Objetivos: O objetivo da palestra é trazer um panorama geral da cadeia de suprimentos do agronegócio, os desafios e as oportunidades visando fomentar o desenvolvimento sustentável.
Palestrante: Thiago Guilherme Péra - Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), Mestre em Engenharia de Sistemas Logísticos pela Escola Politécnica da USP. Atualmente é Coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG). Atua na área de logística do agronegócio e desenvolvimento de ferramentais quantitativos para tomadas de decisão, particularmente envolvendo temas como otimização, transporte, armazenagem e perdas.
2. Sobre o Grupo ESALQ-LOG
Relações importantes da logística do agronegócio
Agronegócio vs. Logística
Atividades de transporte
Atividades de armazenagem
Iniciativas públicas e privadas
Considerações finais
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
4. ESALQ-LOG
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE FRETES
Monitoramento semanal de fretes;
Indicadores de fretes efetivos em todo
território nacional;
Informações organizadas por produto e por
corredor de transporte;
Aproximadamente 3.000 informações
coletadas semanalmente.
5. ESALQ-LOG
Preços e Tarifas de armazenagem;
Modelos de otimização de localização
para armazéns;
Viabilidade de investimentos;
Custos de armazenagem;
Uso estratégico da armazenagem.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ARMAZENAGEM
7. LOGÍSTICA
“ ... planejamento e operações dos
sistemas físicos, informacionais, e
gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam
condicionantes espaciais e
temporais de forma econômica”
Fonte: Daskin (1985)
8. LOGÍSTICA
“ ... fazer com que as coisas cheguem
no lugar certo, na hora certa, em
condições adequadas e que se gaste o
menos possível com isso”
Fonte: Caixeta-Filho (2001)
10. AGRONEGÓCIO VS. LOGÍSTICA
Característicasdos produtosagrícolas
Baixo valor agregado
Grandes volumes e longas distâncias
Sazonalidade
Mercados concorrenciais
Perecibilidade vs. Alto Risco
(naturezaclimática,biológica...)
11. AGRONEGÓCIO VS. LOGÍSTICA
IMPACTO DO PREÇO DE FRETE NOS PREÇOS DE COMERCIALIZAÇÃOIMPACTO DO PREÇO DE FRETE NOS PREÇOS DE COMERCIALIZAÇÃO
16. AGRONEGÓCIO VS. LOGÍSTICA
CAMINHOS POSSÍVEIS PARA
DILUIÇÃO DE CUSTOS FIXOS:
economias de escala;
eficiência de processos / baixa
ociosidade;
organização;
sincronia / integração das atividades.
23. ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM
Importância do estoque/armazenagem:
Função de compensar descompasso espacial
e/ou temporal entre oferta e demanda de um
produto
Qualidade do produto
Estratégia de comercialização
25. ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM
ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃOESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO
Cenário Sem Armazenagem Cenário Com Armazenagem
Fonte: NovaAgri (2011)
26. ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM
Fonte: CONAB (2015) e IBGE (2015)
Distribuição da capacidade estática de armazenagem regional¹:
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Até 30% de 31% a 60% de 61% a 90% de 91% a 120% de 121% a 150% Acima de 151%
Frequência(%)
Relação entre capacidade de armazenagem e produção de grãos (%)
Nível desejável de
capacidade
27. ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM
• Plataforma integrada do Siarma e Sifreca
• Informação rápida e transparente
• Informações estratégicas para a tomada de decisão
• Informações de apoio à gestão logística
• Avaliação de cenários logísticos
Simulador de Estratégias LogísticasSimulador de Estratégias Logísticas
28. ATIVIDADES DE ARMAZENAGEM
Frete "Exportação"
26,28%
Frete "Fazenda-
Armazém"
0,61%
Armazenagem
3,30%Receita Líquida
69,81%
600,00
650,00
700,00
750,00
800,00
850,00
900,00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
ReceitaLíquida(R$/t)
Período do ano (2015)
Cenário s/ armazenagem Cenário c/ armazenagem Custo de Oportunidade¹
Impactos dos custos logísticos no
preço de comercialização
Receita líquida esperada com a estratégia adotada
R$ 789,69 / tonelada
Armazenagem em Março
Comercialização em Junho
CORREDOR EXPORTAÇÃO DE SORRISO (MT) – SANTOS (SP)
Simulador de Estratégias LogísticasSimulador de Estratégias Logísticas
30. INICIATIVA PÚBLICA E PRIVADA
Relações do GovernoRelações do Governo
Regulamentação do Setor
Concessão de Subsídios. Exemplo:
Armazenagem / Veículos Pesados
Investimentos em
infraestrutura
Concessão de infraestrutura
31. INICIATIVA PÚBLICA E PRIVADA
R. Amazonas
Rio Branco
Porto Velho
Caracas
Georgetown
Paramaribo
Manaus
Santarém
Guri
BR-163
BR-364/070
Itaituba
Belém
Estreito
Miracema
Aruanã
Itaqui
Marabá
Tucuruí
Caiena
Boa Vista
BR-174
Alta Floresta
EUA
Europa
Hidrovia do
Madeira
Vilhena
Cuiabá
Uberlândia
Sepetiba
Rio BrancoRio Branco
Campos
Rio Grande
Natal
João Pessoa
Pecém
Maceió
Recife
Suape
Fortaleza
Petrolina
Aracaju
XINGÓ
Salvador
Belo
HorizonteTietê
Osóri
o
Santos
ARGENTINAURUGUAI
PARAGUAI
BOLÍVIA
Itaipú
Corumbá
Parana
guá
Po
rto
Al
eg
re
São PauloHidrovia
Tietê-Paraná
Campo
Grande
Florianópolis
Macapá
PORTOS
FERROVIAS
HIDROVIA
SRODOVIAS
ACESS
OS
Corredores logísticosCorredores logísticos
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS (EXPECTATIVAS)
Dono da carga tem se tornado o dono da logística
Busca da economia de escala e de escopo
Incremento do nível (qualidade) do serviço de transporte
rodoviário
Resgate da credibilidade das ferrovias
Expansão da hidrovia
Expansão da dutovia
Aumento da capacidade e eficiência dos terminais portuários
Consolidação do modelo intermodal de transporte
Expansão do sistema de armazenagem
Avaliação dos impactos ambientais na logística
Preocupação com as perdas na logística
34. DIMENSÕES DAS PERDAS NA LOGÍSTICA DE GRÃOS
Indicadores Soja Milho
Grãos
(Soja e Milho)
Perdas físicas (milhão t) 1,076 1,304 2,381
Perdas físicas
(% produção)
1,102% 1,535% 1,303%
Perdas econômicas ou
custos das perdas
(milhão R$)
1.317 (95.6%
custos de
oportunidade e
4.4% custos
logísticos)
722,57 (92%
custos de
oportunidade e 8%
custos logísticos)
2.039 (94,3%
custos de
oportunidade e
5,7% custos
logísticos)
Perdas ambientais
(t CO2)
21.533 17.368 39.901
Perdas ambientais
(% CO2)
1,53% 1,15% 1,33%
Fonte: Péra (2017)
35. DIMENSÕES DAS PERDAS NA LOGÍSTICA DE GRÃOS
Fonte: Péra (2017)
PERDAaimk = βa
2
a Armazéma + β3Qualidade viai + β4 Modalidadem
+ β5 Canal Comercialiazaçãok + α + ε
Variáveis Sinal Coeficientes Unidade
Interseção (α) (+) 0,269 %
ArmazémFazenda (β1) (+) 0,895 %
ArmazémExterno (β2) (+) 1,388 %
QualidadeViaBoa (β3) (-) -0,134 %
Multimodalidade (β4) (+) 0.415 %
Exportação (β5) (+) 0.247 %
Coeficientes da função de perdas na agrologística de grãos
36. SUSTENABILIDADE NA AGRO-LOGÍSTICA
Econômicos Sociais
• Eficiência
• Produtividade
• Economia de
combustível
• Maior segurança do
transporte
• Menor risco de
acidentes
• Mitigação das
emissões de GEE => consumo
Ambientais
Sustentabilidade integradaSustentabilidade integrada
37. ANTT. Agência Nacional de Transportes Terrestres. Disponível em: <antt.gov.br>.
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial.
4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CARETA, C. Logística e Cadeia de Suprimentos. Material de disciplina de logística e cadeia de suprimentos da
ESALQ-USP. 2016.
CNT. Confederação Nacional dos Transportes. Disponível em: <cnt.org.br>. Acesso em: 15 de Ago. de 2010.
DASKIN, M.S. Logistics: an overview of the state of the art and perspectives on future research,
Transportation Research A, v.19, n.5/6, 1985.
ESALQ-LOG. Grupo de pesquisa e extensão em logística agroindustrial. Disponível em: <log.esalq.ups.br>.
FLEURY, P.F. Supply chain management: Conceitos, oportunidades e desafios da implementação. Rio de
Janeiro: UFRJ/COPPEAD, 1999.
GAMEIRO, A.H. Logística de granéis sólidos agrícolas. In: CURSO DE DIFUSÃO EM LOGÍSTICA AGROINDUSTRIAL,
2, 2010, Piracicaba. CD-ROM.
NOVAES, A.G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: estratégia, operação e avaliação.
Segunda Edição, Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004.
NOVAAGRI. NovaAgri Infraestrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola. Disponível em:
<novaagri.com.br>. Acesso em: 15 de Ago. de 2010.
PÉRA, T.G. Modelagem das perdas na agrologística de grãos no Brasil: uma aplicação de programação
matemática. Dissertação de Mestrado apresentada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Programa de Engenharia de Sistemas Logísticos. São Paulo, SP. 160 p.
REFERÊNCIAS