1. Conservação dos peixes
de água doce portugueses
Investigação aplicada à conservação
Carla Sousa Santos
Joana Isabel Robalo
Vítor Almada
www.ispa.pt/centrodebiociencias
2. Rios portugueses
26 espécies peixes ciprinídeos endémicos da Península Ibérica
12 espécies consideradas “ameaçadas” ou
“vulneráveis” 69%
6 espécies endémicas de Portugal, todas
criticamente ameaçadas de extinção:
. Ruivaco do Oeste . Boga do Sudoeste
. Boga portuguesa . Escalo do Arade
. Saramugo . Escalo do Mira
+ Boga de Lisboa, com estatuto por definir
3. Boga portuguesa
Escalo do Mira Iberochondrostoma lusitanicum
Squalius torgalensis
Sado, Tejo, Lizandro, Samarra,
Mira Colares, Jamor, Jarda e Lage
Áreas de distribuição
muito restritas Ruivaco do Oeste
Escalo do Arade
Squalius aradensis
Achondrostoma
occidentale
Costa Vicentina, Arade e
Sizandro, Alcabrichel e Safarujo Quarteira
Boga de Lisboa Saramugo Boga do Sudoeste
“Chondrostoma” Anaecypris hispanica Iberochondrostoma
olisiponensis almacai
Tejo inferior Guadiana inferior Mira e Arade
4. Exemplo : REGIÃO OESTE
. Elevada taxa de endemismos
. 50% das espécies com elevado estatuto de conservação
Informações importantes a ter em conta em
planos de gestão e conservação de
espécies, estudos de impacto
ambiental, projectos de ordenamento do
território, etc…
END
Ameaçada
END Criticamente Em Perigo
END Endémica da Região
END
5. Sobrevivência das espécies ameaçada pela degradação dos rios
1. Seca/drásticas reduções de caudal no Verão
Primavera Primavera Ribeira
2004 2005 de Quarteira
Verão Primavera
2006 2005
Rio Sizandro
6. Sobrevivência das espécies ameaçada pela degradação dos rios
2. Elevados níveis de poluição – urbana, agrícola e industrial
7. Sobrevivência das espécies ameaçada pela degradação dos rios
3. Destruição de habitats
Obras de regularização
inadequadas, com destruição
da vegetação marginal
zonas de desova
zonas de abrigo para juvenis
ensombramento e evaporação
8. Espécies endémicas de Portugal:
património biológico de valor inestimável
O que se perde com a extinção
de uma destas espécies?
9. Espécies endémicas de Portugal:
património biológico de valor inestimável
O que se perde com a extinção
de uma destas espécies?
10. Os peixes primários de água doce vivem
estritamente em água doce
Se não migram pelo mar
nem existem passagens entre os diferentes rios,
X
X
como é que os peixes primários
colonizaram todos os rios
portugueses?
11. A colonização dos rios Ibéricos começou há pelo menos
10 milhões de anos, quando os rios ainda não eram rios…
… e o que existia na Península Ibérica
eram apenas enormes lagos.
12.
13. Cada rio é uma “ilha”
Até há cerca de 5 milhões de anos, deu-se um fenómeno tectónico surpreendente:
o basculamento da Península Ibérica para Oeste.
E a água foi literalmente “escorrendo” em direcção ao Oceano Atlântico.
A água que estava retida nos lagos extravasa e começam a formar-se os primeiros
rios, que contornam as montanhas já existentes ou em formação.
14. A rede hidrográfica actual tem apenas 1 a 2.5 milhões de anos ...
... e desde essa
altura, cada rio
funciona como uma
ilha para os peixes
que aí vivem.
15. Espécies endémicas de Portugal:
património biológico de valor inestimável
O que se perde com a extinção
de uma destas espécies?
Perdem-se espécies isoladas
em alguns casos há mais de 5
milhões de anos, com uma
história evolutiva
própria, irrepetível e
irrecuperável
17. Reprodução de espécies ex situ de espécies ameaçadas
1ª fase – reprodução ex situ de 5 peixes criticamente ameaçados
cujos habitats estão altamente degradados: escalos do Arade e do
Mira, boga portuguesa, Ruivaco do Oeste e boga do Sudoeste
- Aquário Vasco da Gama
Manutenção - Faculdade Medicina Veterinária de Lisboa
EX SITU - Estação Aquícola de Campelo
18. Reprodução de espécies ex situ de espécies ameaçadas
1ª fase – reprodução ex situ de 5 peixes criticamente ameaçados
cujos habitats estão altamente degradados: escalos do Arade e do
Mira, boga portuguesa, Ruivaco do Oeste e boga do Sudoeste
2ª fase – restauração de habitats e melhoria da qualidade da água
ANTES DEPOIS
Austrália
Manutenção
EX SITU
19. Reprodução de espécies ex situ de espécies ameaçadas
1ª fase – reprodução ex situ de 5 peixes criticamente ameaçados
cujos habitats estão altamente degradados: escalos do Arade e do
Mira, boga portuguesa, ruivaco do Oeste e boga do Sudoeste
2ª fase – restauração de habitats e melhoria da qualidade da água
3ª fase – repovoamento
Manutenção
EX SITU http://exsitu.quercusancn.pt