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A NOÇÃO DE LIBERDADE POSSÍVEL: UMA LEITURA DE SOBRE A
                  VONTADE NA NATUREZA
   Luanna Costa Nery( Orientanda da ICV)Prof. Dr. Luizir de Oliveira(Orientador.
                   Departamento de Filosofia- UFPI)



INTRODUÇÃO: Schopenhauer ao dividir o mundo em dois lados, afirma que a representação
ou o fenômeno constitui apenas um lado do mundo, pois existe um outro lado, e este é
chamado por Schopenhauer de Vontade (ou Coisa-em-si na linguagem kantiana). Mas, se
para Kant a Coisa-em-si era inacessível ao conhecimento humano, pois se encontrava além
da estrutura do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível
pela Faculdade da sensibilidade e pela síntese que é realizada pelas categorias a priori da
Faculdade do entendimento. Na visão de Schopenhauer, a coisa em si torna-se passível de
um certo conhecimento porque a Vontade se mostra de um modo mais acessível no
fenômeno humano, através de seus atos volitivos manifestados pelas ações de seu corpo.
Para Schopenhauer, a Vontade é a essência e o substrato do mundo. Com isso,
Schopenhauer pretendeu abordar a própria coisa-em-si, como a “raiz” da metafísica da
realidade. No entanto, esse conhecimento não é obtido por meio de um pensamento racional
ou dialético, nem mesmo provém de uma intuição intelectual. Para Schopenhauer, possuímos
esse conhecimento por conta de nosso “interior volitivo” e de forma imediata, essa
consciência interior que cada um possui de si mesmo como sendo sua própria vontade.

METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, baseada
na abordagem histórico-hermenêutica com vistas à compreensão dos conceitos chave do
pensamento schopenhaueriano. Para tanto, buscou-se material bibliográfico adicional em
livros e artigos de periódicos que tratem da temática demarcada para o meu plano de
trabalho. A leitura dos textos foram acompanhadas da elaboração de fichas de leituras e/ou
resumos das obras estudadas, para assim, obter-se um embasamento suficiente para
concluir este relatório final. O texto base para a pesquisa foi o livro Sobre la voluntad em la
natureza (1970) de Schopenhauer. No decorrer da pesquisa foram incluídos outros textos
secundários de comentadores.

RESULTADOS E DISCUSÃO: Schopenhauer, com sua teoria dos graus de objetivação da
Vontade, procura explicar que mesmo existindo vários modos de representação, que estão
submetidas às formas que governam o mundo da representação, como o tempo, o espaço e
a causalidade, ainda assim podem ter a mesma essência. O tempo e o espaço são os
princípios de individuação que torna possível toda pluralidade existente no mundo da
representação, e é a causalidade que permite a produção destes fenômenos no tempo e no
espaço. Schopenhauer afirma que todas essas características da representação não chegam
à Vontade em si, e sim somente a sua objetivação, pois a Vontade como coisa-em-si não
conhece essa pluralidade, e muito menos a morte, pois ela é una e indivisiva e se manifesta
toda em si mesma em todos os fenômenos do mundo. Com isso, podemos comprovar a
analogia feita por Schopenhauer, ao aplicar a mesma essência do homem a todos os seres
da natureza. Schopenhauer comprova, portanto, pela analogia do fenômeno humano em
relação a outros fenômenos da natureza, que existe uma essência única do mundo e é a que
o homem descobre em si como sendo a sua vontade

CONCLUSÃO: Schopenhauer, ao analisar o mundo, afirmou que este possuía dois aspectos:
vontade e representação. Com isso pôde analisar o fenômeno humano, descobrindo assim,
no corpo do homem um objeto que nos faz conhecer algo que vai além da representação, que
é a Vontade, que se manifesta à nossa consciência como a coisa-em-si de nosso ser. Da
mesma maneira, ele mostrou que toda a natureza possuía a mesma vontade, só que em
graus diferentes. No decorrer da pesquisa, foi percebido que Schopenhauer mostra, pela
analogia feita entre o fenômeno humano com outros fenômenos da natureza, que existe uma
essência única em todo o mundo, essência essa que o homem descobre em si como sendo a
sua Vontade. Schopenhauer, explica como pode existir uma essência única que é
manifestada numa variante de objetos que formam o mundo através da gradação da Vontade
em suas várias objetivações do mundo. Através disso, Schopenhauer explica a diferença
entre a Vontade e suas manifestações.

Palavras-chave: Schopenhauer. Vontade. Representação.




BIBLIOGRAFIA:

SCHOPENHAUER. O mundo como Vontade e Representação. Trad. M.F. Sá Correia. Rio de
Janeiro: Contraponto, 2001.

___________________Sobre la voluntad en la naturaleza. Trad. Miguel de Unamuno. Madrid:
Alianza Editorial, 1970.

___________________Critica da filosofia Kantiana. Trad. Maria Lúcia M. Cacciola. São
Paulo: Nova cultural, 1988 (Coleção os pensadores).

CACCIOLA, Maria Lúcia e Oliveira. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo:
Edusp, 1994.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valeria Rohden e Udo Baldur Moosburger. São
Paulo: Abril cultural, 1993.

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A vontade como essência do mundo

  • 1. A NOÇÃO DE LIBERDADE POSSÍVEL: UMA LEITURA DE SOBRE A VONTADE NA NATUREZA Luanna Costa Nery( Orientanda da ICV)Prof. Dr. Luizir de Oliveira(Orientador. Departamento de Filosofia- UFPI) INTRODUÇÃO: Schopenhauer ao dividir o mundo em dois lados, afirma que a representação ou o fenômeno constitui apenas um lado do mundo, pois existe um outro lado, e este é chamado por Schopenhauer de Vontade (ou Coisa-em-si na linguagem kantiana). Mas, se para Kant a Coisa-em-si era inacessível ao conhecimento humano, pois se encontrava além da estrutura do próprio ato cognitivo, entendido como síntese dos dados da intuição sensível pela Faculdade da sensibilidade e pela síntese que é realizada pelas categorias a priori da Faculdade do entendimento. Na visão de Schopenhauer, a coisa em si torna-se passível de um certo conhecimento porque a Vontade se mostra de um modo mais acessível no fenômeno humano, através de seus atos volitivos manifestados pelas ações de seu corpo. Para Schopenhauer, a Vontade é a essência e o substrato do mundo. Com isso, Schopenhauer pretendeu abordar a própria coisa-em-si, como a “raiz” da metafísica da realidade. No entanto, esse conhecimento não é obtido por meio de um pensamento racional ou dialético, nem mesmo provém de uma intuição intelectual. Para Schopenhauer, possuímos esse conhecimento por conta de nosso “interior volitivo” e de forma imediata, essa consciência interior que cada um possui de si mesmo como sendo sua própria vontade. METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, baseada na abordagem histórico-hermenêutica com vistas à compreensão dos conceitos chave do pensamento schopenhaueriano. Para tanto, buscou-se material bibliográfico adicional em livros e artigos de periódicos que tratem da temática demarcada para o meu plano de trabalho. A leitura dos textos foram acompanhadas da elaboração de fichas de leituras e/ou resumos das obras estudadas, para assim, obter-se um embasamento suficiente para concluir este relatório final. O texto base para a pesquisa foi o livro Sobre la voluntad em la natureza (1970) de Schopenhauer. No decorrer da pesquisa foram incluídos outros textos secundários de comentadores. RESULTADOS E DISCUSÃO: Schopenhauer, com sua teoria dos graus de objetivação da Vontade, procura explicar que mesmo existindo vários modos de representação, que estão submetidas às formas que governam o mundo da representação, como o tempo, o espaço e a causalidade, ainda assim podem ter a mesma essência. O tempo e o espaço são os princípios de individuação que torna possível toda pluralidade existente no mundo da representação, e é a causalidade que permite a produção destes fenômenos no tempo e no espaço. Schopenhauer afirma que todas essas características da representação não chegam à Vontade em si, e sim somente a sua objetivação, pois a Vontade como coisa-em-si não conhece essa pluralidade, e muito menos a morte, pois ela é una e indivisiva e se manifesta
  • 2. toda em si mesma em todos os fenômenos do mundo. Com isso, podemos comprovar a analogia feita por Schopenhauer, ao aplicar a mesma essência do homem a todos os seres da natureza. Schopenhauer comprova, portanto, pela analogia do fenômeno humano em relação a outros fenômenos da natureza, que existe uma essência única do mundo e é a que o homem descobre em si como sendo a sua vontade CONCLUSÃO: Schopenhauer, ao analisar o mundo, afirmou que este possuía dois aspectos: vontade e representação. Com isso pôde analisar o fenômeno humano, descobrindo assim, no corpo do homem um objeto que nos faz conhecer algo que vai além da representação, que é a Vontade, que se manifesta à nossa consciência como a coisa-em-si de nosso ser. Da mesma maneira, ele mostrou que toda a natureza possuía a mesma vontade, só que em graus diferentes. No decorrer da pesquisa, foi percebido que Schopenhauer mostra, pela analogia feita entre o fenômeno humano com outros fenômenos da natureza, que existe uma essência única em todo o mundo, essência essa que o homem descobre em si como sendo a sua Vontade. Schopenhauer, explica como pode existir uma essência única que é manifestada numa variante de objetos que formam o mundo através da gradação da Vontade em suas várias objetivações do mundo. Através disso, Schopenhauer explica a diferença entre a Vontade e suas manifestações. Palavras-chave: Schopenhauer. Vontade. Representação. BIBLIOGRAFIA: SCHOPENHAUER. O mundo como Vontade e Representação. Trad. M.F. Sá Correia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001. ___________________Sobre la voluntad en la naturaleza. Trad. Miguel de Unamuno. Madrid: Alianza Editorial, 1970. ___________________Critica da filosofia Kantiana. Trad. Maria Lúcia M. Cacciola. São Paulo: Nova cultural, 1988 (Coleção os pensadores). CACCIOLA, Maria Lúcia e Oliveira. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: Edusp, 1994. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valeria Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril cultural, 1993.