O documento discute a "Validação 3.0", no qual a validação de ideias e conhecimento não é mais feita por um centro, mas pelas "pontas", ou seja, pelo público e leitores através de feedback e discussão online. Isso permite mais inovação ao remover filtros e critérios prévios, validando ideias de forma descentralizada e pós-publicação. O conhecimento individual também é afetado, se formando de maneira contínua e fluida na internet, sem depender de formatos ou lugares definidos.
7. E o centro exercerá menor influência
sobre aquilo que é publicado.
8. O centro filtra a partir de seus
critérios. E quem vai publicar precisa
se adaptar aquilo que o centro
considera um critério válido.
9. Como a publicação, até o século XX
era em papel, com espaço limitado
havia a necessidade de filtrar para
publicar. Validar para publicar.
10. O publicador precisava se aproximar
dos critérios do centro, criando um
movimento de baixa inovação.
11. Como a publicação, a partir do século
XXI é digital, com espaço ilimitado
deixa de haver a necessidade de
filtrar para publicar. Validar para
publicar. O publicador pode publicar
diretamente.
12. O publicador precisava pode se
afastar dos critérios do centro,
criando um movimento de alta
inovação.
13. O problema do século XXI,
entretanto, é procurar um novo
modelo de validação não mais do
centro, mas das pontas.
14. A publicação sem critério, ou sem
validação, tem um problema na
relação ego-fato.
15. O ego do publicador não sofre um
questionamento diante dos fatos, que
é trazida pela visão do outro.
16. A validação do século XXI passa,
então, de um processo de validação
do centro para uma nova validação,
que vamos chamar de validação da
ponta.
17. Ao publicar na Internet, com cada vez
mais critérios de retorno de quem
recebe as ideias é possível que a
validação seja feita não mais
previamente, mas posteriormente.
19. Quanto mais efetivo é o retorno ente
o que se publica e o que se lê, maior
será o questionamento pelo
publicador da relação ego-fato.
20. Este novo modelo de validação aberta
é, assim:
VALIDAÇÃO DO SÉCULO XX
VALIDAÇÃO 2.0 ESCRITA IMPRESSA
VALIDAÇÃO DO SÉCULO XXI
VALIDAÇÃO 3.0 DIGITAL
Quem valida é o centro Quem valida é a ponta
Filtra-se para publicar Publica-se para filtrar
Estuda-se para ser filtrado pelo centro Estuda-se para ser filtrado pelas pontas
Parte-se do conhecimento
do centro para o publicador
Parte-se do conhecimento
do publicador para o centro
21. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois não se forma
mais nas etapas da publicação
periódica, no tempo do papel
impresso.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA DO TEMPO
22. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois se forma nas
etapas da publicação constante
on-line, no tempo do digital.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA DO TEMPO
23. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois não se forma
mais nos espaços definidos pelo
centro, mas se escolhe o lugar da sua
produção.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA DO LUGAR
24. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois não é mais
apenas escrito impresso, pode ser
também oral, em slides.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA NO MEIO
25. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois não precisa
mais seguir uma forma definida pelo
centro, mas escolher a forma mais
adequada para dialogar com as
pontas.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA NA FORMA
26. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois não precisa
mais ser tão sólido para imprimir, pois
pode ser mais líquido, muito mais
afeito à interação e a modificação.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA NA LIQUIDEZ
27. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois se publica para
quem sofre, visando resolver um
dado problema, abandonando-se os
assuntos.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA NO PÚBLICO
28. O processo de conhecimento
individual se modifica
profundamente, pois é feito do
indivíduo para as pontas, sem a
necessidade de passar pelo centro.
O CONHECIMENTO INDIVIDUAL –
MUDANÇA NO DIRECIONAMENTO
29. Cada indivíduo passa a ter uma
certeza provisória compartilhada com
determinadas pontas, que vão
ajudá-lo a tornar mais eficaz a relação
ego-fatos.
30. A validação 3.0 privilegia a autonomia
de pensamento, regulada e validada
pelas pontas.
31. A validação 3.0 privilegia a ética dos
problemas, regulada e validada pelo
sofrimento causado pelos problemas.
32. A validação 3.0 cria uma nova cultura
de aprendizado, no qual a pessoa não
precisa conhecer tudo para se arriscar
a falar sobre um determinado
problema.
33. A validação 3.0 cria uma nova cultura
de aprendizado na qual a pessoa
precisa publicar e falar sobre um dado
problema e, só então, ela vai
aprender.
34. A validação 3.0 precisa da ética do
conhecimento, baseado na Certeza
Provisória.
35. A Certeza Provisória é a ética que sai
do “sei que nada sei” e vai para o
“sei algo até aqui”.
36. A Certeza Provisória procura sempre
um conhecimento mais sofisticado e
não tem vergonha do que sabe, pois
sabe que se tiver vergonha não vai
saber mais.
37. Na validação 3.0 eu escrevo sobre o
que eu não sei para que me digam
aonde estou equivocado e o que
tenho que ler. A minha orientação
vem das pontas.
39. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
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