2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Trabalho
Podemos definir trabalho como qualquer atividade
física ou intelectual, realizada por um ser humano, com
o objetivo de fazer, transformar ou obter algo.
Emprego
Refere-se à função desempenhada por um ser
humano, a partir da relação que se estabelece entre
quem detém os meios de produção (o patrão) e quem
não os possui (o trabalhador).
3. • O trabalho existe desde que o homem começou a
modificar o ambiente à sua volta, fazendo e utilizando
utensílios e ferramentas.
• O emprego é um conceito do século XVIII, associado
à contratação de uma pessoa por outra em troca de
um salário.
• Durante vários séculos existiam os que trabalhavam
nos campos, os que eram artesãos e os que faziam de
tudo para sobreviver.
• Com a Revolução Industrial a noção de trabalho e a
de emprego tornaram-se quase sinónimas.
4. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Meios de produção
Tudo o que é necessário para realizar um determinado
trabalho: ferramentas, máquinas, instalações,…
Salário
Remuneração paga pelo empregador ao empregado,
em troca do seu trabalho
5. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Empregado
Trabalhador, aquele que vende a sua força de
trabalho.
Empregador
Aquele que detém os meios de produção.
6. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Empregabilidade
O termo surgiu na última década e pode ser
entendido como a qualidade que uma pessoa tem para
responder às exigências do mercado de trabalho.
Assim, quanto mais capacidades exigidas pelo
mercado tiver, maiores hipóteses terá de conseguir o
trabalho; ou seja, maior será a sua empregabilidade.
7. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Perfil Profissional
Muito mais que habilidades técnicas, o mercado de
trabalho exige capacidades relacionadas com
personalidade de cada um. Isso significa que, além do
trabalhador ter que saber desempenhar bem uma
profissão, deve ainda ter algumas capacidades que
limitam o seu comportamento social.
8. A EMPREGABILIDADE
O trabalhador deve ter habilidades para :
Trabalhar em equipa;
Cooperar com o próximo;
Ter ideias criativas;
Solucionar problemas;
Resolver conflitos no seu ambiente de trabalho;
Motivar a sua equipa;
Pesquisar e querer aprender mais sobre o seu
trabalho e o mundo em geral.
10. NOVAS CARREIRAS
• As novas tecnologias implicam uma aprendizagem
ao longo da vida. Surgem assim novas profissões
dependentes destas novas aprendizagens.
• Podemos incluir neste campo, profissões tão
díspares como:
• Gestor de resíduos,
• Biotecnólogo,
• Designer de jogos,
• Arquivista digital,
• Analista de media sociais,
• Gerontólogo…
11. COMPETÊNCIAS MAIS DESEJADAS
• De comunicação: saber ouvir, compreender,
escrever e falar de forma eficaz;
• Analíticas: capacidade para avaliar situações,
procurar várias perspectivas, reunir informação e
identificar os factores chave que precisam de ser
abordados;
• Informáticas: conseguir utilizar computadores e
diferentes programas e ter facilidade de
aprendizagem/adaptação a novas soluções;
12. COMPETÊNCIAS MAIS DESEJADAS
• De organização: ser capaz de gerir várias tarefas e
funções, gerir prioridades e adaptar-se a diferentes
situações;
• Interpessoais: facilidade em relacionar-se com
colegas, inspirar e motivar outros ou gerir conflitos;
• Liderança/gestão: capacidade para gerir e motivar
pessoas;
• Sensibilidade multicultural: saber respeitar a
diversidade e diferentes tipos de pessoas e
culturas;
13. COMPETÊNCIAS MAIS DESEJADAS
• De planeamento: ser capaz de desenhar, planear e
implementar projectos em timings pré-definidos;
• Resolução de problemas: utilizar raciocínio e
criatividade para encontrar soluções para
problemas, tendo em conta a informação e recursos
disponíveis;
• Trabalho em equipa: conseguir trabalhar com
outros de forma profissional e colaborativa, em prol
de objectivos comuns.
14. ORGANOGRAMA OCUPACIONAL
Uma forma de descrever as atividades realizadas por
uma profissão é através de um organograma
ocupacional, como o do exemplo abaixo:
15. Estrutura organizacional
• O bom desempenho do nosso trabalho depende
também de percebermos onde nos situamos no
interior da empresa, ou seja, qual é o nosso
departamento e a relações que ele mantém com
os outros departamentos.
• Este tipo de informação pode ser obtida através da
leitura do organograma da organização.
16. NOVAS FORMAS DE TRABALHO
• Atualmente, a situação laboral é distinta de há
décadas atrás.
• A economia mundial transformou-se e obrigou as
empresas a adaptarem-se a novas realidades:
globalização, facilidade de comunicação, aumento
da concorrência internacional, surgimento de novas
tecnologias…
• Em 1980, o americano Alvim Toffler lançou o livro
A terceira onda, onde dividia a história da
humanidade em três ondas revolucionárias.
17. As ondas: Primeira
• Sociedade agrícola - Até ao início do século XIX,
todas as economias eram baseadas no trabalho
agrícola.
• Os trabalhadores eram altamente qualificados,
apelidados de artesãos.
• Utilizavam ferramentas manuais e fabricavam
cada produto de acordo com as especificações do
comprador.
• O resultado era um produto exclusivo e geralmente
caro, fosse o que fosse que se produzisse.
18. As ondas: Segunda
• Sociedade industrial - A segunda onda foi a
industrialização, desde o século XIX e grande parte
do século XX. A indústria passou a ser o motor da
sociedade.
• Estas são as indústrias da produção em massa,
baseada no Taylorismo (produção onde cada
trabalhador desenvolve uma atividade específica
no menor tempo possível) e no Fordismo
(produção baseada na linha de montagem e na
fabricação de produtos padronizados em grandes
quantidades).
19. As ondas: Terceira
• Sociedade do conhecimento - A partir da década
de 70 do século XX, chegou a onda das novas
tecnologias, baseada no trabalho realizado por
técnicos especializados.
• Nestas indústrias, a forma de produzir ficou
conhecida por just in time.
• Aqui, a linha de montagem não é abandonada e é
produzido apenas aquilo que o mercado necessita.
• A produção é realizada de acordo com o pedido do
cliente, na quantidade e no momento certos.
20. A TECNOLOGIA E O EMPREGO
• As inovações tecnológicas estão a provocar mudanças nas
redes e nas cadeias logísticas globais, o que resulta na
realocação de empregos rotineiros – e de, cada vez mais,
empregos não rotineiros que requerem múltiplos níveis de
competências – no sector transaccionável de muitas
economias.
• A mesma classe de tecnologias da informação que
automatiza, que elimina os postos intermédios e que reduz
os custos do distanciamento está, igualmente, a permitir a
construção de redes e cadeias logísticas globais cada vez
mais complexas e dispersas a nível geográfico.
• http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/economistas/detalhe/a_tecnologia_e_o_desafio_do_emprego.html
21.
22. O coworking
• O Coworking é um novo modelo ou forma de trabalho
que se apoia no compartilhar de espaço e recursos de
escritório.
• Assim, pessoas que não trabalham para a mesma
empresa ou nem sequer na mesma área, podem
dividir um espaço de trabalho, o que diminui encargos
e limita o isolamento do trabalho em casa ou do
teletrabalho.
23. • Regras de etiqueta:
• Escolha um espaço adequado ao trabalho;
• Fale baixo;
• Use os espaços comuns com cuidado e sem os
usurpar;
• Cumprimente sempre os colegas de espaço;
• Seja cordial e prestativo.
24. O Teletrabalho
• Hoje em dia torna-se imprescindível apostar em
novos caminhos e oportunidades.
• Surge o Teletrabalho, uma modalidade que permite
uma situação de emprego à distância, a partir de
casa do trabalhador, em centros de teletrabalho...
Não é necessária a presença física na empresa.
• Tecnologicamente, recorre-se a meios informáticos
e de telecomunicações para o suporte e/ou entrega
do trabalho.
25. Vantagens
• Para os trabalhadores:
• Redução das deslocações e do stress associado;
• Diminuição de custos (custos de transportes,
refeições);
• Trabalho ao ritmo individual (diminuição das horas
mortas e das perturbações no trabalho);
• Melhoria da qualidade de vida;
• Harmonia entre a vida familiar e profissional;
• Aumento das oportunidades profissionais.
26. Vantagens
• Para os empregadores:
• Aumento da produtividade (aproveitamento do
tempo que seria gasto em deslocações, em
trabalho produtivo ou da redução da taxa de
absentismo);
• Diminuição dos custos;
• Motivação do trabalhador;
• Diminuição da burocracia;
• Flexibilidade no planeamento do trabalho e no
recrutamento de empregados.
27. Vantagens
• Para a sociedade em geral:
• Permite o desenvolvimento regional:
• descentralização do trabalho;
• auxilia à criação de emprego em zonas em que as
condições são obstáculos ao desenvolvimento;
• facilita a criação de negócios em áreas menos
centrais;
• permite a inserção profissional de deficientes;
• Ajuda na continuação na vida ativa da população
idosa;
• Possibilita uma maior assistência à família.
28. Desvantagens
• Para o trabalhador:
• Isolamento social e profissional (solidão, tédio,
perda de contacto com os colegas…;
• Redução das oportunidades profissionais (em
termos de ações de formação, promoções, planos
de carreira);
• Problemas familiares;
• Vício do trabalho (“workaholic”);
• Falta de legislação.
29. Desvantagens
• Para a empresa:
• Maior dificuldade em controlar e supervisionar o
trabalho e o trabalhador;
• Resistência à mudança, pois o trabalhador não
está fisicamente dependente de ninguém;
• Diminuição da coesão na empresa, pois permite
inclusive o multiemprego;
• Aumento dos encargos com os equipamentos e
serviços tecnológicos;
• Riscos acrescidos de falta de segurança e de
confidencialidade da informação.
30. Desvantagens
• Para a sociedade:
• Os trabalhadores não conseguem acompanhar
este desenvolvimento, tornando-se info-excluídos;
• Diminuição das necessidades de espaço (o que
diminui os lucros do setor imobiliário);
• Vulnerabilidade face à concorrência desleal;
• Aumento do desemprego em zonas onde era
necessário o trabalho físico;
• Diminuição da especialização do trabalho.
31. Áreas mais comuns
Administrativa;
Arquitectura;
Contabilidade;
Coordenação de sites;
Design gráfico;
Engenharia informática;
Gestão;
Help desk;
Jornalismo “free lancer”;
Jurídica;
Processamento de texto;
Programação;
Recursos Humanos;
32. Responsabilidade social das
empresas
• A Responsabilidade Social das Empresas (RSE)
é a inclusão voluntária de preocupações sociais e
ambientais nas operações do dia-a-dia das
organizações.
• É um modo de contribuir para a sociedade de
forma positiva e de gerir os impactos sociais e
ambientais da empresa, como forma de assegurar
e aumentar competitividade.
• Pode estar relacionada com reciclagem do lixo,
mas também com o apoio que se presta à
comunidade.
33. • Uma organização socialmente responsável tem em
consideração, nas decisões que toma, a
comunidade onde se insere e o ambiente onde
produz.
• É fundamental o respeito pelos direitos humanos, o
investimento na valorização pessoal, na proteção
do ambiente, no combate à corrupção, no
cumprimento das normas sociais e no respeito
pelos valores e princípios éticos da sociedade em
que se inserem.
34. Certificação Social
• Uma empresa certificada socialmente demonstra
ter um papel ativo na promoção das condições de
trabalho ao longo da cadeia produtiva.
• A norma Social Accountability 8000 (SA8000) diz
respeito às condições de trabalho, mão-de-obra
infantil, discriminação, salários e benefícios, saúde
e segurança, liberdade de associação, horário de
trabalho, entre outros aspetos.
• A nível mundial existem 218 empresas certificadas
pela SA8000. Em Portugal, a Delta Cafés, é a
única empresa certificada.