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Desafios da Agenda
Ambiental
Patrícia Iglecias
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Sobre os Objetivos do
Desenvolvimento
Sustentável
• Setembro de 2015 – ODS (Negociações da Cúpula das Nações Unidas para
o Desenvolvimento Sustentável)
• Discussões a partir da Conferência Rio+20
• Orientação das políticas nacionais e as atividades de cooperação
internacional nos próximos 12 anos (substituição dos ODM)
• 17 Objetivos e 169 metas
ECONOMIA SOCIEDADE MEIO AMBIENTE
A TRANSVERSALIDADE DAS PARCERIAS NOS ODS
• Eixo das preocupações -
Pessoa Humana
• Meio ambiente
• Livre iniciativa
• Qualidade de vida
EQUACIONAMENTO
▪ NETWORKING: Criação de redes de parceiros para promover o compartilhamento de conhecimentos e
práticas inovadoras
▪ PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS: Produção de conhecimentos voltados para o progresso de cidades e
regiões
▪ COLABORAÇÃO: Incentivar ações efetivas por meio da construção de capacidades e colaboração
intersetorial
▪ MONITORAMENTO: Planejamento, monitoramento e produção de relatórios das atividades
▪ COMUNICAÇÃO: Informar aos stakeholders as realizações das cidades e regiões
ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
“
Nossa luta pela sustentabilidade será ganha ou perdida nas cidades”
(Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU, NY, 2012)
▪ ODS globais, realização local: Os ODS são globais, mas a sua realização dependerá da nossa capacidade de torná-los
uma realidade concreta e eficiente em nossas cidades e regiões/estados.
▪ Capacidade de adaptação pragmática: As cidades podem abordar objetivos e metas de forma pragmática, adaptando-
os a seus contextos específicos e ajudando seus cidadãos a entender como ações locais contribuem para a sua
realização.
▪ Catalisadores de mudança: Os governos subnacionais não devem ser vistos como meros executores da Agenda. Eles
são formuladores de políticas e estão melhor posicionados para conectar as metas globais às realidades das
comunidades locais.
LOCALIZAÇÃO DOS ODS NAS ESFERAS LOCAIS E REGIONAIS
SENSIBILIZAÇÃO
❖ Incluir os ODS em suas próprias estruturas
políticas
❖ Realizar campanhas de comunicação e
sensibilização
❖ Nomear embaixadores dos ODS para
maximizar o alcance e impacto
❖ Envolver plataformas já existentes e novas
INCENTIVO
❖ Participar na definição das estratégias nacionais
dos ODS
❖ Reunir evidências de diferentes partes
interessadas para apoiar a defesa de suas ideias
❖ Buscar um ambiente favorável no nível nacional
baseado na descentralização e boa governança
❖ Promover parcerias multiníveis e multilaterais
visando uma melhor cooperação
IMPLEMENTAÇÃO
❖ Construir sinergias e ligações
❖ Identificar as ações e os recursos necessários
❖ Criar mecanismos institucionais locais e estruturas
de governança
❖ Mobilizar recursos humanos, técnicos e financeiros
nacionais e internacionais, celebração de parcerias
com universidades e outras partes interessadas
ACOMPANHAMENTO
❖ Coletar, acompanhar e analisar os dados no nível
local;
❖ Desenvolver um conjunto de indicadores localizados
e específicos a seus territórios
❖ Participar do acompanhamento e da avaliação dos
ODS no nível nacional
❖ Promover a participação de outras partes
interessadas e garantir que a informação coletada
seja usada para o acompanhamento nacional e
produção de relatórios sobre os ODS
O PAPEL DOS GOVERNOS LOCAIS
Desafios
• Áreas contaminadas
• Mitigação e desenvolvimento de tecnologias para prevenção dos efeitos das
mudanças climáticas
• Gerenciamento de recursos hídricos
• Preservação de recursos naturais
• Ocupações irregulares e desastres
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ODS 12 – Produção e
Consumo Responsáveis
Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Consumo Sustentável no Brasil
• População: 207.123.250 (IBGE, 2017)
• Resíduos Sólidos: 79,9 milhões de
toneladas (Abrelpe, 2016)
• Disposição inadequada de resíduos:
41,3% (Abrelpe, 2016)
• Mais de 3.300 municípios têm
disposição inadequada de resíduos
(Abrelpe, 2016)
• A geração de resíduos sólidos no Brasil
cresceu mais de 26% entre 2005-2015
(Abrelpe, 2016)
Inventário de Resíduos Sólidos – Estado de São Paulo
Ano
Número de
Municípios
Disposição
Ambientalmente
Adequada
1997 645 41 (6%)
2016 645 600 (93%)
Diagnóstico Atual
• Desperdício de alimentos: 1.3 bilhão de toneladas/dia*
• Economia de energia: o uso de lâmpadas econômicas poderá economizar 120
bilhões de dólares no mundo anualmente
• Problema de 9 Bi: população mundial deve atingir 9.6 bilhões de pessoas em
2050**
• Repensar o estilo de vida: necessários 3 planetas para manter o atual estilo de
vida dominante***
• Desigualdades em Saúde: 3 em 10 pessoas no mundo (2.1 bilhões) não têm
acesso a água tratada em casa. 6 em 10 (4.5 bilhões) não possui tratamento de
esgoto sanitário****
* FAO Report, 2013
**UN Departament of Economic and Social Affairs, 2017
*** World Bank, 2016
**** WHO and UNICEF Report, 2017
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ODS 6 – Água limpa e
saneamento
Papel do Poder Público
• Gerenciar e fiscalizar tanto a captação
de recursos hídricos quanto o
lançamento de efluentes para os
recursos hídricos;
• Cobrança pelo uso de recursos hídricos;
• Definir espaços territoriais
especialmente protegidos para garantir
o ciclo natural da água;
• Estudos prévios de impacto ambiental e
adequação do licenciamento ambiental
ao uso racional dos recursos hídricos,
entre outros.
Fonte: file:///C:/Users/Advogado/Downloads/ANA_OS11_Mod1_Unid123_V1.1.pdf
Papel do Setor Privado
• Pagamento pelo uso de recursos hídricos;
• Regularidade ambiental na captação de recursos hídricos;
• Regularidade ambiental no lançamento de efluentes para recursos hídricos;
• Elaboração de estudos de impactos ambientais completos e atendimento às
condicionantes de licenciamento ambiental voltadas ao uso racional dos
recursos hídricos;
• Preservação dos espaços especialmente protegidos;
• Compensação ambiental quando pertinente, entre outros.
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Governança da Água: papel
do setor privado
Do pagamento pelo uso dos recursos hídricos
• Água: bem de domínio público, escasso e dotado de valor econômico;
• Racionalização do uso do recurso;
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compensações e incentivos aos usuários;
• Usos comuns dos recursos captados pelos Fundos Estaduais de Recursos Hídricos:
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mesma Bacia Hidrográfica
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• Condicionantes do Licenciamento Ambiental
• Limitação de captação de recurso hídrico e lançamento de efluentes
• Aplicação das melhores técnicas disponíveis
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• Política de gestão ambiental, contemplando uso racional dos recursos hídricos
• Política para redução de pegada hídrica
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hídricos
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ODS 15 – Vida terrestre
• Do cômputo de APPs no cálculo de percentual de RL (Art. 15, Código Florestal)
➢ não implique conversão de novas áreas para uso alternativo do solo
➢ área a ser computada deve estar conservada ou em recuperação
➢ requerimento pelo proprietário ou possuidor de inclusão do imóvel no CAR
• Do julgamento do STF nas ADIs nº 4901, 4902, 4903 e 4937 e na ADC nº 42:
➢ Interpretação conforme do art. 3º, XVII, para incluir entornos das nascentes e olhos
d’água intermitentes como APP
➢ Interpretação conforme do art. 4º, IV, para incluir os entornos das nascentes e olhos
d’água como APP.
Da preservação de áreas especialmente protegidas – APPs
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ODS 7 – Energia acessível e
limpa
Ano-base: 2017
➢ Renováveis 43,2%
➢ Não renováveis: 56,8%
Repartição da oferta interna de energia (OIE)
Biomassa da cana
17,4%
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11,9%
Lenha e carvão vegetal
8,0%
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5,8%
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36,2%
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12,9%
Carvão Mineral
5,6%
Urânio
1,4%
Outras
0,6%
Fonte: Relatório Empresa de Pesquisa Energética do MME 2018
Ano-base: 2017
Quem usou a energia no Brasil?
Fonte: Relatório Empresa de Pesquisa Energética do MME 2018
Indústrias
33,3%
Transporte
32,5%
Setor Energético
10,0%
Residências
9,6%
Agropecuária
4,0%
Serviços
4,8%
Uso não energético
5,8%
Muito obrigada!
Patrícia Iglecias
Superintendente de Gestão Ambiental - USP
Sócia Fundadora - Iglecias & Famá Advogados
Professora Associada da Faculdade de Direito da USP
Diretora Regional do Programa Cidades do Pacto Global da ONU
iglecias@igleciasfama.com
patricia.iglecias@usp.br

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Desafios da Agenda Ambiental

  • 2.
  • 3. www.igleciasfama.com Sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
  • 4. • Setembro de 2015 – ODS (Negociações da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável) • Discussões a partir da Conferência Rio+20 • Orientação das políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos 12 anos (substituição dos ODM) • 17 Objetivos e 169 metas
  • 5.
  • 6. ECONOMIA SOCIEDADE MEIO AMBIENTE A TRANSVERSALIDADE DAS PARCERIAS NOS ODS
  • 7. • Eixo das preocupações - Pessoa Humana • Meio ambiente • Livre iniciativa • Qualidade de vida EQUACIONAMENTO
  • 8. ▪ NETWORKING: Criação de redes de parceiros para promover o compartilhamento de conhecimentos e práticas inovadoras ▪ PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS: Produção de conhecimentos voltados para o progresso de cidades e regiões ▪ COLABORAÇÃO: Incentivar ações efetivas por meio da construção de capacidades e colaboração intersetorial ▪ MONITORAMENTO: Planejamento, monitoramento e produção de relatórios das atividades ▪ COMUNICAÇÃO: Informar aos stakeholders as realizações das cidades e regiões ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
  • 9. “ Nossa luta pela sustentabilidade será ganha ou perdida nas cidades” (Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU, NY, 2012) ▪ ODS globais, realização local: Os ODS são globais, mas a sua realização dependerá da nossa capacidade de torná-los uma realidade concreta e eficiente em nossas cidades e regiões/estados. ▪ Capacidade de adaptação pragmática: As cidades podem abordar objetivos e metas de forma pragmática, adaptando- os a seus contextos específicos e ajudando seus cidadãos a entender como ações locais contribuem para a sua realização. ▪ Catalisadores de mudança: Os governos subnacionais não devem ser vistos como meros executores da Agenda. Eles são formuladores de políticas e estão melhor posicionados para conectar as metas globais às realidades das comunidades locais. LOCALIZAÇÃO DOS ODS NAS ESFERAS LOCAIS E REGIONAIS
  • 10. SENSIBILIZAÇÃO ❖ Incluir os ODS em suas próprias estruturas políticas ❖ Realizar campanhas de comunicação e sensibilização ❖ Nomear embaixadores dos ODS para maximizar o alcance e impacto ❖ Envolver plataformas já existentes e novas INCENTIVO ❖ Participar na definição das estratégias nacionais dos ODS ❖ Reunir evidências de diferentes partes interessadas para apoiar a defesa de suas ideias ❖ Buscar um ambiente favorável no nível nacional baseado na descentralização e boa governança ❖ Promover parcerias multiníveis e multilaterais visando uma melhor cooperação IMPLEMENTAÇÃO ❖ Construir sinergias e ligações ❖ Identificar as ações e os recursos necessários ❖ Criar mecanismos institucionais locais e estruturas de governança ❖ Mobilizar recursos humanos, técnicos e financeiros nacionais e internacionais, celebração de parcerias com universidades e outras partes interessadas ACOMPANHAMENTO ❖ Coletar, acompanhar e analisar os dados no nível local; ❖ Desenvolver um conjunto de indicadores localizados e específicos a seus territórios ❖ Participar do acompanhamento e da avaliação dos ODS no nível nacional ❖ Promover a participação de outras partes interessadas e garantir que a informação coletada seja usada para o acompanhamento nacional e produção de relatórios sobre os ODS O PAPEL DOS GOVERNOS LOCAIS
  • 11. Desafios • Áreas contaminadas • Mitigação e desenvolvimento de tecnologias para prevenção dos efeitos das mudanças climáticas • Gerenciamento de recursos hídricos • Preservação de recursos naturais • Ocupações irregulares e desastres
  • 12. www.igleciasfama.com ODS 12 – Produção e Consumo Responsáveis
  • 13. Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Consumo Sustentável no Brasil • População: 207.123.250 (IBGE, 2017) • Resíduos Sólidos: 79,9 milhões de toneladas (Abrelpe, 2016) • Disposição inadequada de resíduos: 41,3% (Abrelpe, 2016) • Mais de 3.300 municípios têm disposição inadequada de resíduos (Abrelpe, 2016) • A geração de resíduos sólidos no Brasil cresceu mais de 26% entre 2005-2015 (Abrelpe, 2016)
  • 14. Inventário de Resíduos Sólidos – Estado de São Paulo Ano Número de Municípios Disposição Ambientalmente Adequada 1997 645 41 (6%) 2016 645 600 (93%)
  • 15. Diagnóstico Atual • Desperdício de alimentos: 1.3 bilhão de toneladas/dia* • Economia de energia: o uso de lâmpadas econômicas poderá economizar 120 bilhões de dólares no mundo anualmente • Problema de 9 Bi: população mundial deve atingir 9.6 bilhões de pessoas em 2050** • Repensar o estilo de vida: necessários 3 planetas para manter o atual estilo de vida dominante*** • Desigualdades em Saúde: 3 em 10 pessoas no mundo (2.1 bilhões) não têm acesso a água tratada em casa. 6 em 10 (4.5 bilhões) não possui tratamento de esgoto sanitário**** * FAO Report, 2013 **UN Departament of Economic and Social Affairs, 2017 *** World Bank, 2016 **** WHO and UNICEF Report, 2017
  • 16. www.igleciasfama.com ODS 6 – Água limpa e saneamento
  • 17. Papel do Poder Público • Gerenciar e fiscalizar tanto a captação de recursos hídricos quanto o lançamento de efluentes para os recursos hídricos; • Cobrança pelo uso de recursos hídricos; • Definir espaços territoriais especialmente protegidos para garantir o ciclo natural da água; • Estudos prévios de impacto ambiental e adequação do licenciamento ambiental ao uso racional dos recursos hídricos, entre outros. Fonte: file:///C:/Users/Advogado/Downloads/ANA_OS11_Mod1_Unid123_V1.1.pdf
  • 18. Papel do Setor Privado • Pagamento pelo uso de recursos hídricos; • Regularidade ambiental na captação de recursos hídricos; • Regularidade ambiental no lançamento de efluentes para recursos hídricos; • Elaboração de estudos de impactos ambientais completos e atendimento às condicionantes de licenciamento ambiental voltadas ao uso racional dos recursos hídricos; • Preservação dos espaços especialmente protegidos; • Compensação ambiental quando pertinente, entre outros.
  • 20. Do pagamento pelo uso dos recursos hídricos • Água: bem de domínio público, escasso e dotado de valor econômico; • Racionalização do uso do recurso; • Estímulo à conservação, proteção e recuperação dos recursos hídricos, por meio de compensações e incentivos aos usuários; • Usos comuns dos recursos captados pelos Fundos Estaduais de Recursos Hídricos: ➢ Royalties da geração de energia ➢ Aplicação em programas de Pagamento por Serviços Ambientais desenvolvidos na mesma Bacia Hidrográfica
  • 21. Do uso racional dos recursos hídricos • Condicionantes do Licenciamento Ambiental • Limitação de captação de recurso hídrico e lançamento de efluentes • Aplicação das melhores técnicas disponíveis • Proatividade dos empreendedores • Política de gestão ambiental, contemplando uso racional dos recursos hídricos • Política para redução de pegada hídrica • Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, menos dependentes de recursos hídricos
  • 23. • Do cômputo de APPs no cálculo de percentual de RL (Art. 15, Código Florestal) ➢ não implique conversão de novas áreas para uso alternativo do solo ➢ área a ser computada deve estar conservada ou em recuperação ➢ requerimento pelo proprietário ou possuidor de inclusão do imóvel no CAR • Do julgamento do STF nas ADIs nº 4901, 4902, 4903 e 4937 e na ADC nº 42: ➢ Interpretação conforme do art. 3º, XVII, para incluir entornos das nascentes e olhos d’água intermitentes como APP ➢ Interpretação conforme do art. 4º, IV, para incluir os entornos das nascentes e olhos d’água como APP. Da preservação de áreas especialmente protegidas – APPs
  • 24. www.igleciasfama.com ODS 7 – Energia acessível e limpa
  • 25. Ano-base: 2017 ➢ Renováveis 43,2% ➢ Não renováveis: 56,8% Repartição da oferta interna de energia (OIE) Biomassa da cana 17,4% Hidráulica 11,9% Lenha e carvão vegetal 8,0% Outras renováveis 5,8% Petróleo e derivados 36,2% Gás Natural 12,9% Carvão Mineral 5,6% Urânio 1,4% Outras 0,6% Fonte: Relatório Empresa de Pesquisa Energética do MME 2018
  • 26. Ano-base: 2017 Quem usou a energia no Brasil? Fonte: Relatório Empresa de Pesquisa Energética do MME 2018 Indústrias 33,3% Transporte 32,5% Setor Energético 10,0% Residências 9,6% Agropecuária 4,0% Serviços 4,8% Uso não energético 5,8%
  • 27. Muito obrigada! Patrícia Iglecias Superintendente de Gestão Ambiental - USP Sócia Fundadora - Iglecias & Famá Advogados Professora Associada da Faculdade de Direito da USP Diretora Regional do Programa Cidades do Pacto Global da ONU iglecias@igleciasfama.com patricia.iglecias@usp.br