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A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA


                                                                           Ivani Fassbinder
                                                                        Paulina Fassbinder
                                                                   Roberta Cerqueira Leite
                                                           Claucimera Cumerlatto Lovison




RESUMO


A temática desta pesquisa e o debate em sala de aula sobre esse tema surgiram porque a
gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade na
adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus
filhos que nascerão e de suas famílias. A adolescência é um período de vida que merece
atenção, pois esta transição entre a infância e a idade adulta pode resultar em problemas
futuros para o desenvolvimento de um determinado indivíduo. É nessa etapa da vida do ser
humano que se apresentam as mudanças físicas e emocionais que podem gerar momentos de
conflitos ou de crise. Não se pode descrever a adolescência como uma simples adaptação às
transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa,
uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo de convívio diário. No Brasil,
a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhos de adolescentes, número que
representa três vezes mais que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes tem
menos de quinze anos, não tem condições financeiras e nem emocionais para assumir a
maternidade, e por causa da repressão familiar, muitas fogem de casa e a maioria delas
abandona os estudos. Segundo os especialistas, quando a atividade sexual tem como resultado
a gravidez, gera consequências tardias, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido,
pois poderão apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, tanto emocionais
quanto comportamentais, e ainda, problemas educacionais e de aprendizagem.


Palavras-chave: Adolescência. Sexualidade. Gravidez precoce. Família. Desenvolvimento
emocional.
1. INTRODUÇÃO


       A adolescência é considerada um período de adaptação às transformações corporais,
mas muito mais importante que isso, é uma fase fundamental no ciclo existencial da pessoa
humana. Caracteriza-se como uma fase que ocorre entre a infância e a idade adulta, dos 11
aos 19 anos de idade, na qual há muitas transformações, tanto físicas como psicológicas,
possibilitando o surgimento de comportamentos irreverentes e desafiantes com os outros, e o
questionamento dos modelos e padrões infantis que são necessários ao próprio crescimento.
       As mudanças físicas ocorrem devido ao aumento da produção hormonal neste período,
o que pode provocar uma alteração das emoções. Assim, é explicada a perda de controle e
desequilíbrio psicológico do adolescente. No entanto, para a análise do comportamento, essa
alteração das emoções pode ser explicada através do papel do ambiente em sua vida, ou seja,
seus comportamentos podem ser frutos de uma interação com um ambiente punitivo e
comportamentos inadequados.
       Contudo, no Brasil a adolescência possui diferentes configurações, pois depende da
classe social em que o adolescente está inserido. Nas classes mais privilegiadas, é entendida
como um período de experimentação sem grandes conseqüências emocionais, econômicas e
sociais, onde o adolescente não assume responsabilidades, pois se dedica apenas aos estudos e
espera chegar à sua vida adulta. Enquanto nas classes mais baixas, que representam
aproximadamente 70 milhões de adolescentes com menos de 18 anos, os riscos do
experimentar novas experiências são maiores e não há a possibilidade de se dedicar somente
aos estudos, tornando a adolescência um período que antecederá a constituição da própria
família.
       Diante desses fatores, surge o problema da gravidez cada vez mais precocemente
concebida entre os adolescentes e os educadores e pais se perguntando por que a gravidez na
adolescência ocorre com mais incidência a cada ano que passa, apesar do progresso nas
informações sobre o tema e as várias formas de se evitar esse mal que atinge grande parte dos
adolescentes.
       A pesquisa sobre o tema foi feita mediante a leitura de livros e artigos, e pesquisa na
internet feita por alunos do Ensino Fundamental, com idade entre dez a treze anos.
Posteriormente, realizou-se um debate sobre o tema, que contou com a presença de vários
grupos de alunos, sendo que estes elaboraram previamente as perguntas que seriam trocadas
entre eles. Além deles, estavam presentes alguns professores e Técnicos de Apoio da Escola,
que direcionaram as questões e realizaram o serviço de fotos e filmagens.
2. O COMPORTAMENTO SEXUAL DOS ADOLESCENTES


       O comportamento sexual do adolescente é classificado de acordo com o grau de
seriedade. Vai desde o "ficar" até o namorar. "Ficar" é um tipo de relacionamento íntimo sem
compromisso de fidelidade entre os parceiros. Em muitos casos, o casal começa "ficando" e
evoluem para o namoro. No namoro a fidelidade é considerada muito importante. O namoro
estabelece uma relação verdadeira com um parceiro sexual, e na puberdade, o interesse sexual
coincide com a vontade de namorar.
       Acompanhando as alterações hormonais, o comportamento sexual do adolescente é
um produto de fatores culturais presentes no ambiente, que erotiza cada vez mais as relações
sociais. Assim, pode-se entender melhor o que acontece no comportamento sexual do
adolescente, pois parece que algumas vezes comporta-se por imitação. Esses comportamentos
resultam em conseqüências mais punitivas do que reforçadoras, a exemplo da própria
gravidez na adolescência.

       Em relação ainda ao comportamento sexual do adolescente, considerando essa
análise, pode-se dizer que filmes, músicas ou novelas atuam como estímulo para que o
adolescente inicie precocemente sua vida sexual, obtendo como reforço imediato o prazer
de experimentar tal situação.

                                  Durante as décadas de 70 e 80, a produção de filmes com a
                                  "exploração sexual" de adolescentes foi grande; Hollywood apelou
                                  para os adolescentes por serem o maior segmento da população que
                                  vai aos cinemas. Muitos são os filmes que lidam com o sexo na
                                  adolescência, porém de maneira inadequada, pois nestes, a relação
                                  sexual e a contracepção estão muito distantes, além de favorecerem a
                                  promiscuidade (STRASBURGER, 1999).

       Estes filmes podem ser vistos como incentivadores para que o adolescente inicie sua
vida sexual sem medidas contraceptivas, favorecendo em conseqüência disto, a gravidez na
adolescência. Por causa disso, o comportamento sexual do adolescente pode ser visto como
sendo mais um produto de contingências ambientais do que meramente um efeito derivado
de mudanças hormonais. Ligada à fase da adolescência está a puberdade, que marca o início
da vida reprodutiva da mulher. Esta é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e
psicológicas da adolescência. Por isso, uma gravidez na adolescência provocaria mudanças
ainda maiores na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Portanto, a
adolescente precisa de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova
situação.
3. POSSÍVEIS RAZÕES QUE ESTIMULAM A GRAVIDEZ PRECOCE


       Observa-se que grande maioria das adolescentes não assume diante da família a sua
sexualidade, nem o uso do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim
sendo, além da falta ou a má utilização de meios contraceptivos, a gravidez e o risco de
engravidar podem estar associados com a falta ou a redução da auto-estima, ao funcionamento
inadequado da família, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável a uma
família moderna, ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece
ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação
sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem
contra a gravidez precoce.
       Sabe-se que o número de adolescentes que engravidam aumenta progressivamente e
em idades cada vez mais precoces, pois a idade da primeira menstruação tem se adiantado por
volta de quatro meses por década do século XX, sendo que a idade média para que ocorra é de
doze a treze anos e meio, expondo a adolescente a engravidar cada vez mais cedo.
       Atualmente, a inserção feminina no mercado de trabalho também pode ser vista como
um evento socializador, o que há alguns anos atrás ocorria somente entre os homens. Essa
transformação da mulher aconteceu em função do custo de vida elevado da atualidade,
levando-a a trabalhar fora, deixando de cuidar apenas dos filhos e da casa como antes fazia.
Por essa razão, entre outras, a gravidez na adolescência causa preocupações à sociedade, pois
os jovens muitas vezes encontram-se despreparados para enfrentar o mercado de trabalho, o
que pode torná-los marginalizados, agravando o quadro de pobreza do país.
       Outra razão que leva muitas jovens a engravidar é o abuso sexual, que pode ser
definido como um envolvimento de crianças ou adolescentes em uma atividade sexual contra
a própria vontade. Todos os níveis de abuso podem ter conseqüências psicológicas
devastadoras e os resultados físicos desta violência são: fraturas, contaminação por doenças
sexualmente transmissíveis e a gravidez.
       Uma outra variável importante na gravidez durante a adolescência é a influência
religiosa exercida sobre o comportamento sexual dos adolescentes. Fica claro o importante
papel orientador das instituições religiosas, já que são poderosos meios de comunicação e
formadores de opinião. No entanto, há a necessidade de se tornarem aliadas às práticas
preventivas das instituições de saúde pública destinadas aos adolescentes, enfatizando a
questão da responsabilidade em assumir uma vida sexual ativa, não de uma forma
preconceituosa, para que o adolescente possa desfrutar de uma vida sexual saudável no futuro.
Um outro inconveniente da gravidez durante a adolescência, diz respeito às funções
fisiológicas, ou seja, as adolescentes representam um grupo de alto risco obstétrico, pois
apresentam um elevado nível de complicações quando comparadas às demais, além de
favorecer o nascimento de bebês prematuros, ou quando a mãe possui idade inferior a 13
anos, tem duas vezes e meia a mais possibilidade de gerar um bebê com baixo peso.
       Por meio de pesquisas, sabe-se que é comum acontecer casos de adolescentes que
engravidam porque suas próprias mães também engravidaram durante a adolescência ou
iniciaram precocemente a vida sexual. Outro fator importantíssimo e que, segundo estudos
realizados por acadêmicos de cursos superiores ligados à saúde, adolescentes que
engravidam percebem a família pouco unida, com baixo nível de comunicação entre seus
membros e normalmente, os pais não vivem juntos, acarretando assim a baixa renda familiar.
Enquanto isso, aquelas jovens que não engravidam sentem um grande senso de união e força
familiar.
       De acordo com Sidman (1995), “vários jovens convivem com um ambiente familiar
punitivo promovendo, de alguma maneira, para que estes deixem seus lares”. Deixar a família
para estudar longe de casa ou para trabalhar é visto pela sociedade como algo altamente
aceitável, desde que os pais acompanhem a trajetória de seus filhos e nunca deixem de
dialogar sobre este e outros assuntos.
                                    São muitos os adolescentes que veem na gravidez e
                                    conseqüentemente em um casamento precoce, a possibilidade de
                                    esquivarem-se de um ambiente familiar escasso em reforçamento
                                    positivo compensatório. (SIDMAN, 1995).




4. RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA E A ESCOLA


       Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolher o
novo fato com harmonia, respeito e colaboração, ela tem maior probabilidade de ser levada
normalmente e sem grandes transtornos. Porém, havendo rejeição, conflitos traumáticos de
relacionamento, punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se
profundamente só nesta experiência difícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar
abortar, sair de casa, submeter-se a toda sorte de atitudes que acredita serem as melhores para
resolver o seu problema.
       Em famílias que possuem comunicação e relacionamento adequados, é bem menos
provável que ocorra a gravidez na adolescência. Além disso, especialistas em argumentam
que filhas de pais separados ou solteiros possuem maior probabilidade para engravidarem
nessa fase, atribuindo tal fato à ausência do pai na família, embora o mesmo não ocorra
quanto ao comportamento sexual dos garotos.
       A escola possui importância fundamental na educação de um indivíduo,
normalmente, serve como uma continuação ou complementação da educação recebida no
âmbito familiar, No entanto, os indicadores nacionais mostram uma situação calamitosa
quanto ao perfil das jovens gestantes; muitas possuem o primeiro grau incompleto e a
escolaridade da adolescente mostra-se altamente defasada em relação à própria idade.
       É fundamental que tanto a família quanto a escola assumam a responsabilidade de
formar e informar às jovens para que consolidem uma visão positiva da própria sexualidade e
tornem-se capazes de tomar de decisões maduras e responsáveis.


5. QUESTÕES ELABORADAS PELOS ALUNOS PARA O DEBATE


       As questões debatidas em sala de aula pelos alunos da 3ª Fase do 3º Ciclo foram
elaboradas nas aulas de Língua Portuguesa e estão relacionadas a seguir:
       1- Qual é a melhor forma que os pais devem utilizar para manter os filhos informados
sobre a sexualidade?
       2- Como evitar a gravidez na adolescência? Qual é a principal forma de combatê-la?
       3- Como será a vida de uma adolescente após uma gravidez não planejada? E o que a
família deve fazer nessa situação?
       4- O que deve fazer o pai da criança, sabendo que ele tem a mesma responsabilidade
no caso?
       5- Como conscientizar os adolescentes sobre esse assunto?
       6- Por que a maioria dos filhos das mães adolescentes não tem os pais presentes? A
quem cabe essa irresponsabilidade?
       7- Por que muitas adolescentes grávidas escolhem fazer aborto e não assumem a
criança ou até acabam morrendo?
       8- Qual a porcentagem de adolescentes grávidas no Brasil?
       9- Com tantas medidas de prevenção hoje em dia, por que as adolescentes ainda
engravidam?
       14- Quais as consequências que podem ser geradas pela gravidez na adolescência?
       10- Quais são os riscos que as meninas correm ao engravidar na adolescência?
       11- Quais são as sequelas que a gravidez na adolescência pode deixar?
12- Que atitudes devem ser tomadas a partir do momento que a adolescente já está
grávida?
       13- Como ficam os estudos das adolescentes nessa situação? Por que as maiorias das
adolescentes param de estudar quando estão grávidas?
       14- O que a escola deve ensinar aos adolescentes e jovens a fim de prevenir e/ou
planejar a gravidez na adolescência?
       15- E se acaso ocorrer a gravidez, como a família e a escola podem ajudar?
       16- A discriminação popular leva os adolescentes a praticar o crime de aborto?
       17- Você é a favor do aborto? O que você pensa sobre isso? Será que o aborto é a
atitude correta?
       18- Quais as conseqüências de um aborto?
       19- Por que na maioria dos casos as meninas são as culpadas e os meninos não são
nem lembrados?
       20- O que os meninos podem e devem fazer para assumir essa responsabilidade?
       21- Você é a favor ou contra a atitude dos pais de colocarem pra fora de casa as
adolescentes que engravidam? Por quê? Por que algumas até saem da casa da família e são
abandonadas?
       22- Você acha justo, as meninas grávidas, e também os meninos que são pais na
adolescência, serem vistos com outros olhos pela sociedade? Por quê?
       23- Qual a porcentagem atual de casos de gravidez na adolescência, no Brasil?
       24- A partir de que idade acontece a gravidez na adolescência?
       25- O que você faria (PARA UM MENINO) se tivesse engravidado uma menina?
       26- Em que a gravidez vai interferir na vida do adolescente?
       27- Se a gravidez foi um acidente e os dois não se gostam, eles devem ficar juntos e
assumir a responsabilidade ou separados um do outro?
       28- Como você gostaria que seus pais reagissem com a notícia de uma gravidez?
       29- A relação sexual é um assunto muito sério e deveria acontecer apenas entre os
adultos, mas infelizmente não é a realidade de hoje. Por isso, você acha que é a hora certa de
transar? A relação sexual foi com a pessoa certa? Não foi um ato muito precipitado? Você não
deveria ter esperado o momento certo?
       30- Se isso fosse o seu caso, como você estaria se sentindo: feliz, triste, decepcionado
(a), assustado (a)?
       31- O que você faria (PARA UMA MENINA) se o pai da criança não quisesse
assumir e você não tivesse condições de criar o filho?
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS


       Acredita-se que a grande quantidade de Gravidez na Adolescência pode acontecer
devido a vários fatores internos e externos. Sabe-se que o despertar sexual tem surgido cada
vez mais cedo entre os adolescentes. Estes, impulsionados pela força de seus instintos,
juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua independente
determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contrariam com facilidade as
normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos dos familiares e começam,
avidamente, o exercício da sexualidade. Essa pode ser uma das causas incidentes do grande
número de adolescentes que engravidam nessa fase. Associado a isso, pode haver a relação
íntima com o contexto familiar, que tem responsabilidades diretas com a época em que se
inicia a atividade sexual dos adolescentes.
       A vida sexual de muitos adolescentes começa precocemente e sem informação
adequada, e ainda falta diálogo e afetividade entre pais e filhos. Esses adolescentes,
principalmente as meninas, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram a vida
sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.




7. REFERÊNCIAS

BALLONE G. J - Gravidez na Adolescência - in. PsiqWeb, Internet. Disponível em
<http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/adoelesc3.html> Acessado em 24 de agosto de
2010.

BUENO, Gláucia da Motta. Psicóloga. Tese de Mestrado. Variáveis de risco para a
gravidez          na           adolescência.           Disponível         no        site
http://www.virtualpsy.org/infantil/gravidez.html. Acessado em 25 de agosto de 2010.

STRASBURGER, V. C. (1999). Os adolescentes e a mídia: impacto psicológico. Porto
Alegre: Artes Médicas Sul.

SIDMAN, M. Coerção e suas explicações (pp. 104 – 134). Campinas: Editorial Psy.
(1995).

GALLETTA, M. A. (1999) Garotas de classe média. Órgão Oficial do Conselho Regional
de Medicina do Estado de São Paulo: Jornal do Cremesp, Ano XVIII, 145, 9.

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A gravidez na adolescencia

  • 1. A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Ivani Fassbinder Paulina Fassbinder Roberta Cerqueira Leite Claucimera Cumerlatto Lovison RESUMO A temática desta pesquisa e o debate em sala de aula sobre esse tema surgiram porque a gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade na adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias. A adolescência é um período de vida que merece atenção, pois esta transição entre a infância e a idade adulta pode resultar em problemas futuros para o desenvolvimento de um determinado indivíduo. É nessa etapa da vida do ser humano que se apresentam as mudanças físicas e emocionais que podem gerar momentos de conflitos ou de crise. Não se pode descrever a adolescência como uma simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo de convívio diário. No Brasil, a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhos de adolescentes, número que representa três vezes mais que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes tem menos de quinze anos, não tem condições financeiras e nem emocionais para assumir a maternidade, e por causa da repressão familiar, muitas fogem de casa e a maioria delas abandona os estudos. Segundo os especialistas, quando a atividade sexual tem como resultado a gravidez, gera consequências tardias, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido, pois poderão apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, tanto emocionais quanto comportamentais, e ainda, problemas educacionais e de aprendizagem. Palavras-chave: Adolescência. Sexualidade. Gravidez precoce. Família. Desenvolvimento emocional.
  • 2. 1. INTRODUÇÃO A adolescência é considerada um período de adaptação às transformações corporais, mas muito mais importante que isso, é uma fase fundamental no ciclo existencial da pessoa humana. Caracteriza-se como uma fase que ocorre entre a infância e a idade adulta, dos 11 aos 19 anos de idade, na qual há muitas transformações, tanto físicas como psicológicas, possibilitando o surgimento de comportamentos irreverentes e desafiantes com os outros, e o questionamento dos modelos e padrões infantis que são necessários ao próprio crescimento. As mudanças físicas ocorrem devido ao aumento da produção hormonal neste período, o que pode provocar uma alteração das emoções. Assim, é explicada a perda de controle e desequilíbrio psicológico do adolescente. No entanto, para a análise do comportamento, essa alteração das emoções pode ser explicada através do papel do ambiente em sua vida, ou seja, seus comportamentos podem ser frutos de uma interação com um ambiente punitivo e comportamentos inadequados. Contudo, no Brasil a adolescência possui diferentes configurações, pois depende da classe social em que o adolescente está inserido. Nas classes mais privilegiadas, é entendida como um período de experimentação sem grandes conseqüências emocionais, econômicas e sociais, onde o adolescente não assume responsabilidades, pois se dedica apenas aos estudos e espera chegar à sua vida adulta. Enquanto nas classes mais baixas, que representam aproximadamente 70 milhões de adolescentes com menos de 18 anos, os riscos do experimentar novas experiências são maiores e não há a possibilidade de se dedicar somente aos estudos, tornando a adolescência um período que antecederá a constituição da própria família. Diante desses fatores, surge o problema da gravidez cada vez mais precocemente concebida entre os adolescentes e os educadores e pais se perguntando por que a gravidez na adolescência ocorre com mais incidência a cada ano que passa, apesar do progresso nas informações sobre o tema e as várias formas de se evitar esse mal que atinge grande parte dos adolescentes. A pesquisa sobre o tema foi feita mediante a leitura de livros e artigos, e pesquisa na internet feita por alunos do Ensino Fundamental, com idade entre dez a treze anos. Posteriormente, realizou-se um debate sobre o tema, que contou com a presença de vários grupos de alunos, sendo que estes elaboraram previamente as perguntas que seriam trocadas entre eles. Além deles, estavam presentes alguns professores e Técnicos de Apoio da Escola, que direcionaram as questões e realizaram o serviço de fotos e filmagens.
  • 3. 2. O COMPORTAMENTO SEXUAL DOS ADOLESCENTES O comportamento sexual do adolescente é classificado de acordo com o grau de seriedade. Vai desde o "ficar" até o namorar. "Ficar" é um tipo de relacionamento íntimo sem compromisso de fidelidade entre os parceiros. Em muitos casos, o casal começa "ficando" e evoluem para o namoro. No namoro a fidelidade é considerada muito importante. O namoro estabelece uma relação verdadeira com um parceiro sexual, e na puberdade, o interesse sexual coincide com a vontade de namorar. Acompanhando as alterações hormonais, o comportamento sexual do adolescente é um produto de fatores culturais presentes no ambiente, que erotiza cada vez mais as relações sociais. Assim, pode-se entender melhor o que acontece no comportamento sexual do adolescente, pois parece que algumas vezes comporta-se por imitação. Esses comportamentos resultam em conseqüências mais punitivas do que reforçadoras, a exemplo da própria gravidez na adolescência. Em relação ainda ao comportamento sexual do adolescente, considerando essa análise, pode-se dizer que filmes, músicas ou novelas atuam como estímulo para que o adolescente inicie precocemente sua vida sexual, obtendo como reforço imediato o prazer de experimentar tal situação. Durante as décadas de 70 e 80, a produção de filmes com a "exploração sexual" de adolescentes foi grande; Hollywood apelou para os adolescentes por serem o maior segmento da população que vai aos cinemas. Muitos são os filmes que lidam com o sexo na adolescência, porém de maneira inadequada, pois nestes, a relação sexual e a contracepção estão muito distantes, além de favorecerem a promiscuidade (STRASBURGER, 1999). Estes filmes podem ser vistos como incentivadores para que o adolescente inicie sua vida sexual sem medidas contraceptivas, favorecendo em conseqüência disto, a gravidez na adolescência. Por causa disso, o comportamento sexual do adolescente pode ser visto como sendo mais um produto de contingências ambientais do que meramente um efeito derivado de mudanças hormonais. Ligada à fase da adolescência está a puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher. Esta é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Por isso, uma gravidez na adolescência provocaria mudanças ainda maiores na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Portanto, a adolescente precisa de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.
  • 4. 3. POSSÍVEIS RAZÕES QUE ESTIMULAM A GRAVIDEZ PRECOCE Observa-se que grande maioria das adolescentes não assume diante da família a sua sexualidade, nem o uso do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou a má utilização de meios contraceptivos, a gravidez e o risco de engravidar podem estar associados com a falta ou a redução da auto-estima, ao funcionamento inadequado da família, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável a uma família moderna, ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez precoce. Sabe-se que o número de adolescentes que engravidam aumenta progressivamente e em idades cada vez mais precoces, pois a idade da primeira menstruação tem se adiantado por volta de quatro meses por década do século XX, sendo que a idade média para que ocorra é de doze a treze anos e meio, expondo a adolescente a engravidar cada vez mais cedo. Atualmente, a inserção feminina no mercado de trabalho também pode ser vista como um evento socializador, o que há alguns anos atrás ocorria somente entre os homens. Essa transformação da mulher aconteceu em função do custo de vida elevado da atualidade, levando-a a trabalhar fora, deixando de cuidar apenas dos filhos e da casa como antes fazia. Por essa razão, entre outras, a gravidez na adolescência causa preocupações à sociedade, pois os jovens muitas vezes encontram-se despreparados para enfrentar o mercado de trabalho, o que pode torná-los marginalizados, agravando o quadro de pobreza do país. Outra razão que leva muitas jovens a engravidar é o abuso sexual, que pode ser definido como um envolvimento de crianças ou adolescentes em uma atividade sexual contra a própria vontade. Todos os níveis de abuso podem ter conseqüências psicológicas devastadoras e os resultados físicos desta violência são: fraturas, contaminação por doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Uma outra variável importante na gravidez durante a adolescência é a influência religiosa exercida sobre o comportamento sexual dos adolescentes. Fica claro o importante papel orientador das instituições religiosas, já que são poderosos meios de comunicação e formadores de opinião. No entanto, há a necessidade de se tornarem aliadas às práticas preventivas das instituições de saúde pública destinadas aos adolescentes, enfatizando a questão da responsabilidade em assumir uma vida sexual ativa, não de uma forma preconceituosa, para que o adolescente possa desfrutar de uma vida sexual saudável no futuro.
  • 5. Um outro inconveniente da gravidez durante a adolescência, diz respeito às funções fisiológicas, ou seja, as adolescentes representam um grupo de alto risco obstétrico, pois apresentam um elevado nível de complicações quando comparadas às demais, além de favorecer o nascimento de bebês prematuros, ou quando a mãe possui idade inferior a 13 anos, tem duas vezes e meia a mais possibilidade de gerar um bebê com baixo peso. Por meio de pesquisas, sabe-se que é comum acontecer casos de adolescentes que engravidam porque suas próprias mães também engravidaram durante a adolescência ou iniciaram precocemente a vida sexual. Outro fator importantíssimo e que, segundo estudos realizados por acadêmicos de cursos superiores ligados à saúde, adolescentes que engravidam percebem a família pouco unida, com baixo nível de comunicação entre seus membros e normalmente, os pais não vivem juntos, acarretando assim a baixa renda familiar. Enquanto isso, aquelas jovens que não engravidam sentem um grande senso de união e força familiar. De acordo com Sidman (1995), “vários jovens convivem com um ambiente familiar punitivo promovendo, de alguma maneira, para que estes deixem seus lares”. Deixar a família para estudar longe de casa ou para trabalhar é visto pela sociedade como algo altamente aceitável, desde que os pais acompanhem a trajetória de seus filhos e nunca deixem de dialogar sobre este e outros assuntos. São muitos os adolescentes que veem na gravidez e conseqüentemente em um casamento precoce, a possibilidade de esquivarem-se de um ambiente familiar escasso em reforçamento positivo compensatório. (SIDMAN, 1995). 4. RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA E A ESCOLA Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolher o novo fato com harmonia, respeito e colaboração, ela tem maior probabilidade de ser levada normalmente e sem grandes transtornos. Porém, havendo rejeição, conflitos traumáticos de relacionamento, punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se profundamente só nesta experiência difícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar abortar, sair de casa, submeter-se a toda sorte de atitudes que acredita serem as melhores para resolver o seu problema. Em famílias que possuem comunicação e relacionamento adequados, é bem menos provável que ocorra a gravidez na adolescência. Além disso, especialistas em argumentam
  • 6. que filhas de pais separados ou solteiros possuem maior probabilidade para engravidarem nessa fase, atribuindo tal fato à ausência do pai na família, embora o mesmo não ocorra quanto ao comportamento sexual dos garotos. A escola possui importância fundamental na educação de um indivíduo, normalmente, serve como uma continuação ou complementação da educação recebida no âmbito familiar, No entanto, os indicadores nacionais mostram uma situação calamitosa quanto ao perfil das jovens gestantes; muitas possuem o primeiro grau incompleto e a escolaridade da adolescente mostra-se altamente defasada em relação à própria idade. É fundamental que tanto a família quanto a escola assumam a responsabilidade de formar e informar às jovens para que consolidem uma visão positiva da própria sexualidade e tornem-se capazes de tomar de decisões maduras e responsáveis. 5. QUESTÕES ELABORADAS PELOS ALUNOS PARA O DEBATE As questões debatidas em sala de aula pelos alunos da 3ª Fase do 3º Ciclo foram elaboradas nas aulas de Língua Portuguesa e estão relacionadas a seguir: 1- Qual é a melhor forma que os pais devem utilizar para manter os filhos informados sobre a sexualidade? 2- Como evitar a gravidez na adolescência? Qual é a principal forma de combatê-la? 3- Como será a vida de uma adolescente após uma gravidez não planejada? E o que a família deve fazer nessa situação? 4- O que deve fazer o pai da criança, sabendo que ele tem a mesma responsabilidade no caso? 5- Como conscientizar os adolescentes sobre esse assunto? 6- Por que a maioria dos filhos das mães adolescentes não tem os pais presentes? A quem cabe essa irresponsabilidade? 7- Por que muitas adolescentes grávidas escolhem fazer aborto e não assumem a criança ou até acabam morrendo? 8- Qual a porcentagem de adolescentes grávidas no Brasil? 9- Com tantas medidas de prevenção hoje em dia, por que as adolescentes ainda engravidam? 14- Quais as consequências que podem ser geradas pela gravidez na adolescência? 10- Quais são os riscos que as meninas correm ao engravidar na adolescência? 11- Quais são as sequelas que a gravidez na adolescência pode deixar?
  • 7. 12- Que atitudes devem ser tomadas a partir do momento que a adolescente já está grávida? 13- Como ficam os estudos das adolescentes nessa situação? Por que as maiorias das adolescentes param de estudar quando estão grávidas? 14- O que a escola deve ensinar aos adolescentes e jovens a fim de prevenir e/ou planejar a gravidez na adolescência? 15- E se acaso ocorrer a gravidez, como a família e a escola podem ajudar? 16- A discriminação popular leva os adolescentes a praticar o crime de aborto? 17- Você é a favor do aborto? O que você pensa sobre isso? Será que o aborto é a atitude correta? 18- Quais as conseqüências de um aborto? 19- Por que na maioria dos casos as meninas são as culpadas e os meninos não são nem lembrados? 20- O que os meninos podem e devem fazer para assumir essa responsabilidade? 21- Você é a favor ou contra a atitude dos pais de colocarem pra fora de casa as adolescentes que engravidam? Por quê? Por que algumas até saem da casa da família e são abandonadas? 22- Você acha justo, as meninas grávidas, e também os meninos que são pais na adolescência, serem vistos com outros olhos pela sociedade? Por quê? 23- Qual a porcentagem atual de casos de gravidez na adolescência, no Brasil? 24- A partir de que idade acontece a gravidez na adolescência? 25- O que você faria (PARA UM MENINO) se tivesse engravidado uma menina? 26- Em que a gravidez vai interferir na vida do adolescente? 27- Se a gravidez foi um acidente e os dois não se gostam, eles devem ficar juntos e assumir a responsabilidade ou separados um do outro? 28- Como você gostaria que seus pais reagissem com a notícia de uma gravidez? 29- A relação sexual é um assunto muito sério e deveria acontecer apenas entre os adultos, mas infelizmente não é a realidade de hoje. Por isso, você acha que é a hora certa de transar? A relação sexual foi com a pessoa certa? Não foi um ato muito precipitado? Você não deveria ter esperado o momento certo? 30- Se isso fosse o seu caso, como você estaria se sentindo: feliz, triste, decepcionado (a), assustado (a)? 31- O que você faria (PARA UMA MENINA) se o pai da criança não quisesse assumir e você não tivesse condições de criar o filho?
  • 8. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acredita-se que a grande quantidade de Gravidez na Adolescência pode acontecer devido a vários fatores internos e externos. Sabe-se que o despertar sexual tem surgido cada vez mais cedo entre os adolescentes. Estes, impulsionados pela força de seus instintos, juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contrariam com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos dos familiares e começam, avidamente, o exercício da sexualidade. Essa pode ser uma das causas incidentes do grande número de adolescentes que engravidam nessa fase. Associado a isso, pode haver a relação íntima com o contexto familiar, que tem responsabilidades diretas com a época em que se inicia a atividade sexual dos adolescentes. A vida sexual de muitos adolescentes começa precocemente e sem informação adequada, e ainda falta diálogo e afetividade entre pais e filhos. Esses adolescentes, principalmente as meninas, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram a vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência. 7. REFERÊNCIAS BALLONE G. J - Gravidez na Adolescência - in. PsiqWeb, Internet. Disponível em <http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/adoelesc3.html> Acessado em 24 de agosto de 2010. BUENO, Gláucia da Motta. Psicóloga. Tese de Mestrado. Variáveis de risco para a gravidez na adolescência. Disponível no site http://www.virtualpsy.org/infantil/gravidez.html. Acessado em 25 de agosto de 2010. STRASBURGER, V. C. (1999). Os adolescentes e a mídia: impacto psicológico. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. SIDMAN, M. Coerção e suas explicações (pp. 104 – 134). Campinas: Editorial Psy. (1995). GALLETTA, M. A. (1999) Garotas de classe média. Órgão Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo: Jornal do Cremesp, Ano XVIII, 145, 9.