SlideShare a Scribd company logo
1 of 10
Download to read offline
1

MICRORGANISMOS EXTREMÓFILOS COM POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO PARA
                       USO INDUSTRIAL

Sílvia Santos1, Eduardo de Aquino Ximenes1
1
 Universidade Católica do Salvador – UCSal – Laboratório de Estudos em Meio Ambiente – LEMA - Av.
Prof. Pinto de Aguiar 2589, Pituaçu – CEP 41740-090 – Salvador - BA – Brasil - E-mail:
lemassilvia@yahoo.com.br

                                            Resumo

Os microrganismos extremófilos são aqueles capazes de se adaptarem a condições físico-químicas
extremas, modificando suas estruturas protéicas, processos metabólicos e outros. Tais
características justificam a sua aplicação biotecnológica, pois permitem seu uso em processos
operacionais realizados em uma variedade de condições, como extremos de pH, temperatura,
pressão, altas concentrações de sais e metais pesados. O microrganismo utilizado neste trabalho foi
um fungo (isolado J), isolado de uma fonte hidrotérmica de Jorro-Tucano, BA. Este fungo foi
selecionado e cultivado em meio sólido, contendo glicose como única fonte de carbono (MYG). O
isolado J cresceu em uma ampla faixa de temperatura (20ºC a 45ºC), tendo como temperatura ótima
40ºC. Ao nível de pH, o crescimento se deu em uma faixa de 4,0 a 12, tendo como pHs ótimos 4,0 e
8,0. Este fungo foi também testado quanto à capacidade de degradar diferentes substratos em meio
sólido, como celulose, caseína, margarina, ácido palmítico e N-hexadecano, contendo tais substratos
individualmente como a única fonte carbono. Em pH 8,0 e temperatura de 40ºC, somente o
substrato N-hexadecano foi degradado. Após a modificação do meio de cultura usado, o fungo foi
capaz de degradar os substratos celulose, caseína, margarina e ácido palmítico à temperatura de
40ºC e pHs 4 e 8, caracterizando o potencial para seu uso ou de seus produtos em processos
biotecnológicos.
Palavras-chaves: Microrganismo extremófilos; enzimas hidrolíticas; protease; celulase; lípase;

                                        INTRODUÇÃO

A diversidade biológica ao nível das espécies inclui toda a gama de organismos na terra, desde as
bactérias e protistas até reinos multicelulares de plantas, animais e fungos, sendo estes últimos,
juntamente com as bactérias, considerados os decompositores mais importantes devido ao seu papel
de degradar a matéria orgânica (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). A microbiota de um
determinado ambiente realiza muitas transformações bioquímicas essenciais para o funcionamento
normal do ecossistema. Os resíduos regularmente depositados no solo são utilizados pela
microbiota e transformados em novas substâncias. Os microrganismos constituem uma ligação entre
os constituintes inanimados do solo e os seres vivos. Desse modo, as atividades fúngicas e
bacteriológicas são amplamente responsáveis pela fertilidade do solo (PELCZAR et al., 1981).
Por serem os fungos organismos que contribuem para uma grande variedade de aplicações a favor
do progresso do homem (RUEGGER, 2001), percebe-se a necessidade de enriquecer tais
aplicabilidades, buscando-se, por exemplo, através de pesquisas e estudos, descobrir
microrganismos que superem as suas condições normais de vida, desenvolvendo-se em condições
extremas e que tenham potencial biotecnológico para uso em várias indústrias (LUDLOW e
CLARK, 1991), incluindo a de alimentos, bebidas, têxtil, polpa e papel, assim como na agricultura
(BHAT, 2000), contribuindo para o avanço da sociedade moderna. Adicionalmente, a busca de
microrganismos degradadores de compostos originados por atividade industrial, como derivados do
petróleo, potenciais poluentes do meio ambiente, consiste em outra possibilidade de aplicação
importante de tais microrganismos em benefício dos seres humanos.
2

Considerando-se que no Estado da Bahia existem áreas naturais, impactadas ou não, apresentando
sinais de condições extremas para o desenvolvimento de microrganismos e sabendo-se do
potencialidade destes para a produção de enzimas hidróliticas com potencial de uso em vários
processos biotecnológicos, inclusive com possibilidade de aplicação dentro do próprio Estado, seja
ao nível de indústria ou mesmo em processos de biorremediação, torna-se importante o isolamento
e avaliação de microrganismos produtores de tais enzimas.

Microrganismos
Os microrganismos participam de todas as funções vitais observadas em formas de vida superiores,
mais complexas (KONEMAN et al., 2001). Eles ainda possuem a capacidade enzimática de
degradar uma grande variedade de compostos químicos que ocorrem na natureza, contribuindo para
que haja equilíbrio para os ciclos biológicos e ecológicos.
Taxonomicamente, os organismos agrupados no Reino Fungi são, em geral, espécies saprófitas, que
se adaptam, para crescimento, a uma nova variedade de condições ambientais com exigências
nutricionais mínimas (CASALI et al., 2001).
Os produtos sintéticos são utilizados como fonte de carbono e energia pelos microrganismos,
ocasionando a decomposição de compostos liberando seus constituintes inorgânicos, ou ainda, em
compostos orgânicos (SILVA et al., 2000). Além de serem responsáveis por importantes
transformações metabólicas, pela fixação biológica de nitrogênio atmosférico, pela degradação de
resíduos vegetais e outros produtos, inclusive tóxicos. Os microrganismos são também mananciais
de fármacos, corantes, enzimas e ácidos orgânicos, entre outros, e podem ser usados no controle
biológico de doenças e pragas. A importância dos microrganismos para a ecologia e biotecnologia é
inquestionável (MELO e AZEVEDO, 1998).

Microrganismos Aeróbios
Os microrganismos aeróbios desenvolvem reações metabólicas complexas, usando o oxigênio no
processo de degradação dos nutrientes (LOPES, 1997). Eles produzem enzimas hidrolíticas
individuais e, entre os fungos, o mais bem estudado é o Trichoderma reesei, um fungo mesofílico e
filamentoso, assim como os seus derivados mutantes (XIMENES et al., 1994). As enzimas
produzidas por estes, quando combinadas, atuam efetivamente para hidrolisar celulose, a principal
fonte de carbono da Terra (LJUNGDAHL et al., 1999). Levando-se em consideração o potencial
para uso biotecnológico das enzimas hidróliticas produzidas por microrganismos, vem crescendo a
procura por cepas que produzam as mesmas. Entre os fungos produtores de tais enzimas mais
estudados, tem as espécies de Trichoderma, Humicola, Aspergillus e Acrophialophora (XIMENES
et al., 1994).

Microrganismos Anaeróbios
São organismos com poder metabólico simples, sensíveis ao oxigênio, diferindo, no caso dos
fungos, aeróbios, por conterem hidrogenossoma, uma organela envolvida na geração de energia.
Vários destes microrganismos, além de produzirem enzimas individuais, produzem também um
complexo protéico de alta massa molecular, chamado celulossoma.
Os fungos anaeróbios representam um novo grupo de organismos, tendo sido o primeiro isolado em
1975, do trato alimentar de um herbívoro (ORPIN, 1975). Estes fungos são excelentes produtores
de enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas com atividades comparáveis ou superiores àquelas
produzidas por microrganismos aeróbios. Como exemplo, pode ser citado o fungo Orpinomyces sp
cepa PC-2, que produz uma variedade de enzimas hidrolíticas. Estas enzimas incluem celulases, -
glucanases, -glucosidases, xilanases, acetilxilana esterases e esterases fenólicas, todas importantes
para a degradação completa da parede celular de planta (MOUNTFORT, 1987; XIMENES, 1999).
É importante ressaltar aqui que o microrganismo anaeróbio que tem sido mais estudado é a bactéria
Clostridium thermocellum (FELIX and LJUNGDAHL, 1993; DING et al., 1999).
3

Fungos Aeróbios
Os fungos são conhecidos popularmente como bolores, mofos, leveduras e cogumelos.
Diferenciam-se dos demais seres vivos por apresentarem formas diversas de estilos de vida,
singularmente. Constituem grupos de organismos heterotróficos e quimiorganotróficos destituídos
de clorofila, com paredes celulares definidas; são imóveis, não possuem caule, raízes ou folhas e
não desenvolvem sistema vascular complexo. Armazenam glicogênio como principal fonte de
energia e exibem nutrição por absorção (RUEGGER, 2001). Por não possuírem clorofila, requerem
uma fonte externa de carbono, obtendo esta como saprófitas, mediante a decomposição de matéria
orgânica morta, ou como parasitas de plantas e animais vivos. Eles são eucariontes, possuem uma
parede celular composta principalmente por quitina (n-acetil-D-glicosamina), unidas por ligações
glicosídicas, β-1-4, mananas (polímeros de manose) e algumas vezes celulose (KONEMAN et al.,
2001).
As formas isoladas de células de fungos são conhecidas como leveduras. Sua reprodução ocorre por
meio de esporos de maneira sexual ou assexual, derivando ou não do micélio vegetativo ou da
superfície de corpos especiais de frutificação aérea (KONEMAN et al., 2001). Os fungos, no geral,
possuem sistema de recombinação que permite reunir características encontradas nos diferentes
indivíduos, em um único individuo (AZEVEDO, 1998).
A morfologia, a disposição e o modo de produção dos esporos servem como critério importante
para as identificações dos gêneros e espécies (KONEMAN et al., 2001).

Microrganismos extremófilos
O termo “extremófilos” foi usado pela primeira vez por Mac Elroy, em 1974, para designar
organismos que proliferem em ambientes extremos (SANTOS et al., 2003). A biotecnologia pode
considerar em breve um número muito grande de microrganismos que crescem em condições
extremas de temperatura, pressão, pH, altos níveis de radiação, elevada concentração de sal, entre
outros como a ausência de oxigênio. Esses organismos e seus componentes são de extremo interesse
à biotecnologia devido à possibilidade de uso destes em processos ocorrendo em condições mais
variadas, quando comparado aos microrganismos não extremófilos (LUDLOW e CLARK, 1991).
Além disto, o estudo destes pode oferecer informações valiosas no que diz respeito à origem da
Vida na Terra e das suas estratégias adaptativas ao ambiente onde esta prosperou.
A extremofilia não constitui uma característica filogenética, embora dados disponíveis segundo
Woese e outros, 1990, permitem classificá-los na árvore filogenética ao Domínio Archaea. Como
exemplo, temos os halófilos (arqueis da família Halobacteriaceae ou bactéria da família
Haloanaerobiales) que acumulam em geral íons inorgânicos (K+, Na+, Cl-) em concentrações
elevadas para contrabalançar a pressão osmótica externa e manter a integridade celular.
No que diz respeito aos termófilos e hipertermófilos, a descoberta mais surpreendente foi a de
organismos hipertermófilos por Karl O. Stetter, que obrigou a extensão para cerca de 115 °C do
limite superior da gama de temperatura em que as células vivas proliferam eficientemente. Esta
característica implica na estabilização de todos os componentes celulares de modo que a sua
funcionalidade seja mantida em condições de temperatura que seriam danosas para a maioria das
biomoléculas dos organismos mesófilos. O surpreendente é que as proteínas dos hipertermófilos são
constituídas pelos mesmos 20 aminoácidos presentes em todas as outras, como nos termófilos,
mesófilos e psicrófilos, e que não revelam diferenças aos diversos graus de termoestabilidade.
Embora estas proteínas apresentem elevada estabilidade térmica, muitas enzimas intracelulares in
vitro apresentam baixa estabilidade à temperatura ótima de crescimento dos organismos (GOMES
et. al 2001). Foram observados, através de isolamento e caracterização, que vários compostos
orgânicos de baixa massa molecular (monosilglicerato, fosfato de di-mio-inositol, fosfato de
diglicerol), encontrados apenas em microrganismos termófilos ou hipertermófilos, acumulam-se
intracelularmente em resposta à elevação da concentração salina e/ou de temperatura do meio de
cultura em hipertermófilos, halófilos ou halotolerantes. É possível que tais compostos sejam usados
como estratégia para manter a integridade das estruturas celulares.
4

Em relação ao metabolismo de carboidratos, o sistema de transporte para a maltose em
Thermococcus litoralis é semelhante ao de Escherichia coli, porém, a afinidade para o substrato é
notável, tendo sua ordem de grandeza três casas superiores no organismo hipertermófilo, sendo este
o sistema de transporte conhecido com afinidade mais elevada (SANTOS et al., 2003).
No início da década de 90, descobriu-se a existência de hipertermófilos aeróbios com temperatura
ótima de crescimento de 100ºC, fato este que derruba a exclusividade de hipertermófilos extremos
anaeróbios. Concorda-se que há diminuição da solubilidade de oxigênio em água com a elevação da
temperatura, porém é importante que seja considerada também a questão do aumento do coeficiente
de difusão com a temperatura.
Organismos acidófilos e alcalófilos preferem ambientes com pH extremos até cerca de 1 e 11,5, e
não proliferam em pH próximo a neutralidade. Suas proteínas e outros componentes intracelulares
não necessitam de estratégias para adaptações (SANTOS et al., 2003). No entanto, em estudos
realizados em 61 isolados, dos quais 13 foram de espécies importantes de fungos toxigênicos, sendo
quatro espécies de Aspergillus e Fusarium, e cinco de Penicillium, estes cresceram em uma faixa de
pH que foi de 2,0 a 11,0 e em temperatura de 25, 30 e 37°C (WHEELER et al., 1991), levantando
questionamentos sobre a não proliferação próxima a neutralidade.
Microrganismos resistentes a radiações têm a capacidade de adaptar-se a ambientes com doses
elevadas de radiações gama e ultravioleta, principalmente as bactérias do gênero Deinococcus e
Rubrobacter (FERREIRA et al., 1999). Estes organismos apresentam mecanismos reparadores de
DNA extremamente eficientes, os quais lhes permitem viver em condições de secura extrema ou
agressão oxidativa que induzem a fragmentação de DNA, letal para maioria dos microrganismos.
Descobertas recentes confirmam que arqueões hipertermófilos possuem a capacidade incomum para
reparar danos causados ao DNA por radiações ionizantes; portanto é possível que a reparação de
DNA eficiente esteja relacionada com características de adaptações comuns de diversos tipos de
agressão ambiental (SANTOS et al., 2003).
O trabalho de Ito (1998) com microrganismos extremófilos possibilitou a utilização destes em
indústria de detergentes. Estes detergentes contém uma ou mais enzimas, como protease, amilase,
celulase e lipase, que também podem ser produzidas industrialmente em larga escala.

Celulose
É a mais abundante fonte de carboidratos de origem vegetal e sua estrutura é a de um polímero não
ramificado de resíduos de D-glicose unidos por ligações do tipo β-1,4 (LEHNINGER, 2006;
SMITH, 1993). A configuração beta permite a formação de cadeias retas e longas, e o átomo de
oxigênio do anel estabelece uma ponte de hidrogênio com o grupamento 3-OH da outra celulose
(STRYER, 1992).
A degradação da celulose ocorre através da ação combinatória de três grupos de enzimas:
exoglucanases (EC. 3.2.1.9.1, 1,4--D-glucana-celobiohidrolase), endocelulases (EC. 3.2.1.4,
endocellulase) e -glucosidases (EC. 3.2.1.2.1), onde as endocelulases atacam ligações glicosídicas
internas das cadeias de celulose, portanto produzindo extremidades na cadeia polimérica e
oligossacarídeos solúveis. Celobiohidrolases clivam resíduos de celobiose das extremidades das
cadeias de celulose. A -glucosidase catalisa a hidrólise de celobiose a qual é inibitória à ação das
exo e endocelulases. Estudos têm demonstrado que a atividade relativa de cada enzima atuando de
maneira isolada é menor em comparação com a ação destas em conjunto (sinergismo) (XIMENES
et al., 1996).

Enzimas
As enzimas microbianas têm grande importância na ciclagem de nutrientes, realizando uma
variedade de reações de fixação, oxidação, redução e hidrólise na conversão da matéria orgânica
necessária para a manutenção de equilíbrio num ecossistema (RUEGGER, 2001).
Depois dos antibióticos, as enzimas são os produtos microbianos mais explorados na indústria
biotecnológica, sendo utilizada em indústrias alimentícias, de detergentes (biológicos), têxtil e
5

farmacêutica, biologia molecular, aplicações médicas e na química bio-orgânica (MANFIO e
LEMOS, 2003).
Como muitos processos industriais ocorrem em altas temperaturas, há necessidade de
desenvolvimento de biocatalizadores termoestáveis (SANTOS et al., 2003), assim como também se
levar em conta o substrato, pois enzimas com mesmo perfil de atuação sob determinado substrato
podem apresentar funcionamento ótimo em pH, temperatura e concentração iônica diferentes, o que
requer a seleção de enzimas adequadas às condições nas quais serão utilizadas (MANFIO e
LEMOS, 2003). As vantagens de se utilizar enzimas ou células hipertermófilas em processos de
alta temperatura podem compreender vários fatores, como a esterilização dos reatores, o aumento
da solubilidade de reagentes e produtos, ou a diminuição de viscosidade do meio, acelerando a
difusão das espécies dissolvidas e aumentando a velocidade de reação (SANTOS et al., 2003).
Neste intuito o objetivo deste trabalho é isolar microrganismos extremófilos de regiões que
apresentem condições físico-químicas extremas para crescimento, principalmente extremos de pH,
visando o estudo de suas propriedades fisiológicas em condições ideais para cultivo e capacidade de
crescimento em diferentes fontes de carbono com potencial Biotecnológico para uso industrial.

                                 MATERIAIS E MÉTODOS

Coleta da amostra
A amostra foi coletada em diferentes pontos de uma fonte hidrotérmica de Caldas do Jorro-Tucano-
BA, a fim de se encontrar microrganismos extremófilos em termos de pH.
Amostra 1 Com auxílio de uma seringa de 15 ml e agulha 13x7 mm colheu-se 3ml de água à
temperatura de 48ºC, em um local onde a água é usada para banho, sendo a amostra colhida, em
torneira de banho, introduzida em seguida em um recipiente apropriado para cultivo de anaeróbios.
Amostra 2 Repetiu-se o procedimento anterior com uma nova seringa, coletando-se dessa vez
água de um ponto mediano próximo ao maquinário, torneira do meio; neste ponto a água é coletada
em garrafões, sendo utilizada para beber e encontrada na temperatura de 48ºC. Esta amostra
também foi introduzida em um recipiente apropriado para anaeróbios.
Amostra 3 Amostra retirada de uma cascata, situada do lado oposto aos tubos utilizados para
banho onde se coletou a amostra 1. Esta amostra teve a presença de sedimentos originários da
raspagem da parede onde a água desce em forma de cascata, à temperatura 48ºC, e foi armazenada
em frasco coletor. Acredita-se ser microrganismo aeróbios.
Amostra 4 Coletada no mesmo ponto da amostra 2, com raspagem interna do tubo o qual
aparentemente não apresentou nenhum tipo de sedimentos. Amostra armazenada em frasco coletor
por esperar microrganismo aeróbios.
A conservação das amostras procedeu-se sob vedação e em refrigerador a 4°C, com exceção das
amostras dos anaeróbios que foram mantidas à temperatura ambiente.

Preparo do meio de cultura
Meio sólido (Chaves, 1982)
Placas de Petri contendo meio sólido (CHAVES, 1982), com diferentes fontes de carbono (celulose,
caseína, margarina, ácido palmítico e N-hexadecano), a uma concentração final de 0,5%, foram
preparadas e autoclavadas a 121ºC, por 20 min. Meio de Chaves com seus componentes (KH2PO4
7,00 g/L; K2HPO4 2,00 g/L; MgSO4.7H2O 0,10 g/L; (NH4)2SO4 1,00 g/L; Extrato de levedura 0,60
g/L; Agar 20,00 g/L). O pH foi ajustado para 6,5. Alíquotas de 40 l das amostras coletadas (3 e 4;
tabela 1) foram plaqueadas e cultivadas à 50°C por 2 dias. As placas foram feitas em duplicatas.

Preparo de meio MYG
Placas de Petri contendo meio MYG (Extrato de malte 5,00 g/L; Extrato de levedura 2,50 g/L;
Glicose 10,00 g/L; Agar 20,00 g/L) foram preparadas após serem autoclavadas a 121ºC por 20min e
6

o pH foi ajustado para 8,0. As amostras inoculadas neste meio foram incubadas à temperatura de
50°C. Este meio foi escolhido para a caracterização fisiológica do isolado J, após seu completo
isolamento, em termos de verificação da temperatura e pH ideais para o cultivo deste.

                                       RESULTADOS

Crescimento em diferentes meios de cultura
Cerca de 48h após a inoculação das amostras 3 e 4 em meio sólido de Chaves (1982) , não foi
observado nenhum crescimento de microrganismos, com exceção das placas contendo N-
hexadecano como única fonte de carbono (fig. 1).




          Figura 1: Degradação do N-hexadecano pelo Isolado J em meio Chaves (1982)

Quando as mesmas amostras foram inoculadas em meio MYG, pH 8,0, à temperatura de 50°C, 48h
depois verificou-se o crescimento de microrganismos, com o aparente predomínio total de uma
única espécie, posteriormente denominada de isolado J. Observou-se ainda que este microrganismo
cresceu melhor a uma temperatura menor, em torno de 40°C. Procedeu-se então novos cultivos para
assegurar o isolamento completo deste microrganismo, que através de análise visual de sua
morfologia, verificou-se ser um fungo. O meio MYG passou a ser adotado como o meio de cultivo
adequado para os experimentos posteriores envolvendo este isolado.

Caracterização fisiológica : Temperatura e pH ideais para crescimento
Uma caracterização inicial, à temperatura de 40°C, nos pHs 8,0, 9,0 e 10,0 foi feita. Houve
crescimento nos 3 diferentes pH testados (Figuras 2, 3 e 4).




Figura 2. Isolado J cultivado Figura 3. Isolado J cultivado Figura 4. Isolado J cultivado em
em pH 8,0                     em pH 9,0.                    pH 10,0

Considerando-se o diâmetro das colônias formadas, não houve uma diferença significativa em
termos de crescimento nestes pH. A mensuração do diâmetro da colônia formado em pH 8,0; 9,0 e
10,0 respectivamente no período de 24 h (0,82; 0,75; 0,82 cm), 48 h (2,52; 2,22; 2,32 cm) e 72 h
(4,35; 3,95; 3,82 cm). O experimento foi realizado com diferentes repetições. Posteriormente um
estudo mais amplo foi realizado, onde trabalhou-se em uma faixa de pH maior no intuito de se
verificar a capacidade deste fungo de crescer em diferentes valores de pH, assim como qual (ou
7

quais) seria(m) o(s) pH ideal (ais) para tal crescimento. Mensuração do diâmetro da colônia (cm)
formado após 72 h de incubação a 40°C, sendo realizado com diferentes repetições, tendo uma
média (4,75; 4,30; 4,60; 4,70; 4,15; 3,95; 3,75; 2,55 cm) para cada pH (4,0; 5,0; 7,0; 8,0; 9,0; 10,0;
11,0; 12,0) respectivamente. Na faixa de pH de 4,0 a 11,0, observa-se que não há uma grande
diferença em termos de crescimento, sendo este um pouco mais acentuado em pH 4,0 e 8,0. Em pH
12,0, já há um declínio considerável em termos de capacidade de crescimento.
O isolado J foi cultivado em diferentes temperaturas (20, 30, 40, 45, 50 e 60°C), para a verificação
da temperatura ideal de crescimento. Observou-se que a temperatura ideal é de 40°C, conforme
havia sido considerado inicialmente; contudo, conforme média de diâmetro (1,45, 3,90 e 1,00 cm)
obtidos em temperaturas (20, 30 e 45°C) respectivamente, o fungo é capaz de crescer relativamente
bem em temperaturas um pouco acima de 40°C, assim como bem abaixo desta temperatura. Não
houve sinal de crescimento a 50 e 60°C.

Potencial para degradação de diferentes substratos : crescimento em diferentes fontes de
carbono.
Quando cultivado em meio de Chaves (1982), em pH 4,0 e 8,0, à temperatura de 40°C, o isolado J
não foi capaz de degradar os diferentes substratos testados. Quando o experimento foi conduzido
nas mesmas condições, porém usando-se meio sólido MYG modificado (a glicose foi substituída
pelos substratos Ácido palmítico, Caseína, Margarina e Celulose), observou-se o crescimento deste
microrganismo em todos os substratos, em pH 4,0 a média do diâmetro da colônia (4,90; 3,65;
3,40; 3,80 cm) e em pH 8,0 ( 5,65; 3,70; 5,00; 2,60 cm), ambos pH com médias respectivamente
relacionados ao substrato.

Tabela 1. Degradação dos substratos pelo Isolado J em diferentes pH.
         Substrato                          pH 4,0                               pH 8,0




      Ácido palmítico




          Caseína                        _____________




         Margarina
8




          Celulose




Isolamento de microrganismos anaeróbios.
Após a incubação das amostras 1 e 2 à temperatura ambiente e em condições de anaerobiose,
observou-se o crescimento de microrganismos nas condições testadas. Experimentos posteriores
serão realizados para o completo isolamento dos mesmos, assim como se efetuará a caracterização
fisiológica destes.

                                          DISCUSSÃO

Microrganismos têm sido mostrados serem importantes fontes de produtos usados na indústria,
como as enzimas hidrolíticas (XIMENES, 1999). Em particular, estudos neste sentido têm sido
realizados recentemente com microrganismos extremófilos, uma vez que sendo estes capazes de
viverem em condições físico-químicas extremas, há uma grande possibilidade de que tal capacidade
esteja associada à produção de enzimas adaptadas a tais condições. Isto abre uma maior variedade
de possibilidade de aplicações destes microrganismos e de seus produtos (LUDLOW and CLARK,
1991; SCHIRALDI e DE ROSA, 2002).
Em geral, os microrganismos que crescem em condições extremas são associados ao domínio
Archaea, contudo existem relatos recentes na literatura de microrganismos produzindo, por
exemplo, enzimas que atuam em pH extremos e que não fazem parte de tal domínio (ITO, 1997;
1998; WHEELEr et al., 1991), o que pelos resultados iniciais obtidos neste trabalho parece ser o
caso também do isolado J. Esse se mostrou capaz de crescer em diferentes pH, variando de
extremos ácidos a alcalinos o que não tem sido verificado com freqüência na literatura científica
para fungos. Esta é uma característica importante quando se considera a possibilidade de seu uso,
ou de seus produtos em indústrias, uma vez que aumenta o espectro de aplicações em diferentes
processos.
A temperatura ideal de cultivo para este microrganismo, 40°C, está na faixa encontrada para vários
fungos que já vêm sendo apontados como candidatos em potencial como fonte para a produção de
enzimas hidrolíticas (XIMENES et al., 1994). A capacidade do isolado J de crescer relativamente
bem em temperaturas diferentes da encontrada como ideal, é uma característica adicional que indica
o potencial do mesmo para uso industrial.
Este isolado hidrolisou diferentes substratos nos pH testados, indicando que o mesmo é capaz de
produzir enzimas hidrolíticas como proteases (degradação da caseína), celulases (degradação da
celulose), lípases (degradação de ácido palmítico, margarina e provavelmente N-hexadecano). Isto
indica que este isolado pode ser provavelmente aproveitado de forma eficiente em termos de uso
industrial, assim como em processos de biorremediação. Seu Processo de Identificação está em
andamento na Universidade Estadual de Londrina.

                            REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

   1.   Azevedo, João Lúcio. Genética de Microrganismos. Goiânia: Editora da UFG, 1998. 490p.
   2.   Bhat, M.K. 2000. Cellulases and related enzymes in biotechnology. Biotechnology advances. 355-
        383.
9

3.   Casali, A. K., Staats, C. C., Schrank, A. e Vainstein, M.H. Cryptococcus neoformans. Aspectos
     moleculares e epidemiológicos. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento-nº20. 34-37, maio/junho
     2001.
4.   Chaves, V. H. Características Fisiológicas de um fungo termófilos isolado de compostagem e
     propriedade de seu complexo. Tese de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa. 1982.
5.   Ding, S. Y., E. A. Bayer, D. Steiner, Y. Shoham and R. Lamed. A novel cellulosomal scaffoldin
     from Acetivibio cellulolyticus that contains a family 9 glycosyl hidrolase. J. Bacteriol, 1999. 6720-
     6729.
6.   Ferreira A. C., Nobre M. F., Moore E., Rainey F. A., Battista J. R., da Costa M. S. 1999.
     Caracterization and radiation resistance of new isolates of Rubobacter Xylanophilus. Extremophiles.
     3:325-238.
7.   Felix, C. R. and Ljungdahl, L. G. the cellulosome: The exocellular organelle in clostridium. Annu.
     Rev. Microbiol, 1993. 791-819.
8.   Filho, E. X. F. Hemicellulases and biotechnology. Research signpost. Trivarium, India, 1998.
9.   Filho, E.X.F. The xylan- degrading enzyme system. Brazilian J. Med> Biol> Res. 27, 1994. 1093-
     1109.
10. Gomes, Claudio, Lemos, Rita e Teixeira Miguel. A vida em ambiente inóspitos. Instituto de
    Tecnologia Química e Biológica. Universidade Nova de Lisboa, 2001. Disponível em:
    <http//www.itqb.unl.pt/~extremofilos/page2.htm. Acesso: 20/04/2003.
11. Highley, Terry L. and Dashek, William V. Biotechnology in the study of Brown and White-Rot
    Decay. In. Florest Products Biotechnology. Great Britain. Editora Taulor & Francis Ltd, 1998. 15-
    36p.
12. Ito, Susumu, Kobayashi, T., Ara, K., Ozaki, K., Kawai, S., Hatada, Y. Ae detergent enzymes from
    alkaliphiles: enzymatic Properties, genetics, and structures. Extremophiles, 1998. 185-190p.
13. Ito, Susumu. Alkaline cellulases from alkaliphilic Bacillus: Enzimatic properties,      genetics, and
    application to detergents. Extremophiles, 1997. 61-66p.
14. Koneman, Elmer W.; Allen, Stephen D. e Janda et al. Diagnóstico Microbiológico. Rio de Janeiro:
    Editora Médica e Científica Ltda, 2001. 1465p.
15. Leninger, A. l. Principios de Bioquímica. 4ª ed. São Paulo: Sarvier, 2006. 247-252p.
16. Ljungdahl, L. G., D. L. Blum, H. Z. Chen, Y. He, I. Kataeva, X. –L. Li, E. A. Ximenes. 1999. The
    cellulase/hemicellulose system of the anaerobic fungus Orpinomyces andaspect of futher
    cellulasereserach. In: Genetics, Biochemistry and Ecology of cellulose degradation, Ohmyia, K., K.
    Sakka, Y. Kobayashi, S. Sarita, andT. Kimiura (eds), Mie Bioforum 98, Uni Plubishers Co., Ltda,
    Tokyo, Japan, pp 495-506.
17. Lopes, S. B. Carvalho. Bio. São Paulo: Editora Saraiva, 1997, V.1, 26-45p.
18. LUDLOW J. M.; Clark, D.S. Engineering considerations for the application of extremophiles in
    biotechnology. Critical Reviews in Biotechnology, 10 (4): 321-45, 1991.
19. Manfio, G. Paulo e Lemos, M. de Farias. Microrganismos e Aplicações Industriais:
    Biodiversidade:     Perspectivas     e     oportunidades      Tecnológicas.    Disponível    em
    <htpp://www.bdt.fat.org.br/ publicações/padct/bio/cap9/4/Gilson.html>: Acesso em 12.02.2003.
20. Melo, I. S. e Azevedo, J. L.. Ecologia Microbiana. Jaguariúna, SP: Embrapa – CNPMA, 1998.
    488p.
21. Miller, G. L. 1959. Use of dinitrosalicylic acid reagent for determination of reducing sugars. Anal.
    Biochem. 31: 426-428.
22. Mountfort, Douglas O. The rumen anaerobic fungi. FEMS Microbiology Reviews, New Zealand,
    1987. 401-408p.
10

23. ORPIN, C.G. Studies on the rumen flagellate Neocallimastix frontalis. J. Gen. Microbiol., v. 91, p.
    249-262, 1975.
24. Pelczar, M.; Reid., Chan, E. C. S. Microbiologia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
25. 1981, V.1, 556p.
26. Primack, Richard b. e Rodrigues Efraim. Biologia da Conservação. Londrina: Editora Midiograf,
    2001. 328p.
27. Ruergger, Marcelo José Silveira. Atividade enzimática e produção de ácido γ -Linolênico por fungos
    filamentosos isolados do solo, da estação ecológica de Juréia – Itatins, SP. São Paulo, 2001. Tese.
    Doutorado – Universidade Paulista – Instituto de Biociências do campus de Rio Claro.
28. Santos H., Lamosa, P. e Costa, M. S. da. Extremófilos: Microrganismos à prova de agressões
    ambientais         extremas.        Boletim        de       Biotecnologia.    Disponível em
    <http://dequim.ist.utl.pt/bbio/69/pdf/extremofilos.pdf .Acesso em 14/04/2003.
29. SCHIRALDI C., DE ROSA, M. The production of biocatalysts and biomolecules from
    extremophiles. Trends in Biotechnology, 20 (12): 515-521, 2002.
30. SIGOILLOT, c. Lomascolo A., et al. Lignocellulolytic and hemicellulolytic system of Pycnoporus
    cinnabarinus: isolation and characterization of a cellobiose dehydrogenase and a new xylanase.
    Enzime and Microbial Technology, France, 7 agosto 2002. 876-883 pp.
31. Silva, Célia Maria M.S., Roque, M.R. de A. e Melo, Itamar Soares de. Microbiologia Ambiental:
    Manual de Laboratório. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2000. 98p.
32. Smith, C. J. Carbohydrate Chemistry (The Cell Wall). In: Plant Biochemistry and Molecular
    Biology, P.J. Lea and R.C. Leggoad (Eds). New York, 1993. 103p.
33. Stryer, L. Bioquímica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara koogan S.A., 1992. 282-283p.
34. Teixeira, M. L. & Soares, A. R. Avaliação da qualidade de celulose de diferentes procedências de
    Eucalyptus Grandis hill ex maiden. O Papel, 1992. 40-44.
35. Wheeler K. A., Hurdman B.F. and Pitt, J.I. Influence of pH on the growth of some toxigenic species
    of Aspergillus, Penicillium and Fusarium. Int. J. Food Microbiol. 12 (2-3): 141-149, 1991.
36. West, C.A., Elzanowski, A., L-S, Y. & Barker, W.C. (1989). Homologues o catalytic domains of
    Cellulomonas glucanases found in fungal and bacillus glycosidases. FEMS microbiology Letters. 59:
    167-172.
37. Woese C. R., kandler O., Wheelis M. L. 1990. Towards a naturalsystem of organisms. Proposal for
    the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya. Proc Natl Acad Sci USA 87:4576-4579.
38. Ximenes, E. A. Cloning and sequencing of cDNAs encoling one β-glucosidase, three cellulases and
    one mannanase of the fungus Opinomyces sp. Strain PC-2, and over-expression of the β-glucosidase
    and Mannasa in Saccharomyces cerevisidae. Brasilia-DF 1999. 29-33p. Tese Doutorado:
    Universidade de Brasília.
39. Ximenes, E. A., Ulhoa, C. J., and Felix, C. R. 1994. Production of Cellulases by Aspergillus
    fumigatus. Fresenius and characterization of One β-Glucosidase. Current Microbiology 32: 119-123.
40. Ximenes, F. de A. Caracterização de uma xilanase produzida pelo fungo Acrophialophora naininana
    e sua possível aplicação na indústria de celulose e papel. Brasília, 2000. 45p. monografia.
    Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
41. Ximenes, E. A., Felix, C. R., Ulhoa, C. J.Prodution of cellulases by Aspergillus fumigatus and
    characterization of One β – glucosidase Microbiology. New York, 1996.

More Related Content

What's hot

Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - AssisPalestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - AssisDarío Palmieri
 
Atividade de peroxidase e polifenoloxidase
Atividade de peroxidase e polifenoloxidaseAtividade de peroxidase e polifenoloxidase
Atividade de peroxidase e polifenoloxidaseVictor Hugo
 
Nutrição mineral
Nutrição mineralNutrição mineral
Nutrição mineralUEG
 
Macrofauna do solo
Macrofauna do soloMacrofauna do solo
Macrofauna do soloJRSILVA0701
 
Biologia ensino profissional - módulo a1
Biologia   ensino profissional - módulo a1Biologia   ensino profissional - módulo a1
Biologia ensino profissional - módulo a1Rita_Brito
 
Introdução fauna do solo
Introdução fauna do soloIntrodução fauna do solo
Introdução fauna do soloLivia Pian
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Marcelo Forest
 

What's hot (18)

Aula 03 ecologia do solo
Aula 03   ecologia do soloAula 03   ecologia do solo
Aula 03 ecologia do solo
 
Barbara,bruna,lucas
Barbara,bruna,lucasBarbara,bruna,lucas
Barbara,bruna,lucas
 
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - AssisPalestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
Palestra Biotecnologia e Ambiente - Centro Paula Souza 2010 - Assis
 
Atividade de peroxidase e polifenoloxidase
Atividade de peroxidase e polifenoloxidaseAtividade de peroxidase e polifenoloxidase
Atividade de peroxidase e polifenoloxidase
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
 
Nutrição mineral
Nutrição mineralNutrição mineral
Nutrição mineral
 
Macrofauna do solo
Macrofauna do soloMacrofauna do solo
Macrofauna do solo
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 004
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 004Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 004
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 004
 
Biologia ensino profissional - módulo a1
Biologia   ensino profissional - módulo a1Biologia   ensino profissional - módulo a1
Biologia ensino profissional - módulo a1
 
Biorremediação
BiorremediaçãoBiorremediação
Biorremediação
 
Aula bio 02set2011
Aula bio 02set2011Aula bio 02set2011
Aula bio 02set2011
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
 
Introdução fauna do solo
Introdução fauna do soloIntrodução fauna do solo
Introdução fauna do solo
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
 
Biodegradação de pc bs (2)
Biodegradação de pc bs (2)Biodegradação de pc bs (2)
Biodegradação de pc bs (2)
 
Biorremediacao
BiorremediacaoBiorremediacao
Biorremediacao
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N2 2011
 
Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)Apresentação sobre biorremediação (1)
Apresentação sobre biorremediação (1)
 

Viewers also liked

Pauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias EsportivasPauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias Esportivas PEDRO PACHECO
 
Crucero Oceanografico Regional
Crucero Oceanografico RegionalCrucero Oceanografico Regional
Crucero Oceanografico Regional PEDRO PACHECO
 
Maria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp MaiosMaria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp Maios PEDRO PACHECO
 
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTD
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTDPROPUESTA EDUCATIVA EN CTD
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTDfrodinpastamuro
 
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI... PEDRO PACHECO
 

Viewers also liked (8)

Pauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias EsportivasPauline Usp Meias Esportivas
Pauline Usp Meias Esportivas
 
Crucero Oceanografico Regional
Crucero Oceanografico RegionalCrucero Oceanografico Regional
Crucero Oceanografico Regional
 
Biomas marino
Biomas marinoBiomas marino
Biomas marino
 
Marilia Usp Planarias
Marilia Usp PlanariasMarilia Usp Planarias
Marilia Usp Planarias
 
Maria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp MaiosMaria Carolina Usp Maios
Maria Carolina Usp Maios
 
Oceanografía física
Oceanografía físicaOceanografía física
Oceanografía física
 
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTD
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTDPROPUESTA EDUCATIVA EN CTD
PROPUESTA EDUCATIVA EN CTD
 
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...]APORTES A  LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
]APORTES A LA SEGURIDAD Y SOBERANIA ALIMENTARIA DE LA UNIVERSIDAD DEL QUINDI...
 

Similar to Silvia Puc Salvador Microoganismos

Similar to Silvia Puc Salvador Microoganismos (20)

Microrganismos
MicrorganismosMicrorganismos
Microrganismos
 
Mas
MasMas
Mas
 
Fungos filamentosos isolados do rio Atibaia, SP, e refinarias de petróleo bi...
 Fungos filamentosos isolados do rio Atibaia, SP, e refinarias de petróleo bi... Fungos filamentosos isolados do rio Atibaia, SP, e refinarias de petróleo bi...
Fungos filamentosos isolados do rio Atibaia, SP, e refinarias de petróleo bi...
 
Archaea - V4 (última).pptx
Archaea - V4 (última).pptxArchaea - V4 (última).pptx
Archaea - V4 (última).pptx
 
Ciências
CiênciasCiências
Ciências
 
Ciências
CiênciasCiências
Ciências
 
aula-reino-monera pdf leitor.pdf
aula-reino-monera pdf leitor.pdfaula-reino-monera pdf leitor.pdf
aula-reino-monera pdf leitor.pdf
 
Avaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia IIAvaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia II
 
Importancia
ImportanciaImportancia
Importancia
 
Aula reino-monera
Aula reino-moneraAula reino-monera
Aula reino-monera
 
Aula reino monera
Aula reino monera Aula reino monera
Aula reino monera
 
Avaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia IIAvaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia II
 
Avaliação parcial de biologia ii
Avaliação parcial de biologia iiAvaliação parcial de biologia ii
Avaliação parcial de biologia ii
 
Aula reino monera (1)
Aula reino monera (1)Aula reino monera (1)
Aula reino monera (1)
 
Avaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia IIAvaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia II
 
Avaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia IIAvaliação parcial de Biologia II
Avaliação parcial de Biologia II
 
Caderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientesCaderno dos microorganismos eficientes
Caderno dos microorganismos eficientes
 
Caderno microrganismos-eficientes
Caderno microrganismos-eficientesCaderno microrganismos-eficientes
Caderno microrganismos-eficientes
 
Biologia vol3
Biologia vol3Biologia vol3
Biologia vol3
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 

More from PEDRO PACHECO

Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras BiodegradaveisBarbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis PEDRO PACHECO
 
Fabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti ChamaFabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti Chama PEDRO PACHECO
 
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos PlanosAline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos PEDRO PACHECO
 
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao DefeitosLais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao Defeitos PEDRO PACHECO
 
Adriana Usp Algodao Brasil Peru
Adriana Usp Algodao Brasil PeruAdriana Usp Algodao Brasil Peru
Adriana Usp Algodao Brasil Peru PEDRO PACHECO
 
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y SentenciasCurso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y Sentencias PEDRO PACHECO
 
Articulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañAArticulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañA PEDRO PACHECO
 
Manejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De MacroalgasManejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De Macroalgas PEDRO PACHECO
 
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho... PEDRO PACHECO
 
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima NorteImpactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte PEDRO PACHECO
 
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De HuachoFactores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho PEDRO PACHECO
 
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr... PEDRO PACHECO
 
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament... PEDRO PACHECO
 
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos... PEDRO PACHECO
 
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura... PEDRO PACHECO
 
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De... PEDRO PACHECO
 
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del... PEDRO PACHECO
 
Cultivo Experimental De Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)
Cultivo Experimental De  Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)Cultivo Experimental De  Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)
Cultivo Experimental De Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis) PEDRO PACHECO
 

More from PEDRO PACHECO (20)

Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras BiodegradaveisBarbara Usp Fibras Biodegradaveis
Barbara Usp Fibras Biodegradaveis
 
Fabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti ChamaFabiana Usp Anti Chama
Fabiana Usp Anti Chama
 
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos PlanosAline Usp Defeitos Tecidos Planos
Aline Usp Defeitos Tecidos Planos
 
Mantovani Biomas[1]
Mantovani Biomas[1]Mantovani Biomas[1]
Mantovani Biomas[1]
 
Introduçã..[1]
Introduçã..[1]Introduçã..[1]
Introduçã..[1]
 
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao DefeitosLais Usp Caracterizacao Defeitos
Lais Usp Caracterizacao Defeitos
 
Adriana Usp Algodao Brasil Peru
Adriana Usp Algodao Brasil PeruAdriana Usp Algodao Brasil Peru
Adriana Usp Algodao Brasil Peru
 
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y SentenciasCurso Medio Ambiente Y Sentencias
Curso Medio Ambiente Y Sentencias
 
Articulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañAArticulos Prensa EspañA
Articulos Prensa EspañA
 
Manejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De MacroalgasManejo Pesquero De Macroalgas
Manejo Pesquero De Macroalgas
 
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
Influencias BioecolóGicas Para La CongregacióN Y Pesqueria Artesanal De Ancho...
 
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima NorteImpactos Urbano Ambientales En Lima Norte
Impactos Urbano Ambientales En Lima Norte
 
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De HuachoFactores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
Factores Antropicos Y La Calidad Ambiental En La Ciudad De Huacho
 
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...Estudio De Los Factores Internos  Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
Estudio De Los Factores Internos Y Externos De Competitividad´Para El Desarr...
 
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
Estimacion De La Vida Util Mediante El Metodo De Riesgos De Weibull Fundament...
 
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
El Principio De Irrelevancia Y La JerarquizacióN En El Manejo De Los Desechos...
 
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
DiseñO, ConstruccióN Y Medida De La Eficiencia De Un Prototipo De Cocina Rura...
 
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...
DeterminacióN De ParáMetros EnolóGicos Que Influyen En El Perfil Sensorial De...
 
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...
Determinacion De La Contaminacion Radiactiva Por Radon En Centros Mineros Del...
 
Cultivo Experimental De Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)
Cultivo Experimental De  Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)Cultivo Experimental De  Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)
Cultivo Experimental De Pelillo (Gracilariopsis Lemaneiformis)
 

Recently uploaded

ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 

Recently uploaded (6)

ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 

Silvia Puc Salvador Microoganismos

  • 1. 1 MICRORGANISMOS EXTREMÓFILOS COM POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO PARA USO INDUSTRIAL Sílvia Santos1, Eduardo de Aquino Ximenes1 1 Universidade Católica do Salvador – UCSal – Laboratório de Estudos em Meio Ambiente – LEMA - Av. Prof. Pinto de Aguiar 2589, Pituaçu – CEP 41740-090 – Salvador - BA – Brasil - E-mail: lemassilvia@yahoo.com.br Resumo Os microrganismos extremófilos são aqueles capazes de se adaptarem a condições físico-químicas extremas, modificando suas estruturas protéicas, processos metabólicos e outros. Tais características justificam a sua aplicação biotecnológica, pois permitem seu uso em processos operacionais realizados em uma variedade de condições, como extremos de pH, temperatura, pressão, altas concentrações de sais e metais pesados. O microrganismo utilizado neste trabalho foi um fungo (isolado J), isolado de uma fonte hidrotérmica de Jorro-Tucano, BA. Este fungo foi selecionado e cultivado em meio sólido, contendo glicose como única fonte de carbono (MYG). O isolado J cresceu em uma ampla faixa de temperatura (20ºC a 45ºC), tendo como temperatura ótima 40ºC. Ao nível de pH, o crescimento se deu em uma faixa de 4,0 a 12, tendo como pHs ótimos 4,0 e 8,0. Este fungo foi também testado quanto à capacidade de degradar diferentes substratos em meio sólido, como celulose, caseína, margarina, ácido palmítico e N-hexadecano, contendo tais substratos individualmente como a única fonte carbono. Em pH 8,0 e temperatura de 40ºC, somente o substrato N-hexadecano foi degradado. Após a modificação do meio de cultura usado, o fungo foi capaz de degradar os substratos celulose, caseína, margarina e ácido palmítico à temperatura de 40ºC e pHs 4 e 8, caracterizando o potencial para seu uso ou de seus produtos em processos biotecnológicos. Palavras-chaves: Microrganismo extremófilos; enzimas hidrolíticas; protease; celulase; lípase; INTRODUÇÃO A diversidade biológica ao nível das espécies inclui toda a gama de organismos na terra, desde as bactérias e protistas até reinos multicelulares de plantas, animais e fungos, sendo estes últimos, juntamente com as bactérias, considerados os decompositores mais importantes devido ao seu papel de degradar a matéria orgânica (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). A microbiota de um determinado ambiente realiza muitas transformações bioquímicas essenciais para o funcionamento normal do ecossistema. Os resíduos regularmente depositados no solo são utilizados pela microbiota e transformados em novas substâncias. Os microrganismos constituem uma ligação entre os constituintes inanimados do solo e os seres vivos. Desse modo, as atividades fúngicas e bacteriológicas são amplamente responsáveis pela fertilidade do solo (PELCZAR et al., 1981). Por serem os fungos organismos que contribuem para uma grande variedade de aplicações a favor do progresso do homem (RUEGGER, 2001), percebe-se a necessidade de enriquecer tais aplicabilidades, buscando-se, por exemplo, através de pesquisas e estudos, descobrir microrganismos que superem as suas condições normais de vida, desenvolvendo-se em condições extremas e que tenham potencial biotecnológico para uso em várias indústrias (LUDLOW e CLARK, 1991), incluindo a de alimentos, bebidas, têxtil, polpa e papel, assim como na agricultura (BHAT, 2000), contribuindo para o avanço da sociedade moderna. Adicionalmente, a busca de microrganismos degradadores de compostos originados por atividade industrial, como derivados do petróleo, potenciais poluentes do meio ambiente, consiste em outra possibilidade de aplicação importante de tais microrganismos em benefício dos seres humanos.
  • 2. 2 Considerando-se que no Estado da Bahia existem áreas naturais, impactadas ou não, apresentando sinais de condições extremas para o desenvolvimento de microrganismos e sabendo-se do potencialidade destes para a produção de enzimas hidróliticas com potencial de uso em vários processos biotecnológicos, inclusive com possibilidade de aplicação dentro do próprio Estado, seja ao nível de indústria ou mesmo em processos de biorremediação, torna-se importante o isolamento e avaliação de microrganismos produtores de tais enzimas. Microrganismos Os microrganismos participam de todas as funções vitais observadas em formas de vida superiores, mais complexas (KONEMAN et al., 2001). Eles ainda possuem a capacidade enzimática de degradar uma grande variedade de compostos químicos que ocorrem na natureza, contribuindo para que haja equilíbrio para os ciclos biológicos e ecológicos. Taxonomicamente, os organismos agrupados no Reino Fungi são, em geral, espécies saprófitas, que se adaptam, para crescimento, a uma nova variedade de condições ambientais com exigências nutricionais mínimas (CASALI et al., 2001). Os produtos sintéticos são utilizados como fonte de carbono e energia pelos microrganismos, ocasionando a decomposição de compostos liberando seus constituintes inorgânicos, ou ainda, em compostos orgânicos (SILVA et al., 2000). Além de serem responsáveis por importantes transformações metabólicas, pela fixação biológica de nitrogênio atmosférico, pela degradação de resíduos vegetais e outros produtos, inclusive tóxicos. Os microrganismos são também mananciais de fármacos, corantes, enzimas e ácidos orgânicos, entre outros, e podem ser usados no controle biológico de doenças e pragas. A importância dos microrganismos para a ecologia e biotecnologia é inquestionável (MELO e AZEVEDO, 1998). Microrganismos Aeróbios Os microrganismos aeróbios desenvolvem reações metabólicas complexas, usando o oxigênio no processo de degradação dos nutrientes (LOPES, 1997). Eles produzem enzimas hidrolíticas individuais e, entre os fungos, o mais bem estudado é o Trichoderma reesei, um fungo mesofílico e filamentoso, assim como os seus derivados mutantes (XIMENES et al., 1994). As enzimas produzidas por estes, quando combinadas, atuam efetivamente para hidrolisar celulose, a principal fonte de carbono da Terra (LJUNGDAHL et al., 1999). Levando-se em consideração o potencial para uso biotecnológico das enzimas hidróliticas produzidas por microrganismos, vem crescendo a procura por cepas que produzam as mesmas. Entre os fungos produtores de tais enzimas mais estudados, tem as espécies de Trichoderma, Humicola, Aspergillus e Acrophialophora (XIMENES et al., 1994). Microrganismos Anaeróbios São organismos com poder metabólico simples, sensíveis ao oxigênio, diferindo, no caso dos fungos, aeróbios, por conterem hidrogenossoma, uma organela envolvida na geração de energia. Vários destes microrganismos, além de produzirem enzimas individuais, produzem também um complexo protéico de alta massa molecular, chamado celulossoma. Os fungos anaeróbios representam um novo grupo de organismos, tendo sido o primeiro isolado em 1975, do trato alimentar de um herbívoro (ORPIN, 1975). Estes fungos são excelentes produtores de enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas com atividades comparáveis ou superiores àquelas produzidas por microrganismos aeróbios. Como exemplo, pode ser citado o fungo Orpinomyces sp cepa PC-2, que produz uma variedade de enzimas hidrolíticas. Estas enzimas incluem celulases, - glucanases, -glucosidases, xilanases, acetilxilana esterases e esterases fenólicas, todas importantes para a degradação completa da parede celular de planta (MOUNTFORT, 1987; XIMENES, 1999). É importante ressaltar aqui que o microrganismo anaeróbio que tem sido mais estudado é a bactéria Clostridium thermocellum (FELIX and LJUNGDAHL, 1993; DING et al., 1999).
  • 3. 3 Fungos Aeróbios Os fungos são conhecidos popularmente como bolores, mofos, leveduras e cogumelos. Diferenciam-se dos demais seres vivos por apresentarem formas diversas de estilos de vida, singularmente. Constituem grupos de organismos heterotróficos e quimiorganotróficos destituídos de clorofila, com paredes celulares definidas; são imóveis, não possuem caule, raízes ou folhas e não desenvolvem sistema vascular complexo. Armazenam glicogênio como principal fonte de energia e exibem nutrição por absorção (RUEGGER, 2001). Por não possuírem clorofila, requerem uma fonte externa de carbono, obtendo esta como saprófitas, mediante a decomposição de matéria orgânica morta, ou como parasitas de plantas e animais vivos. Eles são eucariontes, possuem uma parede celular composta principalmente por quitina (n-acetil-D-glicosamina), unidas por ligações glicosídicas, β-1-4, mananas (polímeros de manose) e algumas vezes celulose (KONEMAN et al., 2001). As formas isoladas de células de fungos são conhecidas como leveduras. Sua reprodução ocorre por meio de esporos de maneira sexual ou assexual, derivando ou não do micélio vegetativo ou da superfície de corpos especiais de frutificação aérea (KONEMAN et al., 2001). Os fungos, no geral, possuem sistema de recombinação que permite reunir características encontradas nos diferentes indivíduos, em um único individuo (AZEVEDO, 1998). A morfologia, a disposição e o modo de produção dos esporos servem como critério importante para as identificações dos gêneros e espécies (KONEMAN et al., 2001). Microrganismos extremófilos O termo “extremófilos” foi usado pela primeira vez por Mac Elroy, em 1974, para designar organismos que proliferem em ambientes extremos (SANTOS et al., 2003). A biotecnologia pode considerar em breve um número muito grande de microrganismos que crescem em condições extremas de temperatura, pressão, pH, altos níveis de radiação, elevada concentração de sal, entre outros como a ausência de oxigênio. Esses organismos e seus componentes são de extremo interesse à biotecnologia devido à possibilidade de uso destes em processos ocorrendo em condições mais variadas, quando comparado aos microrganismos não extremófilos (LUDLOW e CLARK, 1991). Além disto, o estudo destes pode oferecer informações valiosas no que diz respeito à origem da Vida na Terra e das suas estratégias adaptativas ao ambiente onde esta prosperou. A extremofilia não constitui uma característica filogenética, embora dados disponíveis segundo Woese e outros, 1990, permitem classificá-los na árvore filogenética ao Domínio Archaea. Como exemplo, temos os halófilos (arqueis da família Halobacteriaceae ou bactéria da família Haloanaerobiales) que acumulam em geral íons inorgânicos (K+, Na+, Cl-) em concentrações elevadas para contrabalançar a pressão osmótica externa e manter a integridade celular. No que diz respeito aos termófilos e hipertermófilos, a descoberta mais surpreendente foi a de organismos hipertermófilos por Karl O. Stetter, que obrigou a extensão para cerca de 115 °C do limite superior da gama de temperatura em que as células vivas proliferam eficientemente. Esta característica implica na estabilização de todos os componentes celulares de modo que a sua funcionalidade seja mantida em condições de temperatura que seriam danosas para a maioria das biomoléculas dos organismos mesófilos. O surpreendente é que as proteínas dos hipertermófilos são constituídas pelos mesmos 20 aminoácidos presentes em todas as outras, como nos termófilos, mesófilos e psicrófilos, e que não revelam diferenças aos diversos graus de termoestabilidade. Embora estas proteínas apresentem elevada estabilidade térmica, muitas enzimas intracelulares in vitro apresentam baixa estabilidade à temperatura ótima de crescimento dos organismos (GOMES et. al 2001). Foram observados, através de isolamento e caracterização, que vários compostos orgânicos de baixa massa molecular (monosilglicerato, fosfato de di-mio-inositol, fosfato de diglicerol), encontrados apenas em microrganismos termófilos ou hipertermófilos, acumulam-se intracelularmente em resposta à elevação da concentração salina e/ou de temperatura do meio de cultura em hipertermófilos, halófilos ou halotolerantes. É possível que tais compostos sejam usados como estratégia para manter a integridade das estruturas celulares.
  • 4. 4 Em relação ao metabolismo de carboidratos, o sistema de transporte para a maltose em Thermococcus litoralis é semelhante ao de Escherichia coli, porém, a afinidade para o substrato é notável, tendo sua ordem de grandeza três casas superiores no organismo hipertermófilo, sendo este o sistema de transporte conhecido com afinidade mais elevada (SANTOS et al., 2003). No início da década de 90, descobriu-se a existência de hipertermófilos aeróbios com temperatura ótima de crescimento de 100ºC, fato este que derruba a exclusividade de hipertermófilos extremos anaeróbios. Concorda-se que há diminuição da solubilidade de oxigênio em água com a elevação da temperatura, porém é importante que seja considerada também a questão do aumento do coeficiente de difusão com a temperatura. Organismos acidófilos e alcalófilos preferem ambientes com pH extremos até cerca de 1 e 11,5, e não proliferam em pH próximo a neutralidade. Suas proteínas e outros componentes intracelulares não necessitam de estratégias para adaptações (SANTOS et al., 2003). No entanto, em estudos realizados em 61 isolados, dos quais 13 foram de espécies importantes de fungos toxigênicos, sendo quatro espécies de Aspergillus e Fusarium, e cinco de Penicillium, estes cresceram em uma faixa de pH que foi de 2,0 a 11,0 e em temperatura de 25, 30 e 37°C (WHEELER et al., 1991), levantando questionamentos sobre a não proliferação próxima a neutralidade. Microrganismos resistentes a radiações têm a capacidade de adaptar-se a ambientes com doses elevadas de radiações gama e ultravioleta, principalmente as bactérias do gênero Deinococcus e Rubrobacter (FERREIRA et al., 1999). Estes organismos apresentam mecanismos reparadores de DNA extremamente eficientes, os quais lhes permitem viver em condições de secura extrema ou agressão oxidativa que induzem a fragmentação de DNA, letal para maioria dos microrganismos. Descobertas recentes confirmam que arqueões hipertermófilos possuem a capacidade incomum para reparar danos causados ao DNA por radiações ionizantes; portanto é possível que a reparação de DNA eficiente esteja relacionada com características de adaptações comuns de diversos tipos de agressão ambiental (SANTOS et al., 2003). O trabalho de Ito (1998) com microrganismos extremófilos possibilitou a utilização destes em indústria de detergentes. Estes detergentes contém uma ou mais enzimas, como protease, amilase, celulase e lipase, que também podem ser produzidas industrialmente em larga escala. Celulose É a mais abundante fonte de carboidratos de origem vegetal e sua estrutura é a de um polímero não ramificado de resíduos de D-glicose unidos por ligações do tipo β-1,4 (LEHNINGER, 2006; SMITH, 1993). A configuração beta permite a formação de cadeias retas e longas, e o átomo de oxigênio do anel estabelece uma ponte de hidrogênio com o grupamento 3-OH da outra celulose (STRYER, 1992). A degradação da celulose ocorre através da ação combinatória de três grupos de enzimas: exoglucanases (EC. 3.2.1.9.1, 1,4--D-glucana-celobiohidrolase), endocelulases (EC. 3.2.1.4, endocellulase) e -glucosidases (EC. 3.2.1.2.1), onde as endocelulases atacam ligações glicosídicas internas das cadeias de celulose, portanto produzindo extremidades na cadeia polimérica e oligossacarídeos solúveis. Celobiohidrolases clivam resíduos de celobiose das extremidades das cadeias de celulose. A -glucosidase catalisa a hidrólise de celobiose a qual é inibitória à ação das exo e endocelulases. Estudos têm demonstrado que a atividade relativa de cada enzima atuando de maneira isolada é menor em comparação com a ação destas em conjunto (sinergismo) (XIMENES et al., 1996). Enzimas As enzimas microbianas têm grande importância na ciclagem de nutrientes, realizando uma variedade de reações de fixação, oxidação, redução e hidrólise na conversão da matéria orgânica necessária para a manutenção de equilíbrio num ecossistema (RUEGGER, 2001). Depois dos antibióticos, as enzimas são os produtos microbianos mais explorados na indústria biotecnológica, sendo utilizada em indústrias alimentícias, de detergentes (biológicos), têxtil e
  • 5. 5 farmacêutica, biologia molecular, aplicações médicas e na química bio-orgânica (MANFIO e LEMOS, 2003). Como muitos processos industriais ocorrem em altas temperaturas, há necessidade de desenvolvimento de biocatalizadores termoestáveis (SANTOS et al., 2003), assim como também se levar em conta o substrato, pois enzimas com mesmo perfil de atuação sob determinado substrato podem apresentar funcionamento ótimo em pH, temperatura e concentração iônica diferentes, o que requer a seleção de enzimas adequadas às condições nas quais serão utilizadas (MANFIO e LEMOS, 2003). As vantagens de se utilizar enzimas ou células hipertermófilas em processos de alta temperatura podem compreender vários fatores, como a esterilização dos reatores, o aumento da solubilidade de reagentes e produtos, ou a diminuição de viscosidade do meio, acelerando a difusão das espécies dissolvidas e aumentando a velocidade de reação (SANTOS et al., 2003). Neste intuito o objetivo deste trabalho é isolar microrganismos extremófilos de regiões que apresentem condições físico-químicas extremas para crescimento, principalmente extremos de pH, visando o estudo de suas propriedades fisiológicas em condições ideais para cultivo e capacidade de crescimento em diferentes fontes de carbono com potencial Biotecnológico para uso industrial. MATERIAIS E MÉTODOS Coleta da amostra A amostra foi coletada em diferentes pontos de uma fonte hidrotérmica de Caldas do Jorro-Tucano- BA, a fim de se encontrar microrganismos extremófilos em termos de pH. Amostra 1 Com auxílio de uma seringa de 15 ml e agulha 13x7 mm colheu-se 3ml de água à temperatura de 48ºC, em um local onde a água é usada para banho, sendo a amostra colhida, em torneira de banho, introduzida em seguida em um recipiente apropriado para cultivo de anaeróbios. Amostra 2 Repetiu-se o procedimento anterior com uma nova seringa, coletando-se dessa vez água de um ponto mediano próximo ao maquinário, torneira do meio; neste ponto a água é coletada em garrafões, sendo utilizada para beber e encontrada na temperatura de 48ºC. Esta amostra também foi introduzida em um recipiente apropriado para anaeróbios. Amostra 3 Amostra retirada de uma cascata, situada do lado oposto aos tubos utilizados para banho onde se coletou a amostra 1. Esta amostra teve a presença de sedimentos originários da raspagem da parede onde a água desce em forma de cascata, à temperatura 48ºC, e foi armazenada em frasco coletor. Acredita-se ser microrganismo aeróbios. Amostra 4 Coletada no mesmo ponto da amostra 2, com raspagem interna do tubo o qual aparentemente não apresentou nenhum tipo de sedimentos. Amostra armazenada em frasco coletor por esperar microrganismo aeróbios. A conservação das amostras procedeu-se sob vedação e em refrigerador a 4°C, com exceção das amostras dos anaeróbios que foram mantidas à temperatura ambiente. Preparo do meio de cultura Meio sólido (Chaves, 1982) Placas de Petri contendo meio sólido (CHAVES, 1982), com diferentes fontes de carbono (celulose, caseína, margarina, ácido palmítico e N-hexadecano), a uma concentração final de 0,5%, foram preparadas e autoclavadas a 121ºC, por 20 min. Meio de Chaves com seus componentes (KH2PO4 7,00 g/L; K2HPO4 2,00 g/L; MgSO4.7H2O 0,10 g/L; (NH4)2SO4 1,00 g/L; Extrato de levedura 0,60 g/L; Agar 20,00 g/L). O pH foi ajustado para 6,5. Alíquotas de 40 l das amostras coletadas (3 e 4; tabela 1) foram plaqueadas e cultivadas à 50°C por 2 dias. As placas foram feitas em duplicatas. Preparo de meio MYG Placas de Petri contendo meio MYG (Extrato de malte 5,00 g/L; Extrato de levedura 2,50 g/L; Glicose 10,00 g/L; Agar 20,00 g/L) foram preparadas após serem autoclavadas a 121ºC por 20min e
  • 6. 6 o pH foi ajustado para 8,0. As amostras inoculadas neste meio foram incubadas à temperatura de 50°C. Este meio foi escolhido para a caracterização fisiológica do isolado J, após seu completo isolamento, em termos de verificação da temperatura e pH ideais para o cultivo deste. RESULTADOS Crescimento em diferentes meios de cultura Cerca de 48h após a inoculação das amostras 3 e 4 em meio sólido de Chaves (1982) , não foi observado nenhum crescimento de microrganismos, com exceção das placas contendo N- hexadecano como única fonte de carbono (fig. 1). Figura 1: Degradação do N-hexadecano pelo Isolado J em meio Chaves (1982) Quando as mesmas amostras foram inoculadas em meio MYG, pH 8,0, à temperatura de 50°C, 48h depois verificou-se o crescimento de microrganismos, com o aparente predomínio total de uma única espécie, posteriormente denominada de isolado J. Observou-se ainda que este microrganismo cresceu melhor a uma temperatura menor, em torno de 40°C. Procedeu-se então novos cultivos para assegurar o isolamento completo deste microrganismo, que através de análise visual de sua morfologia, verificou-se ser um fungo. O meio MYG passou a ser adotado como o meio de cultivo adequado para os experimentos posteriores envolvendo este isolado. Caracterização fisiológica : Temperatura e pH ideais para crescimento Uma caracterização inicial, à temperatura de 40°C, nos pHs 8,0, 9,0 e 10,0 foi feita. Houve crescimento nos 3 diferentes pH testados (Figuras 2, 3 e 4). Figura 2. Isolado J cultivado Figura 3. Isolado J cultivado Figura 4. Isolado J cultivado em em pH 8,0 em pH 9,0. pH 10,0 Considerando-se o diâmetro das colônias formadas, não houve uma diferença significativa em termos de crescimento nestes pH. A mensuração do diâmetro da colônia formado em pH 8,0; 9,0 e 10,0 respectivamente no período de 24 h (0,82; 0,75; 0,82 cm), 48 h (2,52; 2,22; 2,32 cm) e 72 h (4,35; 3,95; 3,82 cm). O experimento foi realizado com diferentes repetições. Posteriormente um estudo mais amplo foi realizado, onde trabalhou-se em uma faixa de pH maior no intuito de se verificar a capacidade deste fungo de crescer em diferentes valores de pH, assim como qual (ou
  • 7. 7 quais) seria(m) o(s) pH ideal (ais) para tal crescimento. Mensuração do diâmetro da colônia (cm) formado após 72 h de incubação a 40°C, sendo realizado com diferentes repetições, tendo uma média (4,75; 4,30; 4,60; 4,70; 4,15; 3,95; 3,75; 2,55 cm) para cada pH (4,0; 5,0; 7,0; 8,0; 9,0; 10,0; 11,0; 12,0) respectivamente. Na faixa de pH de 4,0 a 11,0, observa-se que não há uma grande diferença em termos de crescimento, sendo este um pouco mais acentuado em pH 4,0 e 8,0. Em pH 12,0, já há um declínio considerável em termos de capacidade de crescimento. O isolado J foi cultivado em diferentes temperaturas (20, 30, 40, 45, 50 e 60°C), para a verificação da temperatura ideal de crescimento. Observou-se que a temperatura ideal é de 40°C, conforme havia sido considerado inicialmente; contudo, conforme média de diâmetro (1,45, 3,90 e 1,00 cm) obtidos em temperaturas (20, 30 e 45°C) respectivamente, o fungo é capaz de crescer relativamente bem em temperaturas um pouco acima de 40°C, assim como bem abaixo desta temperatura. Não houve sinal de crescimento a 50 e 60°C. Potencial para degradação de diferentes substratos : crescimento em diferentes fontes de carbono. Quando cultivado em meio de Chaves (1982), em pH 4,0 e 8,0, à temperatura de 40°C, o isolado J não foi capaz de degradar os diferentes substratos testados. Quando o experimento foi conduzido nas mesmas condições, porém usando-se meio sólido MYG modificado (a glicose foi substituída pelos substratos Ácido palmítico, Caseína, Margarina e Celulose), observou-se o crescimento deste microrganismo em todos os substratos, em pH 4,0 a média do diâmetro da colônia (4,90; 3,65; 3,40; 3,80 cm) e em pH 8,0 ( 5,65; 3,70; 5,00; 2,60 cm), ambos pH com médias respectivamente relacionados ao substrato. Tabela 1. Degradação dos substratos pelo Isolado J em diferentes pH. Substrato pH 4,0 pH 8,0 Ácido palmítico Caseína _____________ Margarina
  • 8. 8 Celulose Isolamento de microrganismos anaeróbios. Após a incubação das amostras 1 e 2 à temperatura ambiente e em condições de anaerobiose, observou-se o crescimento de microrganismos nas condições testadas. Experimentos posteriores serão realizados para o completo isolamento dos mesmos, assim como se efetuará a caracterização fisiológica destes. DISCUSSÃO Microrganismos têm sido mostrados serem importantes fontes de produtos usados na indústria, como as enzimas hidrolíticas (XIMENES, 1999). Em particular, estudos neste sentido têm sido realizados recentemente com microrganismos extremófilos, uma vez que sendo estes capazes de viverem em condições físico-químicas extremas, há uma grande possibilidade de que tal capacidade esteja associada à produção de enzimas adaptadas a tais condições. Isto abre uma maior variedade de possibilidade de aplicações destes microrganismos e de seus produtos (LUDLOW and CLARK, 1991; SCHIRALDI e DE ROSA, 2002). Em geral, os microrganismos que crescem em condições extremas são associados ao domínio Archaea, contudo existem relatos recentes na literatura de microrganismos produzindo, por exemplo, enzimas que atuam em pH extremos e que não fazem parte de tal domínio (ITO, 1997; 1998; WHEELEr et al., 1991), o que pelos resultados iniciais obtidos neste trabalho parece ser o caso também do isolado J. Esse se mostrou capaz de crescer em diferentes pH, variando de extremos ácidos a alcalinos o que não tem sido verificado com freqüência na literatura científica para fungos. Esta é uma característica importante quando se considera a possibilidade de seu uso, ou de seus produtos em indústrias, uma vez que aumenta o espectro de aplicações em diferentes processos. A temperatura ideal de cultivo para este microrganismo, 40°C, está na faixa encontrada para vários fungos que já vêm sendo apontados como candidatos em potencial como fonte para a produção de enzimas hidrolíticas (XIMENES et al., 1994). A capacidade do isolado J de crescer relativamente bem em temperaturas diferentes da encontrada como ideal, é uma característica adicional que indica o potencial do mesmo para uso industrial. Este isolado hidrolisou diferentes substratos nos pH testados, indicando que o mesmo é capaz de produzir enzimas hidrolíticas como proteases (degradação da caseína), celulases (degradação da celulose), lípases (degradação de ácido palmítico, margarina e provavelmente N-hexadecano). Isto indica que este isolado pode ser provavelmente aproveitado de forma eficiente em termos de uso industrial, assim como em processos de biorremediação. Seu Processo de Identificação está em andamento na Universidade Estadual de Londrina. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Azevedo, João Lúcio. Genética de Microrganismos. Goiânia: Editora da UFG, 1998. 490p. 2. Bhat, M.K. 2000. Cellulases and related enzymes in biotechnology. Biotechnology advances. 355- 383.
  • 9. 9 3. Casali, A. K., Staats, C. C., Schrank, A. e Vainstein, M.H. Cryptococcus neoformans. Aspectos moleculares e epidemiológicos. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento-nº20. 34-37, maio/junho 2001. 4. Chaves, V. H. Características Fisiológicas de um fungo termófilos isolado de compostagem e propriedade de seu complexo. Tese de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa. 1982. 5. Ding, S. Y., E. A. Bayer, D. Steiner, Y. Shoham and R. Lamed. A novel cellulosomal scaffoldin from Acetivibio cellulolyticus that contains a family 9 glycosyl hidrolase. J. Bacteriol, 1999. 6720- 6729. 6. Ferreira A. C., Nobre M. F., Moore E., Rainey F. A., Battista J. R., da Costa M. S. 1999. Caracterization and radiation resistance of new isolates of Rubobacter Xylanophilus. Extremophiles. 3:325-238. 7. Felix, C. R. and Ljungdahl, L. G. the cellulosome: The exocellular organelle in clostridium. Annu. Rev. Microbiol, 1993. 791-819. 8. Filho, E. X. F. Hemicellulases and biotechnology. Research signpost. Trivarium, India, 1998. 9. Filho, E.X.F. The xylan- degrading enzyme system. Brazilian J. Med> Biol> Res. 27, 1994. 1093- 1109. 10. Gomes, Claudio, Lemos, Rita e Teixeira Miguel. A vida em ambiente inóspitos. Instituto de Tecnologia Química e Biológica. Universidade Nova de Lisboa, 2001. Disponível em: <http//www.itqb.unl.pt/~extremofilos/page2.htm. Acesso: 20/04/2003. 11. Highley, Terry L. and Dashek, William V. Biotechnology in the study of Brown and White-Rot Decay. In. Florest Products Biotechnology. Great Britain. Editora Taulor & Francis Ltd, 1998. 15- 36p. 12. Ito, Susumu, Kobayashi, T., Ara, K., Ozaki, K., Kawai, S., Hatada, Y. Ae detergent enzymes from alkaliphiles: enzymatic Properties, genetics, and structures. Extremophiles, 1998. 185-190p. 13. Ito, Susumu. Alkaline cellulases from alkaliphilic Bacillus: Enzimatic properties, genetics, and application to detergents. Extremophiles, 1997. 61-66p. 14. Koneman, Elmer W.; Allen, Stephen D. e Janda et al. Diagnóstico Microbiológico. Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda, 2001. 1465p. 15. Leninger, A. l. Principios de Bioquímica. 4ª ed. São Paulo: Sarvier, 2006. 247-252p. 16. Ljungdahl, L. G., D. L. Blum, H. Z. Chen, Y. He, I. Kataeva, X. –L. Li, E. A. Ximenes. 1999. The cellulase/hemicellulose system of the anaerobic fungus Orpinomyces andaspect of futher cellulasereserach. In: Genetics, Biochemistry and Ecology of cellulose degradation, Ohmyia, K., K. Sakka, Y. Kobayashi, S. Sarita, andT. Kimiura (eds), Mie Bioforum 98, Uni Plubishers Co., Ltda, Tokyo, Japan, pp 495-506. 17. Lopes, S. B. Carvalho. Bio. São Paulo: Editora Saraiva, 1997, V.1, 26-45p. 18. LUDLOW J. M.; Clark, D.S. Engineering considerations for the application of extremophiles in biotechnology. Critical Reviews in Biotechnology, 10 (4): 321-45, 1991. 19. Manfio, G. Paulo e Lemos, M. de Farias. Microrganismos e Aplicações Industriais: Biodiversidade: Perspectivas e oportunidades Tecnológicas. Disponível em <htpp://www.bdt.fat.org.br/ publicações/padct/bio/cap9/4/Gilson.html>: Acesso em 12.02.2003. 20. Melo, I. S. e Azevedo, J. L.. Ecologia Microbiana. Jaguariúna, SP: Embrapa – CNPMA, 1998. 488p. 21. Miller, G. L. 1959. Use of dinitrosalicylic acid reagent for determination of reducing sugars. Anal. Biochem. 31: 426-428. 22. Mountfort, Douglas O. The rumen anaerobic fungi. FEMS Microbiology Reviews, New Zealand, 1987. 401-408p.
  • 10. 10 23. ORPIN, C.G. Studies on the rumen flagellate Neocallimastix frontalis. J. Gen. Microbiol., v. 91, p. 249-262, 1975. 24. Pelczar, M.; Reid., Chan, E. C. S. Microbiologia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 25. 1981, V.1, 556p. 26. Primack, Richard b. e Rodrigues Efraim. Biologia da Conservação. Londrina: Editora Midiograf, 2001. 328p. 27. Ruergger, Marcelo José Silveira. Atividade enzimática e produção de ácido γ -Linolênico por fungos filamentosos isolados do solo, da estação ecológica de Juréia – Itatins, SP. São Paulo, 2001. Tese. Doutorado – Universidade Paulista – Instituto de Biociências do campus de Rio Claro. 28. Santos H., Lamosa, P. e Costa, M. S. da. Extremófilos: Microrganismos à prova de agressões ambientais extremas. Boletim de Biotecnologia. Disponível em <http://dequim.ist.utl.pt/bbio/69/pdf/extremofilos.pdf .Acesso em 14/04/2003. 29. SCHIRALDI C., DE ROSA, M. The production of biocatalysts and biomolecules from extremophiles. Trends in Biotechnology, 20 (12): 515-521, 2002. 30. SIGOILLOT, c. Lomascolo A., et al. Lignocellulolytic and hemicellulolytic system of Pycnoporus cinnabarinus: isolation and characterization of a cellobiose dehydrogenase and a new xylanase. Enzime and Microbial Technology, France, 7 agosto 2002. 876-883 pp. 31. Silva, Célia Maria M.S., Roque, M.R. de A. e Melo, Itamar Soares de. Microbiologia Ambiental: Manual de Laboratório. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2000. 98p. 32. Smith, C. J. Carbohydrate Chemistry (The Cell Wall). In: Plant Biochemistry and Molecular Biology, P.J. Lea and R.C. Leggoad (Eds). New York, 1993. 103p. 33. Stryer, L. Bioquímica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara koogan S.A., 1992. 282-283p. 34. Teixeira, M. L. & Soares, A. R. Avaliação da qualidade de celulose de diferentes procedências de Eucalyptus Grandis hill ex maiden. O Papel, 1992. 40-44. 35. Wheeler K. A., Hurdman B.F. and Pitt, J.I. Influence of pH on the growth of some toxigenic species of Aspergillus, Penicillium and Fusarium. Int. J. Food Microbiol. 12 (2-3): 141-149, 1991. 36. West, C.A., Elzanowski, A., L-S, Y. & Barker, W.C. (1989). Homologues o catalytic domains of Cellulomonas glucanases found in fungal and bacillus glycosidases. FEMS microbiology Letters. 59: 167-172. 37. Woese C. R., kandler O., Wheelis M. L. 1990. Towards a naturalsystem of organisms. Proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya. Proc Natl Acad Sci USA 87:4576-4579. 38. Ximenes, E. A. Cloning and sequencing of cDNAs encoling one β-glucosidase, three cellulases and one mannanase of the fungus Opinomyces sp. Strain PC-2, and over-expression of the β-glucosidase and Mannasa in Saccharomyces cerevisidae. Brasilia-DF 1999. 29-33p. Tese Doutorado: Universidade de Brasília. 39. Ximenes, E. A., Ulhoa, C. J., and Felix, C. R. 1994. Production of Cellulases by Aspergillus fumigatus. Fresenius and characterization of One β-Glucosidase. Current Microbiology 32: 119-123. 40. Ximenes, F. de A. Caracterização de uma xilanase produzida pelo fungo Acrophialophora naininana e sua possível aplicação na indústria de celulose e papel. Brasília, 2000. 45p. monografia. Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. 41. Ximenes, E. A., Felix, C. R., Ulhoa, C. J.Prodution of cellulases by Aspergillus fumigatus and characterization of One β – glucosidase Microbiology. New York, 1996.