2. Sumário
Definição de endoscopia;
Causas para a realização da Endoscopia
Digestiva Alta;
Preparação para o exame;
Descrição do exame;
Riscos ou complicações referente ao
exame
Cuidados e intervenções de enfermagem
após o exame;
3. Definição de Endoscopia
A endoscopia digestiva alta, também
chamada gastroenteroscopia ou
simplesmente endoscopia, permite ao
médico examinar a mucosa da parte
superior do trato gastrointestinal, que inclui
esófago, estômago e parte do duodeno.
É um exame indicado para avaliação
diagnóstica e tratamento de algumas
doenças.
4. É realizado através da introdução de um
instrumento flexível pela boca com
iluminação central que permite a
visualização
de
todo
o
trajecto
examinado.
O exame pode ser realizado com
anestesia tópica (um spray anestésico na
garganta) ou com sedação, utilizando
medicação
administrada
por
via
endovenosa.
5. Causas mais comuns para a
realização da EDA
Náuseas e vómitos;
Dispepsia ou azia;
Hematemeses ou Melenas;
Disfagia ou odinofagia;
Acompanhamento de tumores ou
pólipos previamente diagnosticados;
6. Preparação para o exame
É importante que o estômago esteja
vazio para permitir a visualização de
toda a área do órgão e para diminuir o
risco de aspiração;
Manter o doente em jejum absoluto por
6/8 horas antes do exame;
7. Os utentes que tomam medicação específica
podem ser orientados a modificar as doses ou até
mesmo suspendê-los vários dias antes do exame;
Fornecer informação necessária ao utente;
Ajudar o utente perante algum desconforto;
Incentivar a colaboração da família;
O utente deve fazer-se acompanhar de todos os
exames e análises complementares de
diagnóstico;
Promover o consentimento informado;
Promover hidratação adequada;
8. Verificar o estudo de coagulação;
Determinar o grupo sanguíneo;
Providenciar vestuário próprio para o exame;
Colocação de pulseira de identificação;
Criar um acesso venoso;
Administrar pré-medicação, segundo prescrição
médica;
Sugerir ao utente para urinar;
Pedir para retirar próteses dentárias, brincos,
anéis, etc;
Monitorizar sinais vitais.
9. Descrição do Exame
Doente encontra-se deitado confortavelmente e
descontraidamente para o lado esquerdo;
É colocada uma pequena peça de plástico entre
os dentes para manter a boca aberta sem
esforço;
10. Normalmente procede-se a anestesia
dada com um líquido ou gel que se
colocam na boca ou na ponta do tudo
flexível (Xilocaína) que tem como
objectivo diminuir o reflexo natural do
vómito;
Poderá ser necessário administrar-se
medicação EV conforme a necessidade
do exame.
O endoscópio é introduzido lentamente;
11. O exame por norma, tem uma duração de
cerca de 3 a 5 minutos dependendo se é
apenas um diagnóstico ou um tratamento
(ex.: biópsia) ;
Durante o exame o utente poderá ter uma
sensação de estômago cheio devido à
elevada quantidade de ar que é introduzido
para poder ter uma boa observação, em que
no final, esse ar será aspirado;
12. Durante o exame o médico pode observar na
mucosa uma lesão, há qual será retirada uma
porção para analisar (biópsia). Esta recolha é
feita por uma pinça própria que é introduzida
num local adequado do aparelho;
Se o médico observar um pequeno crescimento
anormal na parede da mucosa (pólipo) procede
á sua remoção durante o exame.
Depois de feita a observação, o aparelho é
retirado suavemente e sem dor.
13. Endoscopia com Sedação
Em geral, os procedimentos diagnósticos e
terapêuticos de vias digestivas alta e baixa são
realizados com sedação moderada;
O risco de sedação está relacionado com o tipo
de paciente e o tipo de procedimento;
Os pacientes com doenças prévias, como
cardiovasculares, respiratória e obesidade
mórbida, estão em especial risco durante a
sedação.
14. Riscos e Complicações
Hemorragias (principalmente após
colheita de amostras de tecido);
Perfurações;
Reacção aos sedativos: apneia e
reacções anafilácticas;
Complicações cardíacas: arritmias;
Complicações pulmonares:
aspiração, infecções;
15. Cuidados e intervenções de
enfermagem após o exame
Obter informação aos técnicos sobre o
decurso do exame e questionar ao utente
como se sente;
Fazer respeitar o repouso no leito,
segundo as indicações do médico;
Vigiar os sinais vitais e o estado geral(
dores, náuseas);
16. Após uma EDA dar especial atenção a
possíveis alterações abdominais, por
exemplo: uma defesa da parede;
Vigiar o local da punção para despiste de
hemorragias ou sinais inflamatórios;
Em caso de analgesia e/ou anestesia local
(spray, não deixar o utente ingerir alimentos
sólidos ou líquidos durante algumas horas).
17.
18.
Sumário
O que é?
Indicações para exame;
Colonoscopia com ou sem sedação;
Tipos de colonoscopia;
Intervenções de Enfermagem pré-procedimento;
Preparação intestinal;
Material utilizado;
Descrição do exame;
Intervenções de Enfermagem intra-procedimento;
Após o exame;
Riscos do exame;
Intervenções de Enfermagem pós-procedimento;
19. O que é?
A colonoscopia é uma exploração visual interna, da mucosa e
lúmen do cólon e recto e da parte terminal do intestino
delgado.
Exame endoscópico de todo o
cólon com a utilização de um
colonoscópio, tubo provido de
fibras ópticas, introduzido no
recto.
20. Indicações para exame
Exame de rastreio para o cancro de cólon.
Investigação de:
• Hemorragia digestiva baixa;
• Alterações nos hábitos intestinais;
• Dor abdominal crónica e sem causa
aparente;
21. Exame de acompanhamento de utentes com
pólipos intestinais;
Confirmação de resultados anormais obtidos
em outros exames, como radiografias, TAC ou
Ressonância Magnética.
Seguimento/controlo de doenças inflamatórias
intestinais, como colites ulcerosas, doença de
Crohn e cancro do cólon.
22. Colonoscopia com e sem sedação
O recurso á sedação, no decurso da
colonoscopia, depende de vários factores:
•
•
•
•
•
•
Preferência do doente;
Idade;
Situação física e/ou emocional;
Doença coexistente;
Tipo e duração do procedimento;
Recuperação no pós-procedimento;
23. Normalmente, quando
requerida, é utilizada uma
sedação mínima:
• Propofol, IV (200mg)
A sedação tem como principais
acções:
• Alívio da Ansiedade;
•
Assegurar a função cardiorespiratória, durante o procedimento;
24. Tipos de colonoscopias
Colonoscopia Total;
Colonoscopia parcial:
•
•
•
•
Sigmoidoscopia;
Rectosigmoidoscopia/proctoscopia;
Ileoscopia;
Jejunoscopia;
Colonoscopia virtual por TAC;
Colonoscopia por RM;
Colonoscopia por RX (clister opaco);
Colonoscopia por vídeo cápsula;
25. Colonoscopia Total
Exame endoscópico efectuado ao cólon na
sua totalidade.
Procedimento:
O utente é colocado em DLE, com os
joelhos flectidos;
Introduz-se o endoscópio pelo ânus após
lubrificação;
O utente pode ser colocado em supinação
após a passagem do endoscópio pela
junção sigmóide;
Pedir ao utente para se manter relaxado
durante o exame;
26. Colonoscopia parcial
Esquerdas
Sigmoidoscopia: Exame efectuado ao recto e
ânus.
Rectosigmoidoscopia
ou
proctoscopia:
Exame efectuado ao recto e ânus.
Direitas
Ileoscopia: Permite uma exploração visual da
mucosa e lúmen, do íleo (parte terminal do
intestino delgado)
Jejunoscopia: Permite uma exploração visual da
mucosa e lúmen do jejuno (parte intermédia do
intestino delgado)
27. Colonoscopia virtual por TAC
É efectuado um exame de TAC
abdominal e pélvico;
Alternativa menos invasiva, com baixo
risco de radiações;
Toda a superfície do cólon é observada:
detecção de pólipos, neoplasias, quistos e
lesões inflamatórias;
Tem a vantagem de fornecer uma
imagem tridimensional, obtida através de
um detector de radiação;
Pode ser administrado meio de contraste
endovenoso;
28. Colonoscopia por RM
Com esta técnica a distensão intestinal é
feita com soro fisiológico e contraste;
As imagens originais são submetidas a um
programa de computador que produz uma
imagem tridimensional do cólon.
29. Colonoscopia por RX (clister opaco)
É feita para visualizar a posição dos
movimentos e enchimento do cólon.
A preparação clínica, incluí:
Colocar o utente com uma dieta pobre em
resíduos ou líquidos dos dias anteriores;
Administrar um laxante e um preparado
líquido oral para limpar o intestino, no dia do
exame;
30. Colonoscopia por RX (clíster opaco)
Procedimento:
O meio de contraste radiológico (Bário) é
instalado por via rectal e as radiações são
obtidas com ou sem fluoroscopia;
O procedimento é desconfortável e
cansativo para o utente;
31. Colonoscopia por vídeo cápsula
É
um
exame
de
diagnóstico
simples, seguro e não invasivo.
Permite visualizar todos os segmentos do
intestino grosso.
Capta as imagens e regista-as através de
sensores aplicados no corpo do utente e
de um receptor que é colocado na sua
cintura.
32. Colonoscopia por vídeo cápsula
Esta cápsula é ingerida com alguns golos de
água e avança ao longo do tubo digestivo,
propulsionada pelos movimentos digestivos
normais, captando simultaneamente as
imagens do revestimento intestinal (em
media, 4 imagens por segundo).
Ao fim de cerca de 10 horas, os sensores
e o dispositivo são removidos e as
imagens são processadas e visualizadas
num monitor.
33. Durante este procedimento, o utente
poderá realizar a sua vida normal, não
sendo necessário permanecer no
hospital.
A cápsula será eliminada naturalmente
com as fezes, passadas 24/72 horas da
sua deglutição.
34. Intervenções Pré-Procedimento
Avaliar os conhecimentos do doente sobre o procedimento;
•
Informar como pode colaborar no exame;
Informar sobre os sinais e sintomas que possa sentir;
Alertar para a necessidade de acompanhamento:
•
Explicar ao doente e acompanhante no que consiste o procedimento, o que vai
acontecer, onde e quem o vai realizar, duração e quem estará presente.
Em caso de sedação, o utente não poderá conduzir.
Promover o consentimento informado;
Escutar o doente;
Realizar ensinos ao utente:
•
Acerca de: Cólicas, refeições, condução, entre outros.
Detectar se há alergias ao anestésico/desinfectante para diminuir o risco de
complicações;
Recolher exames anteriores;
Certificar que o utente se encontra em jejum e realizou a limpeza do
intestino;
•
Verificar a hora da última refeição.
35. Intervenções Pré-Procedimento (cont.)
Realizar toque terapêutico para ajudar a acalmar e a relaxar o utente;
Disponibilizar vestuário adequado á intervenção;
Respeitar privacidade do utente;
Promover o conforto:
• Manter o doente quente e confortável.
Preparar a sala e reunir todo o material necessário e adequado ao
exame:
• Incluindo o carro de emergência.
Avaliar os Sinais Vitais e o Estado de Consciência;
Permeabilizar veia:
• Quando usada sedação.
• Preparação dos anestésicos locais.
Posicionar em decúbito lateral esquerdo:
•
Com a perna direita flectida.
36. Preparação Intestinal
Um cólon limpo permite a realização
de um exame completo com maior
facilidade, rapidez e segurança, a
visualização e eventual tratamento de
lesões, mesmo de pequenas
dimensões;
• Uma colonoscopia num doente com
má preparação, pode tornar o exame
mais demorado, com maior riscos de
complicações e atrasar o diagnostico;
37. A preparação do cólon pode ser feita com
vários produtos. Deve seguir-se
cuidadosamente as indicações para a
preparação intestinal:
Dietas líquidas sem resíduos e laxantes, por
via oral, são introduzidas, normalmente,
dois dias antes do exame;
O preparo final, com soluções orais, que
promovem a lavagem e a limpeza intestinal,
varia de acordo com a preferência e a
experiência do Serviço;
38. Descrição do exame
•
A colonoscopia realiza-se com o utente
normalmente deitado em decúbito
lateral esquerdo com a perna direita
flectida, com eventual mudança para
decúbito dorsal;
• O médico será capaz de ver várias
anormalidades que possam estar
presentes.
• Se necessário,
podem ser colectadas pequenas
amostras de tecido
(biópsia) durante o exame
para análise laboratorial detalhada;
39. Material a utilizar no procedimento
Colonoscópio;
Campo esterilizado;
Luvas esterilizadas;
Lidocaína-gel;
Compressas;
Dinamap;
Frascos para recolha de
amostras com rótulo;
Carro de emergência
• Caso o procedimento seja com
sedação;
40. Intervenções de Enfermagem intraprocedimento
Avaliar os sinais vitais e Estado de consciência;
Mostrar-se disponível para o utente e as suas
questões;
Realizar toque terapêutico para ajudar a acalmar
e a relaxar o utente;
Estar atento a quaisquer reacções
adversas/complicações e comunicar ao médico;
Se o utente apresentar sinais de
choque/alerta, interromper o exame;
Promover o conforto:
Manter o doente quente e confortável.
41. Descrição do exame (cont.)
O endoscópio contém canais que permitem a
lavagem, a insuflação de ar (para melhor
visualização) e a realização de biópsias (ou de
outras pinças ou ansas conforme as técnicas).
As biopsias não são dolorosas;
• Após introduzir o ar através do endoscópio, para
distender o cólon, pode sentir-se um leve
desconforto com esta distensão. Se o exame for
realizado com sedação, o desconforto acima
referido é atenuado ou não se evidencia.
• Alertar sempre o médico ou enfermeiro para
qualquer desconforto durante a realização do
exame.
42. Após o exame
O utente dever ingerir grandes
quantidades de alimentos líquidos.
Poderá sentir sonolência, cólicas
abdominais relacionadas com a
insuflação de ar no intestino durante o
exame, náuseas e vómitos devido à
medicação sedativa.
A primeira refeição deverá ser ligeira e
branda. Se o exame foi realizado com
sedação o utente só devera abandonar o
local após indicação medica.
É importante que informe o médico se tiver dor abdominal forte,
hemorragia intestinal em maior quantidade, febre ou vómitos,
incómodos nas horas ou dias que se seguem à colonoscopia.
43. Riscos e Complicações
As complicações da colonoscopia podem ser
divididas em complicações relacionadas ao
preparo, a sedação e a procedimentos
diagnósticos ou terapêuticos.
O uso do preparo intestinal pode ocasionar:
•
•
•
•
•
Tonturas;
Náuseas;
Vómitos;
Cólicas intestinais;
Desidratação:
• Desequilíbrio hidro-eletrolítico .
•
Distensão abdominal:
•
Ocorre raramente.
44. Riscos e Complicações (cont.)
As medicações empregadas na sedação podem
provocar reacções locais como: flebite, diminuição
na oxigenação sanguínea, alterações no ritmo
cardíaco e na pressão arterial sistémica.
• Estes efeitos são constantemente
monitorizados durante o exame, estando a
equipa habilitada para o tratamento imediato de
qualquer uma dessas complicações.
As complicações mais frequentes são:
Perfuração:
Requer tratamento cirúrgico.
Hemorragia:
Pode ser tratado por hemostasia
endoscópica.
45. Intervenções de Enfermagem
Pós-Procedimento
• Avaliar os Sinais Vitais e estado de consciência;
• Informar o utente, e, posteriormente, o
acompanhante, acerca da conclusão do exame;
• Colaborar na higiene pessoal:
• Quando usados lubrificantes;
•
•
Assegurar o inicio da dieta, sem intercorrências;
Estar atento a quaisquer sintomas identificativos de
complicações do exame;
• Enviar colheita de espécimes, devidamente
identificada, para análise;
• Reforçar ensinos ao utente:
• Acerca de: Cólicas, refeições, condução, entre outros.
• Elaborar carta de alta;
46. Bibliografia
POTTER P; PERRY A; ELKIN M.
Intervenções de Enfermagem e
Procedimentos Clínicos; 2ª Ed.;
Lusociência, Loures, 2005.
POTTER P; PERRY A; Fundamentos de
Enfermagem: Conceitos e Procedimentos;
5ª Ed.; Lusociência, Loures, 2006.
PHIPS. Enfermagem Médico-Cirúrgica; 8ª
Edição; Lusociência, Loures, 2010.
47. Sitografia
• Colonoscopia, in
http://www.clinicasantatecla.pt/uploaded/File/colo
noscopia.pdf; Setembro/2013;
• Indicações para exame, in
http://saude.sapo.pt/saude-medicina/checkupprevencao/examesdiagnostico/colonoscopia.html; Setembro/2013
• Colonoscopia, in
http://www.mdsaude.com/2012/07/colonoscopia.
html; Setembro/2013
• Preparação para exame, in
http://www.hppboavista.pt/pt/ExamesDiagnostico
/Paginas/Colonoscopia.aspx; Setembro/2013
48. Sitografia (cont.)
• Endoscopia Digestiva Alta, in
www.abcdasaude.com; Setembro/2013;
• Prevenção de Complicações, in
http://www.abc.med.br/p/exames-eprocedimentos/334070/endoscopia+digest
iva+alta+como+e+o+exame.htm;
Setembro/2013;
• Endoscopia Digestiva Alta, in
http://saude.sapo.pt/saudemedicina/checkup-prevencao/examesdiagnostico/endoscopia.html;
Setembro/2013;
49. ESS Jean Piaget – Vila Nova de Gaia
Unidade Currícular: Enfermagem
Médico-Cirúrigica e Especialidades
Professora: Margarida Ferreira
Trabalho elaborado por:
• Cláudia Sofia Santos nº 48308
• Joana Nunes nº 49140
• Marlene Magalhães nº 48546
• Sara Mota nº 48428