O documento descreve o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. O ciclo de vida do mosquito inclui ovos, larvas, pupas e adultos. O documento também descreve os sintomas da dengue clássica e hemorrágica, formas de diagnóstico e prevenção, assim como medidas de controle do vetor como eliminação de criadouros e tratamento químico e físico.
2. O MOSQUITO
AEDES AEGYPTI
O ciclo de vida compreende quatro fases:
Ovo Larva Pupa Adulto
48 horas + 5 dias 2 a 3 dias 6 a 8
semanas
3. O MOSQUITO (continuação)
CARACTERÍSTICAS:
Escuro com listas brancas nas pernas, que são
articuladas – (artrópode);
Alimenta-se de sangue (preferência p/ homem)
Antropofilia;
Hábitos diurnos;
Doméstico;
Oviposição: Em recipientes com água parada e limpa,
sombreado, após 3 dias do repasto;
Vôo não ultrapassa 100 metros;
4. HISTÓRICO
NO MUNDO
Surgiu em 1779, na Ilha de Java, Indonésia, na
Ásia;
NO BRASIL
Há referências, em 1846, no Rio de Janeiro,
São Paulo e Salvador;
1981/82 – 1ª epidemia documentada clínica e
laboratorialmente em Boa Vista/RR- Den 1 e 4.
5. Circulação simultânea de 2 sorotipos virais,
aumentando o risco de ocorrência de formas
graves.
Alta incidência de Dengue Clássica e FHD na
faixa etária entre 10-19 anos.
Alta taxa de letalidade.
Aumento de 38% de casos de FHD em relação
ao ano de 2005.
Elevado número de bairros de Maceió (48/50)
com índices de infestação compatíveis para
manutenção da transmissão da dengue.
6. DENGUE
DESCRIÇÃO
Doença febril aguda, que pode ser de
curso benigno ou grave, dependendo da
forma como se apresente: Infecção
inaparente, Dengue Clássico (DC), Febre
Hemorrágica da Dengue (FHD), ou
Síndrome do Choque da Dengue (SDC).
A doença ocorre e dissemina-se
especialmente nos países tropicais, onde
as condições do meio ambiente
favorecem o desenvolvimento e a
proliferação do Aedes aegypti, principal
mosquito vetor.
7. AGENTE ETIOLÓGICO
É um vírus RNA.
Arbovirus do gênero Flavivírus, da família Flaviviridae.
Existe quatro sorotipos:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4;
No Brasil e em alagoas circula, DEN-1, DEN-2 e DEN-3
8. TRANSMISSÃO
MODO DE TRANSMISSÃO
Homem – Mosquito – Homem - (Vírus)
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Dois ciclos:
Intrínseco: Ser Humano ao Vetor – ocorre quando houver
presença de vírus no sangue do ser humano (período de
viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da
febre e vai até o 6º dia da doença.
9. Extrínseco: No vetor – após um repasto de sangue infectado, o vírus
vai se localizar nas glândulas salivares da fêmea do mosquito, onde
se multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. À partir deste
momento, é capaz de transmitir a doença e assim permanecer até o
final de sua vida (6 a 8 semanas).
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6
dias.
10. VETORES E RESERVATÓRIOS
RESERVATÓRIO
Homem – fonte de infecção e reservatório
vertebrado.
Foram isolados vírus do dengue em macacos, mas
até o momento somente no homem foi
constatada a capacidade de desenvolver
clinicamente a infecção pelo vírus.
VETORES
Várias espécies de mosquito do gênero aedes;
No Brasil duas delas estão hoje instaladas:
Aedes Aegypti – O mais importante
Aedes Albopictus.
11. IMUNIDADE E SUSCETIBILIDADE
Suscetibilidade: é universal.
Imunidade: a imunidade é permanente para um
mesmo sorotipo (homólogo). Entretanto, a
imunidade cruzada (heteróloga) existe
temporariamente
12. Mosquito não infectado
Após a picada, o
mosquito contrai o
vírus pelo contato com
a corrente sangüínea
da pessoa portadora.
Mosquito Infectado
Na próxima vez que
picar alguém, o
mosquito pode
transmitir a doença.
A DOENÇA SE ESPALHA
O vírus penetra no núcleo da
célula e cada reprodução
celular se multiplica e é
disseminado pelo organismo
DENGUE CLÁSSICO
Quando o vírus entra na
corrente sangüínea, as células
de defesa começam a travar
uma guerra contra o invasor. O
momento em que há maior
concentração do vírus no
sangue (viremia) é seguido de
aumento na quantidade de
células de defesa. A febre e a
apatia aumentam.
DENGUE HEMORRÁRICO
Uma pessoa que já tenha sido
infectada por um vírus do tipo 1, por
exemplo, desenvolve anticorpos. Se
ela for picada de novo por um
mosquito infectado pelo mesmo vírus,
não vai contrair a doença. Mas se a
contaminação for por outro tipo de
vírus (2,3 ou 4), o organismo tentará
combate-lo, usando os anticorpos para
o tipo 1. Quando isso acontece,
algumas células liberam substâncias
que enfraquecem as paredes dos
vasos sangüíneos e levam à perda de
plasma (a parte líquida do sangue).
O fígado é o órgão
onde o vírus prefere
se instalar. Por isso há
comprometimento das
funções hepáticas e
as intoxicações são
mais comuns.
A hemorragia de
plasma provoca o
aumento da
concentração de
hemácias (células do
sangue). O sangue fica
mais espesso, a
pressão arterial cai
algumas partes do
corpo passam a
receber menos sangue.
Com isso, alguns
órgãos são
sobrecarregados. O
paciente pode entrar
em choque e morrer.
OS RINS também são
afetados pela doença.
Com a perda de liquido,
o sangue torna-se mais
espesso, e o órgão é
obrigado a trabalhar com
mais dificuldade.
Pessoa portadora do
vírus (com sintomas
ou não)
13. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DENGUE CLÁSSICO:
Febre alta (39°C a 40°C), de
início abrupto;
Cefaléia;
Mialgia;
Prostração;
Artralgia;
Anorexia;
Astenia;
Dor retroorbital;
Náuseas;
Vômitos;
Exantema;
Prurido cutâneo;
Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer,
ocasionalmente, desde o aparecimento
da febre.
15. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FEBRE HEMORRÁGICA
DO DENGUE:
Início: semelhantes ao
DC, porém com
agravamento do
quadro, no 3° ou 4°
dias de evolução, com
aparecimento de
manifestações
hemorrágicas e de
colapso circulatório.
Fragilidade capilar:
prova do laço*;
Petéquias;
Equimoses;
Epistaxe;
Gengivorragia;
Hemorragias (GI, IC,
espontânea pelos locais de
punção venosa;
Choque*.
16. Prova do Laço
Consiste em se obter, através do
esfigmomanômetro, o ponto médio entre a P.A.
máxima e mínima do paciente, mantendo-se
esta pressão por 5 minutos; quando positiva,
aparecem petéquias sob o aparelho ou abaixo
do mesmo. Se o número de petéquias for de 20
ou mais por polegada, essa prova é considerada
fortemente positiva. Esta prova não pode ser
realizada com garrote ou torniquete.
18. Choque
Nos casos graves de FHD, o Choque geralmente
ocorre entre o 3° e 7° dias de doença,
geralmente precedido por dor abdominal. É
decorrente do aumento de permeabilidade
vascular, seguida de hemoconcentração e
falência circulatória.É de curta duração, e pode
levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápida, após terapia anti-choque
apropriada. Caracteriza-se por pulso rápido e
fraco, com diminuição da pressão de pulso e da
PA, extremidades frias, pele pegajosa e agitação.
Alguns pacientes podem ainda apresentar
manifestações neurológicas, como convulsões e
irritabilidade.
24. Classificação Segundo a OMS
Grau I: febre + prova do laço positiva;
Grau II: grau I + pequenas hemorragias
espontâneas
Grau III: presença de Choque, pulso rápido e fraco,
PA baixa;
Grau IV: Choque profundo, ausência de PA, pulso
imperceptível.
25. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DC: pode ser confundida com gripe, rubéola, sarampo e
outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas.
FHD: Leptospirose, Febre Amarela, Malária, Hepatite
Infecciosa, influenzae, bem como outras febres
hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
EXAMES ESPECÍFICOS: isolamento do agente ou métodos
sorológicos que demonstram a presença de anticorpos
da classe IgM, em única amostra de soro, ou o aumento
do título de anticorpos IgG (conversão sorológica) em
amostras pareadas.
EXAMES INESPECÍFICOS: hematócrito e plaquetometria
são os mais importantes para o diagnóstico e
acompanhamento das formas hemorrágicas.
26. TRATAMENTO
Não existe tratamento específico
Não existe vacina
Tratamento sintomático tanto na clássica como
hemorrágica
Na FHD, há necessidade de internação hospitalar.
36. MEDIDAS DE CONTROLE
CONTROLE VETORIAL FÍSICO
Eliminação de criadouros no domicílio;
Melhoria no sistema de água;
Melhoria no sistema de coleta, transporte e
destino do lixo.
37. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Sensibilizar os formadores de opinião para
importância da ação de comunicação/ educação no
controle de Dengue;
Sensibilizar o público em geral sobre a necessidade de
uma parceria governo/sociedade com vistas ao
controle de Dengue em Maceió;
Enfatizar a responsabilidade social no resgate da
cidadania, numa perspectiva de cada cidadão é
responsável por si e pela sua comunidade.
39. PREVENÇÃO
Não deixe juntar água nos pratinhos das
plantas.
Uma boa maneira de mantê-los sem
larvas é colocar um pouco de areia
dentro deles.
Vire as garrafas velhas de cabeça
para baixo, para que elas não
acumulem água.
Elimine pneus que estão fora de uso ou
mantenha-os secos e protegidos da chuva.
40. PREVENÇÃO
O lixo deve ser mantido tampado e seco.
Cisternas, tambores e caixas d'água devem
ficar bem fechados.