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OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER
OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : KARL MARX
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Os Clássicos da Sociologia
Emile Durkheim
(1857 – 1917)
Max Weber
(1864 – 1920)
Karl Marx (1818
– 1883)
Objeto da
Sociologia Método
Classes Sociais
Fato Social
Ação Social
Materialismo
Dialético
Positivismo
Compreensão
Social
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OS CLÁSSICOS DA
SOCIOLOGIA
KARL MARX
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CONCEITOS BÁSICOS
Socialismo Comunismo Dialética
Forças de Produção Relações de Produção
Infra-estrutura Super-estrutura
Estado
Classes sociais
Ideologia
Alienação Mercadoria
Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho
Valor de Uso Valor de troca
Mai-valia
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Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha.
Doutorou-se em Filosofia.
Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde
conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e
publicações.
Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da
recém fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica.
Engels (1820-1895)
KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRASVIDA E OBRAS
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KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )
VIDA E OBRASVIDA E OBRAS
Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista",
obra fundadora do "marxismo", enquanto movimento político
e social a favor do proletariado. “Proletários de todo mundo
uni-vos”.
Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia,
Contribuição à Crítica da Economia Política, A Luta de
Classes na França, O Capital.
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SOCIALISMO
ECONOMIA POLÍTICA
DIALÉTICA
2. FONTES DO MARXISMO2. FONTES DO MARXISMO
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2.1 FONTES DO MARXISMO2.1 FONTES DO MARXISMO
SOCIALISMO Movimento Operário Francês
Devido as conseqüências sociais da
Revolução, alguns pensadores propõem
uma nova maneira de conceber a sociedade
e reivindicam a igualdade entre todos, não
só do ponto de vista político, mas também
quanto às condições sociais de vida
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depende do convencimento da
burguesia na distribuição de
seus bens.
não supõe um instrumento de
poder para atingir seu
objetivo
SOCIALISMO
PRÉ-
MARXISTA
utópico
apolítico
2.1. FONTES DO MARXISMO2.1. FONTES DO MARXISMO
arnaldolemos@uol.com.br
conhecimento das leis que regem
o mecanismo do sistema
capitalista
supõe um instrumento de
poder, a organização da classe
operária
SOCIALISMO
MARXISTA
científico
político
2.1. FONTES DO MARXISMO2.1. FONTES DO MARXISMO
arnaldolemos@uol.com.br
2.3. FONTES DO MARXISMO2.3. FONTES DO MARXISMO
DIALÉTICA Filosofia Clássica alemã: Hegel
DIA + LEGEIN : pensar o contrario
Método de apreensão da realidade
Idealismo
O real é contraditório,mutável,
em movimento
Tese, antítese, síntese
As ideias
transformam a
realidade
HEGEL
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2.3. FONTES DO MARXISMO2.3. FONTES DO MARXISMO
DIALÉTICA MARX: Rompimento com o Idealismo
A dialética hegeliana, idealista, é “corrigida
e aplicada ao materialismo existente que
era essencialmente mecanicista”.
As leis da dialética são as leis do
mundo material.
A realidade social vista através de
suas contradições.
MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO
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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
HOMEM ser de
necessidades
satisfação
das
necessidades
produção de
bens
materiais
produção de
bens
materiais
TRABALHO
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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
Relações
A ) com a Natureza Forças de Produção
(instrumentos de
produção)
B ) dos Homens entre si Relações de
Produção(divisão do trabalho)
modo de produção
+
História
CapitalistaAntigo Feudal
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“A história humana é a história das relações dos
homens com a natureza e dos homens entre si.”
Nesses dois tipos de relação
aparece como intermediário um
elemento essencial: O TRABALHO HUMANO
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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA
IDEOLÓGICA
POLÍTICA
ESTADO
JURÍDICA
DIREITO
FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(MODO DE PRODUÇÃO)
INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA
IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
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CONSCIÊNCIA
EXISTÊNCIA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA
IDEOLÓGICA
POLÍTICA
ESTADO
JURÍDICA
DIREITO
FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(MODO DE PRODUÇÃO)
INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA
IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
arnaldolemos@uol.com.br
“O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da
vida social, política e espiritual em geral”
“Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas
ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência”
“Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a
imensa superestrutura erigida sobre ela”
Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política
A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais
e de consciência, encontra-se na base econômica e
material da sociedade, no modo como os homens estão
organizados no processo produtivo
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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
DETERMINISMO
OU
CONDICIONAMENTO ?
Determinismo: (relação de
causalidade) : relação
mecanicista e não dialética
Condicionamento : é uma
variável. corre o risco de ser
flexível demais
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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
RELAÇÕES DE PROPRIEDADE
PROPRIETÁRIOS
CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE
PROLETARIADOBURGUESIA
NÃO PROPRIETÁRIOS
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO
MPC
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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
RELAÇÕES DE PROPRIEDADE
PROPRIETÁRIOS
CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE
PROLETARIADOBURGUESIA
NÃO PROPRIETÁRIOS
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO
MPC
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CONSCIÊNCIA
EXISTÊNCIA
CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA
IDEOLÓGICA
POLÍTICA
ESTADO
JURÍDICA
DIREITO
FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
(MODO DE PRODUÇÃO)
INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA
IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
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MODO DE PRODUÇÃO
Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia PolíticaPrefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política
A determinadas forças de produção correspondem
determinadas relações de produção que se expressam em
relações jurídicas e que constituem um modo de produção
As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as
relações de produção não acompanham o ritmo de seu
desenvolvimento
As forças de produção se chocam com as relações de produção
existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as
relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até
ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas
relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na
época de revolução social.
FORÇAS DE
PRODUÇÃO (FP)
RELAÇÕES DE
PRODUÇÃO (RP)
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ANÁLISE DA MERCADORIAANÁLISE DA MERCADORIA
1. O duplo valor dos bens materiais
2. A determinação do valor de troca
3. Os processos históricos de troca
4. A força de trabalho como mercadoria
5. O processo da mais valia
6. O fetichismo da mercadoria
• Valor de uso
• Valor de troca
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1. O duplo valor dos bens materiais
Valor de uso
Valor de troca
homem
necessidades
satisfação
produção de
bens materiais
valor dos bens
Utilidade do bem material para o seu produtor
Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu
produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA
Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem
embutido nela um valor de uso
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2. A determinação do valor de troca
O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ?
QUANTIDADE ?
NECESSIDADE ?
FINALIDADE ?
EQUIVALÊNCIA (valores iguais)
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2. A determinação do valor de troca
trabalho
equivalência
02 horas 04 horas02 horas
tempo de trabalho necessário para
a sua produção
equivalência
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2. A determinação do valor de troca
Socialmente
Tempo médio
Tempo social
Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua
produção
Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias,
há uma comparação de trabalho humano. Logo toda
mercadoria expressa relações sociais
Exemplo : compra no supermercado
Pacote de arroz = 10 reais
O preço é o que aparece. O que significa?
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“Ao equiparar os seus diversos produtos na troca
como valores, os homens equiparam os seus diversos
trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta,
mas fazem-no”.
O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho
concreto de um ramo de produção determinado,não é o
trabalho de um gênero particular, mas o trabalho
humano abstrato, o trabalho humano geral.
arnaldolemos@uol.com.br
3. Os processos históricos de troca
I) Processo Pré-Capitalista
a) Processo de circulação simples (troca direta)
b) Processo de circulação complexa (troca indireta)
M M
M D (equivalente geral) M
A troca direta não dinamiza a troca
Há necessidade de um equivalente geral
O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCROO processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO
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II) Processo Capitalista
Qual a vantagem ?D M D
D M D+ Dinheiro tem valor de uso ?
D M D+ M D++ M D+++ ...
3. Os processos históricos de troca
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O processo pré-capitalista
começa com M
a mercadoria é produto do
trabalho
O processo capitalista
começa com D
o dinheiro é necessariamente
produto do trabalho ?
3. Os processos históricos de troca
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“Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha
congênita de sangue numa das faces, o capital vem
pingando da cabeça aos pés, de todos os poros,
sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)
Comércio = troca de mercadoria, conquista,
pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ...
De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?
Questão Básica
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D
máquina
matéria prima
força de trabalho
(Capital constante)
(Capital variável)
M D ++
capitalismo
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Camponeses = expulsos do campo
Artesãos = destituídos de suas ferramentas
No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma
mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua
força de trabalho: camponeses e artesãos
capitalismo
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4. A força de trabalho como mercadoria
Qual o valor desta mercadoria ?
a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de
trabalho necessário para que ela exista
b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria
c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários para que ela exista
d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu
dono, o trabalhador
f) ora, um dia o trabalhador vai morrer
g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários à subsistência do trabalhador e sua
reprodução
e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos
meios necessários para que o trabalhador exista
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Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa
quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de
trabalho.
MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE,
O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO
PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO
VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE
GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À
REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA
Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o
estritamente necessário ao futuro trabalhador.
capitalismo
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É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o
assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e
o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer.
A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA
capitalismo
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Primeiro Modo Hipótese: 08 horas
5. O processo da mais valia
Tempo Necessário:
o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo
valor é igual ao valor da força de trabalho
Tempo Excedente:
o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de
trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente
um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça
Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das
horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais
valia:
Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas
tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando
a mais valia
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Segundo Modo
5. Exemplo Produção de um par de sapatos
100 unid de
moeda
Matéria Prima
=
Desgaste
Instrumentos
Salário Diário
Como o capitalista
obtém o lucro?
5. O processo da mais valia
20 unid de
moeda
30 unid de
moeda
O valor de um par de sapatos é a soma de todos os
valores representados pelas diversas mercadorias que
entraram na produção
Não é no âmbito da
compra e venda
É no âmbito da produção
=
=
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09 horas de
trabalho
01 par a cada
03 horas
Nessas 03h o
trabalhador cria uma
quantidade de valor
correspondente ao seu
salário
Nas outras 06h produz
mais mercadorias que
geram um valor maior do
que lhe foi pago na
forma de salário
5. O processo da mais valia
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+
salário
Meios de Produção 120
30
150
+
=
+
salário
Meios de Produção 120
30
390
+
=
x 03
03
130
=
5. O processo da mais valia
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MAIS VALIAMAIS VALIA
Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades
de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao
capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos
pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao
operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo
capitalista
Assim como um boi produz mais do que consome e
enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais
valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios
de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema
capitalista
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Síntese de muitas determinações
A realidade social é feita de
contradições
Mas a árvore não pode esconder o
arvoredo
Vem um grande analista e revela o
segredo
Da acumulação de capital
É mais valia pra cá
É mais valia pra lá
Capitalismo é selvagem e global
É mais valia pra cá
É mais valia pra lá
Tempo roubado do trabalho social
Mercadoria é alienação
Trabalho e salário, a danação
A grana diz: trabalho sozinha
A fórmula é d –m - d’
Síntese de muitas determinações
a realidade brasileira é feita de
contradições
Mas o grande analista indicou o
caminho
Ninguém pode vencer esta luta
sozinho
É luta de classe e exploração
Tem a novela, meu bem,
E tem a Xuxa também
SAMBA DA MAIS VALIA
Sergio Silva
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Pro demitido tem no Jornal Nacional
Tem desemprego, meu bem,
E tem a dengue também
Desigualdade e tortura federal
No Brasil tudo foi ti-ti-ti
Todo mundo pensando do Gianotti à
Chauí
Mas agora é hora de transformação
O Carnaval traz nossa revolução
Síntese de muitas determinações
A realidade social é feita de
contradições
Mas a árvore não pode esconder o
arvoredo
Vem o grande analista e revela o
segredo
Da acumulação de capital
O Manifesto falou,
O comunista escutou
Tem que seguir o movimento
popular
O grande mestre mostrou
A grande escola ensinou
De ver o samba no pé se revoltar
Lá no Rio, os herdeiros da
filosofia
Descobriram o pandeiro e a cuíca
vazia
Mas agora é hora de
transformação
O Carnaval traz nossa revolução
Tem a novela, meu bem,
E tem a Xuxa também
arnaldolemos@uol.com.br
O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA
FETICHISMO
FETICHE
FREUD
Adoração ou culto de fetiches
Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido
pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e
presta culto
A aplicação do processo de
fetichismo ao
comportamento individual:
fetiches sexuais
MARX
A aplicação do processo do
fetichismo ao
comportamento social: a
mercadoria e o dinheiro são
fetiches
(1856 – 1939)
(1818 – 1883)
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O que é MERCADORIA ?
Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias,
o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois,
relações sociais
Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de
valor de troca (preço)
Exemplo de relações:
a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy,
a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino-
que-faz-pacotes
As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as
outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria:
01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver
01 cigarro marca X = um estilo de vida
01 calça jeans griffe X = um vida jovem
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As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais,
dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem
como coisas
A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra:
uma coisa que existe por si e em si
A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes
O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA
As relações sociais de trabalho aparecem como relações
materiais entre as pessoas e como relações sociais entre
coisas
COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ?
Os homens são transformados em coisas e as coisas são
transformadas em “gente”
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O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA
trabalhador
trabalho
proprietário
Os homens são transformados em coisas:
uma coisa chamada mercadoria que possui
outra
coisa chamada preço
uma coisa chamada capital que possui outra
coisa chamada capacidade de ter lucros.
Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir,
poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si
mesmas, independente dos homens que as realizam
Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem
sob a forma de coisas: reificaçãoreificação (Lucaks)
Uma coisa chamada força de trabalho
E a coisas são transformadas em “gente”:
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Questões FinaisQuestões Finais
Por que os homens conservam essa realidade ?
Como se explica que não percebam a reificação ?
Como entender que o trabalhador não se revolte contra
uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição
humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ?
Como explicar que essa realidade nos apareça como
natural, normal, racional, aceitável ?
De onde vem o obscurecimento da existência das
contradições e dos antagonismos sociais ?
De onde vem a não percepção da existência das
contradições e dos antagonismos sociais ?
A resposta a essas questões nos conduz diretamente aoA resposta a essas questões nos conduz diretamente ao
fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIAfenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA
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ALIENAÇÃOALIENAÇÃO alienum = alheio - outro
Alienar um imóvel
ALIENAÇÃO ECONÔMICA
Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de
produção da vida material e do saber do qual dependia a
fabricação de um produto e a própria posição social do artesão
Vender = separar o proprietário da propriedade
CAPITALISMOCAPITALISMO
O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas
simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da
fábrica
O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o
salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade
na vida cotidiana
O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora deO trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de
si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciênciasi, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência
falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIAfalsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA
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IDEOLOGIAIDEOLOGIA
É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas
e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que
obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do
“sistema”, como se estivessem se comportando segundo suacomo se estivessem se comportando segundo sua
própria vontadeprópria vontade
A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia
da classe dominante nessa época.
Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e
servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que
ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o
pagamento de seu salário.
Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma
parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.
O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é
uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e
assumida pela classe dominada como se fosse sua.
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CONCLUSÃOCONCLUSÃO
A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
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A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
1. A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa
como também nas colônias européias e em movimentos de
independência. Organizou partidos políticos, sindicatos, levou
intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades
científicas, de um modo geral, e as ciências humanas em
particular.
2. Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer
relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência.
3. Por sua formação filosófica, concebia a realidade social como uma
concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de
produção que caracteriza cada sociedade num tempo espaços
determinados.
4. Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma
totalidade, isto é, um conjunto único e integrado de diversas
formas de organização humana, nas suas mais diversas
instâncias: família, poder, religião, etc., de tal maneira que suas
análises, apesar de históricas, trazem conclusões de caráter geral
e aplicáveis a formações históricas diferentes.
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
1. O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no
campo da ciência, quer no campo da organização política, se
deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter
totalizador que imprimiu às suas idéias
2. Alem desse universalismo da teoria marxista, outras questões
adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma delas foi a
questão da objetividade científica, tão perseguida pelas
ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se
coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a
ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se
refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma
visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma
questão de método, mas de como o pensamento se insere no
contexto das relações de produção e na história.
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
3. A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”,
preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece
em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de
conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social.
Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são
constituintes dos diversos momentos históricos e não
disfunções sociais.
4. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o
pensamento científico e a ação política de sua época bem das
posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a
bandeira do marxismo:
1. Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde
estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada
dos meios de produção.
2. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas
contradições, desvendando as relações de exploração e
expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o
papel dessas relações no processo histórico.
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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
5. Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das
ciências sociais
1. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da
relação entre consciência e realidade e da correta
inserção do homem e de sua práxis no contexto social.
2. A habilidade com que o método marxista possibilita
o constante deslocamento do geral para o particular,
das leis macrosociais para suas manifestações
históricas, do movimento estrutural da sociedade para
a ação humana individual e coletiva.
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
1. A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e
metodológica, assim como política e revolucionária. Já em
1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira
Associação Internacional de Operários, ou Primeira
Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias
marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos,
especialmente, os social-democratas.
2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da
Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs
fim á Segunda Internacional em 1014.
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3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a
Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado
operário.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten
que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos
e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante
até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União
Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.
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A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
5. Á formação do operariado no mundo se deu com a
organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais
marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia
nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras
Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia
existente nos países latino-americanos.
6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do
Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em
1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.
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7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que
os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências
mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo.
Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a
coreana organizaram sistemas políticos com algumas
características comuns : forte centralização, economia planejada,
coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de
propaganda ideológica e de culto ao dirigente.
8. A polarização política e ideológica foi transferida para o
conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou
de ser um método de análise da realidade social para
transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua
capacidade de elucidar os homens em relação ao seu
momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de
consciência de posição.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
8. Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma
crise interna e externa:
1. dificuldade em conciliar as diferenças regionais e
étnicas
2. falta de recursos para manter um estado de
permanente beligerância
3. atraso tecnológico
4. excesso de burocracia
5. baixa produtividade
6. escassez de produtos
7. inflação e corrupção
O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do
mundo todo o redimensionamento das forças internacionais
arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
10. Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz
necessária por diversas razões :
1. A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos
países, em especial nos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento. Nesses países, intelectuais e líderes
políticos associaram de maneira categórica o
desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da
luta política e dos partidos marxistas. A derrocada do
império soviético foi sentida como uma condenação
quase como a inviolabilidade da própria ciência.
arnaldolemos@uol.com.br
2. A teoria marxista transcende o momento histórico no
qual foi concebida e tem uma validade que extrapola
toda
iniciativa concreta. É preciso lembrar que a ausência
da
propriedade privada dos meios de produção é
condição
necessária mas não suficiente da sociedade
comunista
teorizada por Mar
3. Também é improcedente confundir a ciência
com o
ideário político de qualquer partido. Pode haver
integração entre um e outro mas nunca
identidade.
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
4. É preciso entender que a história não termina em
qualquer de suas manifestações particulares, quer na
vitória comunista, quer na capitalista. Assim em termos
científicos e marxistas, é preciso voltar o olhar para a
compreensão da emergência de novas forças sociais e
novas contradições.
5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular cautela.
Após dois ou três séculos de crença absoluta na capacidade
redentora da ciência, em sua capacidade de explicar a
realidade, já não se acredita na infalibilidade dos modelos.
Não poderia ser diferente com as ciências sociais que, do
contrario,adquiriram um estatuto de religião e de fé, uma vez
que se apoiariam em verdades eternas e imutáveis.
arnaldolemos@uol.com.br
A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
6. O fim da União Soviética não significou o fim da historia
ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo
como postura teórica. Nem terminou, com a derrubada
do Muro de Berlim, o ideário de uma sociedade justa e
igualitária. O que é preciso fazer é rever essa sociedade
cujas relações de produção se organizam sob novos
princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais,
mundialização do capitalismo, formação de blocos
econômicos, organização política de minorias étnicas,
religiosas e até sexuais, entendendo que as
contradições não desapareceram mas se expressam em
novas instâncias

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Os classicos da sociologia karl marx

  • 1. arnaldolemos@uol.com.br OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : KARL MARX
  • 2. arnaldolemos@uol.com.br Os Clássicos da Sociologia Emile Durkheim (1857 – 1917) Max Weber (1864 – 1920) Karl Marx (1818 – 1883) Objeto da Sociologia Método Classes Sociais Fato Social Ação Social Materialismo Dialético Positivismo Compreensão Social
  • 4. arnaldolemos@uol.com.br CONCEITOS BÁSICOS Socialismo Comunismo Dialética Forças de Produção Relações de Produção Infra-estrutura Super-estrutura Estado Classes sociais Ideologia Alienação Mercadoria Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho Valor de Uso Valor de troca Mai-valia
  • 5. arnaldolemos@uol.com.br Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha. Doutorou-se em Filosofia. Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações. Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recém fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica. Engels (1820-1895) KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 ) VIDA E OBRASVIDA E OBRAS
  • 6. arnaldolemos@uol.com.br KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 ) VIDA E OBRASVIDA E OBRAS Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do "marxismo", enquanto movimento político e social a favor do proletariado. “Proletários de todo mundo uni-vos”. Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, Contribuição à Crítica da Economia Política, A Luta de Classes na França, O Capital.
  • 8. arnaldolemos@uol.com.br 2.1 FONTES DO MARXISMO2.1 FONTES DO MARXISMO SOCIALISMO Movimento Operário Francês Devido as conseqüências sociais da Revolução, alguns pensadores propõem uma nova maneira de conceber a sociedade e reivindicam a igualdade entre todos, não só do ponto de vista político, mas também quanto às condições sociais de vida
  • 9. arnaldolemos@uol.com.br depende do convencimento da burguesia na distribuição de seus bens. não supõe um instrumento de poder para atingir seu objetivo SOCIALISMO PRÉ- MARXISTA utópico apolítico 2.1. FONTES DO MARXISMO2.1. FONTES DO MARXISMO
  • 10. arnaldolemos@uol.com.br conhecimento das leis que regem o mecanismo do sistema capitalista supõe um instrumento de poder, a organização da classe operária SOCIALISMO MARXISTA científico político 2.1. FONTES DO MARXISMO2.1. FONTES DO MARXISMO
  • 11. arnaldolemos@uol.com.br 2.3. FONTES DO MARXISMO2.3. FONTES DO MARXISMO DIALÉTICA Filosofia Clássica alemã: Hegel DIA + LEGEIN : pensar o contrario Método de apreensão da realidade Idealismo O real é contraditório,mutável, em movimento Tese, antítese, síntese As ideias transformam a realidade HEGEL
  • 12. arnaldolemos@uol.com.br 2.3. FONTES DO MARXISMO2.3. FONTES DO MARXISMO DIALÉTICA MARX: Rompimento com o Idealismo A dialética hegeliana, idealista, é “corrigida e aplicada ao materialismo existente que era essencialmente mecanicista”. As leis da dialética são as leis do mundo material. A realidade social vista através de suas contradições. MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO
  • 13. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE HOMEM ser de necessidades satisfação das necessidades produção de bens materiais produção de bens materiais TRABALHO
  • 14. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Relações A ) com a Natureza Forças de Produção (instrumentos de produção) B ) dos Homens entre si Relações de Produção(divisão do trabalho) modo de produção + História CapitalistaAntigo Feudal
  • 15. arnaldolemos@uol.com.br “A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos homens entre si.” Nesses dois tipos de relação aparece como intermediário um elemento essencial: O TRABALHO HUMANO
  • 16. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA POLÍTICA ESTADO JURÍDICA DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
  • 17. arnaldolemos@uol.com.br CONSCIÊNCIA EXISTÊNCIA CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA POLÍTICA ESTADO JURÍDICA DIREITO FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
  • 18. arnaldolemos@uol.com.br “O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da vida social, política e espiritual em geral” “Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência” “Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela” Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência, encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo
  • 19. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE DETERMINISMO OU CONDICIONAMENTO ? Determinismo: (relação de causalidade) : relação mecanicista e não dialética Condicionamento : é uma variável. corre o risco de ser flexível demais
  • 20. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE RELAÇÕES DE PROPRIEDADE PROPRIETÁRIOS CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE PROLETARIADOBURGUESIA NÃO PROPRIETÁRIOS RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO MPC
  • 21. arnaldolemos@uol.com.br CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE RELAÇÕES DE PROPRIEDADE PROPRIETÁRIOS CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE PROLETARIADOBURGUESIA NÃO PROPRIETÁRIOS RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO MPC
  • 22. arnaldolemos@uol.com.br CONSCIÊNCIA EXISTÊNCIA CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA POLÍTICA ESTADO JURÍDICA DIREITO FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA
  • 23. arnaldolemos@uol.com.br MODO DE PRODUÇÃO Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia PolíticaPrefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política A determinadas forças de produção correspondem determinadas relações de produção que se expressam em relações jurídicas e que constituem um modo de produção As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as relações de produção não acompanham o ritmo de seu desenvolvimento As forças de produção se chocam com as relações de produção existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na época de revolução social. FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP) RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP)
  • 24. arnaldolemos@uol.com.br ANÁLISE DA MERCADORIAANÁLISE DA MERCADORIA 1. O duplo valor dos bens materiais 2. A determinação do valor de troca 3. Os processos históricos de troca 4. A força de trabalho como mercadoria 5. O processo da mais valia 6. O fetichismo da mercadoria • Valor de uso • Valor de troca
  • 25. arnaldolemos@uol.com.br 1. O duplo valor dos bens materiais Valor de uso Valor de troca homem necessidades satisfação produção de bens materiais valor dos bens Utilidade do bem material para o seu produtor Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso
  • 26. arnaldolemos@uol.com.br 2. A determinação do valor de troca O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ? QUANTIDADE ? NECESSIDADE ? FINALIDADE ? EQUIVALÊNCIA (valores iguais)
  • 27. arnaldolemos@uol.com.br 2. A determinação do valor de troca trabalho equivalência 02 horas 04 horas02 horas tempo de trabalho necessário para a sua produção equivalência
  • 28. arnaldolemos@uol.com.br 2. A determinação do valor de troca Socialmente Tempo médio Tempo social Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, há uma comparação de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relações sociais Exemplo : compra no supermercado Pacote de arroz = 10 reais O preço é o que aparece. O que significa?
  • 29. arnaldolemos@uol.com.br “Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta, mas fazem-no”. O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um ramo de produção determinado,não é o trabalho de um gênero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral.
  • 30. arnaldolemos@uol.com.br 3. Os processos históricos de troca I) Processo Pré-Capitalista a) Processo de circulação simples (troca direta) b) Processo de circulação complexa (troca indireta) M M M D (equivalente geral) M A troca direta não dinamiza a troca Há necessidade de um equivalente geral O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCROO processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO
  • 31. arnaldolemos@uol.com.br II) Processo Capitalista Qual a vantagem ?D M D D M D+ Dinheiro tem valor de uso ? D M D+ M D++ M D+++ ... 3. Os processos históricos de troca
  • 32. arnaldolemos@uol.com.br O processo pré-capitalista começa com M a mercadoria é produto do trabalho O processo capitalista começa com D o dinheiro é necessariamente produto do trabalho ? 3. Os processos históricos de troca
  • 33. arnaldolemos@uol.com.br “Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem pingando da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1) Comércio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ... De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo? Questão Básica
  • 34. arnaldolemos@uol.com.br D máquina matéria prima força de trabalho (Capital constante) (Capital variável) M D ++ capitalismo
  • 35. arnaldolemos@uol.com.br Camponeses = expulsos do campo Artesãos = destituídos de suas ferramentas No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua força de trabalho: camponeses e artesãos capitalismo
  • 36. arnaldolemos@uol.com.br 4. A força de trabalho como mercadoria Qual o valor desta mercadoria ? a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para que ela exista b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que ela exista d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu dono, o trabalhador f) ora, um dia o trabalhador vai morrer g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que o trabalhador exista
  • 37. arnaldolemos@uol.com.br Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de trabalho. MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador. capitalismo
  • 38. arnaldolemos@uol.com.br É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer. A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA capitalismo
  • 39. arnaldolemos@uol.com.br Primeiro Modo Hipótese: 08 horas 5. O processo da mais valia Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia
  • 40. arnaldolemos@uol.com.br Segundo Modo 5. Exemplo Produção de um par de sapatos 100 unid de moeda Matéria Prima = Desgaste Instrumentos Salário Diário Como o capitalista obtém o lucro? 5. O processo da mais valia 20 unid de moeda 30 unid de moeda O valor de um par de sapatos é a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que entraram na produção Não é no âmbito da compra e venda É no âmbito da produção = =
  • 41. arnaldolemos@uol.com.br 09 horas de trabalho 01 par a cada 03 horas Nessas 03h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário Nas outras 06h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário 5. O processo da mais valia
  • 42. arnaldolemos@uol.com.br + salário Meios de Produção 120 30 150 + = + salário Meios de Produção 120 30 390 + = x 03 03 130 = 5. O processo da mais valia
  • 43. arnaldolemos@uol.com.br MAIS VALIAMAIS VALIA Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo capitalista Assim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema capitalista
  • 44. arnaldolemos@uol.com.br Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem um grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital É mais valia pra cá É mais valia pra lá Capitalismo é selvagem e global É mais valia pra cá É mais valia pra lá Tempo roubado do trabalho social Mercadoria é alienação Trabalho e salário, a danação A grana diz: trabalho sozinha A fórmula é d –m - d’ Síntese de muitas determinações a realidade brasileira é feita de contradições Mas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer esta luta sozinho É luta de classe e exploração Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também SAMBA DA MAIS VALIA Sergio Silva
  • 45. arnaldolemos@uol.com.br Pro demitido tem no Jornal Nacional Tem desemprego, meu bem, E tem a dengue também Desigualdade e tortura federal No Brasil tudo foi ti-ti-ti Todo mundo pensando do Gianotti à Chauí Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital O Manifesto falou, O comunista escutou Tem que seguir o movimento popular O grande mestre mostrou A grande escola ensinou De ver o samba no pé se revoltar Lá no Rio, os herdeiros da filosofia Descobriram o pandeiro e a cuíca vazia Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também
  • 46. arnaldolemos@uol.com.br O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA FETICHISMO FETICHE FREUD Adoração ou culto de fetiches Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto A aplicação do processo de fetichismo ao comportamento individual: fetiches sexuais MARX A aplicação do processo do fetichismo ao comportamento social: a mercadoria e o dinheiro são fetiches (1856 – 1939) (1818 – 1883)
  • 47. arnaldolemos@uol.com.br O que é MERCADORIA ? Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relações sociais Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preço) Exemplo de relações: a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy, a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino- que-faz-pacotes As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria: 01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver 01 cigarro marca X = um estilo de vida 01 calça jeans griffe X = um vida jovem
  • 48. arnaldolemos@uol.com.br As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem como coisas A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre coisas COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ? Os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em “gente”
  • 49. arnaldolemos@uol.com.br O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA trabalhador trabalho proprietário Os homens são transformados em coisas: uma coisa chamada mercadoria que possui outra coisa chamada preço uma coisa chamada capital que possui outra coisa chamada capacidade de ter lucros. Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si mesmas, independente dos homens que as realizam Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificaçãoreificação (Lucaks) Uma coisa chamada força de trabalho E a coisas são transformadas em “gente”:
  • 50. arnaldolemos@uol.com.br Questões FinaisQuestões Finais Por que os homens conservam essa realidade ? Como se explica que não percebam a reificação ? Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ? Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ? De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? A resposta a essas questões nos conduz diretamente aoA resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIAfenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA
  • 51. arnaldolemos@uol.com.br ALIENAÇÃOALIENAÇÃO alienum = alheio - outro Alienar um imóvel ALIENAÇÃO ECONÔMICA Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão Vender = separar o proprietário da propriedade CAPITALISMOCAPITALISMO O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora deO trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciênciasi, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIAfalsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA
  • 52. arnaldolemos@uol.com.br IDEOLOGIAIDEOLOGIA É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo suacomo se estivessem se comportando segundo sua própria vontadeprópria vontade A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época. Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salário. Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro. O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.
  • 53. arnaldolemos@uol.com.br CONCLUSÃOCONCLUSÃO A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
  • 54. arnaldolemos@uol.com.br A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE 1. A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa como também nas colônias européias e em movimentos de independência. Organizou partidos políticos, sindicatos, levou intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades científicas, de um modo geral, e as ciências humanas em particular. 2. Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência. 3. Por sua formação filosófica, concebia a realidade social como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo espaços determinados. 4. Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma totalidade, isto é, um conjunto único e integrado de diversas formas de organização humana, nas suas mais diversas instâncias: família, poder, religião, etc., de tal maneira que suas análises, apesar de históricas, trazem conclusões de caráter geral e aplicáveis a formações históricas diferentes.
  • 55. arnaldolemos@uol.com.br A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX 1. O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no campo da ciência, quer no campo da organização política, se deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter totalizador que imprimiu às suas idéias 2. Alem desse universalismo da teoria marxista, outras questões adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma delas foi a questão da objetividade científica, tão perseguida pelas ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma questão de método, mas de como o pensamento se insere no contexto das relações de produção e na história.
  • 56. arnaldolemos@uol.com.br A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX 3. A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”, preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social. Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são constituintes dos diversos momentos históricos e não disfunções sociais. 4. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o pensamento científico e a ação política de sua época bem das posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a bandeira do marxismo: 1. Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produção. 2. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas contradições, desvendando as relações de exploração e expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o papel dessas relações no processo histórico.
  • 57. arnaldolemos@uol.com.br A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX 5. Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das ciências sociais 1. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social. 2. A habilidade com que o método marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrosociais para suas manifestações históricas, do movimento estrutural da sociedade para a ação humana individual e coletiva.
  • 58. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 1. A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e revolucionária. Já em 1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos, especialmente, os social-democratas. 2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs fim á Segunda Internacional em 1014.
  • 59. arnaldolemos@uol.com.br 3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado operário. A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.
  • 60. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 5. Á formação do operariado no mundo se deu com a organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia existente nos países latino-americanos. 6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em 1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.
  • 61. arnaldolemos@uol.com.br 7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo. Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana organizaram sistemas políticos com algumas características comuns : forte centralização, economia planejada, coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de propaganda ideológica e de culto ao dirigente. 8. A polarização política e ideológica foi transferida para o conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou de ser um método de análise da realidade social para transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua capacidade de elucidar os homens em relação ao seu momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de consciência de posição. A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
  • 62. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 8. Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma crise interna e externa: 1. dificuldade em conciliar as diferenças regionais e étnicas 2. falta de recursos para manter um estado de permanente beligerância 3. atraso tecnológico 4. excesso de burocracia 5. baixa produtividade 6. escassez de produtos 7. inflação e corrupção O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do mundo todo o redimensionamento das forças internacionais
  • 63. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 10. Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz necessária por diversas razões : 1. A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos países, em especial nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Nesses países, intelectuais e líderes políticos associaram de maneira categórica o desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da luta política e dos partidos marxistas. A derrocada do império soviético foi sentida como uma condenação quase como a inviolabilidade da própria ciência.
  • 64. arnaldolemos@uol.com.br 2. A teoria marxista transcende o momento histórico no qual foi concebida e tem uma validade que extrapola toda iniciativa concreta. É preciso lembrar que a ausência da propriedade privada dos meios de produção é condição necessária mas não suficiente da sociedade comunista teorizada por Mar 3. Também é improcedente confundir a ciência com o ideário político de qualquer partido. Pode haver integração entre um e outro mas nunca identidade. A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
  • 65. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 4. É preciso entender que a história não termina em qualquer de suas manifestações particulares, quer na vitória comunista, quer na capitalista. Assim em termos científicos e marxistas, é preciso voltar o olhar para a compreensão da emergência de novas forças sociais e novas contradições. 5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular cautela. Após dois ou três séculos de crença absoluta na capacidade redentora da ciência, em sua capacidade de explicar a realidade, já não se acredita na infalibilidade dos modelos. Não poderia ser diferente com as ciências sociais que, do contrario,adquiriram um estatuto de religião e de fé, uma vez que se apoiariam em verdades eternas e imutáveis.
  • 66. arnaldolemos@uol.com.br A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO 6. O fim da União Soviética não significou o fim da historia ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo como postura teórica. Nem terminou, com a derrubada do Muro de Berlim, o ideário de uma sociedade justa e igualitária. O que é preciso fazer é rever essa sociedade cujas relações de produção se organizam sob novos princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais, mundialização do capitalismo, formação de blocos econômicos, organização política de minorias étnicas, religiosas e até sexuais, entendendo que as contradições não desapareceram mas se expressam em novas instâncias