo.  Porém,  como  já  explicitado,  havia  a  necessidade  de  produzir  um  material  didático acessível ao aluno, pois nem sempre os ledores de tela eram capazes  de traduzir os conceitos. Os vídeos aula precisavam de melhor adequação para  sua plena compreensão.  A seguir apresentamos a descrição das disciplinas da grade curricular cursadas  pelo aluno cego, seu desempenho e análise das possíveis barreiras restritivas. ISSN 1984-2279 3330
  • 8. DISCIPLINAS CURSADAS NO PRIMEIRO PERÍODO · INGLÊS  Não houve orientação pedagógica específica, mas foi fornecido ao aluno  arquivo em mídia do material de estudo. O aluno conseguiu imprimi­lo em  braile,  o  que  contribuiu  para  que  perseguisse  os  estudos  e  obtivesse  aprovação nesta disciplina. · INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA  Não houve orientação pedagógica específica e nem foi fornecido ao aluno  material de estudo apropriado. O aluno teve dificuldades em compreender  a  disciplina,  principalmente  no  que  diz  respeito  a  reconhecimento  de  peças, entendimento dos conceitos de portas lógicas e simplificação de  funções. O aluno não conseguiu resultados satisfatórios nas avaliações e  foi reprovado nesta disciplina. · CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS WEB  Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  tutor  da  disciplina  desenvolveu  todo  material  fornecido  e,  por  indicação  da  diretoria  e  coordenação  de  tutores  do  pólo,  tornou­se  orientador  pedagógico  do  aluno.  Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para  permitir leitura através de software sintetizador de voz; aulas gravadas em  arquivos  mp3;  tabelas  e  frames  confeccionados  artesanalmente  com  barbante e cola; exemplos de avaliações adaptadas pelo orientador (para  fins de treinamento de aplicação das mesmas), etc.  O aluno obteve êxito na primeira e segunda  AD 5  , foi abaixo da média na  primeira e segunda AP 6  , porém na realização da 3ª AP foi acima da média  e conseguiu a aprovação nesta disciplina.  5  Avaliação à Distância. Realizada pelo aluno no, com prazo estipulado pelo CEDERJ.  6  Avaliação Presencial. Realizada pelo aluno no pólo em data específica, para cada disciplina,  estipulada pelo CEDERJ. ISSN 1984-2279 3331
  • 9. A seguir apresentamos o modelo tátil de material construído pelo tutor para que  o aluno pudesse apreender os conceitos. A produção do material inicial contou  com a participação do próprio aluno avaliando o modelo e a interlocução com a  tutora da disciplina de Educação Especial da Licenciatura em Pedagogia, que  possui  domínio  técnico  de  produção  de  material  adaptado  para  as  séries  iniciais do Ensino Fundamental.  MATERIAL DESENVOLVIDO PARA CONSTRUÇÃO DE PÁGINAS WEB  CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO  <TABLE BORDER>  <TR>  <TD>Coluna 1 Linha 1</TD>  <TD>Coluna 2 Linha 1</TD>  <TD>Coluna 3 Linha 1</TD>  </TR>  <TR>  <TD>Coluna 1 Linha 2</TD>  <TD>Coluna 2 Linha 2</TD>  <TD>Coluna 3 Linha 2</TD>  </TR>  </TABLE>  Reprodução em alto relevo de uma tabela com c em HTML  7  CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO  <TABLE BORDER>  <TR>  <TD ROWSPAN=2>Col 1 Lin 1</TD>  <TD>Col 2 Lin 1</TD>  <TD>Col 3 Lin 1</TD>  </TR>  <TR>  <TD COLSPAN=2>Col 2 Lin 2</TD>  </TR>  </TABLE>  Reprodução em alto relevo de uma tabela com c em HTML  7  Linguagem de marcação utilizada para confecção de páginas web. ISSN 1984-2279 3332
  • 11. CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO  <IMG SRC= “imagem.jpg” ALIGN =  “LEFT”>  Reprodução em alto relevo do alinhamento de uma imagem à esquerda.  CÓDIGO FONTE  IMAGEM EM ALTO RELEVO  <IMG SRC= “imagem.jpg” ALIGN =  “RIGHT”>  Reprodução em alto relevo do alinhamento de uma imagem à direita.  DISCIPLINAS CURSADAS NO SEGUNDO PERÍODO · INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA  Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  orientador  pedagógico  desenvolveu todo material fornecido ao aluno.  Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para  permitir leitura através de software sintetizador de voz; Portas lógicas e  exercícios  de  fixação  confeccionados  artesanalmente  com  barbante  e  cola;  mapas  de  Karnaugh  de  2,  3  e  4  variáveis  confeccionados  com ISSN 1984-2279 3334
  • 12. barbante, cola alfinetes e miçangas e  exemplos de avaliações adaptadas  pelo orientador (para fins de treinamento de aplicação das mesmas).  Não houve a necessidade de fornecer ao aluno aulas gravadas.  O aluno foi abaixo da média nas primeira e segunda AD, abaixo da média  na  primeira  AP  1,  foi  mediano  na  segunda  AP,  realizou  a  terceira  AP,  obteve a média geral e conseguiu sua aprovação.  MATERIAL DESENVOLVIDO PARA INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA  Portas Lógicas  Circuítos Lógicos ISSN 1984-2279 3335
  • 13. Mapa de Veitch Karnaugh · PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS  Houve  orientação  pedagógica  específica.  O  orientador  pedagógico  desenvolveu todo material fornecido ao aluno.  Foram produzidos os seguintes meios auxiliares: apostila adaptada para  permitir  leitura  através  de  software  sintetizador  de  voz;  exercícios  de  fixação  adaptados pelo  orientador  e  exemplos  de  avaliações  adaptadas  pelo orientador (para fins de treinamento de aplicação das mesmas).  O aluno foi mediano na primeira AD  e abaixo da média na primeira AP ,  mas  foi  acima  da  média  na  segunda  AD    e segunda  AP,  obtendo  sua  aprovação sem a necessidade de realizar a terceira AP. · FUNDAMENTOS DE ALGORITMOS PARA COMPUTAÇÃO  Não houve orientação pedagógica específica e nem foi fornecido ao aluno  material de estudo apropriado. O aluno teve dificuldades em compreender  a  disciplina,  não  conseguiu  resultados  satisfatórios  nas  ADs  e  nem  na  APs e consequentemente não conseguiu sua aprovação.  5.  RESULTADOS  Por  meio  da  análise  dos  dois  semestres  cursados  pelo  aluno  obtivemos  os  seguintes  resultados:  no  segundo  semestre  de  2010,  na  disciplina  Inglês ISSN 1984-2279 3336
  • 14. Instrumental  não houve  orientação  pedagógica  específica,  mas  a  entrega  ao  aluno  do  arquivo  em  mídia  do  material  de  estudo  e  posterior  impressão  do  mesmo  em  braile,  o que  contribuiu  para  aprovação  dele  nesta disciplina.  Na  disciplina Introdução à Informática não houve orientação pedagógica específica  e  nem  foi  fornecido  ao  aluno  material  de  estudo  apropriado.  O  aluno  teve  dificuldades em compreender a disciplina, principalmente no que diz respeito a  reconhecimento  de  peças  de  computador,  entendimento  de  portas  lógicas  e  simplificação de funções. Consequentemente o aluno não conseguiu resultados  satisfatórios  nas  avaliações  e  ficou  reprovado;  na  disciplina  Construção  de  Páginas  Web  houve  acompanhamento  pedagógico  específico  onde  foram  produzidos os materiais auxiliares e aluno obteve êxito nas avaliações e obteve  a  aprovação;  no  primeiro  semestre  de  2011,  na  disciplina  de  Projeto  de  Desenvolvimento de Algoritmos houve orientação pedagógica; e foi oferecido  pelo  orientador  pedagógico,  material  específico  permitindo  que  o  aluno  obtivesse as médias necessárias sua aprovação; na disciplina de Introdução à  Informática  houve  orientação  pedagógica  e  foi  desenvolvido  pelo  orientador  pedagógico  material  específico  o  que  contribuiu  para  sua  aprovação;  na  disciplina  de  Fundamentos  de  Algoritmo  para  Computação  não  houve  orientação  pedagógica  específica  e  nem  foi  fornecido  ao  aluno  material  de  estudo apropriado o que resultou na sua reprovação.  6.  CONCLUSÃO  Considerando os resultados obtidos na realização destas práticas, por meio da  utilização de matéria de estudo tátil, gravação de aulas e adaptação de textos  para serem reproduzidos em sintetizador de voz, verifica­se que, apesar das  dificuldades existentes para condução das tutorias frente aos desafios impostos  pela educação inclusiva na superação da segregação na escola e na tentativa  de  encaminhar  o  aluno  com  deficiência  visual  ao  mercado  de  trabalho,  encontraram­se soluções favoráveis e facilitadoras no processo do ensino da  computação  na  EAD.  Contudo,  é  possível  observar  que, sem  a  orientação e  distribuição  de  material  apropriado,  torna­se  impossível  permanência  de  um ISSN 1984-2279 3337
  • 15. aluno  deficiente  visual  no  ensino  superior,  e  em  particular  na  modalidade  da  Educação à Distância.  Por  isso  preparação  técnica  dos  tutores  para  a  condução  de  uma  tutoria  voltada para alunos deficientes visuais de ser considerada, e o material didático  deve  ser  construído  sob  a  orientação  dos  tutores  com  formação  teórica  no  campo de conhecimento e orientações ou interlocuções no campo da educação  especial  para  que  possa  conduzir  a  orientação  pedagógica  do  aluno  com  deficiência visual.  O estudo aponta também para a necessidade da expansão de cursos de Pós  Graduação  Stricto  Sensu,  de  natureza  multidisciplinar  para  produções  científicas  neste  campo  emergente  de  conhecimento  no  cenário  do  ensino  superior.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:  BRASIL. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2007.  FERNANDES, Edicléa; ORRICO, Helio. Acessibilidade e inclusão social. Rio de  Janeiro: Deescubra, 2011.  FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Helio Ferreira & REDIG, Annie  Gomes.  A  importância  da  utilização  de  adaptações  curriculares  tridimensionais na construção do conhecimento de alunos cegos. Anais  do  Congresso  Ibero­americano  de  Educação.  São  Paulo:UNESP  de  Araraquara, 2007  ____. Lei Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Lei que Dispõe sobre o  apoio  às  pessoas  portadoras  de  deficiência,  sua  integração  social,  sobre  a  Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência ­  Corde, institui  a  tutela  jurisdicional  de  interesses  coletivos  ou  difusos  dessas  pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras  providências.  ____. Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e  Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9.394/96. Brasília: MEC, 1996.  LIMA, Francisco José de; LIMA, Rosângela A. Ferreira & SILVA, José  Aparecido da. A preeminência da visão: crença, filosofia, ciência e o cego.  Disponibilizado em: 23/08/2007. Disponível em: http://www.bengalalegal.com.  Acesso em: 20/06/2012. ISSN 1984-2279 3338
  • 16. _____. Ministério da Educação. Portaria n. 1.679, de 2 de dezembro de 1999.  Dispõe  sobre  requisitos  de  acessibilidade  de  pessoas  portadoras  de  deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de  cursos,  e  de  credenciamento  de  instituições.  Disponível  em:  <portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/c1_1679.pdf>. Acesso em: 3 mar. 1999.  NAMBU,  Tais  Suemi.  Construindo  um  Mercado  de  Trabalho  Inclusivo:  Guia  Prático para Profissionais de Recursos Humanos. São Paulo: SORRI­BRASIL;  Brasília: CORDE, 2003  _____. Programa Incluir. Disponível em  http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/Incluir/incluir2008.pdf. Acesso  realizado em  3 de  maio de 2012  RODRIGUES, R. V; RODRIGUES, S da R & FERNANDES, E. M. Oficinas de  Acessibilidade ao Currículo: pensando na inclusão da diversidade. Anais do IV  Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE). UFSCar, 2010 ISSN 1984-2279 3339