Proposta Curricular MT anos iniciais: Alinhamentos e Articulações
1. Proposta Curricular dos anos iniciais em MT: Articulação e Alinhamentos
Os documentos
curriculares são
norteadores e não
currículo
O propósito do doc. é
colaborar com os
docentes para a
produção de currículos
com significados e
ressignificados nas
práticas sociais
vivenciadas no contexto
das escolas
Os objetivos de aprendizagem
estão consonantes com a
proposta da BNCC, pois foram
elaborados com base no doc.
2. Pedagogização da Infância
A pedagogização da infância produz efeitos de compensação, a
criança é percebida, muitas vezes, pelo que lhe falta e não por seu
potencial. FALTA EQUILIBRIO ENTRE ASSISTENCIALISMO E
APRENDIZAGEM
EXAGEROS!!!
Brincar ou Aprender? Brincar e Aprender...
Por um lado, os defensores de um ensino sistematizado, de outro, a
negação do ensinar e das relações entre a educação infantil e a etapa
subsequente.
Pasqualini (2006 p. 193) propõe a intervenção intencional e
consciente do professor e ao propô-la a autora espera que
instituições de educação infantil superem a tarefa de mera
socialização e recreação
da criança pequena.
Vigotski (2008), entende o bom aprendizado como aquele que se
adianta ao desenvolvimento, que se dá de forma prospectiva,
direcionado às funções potenciais, para o que a criança ainda não é
capaz de fazer de forma independente. (potencial) Para através da
brincadeira a criança se adiantar ao seu nível mental real, “[...] ela
parece tentar dar um salto acima do seu comportamento comum”
(VIGOTSKI, 2008, p. 35).
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento
proximal da criança. No brinquedo, a criança
sempre se comporta além do comportamento
habitual de sua idade, além de seu comportamento
diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do
que é na realidade. Como no foco de uma lente de
aumento, o brinquedo contém todas as tendências
do desenvolvimento sob forma condensada, sendo,
ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento
(VIGOTSKI, 1991, p. 134-135)
CRIAM FANTASIAS – vida adulta
3. Transição entre processos de avaliação – Rupturas:
Infantil/Fundamental
A proposta pedagógica deve prover formas para garantir a
continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de
conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental (BRASIL,
2010, p. 29-30).
Filosofia: um convite à metacognição
O Pensar da Criança: reflexões que auxiliam na ação didática
Para aprender investigar de forma compartilhada e dialógica;
Para desenvolver a capacidade de pensar e incentivar as crianças
a exercerem um pensamento reflexivo, rigoroso, crítico, criativo,
cuidadoso, contextualizado e autocorretivo.
Isso, significa que as crianças precisam memorizar Platão ou
Aristóteles, por exemplo!
Para Vygotsky (1984, p. 119) a escrita vai além de uma habilidade
motora [...] em seus escritos o autor afirma: “ Ensina-se as crianças a
desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a
linguagem escrita.”
ESCRITA/LEITURA SOCIAL
Assim moro em meu sonho: como um
peixe no mar.
O que sou é o que vejo.
Vejo e sou meu olhar.
Cecília Meireles
4. As práticas de linguagens, que são definidas pela organização da BNCC e
que se apresentam subdivididas em campos a seguir:
Campo da vida cotidiana,
Campo artístico - literário,
Campo da vida pública e
Campo das práticas de estudo e pesquisas.
A definição desses campos evoca para um trabalho sistemático e intencional,
sendo também importante destacar o bom uso do tempo escolar e, este tempo
escolar deve estar pensado e distribuído no planejamento como nos alerta
Candau (1988)
No que diz respeito aos fatores pedagógicos [...] André (1985) destaca
[...] a existência de atividades planejadas [...] maior uso da afetividade, em geral
revestido de um caráter marcadamente institucional; a prática do trabalho
diversificado; melhor utilização do tempo na sala de aula; conhecimento e
segurança sobre o conteúdo; associação harmônica do atendimento grupal e
individual e a ligação do conteúdo com a realidade dos alunos (CANDAU, 1988,
p. 95).
5. Alfabetização Matemática
De acordo com o que temos hoje ao que se refere a
alfabetização devemos assegurar as crianças o direito
de serem alfabetizadas até o 3°ano do 1° ciclo para
que este objetivo seja alcançado temos propostos por
meio de programas e avaliações de larga escala.
Podemos definir que a alfabetização matemática está
estruturada em quatro grandes eixos sendo:
Numérico e algébrico, geometria, grandezas e
medidas e tratamento de informações.
Muitas vezes o professor alfabetizador se questiona
de como poderá ensinar a matemática para a criança
que ainda necessita compreender os processos de
leitura/escrita, ou seja, que precisa ser alfabetizada na
língua materna.
Lembramos que a criança não precisa saber ler e escrever
para ter conhecimentos matemáticos e saber interpretar e
ou resolver situações matemáticas, pois através de
estratégias didáticas o professor poderá mediar para que tal
aprendizagem aconteça e seja efetivada.
EX: Relação numeral/escrita/quantidade – ensinar
apenas contar
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação
infantil /Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010.
______, S. Subsídios para Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica: Diretrizes Curriculares Nacionais
Específicas para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 2009.
PASQUILINI, Juliana Campregher. Contribuições da psicologia histórico-cultural para a educação escolar de crianças de
0 a 6 anos: desenvolvimento infantil e ensino em Vigotski, Leontiev e Elkonin. Dissertação (Mestrado em Educação) -
UNESP/Araraquara, 2006.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Tradução do Russo e
prefácio de Zoia Ribeiro Prestes. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais. Coope/UFRJ, junho 2008.