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AMBIENTE E
SUSTENTABILIDADE
DR4 – A PAISAGEM
O Clima
• As diferentes paisagens da Terra foram, na sua origem, fortemente condicionadas
pelo clima, sendo o reflexo do respetivo enquadramento geológico.
• O estado do tempo, num dado lugar, é uma manifestação local de uma realidade
mais vasta, a que chamamos clima.
• Assim, clima é o conjunto de fenómenos próprios da atmosfera, na interatividade
que estabelece com os oceanos e com as terras emersas, nas quais a latitude, a
altitude, a interioridade e a cobertura vegetal têm papel mais visível.
O Clima
• O clima condiciona a alteração superficial das rochas, a génese e evolução dos
solos, a erosão e transporte dos sedimentos, bem como a ocupação vegetal e
animal, incluindo a humana.
• São as manifestações de clima que, conjugadas com a natureza geológica dos
terrenos, determinam o tipo da paisagem que nos rodeia e todas as outras de
todos os lugares da Terra.
A paisagem
• Ao longo da história de milhares de milhões de anos do nosso planeta, a mudança
das paisagens foi uma constante.
• Não é preciso recordar as grandes diferenças paisagísticas entre a floresta
amazónica e o deserto do Saara, para nos apercebermos da relação paisagem
versus clima.
• Basta que pensemos nos contrastes entre os campos verdejantes do Alto Minho e
a charneca alentejana.
Tipos de paisagem
• PAISAGENS NATURAIS:
– São aquelas em que não existiu qualquer ação do ser humano, ou seja,
não sofreram transformações causadas pelo homem.
– Possuem apenas elementos naturais (montanhas, rios, mares, rochas,
vegetação, animais…).
Praia de Noronha,
Brasil
Tipos de paisagem
• PAISAGENS HUMANIZADAS:
– São aquelas que, em maior ou menor escala, sofreram transformação por
parte do homem.
– Sempre que existir uma construção humana, trata-se de uma paisagem
humanizada. Desta forma, as cidades e as aldeias são exemplos deste tipo de
paisagem.
Zona do Porto, Portugal
Evolução da paisagem
Parque Eduardo VII
Lisboa
Evolução da paisagem
Av. Fernão de
Magalhães -
Coimbra
A paisagem na arte
• Reconhece-se que a paisagem, como conceito, nasceu com a pintura. Entre os
séculos XV e XVI era primeiramente adotada como fundo, e, progressivamente,
foi assumida como um género com identidade e autonomia próprias.
• A ideia de abordar a paisagem através de objetos artísticos mais específicos
(pintura, escultura e fotografia) parte do princípio da paisagem como “construção
cultural”.
• Foi Giotto o primeiro que substituiu o fundo dourado das imagens sagradas por
cenários da realidade.
• A paisagem adquiriu autonomia iconográfica no século XVI.
• A sua forma realista, deve-se principalmente à arte alemã
e flamenca (por exemplo, Albrecht Durer).
A paisagem na arte
• Foi no barroco que a pintura de paisagens se estabeleceu definitivamente como
um género na Europa, com o desenvolvimento do colecionismo, como distração
humana.
• É um fenómeno próprio do norte da Europa que se atribui, em grande parte, à
reforma protestante e ao desenvolvimento do capitalismo. As preferências destes
burgueses ricos eram os temas simples e do quotidiano.
• Na Europa do Norte existia tal especialização que cada pintor se dedicava a um
tipo de paisagem específico.
• Assim, havia pintores que pintavam os terrenos abaixo do
nível do mar, com seus canais e moinhos de vento.
• Destaca-se neste tipo Jan van Goyen ou Hendrick Avercamp
que se especializou em paisagens de inverno.
A paisagem na arte
• A partir do séc. XVII, a revolução científica possibilitada com nomes como
Newton ou Francis Bacon permite um progresso que antes não era imaginado.
• A partir do séc. XVIII esse mesmo progresso implicou, com as suas
necessidades de espaço, de recursos naturais e de exploração intensiva dos
recursos existentes, profundas transformações na natureza e,
consequentemente, na paisagem.
• A partir do séc. XIX, o culto à natureza típico da cultura romântica, incentivou
todas as grandes produções culturais da época.
• A tensão que se verificava entre cidade e campo esbateu-se
na arte, na medida em que a primeira era representada de
uma forma quase omissa.
• Quanto mais aumentava a paisagem humanizada, mais a natural
surgia representada em primeiro plano, como nas obras de Constable.
A paisagem na arte
• Com o estilo romântico, a paisagem surge envolta numa atmosfera enigmática,
num cenário de brumas, árvores retorcidas, nevoeiros e ruínas. Destam-se
nomes como o de William Turner ou Casper David Friedrich.
• A evolução técnica e o aparecimento da fotografia conduzem a arte ao
impressionismo, obra plena do culto da natureza.
• Seria na França pós-napoleónica e depois na Inglaterra que surgiria um novo
género: a arte paisagística.
• Era a oposição ao desenvolvimento industrial e à desumanização
da natureza.
• Destacam-se os pintores da escola de Barbizon e, num outro
espectro, as pinturas realistas de Courbet.
A paisagem na arte
• Com as pinturas de Cézanne e o aparecimento do cubismo, a paisagem deixa de
seguir a típica construção em perspetiva linear, considerando-se assim que é
este o período da sua “morte” (basta relembrar a pintura “Paisagem” de
Kandinsky).
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  • 2. O Clima • As diferentes paisagens da Terra foram, na sua origem, fortemente condicionadas pelo clima, sendo o reflexo do respetivo enquadramento geológico. • O estado do tempo, num dado lugar, é uma manifestação local de uma realidade mais vasta, a que chamamos clima. • Assim, clima é o conjunto de fenómenos próprios da atmosfera, na interatividade que estabelece com os oceanos e com as terras emersas, nas quais a latitude, a altitude, a interioridade e a cobertura vegetal têm papel mais visível.
  • 3. O Clima • O clima condiciona a alteração superficial das rochas, a génese e evolução dos solos, a erosão e transporte dos sedimentos, bem como a ocupação vegetal e animal, incluindo a humana. • São as manifestações de clima que, conjugadas com a natureza geológica dos terrenos, determinam o tipo da paisagem que nos rodeia e todas as outras de todos os lugares da Terra.
  • 4. A paisagem • Ao longo da história de milhares de milhões de anos do nosso planeta, a mudança das paisagens foi uma constante. • Não é preciso recordar as grandes diferenças paisagísticas entre a floresta amazónica e o deserto do Saara, para nos apercebermos da relação paisagem versus clima. • Basta que pensemos nos contrastes entre os campos verdejantes do Alto Minho e a charneca alentejana.
  • 5. Tipos de paisagem • PAISAGENS NATURAIS: – São aquelas em que não existiu qualquer ação do ser humano, ou seja, não sofreram transformações causadas pelo homem. – Possuem apenas elementos naturais (montanhas, rios, mares, rochas, vegetação, animais…). Praia de Noronha, Brasil
  • 6. Tipos de paisagem • PAISAGENS HUMANIZADAS: – São aquelas que, em maior ou menor escala, sofreram transformação por parte do homem. – Sempre que existir uma construção humana, trata-se de uma paisagem humanizada. Desta forma, as cidades e as aldeias são exemplos deste tipo de paisagem. Zona do Porto, Portugal
  • 7. Evolução da paisagem Parque Eduardo VII Lisboa
  • 8. Evolução da paisagem Av. Fernão de Magalhães - Coimbra
  • 9. A paisagem na arte • Reconhece-se que a paisagem, como conceito, nasceu com a pintura. Entre os séculos XV e XVI era primeiramente adotada como fundo, e, progressivamente, foi assumida como um género com identidade e autonomia próprias. • A ideia de abordar a paisagem através de objetos artísticos mais específicos (pintura, escultura e fotografia) parte do princípio da paisagem como “construção cultural”. • Foi Giotto o primeiro que substituiu o fundo dourado das imagens sagradas por cenários da realidade. • A paisagem adquiriu autonomia iconográfica no século XVI. • A sua forma realista, deve-se principalmente à arte alemã e flamenca (por exemplo, Albrecht Durer).
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  • 11. A paisagem na arte • Foi no barroco que a pintura de paisagens se estabeleceu definitivamente como um género na Europa, com o desenvolvimento do colecionismo, como distração humana. • É um fenómeno próprio do norte da Europa que se atribui, em grande parte, à reforma protestante e ao desenvolvimento do capitalismo. As preferências destes burgueses ricos eram os temas simples e do quotidiano. • Na Europa do Norte existia tal especialização que cada pintor se dedicava a um tipo de paisagem específico. • Assim, havia pintores que pintavam os terrenos abaixo do nível do mar, com seus canais e moinhos de vento. • Destaca-se neste tipo Jan van Goyen ou Hendrick Avercamp que se especializou em paisagens de inverno.
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  • 13. A paisagem na arte • A partir do séc. XVII, a revolução científica possibilitada com nomes como Newton ou Francis Bacon permite um progresso que antes não era imaginado. • A partir do séc. XVIII esse mesmo progresso implicou, com as suas necessidades de espaço, de recursos naturais e de exploração intensiva dos recursos existentes, profundas transformações na natureza e, consequentemente, na paisagem. • A partir do séc. XIX, o culto à natureza típico da cultura romântica, incentivou todas as grandes produções culturais da época. • A tensão que se verificava entre cidade e campo esbateu-se na arte, na medida em que a primeira era representada de uma forma quase omissa. • Quanto mais aumentava a paisagem humanizada, mais a natural surgia representada em primeiro plano, como nas obras de Constable.
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  • 15. A paisagem na arte • Com o estilo romântico, a paisagem surge envolta numa atmosfera enigmática, num cenário de brumas, árvores retorcidas, nevoeiros e ruínas. Destam-se nomes como o de William Turner ou Casper David Friedrich. • A evolução técnica e o aparecimento da fotografia conduzem a arte ao impressionismo, obra plena do culto da natureza. • Seria na França pós-napoleónica e depois na Inglaterra que surgiria um novo género: a arte paisagística. • Era a oposição ao desenvolvimento industrial e à desumanização da natureza. • Destacam-se os pintores da escola de Barbizon e, num outro espectro, as pinturas realistas de Courbet.
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  • 17. A paisagem na arte • Com as pinturas de Cézanne e o aparecimento do cubismo, a paisagem deixa de seguir a típica construção em perspetiva linear, considerando-se assim que é este o período da sua “morte” (basta relembrar a pintura “Paisagem” de Kandinsky).