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O TRABALHO COMO PRINCIPIO
EDUCATIVO FRENTE AS NOVAS
TECNOLOGIAS
Dermeval Saviani
Educação e Trabalho: Origens
• Trabalho é o ato de agir sobre a natureza.
• Inicialmente prevalecia o modo de produção comunal.
• Não havia classes. Tudo era feito em comum.
• Os homens produziam sua existência em comum e se
educavam neste processo.
• Lidando com a terra, lidando com a
natureza, se relacionando uns com os outros, os homens
se educavam e educavam as novas gerações.
• Quando o homem se fixa na terra, surge a propriedade
• A propriedade privada dividiu os homens em duas
classes:
EDUCAÇÃO
Proprietários
(dominante)
Era realiada
na escola
Educação
Escolar
Escola lugar
do não
trabalho
Não
Proprietários
Era aprender
fazendo
Educação pelo
trabalho
• A necessidade de uma
educação diferenciada
para a classe
dominante deu origem
a escola.
• A palavra escola em
grego significa lugar do
ócio.
IDADE MEDIA: ESCOLA E PRODUCAO
• Temos as escolas paroquiais, as escolas catedráticas e as
escolas monacais para as classes dominantes.
• O trabalho deixa de ser escravo para ser servil.
• O modo de produção feudal se contrapunha ao campo.
• O desenvolvimento das atividades artesanais (indústria
da própria agricultura) deu origem a uma atividade
mercantil concentradas nas cidades.
• Os mercados deram origem às cidades.
• A origem do burguês é o habitante do burgo, ou seja, o
habitante da cidade.
• Através do comércio, ele foi acumulando capital que, em
seguida, passou a ser investido na própria produção,
originando assim a indústria.
• Estes processos de transformação conduziram ao
deslocamento do eixo do processo produtivo do campo
para a cidade, da agricultura para a indústria.
• Temos, então, a partir deste processo, a constituição de
um novo modo de produção que é o capitalista ou
burguês, ou modo de produção moderno.
EDUCACAO E MODO DE PRODUCAO
CAPITALISTA
• Na sociedade capitalista, a agricultura tende a
assumir cada vez mais a forma da indústria, a se
mecanizar e adotar formas industriais.
• O campo é subordinado à cidade devido a
industrialização.
• As relações antes naturais (comunidades segundo laços
de sangue passam a ser sociais (rompe-se com a
estratificação de classes).
• A sociedade capitalista rompe com a ideia de
comunidade, e traz a tona a ideia de sociedade.
• A liberdade passa a ser vinculada à propriedade.
A ESCOLA NA SOCIEDADE MODERNA
• A produção centrada na cidade e na indústria implica que o
conhecimento, a ciência que é
uma potência espiritual, se converta, através da indústria, em
potência material.
• Todo o desenvolvimento científico da época Moderna se
dirigia a transformar os conhecimentos em meios de
produção material.
• A exigência da escola se alarga, pois, a incorporação da ciência
ao processo produtivo envolve a
exigência da disseminação dos códigos formais, do código da
escrita.
• A escola passa a absorver todas as funções educativas que
antes eram realizadas fora da escola. (hipertrofia da escola).
A CONTRADICAO DO PROCESSO ESCOLAR
• A sociedade capitalista tende a generalizar a
escola, esta generalização aparece de forma
contraditória,
porque a sociedade burguesa preconizou a
generalização da educação escolar básica.
• Na sociedade moderna se saber é força produtiva
deve ser propriedade privada da burguesia.
• Na medida em que o saber se generaliza e é apropriado
por todos, então os trabalhadores passam a ser
proprietários de meios de produção.
• A escola entre nesse processo contraditório:
reivindicada pelos trabalhadores, mas, as burguesia
reluta em expandi-la.
A CONTRADICAO DO PROCESSO ESCOLAR
• Esta contradição foi contornada por Taylor, que através
do estudos dos tempos e movimentos, sistematizou as
formas do processo de produção que os trabalhadores
dominavam.
• Taylor desapropriou os trabalhadores daquele saber,
elaborou o e desenvolveu o na forma parcelada,
desapropriados dos conhecimentos sistemáticos
relativo ao processo produtivo, daquele considerado
força produtiva.
• O trabalho se tornou abstrato, isto é, simples e geral.
Máquina
• Viabilizou a
materialização das
funções intelectuais no
processo produtivo.
Escola
• Viabilizou a
generalização das
funções intelectuais na
sociedade
• A Revolução Industrial Revolução Educacional
• Colocou a máquina no centro do processo produtivo e a
escola como a forma principal e dominante de educação
• O sistema de ensino se bifurcou entre:
 escolas de formação geral (intelectuais)
 escolas profissionais (intelectuais e manuais)
• Esta dualidade vem sendo posta em xeque no contexto
da chamada introdução as novas tecnologias.
Novas tecnologias e educativo
• Vivenciamos a Segunda Revolução Industrial ou
Revolução da Informática, ou ainda Revolução da
Automação. Era das máquinas inteligentes.
• Antes: transferência das funções manuais para as
máquinas.
• Hoje: transferência das próprias operações intelectuais
para as máquinas.
• As qualificações intelectuais específicas tendem a
desaparecer, o que traz como contrapartida a elevação do
patamar de qualificação geral.
• Parece, pois, que estamos atingindo o limiar da consumação
do processo de constituição da escola como forma
principal, dominante e generalizada de educação.
• Uma escola que desenvolva ao máximo as potencialidades dos
indivíduos.
• Entretanto, existem obstáculos postos pelas relações sociais
vigentes, que dificultam a generalização da produção baseada
na incorporação maciça das tecnologias avançada, dificultam
também a universalização da referida escola unitária.
• É na escola , espaço de elaboração do pensamento, que se
pode avançar além da interpretação.
• Nesta nova Era o homem transferi intelectualidade para
as máquinas e assim as tornam operantes.
• Nesse processo o homem precisa dominar a
universalidade das ciências, o que implica ao
desenvolvimento de potencialidades.
• É fundamental uma mudança de atitude da escola no que
diz respeito ensino-aprendizado.
• Educação e trabalho não podem estar desvinculados:
pode-se afirmar que o trabalho foi ,é e continuará sendo
o principio do ensino em seu conjunto
• Determinou o seu surgimento sobre a base da escola
primária e tende a determinar, no contexto das
tecnologias avançadas a sua unificação.
• E a escola tem esse papel de desenvolver essas novas
relações entre conhecimento e trabalho.
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  • 1. O TRABALHO COMO PRINCIPIO EDUCATIVO FRENTE AS NOVAS TECNOLOGIAS Dermeval Saviani
  • 2. Educação e Trabalho: Origens • Trabalho é o ato de agir sobre a natureza. • Inicialmente prevalecia o modo de produção comunal. • Não havia classes. Tudo era feito em comum. • Os homens produziam sua existência em comum e se educavam neste processo. • Lidando com a terra, lidando com a natureza, se relacionando uns com os outros, os homens se educavam e educavam as novas gerações.
  • 3. • Quando o homem se fixa na terra, surge a propriedade • A propriedade privada dividiu os homens em duas classes: EDUCAÇÃO Proprietários (dominante) Era realiada na escola Educação Escolar Escola lugar do não trabalho Não Proprietários Era aprender fazendo Educação pelo trabalho • A necessidade de uma educação diferenciada para a classe dominante deu origem a escola. • A palavra escola em grego significa lugar do ócio.
  • 4. IDADE MEDIA: ESCOLA E PRODUCAO • Temos as escolas paroquiais, as escolas catedráticas e as escolas monacais para as classes dominantes. • O trabalho deixa de ser escravo para ser servil. • O modo de produção feudal se contrapunha ao campo. • O desenvolvimento das atividades artesanais (indústria da própria agricultura) deu origem a uma atividade mercantil concentradas nas cidades. • Os mercados deram origem às cidades.
  • 5. • A origem do burguês é o habitante do burgo, ou seja, o habitante da cidade. • Através do comércio, ele foi acumulando capital que, em seguida, passou a ser investido na própria produção, originando assim a indústria. • Estes processos de transformação conduziram ao deslocamento do eixo do processo produtivo do campo para a cidade, da agricultura para a indústria. • Temos, então, a partir deste processo, a constituição de um novo modo de produção que é o capitalista ou burguês, ou modo de produção moderno.
  • 6. EDUCACAO E MODO DE PRODUCAO CAPITALISTA • Na sociedade capitalista, a agricultura tende a assumir cada vez mais a forma da indústria, a se mecanizar e adotar formas industriais. • O campo é subordinado à cidade devido a industrialização. • As relações antes naturais (comunidades segundo laços de sangue passam a ser sociais (rompe-se com a estratificação de classes). • A sociedade capitalista rompe com a ideia de comunidade, e traz a tona a ideia de sociedade. • A liberdade passa a ser vinculada à propriedade.
  • 7. A ESCOLA NA SOCIEDADE MODERNA • A produção centrada na cidade e na indústria implica que o conhecimento, a ciência que é uma potência espiritual, se converta, através da indústria, em potência material. • Todo o desenvolvimento científico da época Moderna se dirigia a transformar os conhecimentos em meios de produção material. • A exigência da escola se alarga, pois, a incorporação da ciência ao processo produtivo envolve a exigência da disseminação dos códigos formais, do código da escrita. • A escola passa a absorver todas as funções educativas que antes eram realizadas fora da escola. (hipertrofia da escola).
  • 8. A CONTRADICAO DO PROCESSO ESCOLAR • A sociedade capitalista tende a generalizar a escola, esta generalização aparece de forma contraditória, porque a sociedade burguesa preconizou a generalização da educação escolar básica. • Na sociedade moderna se saber é força produtiva deve ser propriedade privada da burguesia. • Na medida em que o saber se generaliza e é apropriado por todos, então os trabalhadores passam a ser proprietários de meios de produção. • A escola entre nesse processo contraditório: reivindicada pelos trabalhadores, mas, as burguesia reluta em expandi-la.
  • 9. A CONTRADICAO DO PROCESSO ESCOLAR • Esta contradição foi contornada por Taylor, que através do estudos dos tempos e movimentos, sistematizou as formas do processo de produção que os trabalhadores dominavam. • Taylor desapropriou os trabalhadores daquele saber, elaborou o e desenvolveu o na forma parcelada, desapropriados dos conhecimentos sistemáticos relativo ao processo produtivo, daquele considerado força produtiva. • O trabalho se tornou abstrato, isto é, simples e geral.
  • 10. Máquina • Viabilizou a materialização das funções intelectuais no processo produtivo. Escola • Viabilizou a generalização das funções intelectuais na sociedade • A Revolução Industrial Revolução Educacional • Colocou a máquina no centro do processo produtivo e a escola como a forma principal e dominante de educação
  • 11. • O sistema de ensino se bifurcou entre:  escolas de formação geral (intelectuais)  escolas profissionais (intelectuais e manuais) • Esta dualidade vem sendo posta em xeque no contexto da chamada introdução as novas tecnologias.
  • 12. Novas tecnologias e educativo • Vivenciamos a Segunda Revolução Industrial ou Revolução da Informática, ou ainda Revolução da Automação. Era das máquinas inteligentes. • Antes: transferência das funções manuais para as máquinas. • Hoje: transferência das próprias operações intelectuais para as máquinas.
  • 13. • As qualificações intelectuais específicas tendem a desaparecer, o que traz como contrapartida a elevação do patamar de qualificação geral. • Parece, pois, que estamos atingindo o limiar da consumação do processo de constituição da escola como forma principal, dominante e generalizada de educação. • Uma escola que desenvolva ao máximo as potencialidades dos indivíduos. • Entretanto, existem obstáculos postos pelas relações sociais vigentes, que dificultam a generalização da produção baseada na incorporação maciça das tecnologias avançada, dificultam também a universalização da referida escola unitária.
  • 14. • É na escola , espaço de elaboração do pensamento, que se pode avançar além da interpretação. • Nesta nova Era o homem transferi intelectualidade para as máquinas e assim as tornam operantes. • Nesse processo o homem precisa dominar a universalidade das ciências, o que implica ao desenvolvimento de potencialidades. • É fundamental uma mudança de atitude da escola no que diz respeito ensino-aprendizado.
  • 15. • Educação e trabalho não podem estar desvinculados: pode-se afirmar que o trabalho foi ,é e continuará sendo o principio do ensino em seu conjunto • Determinou o seu surgimento sobre a base da escola primária e tende a determinar, no contexto das tecnologias avançadas a sua unificação. • E a escola tem esse papel de desenvolver essas novas relações entre conhecimento e trabalho. • Na qual a ocupação escolar seja acompanhada de uma boa formação.