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A necessidade de um livro que pudesse orientar ao
profissional e ao acadêmico de psicologia na escolha de
testes a empregar foi uma constante pela atualização dos
instrumentos brasileiros. A Casa do Psicólogo apresenta o
Guia de referenciados testes psicológicos comercializados
no Brasil como uma obra de informação e consulta
atualizada sobre a questão dos testes no pais. Trata-se de
um livro cuja principal preocupação está em representar e
caracterizar os testes mais atuais na área de Avaliação
Psicológica.
O leitor irá encontrar em uma linguagem objetiva os
conteúdos e as referencias dos instrumentos na sua origem,
uma revisão indispensável dos principais indicadores
metodológicos dos testes e demais características técnicas
dos testes comercializados. Os autores apresentam um
trabalho sistematizado e em seguimento, possibilitando ao
leitor novas revisões dos testes com qualidade e a atualidade
para a qualificação da Avaliação Psicologia no Brasil.
ISBN 85-7396-243-7
LJ.,"'
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159.938.3
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N.Cham 159.938.3 A3Sig
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Título: Guia de referência :testes psico
111111111111111~111~11111111111111111111111111111111111111
0002443740 Ac.282632
BH PUCMinas N"Pat.:200S
ebook CCS
Sumário
João Carlos Alchieri
Ana Paula Porto Noronha
Ricardo Primi
GuiA DE REFERÊNCIA:
TESTES PSICOLÓGICOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
~~~~~~
~
~
Casa do Psicólogo® lt__#APESP
© 2003 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda.
É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade,
sem autorização por escrito dos editores.
t• Edição
2003
1• Reimpressão
2004
Editores
Jngo Bernd Güntert e Silésia Delphino Tosi
I'Tpdução Gráfica & Capa
Renata Vieira Nunes
l:ditoração Eletrônica
Cerlos Alexandre Miranda
Revisão Gráfica
Leila Marco
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Alchieri, João Carlos
Guia de referência: testes psicológicos comercializados no
Brasil I João Carlos Alchieri, Ana Paula Porto Noronha,
Ricardo Primi. -São Paulo- Casa do Psicólogo ®: FAPESP,
2003.
Bibliografia.
ISBN 85-7396-243-7
1. Psicometria 2. Testes psicológicos 3. Testes Psicológi-
cos - Brasil I. Noronha, Ana Paula Porto. II. Primi, Ricardo.
Ill. Título. IV. Título: Testes psicológicos comercializados no
Brasil.
03-4061 CDD- 150.287
Índices para catálogo sistemático:
I. Instrumentos psicológicos 150.287
2. Testes psicológicos 150.287
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à
~~ Casa do Psicólogo® Livraria e Editora Ltda.
~~ ~ Rua Mourato Coelho, I059 Vila Madalena 05417-011 SãoPaulo/SP Brasil
~ Tel.: (11) 3034-3600 E-mail: casadopsicologo@casadopsicologo.com.br
~ Site: www.casadopsicologo.com.br
Os AUTOREs
João Carlos Alchieri é psicólogo, doutor em Psicologia do De-
senvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS),
professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio Grande do
Narte (UFRN).
Ana Paula Porto Noronha é psicóloga, doutora em Psicologia:
ciência e profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia
da Universidade São Francisco (Mestrado e Doutorado). Pesquisa-
dora da linha de construção, validação e padronização de instru-
mentos de medida. Membro do Laboratório de Avaliação Psico-
lógica e Educacional (LabAPE). Parecerista ad-hoc do Conselho
Federal de Psicologia. Membro do Conselho Editorial da revista
Psico-USF. Recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pes-
quisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPF) (produtividade em
pesquisa nível 2), é membro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psi-
cológica (IBAP).
Ricardo Primi é psicólogo, doutor em Psicologia Escolar e do
Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP),
com parte desenvolvida na Yale University (EUA). Coordenador do
Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE). Re-
cebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimen-
6 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
to Científico e Tecnológico (CNPq) (produtividade em pesquisa nível2).
Diretor acadêmico de pós-graduação da Universidade São Francis-
co, tesoureiro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP)
e membro da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Con-
selho Federal de Psicologia. Leciona disciplinas de Avaliação Psico-
lógica, Estatística e Psicometria e desenvolve trabalhos de pesquisa
em Avaliação da Inteligência, Avaliação da Personalidade, Desen-
volvimento de Carreira e Teoria de Resposta ao Item.
SuMÁRio
PREfACIO···················································································· 13
li':STRD,JFNTOS PSICOLÓGICOS COMERCI,LIZADOS :--.lO BRASIL .. 15
Introdução ........................................................................................ 15
Os instrumentos brasileiros ........................................................... 16
Características psicométricas dos instrumentos ........................ 17
Os testes como instrumentos ....................................................... 19
Considerações finais ....................................................................... 23
Referência ......................................................................................... 24
ATE:--.JÇAO CONCENTRAD,- AC ················································ 27
A TENÇAO COI:CENTRADA- AC-15 .......................................... 29
ACRE- TESTE DE ATI.NÇÃO CONCENTRADA, RAPIDEZ E
ExATIDÃO .............................................................................. 3 1
ATENÇAO DIFUSA- MEDIDA DE PRONTIDAO MENTL ............ 3 3
AYALIAÇÃO D, CRIATLYIDADE POR FIGljRrS E p ALW&S ......... 3 5
BECASSE- Ann:DES SoctoBrocroN,IS EM cRlAl'çAs
PRÉ-ESCOLARES ...................................................................... 3 9
BATERIA DE FCNÇOES ~fEI:TAIS PARA
MoTORISTA- TEsTEs DE ATENC;Ao BFM-1 ............................ 41
RTERL DE Fu:--.JçOEs ME::-.:TAIS PAR, MoTORlS'L- TESTE DE
ME11ÓRIA BF1J-2 ................................................................. 43
8 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
BATERIA DE Fu~c;õES MEKTAIS PARA MoTORISTA- TESTE DE
RACIOCÍNIO LóGICO- BFM-3 ............................................. 4 5
BATERIA DE FuNÇõEs MENTAIS PARA MoTORISTA- BFM-4. 47
BATERIA DE PROVAS DE RAciocíKIO- BPR-5 ........................ 49
BATERIA TSP ·············································································51
C0.10 CHEFIAR? ......................................................................... 53
CoRNEL lNDEX- Cl .................................................................. 55
CcBos DE KoHs ........................................................................ 57
DESENHO DA FIGURA HUiIANA DE WESCHLER ....................... 59
DESTREZA DIGITAL- TC ......................................................... 61
DEZESSEIS PF - QUESTIONÁRIO DOS 16 FATORES DE
PERSOJ:JLIDADE ..................................................................... 6 3
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL (DO) -FORMA I E
Fo~L II ................................................................................ 65
Do?v11Nós D-48 ......................................................................... 6 7
EsCALA DE A V1LlAÇA.O DO COMPORT/uv1ENTO INFANTIL PARA O
PROFESSOR-EACI-P .......................................................... 69
Esc1LAS DE BEcK ....................................................................... 71
EscALA FATORIAL DE AJCSTAMENTO EMOCIONAL/
NEUROTICISiIO ....................................................................... 7 5
ESCLA DE lNTELIGÊNCL WESCHLER PARA CRIA~ÇAS-
III EDIÇAO .............................................................................. 7 7
EscL DE MATURIDADE Mm..:T1L Cou::'vrniA ........................... 79
EscALAS DE PERSONALIDADE DE CoMREY- CPS .................... 8 3
EscAL DE SociABILIDADE E EMoTIVIDADE- ESE ................. 8 5
Sumário 9
EscL DE STRESSE hF.~:TJL ................................................... 87
EscAL DE T~~STO~':o DE EHBISDE ATE~ço/
HIPE~TlVIDJDF (VERSAO PA~ PROFESSORES) ...................... 89
FIGU~S COMPLEXJS DF REY TESTE DE C(WL E REPRODUÇ;0
DE lviEMÓRJA DE FIGURAS GEO~!(cTRICAS CO.!PU:X1S ............ 91
INVENTARIO DE ADMINISTRAÇ)0 DO TE!PO- ADT ............... 9 3
IN'ENTÁRIO FTORLL DE PFRSOJ:iLID,DF -- IFP .................... 9 5
INVENTÁRio DF H'BILID;OES SociAIS- IHS .......................... 9 7
INVt:J:TÁRIO DE SJNTOM1S DE STREssr: PARA ADt:LTos DE
I~IPP (ISSL) ............................................................................ 9 9
INVENTÁRIO E AuTo-AnLISE DOS INTERESSFS PROFISSIO~AIS-
IAIP .................................................................................... 101
llivENTÁRio DE Â'SIEDADE T~c~o-EsTADo- IDA1TI ............ 1 O3
INVEJ:T.RIO DE A"-iSIEnDr: TRM;o-EsTDo- IDATE C .... 105
INVENTARIO ~1ULTIFÁSICO DE PERS()NJLIDADE DE J'vfU':NESOTA-
l'vflfPI .................................................................................. 1 O7
I~VEJTARIO DE ExPREssAo DE R1I~ coMo EsTADO r T~ÇO -
STAXI ................................................................................ 109
LEVAJ:TAMEJ:TO DE lJ:TEREssr:s PRoFISSION.IS- LIP .............. 111
ImE~Nc;, F PoDER ............................................................... 113
MAcQuARRIE TESTE DE RELc;c)Es EsrCJM..; ....................... 11 5
MATRIZES PROGRESSLV.S- EscL i',~Ç"D, ..................... 11 7
MATRIZES PRoGRESSI';S- Esc,L GER,L ............................ 11 9
MATRIZES PROGRESSIY,S COLORID,S ..................................... 121
l'v1EDID. DE FLU~·:~ClA VLRBAL ............................................... 123
10 Guia de referência: Testes psicológicos comercializado~ no Brasil Sumário 11
~lLIÓRI. R .............................................................................. 125 TESTE DO DESE:fiO DE SILTóR- SDT ................................. 171
~fTB- SI~RIL BuTH ................................................................ 127 TESTE EDJTFS DF l:TELJGFê::CL- TEI ................................... 173
PROCIVcL DF HABITOS E DFSEIPE~HO TEs11c: EQClrctL11'IHL DE 1:--.:TEUGÊ:CL-EscL 2 E 3 .............. 175
NO ESTllDO- PHD ............................................................... 129 TESTE DE EsTRUTt.R,S VocN:roN.IS- TEV ....................... 177
PROGR.,L DE ATITlTDES DOS PAIS- PAP .......................... 131 TESTE DAS FABlíLrS ................................................................. 179
PRO'. DE Nívu.lfFNT,L ....................................................... 133 TESTE DE FR,SES lNCü!PLETiS COl1 APLIC;(;.0. lND(STRIA-
PsiccmLGt--:.JSTico Mrocr~Ímco- PMK ............................. 13 5
FIGS ........................................................................0 . . . . . . . . . . . 181
QtiESTI0:'1 RIO DEA:LLÇo TrPoLóGICA- QUATI ............ 137
TESTE DE 1LTCRilHDE PlRA LEJTCRA ................................... 1 83
QU"STIO:.RIO DESlDERXIWO- QD .................................... 13 9
TESTE 11ETROPOLITAíO DE PRONTJDAO- FOR,L R ............ 1 85
Qt ESTI00ÜRIO DE SA(JDI·: GERAL DF GOLDBERG- QSG .... 141
TESTE 1S MrN!LS MAos- Nh1 ................... 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . 189
Qt'ESTIO:.RH) VOC(J()~;L DE I~TERESSES- QVI .............. 143
TESTE DAS PIR..IIDES DJS CORES- TPC .........ooooooooooooooooooo 1 91
REPRODlC0 DE FIGCR:S ....................................................... 145
TESTE DE PRoNTIDAo EMOCI( JN.L PAR1 JYinToRIST.-
TEPEM ..........oooooooooooooo . . . . o . . . . o . . . . o . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . o . . . . oooooooooooooo 193
TESTE DE APEHCEP(;MJ TEMATICA- TAT o . . . . . . . . . . 000 . . 000000 0000000 147
TESTE N.0-VERB,L DE ll:TELIC~F:::iCIA- G36 ...... 00000000000000000 19 5
TESTE DE 1PTID,o AcAD~:nC ....o . . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . 149
TESTE NAO-VERBAL DE lNTELIGÍ~NCL- G38 ...........oooooooooooo 197
Tt·snc: DE CP CID;DES ll:TFLECTI!rIS- TCI ......................o 151
Tr:sTEN;o-vERBiLDEl0JTELIGÊNCL-R-1 .. 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
TESTE CR:CTEROL()GJCO- TCO ........................ 00000000000000000 153
TESTE NAo-vERB;L DE lt--:TELIGÊNCIA P.RA CRIANÇS-
TESTE CoLETIü DE lNTELIGF:NCL PARi ADu:ms- CIA ..o 1 55 R-2 .. o . . . . . . . . . . . . . . o . . . o . . oooooooooooooo . . . . . oooooooooooooooo ... o.ooooooooooooooooooooooo 203
TESTE DE Co.n>LFT.!ENTO DEDESF:.0:HOS- VHTECC ..............0 157 TESTE R~VE::i DI-' ÜPERAÇOES LóGICAS- RTLO ................ o 205
TESTE DE CoIPREENSAo MEcANlC- FoKL i; .............. 15 9 TESTE DE RoRsunur ...... o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . o 207
TI·:STEDFC:miPRIJ:0:s.oTf.:cNico-Mr:c..."-:IC- TCThi ....0 . . . . . . . . . . 0 161 Z -TESTE ZcLLIGER ..........0 . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . . . . . . . 209
TEsn: DOS Co:jl:--.:TOS E:IP,REIRDOS .............................. o . . 163 REfERÍ·l:CLS BlBI.!OGRAFICS 000000000000000000000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
TESTE D-70 ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo . . . . . . . . ooooooooooooooooooooooooooo 1 65
TESTE DF DrShIPENl 10 EsuJLR- TDE .................... 0 . . . . . . . . 16 7
PREFÁCIO
O objetivo principal deste livro está em oferecer aos profissio-
nais, professores e acadêmicos uma revisão técnica dos testes brasi-
leiros atualmente comercializados, a fim de caracterizar o processo
de conhecimento e os procedimentos metodológicos representados
nos instrumentos brasileiros. Durante as últimas décadas, com a apre-
sentação de novos testes e a necessidade de atualização, exige uma
constante informação do profissional. Uma única fonte para sua con-
sulta e o acesso de informações complementares são pontos a desta-
car neste guia. Sabe-se que por meio das resoluções do Conselho
Federal de Psicologia a atualização dos instrumentos será uma exi-
gência legal ao exercício da avaliação psicológica nos seus diversos
âmbitos. Para tanto, partimos do pressuposto de que os leitores pos-
sam, baseados nas informações apresentadas, ampliar suas consul-
tas aos manuais e demais obras e, assim, planejarem uma escolha
criteriosa dos instrumentos de avaliação psicológica. Esperamos que
o conteúdo apresentado e desenvolvido neste guia possa ser um ins-
trumento de consulta constante nas atividades de sala de aula, privile-
giando a atualização das informações na formação de quem já atua
na área e de futuros profissionais.
Os autores
INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL
INTRODUÇÃO
Neste volume, são apresentados os instrumentos de avaliação
psicológica comercializados atualmente no Brasil. Este material é fruto
de trabalhos, iniciados em 1999, e reunidos pelos autores (Noronha,
Alchieri & Primi, em 2001) num projeto subsidiado pela FAPESP
desde 2001.
O leitor irá observar que se incluem aqui a quase totalidade
dos instrumentos de avaliação psicológica utilizados no País, sendo
que os testes de livre acesso, como desenhos e outras variantes das
técnicas não são representados. Esta decisüo está embasada na
ausência de uma única editora com dados técnicos desses materi-
ais e a conseqüente obtenção oficial de informações, juntamente
com uma grande diversidade no uso, que a ausência de normas de
utilização permite.
Com a presente exposição não se tem a pretensão de apresen-
tar uma taxonomia ao instrumental psicológico, que, aliás, é extrema-
mente necessária. Pretende-se sim levar o leitor, estudante ou profis-
sional, a poder ter rapidamente sanadas suas dúvidas quanto a possí-
vel indicação ou não de um teste para um determinando fim. Por
outro lado, atualizamos algumas informações complementares a fi-
cha técnica dos instrumentos comercializados, em relação a existên-
cia de pesquisa, estudos ou mesmo atualização do instrumental psico-
lógico disponível no País.
16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
ÜS INSTRUMENTOS BRASILEIROS
A atenção sobre a situação dos testes psicológicos brasileiros
esteve presente nas discussões científicas nacionais ao longo de qua-
se 50 anos de forma ininterrupta. Os trabalhos de pesquisadores e
docentes em desenvolver, implementar, elaborar, aperfeiçoar e adap-
tar os instrumentos e técnicas para um uso eficiente e eficaz, é regis-
trado na história brasileira desde a década de 1920 (Pasquali & Alchieri,
2001). No Brasil, possuímos um número considerável de instrumen-
tos psicológicos autóctones, a despeito de idéias geralmente difundi-
das do contrário.
Ao longo das últimas décadas, por modificações técnicas, teóri-
cas e culturais observamos a necessidade de retificações a adaptações
urgentes de nossas técnicas calcadas nas exigências que as transfor-
mações socioculturais impõem. Uma dessas características é a veloci-
dade e a necessidade do uso e divulgação de informações, cada vez
mais precisas, para assessorar a tomada de decisões técnicas.
O ensino de instrumentos de avaliação psicológica é basicamente
representado como função específica da formação, seja ela no âmbito da
graduação ou da pós-graduação. Para muitos psicólogos, esta é a única
fonna de estudar a avaliação psicológica e, conseqüentemente, ter aces-
so aos frutos da pesquisa. Sem a existência no P<ús de uma cultura do
aperfeiçoan:~ento profissional seqüenciado que possa, além de atualizar,
capacitar o profissional com novos instrumentos e técnicas, o psicólogo
continuará com as mesmas informações oriundas do período de forma-
ção (Alchie1i & Bandeira, 2002; Alves, Alchieri & Marques, 2001).
Duas grandes obras da psicologia brasileira trataram da atualiza-
ção de referências e atualização dos testes psicológicos: a de Van Kolck
(1981). com uma publicação extensa sobre os instrumentos e sua ava-
liação de características de indicação e uso. e, mais atualmente, a de
Cunha (200 I). com a continuidade de uma obra cuja ênfase no proces-
so de diagnóstico, representa as principais técnicas utilizadas. Em ambas,
a preocupação das autoras deriva da necessidade de aperfeiçoamento
e atualizaçiio no uso dos testes e técnicas, mais que a sua exposição
dos aspectos técnicos para a escolha desses instrumentos.
Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 17
Sabe-se que o uso de instrumentos e técnicas de avaliação
psicológica é uma função privativa do psicólogo, ma.;; o que poucos
profissionais conhecem é que o seu uso está condicionado a repre-
sentação de determinados requisitos técnicos presentes desde sua
elaboração. Este é o objetivo principal desta obra, explicitar os as-
pectos técnicos da psicometria (estudo da medida psicológica e das
características comportamentais representadas nos testes) expostos
nos instrumentos nacionais.
Um recente relatório técnico (Prieto & Muniz, 2000) da Conlis-
são de Testes do Colégio Oficial de Psicólogos (COP) e da Comissão
Européia sobre Testes da Federação Européia de Associações Pro-
fissionais de Psicólogos (EFPPA), foram apontadas diretrizes inter-
nacionais para o estabelecimento de políticas para o uso dos testes
psicológicos, amparando a presente investigaçüo. Aliado a perspecti-
va dos padrões de excelência para os instrumentos, recentemente foi
publicada uma revisão dos Standards for Educational and
Psychologica/ Tests (American Educational Research Association,
American Psychological Association & National Council on
Measurement in Education, 1999); uma referência clássica quanto
aos parâmetros dos instrumentos utilizados na avaliação psicológica
(ITC, 2001).
Inicialmente, é necessário expor, em poucas linhas, os pressu-
postos básicos quanto às características psicométricas dos testes, com
intuito de amparar e auxiliar a interpretação das informações aqui
apresentadas.
CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS DOS INSTRUMENTOS
Um aspecto fundamental para considerar, antes mesmo das con-
dições técnicas de quaisquer instmmentos, diz respeito quanto a con-
cepção de medida que será representada no procedimento de avalia-
ção pelos testes psicológicos.
Tomamos como ponto de partida que qualquer avaliação é uma
forma de comparação entre um e outro objeto, e, como tal., é uma
18 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
mensuração, deve claramente representar a validade entre o fenô-
meno e os pre~supostos do uso da linguagem matemática. Desde o
início da linguagem, a representação matemática como forma parale-
la de conceber o mundo se manifestou, desenvolvida e aperfeiçoada
com o passar do tempo pelas diversas culturas, representou um avanço
do pensamento e de sua abstração. Todas as ciências valem-se de
uma forma de análise e representação de suas idéias, mediante o uso
da representação matemática de seus fenômenos. Assim podem, além
de representar, verificar sob o prisma da equação matemática sua
expressão, testando sua pertinência, enquanto observação válida ou
não, sob determinadas condições.
Os testes são medidas de processos psicológicos, ou seja,
são operações empíricas, isto é, científicas, pelas quais a psico-
logia analisa o seu objeto de estudo, os processos psíquicos e os
comportamentos deles decorrentes. Dessa forma, Pasquali (1999)
demonstra que os instrumentos psicológicos fazem a suposição
de que a melhor maneira de observar um fenômeno psicológico
seja através da medida. É lícito representar os fenômenos psí-
quicos com base na linguagem numérica se atendidas suas defi-
nições operacionais (axiomas). Esses foram categorizados em
três grandes grupos axiomáticos: os axiomas da identidade, da
ordem e da aditividade.
Os primeiros tratam do conceito de que algo é igual a si mesmo
e somente a ele é idêntico, e que se distingue de todas as outras
coisas por suas características (identidade). Os números possuem
esta similitude conceitual, um número é somente igual a si e repre-
senta somente este aspecto, esta semelhança do axioma, se atendida,
pode dar a representação fenomênica os mesmos atributos que a
identidade numérica. Sua representação pode possibilitar a expres-
são nominal as variáveis.
Por sua vez, os axiomas da ordem preconizam que os números,
não somente são distintos entre si (identidade), mas que esta diferen-
ça é expressa também em termos da quantidade, da grandeza e da
magnitude. Dessa forma, os números, diferentes entre si, podem ser
organizados nessa distinção em uma seqüência invariável, hierarqui-
BIBLIOTECA DA PUC Mt.,
Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 19
camente definida pelos seus atributos, ao longo de uma escala cres-
cente. A representação desse axioma possibilita as operações de or-
dem nas variáveis.
Os axiomas da aditividade postulam que os números podem ser
somados de modo a permitir que de dois números a operação resulte
num terceiro e que este seja exatamente a soma das grandezas dos
dois números anteriores somados.
Sendo uma ação empírica sobre a realidade, a medida, ao se
valer de números para descrever os fenômenos, deve representar
pelo menos um dos três axiomas expostos acima, o que caracteriza-
ria como logicamente legítima. Mantendo o mesmo raciocínio, quanto
mais axiomas forem representados no processo da medida, mais úteis
se tornam para a representação e a descrição da realidade empírica.
Tais pressupostos norteiam o processo de avaliação, pela com-
preensão que a teoria fornece. Esta é uma questão extremamente
fundamental, os pressupostos da medida, embora importantes no con-
texto da aplicabilidade da mensuração, são características, e não de-
vem ser tomados como sendo o sentido da medida.
São as teorias explicativas do comportamento, que justificam e
conseqüentemente revestem de sentido, a necessidade da medida
sobre este ou em outro fenômeno. Se esse ponto for descuidado por
um profissional, a medida tomada poderá ser interpretada em si mes-
ma e, então, o resultado de um procedimento qualquer poderá valer
mais que os sentidos teóricos, subjacentes ao entendimento do fenô-
meno. Conhecer os axiomas da medida é relevante para dar ao seu
uso uma orientação em seus resultados, bem como poder circunscre-
ver seus limites e ter desenhado sua abrangência (Pasquali, 1999).
ÜS TESTES COMO INSTRUMENTOS
Um instrumento pode ser considerado como qualquer meio de
estender nossa ação ao meio e, assim, poder minimizar nossas limita-
ções em uma ação investigativa da observação, maximizando a efi-
cácia da obtenção de dados e os seus resultados.
20 Guia de referência: Testes psicológicos comerciaiizados no Brasil
No caso da investigação psicológica, entendendo que possam
representar pela medida, uma determinada ação que equivale a um
determinado comportamento, e, assim, indiretamente, mensurar este
aspecto compo1tamental. Na avaliação psicológica, os testes são ins-
trumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamen-
to, que informam sobre a organização normal dos comportamentos
exigidos na execução dos testes (por figuras, sons e formas espaciais),
ou de suas perturbações em condições patológicas. Vismn assim ava-
liar e quantificar comportamentos observáveis por meio de técnicas e
metodologias específicas, embasadas cientificamente em constmctos
teóricos que norteiam a análise de seus resultados (Aiken, 1996).
A investigação do comportamento pelos testes se dá com a apli-
cação de diversas técnicas, apoiadas no tipo ele avaliação que se
pretende fazer, ou seja, no que se pretende investigar. Cada teste tem
uma descrição metodológica específica, com a finalidade de contro-
lar e excluir quaisquer variáveis que venham a interferir no processo
e nos resultados, para que se obtenha um resultado preciso das reais
condiçõe~ do avaliando. Para que esses testes possam ser utilizados,
devem ter a qualidade de sua ação verificada em procedimentos
metodológicos, que assegurem sua eficácia e eficiência. Uma das
linhas de investigação psicológica, que busca aperfeiçoar as qualida-
des dos testes, é denominada de psicometria e tem origem em disci-
plinas diversas como a estatística, psicologia experimental,
metodológicas e computacional.
Na preparação de um instmmento ou teste psicológico, quatro
condições são necessárias para garantir a sua qualidade e possibili-
dade de uso seguro; a elaboração e análise de itens, estudos da vali-
dade, da precisão e de padronização.
Inicialmente, num processo denominado de elaboração e análise
dos itens, são elaboradas e avaliadas as questões individuais (ítens) de
um teste. Este processo tem início com a preparação dos itens para a
representação do comportamento (atributo de medida). É necessário
poder representar no item todas as possíveis variações que o atributo
medido possa assumir, sob pena de não contemplar a diversidade das
respostas, e com isso, deixar de medir um ponto do comportamento.
Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 21
Na análise dos itens a compreensão de leitura e resposta do
item, sua capacidade de avaliar um determinado atributo (comporta-
mento), a eficácia da avaliação das questões e a capacidade dos
itens em abarcarem todas as possíveis manifestações comportamentais
do fenômeno em questão são investigadas. Nessa etapa, é possível
ter um grande número de itens que serão avaliados e sua permanên-
cia condicionada a satisfação das necessidades técnicas do teste.
Não é incomum que muitos itens não sejam aproveitados e, conse-
qüentemente, sejam descartados nessa etapa ainda introdutória do
trabalho. Como aspecto principal no trabalho de avaliação da quali-
dade de um teste estão representadas as seguintes questões: a pre-
sença clara e objetiva das informações sobre como foram constmídos
os itens, suas principais características, a base teórica que eles repre-
sentam na sua medida, as avaliações realizadas pelos autores ou edi-
tores que finalizam a escolha de um determinado número para o se-
guimento do processo. Sem algum desses pontos fica extremamente
difícil entender como os autores construíram o teste desde o início.
O próximo passo, em uma segunda etapa, é verificar a validade
do teste, em poder descrever um comportamento de modo a garantir
que realmente se possa medir aquilo que se propõe. Essa etapa tem
dois grandes momentos denominados de validade lógica e empírica,
cuja distinção está respaldada na avaliação das respostas dos sujei-
tos. É um ponto crucial da elaboração de um teste ter assegurado a
verificação dessa qualidade, expressada nas características do con-
ceito do comportamento a ser avaliado, das diversas manifestações
que ele pode expressar, da equivalência de sua medida com outras
formas similares de avaliação e na possibilidade dessa mensuração
poder ter um caráter preditivo na avaliação do comportamento. Ge-
ralmente é expressa por descrições de avaliação ou análise fatorial
(exploratória ou confirmatória), apresentação de comparações (cor-
relações) entre dois ou mais instrumentos com medidas semelhantes
em estimativas de índice de validade superiores a 0,80. Essas são as
pistas que devem encaminhar o leitor ao entendimento do que está
descrito em um manual técnico. Sem elas pouco se pode dizer sobre
o quanto um teste é válido e com que grau ele mede o que diz aferir.
22 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Numa etapa posterior, é necessário identificar se a medida efe-
tuada pelo instrumento pode ser tomada como consistente sem sofrer
modificações alheias externas a manifestação do comportamento. O
processo denominado de precisão ou fidedignidade tem como objeti-
vo verificar a consistência das respostas obtidas pelos sujeitos no
teste. É uma maneira de se calibrar o instrumento, ajustá-lo especifi-
camente a forma da avaliação. Com auxílio da estatística e procedi-
mentos metodológicos é possível comparar o instrumento dentre ou-
tras formas semelhantes de ver aquele comportamento, as respostas
de grupos de respondentes com outros testes similares, obtendo uma
forma de estabilidade das respostas (Pasquali, 2001; Muniz, 1996). O
leitor deve estar atento sobre as especificações que constam nos
manuais dos testes. Por mais que estes aspectos estejam representa-
dos em consideráveis tabelas e gráficos, sua atenção deve focalizar-
se no número de sujeitos, tipos de procedimentos utilizados na avalia-
ção da precisão (em geral quanto mais forem variados e represen-
tando diversos sujeitos com características amostrais distintas, me-
lhor), resultados obtidos em margens superiores a coeficientes 0,80 e
com uma acurada análise dos autores.
Estando satisfeitas todas as condições anteriores, inicia-se um
último procedimento que tem como objetivo o estabelecimento de nor-
mas para a utilização do teste. Uma primeira norma está na constitui-
ção do instrumento (como deve ser apresentado, qual o número de
páginas, que tipo de papel e qual disposição dos itens). Uma outra ne-
cessidade de normatização está na elaboração da forma de aplicação
do teste, para que idade é ele indicado, se pode ser aplicado a um nível
de escolaridade distinta ou pode valer para qualquer nível e se há indi-
cação de ser aplicado em grupo ou individual. Por fim, um último grupo
de normas refere-se à classificação dos resultados obtidos pelos
respondentes. Dentre os diversos tipos de normas de resultados
(percentil, escores padronizados ou classificação dos comportamen-
tos) qual é a mais indicada e como se pode obtê-la. Esta última ainda
tem um caráter temporário na manutenção de suas condições, necessi-
tando ser atualizada, de tempos em tempos, de forma a garantir, por
exemplo, a medida das variações culturais (Anastasi & Urbina, 2000).
Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 23
Embora quase todos os testes apresentem normas de compara-
ção de resultados, estas devem ser determinadas por um considerá-
vel número de sujeitos (representando diversas características como
instrução, idade, sexo, escolaridade), provenientes de varias regiões
do País ou mesmo do Estado e, principalmente, que esses dados se-
jam provenientes de pesquisas recentes, com no máximo dez anos.
Aqui como o leitor irá verificar no seguimento do livro, poucos são os
testes que atendem essa recomendação.
Atendidas as condições psicométricas do instrumento, este, en-
tão, é capaz de ser um teste psicológico, utilizado com toda a segu-
rança para poder tomar as medidas do fenômeno psicológico.
Um ponto fundamental ainda a ressaltar é o da atualização dos
testes pelas editoras e de sua informação atualizada na literatura na-
cional e no Exterior. Primeiramente cabe a editora a permanente atu-
alização do teste e, não simplesmente, de uma nova data na capa do
manual, mas também de revisões dos dados, com novas pesquisas. O
leitor pode acompanhar facilmente pela Internet ou mesmo nas ba-
ses de dados de publicações (periódicos) se um teste apresenta atu-
alização ou não, e se a comunidade científica nacional e internacional
está investigando ou produzindo estudos com este instrumento. Caso
não haja nenhum dado novo ou mesmo significativo em seus resulta-
dos, caberá ao psicólogo dar lugar para um outro teste.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentadas essas informações cabe, antes de tudo, escla-
recer que os instrumentos serão apresentados em ordem alfabéti-
ca do nome de comercialização, pois se pensa que qualquer outra
forma de agrupá-los poderia acarretar dúvidas ou alguma dificul-
dade na consulta. Como o leitor irá perceber esses testes são re-
lacionados no fim, em um sumário de consulta, conforme sua indi-
cação. Todas as informações foram obtidas diretamente nos ma-
nuais editados pelas respectivas editoras, responsáveis pela sua
representação e comercialização.
24 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Quando do final da preparação deste livro, aguardava-se a pu-
blicação de uma relação de avaliação sobre os testes psicológicos
elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), referente às
determinações adotadas nas resoluções 25 e 30 (CFP, 2001). Segun-
do informações do próprio CFP, trata-se de um informe sobre o uso
dos instrumentos pelos psicólogos em sua atividade e constaria de
uma relação dos instrumentos em condições de uso. Como nada ain-
da havia sido divulgado até o momento da finalização deste estudo,
tomou-se a decisão de apresentar os resultados. Espera-se poder
contribuir com informações atuais e organizadas, de forma precisa,
para que o leitor tenha condições de uma acertada tomada de deci-
são na escolha do instrumento.
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ATENÇÃO CoNcENTRADA - AC
Origem do teste - O Teste de Atenção Concentrada foi de-
senvolvido com o objetivo de aumentar o espectro de instrumentos
disponíveis para testar e re-testar candidatos que já haviam sido sub-
metidos a outras provas de atenção.
Dados de identificação - O Teste Atenção Concentrada é
uma produção nacional, de autoria de Suzy Vijande Cambraia. Foi
editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., originalmente
em 1967, sendo que passou por revisões cujas datas não constam
do manual avaliado. A última edição é de 2002 e traz pesquisa de-
senvolvida em 2001. O objetivo do instrumento é avaliar a capaci-
dade que o sujeito tem de manter sua atenção concentrada no tra-
balho por um período de tempo.
Aplicação e material- Há indicações no manual de que o
teste pode ser aplicado em todos os níveis de escolaridade, do
analfabeto ao curso superior; não há indicação de limites de ida-
de. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, ocupa
cinco minutos. O material é composto por manual, crivo de corre-
ção e folha de resposta.
Amostra-A amostra da pesquisa de 2001 incluiu indivíduos
de três Estados, a saber: São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande
do Norte. A idade variou de 17 a 64 anos. As aplicações foram
coletivas e individuais.
Parâmetros Psicométricos
Validade - Ela foi estabelecida por meio da comparação dos
resultados do AC com os do Teste de Atenção Concentrada D2. A
28 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
amostra foi composta por 50 sujeitos, estudantes universitários. Os
resultados foram submetidos à correlação linear de Pearson e o coe-
ficiente foi 0.460.
Precisão- Não há informações no manual.
ATENÇÃO CONCENTRADA - AC-15
Origem do teste - Ele foi construído para preencher a neces-
sidade de verificar a capacidade de atenção dos sujeitos em um perí-
odo razoável de tempo, de acordo com o manual. O autor esclarece
que esse é um diferencial do instrumento em relação aos demais, ou
seja, a capacidade de se manter atento por mais tempo. O teste foi
elaborado seguindo o modelo do Minnesota Clerical Test.
Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria
de Nestor Efraim Rojas Boccalandro, e foi publicado pela Vetor Edi-
tora Psico-Pedagógica Ltda. em 1977.
Aplicação e material- O material do teste consiste em manu-
al, folha de resposta e crivo de correção. A aplicação pode ser indivi-
dual ou coletiva e o tempo é de aproximadamente de 15 minutos.
Parâmetros Psicométricos
Amostra- Participaram como sujeitos 1.494 candidatos a car-
gos de operadores e programadores de processamento de dados em
uma instituição financeira da cidade de São Paulo, sendo que o nível
instrucional variou de ginasial a supe1ior (superior- 245; colegial-
1.055; ginasial- 194).
Validade - Na pesquisa de validação, das 901 mecanógrafas
que trabalhavam em turnos diurnos, foram escolhidas 88, de tal ma-
neira que se formassem três subgrupos, de acordo com o desempe-
nho no exercício da função (acima da média, média e desempenho
abaixo da média). O desempenho no trabalho permitiu uma classifi-
cação com dois critérios: a) por quantidade de serviço ou produção e
b) por qualidade de trabalho e precisão. No que se refere à produção,
30 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
obteve-se o coeficiente de 0,25 para a primeira parte da produção.
No que se refere à relação entre o desempenho no teste e qualidade
de trabalho, o coeficiente de correlação trisserial na primeira parte
foi de 0,58 e na segunda 0,33. Na terceira parte, não se observou
correlação.
Precisão - A fidedignidade foi calculada por meio da verifica-
ção da consistência interna (o AC-15 foi dividido em três partes). Por
meio do coeficiente de correlação de Pearson e os resultados encon-
trados foram: 0,82, 0,79 e 0,91.
ACRE - TESTE DE ATENÇÃO
CoNCENTRADA, RAPIDEZ E EXATIDÃO
Origem do teste - O instrumento foi criado a fim de ampliar o
espectro de técnicas de avaliação disponíveis para os processos de
seleção profissional, considerando que, muitas vezes, o candidato é
submetido mais de uma vez aos mesmos instrumentos. O autor reco-
nhece que o material não é absolutamente original em seu conteúdo,
mas de acordo com ele toma mais rica a possibilidade de escolha dos
instrumentos psicológicos no exercício das atividades profissionais.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Flávio
Rodrigues da Costa, editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.,
em 1999. Ele se destina à mensuração dos fatores que dão nome ao
teste, ou seja, atenção, concentração, rapidez e exatidão, e, de acordo
com o manual, pode ser utilizado nas mais diversas situações, como na
clínica, na psicologia escolar, na orientação vocacional ou na psicologia
do trabalho.
Aplicação e material- O Teste ACRE pode ser aplicado individual
ou coletivamente, sendo que em ambas a<> situações devem ser conserva-
das as mesmas instruções. O tempo de realização do sujeito é de três
minutos e, embora não haja indicações sobre a faixa etária adequada para
melhor realização do instrumento, há uma relação de ocupações profissio-
nais nas quais o teste pode ser aplicado (digitadores, datilógrafos, progra-
madores de computação, técnicos em processamento de dados, revisores,
redatores, telefonistas, operadores de terminais, operadores de leitura de
instrumento, arquivadores, bibliotecários, auxiliares administrativos em ge-
ral, bancários, motoristas, pilotos de aeronaves, dentre outras). O material
consiste em manual, folha de resposta e crivo de apuração.
32 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra - Participaram da amostra 1.197 sujeitos, de ambos
os sexos, com idade variando entre 18 e 42 anos, que integravam um
processo de seleção profissional para uma empresa de telecomuni-
cações da cidade do Rio de Janeiro.
Parâmetros Psicométricos- No manual não há dados sobre
os estudos de precisão e validade.
ATENÇÃO DIFUSA - MEDIDA
DE PRONTIDÃO MENTAL
Origem do teste - A construção do instrumento justificou-se
pela importância de se avaliar os elementos perceptivos. Trata-se de
uma prova de desempenho,. que contém pares ele figuras que deverão
ser relacionadas, provocando o processo ele percepção, discriminação
e reconhecimento.
Dados de identificação - O instrumento é produto nacional,
de autoria de Clauco Piovani e César M. Piovani. Foi publicado, em
1976, pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda. Não há in-
formações sobre estudos de revisão. O instrumento visa a medida
psicológica do nível de prontidão possuída pelo sujeito, quer como
forma de resposta quer como tipo de atividade mental.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co-
letiva, sendo que o tempo de execução é de sete minutos e 30 segun-
dos. O teste pode ser aplicado a sujeitos, independentemente da es-
colaridade deles. O material consiste em manual e caderno ele teste.
Amostra- Não há informações sobre a amostra de padronização.
Parâmetros Psicométricos
Precisão - Estudou-se a precisão do teste a partir de uma
amostra de 2.500 sujeitos, por meio do teste-reteste. O coeficien-
te de correlação de Pearson ofereceu um índice de precisão de
0,83. O intervalo entre as aplicações foi de dois meses. O erro
padrão de medida estabelecido foi quatro.
34 Guí~t Je rt:fcr~ncia: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade -· A validade do instrumento foi determinada a partir
da realização de Jiferentes estudos, tais como: verificação do índice
de dificuldade. comparação dos resultados do mesmo com outros tes-
tes, tais corno: Fator P de Cattell, Bateria TSP (índice de correlação
de 0,33) e Teste de Toulouse-Pieron (índice de correlação de 0,68).
No último estudo. fizeram parte da amostra 250 sujeitos, candidatos
que se apresentaram para seleção profissional. Os indivíduos eram
adultos, do~ sexos masculino e feminino.
O teste foi aplicado em uma amostra de 11.400 sujeitos, de 8 a
69 anos, sem di~.tinção de sexos, escolaridade ou nível socioeconôrnico.
Constatou-se que há diferença entre os extremos das idades. O ins-
trumento foi correlacionado com uma prova de inteligência- Matri-
zes Progrc;;sivas de Raven. O coeficiente de corr-elação de Pearson
indicou um índice de 0,35.
Além desses trabalhos, três outros foram propostos, o estudo de
correlação com a escolaridade, o estudo de corr-elação com a per-
sonalidade e o estudo de corr-elação com a profissão.
AVALIAÇÃO DA CRIATIVIDADE POR
FIGURAS E pALAVRAS
Origem do teste -O instrumento constitui-se na versão brasi-
leira dos Testes de Criatividade de Tonance, formas verbal e figurai. A
justificativa paTa o estudo baseou-se no fato de serem instrumentos
muito utilizados, de acordo com a literatura intemacional. A autora do
instrumento elaborou normas representativas para estudantes do ensi-
no médio e universitário, dada a dificuldade na coleta de dados de nor-
mas representativas para as diferentes faixas etárias e educacionais.
Dados de identificação - O instrumento original é de autoria
de Torrance, e ele se organiza em um teste de criatividade figurai e
outro verbal. A presente edição constitui-se em urna versão brasileira
do material, sendo que a autora da obra, Solange Wechsler, objetivou
padronizar o teste para estudantes de ensino superior e médio. A
publicação deu-se em 2002, pela Impressão Digital do Brasil Gráfica
e Editora Ltda. O teste vi->a à avalia<;ão da criatividade por meio de
figuras e palavras.
Aplicação e material - O material compõe-se de um livro téc-
nico, caderno de respostas, lápis e cronômetro. A aplicação pode ser
individual ou coletiva, sendo o uso grupal o mais comum, e o tempo de
execução é de 40 minutos. O teste de criatividade figurai pode ser
aplicado isolado ou em conjunto com o teste verbal.
Amostra - Cada um dos testes (criatividade figurai e verbal)
teve uma amostra específica de padronização e receberão as denomi-
nações amostra I e 2 respectivamente, a fim de facilitar a descrição. A
amostra 1foi composta por 1.015 sujeitos, sendo 520 do sexo feminino
36 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
e 495 do sexo masculino. Dentre esses indivíduos, 657 eram estudan-
tes do ensino médio (J' ao J ano) e 358 cursavam o ensino superior (1"
ao 5 ano). Os estudantes freqüentavam escolas e universidades públi-
cas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etária
variou de 14 a 23 anos, no ensino médio, e de 17 a 28 anos. no ensino
superior. Para a aplicação nos estudantes universitários, estiveram re-
presentados os cursos de Fisioterapia, Biologia, Engenharia, Arquitetu-
ra. Psicologia. Direito, Jornalismo e Pedagogia.
A amostra 2 foi composta por 879 sujeitos, sendo 478 do sexo
feminino e 401 do sexo masculino. Dentre eles, 629 eram estudantes
do ensino rnédio e 250 cursavam o ensino superior. Assim como os
sujeitos da amostra I, os da amostra 2 eram estudantes de escolas e
universidades públicas e particulares do interior do Estado de São
Paulo. A faixa etúria variou de 14 a 21 anos, no ensino médio, e de 17
a 36 anos. no ensino superior. Os cursos representados pelos sujeitos
do ensino superior são os mesmos da amostra 1.
Parâmetros Psicométricos
Precisão -- A precisão foi estudada por meio de dois métodos:
teste-reteste e consistência de correção por juízes independentes. A
amostra utilizada no teste-retestc foi composta por 53 pessoas, sen-
do 35 mulheres e 18 homens, com idade variando entre 18 e 25 anos.
Os sujeitos pertenciam ao nível socioeconômico médio e baixo e es-
tudavam nll ensino médio e técnico de uma cidade do interior de São
Paulo. Os coeficientes de correlação são apresentados em duas ta-
belas, para cadJ um dos indicadores criativos avaliados pelo instru-
mento. No que se refere à precisão da correção, foram elaborados
dez versõe:-; da proposta original de manual de Torrance e Ball, a fim
de clarear as con-eçôes para evitar erros. Os juízes eram bolsistas do
Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas da PUC-Campinas
(LAMP). ~~enhum índice de precisão foi inferior a 0.70.
Validade- A pesquisa ue validação incluiu 128 sujeitos, sendo
59 definidos como criativos e 69 definidos corno não criativos ou re-
gulares. Para ser considerado indivíduo criativo deveria possuir defi-
Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras 37
nição reconhecida aferida por meio de prêmios e distinções recebi-
das. A idade dos sujeitos variou entre 18 e 75 anos, sendo a média 33
e os sujeitos eram provenientes de classes média e alta. Foi verificada
a validade concorrente e discriminativa do teste de criatividade figurai.
No que se refere à validade concorrente, os resultados indicaram dos
15 indicadores de criatividade, apenas três não obtiveram correlação
significativa com a produção total do sujeito. Já em relação à valida-
de discriminativa entre os grupos, os resultados revelaram que em
todas as características figurativas, os indivíduos criativos obtiveram
médias maiores que os não criativos.
BECASSE - ATITUDES
SociOEMOCIONAIS EM CRIANÇAS PRÉ-
ESCOLARES
Origem do teste - Os dois testes reunidos sob o mesmo título
são compostos de oito tarefas diferentes usadas em consultórios psi-
cológicos e psiquiátricos durante muito tempo, segundo informações
do manual. O teste original foi elaborado, em 1960, para preencher a
lacuna da avaliação da maturidade escolar e foi estruturado tendo
como base dois outros instrumentos: Teste de Wartegg e Teste de
Pigem. Há informações no manual e que o teste pode ser usado como
"quebra-gelo", considerando que estabelece fácil contato com a cri-
ança, além de oferecer dados para uma futura orientação.
Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Bettina
Katzenstein Schoenfeldt. Foi publicado, em 1977, pela Vetor Editora
Psico-Pedagógica Ltda. e, em 1999, foi reeditado. No último manual,
não aparecem informações sobre o número da edição ou sobre o ano
da publicação original. Indicações: verificar a maturidade da criança
para iniciar o processo de alfabetização.
Aplicação e material - O teste se destina a crianças de 5 a 9
anos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, a apli-
cação dura 30 minutos. O material constitui-se de manual, caderno
formaM (masculina) e caderno F (feminina), lápis preto e vermelho,
quadro negro, giz e cronômetro.
Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como foi
desenvolvida a construção do instrumento, assim como não apresen-
ta estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARI
MOTORISTA- TESTES DE ATENÇÃO BFM-1
Origem do teste - A BFM - I é fruto da integração da Legis-
lação de Trânsito, da Engenharia de Trânsito, da Educação de Trân-
sito e da Psicologia. A bateria é composta por um conjunto de instru-
mentos destinados à investigaçào, à avaliação, à classificação e à
padronização de funções indispensáveis para o condutor. Segundo o
manual, os testes de atençilo da BFM - 1 não devem ser classifica-
dos como testes de aptidões específicas, mas sim como provas de
investigação das funções mentais.
Dados de identificação- A Bateria foi lançada, em J999, pela
Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição. O
autor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - A BFM - I apresenta provas de aten-
ção, por meio de seis testes, sendo que dois avaliam atenção difusa
(TADIM e TADIM- 2), dois avaliam atenção concentrada (TACOM
-A e TACOM- B) e dois avaliam atenção discriminativa (TADIS-
1 e TADIS- 2). O material do teste é composto por manual, folha de
teste, crivo de correção, caneta e cronômetro. A aplicação pode ser
individual ou coletiva; no caso de coletiva, o manual sugere um m<ixi-
mo de IOou 15 candidatos por aplicação, dependendo da prova.
Cada teste é apresentado em um capítulo do manual; são apre-
sentados os dados relativos à amostra, resultados estatísticos e quali-
dades psicométricas e é precedido por um apanhado teórico a respei-
to da função avaliada.
42 Gui'" de rderência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostras -O TADIM e o TADIM --2 utilizaram 451 pessoas,
camlidatàs a Cnteira Nacional de Habilitação, em São José dos Cam-
pos/SP. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos (não foi
especificado o limite superior do intervalo). No que se refere à esco-
laridade, variou de 1". série a nível superior completo.
A amostra do TACOM - A e do TACOM - B foi composta por
439 pessoas, com idade mínima de 18 anos, candidatas a carteira de
motorista, em Silo José dos Campos/SP. No que se refere à escolari-
dade, variou de 1". série a nível superior completo.
O TADJS -- 1 e o TADIS- 2 contaram com 428 sujeitos com
idade mínima de 18 anos, candidatos a carteira de motorista, em São
José dos Campos/SP. No que se refere à escolaridade, variou de 1'.
série a nível superior completo.
Parâmetros Psicométricos
Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade no TADIM
e no TADIM- 2, no TACOM e no TACOM- A e no TADIS- 1 e
no TADlS - 2, foi utilizado o método das formas paralelas, sendo que
cada patticipante foi submetido à avaliação concomitante, mas não
necessariamente seqüencial, para minimizar o efeito da aprendiza-
gem. Os respectivos coeficientes de correlação de Pearson indica-
ram correlaçõe:> de 0,74, 0,81 e 0,88.
Validade -· Os estudos de validade considerados nos seis ins-
trumentos foram de construto e simultânea. No que se refere à vali-
dade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos
instrumento'; indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pon-
tos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o au-
mento da escolaridade dos sujeitos.
Já em relação à validade simultànea, a Bateria foi correlacionada
com o Teste AC, de Suzy Cambraia; as correlações variaram de 0,55
a 0,78. Os re"ultados da Bateria também foram comparados aos resul-
tados do R-I, indicando correlações entre 0,37 a 0.61 .
BATERIA DE FUNÇÕES Mfu~s PARA
MarorusTA ~ T:e,'TE DE MEMóRIA - BFM-2
Origem do teste- A BFM - 2 é uma bateria composta por um
teste TEMPLAM - Teste de Memória de Placas para Motoristas e
objetiva investigar os processos mnemônicos dos candidatos à obten-
ção da carteira nacional de habilitação. O TEMPLAM foi baseado
no Teste de Memória que compõe a Bateria TS.P. (King, 1956, tra-
duzido e publicado pela Edites, 1969).
Dados de identificação- A Bateria foi lançada. em 2000, pela
Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição, con-
figurando-se como produto nacional. O autor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - O material do teste consiste em
manual, caderno, crivo de apuração, tabela comparativa dos re-
sultados, cronômetro e caneta. A aplicação pode ser feita indivi-
dual ou coletivamente e, no caso de aplicaçiio coletiva, não deve
ultrapassar dez sujeitos por sala. O tempo de aplicação gira em
torno de cinco minutos.
Amostra - Fizeram parte da amostra 926 pessoas, candidatas
à carteira nacional de motorista, de São José dos Campos/SP. A ida-
de dos sujeitos foi superior a 18 anos e o nível de escolaridade variou
de 1". série à superior completo.
Parâmetros Psicométricos
Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade, foi utili-
zado o método de precisão das metades; o coeficiente de correla-
ção foi de 0.79 e o valor estimado pela correção de Spearman-
44 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Brown foi de 0,88. Para o estudo da fidedignidade, a amostra foi
composta por 930 sujeitos.
Validade- As validades consideradas no instrumento foram de
construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o
autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumentos indicam
uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um
aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade
dos sujeito-;. Já em relação à validade simultânea, foram comparados
os resultados do TEMPLAM com os do T.S.P. O coeficiente de cor-
relação de Pearson foi de 0,83.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA
MoTORISTA - TESTE DE RAciocíNIO
LóGICO - BFM-3
Origem do teste - O BFM - 3 faz parte da Bateria de Funções
Mentais, que por sua vez é um conjunto de instrumentos psicológicos
que tem por finalidade investigar as funções mentais relacionadas ao
ato de dirigir. Este instrumento compõe o terceiro volume que investiga
o raciocínio lógico por meio do TRAP - 1 (Teste de Raciocínio de
Placas). De acordo com o manual, o TRAP- I supre uma lacuna na
avaliação psicológica, uma vez que não havia até então teste para ava-
liar o raciocínio de candidatos a carteira de motorista.
Dados de identificação - A Bateria é produto nacional e foi
lançada, em 1999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O au-
tor é Emílio Carlos Tonglet.
Aplicação e material - O material do teste consiste de manu-
al, caderno de teste, folha de respostas, crivo de apuração e crivo de
análise de erros, além de cronômetro e caneta. O tempo médio de
realização do teste é de 18 minutos e 37 segundos e a aplicação pode
ser de maneira individual ou coletiva.
Amostra - Fizeram parte da amostra 613 pessoas, com idade a
partir de 18 anos e com escolaridade de r. série até nível superior.
Os sujeitos eram candidatos a carteira nacional de habilitação, na
cidade de São José dos Campos/SP.
46 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Parâmetros Psicométricos
Fidedignidade- Utilizou-se o método de divisão das metades.
O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,79.
Validade - Os estudos de validade considerados no instrumen-
to foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de
construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumen-
tos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evi-
denciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da
escolaridade dos sujeitos.
Para o estudo de validade simultânea, optou-se pelo uso do R-1
(Rynaldo de Oliveira). O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,82.
BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA
MoTORISTA - BFM-4
Origem do teste- O BFM-4 faz parte de um conjunto de
testes específicos para motoristas (BFM-1, BFM-2 e BFM-3), que
vem colaborar com a investigação dos processos cognitivos dos con-
dutores. A Bateria é composta por dois testes TACOM-C e TACOM-
D, sendo que ambos objetivam avaliar a atenção concentrada.
Dados de identificação - O instrumento é produção nacional
e foi construído por Emílio Carlos Tong1et, em 2002 (1" edição), pela
Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda.
Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou co-
letiva e no caso de coletiva, há uma sugestão de que não seja ultra-
passado o número de dez sujeitos por sala. O teste destina-se para
adultos, candidatos a motoristas, embora não haja no manual a defini-
ção da faixa etária mais apropriada para a realização do teste. O
material consiste de manual, folha de respostas e crivo de apuração.
Amostra - Fizeram parte da amostra 480 sujeitos, candidatos à
Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estão mudando de
categoria, envolvendo universitários, alunos do ensino fundamental e
de curso técnico. A idade variou de 18 a 59 anos.
Parâmetros Psicométricos
Precisão - A fidedignidade foi calculada para os testes que
compõem a bateria. Os resultados dos sujeitos foram comparados
em ambos os testes, considerados paralelos, sendo que o coeficiente
de correlação encontrado foi de 0,82.
48 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Validade - De acordo com o manual, foram realizados dois
estudos de validade: de construto e simultâneo. A validade de construto
é descrita sucintamente em termos da verificação da teoria a respei-
to e por meio da análise dos resultados dos sujeitos no que se refere
à melhora do desempenho de acordo com o aumento do nível escolar.
No que se refere à validade simultânea, os testes da BFM-IV foram
comparados com os de outra Bateria, tendo sido encontrados coefici-
entes de correlação de Pearson de 0,66 e 0,75.
BATERIA DE PROVAS DE RAciocíNio
BPR-5
Origem do teste - Em diferentes situações profissionais do
psicólogo, como por exemplo na orientação profissional, ele é levado
a tomar decisões sustentadas em avaliações das aptidões. São pou-
cos os instrumentos disponíveis no Brasil que se dispõem a esse tipo
de avaliação, sendo que alguns dos existentes encontram-se
desatualizados. Portanto, o BPR-5 foi criado a fim de contribuir para
com este tipo de avaliação. Indicações: fornecer estimativas tanto do
funcionamento cognitivo geral, quanto das forças e fraquezas em cinco
áreas mais específicas (raciocínio abstrato, verbal, visual-espacial,
numérico e mecânico).
Dados de identificação - O BPR-5 originou-se da Bateria de
Provas de Raciocínio Diferencial construída por Almeida (1986), que,
por sua vez, se originou dos Testes de Raciocínio Diferencial de Meuris
(1969). Os autores são Ricardo Primi e Leandro S. Almeida. O ma-
terial foi publicado, em 1998, pela Casa do Psicólogo (1" edição).
Aplicação e material - O material se constitui em manual, dez
cadernos (cinco para cada forma: A e B), folhas de respostas e qua-
tro crivos (dois para cada forma: A e B). A aplicação pode ser indivi-
dual ou coletiva e o tempo destinado à aplicação gira em tomo de 1
hora e 40 minutos (deve preferencialmente ser aplicado em duas ses-
sões). A forma A é indicado para a seguinte faixa etária: 6a, 7a e 8a
séries do ensino fundamental e a forma B, para 1•, 2a e 3• séries do
ensino médio.
50 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra -- Participaram como sujeitos 1.243 pessoas, sendo
472 de Portugal (Braga e Viana do Castelo) e 771 do Brasil (lndaiatuba,
Itatiba, Jundiaí e Mogi Guaçu), ambos os sexos, com os seguintes
níveis instrucionais: 6a, 7a e 8a séries (7°, 8° e 9o anos de Portugal) e 1a,
2a e 3a séries do 2° grau (10°, 11oe 12° anos de Portugal).
Parâmetros Psicométricos
Análise de itens - A análise de itens foi verificada por meio da
análise do índice de dificuldade e do poder discriminativo. Os resulta-
dos indicaram que, de um modo geral, as provas cumpriram os requi-
sitos necessários à composição de escalas precisas.
Precisão-- A precisão foi obtida por meio da aplicação do mé-
todo das metades (Split-halj); os coeficientes de correlação varia-
ram de 0,65 a 0,87. Também foi pesquisada a precisão por meio da
consistência interna com base nos coeficientes de correlação de
Pearson (Alfa I) e a consistência interna com base nos coeficientes
de correlação tetracórica.
Validade- A consistência interna foi verificada e os coeficien-
tes de correlação Tetracórica (Alfa 11) variaram de 0,75 a 0,94. Tam-
bém foi realizada, respectivamente, a análise fatorial da matriz de
correlação entre os cinco subtestes e foram estabelecidas correla-
çôes entre BPR-5 e notas escolares.
BATERIA TSP
Origem do teste - A Bateria TSP foi criada tendo em vista a
necessidade do autor de encontrar um "grupo de testes" validados
pelo editor, para campos básicos de trabalho nas áreas de comércio e
indústria. Os instrumentos existentes na época (por volta de 1947)
eram considerados testes individuais. Indicaçôes: seleção profissio-
nal e avaliação da inteligência.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é
Factored Aptitude Series, de autoria de Joseph E. Ring, tendo sido
publicado por Industrial Psychology, por volta de 1951 (não há a
data precisa no manual). Foi traduzido e adaptado por Clauco Piovani
e publicado pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda.
Aplicação e material- O material do teste constitui-se em ma-
nual, cadernos de testes, caneta e lápis. A aplicação pode ser individual
ou coletiva e o tempo médio é de uma hora. Não há informações sobre
a faixa etária mais indicada para a realização do instrumento.
Amostra - As normas foram obtidas a partir da aplicação da
Bateria TSP em 28.158 sujeitos de diferentes regiões do país, carac-
terizando um estudo de amplitude nacional, realizado entre 1969 e
1973. Não há outros detalhes sobre características da amostra.
Parâmetros Psicométricos
Análise de itens - Foram construídos aproximadamente 70
itens para cada teste, sendo que foram submetidos a uma pesquisa
piloto. Houve a determinação da dificuldade dos itens, oscilando os
coeficientes entre 0,90 e 0,20.
52 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão- A verificação da precisão se deu por meio da apli-
cação do método das metades; o coeficiente de Kuder-Richardson
variou de 0,89 a 0,96. Mas tais resultados foram desprezados, consi-
derando que os itens eram sumamente homogêneos. Novos estudos
foram realizados; o teste-reteste foi aplicado a uma amostra ele 100
sujeitos, com intervalo ele seis meses, revelando coeficientes (não
corrigido) que variaram ele 0,79 a 0,91.
Validade·- A validade elo instrumento foi verificada por meio ela
comparação entre os resultados elo teste e o critério externo, no caso,
as tarefas desenvolvidas pelos sujeitos nas áreas ela indústria e elo
comércio. Os coeficientes são apresentados em tabela. E, ainda, foi
realizada uma análise fatorial entre os testes ela Bateria TSP e outros
instrumentos, como o Minnesota para Escriturários, o Teste para
Pessoal ele Wonclerlic e a Adaptabilidade Mecânica ele Parclue. A
correlação média entre os oito fatores foi ele 0,35.
COMO CHEFIAR?
Origem do teste- É um instrumento para auxiliar na classifi-
cação e reclassificação ele chefes, considerando que ele se propõe a
medir a capacidade ele compreensão elos conhecimentos relaciona-
elos com as tarefas ele chefia.
Dados de identificação - O nome original elo instrumento é
How Survise?, ele autoria ele Quentim W. Filee H. H. Remmos, ten-
do sido publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação
ficou sob responsabilidade ele Eva Nick e foi publicada pelo Centro
Editor de Psicologia Aplicada - CEPA.
Aplicação e material - O teste pode ser aplicado coletiva-
mente e não há limite de tempo. Há indicação ele que o teste deve ser
aplicado em adultos e o material se constitui em manual, caderno ele
questões e chave ele apuração.
Parâmetros Psicométricos
Análise de itens - Os itens foram escolhidos após a aplica-
ção experimental ele duas formas, com 100 itens cada, aplicados
em cerca ele 750 chefes, em dez indústrias. Para cada item, havia
cinco alternativas e a conelação obtida mediante o emprego elas
duas chaves ele apuração, baseada nas respostas ele dois grupos,
foi igual a 0,90.
Precisão- A conelação entre as notas elas formas A e B for-
neceu o coeficiente ele 0,87.
Validade - Foram submetidos à prova 2.209 chefes elos quais
1.417 responderam a ambas as formas. Concluiu-se que o instru-
54 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
mento possui, de acordo com o manual, certo valor para diagnosticar
a capacidade de alcançar posições superiores.
CORNEL INDEX - CI
Origem do teste - O CI surgiu da necessidade de se realizar
uma rápida avaliação psiquiátrica e psicossomática. Foi construído
baseado numa série de questões referente a sintomas neuropsiquiá-
tricos e psicossomáticos, servindo como um histórico psiquiátrico pa-
dronizado e como guia de entrevista diferenciando para pessoas com
distúrbios pessoais e psicossomáticos sérios.
Dados de identificação- O instrumento é produção internaci-
onal- de autoria de Artur Weides, Harold G. Woff, Keerve Brodman,
Bela Mittelmann e David Wechsler -, traduzido para o português por
Jurema Cunha. É editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada
- CEPA, com revisão realizada em 1949. Indicação: avaliação da
personalidade.
Aplicação e material - De acordo com a manual, o teste pode
ser aplicado em pessoas de diversos níveis culturais, inclusive os não
alfabetizados. O material é constituído por manual, chave de correção
das respostas, folha de resposta e folha de apuração. A aplicação pode
ser individual ou coletiva com tempo médio variando de 7 a 15 minutos,
dependendo do grau de instrução do examinando e sua familiarização
com leitura.
Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como fo-
ram desenvolvidos os estudos de validade, precisão e informações
sobre padronização.
CUBOS DE KOHS
Origem do teste - Os Cubos de Kohs constituem um teste de
execução, padronizado para medir a inteligência, sem influência do
fator linguagem. Diversos trabalhos foram desenvolvidos com a apli-
cação dos Cubos em diferentes regiões. No Brasíl. as normas apre-
sentadas no manual são norte-americanas.
Dados de identificação - O nome original do instrumento é
Kohs Test, de autoria de S. C. Kohs. A tradução e a adaptação foram
desenvolvidas por Otacílio Rainho e Catarina de Carvalho Ribeiro. A
data da primeira publicação é 1935 e, no Bra~;il, foi publicado pelo
Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, sendo 1993 a data que
consta do manual.
Aplicação e material- A faixa etária indicada para o uso varia
de crianças a adolescentes, de 5 a 19 anos. O material se constitui
em manual, 16 cubos e folha de registro (teste de execução). A apli-
cação deve ser individual e. em média, ocupa 45 minutos.
Amostra - Não há indicaçôes no manual sobre as característi-
cas da amostra estudada.
Parâmetros Psicométricos
Validade -- A verificação da validade do teste deu-se por meio
de quatro tipos de análise: processo mental empregado, melhores re-
sultados à medid<L que a idade aumenta, conespondência das idades
mentais médias e conelação entre idades mentais, quocientes inte-
lectuais c conceito do professor sobre inteligéncia. Quanto ao pro-
cesso ment~l empregado e melhores resultados ü medida que a idade
aumenta, o autor afirma que o:, Cubos de Kohs se constituiu em uma
SS Guia dê referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
medida de capacidade mental, que oferece melhores resultados de
acordo com o aumento da idade. Quanto à correlação com outros
instrumentos, o Coeficiente de Pearson indicou correlações de 0,82;
0,81; 0,67; 0,80; 0,57 e 0,67 em diferentes amostras, comparando-se
o Teste de Cubos com a Escala de Binet.
Não há informações sobre precisão.
DESENHO DA FIGURA Ifu~IANA
DE WESCHLER
Origem do teste - Desde os primeiros trabalhos de Florence
Goodenough, em 1926, o desenho da figura humana passa a integrar
o repertório de estratégias e técnicas de avaliação infantil, especifi-
camente de inteligência. Com as sugestões de caracterizar a impor-
tância dos fatores emocionais na avaliação, propostos por Haris na
década de I950, basicamente a avaliação centra-se nos aspectos de
investigações afetivas e emocionais. incrementadas pelos estudos de
Koppitz nos anos de 1960. Solange Weschler em um extenso traba-
lho, a partir do final de 1980, revisou os procedimentos utilizados na
avaliação do desenho da figura humana e elaborou a partir de estu-
dos, por meio dos desenhos co!etados. um conjunto de critérios de
avaliação. publicadns no~ pámeiro.;; anos de 1990.
Dados de identificação -· Os estudos foram realizados em
Campinas e também no Distrito Federal, aplicados individual e coleti-
vamenle. Por meio dos indicadores de freqüência nos itens relacio-
nados foram elaboradas categoria:;; de avaliação e caracterizadas as
freqüências de pontuações. O instrumento é indicado na avaliação
da represemação e conceituação da figura humana em crianças dos
sexos masculino e feminino dos 4 aos 11 an0s. Publicado inicialmente
pela Editorai Psy. em 1996. está sendo revisado am avaliação nacio-
nal e publicado pela Editora Livro Pleno ainda em 20m.
Aplicação e material - O instrumento consta de um manual,
fichas de avaliação. nas quais podem ser realizados os desenhos e
avaliadas as pontm•;ões. O tempo de aplicaçãc· é, aproximadamente,
de 20 a 30 minutos e pode ser reuiiZ<1do individualuu coletivamente.
60 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra- A aplicação inical foi tomada com 10.274 crianças
que realizaram dois desenhos e sobre os quais uma amostra sorteada
com 4.782 desenhos (2.391 para cada sexo) foi avaliada para a rea-
lização e identificação dos critérios e análise de freqüências.
Parâmetros Psicométricos - Para elaboração dos itens, fo-
ram os desenhos categorizados e analizados pelo grupo de pesquisa
que identificou nos desenhos do sexo masculino 58 itens e nos femi-
ninos 52, que são pontuados pela sua freqüência.
Validade-Foram realizados estudos quanto a validade de construto
por intemédio da avaliação do desenvolvimento pela idade e o aumento
dos pontos de escoreno teste, posterionnenterealizada análise de variância,
evidenciaram os autores efeitos altamente significativos (p, 0,001) para
as vmiávei!', idade, sexo com os desenhos representados. Um outro estu-
do identificou corelações dos desenhos da figura humana com o teste de
lntegra~·ão Visiomotora de Berry (rr= de 0,57 a 0,67).
Preci.,ão -· Foram realizados estudos por meio da testagem e
retestagern dos desenhos num intervalo de três meses, cujos resulta-
dos evidenciaram indicadores de correlações entre 0,34 a 0,85; to-
mando-se sexo e idades distintas. O alpha de Cronbach apresentou
índices de 0,77 a 0,89; nas idades disitintas e sexo masculino e femi-
nino. Os critério-; de avaliação (indicadores dos desenhos) foram ava-
liados pelo~ métodos dos juízes, nos quais em dois momentos eviden-
ciaram indicadores de concordância entre 0,81 e 1,00.
DESTREZA DIGITAL - TC
Origem do teste- O instrumento foi construído para contri-
buir com a avaliação da destreza digital, aliada à fadiga muscular.
Dados de identificação - O teste foi publicado pela primeira vez,
em 1955, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (ano 7, no 2), com o
título Novo Teste de Coordenação Motora. Após a publicação, os es-
tudos continuaram e, posterionnente, houve o relançamento do material
pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em data não identificada no
manual. João Carvalhaes é o autor do material. Não constam infonna-
ções sobre reedições ou outros estudos mais recentes.
Aplicação e material - O material consiste em folhas de res-
posta, lápis bicolores e manual. A aplicação pode ser individual ou
coletiva e, em média, dura 15 minutos.
Amostra- O estudo relatado no manual foi realizado pelo psi-
cólogo Hélio Soares Brito com 107 sujeitos, divididos em dois grupos.
O objetivo foi determinar sinais de validade do instrumento. Os resul-
tados do teste foram comparados com o Questionário de Julgamento
e os coeficientes de correlação obtidos foram 0,27 e 0,29.
Há ainda no manual uma breve descrição sobre um outro estu-
do desenvolvido em um banco da capital paulista, com uma amostra
de 75 sujeitos. Houve uma comparação entre os resultados do T.C.
com alguns resultados do P.M.K. Os resultados são expressos em
porcentagem.
Parâmetros Psicométricos - Não constam no manual infor-
mações sobre a Validade e a Precisão.
DEZESSEIS PF - QuESTIONÁRIO Dos 16
FATORES DE PERSONALIDADE
Origem do teste - O Questionário dos 16 Fatores de Persona-
lidade foi criado por Raymond Cattell e colaboradores a partir da ela-
boração de um catálogo de traços representando os atributos
observáveis e descritivos de variáveis do comportamento humano, bus-
cando definir e medir objetivamente os componentes básicos da perso-
nalidade que a análise fatorial demonstrou serem unitários na sua natu-
reza. A definição dos traços partiu dos componentes primários da per-
sonalidade, por meio da seleção de 171 itens. No Brasil, utilizaram-se
as duas formas paralelas do 16 PF, a Forma A e B, tendo um total de
187 itens em cada uma. A editora CEPA, Centro Editor de Psicologia
Aplicada, em 1999, publicou a tradução e adaptação da quinta edição,
cujo conteúdo foi atualizado e modificado totalmente.
Dados de identificação- O instrumento 16 PF é de produção
internacional, traduzido e adaptado por Eugênia Moraes de Andrade e
Dulce de Godoy Alves. Editado no Brasil pelo Centro Editor de Psico-
logia Aplicada Ltda - CEPA, sua data original é de 1954. A quinta
edição é composta por 185 itens, cujas opções de respostas possuem
três alternativas, para os seguintes fatores: expansividade, requinte, in-
teligência, auto-suficiência, afirmação, estabilidade emocional, consci-
ência, desenvoltura, brandura, confiança, preocupação, apreensão, aber-
tura a novas experiências, tensão, disciplina e imaginação. Os fatores
de segunda ordem foram substituídos pelos chamados Fatores Globais:
extroversão, rigidez de pensamento, autocontrole, independência e an-
siedade. Apresenta ainda possibilidade de avaliação das tendências de
respostas do examinando: aquiescência, não-freqüência e administra-
ção da imagem. Indicação: teste de personalidade.
64 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indivi-
dual ou coletivamente, sendo que a aplicação dura de 35 a 50 minutos.
Conforme o manual, o teste é aplicado a partir dos 17 anos até a idade
adulta avançada com formas para diferentes níveis de instrução.
O material é constituído por um manual, caderno de aplicação,
chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação
pode ser individual ou coletiva, e embora o teste seja aplicado sem
limite de tempo, em geral as pessoas terminam entre 45 e 60 minutos.
Amostra- O manual apresenta diversos estudos para a atuali-
zação do instrumento em 1962. As idades variaram de 17 a 63 anos e
os sujeitos tinham primeiro grau completo a instrução superior.
Parâmetros Psicométricos
Fidedignidade - A homogeneidade foi medida pelo método de
correlações entre itens.
Validade - Não há informações sobre validade.
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
(DO) - FORMA I E FORMA 11
Origem do teste - O Diagnóstico Organizacional propõe-se
a simplificar o processo de diagnóstico dos processos organizacionais,
à medida que abrevia o tempo despendido e o custo da avalia~~ão.
Ele foi criado para levantar as condições gerais de uma empresa
em 12 áreas e verificar a possibilidade de intervenções no sentido
de mudanças. Permite ainda diagnosticar dentre as áreas analisa-
das aquelas que apresentam maior resistência, relações interpessoais,
padrões de relacionamento, padrões de comunicação, canais de
comunicação, estilos de liderança, processo de tomada de decisões,
planejamento, resolução de problemas, trabalho em equipe, clima
organizacional e motivação.
Dados de identificação - A autora do instrumento é Rosa R.
Krausz. O instrumento é produção nacional, foi lançado pela Casa do
Psicólogo, em 1994. Não há indicações no manual de revisões ou
atualizações.
Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co-
letiva, mas não há informação no manual quanto ao tempo necessário
para a aplicação. O material é composto por manual, folha de regis-
tro, tabela de registro de resposta para formas J e li. O teste é indica-
do para diretores. gerentes e supervisores, com instrução universitá-
ria ou ensino médio completo (forma I), e supervisores e funcionári-
os, com ensino fundamental e o médio incompletos (forma Il).
Parâmetros Psicométricos - No manual não há indicações sobre
a construção do instrumento, sobre padronização, validade e precisão.
DOMINÓS D-48
Origem do teste- O Teste elaborado pelo Centro de Psicolo-
gia Aplicada, de Paris/França, obedece aos mesmos princípios do
Teste Dominós, do exército britânico, e do Group Test J00 A (Teste
Coletivo 100 A). Indicações: medida de inteligência geral.
Dados de identificação- O nome original do instrumento é D-
48, de autoria de Pierre Pichot. Foi publicado pelo Centre de
Psychologie Apliqueé, em 1961. No Brasil, a adaptação ficou sob
responsabilidade de Eva Níck, sendo que o manual mais recente data
de 1999. A publicação brasileira é feita pelo Centro Editor de Psico-
logia Aplicada·- CEPA.
Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi-
vidual ou coletivamente, sendo que o limite de tempo para a realiza-
ção é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de
teste, folha de resposta e crivo de apuração. A faixa etária indicada
pelo manual é a partir de 12 anos.
Parâmetros Psicométricos
Padronização - Dentre as tabelas apresentadas no manual, há
brasileiras, resultantes de diferentes estudos realizados entre 1959 e
1965. No manual mais recente, há um estudo que visa à atualização
ela tabela. A pesquisa contou com 63 sujeitos. sendo 17 elo feminino e
46 elo sexo masculino. O nível ele instrução variou do ensino médio
completo à superior completo, sendo que a predmninância foi de supe-
rior completo.
Precisão- A precisão foi calculada pelo método de divisão dos
itens pares e ímpares, num grupo de 556 pessoas. que fizeram parte
68 Guia de referência: Testes psicológicos comercialiLados no Brasil
da amostra do Centre de Psychologie Appliquée, de Paris. O coefici-
ente conigido pela fórmula de Spearman-Brown foi de 0,89. O reteste
foi realizado com intervalo de aplicação de dois meses, num grupo de
58 pessoas, fornecendo um coeficiente de 0,69.
Validade- Foram realizados diferentes estudos com o objetivo
de verificar a validade do instrumento, são eles: 1) análise fatorial; 2)
correlação com outros testes de inteligência e 3) correlação com cri-
térios externo~.
EscALA DE AvALIAÇÃO DO
COMPORTAMENTO INFANTIL PARA O
PROFESSOR- EACI-P
Origem do teste- A finalidade da EACI-P é fornecer infor-
mações na fase de triagem que possam assistir clínicos e pesquisado-
res na compreensão de alguns aspectos importantes do comporta-
mento das crianças. A escala tenta suprir a falta de instrumentos no
País que visem avaliar a percepção do professor quanto ao compor-
tamento de crianças em sala de aula. A construção da escala partiu
dos itens obtidos na Conners Teacher Rating Scale, da
Comprehensive Teacher Rating Scale, e dos critérios diagnósticos
do DSM-III e DSM-IIIR.
Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gil-
berto Ney Ottoni de Brito, publicado em 1999 pela Entreletras (1a
edição). O instrumento fornece uma estimativa do funcionamento da
criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de com-
portamento: hiperatividade/problema de conduta, funcionamento in-
dependente/socialização positiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade
e socialização negativa; os cinco fatores foram obtidos a partir de
análise fatorial.
Aplicação e material - A escala deve ser preenchida pelo pro-
fessor, que deverá conhecer a criança avaliada há pelo menos dois
meses, e a faixa etária a ser aplicada é de 4 a 14 anos. O preenchimen-
to deve ser preferencialmente feito individualmente, ou seja, sem a
colaboração de psicólogos ou orientadores pedagógicos. Não há tempo
limite para a realização. O material consiste em manual, caderno de
avaliação e folha de pontuação.
70 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Amostra - Fizeram parte da amostra 2.082 escolares, sendo
782 do sexo masculino e 1.300 do feminino, que freqüentavam a pré-
escola e a segunda fase do ensino fundamental de uma escola do
Estado do Rio de Janeiro. A idade média das meninas era 11,5 anos e
dos meninos 10,8 anos. Os professores que preencheram o EACI-P
foram os da amostra com as crianças, todos do sexo feminino. Não
há no manual o número de professores que fizeram parte do estudo.
Parâmetros Psicométricos
Precisão - A precisão do instrumento foi verificada por meio
da aplicação do teste-reteste. O intervalo de aplicação foi de um mês
e a amostra utilizada foi composta por 437 crianças, selecionadas por
escolha randômica de uma amostra de 2.082 sujeitos. Os coeficien-
tes de correlação de Pearson para os cinco fatores hiperatividade/
problema de conduta, funcionamento independente/socialização po-
sitiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade e socialização negativa, fo-
ram: 0,84, 0,71, 0,77, 0,78 e 0,62 respectivamente.
Validade -A validade do instrumento foi determinada por meio
da comparação entre os resultados do EACI-P e os encaminhamen-
tos dos professores das crianças para tratamento. O estudo foi de-
senvolvido com uma amostra de 256 sujeitos. Os resultados não são
apresentados no manual.
EscALAs DE BEcK
Origem do teste - São decorrentes de estudos realizados por
Beck e colaboradores na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia
(Estados Unidos), sobre manifestações patológicas e descritos em
quatro escalas: BDI -Inventário de Depressão, BAI - Inventário de
Ansiedade, BHS - Escala de Desesperança e BSI - Escala de
Ideação Suicida.
Descrição do teste - A elaboração dos itens foi caracterizada
por meio de uma análise teórica, para depois passarem por uma aná-
lise estatística, considerando-se os aspectos conceituais e semânti-
cos. O trabalho foi desenvolvido em três grandes amostras - uma
constituída por pacientes psiquiátricos, outra por pacientes de clínica
médica e uma terceira amostra não clínica por grupos da população.
Enquanto características das escalas têm-se que a BHS é uma esca-
la dicotômica de 20 itens, consistindo em afirmações que envolvem
cognições sobre desesperança; a BSI é constituída por 21 itens do
tipo Likert, que refletem gradações da gravidade de desejos, atitudes
e planos suicidas. A BAI e o BDI são escalas de avaliação da ansie-
dade e depressão, respectivamente, e possuem 21 itens tipo likert
para medir sintomas de ansiedade e depressão compartilhados de
forma mínima. As escalas foram traduzidas e adaptadas para o por-
tuguês por Jurema Alcides Cunha e publicadas pela Editora Casa do
Psicólogo em 2001.
Aplicação e material- O BDI tem uma estimativa de tempo
para realização de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e
cerca de 15 minutos para administração oral, embora pacientes muito
depressivos possam levar até 30 minutos; no BAI a estimativa de
tempo é de 5 a 1Ominutos para auto-administração e IOminutos, em
72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
média, para administração oral; na BHS o tempo de administração é
de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e 10 minutos, em
média, para a oral, embora sujeitos muitos obsessivos possam levar
até 15 minutos, e a BSI tem uma estimativa 5 a 10 minutos para
forma auto-administrada e de 1Ominutos, em média, para a oral. As
escalas podem ser administradas individual, coletiva ou auto-adminis-
tradas a sujeitos de 18 a 80 anos.
Parâmetros Psicométricos
Precisão
Estabilidade temporal
BDI- Os resultados para teste e reteste encontraram estimati-
vas de correlação que variaram de 0,48 a 0,86.
BAI-A estimativa da correlação entre teste e reteste do inven-
tário, usando a versão em português variou de 0.53 a 0.56.
BHS- Na versão em português a estabilidade temporal da es-
cala parece ser muito dependente da amostra em que é testada.
BSI - Na versão em português não foi administrada a vários
grupos, sendo a estimativa de correlação entre teste e reteste, com
dependentes de álcool, de 0.95.
Validade de Conteúdo
BDI- Foi analisado em relação aos critérios diagnósticos do DSM-
111 que, essencialmente, também constituem as características
sintomatológicas de um episódio de depressão maior, segundo o DSM-IV.
BAI- Compreende itens que são representativos de ansiedade
baseados no DSM-IV e apresenta validade de conceito ainda que a
representatividade dos itens não seja completa.
BHS -A maneira como foi desenvolvida, a partir de expectati-
vas de pacientes quando em depressão, garantiu a validade de face
do conteúdo.
BSI - Por ser uma versão de auto-relato da SSI, a análise da
representatividade dos itens da BSI são os mesmos aplicados à SSI.
Escalas de Beck
Validade Convergente
BOI- Foram estimados coeficientes de correlação de 0.45 com
a Escala de Depressão de Hamilton, de 0.62, com a Escala de De-
pressão de Montgomery-Asberg e de 0.58 com a Escala de
Lentificação Motora de Widldcher.
BAI-A correlação do BAI com o IDATE apresenta uma rela-
ção significante de 0.78 com A-Traço e 0.76 com A-Estado.
BHS - Correlação entre a BHS e o escore total do BDI, a BHS
e o escore total do BDI (sem o item 2) e entre a BHS e o item 2 do
BDI, observando-se uma variação da correlação de 0.48 a O.78 em
relação ao BDI; de 0.47 a 0.76 em relação ao BOI (sem o item 2) e
de 0.44 a 0.77 em relação ao item 2 do BDI.
BSI- Na versão em português observou-se uma estimativa de
correlação, em grupos de pacientes psiquiátricos, de 0.55 a 0.83.
Validade Discriminante
BDI - Foi possível constatar que os escores do BDI podem
diferenciar pacientes com queixas psiquiátricas de depressão, paci-
entes com queixas físicas e sujeitos sem queixas específicas.
BAI - Foi possível verificar que o instrumento discrimina os
três grupos (com queixas psiquiátricas, com queixas físicas, sem quei-
xas específicas) em nível significante.
Validade Discriminante
BHS- Na versão em português procurou-se verificar se have-
ria diferença significante, nas médias da BHS, entre pacientes com
transtornos depressivos e pacientes com transtorno de ansiedade ge-
neralizada, constatando-se haver diferença significante entre ambas
as médias.
BSI -Pela análise discriminante dos escores da BSI, foi possí-
vel classificar corretamente 77,54% dos casos.
Validade de Constructo
BDI e BHS- Foi possível fazer uma estimativa de correlação
entre as duas medidas, na qual se observa que os coeficientes de
74 GL.ia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
correlação, na amostra psiquiátrica, variam de 0.48 a 0.73, podendo
ser classificados como de nível médio.
Validade de Constructo
BHS - Verificou-se que se o sujeito tem um escore acima de 9
na BHS tem 6.1355 mais chances de apresentar ideação suicida do
que se o escore é inferior a 9.
BSJ - Em pacientes suicidas, no grupo de pacientes internados
(n=l70), a conelação com o BDI foi de 0.53 e com a BHS foi de
0.57 e no grupo de pacientes ambulatoriais (n=332), apresentou cor-
relação de 0.40 com o BDI e 0.45 com a BHS.
Validade Fatorial
BDI --Numa análise fatorial do Inventário, com rotação varimax,
em uma amostra de 97 pacientes com dependência do álcool, foi possí-
vel extrair três fatores, que pennitiram compor três subescalas, refe-
rentes a sintomas de caráter afetivo, preocupações e desinteresse pela
vida, sendo que a solução fatorial explicou 44,1% da variância total.
BAI --Numa amostra de 379 pacientes com transtornos de an-
siedade, ao:'; quais foi administrada a versão em português, pela aná-
lise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução
fatorial. com quatro fatores que explicam cerca de 57,79% da variância
total.
BHS -Na versão em português, num grupo de 208 pacientes
com episódio de depressão maior, pela análise fatorial com rotação
varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial com três fatores
que explicam cerca de 51,14% da variância total.
BSl -- Na versão em português, num grupo de 138 pacientes
internados. foi desenvolvida uma análise fatorial seguida de rotação
varimax. na qual foram extraídos quatro fatores, com raízes caracte-
rísticas superiores a L sendo a porcentagem de variància total
explicada de 63,26C;f.
EscALA FATORIAL DE AJUSTAMENTO
EMOCIONAL/NEUROTICISMO
Origem do teste- A dimensão neuroticismo/estabilidade emo-
cional é decorrente de estudos fatoriais da personalidade e represen-
tada no modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Fives). Foram os
itens elaborados a partir de pesquisa da literatura e de marcadores
dos traços do conteúdo pelos autores.
Dados de identificação- O instrumento, de autoria de Cláudio S.
Hutz e Carlos H. S. S. Nunes, é de 2001 e foi publicado pela Editora
Casa do Psicólogo. Composto por 82 itens divididos em quatro sub-esca-
las: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depres-
são pode ser aplicado a sujeitos de 15 a 50 anos, de fonna individual e
coletiva. Objetiva assim avaliar características de personalidade com in-
dicações clínicas, de avaliação e aconselhamento, de pesquisa e ensino.
Amostra- Foram tomadas aplicações em estudantes universi-
tários de vários cursos nos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito
FederaL Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Minas Ge-
rais dos sexos masculino e feminino.
Aplicação e material - O instrumento é composto de um ma-
nual, caderno de aplicação, folha de respostas e crivos de con·eção.
Parâmetros Psicométricos
Validade - Foi tomada segundo o manual por meio de análises
fatoriais e representativas nos itens sobre Vulnerabilidade,
Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depressão (19.20; 5.12;
4.35 e 3.09 respectivamente).
76 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil
Precisão - Avaliada por meio do Alpha de Cronbach, variou
nas escalas entre 0,82 a 0,94. Intercorrelações entre as escalas evi-
denciaram valores de 0,25 a 0,92.
EscALA DE INTELIGÊNCIA WESCHLER
PARA CRIANÇAS - 111 EDIÇÃO
Origem do teste -A inteligência pode se manifestar de muitas
formas e Wechsler não concebe a inteligência como uma capacidade
específica, mas como uma entidade agregada e global, a"capacidade
do indivíduo de agir com um propósito, pensar racionalmente e lidar
efetivamente com o seu meio ambiente. Os subtestes do WISC-III
foram selecionados para investigar muitas capacidades mentais dife-
rentes que refletem, juntas, a expressão intelectual geral da criança.
Embora tenha as características essenciais do WISC e de sua revi-
são, a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Revisada
(WISC-R; Wechsler, 1974), o WISC-III apresenta materiais de tes-
te, conteúdo, procedimentos de aplicação e dados normativos mais
atualizados, especialmente para o RS.
Dados de identificação- WISC-III foi desenvolvido para uso
com crianças entre 6 anos e O mês e 16 anos e 11 meses. O limite
inferior sobrepõe-se à faixa do WPPSI-R e o limite superior à faixa
do WAIS-R. O examinador tem uma escolha de instrumento para
usar com crianças de 6 a 16 anos. Segundo o manual, a capacidade
intelectual de uma criança de 6 anos, cuja habilidade está abaixo da
média, pode ser melhor medida pelo WPPSI-R; para outras crianças,
o WISC-111 é a melhor escolha. Como indicações o manual do teste
refere: medida da capacidade intelectual geral, o WISC-III, avalia-
ção psico-educacional, planejamento e colocação educacional, diag-
nóstico de crianças excepcionais, avaliação clínica, Neuropsicológica
e pesquisa. No Brasil, o instrumento foi traduzido e adaptado por
Vera Figueiredo e é comercializado pela Editora Casa do Psicólogo.
Guia de testes psicológicos brasileiros
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Guia de testes psicológicos brasileiros

  • 1. A necessidade de um livro que pudesse orientar ao profissional e ao acadêmico de psicologia na escolha de testes a empregar foi uma constante pela atualização dos instrumentos brasileiros. A Casa do Psicólogo apresenta o Guia de referenciados testes psicológicos comercializados no Brasil como uma obra de informação e consulta atualizada sobre a questão dos testes no pais. Trata-se de um livro cuja principal preocupação está em representar e caracterizar os testes mais atuais na área de Avaliação Psicológica. O leitor irá encontrar em uma linguagem objetiva os conteúdos e as referencias dos instrumentos na sua origem, uma revisão indispensável dos principais indicadores metodológicos dos testes e demais características técnicas dos testes comercializados. Os autores apresentam um trabalho sistematizado e em seguimento, possibilitando ao leitor novas revisões dos testes com qualidade e a atualidade para a qualificação da Avaliação Psicologia no Brasil. ISBN 85-7396-243-7 LJ.,"' I t • Cll ~ .~ 159.938.3 A35lg BII PUC ~i N.Cham 159.938.3 A3Sig i'utor: Alchieri, 1pão Carl Título: Guia de referência :testes psico 111111111111111~111~11111111111111111111111111111111111111 0002443740 Ac.282632 BH PUCMinas N"Pat.:200S ebook CCS Sumário
  • 2. João Carlos Alchieri Ana Paula Porto Noronha Ricardo Primi GuiA DE REFERÊNCIA: TESTES PSICOLÓGICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL ~~~~~~ ~ ~ Casa do Psicólogo® lt__#APESP
  • 3. © 2003 Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, para qualquer finalidade, sem autorização por escrito dos editores. t• Edição 2003 1• Reimpressão 2004 Editores Jngo Bernd Güntert e Silésia Delphino Tosi I'Tpdução Gráfica & Capa Renata Vieira Nunes l:ditoração Eletrônica Cerlos Alexandre Miranda Revisão Gráfica Leila Marco Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Alchieri, João Carlos Guia de referência: testes psicológicos comercializados no Brasil I João Carlos Alchieri, Ana Paula Porto Noronha, Ricardo Primi. -São Paulo- Casa do Psicólogo ®: FAPESP, 2003. Bibliografia. ISBN 85-7396-243-7 1. Psicometria 2. Testes psicológicos 3. Testes Psicológi- cos - Brasil I. Noronha, Ana Paula Porto. II. Primi, Ricardo. Ill. Título. IV. Título: Testes psicológicos comercializados no Brasil. 03-4061 CDD- 150.287 Índices para catálogo sistemático: I. Instrumentos psicológicos 150.287 2. Testes psicológicos 150.287 Impresso no Brasil Printed in Brazil Reservados todos os direitos de publicação em língua portuguesa à ~~ Casa do Psicólogo® Livraria e Editora Ltda. ~~ ~ Rua Mourato Coelho, I059 Vila Madalena 05417-011 SãoPaulo/SP Brasil ~ Tel.: (11) 3034-3600 E-mail: casadopsicologo@casadopsicologo.com.br ~ Site: www.casadopsicologo.com.br Os AUTOREs João Carlos Alchieri é psicólogo, doutor em Psicologia do De- senvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Psicologia Social e da Personalidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio Grande do Narte (UFRN). Ana Paula Porto Noronha é psicóloga, doutora em Psicologia: ciência e profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia da Universidade São Francisco (Mestrado e Doutorado). Pesquisa- dora da linha de construção, validação e padronização de instru- mentos de medida. Membro do Laboratório de Avaliação Psico- lógica e Educacional (LabAPE). Parecerista ad-hoc do Conselho Federal de Psicologia. Membro do Conselho Editorial da revista Psico-USF. Recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pes- quisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPF) (produtividade em pesquisa nível 2), é membro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psi- cológica (IBAP). Ricardo Primi é psicólogo, doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP), com parte desenvolvida na Yale University (EUA). Coordenador do Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE). Re- cebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimen-
  • 4. 6 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil to Científico e Tecnológico (CNPq) (produtividade em pesquisa nível2). Diretor acadêmico de pós-graduação da Universidade São Francis- co, tesoureiro do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) e membro da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Con- selho Federal de Psicologia. Leciona disciplinas de Avaliação Psico- lógica, Estatística e Psicometria e desenvolve trabalhos de pesquisa em Avaliação da Inteligência, Avaliação da Personalidade, Desen- volvimento de Carreira e Teoria de Resposta ao Item. SuMÁRio PREfACIO···················································································· 13 li':STRD,JFNTOS PSICOLÓGICOS COMERCI,LIZADOS :--.lO BRASIL .. 15 Introdução ........................................................................................ 15 Os instrumentos brasileiros ........................................................... 16 Características psicométricas dos instrumentos ........................ 17 Os testes como instrumentos ....................................................... 19 Considerações finais ....................................................................... 23 Referência ......................................................................................... 24 ATE:--.JÇAO CONCENTRAD,- AC ················································ 27 A TENÇAO COI:CENTRADA- AC-15 .......................................... 29 ACRE- TESTE DE ATI.NÇÃO CONCENTRADA, RAPIDEZ E ExATIDÃO .............................................................................. 3 1 ATENÇAO DIFUSA- MEDIDA DE PRONTIDAO MENTL ............ 3 3 AYALIAÇÃO D, CRIATLYIDADE POR FIGljRrS E p ALW&S ......... 3 5 BECASSE- Ann:DES SoctoBrocroN,IS EM cRlAl'çAs PRÉ-ESCOLARES ...................................................................... 3 9 BATERIA DE FCNÇOES ~fEI:TAIS PARA MoTORISTA- TEsTEs DE ATENC;Ao BFM-1 ............................ 41 RTERL DE Fu:--.JçOEs ME::-.:TAIS PAR, MoTORlS'L- TESTE DE ME11ÓRIA BF1J-2 ................................................................. 43
  • 5. 8 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil BATERIA DE Fu~c;õES MEKTAIS PARA MoTORISTA- TESTE DE RACIOCÍNIO LóGICO- BFM-3 ............................................. 4 5 BATERIA DE FuNÇõEs MENTAIS PARA MoTORISTA- BFM-4. 47 BATERIA DE PROVAS DE RAciocíKIO- BPR-5 ........................ 49 BATERIA TSP ·············································································51 C0.10 CHEFIAR? ......................................................................... 53 CoRNEL lNDEX- Cl .................................................................. 55 CcBos DE KoHs ........................................................................ 57 DESENHO DA FIGURA HUiIANA DE WESCHLER ....................... 59 DESTREZA DIGITAL- TC ......................................................... 61 DEZESSEIS PF - QUESTIONÁRIO DOS 16 FATORES DE PERSOJ:JLIDADE ..................................................................... 6 3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL (DO) -FORMA I E Fo~L II ................................................................................ 65 Do?v11Nós D-48 ......................................................................... 6 7 EsCALA DE A V1LlAÇA.O DO COMPORT/uv1ENTO INFANTIL PARA O PROFESSOR-EACI-P .......................................................... 69 Esc1LAS DE BEcK ....................................................................... 71 EscALA FATORIAL DE AJCSTAMENTO EMOCIONAL/ NEUROTICISiIO ....................................................................... 7 5 ESCLA DE lNTELIGÊNCL WESCHLER PARA CRIA~ÇAS- III EDIÇAO .............................................................................. 7 7 EscL DE MATURIDADE Mm..:T1L Cou::'vrniA ........................... 79 EscALAS DE PERSONALIDADE DE CoMREY- CPS .................... 8 3 EscAL DE SociABILIDADE E EMoTIVIDADE- ESE ................. 8 5 Sumário 9 EscL DE STRESSE hF.~:TJL ................................................... 87 EscAL DE T~~STO~':o DE EHBISDE ATE~ço/ HIPE~TlVIDJDF (VERSAO PA~ PROFESSORES) ...................... 89 FIGU~S COMPLEXJS DF REY TESTE DE C(WL E REPRODUÇ;0 DE lviEMÓRJA DE FIGURAS GEO~!(cTRICAS CO.!PU:X1S ............ 91 INVENTARIO DE ADMINISTRAÇ)0 DO TE!PO- ADT ............... 9 3 IN'ENTÁRIO FTORLL DE PFRSOJ:iLID,DF -- IFP .................... 9 5 INVENTÁRio DF H'BILID;OES SociAIS- IHS .......................... 9 7 INVt:J:TÁRIO DE SJNTOM1S DE STREssr: PARA ADt:LTos DE I~IPP (ISSL) ............................................................................ 9 9 INVENTÁRIO E AuTo-AnLISE DOS INTERESSFS PROFISSIO~AIS- IAIP .................................................................................... 101 llivENTÁRio DE Â'SIEDADE T~c~o-EsTADo- IDA1TI ............ 1 O3 INVEJ:T.RIO DE A"-iSIEnDr: TRM;o-EsTDo- IDATE C .... 105 INVENTARIO ~1ULTIFÁSICO DE PERS()NJLIDADE DE J'vfU':NESOTA- l'vflfPI .................................................................................. 1 O7 I~VEJTARIO DE ExPREssAo DE R1I~ coMo EsTADO r T~ÇO - STAXI ................................................................................ 109 LEVAJ:TAMEJ:TO DE lJ:TEREssr:s PRoFISSION.IS- LIP .............. 111 ImE~Nc;, F PoDER ............................................................... 113 MAcQuARRIE TESTE DE RELc;c)Es EsrCJM..; ....................... 11 5 MATRIZES PROGRESSLV.S- EscL i',~Ç"D, ..................... 11 7 MATRIZES PRoGRESSI';S- Esc,L GER,L ............................ 11 9 MATRIZES PROGRESSIY,S COLORID,S ..................................... 121 l'v1EDID. DE FLU~·:~ClA VLRBAL ............................................... 123
  • 6. 10 Guia de referência: Testes psicológicos comercializado~ no Brasil Sumário 11 ~lLIÓRI. R .............................................................................. 125 TESTE DO DESE:fiO DE SILTóR- SDT ................................. 171 ~fTB- SI~RIL BuTH ................................................................ 127 TESTE EDJTFS DF l:TELJGFê::CL- TEI ................................... 173 PROCIVcL DF HABITOS E DFSEIPE~HO TEs11c: EQClrctL11'IHL DE 1:--.:TEUGÊ:CL-EscL 2 E 3 .............. 175 NO ESTllDO- PHD ............................................................... 129 TESTE DE EsTRUTt.R,S VocN:roN.IS- TEV ....................... 177 PROGR.,L DE ATITlTDES DOS PAIS- PAP .......................... 131 TESTE DAS FABlíLrS ................................................................. 179 PRO'. DE Nívu.lfFNT,L ....................................................... 133 TESTE DE FR,SES lNCü!PLETiS COl1 APLIC;(;.0. lND(STRIA- PsiccmLGt--:.JSTico Mrocr~Ímco- PMK ............................. 13 5 FIGS ........................................................................0 . . . . . . . . . . . 181 QtiESTI0:'1 RIO DEA:LLÇo TrPoLóGICA- QUATI ............ 137 TESTE DE 1LTCRilHDE PlRA LEJTCRA ................................... 1 83 QU"STIO:.RIO DESlDERXIWO- QD .................................... 13 9 TESTE 11ETROPOLITAíO DE PRONTJDAO- FOR,L R ............ 1 85 Qt ESTI00ÜRIO DE SA(JDI·: GERAL DF GOLDBERG- QSG .... 141 TESTE 1S MrN!LS MAos- Nh1 ................... 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . 189 Qt'ESTIO:.RH) VOC(J()~;L DE I~TERESSES- QVI .............. 143 TESTE DAS PIR..IIDES DJS CORES- TPC .........ooooooooooooooooooo 1 91 REPRODlC0 DE FIGCR:S ....................................................... 145 TESTE DE PRoNTIDAo EMOCI( JN.L PAR1 JYinToRIST.- TEPEM ..........oooooooooooooo . . . . o . . . . o . . . . o . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . o . . . . oooooooooooooo 193 TESTE DE APEHCEP(;MJ TEMATICA- TAT o . . . . . . . . . . 000 . . 000000 0000000 147 TESTE N.0-VERB,L DE ll:TELIC~F:::iCIA- G36 ...... 00000000000000000 19 5 TESTE DE 1PTID,o AcAD~:nC ....o . . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . 149 TESTE NAO-VERBAL DE lNTELIGÍ~NCL- G38 ...........oooooooooooo 197 Tt·snc: DE CP CID;DES ll:TFLECTI!rIS- TCI ......................o 151 Tr:sTEN;o-vERBiLDEl0JTELIGÊNCL-R-1 .. 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 TESTE CR:CTEROL()GJCO- TCO ........................ 00000000000000000 153 TESTE NAo-vERB;L DE lt--:TELIGÊNCIA P.RA CRIANÇS- TESTE CoLETIü DE lNTELIGF:NCL PARi ADu:ms- CIA ..o 1 55 R-2 .. o . . . . . . . . . . . . . . o . . . o . . oooooooooooooo . . . . . oooooooooooooooo ... o.ooooooooooooooooooooooo 203 TESTE DE Co.n>LFT.!ENTO DEDESF:.0:HOS- VHTECC ..............0 157 TESTE R~VE::i DI-' ÜPERAÇOES LóGICAS- RTLO ................ o 205 TESTE DE CoIPREENSAo MEcANlC- FoKL i; .............. 15 9 TESTE DE RoRsunur ...... o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . o 207 TI·:STEDFC:miPRIJ:0:s.oTf.:cNico-Mr:c..."-:IC- TCThi ....0 . . . . . . . . . . 0 161 Z -TESTE ZcLLIGER ..........0 . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 . . . . . . . . . 209 TEsn: DOS Co:jl:--.:TOS E:IP,REIRDOS .............................. o . . 163 REfERÍ·l:CLS BlBI.!OGRAFICS 000000000000000000000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 TESTE D-70 ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo . . . . . . . . ooooooooooooooooooooooooooo 1 65 TESTE DF DrShIPENl 10 EsuJLR- TDE .................... 0 . . . . . . . . 16 7
  • 7. PREFÁCIO O objetivo principal deste livro está em oferecer aos profissio- nais, professores e acadêmicos uma revisão técnica dos testes brasi- leiros atualmente comercializados, a fim de caracterizar o processo de conhecimento e os procedimentos metodológicos representados nos instrumentos brasileiros. Durante as últimas décadas, com a apre- sentação de novos testes e a necessidade de atualização, exige uma constante informação do profissional. Uma única fonte para sua con- sulta e o acesso de informações complementares são pontos a desta- car neste guia. Sabe-se que por meio das resoluções do Conselho Federal de Psicologia a atualização dos instrumentos será uma exi- gência legal ao exercício da avaliação psicológica nos seus diversos âmbitos. Para tanto, partimos do pressuposto de que os leitores pos- sam, baseados nas informações apresentadas, ampliar suas consul- tas aos manuais e demais obras e, assim, planejarem uma escolha criteriosa dos instrumentos de avaliação psicológica. Esperamos que o conteúdo apresentado e desenvolvido neste guia possa ser um ins- trumento de consulta constante nas atividades de sala de aula, privile- giando a atualização das informações na formação de quem já atua na área e de futuros profissionais. Os autores
  • 8. INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL INTRODUÇÃO Neste volume, são apresentados os instrumentos de avaliação psicológica comercializados atualmente no Brasil. Este material é fruto de trabalhos, iniciados em 1999, e reunidos pelos autores (Noronha, Alchieri & Primi, em 2001) num projeto subsidiado pela FAPESP desde 2001. O leitor irá observar que se incluem aqui a quase totalidade dos instrumentos de avaliação psicológica utilizados no País, sendo que os testes de livre acesso, como desenhos e outras variantes das técnicas não são representados. Esta decisüo está embasada na ausência de uma única editora com dados técnicos desses materi- ais e a conseqüente obtenção oficial de informações, juntamente com uma grande diversidade no uso, que a ausência de normas de utilização permite. Com a presente exposição não se tem a pretensão de apresen- tar uma taxonomia ao instrumental psicológico, que, aliás, é extrema- mente necessária. Pretende-se sim levar o leitor, estudante ou profis- sional, a poder ter rapidamente sanadas suas dúvidas quanto a possí- vel indicação ou não de um teste para um determinando fim. Por outro lado, atualizamos algumas informações complementares a fi- cha técnica dos instrumentos comercializados, em relação a existên- cia de pesquisa, estudos ou mesmo atualização do instrumental psico- lógico disponível no País.
  • 9. 16 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil ÜS INSTRUMENTOS BRASILEIROS A atenção sobre a situação dos testes psicológicos brasileiros esteve presente nas discussões científicas nacionais ao longo de qua- se 50 anos de forma ininterrupta. Os trabalhos de pesquisadores e docentes em desenvolver, implementar, elaborar, aperfeiçoar e adap- tar os instrumentos e técnicas para um uso eficiente e eficaz, é regis- trado na história brasileira desde a década de 1920 (Pasquali & Alchieri, 2001). No Brasil, possuímos um número considerável de instrumen- tos psicológicos autóctones, a despeito de idéias geralmente difundi- das do contrário. Ao longo das últimas décadas, por modificações técnicas, teóri- cas e culturais observamos a necessidade de retificações a adaptações urgentes de nossas técnicas calcadas nas exigências que as transfor- mações socioculturais impõem. Uma dessas características é a veloci- dade e a necessidade do uso e divulgação de informações, cada vez mais precisas, para assessorar a tomada de decisões técnicas. O ensino de instrumentos de avaliação psicológica é basicamente representado como função específica da formação, seja ela no âmbito da graduação ou da pós-graduação. Para muitos psicólogos, esta é a única fonna de estudar a avaliação psicológica e, conseqüentemente, ter aces- so aos frutos da pesquisa. Sem a existência no P<ús de uma cultura do aperfeiçoan:~ento profissional seqüenciado que possa, além de atualizar, capacitar o profissional com novos instrumentos e técnicas, o psicólogo continuará com as mesmas informações oriundas do período de forma- ção (Alchie1i & Bandeira, 2002; Alves, Alchieri & Marques, 2001). Duas grandes obras da psicologia brasileira trataram da atualiza- ção de referências e atualização dos testes psicológicos: a de Van Kolck (1981). com uma publicação extensa sobre os instrumentos e sua ava- liação de características de indicação e uso. e, mais atualmente, a de Cunha (200 I). com a continuidade de uma obra cuja ênfase no proces- so de diagnóstico, representa as principais técnicas utilizadas. Em ambas, a preocupação das autoras deriva da necessidade de aperfeiçoamento e atualizaçiio no uso dos testes e técnicas, mais que a sua exposição dos aspectos técnicos para a escolha desses instrumentos. Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 17 Sabe-se que o uso de instrumentos e técnicas de avaliação psicológica é uma função privativa do psicólogo, ma.;; o que poucos profissionais conhecem é que o seu uso está condicionado a repre- sentação de determinados requisitos técnicos presentes desde sua elaboração. Este é o objetivo principal desta obra, explicitar os as- pectos técnicos da psicometria (estudo da medida psicológica e das características comportamentais representadas nos testes) expostos nos instrumentos nacionais. Um recente relatório técnico (Prieto & Muniz, 2000) da Conlis- são de Testes do Colégio Oficial de Psicólogos (COP) e da Comissão Européia sobre Testes da Federação Européia de Associações Pro- fissionais de Psicólogos (EFPPA), foram apontadas diretrizes inter- nacionais para o estabelecimento de políticas para o uso dos testes psicológicos, amparando a presente investigaçüo. Aliado a perspecti- va dos padrões de excelência para os instrumentos, recentemente foi publicada uma revisão dos Standards for Educational and Psychologica/ Tests (American Educational Research Association, American Psychological Association & National Council on Measurement in Education, 1999); uma referência clássica quanto aos parâmetros dos instrumentos utilizados na avaliação psicológica (ITC, 2001). Inicialmente, é necessário expor, em poucas linhas, os pressu- postos básicos quanto às características psicométricas dos testes, com intuito de amparar e auxiliar a interpretação das informações aqui apresentadas. CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS DOS INSTRUMENTOS Um aspecto fundamental para considerar, antes mesmo das con- dições técnicas de quaisquer instmmentos, diz respeito quanto a con- cepção de medida que será representada no procedimento de avalia- ção pelos testes psicológicos. Tomamos como ponto de partida que qualquer avaliação é uma forma de comparação entre um e outro objeto, e, como tal., é uma
  • 10. 18 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil mensuração, deve claramente representar a validade entre o fenô- meno e os pre~supostos do uso da linguagem matemática. Desde o início da linguagem, a representação matemática como forma parale- la de conceber o mundo se manifestou, desenvolvida e aperfeiçoada com o passar do tempo pelas diversas culturas, representou um avanço do pensamento e de sua abstração. Todas as ciências valem-se de uma forma de análise e representação de suas idéias, mediante o uso da representação matemática de seus fenômenos. Assim podem, além de representar, verificar sob o prisma da equação matemática sua expressão, testando sua pertinência, enquanto observação válida ou não, sob determinadas condições. Os testes são medidas de processos psicológicos, ou seja, são operações empíricas, isto é, científicas, pelas quais a psico- logia analisa o seu objeto de estudo, os processos psíquicos e os comportamentos deles decorrentes. Dessa forma, Pasquali (1999) demonstra que os instrumentos psicológicos fazem a suposição de que a melhor maneira de observar um fenômeno psicológico seja através da medida. É lícito representar os fenômenos psí- quicos com base na linguagem numérica se atendidas suas defi- nições operacionais (axiomas). Esses foram categorizados em três grandes grupos axiomáticos: os axiomas da identidade, da ordem e da aditividade. Os primeiros tratam do conceito de que algo é igual a si mesmo e somente a ele é idêntico, e que se distingue de todas as outras coisas por suas características (identidade). Os números possuem esta similitude conceitual, um número é somente igual a si e repre- senta somente este aspecto, esta semelhança do axioma, se atendida, pode dar a representação fenomênica os mesmos atributos que a identidade numérica. Sua representação pode possibilitar a expres- são nominal as variáveis. Por sua vez, os axiomas da ordem preconizam que os números, não somente são distintos entre si (identidade), mas que esta diferen- ça é expressa também em termos da quantidade, da grandeza e da magnitude. Dessa forma, os números, diferentes entre si, podem ser organizados nessa distinção em uma seqüência invariável, hierarqui- BIBLIOTECA DA PUC Mt., Instrumentos psicológicos comercializados no Bra>il 19 camente definida pelos seus atributos, ao longo de uma escala cres- cente. A representação desse axioma possibilita as operações de or- dem nas variáveis. Os axiomas da aditividade postulam que os números podem ser somados de modo a permitir que de dois números a operação resulte num terceiro e que este seja exatamente a soma das grandezas dos dois números anteriores somados. Sendo uma ação empírica sobre a realidade, a medida, ao se valer de números para descrever os fenômenos, deve representar pelo menos um dos três axiomas expostos acima, o que caracteriza- ria como logicamente legítima. Mantendo o mesmo raciocínio, quanto mais axiomas forem representados no processo da medida, mais úteis se tornam para a representação e a descrição da realidade empírica. Tais pressupostos norteiam o processo de avaliação, pela com- preensão que a teoria fornece. Esta é uma questão extremamente fundamental, os pressupostos da medida, embora importantes no con- texto da aplicabilidade da mensuração, são características, e não de- vem ser tomados como sendo o sentido da medida. São as teorias explicativas do comportamento, que justificam e conseqüentemente revestem de sentido, a necessidade da medida sobre este ou em outro fenômeno. Se esse ponto for descuidado por um profissional, a medida tomada poderá ser interpretada em si mes- ma e, então, o resultado de um procedimento qualquer poderá valer mais que os sentidos teóricos, subjacentes ao entendimento do fenô- meno. Conhecer os axiomas da medida é relevante para dar ao seu uso uma orientação em seus resultados, bem como poder circunscre- ver seus limites e ter desenhado sua abrangência (Pasquali, 1999). ÜS TESTES COMO INSTRUMENTOS Um instrumento pode ser considerado como qualquer meio de estender nossa ação ao meio e, assim, poder minimizar nossas limita- ções em uma ação investigativa da observação, maximizando a efi- cácia da obtenção de dados e os seus resultados.
  • 11. 20 Guia de referência: Testes psicológicos comerciaiizados no Brasil No caso da investigação psicológica, entendendo que possam representar pela medida, uma determinada ação que equivale a um determinado comportamento, e, assim, indiretamente, mensurar este aspecto compo1tamental. Na avaliação psicológica, os testes são ins- trumentos objetivos e padronizados de investigação do comportamen- to, que informam sobre a organização normal dos comportamentos exigidos na execução dos testes (por figuras, sons e formas espaciais), ou de suas perturbações em condições patológicas. Vismn assim ava- liar e quantificar comportamentos observáveis por meio de técnicas e metodologias específicas, embasadas cientificamente em constmctos teóricos que norteiam a análise de seus resultados (Aiken, 1996). A investigação do comportamento pelos testes se dá com a apli- cação de diversas técnicas, apoiadas no tipo ele avaliação que se pretende fazer, ou seja, no que se pretende investigar. Cada teste tem uma descrição metodológica específica, com a finalidade de contro- lar e excluir quaisquer variáveis que venham a interferir no processo e nos resultados, para que se obtenha um resultado preciso das reais condiçõe~ do avaliando. Para que esses testes possam ser utilizados, devem ter a qualidade de sua ação verificada em procedimentos metodológicos, que assegurem sua eficácia e eficiência. Uma das linhas de investigação psicológica, que busca aperfeiçoar as qualida- des dos testes, é denominada de psicometria e tem origem em disci- plinas diversas como a estatística, psicologia experimental, metodológicas e computacional. Na preparação de um instmmento ou teste psicológico, quatro condições são necessárias para garantir a sua qualidade e possibili- dade de uso seguro; a elaboração e análise de itens, estudos da vali- dade, da precisão e de padronização. Inicialmente, num processo denominado de elaboração e análise dos itens, são elaboradas e avaliadas as questões individuais (ítens) de um teste. Este processo tem início com a preparação dos itens para a representação do comportamento (atributo de medida). É necessário poder representar no item todas as possíveis variações que o atributo medido possa assumir, sob pena de não contemplar a diversidade das respostas, e com isso, deixar de medir um ponto do comportamento. Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 21 Na análise dos itens a compreensão de leitura e resposta do item, sua capacidade de avaliar um determinado atributo (comporta- mento), a eficácia da avaliação das questões e a capacidade dos itens em abarcarem todas as possíveis manifestações comportamentais do fenômeno em questão são investigadas. Nessa etapa, é possível ter um grande número de itens que serão avaliados e sua permanên- cia condicionada a satisfação das necessidades técnicas do teste. Não é incomum que muitos itens não sejam aproveitados e, conse- qüentemente, sejam descartados nessa etapa ainda introdutória do trabalho. Como aspecto principal no trabalho de avaliação da quali- dade de um teste estão representadas as seguintes questões: a pre- sença clara e objetiva das informações sobre como foram constmídos os itens, suas principais características, a base teórica que eles repre- sentam na sua medida, as avaliações realizadas pelos autores ou edi- tores que finalizam a escolha de um determinado número para o se- guimento do processo. Sem algum desses pontos fica extremamente difícil entender como os autores construíram o teste desde o início. O próximo passo, em uma segunda etapa, é verificar a validade do teste, em poder descrever um comportamento de modo a garantir que realmente se possa medir aquilo que se propõe. Essa etapa tem dois grandes momentos denominados de validade lógica e empírica, cuja distinção está respaldada na avaliação das respostas dos sujei- tos. É um ponto crucial da elaboração de um teste ter assegurado a verificação dessa qualidade, expressada nas características do con- ceito do comportamento a ser avaliado, das diversas manifestações que ele pode expressar, da equivalência de sua medida com outras formas similares de avaliação e na possibilidade dessa mensuração poder ter um caráter preditivo na avaliação do comportamento. Ge- ralmente é expressa por descrições de avaliação ou análise fatorial (exploratória ou confirmatória), apresentação de comparações (cor- relações) entre dois ou mais instrumentos com medidas semelhantes em estimativas de índice de validade superiores a 0,80. Essas são as pistas que devem encaminhar o leitor ao entendimento do que está descrito em um manual técnico. Sem elas pouco se pode dizer sobre o quanto um teste é válido e com que grau ele mede o que diz aferir.
  • 12. 22 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Numa etapa posterior, é necessário identificar se a medida efe- tuada pelo instrumento pode ser tomada como consistente sem sofrer modificações alheias externas a manifestação do comportamento. O processo denominado de precisão ou fidedignidade tem como objeti- vo verificar a consistência das respostas obtidas pelos sujeitos no teste. É uma maneira de se calibrar o instrumento, ajustá-lo especifi- camente a forma da avaliação. Com auxílio da estatística e procedi- mentos metodológicos é possível comparar o instrumento dentre ou- tras formas semelhantes de ver aquele comportamento, as respostas de grupos de respondentes com outros testes similares, obtendo uma forma de estabilidade das respostas (Pasquali, 2001; Muniz, 1996). O leitor deve estar atento sobre as especificações que constam nos manuais dos testes. Por mais que estes aspectos estejam representa- dos em consideráveis tabelas e gráficos, sua atenção deve focalizar- se no número de sujeitos, tipos de procedimentos utilizados na avalia- ção da precisão (em geral quanto mais forem variados e represen- tando diversos sujeitos com características amostrais distintas, me- lhor), resultados obtidos em margens superiores a coeficientes 0,80 e com uma acurada análise dos autores. Estando satisfeitas todas as condições anteriores, inicia-se um último procedimento que tem como objetivo o estabelecimento de nor- mas para a utilização do teste. Uma primeira norma está na constitui- ção do instrumento (como deve ser apresentado, qual o número de páginas, que tipo de papel e qual disposição dos itens). Uma outra ne- cessidade de normatização está na elaboração da forma de aplicação do teste, para que idade é ele indicado, se pode ser aplicado a um nível de escolaridade distinta ou pode valer para qualquer nível e se há indi- cação de ser aplicado em grupo ou individual. Por fim, um último grupo de normas refere-se à classificação dos resultados obtidos pelos respondentes. Dentre os diversos tipos de normas de resultados (percentil, escores padronizados ou classificação dos comportamen- tos) qual é a mais indicada e como se pode obtê-la. Esta última ainda tem um caráter temporário na manutenção de suas condições, necessi- tando ser atualizada, de tempos em tempos, de forma a garantir, por exemplo, a medida das variações culturais (Anastasi & Urbina, 2000). Instrumentos psicológicos comercializados no Brasil 23 Embora quase todos os testes apresentem normas de compara- ção de resultados, estas devem ser determinadas por um considerá- vel número de sujeitos (representando diversas características como instrução, idade, sexo, escolaridade), provenientes de varias regiões do País ou mesmo do Estado e, principalmente, que esses dados se- jam provenientes de pesquisas recentes, com no máximo dez anos. Aqui como o leitor irá verificar no seguimento do livro, poucos são os testes que atendem essa recomendação. Atendidas as condições psicométricas do instrumento, este, en- tão, é capaz de ser um teste psicológico, utilizado com toda a segu- rança para poder tomar as medidas do fenômeno psicológico. Um ponto fundamental ainda a ressaltar é o da atualização dos testes pelas editoras e de sua informação atualizada na literatura na- cional e no Exterior. Primeiramente cabe a editora a permanente atu- alização do teste e, não simplesmente, de uma nova data na capa do manual, mas também de revisões dos dados, com novas pesquisas. O leitor pode acompanhar facilmente pela Internet ou mesmo nas ba- ses de dados de publicações (periódicos) se um teste apresenta atu- alização ou não, e se a comunidade científica nacional e internacional está investigando ou produzindo estudos com este instrumento. Caso não haja nenhum dado novo ou mesmo significativo em seus resulta- dos, caberá ao psicólogo dar lugar para um outro teste. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentadas essas informações cabe, antes de tudo, escla- recer que os instrumentos serão apresentados em ordem alfabéti- ca do nome de comercialização, pois se pensa que qualquer outra forma de agrupá-los poderia acarretar dúvidas ou alguma dificul- dade na consulta. Como o leitor irá perceber esses testes são re- lacionados no fim, em um sumário de consulta, conforme sua indi- cação. Todas as informações foram obtidas diretamente nos ma- nuais editados pelas respectivas editoras, responsáveis pela sua representação e comercialização.
  • 13. 24 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Quando do final da preparação deste livro, aguardava-se a pu- blicação de uma relação de avaliação sobre os testes psicológicos elaborada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), referente às determinações adotadas nas resoluções 25 e 30 (CFP, 2001). Segun- do informações do próprio CFP, trata-se de um informe sobre o uso dos instrumentos pelos psicólogos em sua atividade e constaria de uma relação dos instrumentos em condições de uso. Como nada ain- da havia sido divulgado até o momento da finalização deste estudo, tomou-se a decisão de apresentar os resultados. Espera-se poder contribuir com informações atuais e organizadas, de forma precisa, para que o leitor tenha condições de uma acertada tomada de deci- são na escolha do instrumento. REFERÊNCIA AIKEN, L. R. (1996). Tests Psicológicos y Evaluación. Mexico: Pratice Hall Hispano. ALCHIERI, J. C.; BANDEIRA, D. R. (2002). Ensino de avaliação psicológica no Brasil. Em R. Primi (Org.). Temas em Avaliação Psicológica (p.p. 35-39). Campinas: IDB Digital/Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP). ALVES, L C. B.; ALCHIERI, J. C.; MARQUES, K. (2001). Panorama Geral do Ensino das Técnicas do Exame Psicológico no Brasil. Anais do I Congresso de Psicologia Clínica. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo/SP, p.p. 10-11. AMERICAN EDUCATIONAL RESEARCH ASSOCIATION, AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION & NATIONAL COUNCIL ON MEASUREMENT IN EDUCATION (1999). Standards for Educational and Psychological Testing. Nova York (EUA): Arnerican Educational Research Association. ANASTASI, A.; URBINA, S. (2000). Testagem Psicológica. Porto Alegre/RS: Artes Médicas. Instrumentos psicológicos comercializados no Bra~il 25 CFP- Conselho Federal de Psicologia (2001). Resolução 25/2001. Disponível no site www.pol.org.br. Consulta feita em 28/12/2001. CFP - Conselho Federal de Psicologia (200 I). Resolução 30/2001. Disponível no www.pol.org.br. Consulta feita em 28/12/ 2001. CUNHA, J. & Co!. (2001). Psicodiagnóstico- V. Porto Alegre: Artes Médicas. ITC - Comisión Internacional de Tests (200I). Diretrices Intemacionales para el uso de los tests. Colégio Oficial de Psicólogos en la página de Internet de www.cop.es/tests/Directrices.htm. Consulta feita em 13/09/2001. MuNIZ, J (Coord). (1996) Psicometria. Madrid. Universitas. NORONHA, AP. P., ALCHIERl, J. C., & PRIMI, R. (2001). Elaboração de um sistema de referência nacional sobre instrumentos de avaliação psicológica: implantação de uma base de dados relaciona! sobre os testes psicológicos comercializados no Brasil. Projeto de Pesquisa financiado pela FAPESP. Processo 2001/13.736-8. PASQUALI, L. (Ecl.) (1999). Instrumentos Psicológicos: manual prático de elaboração. Brasília: LabPAM I IBAPP. PASQUALI, L. (Org.), (2001). Técnicas de Exame Psicológico- TEP- manual (p.p. 195-221). São Paulo: Casa do Psicólogo, Conselho Federal de Psicologia. PASQUALI, L.; ALCHIERI, J. C. (2001). Os Testes Psicológicos no Brasil. Em L. Pasquali (Org.). Técnicas de Exame Psicológico - TEP- manual (p.p. 195-221). São Paulo: Casa do Psicólogo, Conselho Federal de Psicologia. PRIETO, G.; MuNIZ, J. (2000). Um modelo para evaluar la calidad de los tests utilizados em Espaõa. Disponível na página da Internet www.cop.es/tests/modelo.htrn. Consulta feita em 4/12/2000. VAN KOLCK, O. L. (1981 ). Técnicas de exame psicológico e suas aplicações no Brasil. Petrópolis: Vozes, v.2.
  • 14. ATENÇÃO CoNcENTRADA - AC Origem do teste - O Teste de Atenção Concentrada foi de- senvolvido com o objetivo de aumentar o espectro de instrumentos disponíveis para testar e re-testar candidatos que já haviam sido sub- metidos a outras provas de atenção. Dados de identificação - O Teste Atenção Concentrada é uma produção nacional, de autoria de Suzy Vijande Cambraia. Foi editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., originalmente em 1967, sendo que passou por revisões cujas datas não constam do manual avaliado. A última edição é de 2002 e traz pesquisa de- senvolvida em 2001. O objetivo do instrumento é avaliar a capaci- dade que o sujeito tem de manter sua atenção concentrada no tra- balho por um período de tempo. Aplicação e material- Há indicações no manual de que o teste pode ser aplicado em todos os níveis de escolaridade, do analfabeto ao curso superior; não há indicação de limites de ida- de. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, ocupa cinco minutos. O material é composto por manual, crivo de corre- ção e folha de resposta. Amostra-A amostra da pesquisa de 2001 incluiu indivíduos de três Estados, a saber: São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. A idade variou de 17 a 64 anos. As aplicações foram coletivas e individuais. Parâmetros Psicométricos Validade - Ela foi estabelecida por meio da comparação dos resultados do AC com os do Teste de Atenção Concentrada D2. A
  • 15. 28 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil amostra foi composta por 50 sujeitos, estudantes universitários. Os resultados foram submetidos à correlação linear de Pearson e o coe- ficiente foi 0.460. Precisão- Não há informações no manual. ATENÇÃO CONCENTRADA - AC-15 Origem do teste - Ele foi construído para preencher a neces- sidade de verificar a capacidade de atenção dos sujeitos em um perí- odo razoável de tempo, de acordo com o manual. O autor esclarece que esse é um diferencial do instrumento em relação aos demais, ou seja, a capacidade de se manter atento por mais tempo. O teste foi elaborado seguindo o modelo do Minnesota Clerical Test. Dados de identificação - O instrumento é nacional, de autoria de Nestor Efraim Rojas Boccalandro, e foi publicado pela Vetor Edi- tora Psico-Pedagógica Ltda. em 1977. Aplicação e material- O material do teste consiste em manu- al, folha de resposta e crivo de correção. A aplicação pode ser indivi- dual ou coletiva e o tempo é de aproximadamente de 15 minutos. Parâmetros Psicométricos Amostra- Participaram como sujeitos 1.494 candidatos a car- gos de operadores e programadores de processamento de dados em uma instituição financeira da cidade de São Paulo, sendo que o nível instrucional variou de ginasial a supe1ior (superior- 245; colegial- 1.055; ginasial- 194). Validade - Na pesquisa de validação, das 901 mecanógrafas que trabalhavam em turnos diurnos, foram escolhidas 88, de tal ma- neira que se formassem três subgrupos, de acordo com o desempe- nho no exercício da função (acima da média, média e desempenho abaixo da média). O desempenho no trabalho permitiu uma classifi- cação com dois critérios: a) por quantidade de serviço ou produção e b) por qualidade de trabalho e precisão. No que se refere à produção,
  • 16. 30 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil obteve-se o coeficiente de 0,25 para a primeira parte da produção. No que se refere à relação entre o desempenho no teste e qualidade de trabalho, o coeficiente de correlação trisserial na primeira parte foi de 0,58 e na segunda 0,33. Na terceira parte, não se observou correlação. Precisão - A fidedignidade foi calculada por meio da verifica- ção da consistência interna (o AC-15 foi dividido em três partes). Por meio do coeficiente de correlação de Pearson e os resultados encon- trados foram: 0,82, 0,79 e 0,91. ACRE - TESTE DE ATENÇÃO CoNCENTRADA, RAPIDEZ E EXATIDÃO Origem do teste - O instrumento foi criado a fim de ampliar o espectro de técnicas de avaliação disponíveis para os processos de seleção profissional, considerando que, muitas vezes, o candidato é submetido mais de uma vez aos mesmos instrumentos. O autor reco- nhece que o material não é absolutamente original em seu conteúdo, mas de acordo com ele toma mais rica a possibilidade de escolha dos instrumentos psicológicos no exercício das atividades profissionais. Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Flávio Rodrigues da Costa, editado pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em 1999. Ele se destina à mensuração dos fatores que dão nome ao teste, ou seja, atenção, concentração, rapidez e exatidão, e, de acordo com o manual, pode ser utilizado nas mais diversas situações, como na clínica, na psicologia escolar, na orientação vocacional ou na psicologia do trabalho. Aplicação e material- O Teste ACRE pode ser aplicado individual ou coletivamente, sendo que em ambas a<> situações devem ser conserva- das as mesmas instruções. O tempo de realização do sujeito é de três minutos e, embora não haja indicações sobre a faixa etária adequada para melhor realização do instrumento, há uma relação de ocupações profissio- nais nas quais o teste pode ser aplicado (digitadores, datilógrafos, progra- madores de computação, técnicos em processamento de dados, revisores, redatores, telefonistas, operadores de terminais, operadores de leitura de instrumento, arquivadores, bibliotecários, auxiliares administrativos em ge- ral, bancários, motoristas, pilotos de aeronaves, dentre outras). O material consiste em manual, folha de resposta e crivo de apuração.
  • 17. 32 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Amostra - Participaram da amostra 1.197 sujeitos, de ambos os sexos, com idade variando entre 18 e 42 anos, que integravam um processo de seleção profissional para uma empresa de telecomuni- cações da cidade do Rio de Janeiro. Parâmetros Psicométricos- No manual não há dados sobre os estudos de precisão e validade. ATENÇÃO DIFUSA - MEDIDA DE PRONTIDÃO MENTAL Origem do teste - A construção do instrumento justificou-se pela importância de se avaliar os elementos perceptivos. Trata-se de uma prova de desempenho,. que contém pares ele figuras que deverão ser relacionadas, provocando o processo ele percepção, discriminação e reconhecimento. Dados de identificação - O instrumento é produto nacional, de autoria de Clauco Piovani e César M. Piovani. Foi publicado, em 1976, pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda. Não há in- formações sobre estudos de revisão. O instrumento visa a medida psicológica do nível de prontidão possuída pelo sujeito, quer como forma de resposta quer como tipo de atividade mental. Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co- letiva, sendo que o tempo de execução é de sete minutos e 30 segun- dos. O teste pode ser aplicado a sujeitos, independentemente da es- colaridade deles. O material consiste em manual e caderno ele teste. Amostra- Não há informações sobre a amostra de padronização. Parâmetros Psicométricos Precisão - Estudou-se a precisão do teste a partir de uma amostra de 2.500 sujeitos, por meio do teste-reteste. O coeficien- te de correlação de Pearson ofereceu um índice de precisão de 0,83. O intervalo entre as aplicações foi de dois meses. O erro padrão de medida estabelecido foi quatro.
  • 18. 34 Guí~t Je rt:fcr~ncia: Testes psicológicos comercializados no Brasil Validade -· A validade do instrumento foi determinada a partir da realização de Jiferentes estudos, tais como: verificação do índice de dificuldade. comparação dos resultados do mesmo com outros tes- tes, tais corno: Fator P de Cattell, Bateria TSP (índice de correlação de 0,33) e Teste de Toulouse-Pieron (índice de correlação de 0,68). No último estudo. fizeram parte da amostra 250 sujeitos, candidatos que se apresentaram para seleção profissional. Os indivíduos eram adultos, do~ sexos masculino e feminino. O teste foi aplicado em uma amostra de 11.400 sujeitos, de 8 a 69 anos, sem di~.tinção de sexos, escolaridade ou nível socioeconôrnico. Constatou-se que há diferença entre os extremos das idades. O ins- trumento foi correlacionado com uma prova de inteligência- Matri- zes Progrc;;sivas de Raven. O coeficiente de corr-elação de Pearson indicou um índice de 0,35. Além desses trabalhos, três outros foram propostos, o estudo de correlação com a escolaridade, o estudo de corr-elação com a per- sonalidade e o estudo de corr-elação com a profissão. AVALIAÇÃO DA CRIATIVIDADE POR FIGURAS E pALAVRAS Origem do teste -O instrumento constitui-se na versão brasi- leira dos Testes de Criatividade de Tonance, formas verbal e figurai. A justificativa paTa o estudo baseou-se no fato de serem instrumentos muito utilizados, de acordo com a literatura intemacional. A autora do instrumento elaborou normas representativas para estudantes do ensi- no médio e universitário, dada a dificuldade na coleta de dados de nor- mas representativas para as diferentes faixas etárias e educacionais. Dados de identificação - O instrumento original é de autoria de Torrance, e ele se organiza em um teste de criatividade figurai e outro verbal. A presente edição constitui-se em urna versão brasileira do material, sendo que a autora da obra, Solange Wechsler, objetivou padronizar o teste para estudantes de ensino superior e médio. A publicação deu-se em 2002, pela Impressão Digital do Brasil Gráfica e Editora Ltda. O teste vi->a à avalia<;ão da criatividade por meio de figuras e palavras. Aplicação e material - O material compõe-se de um livro téc- nico, caderno de respostas, lápis e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva, sendo o uso grupal o mais comum, e o tempo de execução é de 40 minutos. O teste de criatividade figurai pode ser aplicado isolado ou em conjunto com o teste verbal. Amostra - Cada um dos testes (criatividade figurai e verbal) teve uma amostra específica de padronização e receberão as denomi- nações amostra I e 2 respectivamente, a fim de facilitar a descrição. A amostra 1foi composta por 1.015 sujeitos, sendo 520 do sexo feminino
  • 19. 36 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil e 495 do sexo masculino. Dentre esses indivíduos, 657 eram estudan- tes do ensino médio (J' ao J ano) e 358 cursavam o ensino superior (1" ao 5 ano). Os estudantes freqüentavam escolas e universidades públi- cas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etária variou de 14 a 23 anos, no ensino médio, e de 17 a 28 anos. no ensino superior. Para a aplicação nos estudantes universitários, estiveram re- presentados os cursos de Fisioterapia, Biologia, Engenharia, Arquitetu- ra. Psicologia. Direito, Jornalismo e Pedagogia. A amostra 2 foi composta por 879 sujeitos, sendo 478 do sexo feminino e 401 do sexo masculino. Dentre eles, 629 eram estudantes do ensino rnédio e 250 cursavam o ensino superior. Assim como os sujeitos da amostra I, os da amostra 2 eram estudantes de escolas e universidades públicas e particulares do interior do Estado de São Paulo. A faixa etúria variou de 14 a 21 anos, no ensino médio, e de 17 a 36 anos. no ensino superior. Os cursos representados pelos sujeitos do ensino superior são os mesmos da amostra 1. Parâmetros Psicométricos Precisão -- A precisão foi estudada por meio de dois métodos: teste-reteste e consistência de correção por juízes independentes. A amostra utilizada no teste-retestc foi composta por 53 pessoas, sen- do 35 mulheres e 18 homens, com idade variando entre 18 e 25 anos. Os sujeitos pertenciam ao nível socioeconômico médio e baixo e es- tudavam nll ensino médio e técnico de uma cidade do interior de São Paulo. Os coeficientes de correlação são apresentados em duas ta- belas, para cadJ um dos indicadores criativos avaliados pelo instru- mento. No que se refere à precisão da correção, foram elaborados dez versõe:-; da proposta original de manual de Torrance e Ball, a fim de clarear as con-eçôes para evitar erros. Os juízes eram bolsistas do Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas da PUC-Campinas (LAMP). ~~enhum índice de precisão foi inferior a 0.70. Validade- A pesquisa ue validação incluiu 128 sujeitos, sendo 59 definidos como criativos e 69 definidos corno não criativos ou re- gulares. Para ser considerado indivíduo criativo deveria possuir defi- Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras 37 nição reconhecida aferida por meio de prêmios e distinções recebi- das. A idade dos sujeitos variou entre 18 e 75 anos, sendo a média 33 e os sujeitos eram provenientes de classes média e alta. Foi verificada a validade concorrente e discriminativa do teste de criatividade figurai. No que se refere à validade concorrente, os resultados indicaram dos 15 indicadores de criatividade, apenas três não obtiveram correlação significativa com a produção total do sujeito. Já em relação à valida- de discriminativa entre os grupos, os resultados revelaram que em todas as características figurativas, os indivíduos criativos obtiveram médias maiores que os não criativos.
  • 20. BECASSE - ATITUDES SociOEMOCIONAIS EM CRIANÇAS PRÉ- ESCOLARES Origem do teste - Os dois testes reunidos sob o mesmo título são compostos de oito tarefas diferentes usadas em consultórios psi- cológicos e psiquiátricos durante muito tempo, segundo informações do manual. O teste original foi elaborado, em 1960, para preencher a lacuna da avaliação da maturidade escolar e foi estruturado tendo como base dois outros instrumentos: Teste de Wartegg e Teste de Pigem. Há informações no manual e que o teste pode ser usado como "quebra-gelo", considerando que estabelece fácil contato com a cri- ança, além de oferecer dados para uma futura orientação. Dados de identificação- O instrumento é de autoria de Bettina Katzenstein Schoenfeldt. Foi publicado, em 1977, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. e, em 1999, foi reeditado. No último manual, não aparecem informações sobre o número da edição ou sobre o ano da publicação original. Indicações: verificar a maturidade da criança para iniciar o processo de alfabetização. Aplicação e material - O teste se destina a crianças de 5 a 9 anos. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, a apli- cação dura 30 minutos. O material constitui-se de manual, caderno formaM (masculina) e caderno F (feminina), lápis preto e vermelho, quadro negro, giz e cronômetro. Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como foi desenvolvida a construção do instrumento, assim como não apresen- ta estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.
  • 21. BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARI MOTORISTA- TESTES DE ATENÇÃO BFM-1 Origem do teste - A BFM - I é fruto da integração da Legis- lação de Trânsito, da Engenharia de Trânsito, da Educação de Trân- sito e da Psicologia. A bateria é composta por um conjunto de instru- mentos destinados à investigaçào, à avaliação, à classificação e à padronização de funções indispensáveis para o condutor. Segundo o manual, os testes de atençilo da BFM - 1 não devem ser classifica- dos como testes de aptidões específicas, mas sim como provas de investigação das funções mentais. Dados de identificação- A Bateria foi lançada, em J999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição. O autor é Emílio Carlos Tonglet. Aplicação e material - A BFM - I apresenta provas de aten- ção, por meio de seis testes, sendo que dois avaliam atenção difusa (TADIM e TADIM- 2), dois avaliam atenção concentrada (TACOM -A e TACOM- B) e dois avaliam atenção discriminativa (TADIS- 1 e TADIS- 2). O material do teste é composto por manual, folha de teste, crivo de correção, caneta e cronômetro. A aplicação pode ser individual ou coletiva; no caso de coletiva, o manual sugere um m<ixi- mo de IOou 15 candidatos por aplicação, dependendo da prova. Cada teste é apresentado em um capítulo do manual; são apre- sentados os dados relativos à amostra, resultados estatísticos e quali- dades psicométricas e é precedido por um apanhado teórico a respei- to da função avaliada.
  • 22. 42 Gui'" de rderência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Amostras -O TADIM e o TADIM --2 utilizaram 451 pessoas, camlidatàs a Cnteira Nacional de Habilitação, em São José dos Cam- pos/SP. A idade dos sujeitos variou de 18 a mais de 50 anos (não foi especificado o limite superior do intervalo). No que se refere à esco- laridade, variou de 1". série a nível superior completo. A amostra do TACOM - A e do TACOM - B foi composta por 439 pessoas, com idade mínima de 18 anos, candidatas a carteira de motorista, em Silo José dos Campos/SP. No que se refere à escolari- dade, variou de 1". série a nível superior completo. O TADJS -- 1 e o TADIS- 2 contaram com 428 sujeitos com idade mínima de 18 anos, candidatos a carteira de motorista, em São José dos Campos/SP. No que se refere à escolaridade, variou de 1'. série a nível superior completo. Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade no TADIM e no TADIM- 2, no TACOM e no TACOM- A e no TADIS- 1 e no TADlS - 2, foi utilizado o método das formas paralelas, sendo que cada patticipante foi submetido à avaliação concomitante, mas não necessariamente seqüencial, para minimizar o efeito da aprendiza- gem. Os respectivos coeficientes de correlação de Pearson indica- ram correlaçõe:> de 0,74, 0,81 e 0,88. Validade -· Os estudos de validade considerados nos seis ins- trumentos foram de construto e simultânea. No que se refere à vali- dade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumento'; indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pon- tos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o au- mento da escolaridade dos sujeitos. Já em relação à validade simultànea, a Bateria foi correlacionada com o Teste AC, de Suzy Cambraia; as correlações variaram de 0,55 a 0,78. Os re"ultados da Bateria também foram comparados aos resul- tados do R-I, indicando correlações entre 0,37 a 0.61 . BATERIA DE FUNÇÕES Mfu~s PARA MarorusTA ~ T:e,'TE DE MEMóRIA - BFM-2 Origem do teste- A BFM - 2 é uma bateria composta por um teste TEMPLAM - Teste de Memória de Placas para Motoristas e objetiva investigar os processos mnemônicos dos candidatos à obten- ção da carteira nacional de habilitação. O TEMPLAM foi baseado no Teste de Memória que compõe a Bateria TS.P. (King, 1956, tra- duzido e publicado pela Edites, 1969). Dados de identificação- A Bateria foi lançada. em 2000, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em sua primeira edição, con- figurando-se como produto nacional. O autor é Emílio Carlos Tonglet. Aplicação e material - O material do teste consiste em manual, caderno, crivo de apuração, tabela comparativa dos re- sultados, cronômetro e caneta. A aplicação pode ser feita indivi- dual ou coletivamente e, no caso de aplicaçiio coletiva, não deve ultrapassar dez sujeitos por sala. O tempo de aplicação gira em torno de cinco minutos. Amostra - Fizeram parte da amostra 926 pessoas, candidatas à carteira nacional de motorista, de São José dos Campos/SP. A ida- de dos sujeitos foi superior a 18 anos e o nível de escolaridade variou de 1". série à superior completo. Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Para verificação da fidedignidade, foi utili- zado o método de precisão das metades; o coeficiente de correla- ção foi de 0.79 e o valor estimado pela correção de Spearman-
  • 23. 44 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Brown foi de 0,88. Para o estudo da fidedignidade, a amostra foi composta por 930 sujeitos. Validade- As validades consideradas no instrumento foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumentos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evidenciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeito-;. Já em relação à validade simultânea, foram comparados os resultados do TEMPLAM com os do T.S.P. O coeficiente de cor- relação de Pearson foi de 0,83. BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA MoTORISTA - TESTE DE RAciocíNIO LóGICO - BFM-3 Origem do teste - O BFM - 3 faz parte da Bateria de Funções Mentais, que por sua vez é um conjunto de instrumentos psicológicos que tem por finalidade investigar as funções mentais relacionadas ao ato de dirigir. Este instrumento compõe o terceiro volume que investiga o raciocínio lógico por meio do TRAP - 1 (Teste de Raciocínio de Placas). De acordo com o manual, o TRAP- I supre uma lacuna na avaliação psicológica, uma vez que não havia até então teste para ava- liar o raciocínio de candidatos a carteira de motorista. Dados de identificação - A Bateria é produto nacional e foi lançada, em 1999, pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. O au- tor é Emílio Carlos Tonglet. Aplicação e material - O material do teste consiste de manu- al, caderno de teste, folha de respostas, crivo de apuração e crivo de análise de erros, além de cronômetro e caneta. O tempo médio de realização do teste é de 18 minutos e 37 segundos e a aplicação pode ser de maneira individual ou coletiva. Amostra - Fizeram parte da amostra 613 pessoas, com idade a partir de 18 anos e com escolaridade de r. série até nível superior. Os sujeitos eram candidatos a carteira nacional de habilitação, na cidade de São José dos Campos/SP.
  • 24. 46 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Parâmetros Psicométricos Fidedignidade- Utilizou-se o método de divisão das metades. O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,79. Validade - Os estudos de validade considerados no instrumen- to foram de construto e simultânea. No que se refere à validade de construto, o autor aponta que as tabelas de percentis dos instrumen- tos indicam uma boa uniformização ou distribuição dos pontos, evi- denciando um aumento nos resultados de acordo com o aumento da escolaridade dos sujeitos. Para o estudo de validade simultânea, optou-se pelo uso do R-1 (Rynaldo de Oliveira). O coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,82. BATERIA DE FUNÇÕES MENTAIS PARA MoTORISTA - BFM-4 Origem do teste- O BFM-4 faz parte de um conjunto de testes específicos para motoristas (BFM-1, BFM-2 e BFM-3), que vem colaborar com a investigação dos processos cognitivos dos con- dutores. A Bateria é composta por dois testes TACOM-C e TACOM- D, sendo que ambos objetivam avaliar a atenção concentrada. Dados de identificação - O instrumento é produção nacional e foi construído por Emílio Carlos Tong1et, em 2002 (1" edição), pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda. Aplicação e material - A aplicação pode ser individual ou co- letiva e no caso de coletiva, há uma sugestão de que não seja ultra- passado o número de dez sujeitos por sala. O teste destina-se para adultos, candidatos a motoristas, embora não haja no manual a defini- ção da faixa etária mais apropriada para a realização do teste. O material consiste de manual, folha de respostas e crivo de apuração. Amostra - Fizeram parte da amostra 480 sujeitos, candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e motoristas que estão mudando de categoria, envolvendo universitários, alunos do ensino fundamental e de curso técnico. A idade variou de 18 a 59 anos. Parâmetros Psicométricos Precisão - A fidedignidade foi calculada para os testes que compõem a bateria. Os resultados dos sujeitos foram comparados em ambos os testes, considerados paralelos, sendo que o coeficiente de correlação encontrado foi de 0,82.
  • 25. 48 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Validade - De acordo com o manual, foram realizados dois estudos de validade: de construto e simultâneo. A validade de construto é descrita sucintamente em termos da verificação da teoria a respei- to e por meio da análise dos resultados dos sujeitos no que se refere à melhora do desempenho de acordo com o aumento do nível escolar. No que se refere à validade simultânea, os testes da BFM-IV foram comparados com os de outra Bateria, tendo sido encontrados coefici- entes de correlação de Pearson de 0,66 e 0,75. BATERIA DE PROVAS DE RAciocíNio BPR-5 Origem do teste - Em diferentes situações profissionais do psicólogo, como por exemplo na orientação profissional, ele é levado a tomar decisões sustentadas em avaliações das aptidões. São pou- cos os instrumentos disponíveis no Brasil que se dispõem a esse tipo de avaliação, sendo que alguns dos existentes encontram-se desatualizados. Portanto, o BPR-5 foi criado a fim de contribuir para com este tipo de avaliação. Indicações: fornecer estimativas tanto do funcionamento cognitivo geral, quanto das forças e fraquezas em cinco áreas mais específicas (raciocínio abstrato, verbal, visual-espacial, numérico e mecânico). Dados de identificação - O BPR-5 originou-se da Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial construída por Almeida (1986), que, por sua vez, se originou dos Testes de Raciocínio Diferencial de Meuris (1969). Os autores são Ricardo Primi e Leandro S. Almeida. O ma- terial foi publicado, em 1998, pela Casa do Psicólogo (1" edição). Aplicação e material - O material se constitui em manual, dez cadernos (cinco para cada forma: A e B), folhas de respostas e qua- tro crivos (dois para cada forma: A e B). A aplicação pode ser indivi- dual ou coletiva e o tempo destinado à aplicação gira em tomo de 1 hora e 40 minutos (deve preferencialmente ser aplicado em duas ses- sões). A forma A é indicado para a seguinte faixa etária: 6a, 7a e 8a séries do ensino fundamental e a forma B, para 1•, 2a e 3• séries do ensino médio.
  • 26. 50 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Amostra -- Participaram como sujeitos 1.243 pessoas, sendo 472 de Portugal (Braga e Viana do Castelo) e 771 do Brasil (lndaiatuba, Itatiba, Jundiaí e Mogi Guaçu), ambos os sexos, com os seguintes níveis instrucionais: 6a, 7a e 8a séries (7°, 8° e 9o anos de Portugal) e 1a, 2a e 3a séries do 2° grau (10°, 11oe 12° anos de Portugal). Parâmetros Psicométricos Análise de itens - A análise de itens foi verificada por meio da análise do índice de dificuldade e do poder discriminativo. Os resulta- dos indicaram que, de um modo geral, as provas cumpriram os requi- sitos necessários à composição de escalas precisas. Precisão-- A precisão foi obtida por meio da aplicação do mé- todo das metades (Split-halj); os coeficientes de correlação varia- ram de 0,65 a 0,87. Também foi pesquisada a precisão por meio da consistência interna com base nos coeficientes de correlação de Pearson (Alfa I) e a consistência interna com base nos coeficientes de correlação tetracórica. Validade- A consistência interna foi verificada e os coeficien- tes de correlação Tetracórica (Alfa 11) variaram de 0,75 a 0,94. Tam- bém foi realizada, respectivamente, a análise fatorial da matriz de correlação entre os cinco subtestes e foram estabelecidas correla- çôes entre BPR-5 e notas escolares. BATERIA TSP Origem do teste - A Bateria TSP foi criada tendo em vista a necessidade do autor de encontrar um "grupo de testes" validados pelo editor, para campos básicos de trabalho nas áreas de comércio e indústria. Os instrumentos existentes na época (por volta de 1947) eram considerados testes individuais. Indicaçôes: seleção profissio- nal e avaliação da inteligência. Dados de identificação - O nome original do instrumento é Factored Aptitude Series, de autoria de Joseph E. Ring, tendo sido publicado por Industrial Psychology, por volta de 1951 (não há a data precisa no manual). Foi traduzido e adaptado por Clauco Piovani e publicado pela Edites Empresa Distribuidora de Testes Ltda. Aplicação e material- O material do teste constitui-se em ma- nual, cadernos de testes, caneta e lápis. A aplicação pode ser individual ou coletiva e o tempo médio é de uma hora. Não há informações sobre a faixa etária mais indicada para a realização do instrumento. Amostra - As normas foram obtidas a partir da aplicação da Bateria TSP em 28.158 sujeitos de diferentes regiões do país, carac- terizando um estudo de amplitude nacional, realizado entre 1969 e 1973. Não há outros detalhes sobre características da amostra. Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Foram construídos aproximadamente 70 itens para cada teste, sendo que foram submetidos a uma pesquisa piloto. Houve a determinação da dificuldade dos itens, oscilando os coeficientes entre 0,90 e 0,20.
  • 27. 52 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Precisão- A verificação da precisão se deu por meio da apli- cação do método das metades; o coeficiente de Kuder-Richardson variou de 0,89 a 0,96. Mas tais resultados foram desprezados, consi- derando que os itens eram sumamente homogêneos. Novos estudos foram realizados; o teste-reteste foi aplicado a uma amostra ele 100 sujeitos, com intervalo ele seis meses, revelando coeficientes (não corrigido) que variaram ele 0,79 a 0,91. Validade·- A validade elo instrumento foi verificada por meio ela comparação entre os resultados elo teste e o critério externo, no caso, as tarefas desenvolvidas pelos sujeitos nas áreas ela indústria e elo comércio. Os coeficientes são apresentados em tabela. E, ainda, foi realizada uma análise fatorial entre os testes ela Bateria TSP e outros instrumentos, como o Minnesota para Escriturários, o Teste para Pessoal ele Wonclerlic e a Adaptabilidade Mecânica ele Parclue. A correlação média entre os oito fatores foi ele 0,35. COMO CHEFIAR? Origem do teste- É um instrumento para auxiliar na classifi- cação e reclassificação ele chefes, considerando que ele se propõe a medir a capacidade ele compreensão elos conhecimentos relaciona- elos com as tarefas ele chefia. Dados de identificação - O nome original elo instrumento é How Survise?, ele autoria ele Quentim W. Filee H. H. Remmos, ten- do sido publicado pela The Psychological Corporation. A adaptação ficou sob responsabilidade ele Eva Nick e foi publicada pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA. Aplicação e material - O teste pode ser aplicado coletiva- mente e não há limite de tempo. Há indicação ele que o teste deve ser aplicado em adultos e o material se constitui em manual, caderno ele questões e chave ele apuração. Parâmetros Psicométricos Análise de itens - Os itens foram escolhidos após a aplica- ção experimental ele duas formas, com 100 itens cada, aplicados em cerca ele 750 chefes, em dez indústrias. Para cada item, havia cinco alternativas e a conelação obtida mediante o emprego elas duas chaves ele apuração, baseada nas respostas ele dois grupos, foi igual a 0,90. Precisão- A conelação entre as notas elas formas A e B for- neceu o coeficiente ele 0,87. Validade - Foram submetidos à prova 2.209 chefes elos quais 1.417 responderam a ambas as formas. Concluiu-se que o instru-
  • 28. 54 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil mento possui, de acordo com o manual, certo valor para diagnosticar a capacidade de alcançar posições superiores. CORNEL INDEX - CI Origem do teste - O CI surgiu da necessidade de se realizar uma rápida avaliação psiquiátrica e psicossomática. Foi construído baseado numa série de questões referente a sintomas neuropsiquiá- tricos e psicossomáticos, servindo como um histórico psiquiátrico pa- dronizado e como guia de entrevista diferenciando para pessoas com distúrbios pessoais e psicossomáticos sérios. Dados de identificação- O instrumento é produção internaci- onal- de autoria de Artur Weides, Harold G. Woff, Keerve Brodman, Bela Mittelmann e David Wechsler -, traduzido para o português por Jurema Cunha. É editado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada - CEPA, com revisão realizada em 1949. Indicação: avaliação da personalidade. Aplicação e material - De acordo com a manual, o teste pode ser aplicado em pessoas de diversos níveis culturais, inclusive os não alfabetizados. O material é constituído por manual, chave de correção das respostas, folha de resposta e folha de apuração. A aplicação pode ser individual ou coletiva com tempo médio variando de 7 a 15 minutos, dependendo do grau de instrução do examinando e sua familiarização com leitura. Parâmetros Psicométricos - O manual não indica como fo- ram desenvolvidos os estudos de validade, precisão e informações sobre padronização.
  • 29. CUBOS DE KOHS Origem do teste - Os Cubos de Kohs constituem um teste de execução, padronizado para medir a inteligência, sem influência do fator linguagem. Diversos trabalhos foram desenvolvidos com a apli- cação dos Cubos em diferentes regiões. No Brasíl. as normas apre- sentadas no manual são norte-americanas. Dados de identificação - O nome original do instrumento é Kohs Test, de autoria de S. C. Kohs. A tradução e a adaptação foram desenvolvidas por Otacílio Rainho e Catarina de Carvalho Ribeiro. A data da primeira publicação é 1935 e, no Bra~;il, foi publicado pelo Centro Editor de Psicologia Aplicada- CEPA, sendo 1993 a data que consta do manual. Aplicação e material- A faixa etária indicada para o uso varia de crianças a adolescentes, de 5 a 19 anos. O material se constitui em manual, 16 cubos e folha de registro (teste de execução). A apli- cação deve ser individual e. em média, ocupa 45 minutos. Amostra - Não há indicaçôes no manual sobre as característi- cas da amostra estudada. Parâmetros Psicométricos Validade -- A verificação da validade do teste deu-se por meio de quatro tipos de análise: processo mental empregado, melhores re- sultados à medid<L que a idade aumenta, conespondência das idades mentais médias e conelação entre idades mentais, quocientes inte- lectuais c conceito do professor sobre inteligéncia. Quanto ao pro- cesso ment~l empregado e melhores resultados ü medida que a idade aumenta, o autor afirma que o:, Cubos de Kohs se constituiu em uma
  • 30. SS Guia dê referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil medida de capacidade mental, que oferece melhores resultados de acordo com o aumento da idade. Quanto à correlação com outros instrumentos, o Coeficiente de Pearson indicou correlações de 0,82; 0,81; 0,67; 0,80; 0,57 e 0,67 em diferentes amostras, comparando-se o Teste de Cubos com a Escala de Binet. Não há informações sobre precisão. DESENHO DA FIGURA Ifu~IANA DE WESCHLER Origem do teste - Desde os primeiros trabalhos de Florence Goodenough, em 1926, o desenho da figura humana passa a integrar o repertório de estratégias e técnicas de avaliação infantil, especifi- camente de inteligência. Com as sugestões de caracterizar a impor- tância dos fatores emocionais na avaliação, propostos por Haris na década de I950, basicamente a avaliação centra-se nos aspectos de investigações afetivas e emocionais. incrementadas pelos estudos de Koppitz nos anos de 1960. Solange Weschler em um extenso traba- lho, a partir do final de 1980, revisou os procedimentos utilizados na avaliação do desenho da figura humana e elaborou a partir de estu- dos, por meio dos desenhos co!etados. um conjunto de critérios de avaliação. publicadns no~ pámeiro.;; anos de 1990. Dados de identificação -· Os estudos foram realizados em Campinas e também no Distrito Federal, aplicados individual e coleti- vamenle. Por meio dos indicadores de freqüência nos itens relacio- nados foram elaboradas categoria:;; de avaliação e caracterizadas as freqüências de pontuações. O instrumento é indicado na avaliação da represemação e conceituação da figura humana em crianças dos sexos masculino e feminino dos 4 aos 11 an0s. Publicado inicialmente pela Editorai Psy. em 1996. está sendo revisado am avaliação nacio- nal e publicado pela Editora Livro Pleno ainda em 20m. Aplicação e material - O instrumento consta de um manual, fichas de avaliação. nas quais podem ser realizados os desenhos e avaliadas as pontm•;ões. O tempo de aplicaçãc· é, aproximadamente, de 20 a 30 minutos e pode ser reuiiZ<1do individualuu coletivamente.
  • 31. 60 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Amostra- A aplicação inical foi tomada com 10.274 crianças que realizaram dois desenhos e sobre os quais uma amostra sorteada com 4.782 desenhos (2.391 para cada sexo) foi avaliada para a rea- lização e identificação dos critérios e análise de freqüências. Parâmetros Psicométricos - Para elaboração dos itens, fo- ram os desenhos categorizados e analizados pelo grupo de pesquisa que identificou nos desenhos do sexo masculino 58 itens e nos femi- ninos 52, que são pontuados pela sua freqüência. Validade-Foram realizados estudos quanto a validade de construto por intemédio da avaliação do desenvolvimento pela idade e o aumento dos pontos de escoreno teste, posterionnenterealizada análise de variância, evidenciaram os autores efeitos altamente significativos (p, 0,001) para as vmiávei!', idade, sexo com os desenhos representados. Um outro estu- do identificou corelações dos desenhos da figura humana com o teste de lntegra~·ão Visiomotora de Berry (rr= de 0,57 a 0,67). Preci.,ão -· Foram realizados estudos por meio da testagem e retestagern dos desenhos num intervalo de três meses, cujos resulta- dos evidenciaram indicadores de correlações entre 0,34 a 0,85; to- mando-se sexo e idades distintas. O alpha de Cronbach apresentou índices de 0,77 a 0,89; nas idades disitintas e sexo masculino e femi- nino. Os critério-; de avaliação (indicadores dos desenhos) foram ava- liados pelo~ métodos dos juízes, nos quais em dois momentos eviden- ciaram indicadores de concordância entre 0,81 e 1,00. DESTREZA DIGITAL - TC Origem do teste- O instrumento foi construído para contri- buir com a avaliação da destreza digital, aliada à fadiga muscular. Dados de identificação - O teste foi publicado pela primeira vez, em 1955, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (ano 7, no 2), com o título Novo Teste de Coordenação Motora. Após a publicação, os es- tudos continuaram e, posterionnente, houve o relançamento do material pela Vetor Editora Psico-Pedagógica Ltda., em data não identificada no manual. João Carvalhaes é o autor do material. Não constam infonna- ções sobre reedições ou outros estudos mais recentes. Aplicação e material - O material consiste em folhas de res- posta, lápis bicolores e manual. A aplicação pode ser individual ou coletiva e, em média, dura 15 minutos. Amostra- O estudo relatado no manual foi realizado pelo psi- cólogo Hélio Soares Brito com 107 sujeitos, divididos em dois grupos. O objetivo foi determinar sinais de validade do instrumento. Os resul- tados do teste foram comparados com o Questionário de Julgamento e os coeficientes de correlação obtidos foram 0,27 e 0,29. Há ainda no manual uma breve descrição sobre um outro estu- do desenvolvido em um banco da capital paulista, com uma amostra de 75 sujeitos. Houve uma comparação entre os resultados do T.C. com alguns resultados do P.M.K. Os resultados são expressos em porcentagem. Parâmetros Psicométricos - Não constam no manual infor- mações sobre a Validade e a Precisão.
  • 32. DEZESSEIS PF - QuESTIONÁRIO Dos 16 FATORES DE PERSONALIDADE Origem do teste - O Questionário dos 16 Fatores de Persona- lidade foi criado por Raymond Cattell e colaboradores a partir da ela- boração de um catálogo de traços representando os atributos observáveis e descritivos de variáveis do comportamento humano, bus- cando definir e medir objetivamente os componentes básicos da perso- nalidade que a análise fatorial demonstrou serem unitários na sua natu- reza. A definição dos traços partiu dos componentes primários da per- sonalidade, por meio da seleção de 171 itens. No Brasil, utilizaram-se as duas formas paralelas do 16 PF, a Forma A e B, tendo um total de 187 itens em cada uma. A editora CEPA, Centro Editor de Psicologia Aplicada, em 1999, publicou a tradução e adaptação da quinta edição, cujo conteúdo foi atualizado e modificado totalmente. Dados de identificação- O instrumento 16 PF é de produção internacional, traduzido e adaptado por Eugênia Moraes de Andrade e Dulce de Godoy Alves. Editado no Brasil pelo Centro Editor de Psico- logia Aplicada Ltda - CEPA, sua data original é de 1954. A quinta edição é composta por 185 itens, cujas opções de respostas possuem três alternativas, para os seguintes fatores: expansividade, requinte, in- teligência, auto-suficiência, afirmação, estabilidade emocional, consci- ência, desenvoltura, brandura, confiança, preocupação, apreensão, aber- tura a novas experiências, tensão, disciplina e imaginação. Os fatores de segunda ordem foram substituídos pelos chamados Fatores Globais: extroversão, rigidez de pensamento, autocontrole, independência e an- siedade. Apresenta ainda possibilidade de avaliação das tendências de respostas do examinando: aquiescência, não-freqüência e administra- ção da imagem. Indicação: teste de personalidade.
  • 33. 64 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indivi- dual ou coletivamente, sendo que a aplicação dura de 35 a 50 minutos. Conforme o manual, o teste é aplicado a partir dos 17 anos até a idade adulta avançada com formas para diferentes níveis de instrução. O material é constituído por um manual, caderno de aplicação, chave de correção das respostas e folhas de respostas. A aplicação pode ser individual ou coletiva, e embora o teste seja aplicado sem limite de tempo, em geral as pessoas terminam entre 45 e 60 minutos. Amostra- O manual apresenta diversos estudos para a atuali- zação do instrumento em 1962. As idades variaram de 17 a 63 anos e os sujeitos tinham primeiro grau completo a instrução superior. Parâmetros Psicométricos Fidedignidade - A homogeneidade foi medida pelo método de correlações entre itens. Validade - Não há informações sobre validade. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL (DO) - FORMA I E FORMA 11 Origem do teste - O Diagnóstico Organizacional propõe-se a simplificar o processo de diagnóstico dos processos organizacionais, à medida que abrevia o tempo despendido e o custo da avalia~~ão. Ele foi criado para levantar as condições gerais de uma empresa em 12 áreas e verificar a possibilidade de intervenções no sentido de mudanças. Permite ainda diagnosticar dentre as áreas analisa- das aquelas que apresentam maior resistência, relações interpessoais, padrões de relacionamento, padrões de comunicação, canais de comunicação, estilos de liderança, processo de tomada de decisões, planejamento, resolução de problemas, trabalho em equipe, clima organizacional e motivação. Dados de identificação - A autora do instrumento é Rosa R. Krausz. O instrumento é produção nacional, foi lançado pela Casa do Psicólogo, em 1994. Não há indicações no manual de revisões ou atualizações. Aplicação e material- A aplicação pode ser individual ou co- letiva, mas não há informação no manual quanto ao tempo necessário para a aplicação. O material é composto por manual, folha de regis- tro, tabela de registro de resposta para formas J e li. O teste é indica- do para diretores. gerentes e supervisores, com instrução universitá- ria ou ensino médio completo (forma I), e supervisores e funcionári- os, com ensino fundamental e o médio incompletos (forma Il). Parâmetros Psicométricos - No manual não há indicações sobre a construção do instrumento, sobre padronização, validade e precisão.
  • 34. DOMINÓS D-48 Origem do teste- O Teste elaborado pelo Centro de Psicolo- gia Aplicada, de Paris/França, obedece aos mesmos princípios do Teste Dominós, do exército britânico, e do Group Test J00 A (Teste Coletivo 100 A). Indicações: medida de inteligência geral. Dados de identificação- O nome original do instrumento é D- 48, de autoria de Pierre Pichot. Foi publicado pelo Centre de Psychologie Apliqueé, em 1961. No Brasil, a adaptação ficou sob responsabilidade de Eva Níck, sendo que o manual mais recente data de 1999. A publicação brasileira é feita pelo Centro Editor de Psico- logia Aplicada·- CEPA. Aplicação e material- O instrumento pode ser aplicado indi- vidual ou coletivamente, sendo que o limite de tempo para a realiza- ção é de 25 minutos. O material consiste em manual, caderno de teste, folha de resposta e crivo de apuração. A faixa etária indicada pelo manual é a partir de 12 anos. Parâmetros Psicométricos Padronização - Dentre as tabelas apresentadas no manual, há brasileiras, resultantes de diferentes estudos realizados entre 1959 e 1965. No manual mais recente, há um estudo que visa à atualização ela tabela. A pesquisa contou com 63 sujeitos. sendo 17 elo feminino e 46 elo sexo masculino. O nível ele instrução variou do ensino médio completo à superior completo, sendo que a predmninância foi de supe- rior completo. Precisão- A precisão foi calculada pelo método de divisão dos itens pares e ímpares, num grupo de 556 pessoas. que fizeram parte
  • 35. 68 Guia de referência: Testes psicológicos comercialiLados no Brasil da amostra do Centre de Psychologie Appliquée, de Paris. O coefici- ente conigido pela fórmula de Spearman-Brown foi de 0,89. O reteste foi realizado com intervalo de aplicação de dois meses, num grupo de 58 pessoas, fornecendo um coeficiente de 0,69. Validade- Foram realizados diferentes estudos com o objetivo de verificar a validade do instrumento, são eles: 1) análise fatorial; 2) correlação com outros testes de inteligência e 3) correlação com cri- térios externo~. EscALA DE AvALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO INFANTIL PARA O PROFESSOR- EACI-P Origem do teste- A finalidade da EACI-P é fornecer infor- mações na fase de triagem que possam assistir clínicos e pesquisado- res na compreensão de alguns aspectos importantes do comporta- mento das crianças. A escala tenta suprir a falta de instrumentos no País que visem avaliar a percepção do professor quanto ao compor- tamento de crianças em sala de aula. A construção da escala partiu dos itens obtidos na Conners Teacher Rating Scale, da Comprehensive Teacher Rating Scale, e dos critérios diagnósticos do DSM-III e DSM-IIIR. Dados de identificação - O instrumento é de autoria de Gil- berto Ney Ottoni de Brito, publicado em 1999 pela Entreletras (1a edição). O instrumento fornece uma estimativa do funcionamento da criança na escola em relação a cinco dimensões diferentes de com- portamento: hiperatividade/problema de conduta, funcionamento in- dependente/socialização positiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade e socialização negativa; os cinco fatores foram obtidos a partir de análise fatorial. Aplicação e material - A escala deve ser preenchida pelo pro- fessor, que deverá conhecer a criança avaliada há pelo menos dois meses, e a faixa etária a ser aplicada é de 4 a 14 anos. O preenchimen- to deve ser preferencialmente feito individualmente, ou seja, sem a colaboração de psicólogos ou orientadores pedagógicos. Não há tempo limite para a realização. O material consiste em manual, caderno de avaliação e folha de pontuação.
  • 36. 70 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Amostra - Fizeram parte da amostra 2.082 escolares, sendo 782 do sexo masculino e 1.300 do feminino, que freqüentavam a pré- escola e a segunda fase do ensino fundamental de uma escola do Estado do Rio de Janeiro. A idade média das meninas era 11,5 anos e dos meninos 10,8 anos. Os professores que preencheram o EACI-P foram os da amostra com as crianças, todos do sexo feminino. Não há no manual o número de professores que fizeram parte do estudo. Parâmetros Psicométricos Precisão - A precisão do instrumento foi verificada por meio da aplicação do teste-reteste. O intervalo de aplicação foi de um mês e a amostra utilizada foi composta por 437 crianças, selecionadas por escolha randômica de uma amostra de 2.082 sujeitos. Os coeficien- tes de correlação de Pearson para os cinco fatores hiperatividade/ problema de conduta, funcionamento independente/socialização po- sitiva, inatenção, neuroticismo/ansiedade e socialização negativa, fo- ram: 0,84, 0,71, 0,77, 0,78 e 0,62 respectivamente. Validade -A validade do instrumento foi determinada por meio da comparação entre os resultados do EACI-P e os encaminhamen- tos dos professores das crianças para tratamento. O estudo foi de- senvolvido com uma amostra de 256 sujeitos. Os resultados não são apresentados no manual. EscALAs DE BEcK Origem do teste - São decorrentes de estudos realizados por Beck e colaboradores na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (Estados Unidos), sobre manifestações patológicas e descritos em quatro escalas: BDI -Inventário de Depressão, BAI - Inventário de Ansiedade, BHS - Escala de Desesperança e BSI - Escala de Ideação Suicida. Descrição do teste - A elaboração dos itens foi caracterizada por meio de uma análise teórica, para depois passarem por uma aná- lise estatística, considerando-se os aspectos conceituais e semânti- cos. O trabalho foi desenvolvido em três grandes amostras - uma constituída por pacientes psiquiátricos, outra por pacientes de clínica médica e uma terceira amostra não clínica por grupos da população. Enquanto características das escalas têm-se que a BHS é uma esca- la dicotômica de 20 itens, consistindo em afirmações que envolvem cognições sobre desesperança; a BSI é constituída por 21 itens do tipo Likert, que refletem gradações da gravidade de desejos, atitudes e planos suicidas. A BAI e o BDI são escalas de avaliação da ansie- dade e depressão, respectivamente, e possuem 21 itens tipo likert para medir sintomas de ansiedade e depressão compartilhados de forma mínima. As escalas foram traduzidas e adaptadas para o por- tuguês por Jurema Alcides Cunha e publicadas pela Editora Casa do Psicólogo em 2001. Aplicação e material- O BDI tem uma estimativa de tempo para realização de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e cerca de 15 minutos para administração oral, embora pacientes muito depressivos possam levar até 30 minutos; no BAI a estimativa de tempo é de 5 a 1Ominutos para auto-administração e IOminutos, em
  • 37. 72 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil média, para administração oral; na BHS o tempo de administração é de 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e 10 minutos, em média, para a oral, embora sujeitos muitos obsessivos possam levar até 15 minutos, e a BSI tem uma estimativa 5 a 10 minutos para forma auto-administrada e de 1Ominutos, em média, para a oral. As escalas podem ser administradas individual, coletiva ou auto-adminis- tradas a sujeitos de 18 a 80 anos. Parâmetros Psicométricos Precisão Estabilidade temporal BDI- Os resultados para teste e reteste encontraram estimati- vas de correlação que variaram de 0,48 a 0,86. BAI-A estimativa da correlação entre teste e reteste do inven- tário, usando a versão em português variou de 0.53 a 0.56. BHS- Na versão em português a estabilidade temporal da es- cala parece ser muito dependente da amostra em que é testada. BSI - Na versão em português não foi administrada a vários grupos, sendo a estimativa de correlação entre teste e reteste, com dependentes de álcool, de 0.95. Validade de Conteúdo BDI- Foi analisado em relação aos critérios diagnósticos do DSM- 111 que, essencialmente, também constituem as características sintomatológicas de um episódio de depressão maior, segundo o DSM-IV. BAI- Compreende itens que são representativos de ansiedade baseados no DSM-IV e apresenta validade de conceito ainda que a representatividade dos itens não seja completa. BHS -A maneira como foi desenvolvida, a partir de expectati- vas de pacientes quando em depressão, garantiu a validade de face do conteúdo. BSI - Por ser uma versão de auto-relato da SSI, a análise da representatividade dos itens da BSI são os mesmos aplicados à SSI. Escalas de Beck Validade Convergente BOI- Foram estimados coeficientes de correlação de 0.45 com a Escala de Depressão de Hamilton, de 0.62, com a Escala de De- pressão de Montgomery-Asberg e de 0.58 com a Escala de Lentificação Motora de Widldcher. BAI-A correlação do BAI com o IDATE apresenta uma rela- ção significante de 0.78 com A-Traço e 0.76 com A-Estado. BHS - Correlação entre a BHS e o escore total do BDI, a BHS e o escore total do BDI (sem o item 2) e entre a BHS e o item 2 do BDI, observando-se uma variação da correlação de 0.48 a O.78 em relação ao BDI; de 0.47 a 0.76 em relação ao BOI (sem o item 2) e de 0.44 a 0.77 em relação ao item 2 do BDI. BSI- Na versão em português observou-se uma estimativa de correlação, em grupos de pacientes psiquiátricos, de 0.55 a 0.83. Validade Discriminante BDI - Foi possível constatar que os escores do BDI podem diferenciar pacientes com queixas psiquiátricas de depressão, paci- entes com queixas físicas e sujeitos sem queixas específicas. BAI - Foi possível verificar que o instrumento discrimina os três grupos (com queixas psiquiátricas, com queixas físicas, sem quei- xas específicas) em nível significante. Validade Discriminante BHS- Na versão em português procurou-se verificar se have- ria diferença significante, nas médias da BHS, entre pacientes com transtornos depressivos e pacientes com transtorno de ansiedade ge- neralizada, constatando-se haver diferença significante entre ambas as médias. BSI -Pela análise discriminante dos escores da BSI, foi possí- vel classificar corretamente 77,54% dos casos. Validade de Constructo BDI e BHS- Foi possível fazer uma estimativa de correlação entre as duas medidas, na qual se observa que os coeficientes de
  • 38. 74 GL.ia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil correlação, na amostra psiquiátrica, variam de 0.48 a 0.73, podendo ser classificados como de nível médio. Validade de Constructo BHS - Verificou-se que se o sujeito tem um escore acima de 9 na BHS tem 6.1355 mais chances de apresentar ideação suicida do que se o escore é inferior a 9. BSJ - Em pacientes suicidas, no grupo de pacientes internados (n=l70), a conelação com o BDI foi de 0.53 e com a BHS foi de 0.57 e no grupo de pacientes ambulatoriais (n=332), apresentou cor- relação de 0.40 com o BDI e 0.45 com a BHS. Validade Fatorial BDI --Numa análise fatorial do Inventário, com rotação varimax, em uma amostra de 97 pacientes com dependência do álcool, foi possí- vel extrair três fatores, que pennitiram compor três subescalas, refe- rentes a sintomas de caráter afetivo, preocupações e desinteresse pela vida, sendo que a solução fatorial explicou 44,1% da variância total. BAI --Numa amostra de 379 pacientes com transtornos de an- siedade, ao:'; quais foi administrada a versão em português, pela aná- lise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial. com quatro fatores que explicam cerca de 57,79% da variância total. BHS -Na versão em português, num grupo de 208 pacientes com episódio de depressão maior, pela análise fatorial com rotação varimax, foi possível encontrar uma solução fatorial com três fatores que explicam cerca de 51,14% da variância total. BSl -- Na versão em português, num grupo de 138 pacientes internados. foi desenvolvida uma análise fatorial seguida de rotação varimax. na qual foram extraídos quatro fatores, com raízes caracte- rísticas superiores a L sendo a porcentagem de variància total explicada de 63,26C;f. EscALA FATORIAL DE AJUSTAMENTO EMOCIONAL/NEUROTICISMO Origem do teste- A dimensão neuroticismo/estabilidade emo- cional é decorrente de estudos fatoriais da personalidade e represen- tada no modelo dos Cinco Grandes Fatores (Big Fives). Foram os itens elaborados a partir de pesquisa da literatura e de marcadores dos traços do conteúdo pelos autores. Dados de identificação- O instrumento, de autoria de Cláudio S. Hutz e Carlos H. S. S. Nunes, é de 2001 e foi publicado pela Editora Casa do Psicólogo. Composto por 82 itens divididos em quatro sub-esca- las: Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depres- são pode ser aplicado a sujeitos de 15 a 50 anos, de fonna individual e coletiva. Objetiva assim avaliar características de personalidade com in- dicações clínicas, de avaliação e aconselhamento, de pesquisa e ensino. Amostra- Foram tomadas aplicações em estudantes universi- tários de vários cursos nos Estados do Rio Grande do Sul, Distrito FederaL Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e Minas Ge- rais dos sexos masculino e feminino. Aplicação e material - O instrumento é composto de um ma- nual, caderno de aplicação, folha de respostas e crivos de con·eção. Parâmetros Psicométricos Validade - Foi tomada segundo o manual por meio de análises fatoriais e representativas nos itens sobre Vulnerabilidade, Desajustamento Psicosocial, Ansiedade e Depressão (19.20; 5.12; 4.35 e 3.09 respectivamente).
  • 39. 76 Guia de referência: Testes psicológicos comercializados no Brasil Precisão - Avaliada por meio do Alpha de Cronbach, variou nas escalas entre 0,82 a 0,94. Intercorrelações entre as escalas evi- denciaram valores de 0,25 a 0,92. EscALA DE INTELIGÊNCIA WESCHLER PARA CRIANÇAS - 111 EDIÇÃO Origem do teste -A inteligência pode se manifestar de muitas formas e Wechsler não concebe a inteligência como uma capacidade específica, mas como uma entidade agregada e global, a"capacidade do indivíduo de agir com um propósito, pensar racionalmente e lidar efetivamente com o seu meio ambiente. Os subtestes do WISC-III foram selecionados para investigar muitas capacidades mentais dife- rentes que refletem, juntas, a expressão intelectual geral da criança. Embora tenha as características essenciais do WISC e de sua revi- são, a Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - Revisada (WISC-R; Wechsler, 1974), o WISC-III apresenta materiais de tes- te, conteúdo, procedimentos de aplicação e dados normativos mais atualizados, especialmente para o RS. Dados de identificação- WISC-III foi desenvolvido para uso com crianças entre 6 anos e O mês e 16 anos e 11 meses. O limite inferior sobrepõe-se à faixa do WPPSI-R e o limite superior à faixa do WAIS-R. O examinador tem uma escolha de instrumento para usar com crianças de 6 a 16 anos. Segundo o manual, a capacidade intelectual de uma criança de 6 anos, cuja habilidade está abaixo da média, pode ser melhor medida pelo WPPSI-R; para outras crianças, o WISC-111 é a melhor escolha. Como indicações o manual do teste refere: medida da capacidade intelectual geral, o WISC-III, avalia- ção psico-educacional, planejamento e colocação educacional, diag- nóstico de crianças excepcionais, avaliação clínica, Neuropsicológica e pesquisa. No Brasil, o instrumento foi traduzido e adaptado por Vera Figueiredo e é comercializado pela Editora Casa do Psicólogo.