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Clara Cruz Santos
RISCO SOCIAL                 PERIGO SOCIAL


      “tudo o que pode           Está relacionado com a
       alterar a relação do         ampliação de
       indivíduo com o meio         problemas sociais ou
       social e que exerce          de um problema social
       consequências sobre
                                    especifico.(Beck
       os contextos de vida
                                   2000:69) .
       e as formas de estar
       na vida”(Guiddens,
       2002:34)
                                   a ameaça que o risco
                                   apresentava, inicialmente,
                  probabilidade
                                   já se encontra instalada.
Ameaça            de ocorrência

                    malefício
   Os dois processos não são lineares

   Risco Social                 Perigo Social

                    Não Conduz

                                   Risco Social
   Perigo Social

                    Não Advêm
    Significa que a acção profissional do assistente social
      deverá ser distinta pois as situações são diferentes:

                                        prevê a mudança e deve
                                        prever estratégias e
     Risco Social                       modelos de intervenção
                                        baseados na prevenção e
                                        na intervenção nos
                                        contextos sociais
                                        circundantes.

                                         prevê uma acção numa
    Perigo Social                        situação que degenerou ou
                                         se potencializou não
                                         promovendo a mudança
    Na prática dos assistentes sociais ainda assistimos a situações
    equivocadas entre perigo e risco
   Intervenção actual (Besson et al. 2000)                  Intervençã
                                                             o




                                                Dissocia    Instituc
                     Atitudes                   ção         ionaliza
     Stress e        Parentais                  familiar    ção
     condições       Rígidas        Crise
     da vida
                     Comportamen    O limite
     quotidiana      tos
                                                Acusaçã     Perda
                                    de          oe          de
     Incapacida      inadequados    tolerânci               Autono
                                    a da        Vitimiza
     de em gerir     Comportamen                            mia
                                    família é   ção
     o stress        tos
                                    ultrapas
                     negligentes                       Desorga
     Isolamento                     sado               nização
                     Problemas
     Social          conjugais
                     Desvio à
                     norma
   Intervenção Ideal (Besson et al. 2000)                               Intervençã
                                                                         o




                                                        Dissoci          Institu
                         Atitudes                       ação             cionali
      Stress e           Parentais                      familiar         zação
      condições          Rígidas            Crise
      da vida
                         Comportamen        O limite
      quotidiana         tos
                                                        Acusaç           Perda
                                            de          ão e             de
      Incapacida         inadequados        tolerânci                    Auton
                                            a da        Vitimiza
      de em gerir        Comportamen                                     omia
                                            família é   ção
      o stress           tos
                                            ultrapas
                         negligentes                               Desorga
      Isolamento                            sado                   nização
                         Problemas
      Social             conjugais
                         Desvio à
                         norma       Intervenção                        Intervenção
    Intervenção


                    Coordenação dos serviços/Intervenção em
                    rede
estratégia de prevenção de carácter
micro e meso, podendo basear-se num
     modelo de advocacia social.
Perigo   Está relacionado com a Localiza-se no Tem        uma A intervenção
         inexistência        de imediato       correlação     exige       a
         mudança                               com          a interacção
                                                 degradação
Risco    Está relacionado com     Distende-se no Tem        uma    A intervenção
         as consequências da      período        correlação        exige      uma
         dinâmica    em     que   espaço       - com           a   mediação
         assenta o processo de
                                  tempo          vulnerabilidad    interpretativa
         transformação social
                                                 e                 que conduza
                                                                   ao equilibrio
Amigos
    Vizinhos                                             Familiares



           Manuel                       45    Maria
                              50              Ajudante
           Desempregado
                                              familiar
Grupo de
 Amigos
  Paula
                                                           Grupo de
                                                          colegas Dª
                  Paula                      Pedro          Maria
                  Estudante    20   6        Estudante


                                                           Grupo
                                                          Colegas
 Educadora                                                 Paula
    CS

               Assistente
               Social IPSS
   Esta família habita numa casa alugada numa zona periférica de
    um espaço urbano pela qual paga de renda 600€/mensais.
   A Paula encontra-se na Faculdade (tendo excelentes notas).
   A Dª Maria trabalha para uma IPSS do centro urbano como
    ajudante familiar, tem que pagar a um centro de Ocupação de
    Tempos Livres cerca de 100 € por mês. Aufere cerca de 450 €
    por mês do seu trabalho.
   O subsídio de desemprego do Sr. Manuel está a terminar.
   Trabalhou cerca de 30 anos para a mesma fábrica. Na altura
    auferia cerca de 1200 € de ordenado.
   Pede apoio do RSI. (Segurança Social)
   A assistente social que os atendeu informou-os que
    tinham direito à prestação e iniciou o processo de
    celebração da contratualização do processo de inserção
    nas seguintes áreas: Formação profissional para o Sr.
    Manuel na área da metalurgia (área onde nunca
    trabalhou já que a sua experiência se prendeu desde
    sempre na indústria têxtil), acompanhamento psicológico
    obrigatório e a mudança de casa para uma outra de
    renda mais baixa. Por outro lado, conseguiu com que o
    Pedro não tivesse que pagar o centro de ocupação de
    tempos livres e autonomizou a Paula do agregado
    familiar, responsabilizando-a numa procura de trabalho
    conciliador com a sua vida na faculdade, mas que ao
    mesmo tempo reduzia a prestação pecuniária dada à
    família.
Familiares



       Manuel                               45        Maria
                           50                         Ajudante
       Desempregado
                                                      familiar



                                                                          Grupo de
                                                                         colegas Dª
               Paula                                 Pedro                 Maria
               Estudante    20          6            Estudante




Educadora
   CS

            Assistente                  Assistente         Técnicos da
            Social IPSS                 Socia SS            Formação
                            Psicólogo
   Mudaram para uma zona residencial de carácter social,
    perdendo todos os laços de vizinhança e de amizade que
    possuíam e o comportamento do Sr. Manuel estava a
    tornar-se incompatível com a formação, atingindo o
    máximo de faltas que podia além de que tinha adquirido
    hábitos alcoólicos
    A assistente social ficou bastante preocupada e chamou
    a atenção da família que para além das áreas de inserção
    anteriores o Sr. Manuel teria agora que frequentar um
    hospital psiquiátrico conhecido para um processo de
    desabituação alcoólica. Esta assistente social sentiu-se
    bastante impotente face ao comportamento de perigo da
    família com um menor a cargo e a Dª Maria apresentava,
    já por sua vez, sintomas de se encontrar em grande
    desgaste físico e emocional.
   Aparente passagem de uma situação
    de risco social para uma de perigo
    social paradoxalmente através da
    intervenção social.
   Diminuição das redes de suporte
    primárias e aumento das redes de
    suporte secundário.
   As ameaças exosistémicas que influenciavam o seu
    funcionamento familiar não foram tomadas em conta,
    como o facto da “desfiliação” ou perda de identidade
    social e profissional sentida pelo Sr. Manuel e a
    necessidade de manter as redes sociais de suporte que
    podiam ser uma mais-valia em termos de intervenção
    social;
   Problemas geradores de problemas, aumentando o seu
    sentimento de perda identitária e procurando
    comportamentos compensatórios excludentes.
   Uma acção de carácter mais organizada ou planeada em
    termos dos recursos comunitários e institucionais
    existentes, podendo através do trabalho em rede
    secundária e adoptando, a nosso ver, uma metodologia
    de advocacia social, verificar nos sistemas significantes
    para a família outro tipo de respostas.
   1º Momento: Entrevista de acolhimento e de reunião de
    informação com a utilização de novos instrumentos para
    além dos dados demográficos e económicos.




                     POTENCIALIDADES           PRESSÃO
     AMEAÇAS
                                               SOCIAL,
                                               FAMILIAR.
                                               INDIVIDUAL



               ASPECTOS ENDÓGENOS DA FAMÍLIA
   2º Momento – Fase da Contratualização

     Por Parte dos          Técnicos e Família.
     Técnicos:              1.definição de prioridades e de
     1.análise da           problemas
     informação recolhida   2.conotação positiva da família
     2.planeamento inter-   3. Delimitação de áreas
     serviços               estratégicas
     3.delimitar            4.Definição do mapa de
     estratégias a propor   suporte de rede e sua
     à família              rentabilização
                            5.Definição de um plano de
                            acompanhamento por fases
                            temporárias
INTERVENÇÃO PARA A
TRANSFORMAÇÃO
SOCIAL
   3º Momento: Acompanhamento e avaliação
    permanente da família
   Utilização dos recursos comunitários e das redes
    secundárias e primárias que podem servir de
    suporte evitando uma duplicação de respostas e
    uma dependência desta aos serviços.
RESPOSTAS                              Passagem
           PADRONIZADAS


                          Mecanismos
                          endógenos à
                          família para a
                          sua resolução        RESPOSTAS
                                               CASUÍSTICAS
                                                   OU
                                               FOCALIZADAS
Problemas                     Entendimento
anteriores                    de como a
vivenciados                   família vive o
pela família                  problema
      O “Road-Map” é uma representação gráfica dos maiores
          eventos/ocorrências vivenciadas no contexto mais alargado
          da vida do sujeito ou num contexto mais restrito, numa
          situação especial que necessita de ser resolvida.

          Hipoteticamente podia ser o seguinte:




Ir para
a Casa
Nova                                                                                                As Dras dizem que
                                                                                                    tenho que
                                  Fui para um Colégio.               A minha filha
                                                                                                    trabalhar. Tenho
                                  Estava muito triste.               nasceu. Parei os
                                                                                                    que por a minha
                                  Queria a minha mãe.                consumos
       Senti a falta de                                                                             filha num colégio.
       um pai. Os meus                                                            A CPCJ diz que não sei
       avós bebiam        Os meus avós               Comecei a consumir. Fui
                                                                                  cuidar da minha filha.
                          morreram a minha           viver com a minha mãe.
                                                                                  Iniciei consumos
                                                     Fiquei grávida
                          mãe estava muito
Focalização nos               PASSAGEM DA
   problemas                   PERSPECTIVA
                               DE
                               INTERVENÇÃO



Focalização nos
Soluções
                                    Dificuldades
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                                    da teoria para
                                    a Prática
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   Como avaliamos o risco social?
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A intervenção com famílias de risco social nepece

  • 2. RISCO SOCIAL PERIGO SOCIAL  “tudo o que pode Está relacionado com a alterar a relação do ampliação de indivíduo com o meio problemas sociais ou social e que exerce de um problema social consequências sobre especifico.(Beck os contextos de vida 2000:69) . e as formas de estar na vida”(Guiddens, 2002:34) a ameaça que o risco apresentava, inicialmente, probabilidade já se encontra instalada. Ameaça de ocorrência malefício
  • 3. Os dois processos não são lineares  Risco Social Perigo Social Não Conduz Risco Social  Perigo Social Não Advêm
  • 4. Significa que a acção profissional do assistente social deverá ser distinta pois as situações são diferentes: prevê a mudança e deve prever estratégias e Risco Social modelos de intervenção baseados na prevenção e na intervenção nos contextos sociais circundantes. prevê uma acção numa Perigo Social situação que degenerou ou se potencializou não promovendo a mudança Na prática dos assistentes sociais ainda assistimos a situações equivocadas entre perigo e risco
  • 5. Intervenção actual (Besson et al. 2000) Intervençã o Dissocia Instituc Atitudes ção ionaliza Stress e Parentais familiar ção condições Rígidas Crise da vida Comportamen O limite quotidiana tos Acusaçã Perda de oe de Incapacida inadequados tolerânci Autono a da Vitimiza de em gerir Comportamen mia família é ção o stress tos ultrapas negligentes Desorga Isolamento sado nização Problemas Social conjugais Desvio à norma
  • 6. Intervenção Ideal (Besson et al. 2000) Intervençã o Dissoci Institu Atitudes ação cionali Stress e Parentais familiar zação condições Rígidas Crise da vida Comportamen O limite quotidiana tos Acusaç Perda de ão e de Incapacida inadequados tolerânci Auton a da Vitimiza de em gerir Comportamen omia família é ção o stress tos ultrapas negligentes Desorga Isolamento sado nização Problemas Social conjugais Desvio à norma Intervenção Intervenção Intervenção Coordenação dos serviços/Intervenção em rede
  • 7. estratégia de prevenção de carácter micro e meso, podendo basear-se num modelo de advocacia social.
  • 8. Perigo Está relacionado com a Localiza-se no Tem uma A intervenção inexistência de imediato correlação exige a mudança com a interacção degradação Risco Está relacionado com Distende-se no Tem uma A intervenção as consequências da período correlação exige uma dinâmica em que espaço - com a mediação assenta o processo de tempo vulnerabilidad interpretativa transformação social e que conduza ao equilibrio
  • 9. Amigos Vizinhos Familiares Manuel 45 Maria 50 Ajudante Desempregado familiar Grupo de Amigos Paula Grupo de colegas Dª Paula Pedro Maria Estudante 20 6 Estudante Grupo Colegas Educadora Paula CS Assistente Social IPSS
  • 10. Esta família habita numa casa alugada numa zona periférica de um espaço urbano pela qual paga de renda 600€/mensais.  A Paula encontra-se na Faculdade (tendo excelentes notas).  A Dª Maria trabalha para uma IPSS do centro urbano como ajudante familiar, tem que pagar a um centro de Ocupação de Tempos Livres cerca de 100 € por mês. Aufere cerca de 450 € por mês do seu trabalho.  O subsídio de desemprego do Sr. Manuel está a terminar.  Trabalhou cerca de 30 anos para a mesma fábrica. Na altura auferia cerca de 1200 € de ordenado.  Pede apoio do RSI. (Segurança Social)
  • 11. A assistente social que os atendeu informou-os que tinham direito à prestação e iniciou o processo de celebração da contratualização do processo de inserção nas seguintes áreas: Formação profissional para o Sr. Manuel na área da metalurgia (área onde nunca trabalhou já que a sua experiência se prendeu desde sempre na indústria têxtil), acompanhamento psicológico obrigatório e a mudança de casa para uma outra de renda mais baixa. Por outro lado, conseguiu com que o Pedro não tivesse que pagar o centro de ocupação de tempos livres e autonomizou a Paula do agregado familiar, responsabilizando-a numa procura de trabalho conciliador com a sua vida na faculdade, mas que ao mesmo tempo reduzia a prestação pecuniária dada à família.
  • 12. Familiares Manuel 45 Maria 50 Ajudante Desempregado familiar Grupo de colegas Dª Paula Pedro Maria Estudante 20 6 Estudante Educadora CS Assistente Assistente Técnicos da Social IPSS Socia SS Formação Psicólogo
  • 13. Mudaram para uma zona residencial de carácter social, perdendo todos os laços de vizinhança e de amizade que possuíam e o comportamento do Sr. Manuel estava a tornar-se incompatível com a formação, atingindo o máximo de faltas que podia além de que tinha adquirido hábitos alcoólicos  A assistente social ficou bastante preocupada e chamou a atenção da família que para além das áreas de inserção anteriores o Sr. Manuel teria agora que frequentar um hospital psiquiátrico conhecido para um processo de desabituação alcoólica. Esta assistente social sentiu-se bastante impotente face ao comportamento de perigo da família com um menor a cargo e a Dª Maria apresentava, já por sua vez, sintomas de se encontrar em grande desgaste físico e emocional.
  • 14.
  • 15. Aparente passagem de uma situação de risco social para uma de perigo social paradoxalmente através da intervenção social.  Diminuição das redes de suporte primárias e aumento das redes de suporte secundário.
  • 16. As ameaças exosistémicas que influenciavam o seu funcionamento familiar não foram tomadas em conta, como o facto da “desfiliação” ou perda de identidade social e profissional sentida pelo Sr. Manuel e a necessidade de manter as redes sociais de suporte que podiam ser uma mais-valia em termos de intervenção social;  Problemas geradores de problemas, aumentando o seu sentimento de perda identitária e procurando comportamentos compensatórios excludentes.  Uma acção de carácter mais organizada ou planeada em termos dos recursos comunitários e institucionais existentes, podendo através do trabalho em rede secundária e adoptando, a nosso ver, uma metodologia de advocacia social, verificar nos sistemas significantes para a família outro tipo de respostas.
  • 17. 1º Momento: Entrevista de acolhimento e de reunião de informação com a utilização de novos instrumentos para além dos dados demográficos e económicos. POTENCIALIDADES PRESSÃO AMEAÇAS SOCIAL, FAMILIAR. INDIVIDUAL ASPECTOS ENDÓGENOS DA FAMÍLIA
  • 18. 2º Momento – Fase da Contratualização Por Parte dos Técnicos e Família. Técnicos: 1.definição de prioridades e de 1.análise da problemas informação recolhida 2.conotação positiva da família 2.planeamento inter- 3. Delimitação de áreas serviços estratégicas 3.delimitar 4.Definição do mapa de estratégias a propor suporte de rede e sua à família rentabilização 5.Definição de um plano de acompanhamento por fases temporárias INTERVENÇÃO PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
  • 19. 3º Momento: Acompanhamento e avaliação permanente da família  Utilização dos recursos comunitários e das redes secundárias e primárias que podem servir de suporte evitando uma duplicação de respostas e uma dependência desta aos serviços.
  • 20. RESPOSTAS Passagem PADRONIZADAS Mecanismos endógenos à família para a sua resolução RESPOSTAS CASUÍSTICAS OU FOCALIZADAS Problemas Entendimento anteriores de como a vivenciados família vive o pela família problema
  • 21. O “Road-Map” é uma representação gráfica dos maiores eventos/ocorrências vivenciadas no contexto mais alargado da vida do sujeito ou num contexto mais restrito, numa situação especial que necessita de ser resolvida. Hipoteticamente podia ser o seguinte: Ir para a Casa Nova As Dras dizem que tenho que Fui para um Colégio. A minha filha trabalhar. Tenho Estava muito triste. nasceu. Parei os que por a minha Queria a minha mãe. consumos Senti a falta de filha num colégio. um pai. Os meus A CPCJ diz que não sei avós bebiam Os meus avós Comecei a consumir. Fui cuidar da minha filha. morreram a minha viver com a minha mãe. Iniciei consumos Fiquei grávida mãe estava muito
  • 22. Focalização nos PASSAGEM DA problemas PERSPECTIVA DE INTERVENÇÃO Focalização nos Soluções Dificuldades Exemplo: O “Gestor de Caso” na passagem da teoria para a Prática CPCJ RSI
  • 23. Como avaliamos o risco social?
  • 24. Obrigado